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_________________________________________________________________________________ ETU-102 VERSÃO 6.0 OUTUBRO/2019 1 Especificação Técnica Unificada ETU – 102 Versão 6.0 – Outubro/2019 Transformador de Instrumentos de SE Especificações Gerais ENERGISA/GTCD-NRM/Nº109/2018

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ETU-102 VERSÃO 6.0 OUTUBRO/2019 1

Especificação Técnica Unificada ETU – 102 Versão 6.0 – Outubro/2019

Transformador de Instrumentos de SE

Especificações Gerais

ENERGISA/GTCD-NRM/Nº109/2018

ENERGISA/C-GTCD-NRM/NºXXX/20XX

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ETU-102 VERSÃO 6.0 OUTUBRO/2019 2

Apresentação

Esta Norma Técnica apresenta os requisitos mínimos necessários que deverão

constar na proposta de fornecimento às empresas do Grupo ENERGISA, de

transformadores de corrente – TC e transformadores de potencial indutivo – TP,

isolação a seco ou óleo mineral naftênico tipo A, para uso externo, classe de

tensão máxima de 15 a 145 kV.

De modo a assegurar as condições técnicas, econômicas e de segurança necessárias

ao adequado fornecimento de energia elétrica, observando as exigências técnicas

e de segurança recomendadas pela ABNT, e em conformidade com as prescrições

vigentes nos Procedimentos de Distribuição – PRODIST e nas Resoluções Normativas

da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL.

As cópias e/ou impressões parciais ou em sua íntegra deste documento não são

controladas.

A presente revisão desta norma técnica é a versão 6.0, datada de outubro de

2019.

Cataguases - MG, outubro de 2019.

GTD – Gerência Técnica de Distribuição

Esta norma técnica, bem como as alterações,

poderá ser acessada através do código abaixo:

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ETU-102 VERSÃO 6.0 OUTUBRO/2019 3

Equipe Técnica de Revisão da ETU 102 (Versão 6.0)

Gustavo Machado Goulart

Grupo Energisa

Ricardo Campos Rios

Grupo Energisa

Leonardo Chahim Pereira

Grupo Energisa

Ricardo Machado de Moraes

Grupo Energisa

Marcos Vinicius Santana Campos

Energisa Sergipe

Marcio Roberto Lisboa de Souza

Energisa Minas Gerais / Energisa Nova Friburgo

Horacio Dantas de Gois Filho

Energisa Sergipe

Nathalia Cristina de Souza Moura

Energisa Mato Grosso do Sul

Cleyton da Silva Dias

Energisa Rondônia

Edson Takayoshi Miyamoto

Energisa Mato Grosso do Sul

Lucas de Moura

Energisa Rondônia

Luciano dos Santos Benevides

Energisa Mato Grosso do Sul

Cesar Augusto Merlim dos Santos

Energisa Mato Grosso do Sul

Marco Antonio Pinheiro Flores

Energisa Sergipe

Rusangela Rodrigues Guido Cavalcanti

Energisa Paraíba / Energisa Borborema

Bruno Kagich de Carvalho

Energisa Mato Grosso do Sul

Guilherme de Mattos Golineli Marini

Energisa Mato Grosso

Felip dos Santos Xavier

Energisa Mato Grosso do Sul

Hare Kumaichi Onga de Jesus

Energisa Mato Grosso

Ricardo Badre Teixeira

Energisa Mato Grosso

Leandro Jose Medeiros

Energisa Mato Grosso

Renato Deryck da Silva Azeredo

Energisa Mato Grosso

Marlon Torres Salmeirao

Energisa Tocantins

Allyson Figueiredo

Energisa Sergipe

Luis Fellipe Ferreira Reis

Energisa Mato Grosso

Sidney Lopes de Assis

Energisa Paraíba / Energisa Borborema

Vinicius Spadotto Panetine Garcia

Energisa Mato Grosso

Leonardo Ito Perillo

Energisa Sul Sudeste

Sergio Carabetti

Energisa Minas Gerais / Energisa Nova Friburgo

Felipe de Mattos Golineli Marini

Energisa Tocantins

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ETU-102 VERSÃO 6.0 OUTUBRO/2019 4

Aprovação Técnica

Ademálio de Assis Cordeiro Jairo Kennedy Soares Perez

Grupo Energisa Energisa Borborema / Energisa Paraíba

Alessandro Brum Juliano Ferraz de Paula

Energisa Tocantins Energisa Sergipe

Amaury Antonio Damiance Paulo Roberto dos Santos

Energisa Mato Grosso Energisa Mato Grosso do Sul

Fernando Lima Costalonga Ricardo Alexandre Xavier Gomes

Energisa Minas Gerais / Energisa Nova Friburgo Energisa Acre

Fabrício Sampaio Medeiros Rodrigo Brandão Fraiha

Energisa Rondônia Energisa Sul-Sudeste

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ETU-102 VERSÃO 6.0 OUTUBRO/2019 5

Sumário

1 INTRODUÇÃO.......................................................................... 9

1.1 Especificações Complementares .................................................. 9

2 REQUISITOS GERAIS .................................................................. 9

2.1 Legislação E Regulamentação Federal ........................................... 9

2.2 Normas Técnicas Aplicáveis ..................................................... 10

2.3 Unidades de Medida e Idiomas .................................................. 14

2.4 Condições de Serviço ............................................................. 14

2.5 Vibrações Ou Tremores De Terra ............................................... 15

2.6 Outros Fatores A Serem Considerados Como Condições Especiais De

Serviço ............................................................................... 15

2.7 Características Elétricas do Sistema ........................................... 16

3 Terminologia e definições ....................................................... 16

3.1 Ângulo De Fase ..................................................................... 16

3.2 Carga ................................................................................. 17

3.3 Carga Nominal ...................................................................... 17

3.4 Carga Simultânea .................................................................. 17

3.5 Carga Resistiva Nominal – Rc .................................................... 17

3.6 Circuito Secundário Externo..................................................... 17

3.7 Classe De Exatidão ................................................................. 17

3.8 Corrente De Excitação - Ie ....................................................... 17

3.9 Corrente Primária ................................................................. 18

3.10 Corrente Primária Nominal – Ip ................................................. 18

3.11 Corrente Residual ................................................................. 18

3.12 Corrente Secundária .............................................................. 18

3.13 Corrente Secundária Nominal - Is .............................................. 18

3.14 Corrente Térmica Nominal De Curta Duração - It ........................... 18

3.15 Corrente Dinâmica Nominal – Id ................................................ 18

3.16 Corrente Térmica Contínua Nominal .......................................... 19

3.17 Enrolamento Primário ............................................................ 19

3.18 Enrolamento Secundário ......................................................... 19

3.19 Erro De Corrente (Erro De Relação) ............................................ 19

3.20 Erro De Corrente Composto ..................................................... 19

3.21 Instalação Exposta ................................................................. 20

3.22 Instalação Não Exposta ........................................................... 20

3.23 Nível De Isolamento Nominal .................................................... 20

3.24 Potência Nominal .................................................................. 21

3.25 Potência Térmica Nominal ....................................................... 21

3.26 Relação Nominal – Rn ............................................................. 21

3.27 Relação Real – Rr ................................................................... 21

3.28 Resistência Do Enrolamento Secundário - Rtc ............................... 21

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ETU-102 VERSÃO 6.0 OUTUBRO/2019 6

3.29 Resistência Do Enrolamento Secundário – Rs ................................. 21

3.30 Sistema Com Neutro Aterrado Por Meio De Impedância ................... 22

3.31 Sistema Com Neutro Eficazmente Aterrado .................................. 22

3.32 Sistema Com Neutro Isolado ..................................................... 22

3.33 Sistema Com Neutro Ressonante ............................................... 22

3.34 Sistema Com Neutro Solidamente Aterrado .................................. 22

3.35 Tensão Máxima Do Equipamento - Um ......................................... 22

3.36 Transformador Para Instrumentos .............................................. 23

3.37 Transformador De Corrente - TC ............................................... 23

3.38 Transformador De Corrente Auxiliar ........................................... 23

3.39 Transformador De Corrente De Múltipla Relação ............................ 23

3.40 Transformador De Corrente Tipo Janela Com Núcleo Separável ......... 23

3.41 Transformador De Núcleo Único ................................................ 23

3.42 Transformador De Corrente De Vários Enrolamentos Primários .......... 23

3.43 Transformador De Corrente De Vários Núcleos .............................. 24

3.44 Transformador De Corrente Residual .......................................... 24

3.45 Transformador De Corrente Tipo Barra ....................................... 24

3.46 Transformador De Corrente Tipo Bucha ...................................... 24

3.47 Transformador De Corrente Tipo Enrolado ................................... 24

3.48 Transformador De Corrente Tipo Janela ...................................... 24

3.49 Transformador De Corrente Tipo Pedestal ................................... 24

3.50 Transformador De Corrente Totalizador ...................................... 25

3.51 Definições Adicionais Para Transformadores De Medição ................. 25

3.51.1 Transformador De Corrente Para Medição .................................... 25

3.51.2 Corrente Primária Nominal Limite Para Instrumentos - Ipl ................. 25

3.51.3 Fator De Segurança - FS .......................................................... 25

3.51.4 Força Eletromotriz Secundário Limite De Exatidão Para Medição - Elem 25

3.52 Definições Adicionais Para Transformadores De Proteção................. 26

3.52.1 Constante De Tempo Da Malha Secundária - Ts .............................. 26

3.52.2 Corrente Primária Limite De Exatidão ......................................... 26

3.52.3 Curva De Excitação ................................................................ 26

3.52.4 Erro De Relação De Espiras ...................................................... 26

3.52.5 Fator De Dimensionamento - Kx ................................................ 27

3.52.6 Fator De Remanência – Kr ........................................................ 27

3.52.7 Fator-Limite De Exatidão - Fle .................................................. 27

3.52.8 Força Eletromotriz Do Ponto De Joelho - Ek ................................. 27

3.52.9 Força Eletromotriz Do Ponto De Joelho Nominal ............................ 27

3.52.10 Força Eletromotriz Limite De Exatidão Para Proteção ...................... 28

3.52.11 Fluxo De Saturação - Ψs ........................................................... 28

3.52.12 Fluxo Remanescente - Ψr ......................................................... 28

3.52.13 Relação De Espiras Nominal ...................................................... 28

3.52.14 Transformador De Corrente De Proteção Classe P ........................... 29

3.52.15 Transformador De Corrente De Proteção Classe PR ......................... 29

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ETU-102 VERSÃO 6.0 OUTUBRO/2019 7

3.52.16 Transformador De Corrente De Proteção Classe PX ......................... 29

3.52.17 Transformador De Corrente De Proteção Classe PXR ....................... 29

3.52.18 Transformador De Corrente Para Proteção ................................... 29

3.53 Transformador De Potencial Indutivo .......................................... 29

3.54 Transformador De Potencial Para Medição ................................... 30

3.55 Transformador De Potencial Para Proteção .................................. 30

4 DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA ....................................................... 30

4.1 Geral ................................................................................. 30

4.2 Apresentação dos Desenhos ..................................................... 30

4.3 Relação de Documentos a Aprovar ............................................. 30

4.3.1 Procedimentos de Aprovação ................................................... 32

4.4 Desenhos ............................................................................ 33

5 EMBALAGEM, TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO ............................. 35

6 CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS ..................................................... 36

6.1 Características Elétricas .......................................................... 36

6.2 Características Construtivas ..................................................... 36

6.2.1 Coordenação de Isolamento ..................................................... 36

6.2.2 Conexões Secundárias e Caixas de Terminais ................................ 36

6.2.3 Meio Isolante ....................................................................... 38

6.2.4 Isoladores e Invólucros de Porcelana .......................................... 39

6.2.5 Parte Ativa .......................................................................... 39

6.2.6 Placas de Identificação ........................................................... 40

6.2.7 Terminais de Linha e Conectores de Aterramento .......................... 42

6.2.8 Materiais Sujeitos a Corrosão e Oxidação ..................................... 43

6.2.9 Processo de Galvanização ........................................................ 44

6.2.10 Acabamento e Pintura ............................................................ 44

7 INSPEÇÃO, ENSAIOS E CONTROLE DE QUALIDADE ........................... 45

7.1 Ensaios ............................................................................... 45

7.1.1 Generalidades ...................................................................... 45

7.1.2 Classificação de ensaios .......................................................... 46

7.1.3 Orientação Prévia do FORNECEDOR ............................................ 46

7.1.4 Aprovação dos Ensaios ............................................................ 47

7.2 Ensaios de Tipo ..................................................................... 47

7.2.1 Transformadores de Corrente ................................................... 48

7.2.2 Transformador de Potencial ..................................................... 48

7.3 Ensaios de Rotina .................................................................. 49

7.3.1 Transformadores de Corrente ................................................... 49

7.3.2 Transformadores de Potencial .................................................. 50

7.4 Relatórios de Ensaios ............................................................. 51

7.5 Testes em Campo .................................................................. 52

8 GARANTIA ........................................................................... 52

9 MONTAGEM E SUPERVISÃO DE MONTAGEM .................................... 53

10 SOBRESSALENTES .................................................................. 55

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ETU-102 VERSÃO 6.0 OUTUBRO/2019 8

11 MANUAIS DE INSTRUÇÃO .......................................................... 55

12 INSTRUÇÕES TÉCNICAS E DE TREINAMENTO .................................. 56

13 INFORMAÇÕES DA PROPOSTA .................................................... 57

14 HISTÓRICO DE VERSÕES DESTE DOCUMENTO ................................. 58

15 VIGÊNCIA ............................................................................ 58

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ETU-102 VERSÃO 6.0 OUTUBRO/2019 9

1 INTRODUÇÃO

Definir os requisitos técnicos gerais que deverão constar na proposta de

fornecimento às empresas do Grupo ENERGISA, de transformadores de corrente –

TC e transformadores de potencial indutivo – TP, isolação a seco ou óleo mineral

naftênico tipo A, para uso externo, classe de tensão máxima de 15 a 145 kV.

1.1 Especificações Complementares

Complementam esta ETU os seguintes documentos:

ETU-102.1 - Transformador de Instrumentos de SE - 11,4 e 13,8 kV;

ETU-102.2 - Transformador de Instrumentos de SE - 22 kV;

ETU-102.3 - Transformador de Instrumentos de SE - 34,5 e 40 kV;

ETU-102.4 - Transformador de Instrumentos de SE - 69 kV;

ETU-102.5 - Transformador de Instrumentos de SE - 88 e 138 kV.

2 REQUISITOS GERAIS

2.1 Legislação E Regulamentação Federal

Constituição da República Federativa do Brasil - Título VIII: Da Ordem Social

- Capítulo VI: Do Meio Ambiente

Lei n° 7.347, de 24/07/85 - Disciplina a ação civil pública de

responsabilidade por danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, a

bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico

Lei n° 9.605, de 12/02/98 - Dispõe sobre as sanções penais e administrativas

derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras

providências

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ETU-102 VERSÃO 6.0 OUTUBRO/2019

10

Decreto nº 6.514, de 22.07.08 - Dispõe sobre as infrações e sanções

administrativas ao meio ambiente, estabelece o processo administrativo

federal para apuração destas infrações, e dá outras providências

Resolução do CONAMA n° 1, de 23/01/86 - Dispõe sobre o Estudo e o

Relatório de Impacto Ambiental - EIA e RIMA

Resolução do CONAMA n° 237, de 19/12/97 - Dispõe sobre os procedimentos

e critérios utilizados no licenciamento ambiental

2.2 Normas Técnicas Aplicáveis

O projeto, a fabricação, os ensaios dos equipamentos e materiais, incluindo o

detalhamento de todos os componentes incluídos no fornecimento deverão

obedecer às diretrizes desta Especificação Técnica.

As características gerais de projeto e fabricação estão definidas nesta

especificação, complementadas pelos demais documentos fornecidos pela

ENERGISA.

As Normas específicas a serem observadas deverão obedecer às suas últimas

revisões aplicáveis.

NBR 5034 Buchas para tensões alternadas superiores a 1 kV. Especificação;

NBR 5456 Eletricidade geral. Terminologia;

NBR 5286 Corpos cerâmicos de grandes dimensões destinados a instalações

elétricas. Especificação;

NBR 5307 Corpos cerâmicos de grandes dimensões destinados a instalações

elétricas. Método de ensaio;

NBR 6323 Galvanização de produtos de aço ou ferro fundido. Especificação;

NBR 6546 Transformadores para Instrumentos. Terminologia;

NBR 6820 Transformador de Potencial. Método de ensaio;

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ETU-102 VERSÃO 6.0 OUTUBRO/2019

11

NBR 6821 Transformadores de Corrente. Método de Ensaio;

NBR 6855 Transformadores de Potencial Indutivo. Especificação;

NBR 6856 Transformadores de Corrente. Especificação;

NBR 7397 Produto de aço ou ferro fundido revestido de zinco por imersão a

quente. Determinação da massa do revestimento por unidade de área.

Método de ensaio;

NBR 7398 Produto de aço ou ferro fundido galvanizado por imersão a

quente. Verificação da aderência do revestimento. Método de ensaio;

NBR 7399 Produto de aço ou ferro fundido galvanizado por imersão a

quente. Verificação da espessura do revestimento por processo não

destrutivo. Método de ensaio;

NBR 7400 Galvanização de produtos de aço ou ferro fundido por imersão a

quente. Verificação da uniformidade do revestimento. Método de ensaio;

NBR 7414 Galvanização de produtos de aço ou ferro fundido por imersão a

quente. Terminologia;

NBR 7876 Linhas e Equipamentos de Alta Tensão. Medição de rádio

interferência na faixa de 0,15 a 30MHz. Método de Ensaio;

NBR 8125 Transformadores de Instrumentos. Descargas Parciais.

Especificação;

NBR 9366 Tratamento e pintura de superfícies metálicas;

NBR 9368 Transformadores de Potência de Tensões Máximas até 145 KV –

Características Elétricas e Mecânicas;

NBR 10020 Transformador de Potencial de Tensão máxima de 15 kV, 24,2 kV

e 36,2 kV — Características elétricas e construtivas;

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ETU-102 VERSÃO 6.0 OUTUBRO/2019

12

NBR 10021 Transformador de corrente de tensão máxima de 15, 24,2 e 36,2

kV. Características elétricas e construtivas. Padronização;

NBR 10296 Material isolante elétrico. Avaliação da resistência ao

trilhamento e erosão sob condições ambientais severas;

NBR 10443 Tintas e vernizes. Determinação da espessura da película seca

sobre superfícies rugosas. Método de ensaio;

NBR 11003 Tinta. Determinação da aderência;

NBR 11388 Sistemas de pintura para equipamentos e instalações de

subestações elétricas. Especificação;

NBR IEC 60085 Isolação elétrica. Avaliação térmica e designação;

NBR IEC 60529 Graus de proteção para invólucros de equipamentos elétricos.

Código IP;

NBR IECTR 60815 Guia para seleção de isoladores sob condições de

poluição;

IEC 185 Current Transformers;

IEC 186 Voltage Transformers;

ANSI C57.13 Standard Requirements for instruments Transformers;

ANSI C93.2 Requirements for Power Line Coupling Capacitor Voltage

Transformers;

ASTM D924 Dissipation factor, or power factor, and relative permittivity,

Dielectric Constant, of electrical insulating liquids;

ASTM D974 Acid and Base Number by Color Indicator Titration;

ASTM D97 Pour Point of Petroleum Products;

ASTM D92 Flash and Fire Points by Cleveland Open Cup;

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ETU-102 VERSÃO 6.0 OUTUBRO/2019

13

ANSI C57.13.1 IEEE guide for field testing of relaying current transformers;

ASTM D1500 Color of Petroleum Products - ASTM Color Scale;

ASTM D1524 Visual Examination of Used Electrical Insulating;

ASTM D1298 Density, Relative Density, Specific Gravity, or API Gravity of

Crude Petroleum and Liquid Petroleum Products by Hydrometer Method Oils

of Petroleum Origin in the Field;

ANP 36 Regulamentos Técnicos.

Outras normas poderão ser aceitas desde que submetidas à apreciação e

autorizadas pela ENERGISA.

Em caso de dúvida ou contradição, terá primazia esta Especificação, em seguida às

normas recomendadas e finalmente, se aceitas, as apresentadas pelo

FORNECEDOR.

NOTAS:

1. Todas as normas ABNT mencionadas acima devem estar à disposição do

inspetor da Energisa no local da inspeção.

2. Todos os materiais que não são especificamente mencionados nesta

norma, mas que são usuais ou necessários para a operação eficiente do

equipamento, considerar-se-ão como aqui incluídos e devem ser

fornecidos pelo fabricante sem ônus adicional.

3. A utilização de normas de quaisquer outras organizações credenciadas

será permitida, desde que elas assegurem uma qualidade igual, ou

melhor, que as anteriormente mencionadas e não contradigam a

presente norma.

4. As siglas acima referem-se a:

ABNT - Associação brasileira de normas técnicas

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ETU-102 VERSÃO 6.0 OUTUBRO/2019

14

NBR - Norma brasileira registrada

ISO - International standardization organization

ASTM - American society for testing and materials

2.3 Unidades de Medida e Idiomas

As unidades de medida do Sistema Internacional de Unidades serão usadas para as

referências da proposta, inclusive na descrição técnica, especificações, desenhos e

quaisquer documentos ou dados adicionais. Qualquer valor indicado, por

conveniência, em outro sistema de medidas, deverá ser indicado também em

unidades do Sistema Internacional de Unidades. Todas as instruções, desenhos e

relatórios de ensaios apresentados pelo FORNECEDOR serão redigidos em português

Brasil. Serão aceitos em português, inglês ou espanhol, folhetos, artigos,

publicações e catálogos, desde que autorizados expressamente pela ENERGISA.

2.4 Condições de Serviço

Os transformadores de instrumentos serão aplicados nas áreas de concessão do

Grupo ENERGISA, onde deverão ser consideradas para o projeto as condições

meteorológicas a seguir.

a) Altitude: não superior a 1000 metros acima do nível do mar;

b) Clima: Tropical úmido;

c) Velocidade Máxima de Vento: 130 km/h;

d) Temperatura Ambiente: 0 a 50°C;

e) Máxima Temperatura Média 24 horas: 40°C;

f) Umidade Relativa: até 100%;

g) Nível de Poluição: não inferior ao nível II – médio.

Quaisquer desvios e esclarecimentos deverão ser claramente explicitados pelo

FORNECEDOR para análise e aprovação da ENERGISA.

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ETU-102 VERSÃO 6.0 OUTUBRO/2019

15

Os transformadores de instrumentos serão instalados ao tempo, expostos à ação

direta dos raios solares e chuvas, o que favorece a formação de fungos e a

aceleração da corrosão.

Todo o material especificado para uso exterior deverá ser fabricado para exposição

às intempéries, incidência direta dos raios solares, chuvas fortes, ventos,

salinidade marítima e as condições de poluição industrial, devendo ser previsto,

para todos os equipamentos e seus acessórios, tratamento de tropicalização com a

devida proteção atendendo às condições climáticas da área de concessão da

ENERGISA.

Todas as Informações adicionais sobre as condições de serviço e de instalação são

fornecidas nas Especificações Técnicas e nas Normas Técnicas correspondentes, e,

ou, explícito no processo de aquisição.

Cuidados especiais deverão ser considerados pelo FORNECEDOR, pois o

equipamento será instalado no litoral, em região onde o grau de salinidade é

considerado elevadíssimo, caso a COP - Coleta de Preços especifique que a

aplicação será na ENERGISA SE ou ENERGISA PB.

2.5 Vibrações Ou Tremores De Terra

São consideradas condições especiais relacionadas a vibrações as seguintes:

a) vibrações devido a operações de manobra ou curto-circuito para subestações

blindadas;

b) sujeição a vibrações devido a tremores de terra, cujo nível de severidade deve

ser especificado pelo usuário em conformidade com as normas pertinentes.

2.6 Outros Fatores A Serem Considerados Como Condições Especiais

De Serviço

Todas as condições não previstas nesta Norma devem ser consideradas como

condições especiais de serviço e devem ser objeto de acordo entre fabricante e

usuário, como:

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a) exposição a ar excessivamente salino, vapores, gases ou fumaças prejudiciais;

b) exposição a poeira excessiva;

c) exposição a materiais explosivos em forma de gases ou pó;

d) sujeição a condições precárias de transporte e instalação;

e) limitação de espaço na sua instalação;

f) instalação em locais excessivamente úmidos e possibilidade de submersão em

água;

g) exigências especiais de isolamento;

h) exigências especiais de segurança pessoal contra contatos acidentais em partes

vivas do TC;

2.7 Características Elétricas do Sistema

Tensão Máxima Eficaz - kV 15 24,2 36,2 52 72,5 92,4 145

Tensão Nominal Eficaz ± 5% - kV 11,4-13,8 22 34,5 40 69 88 138

Número de Fases 3

Frequência Nominal 60 Hz

Neutro Aterrado sem eficácia garantida

3 TERMINOLOGIA E DEFINIÇÕES

3.1 Ângulo De Fase

Diferença em fase entre os fasores da corrente primária e da corrente secundária,

cuja direção dos fasores é escolhida de forma que o ângulo seja zero para um

transformador ideal. Este ângulo é convencionalmente designado pela letra grega

“beta” (β) e é considerado positivo quando o fasor da corrente secundária está

adiantado com relação ao fasor da corrente primária. O ângulo de fase é expresso

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normalmente em minutos ou centirradianos. Esta definição só é válida para

correntes senoidais.

3.2 Carga

Impedância do circuito secundário externo de um transformador para instrumentos

expressa pela potência aparente absorvida em volt-ampères, com um fator de

potência especificado e à corrente secundária nominal.

3.3 Carga Nominal

Carga na qual se baseiam os requisitos de exatidão de um transformador para

instrumentos.

3.4 Carga Simultânea

Máxima combinação de cargas padronizadas que um transformador de potencial

com dois ou mais enrolamentos secundários pode alimentar simultaneamente,

mantendo a exatidão especificada para cada secundário.

3.5 Carga Resistiva Nominal – Rc

Valor nominal da carga resistiva conectada aos terminais secundários, expresso em

ohms.

3.6 Circuito Secundário Externo

Circuito externo alimentado pelo enrolamento secundário de um transformador

para instrumentos.

3.7 Classe De Exatidão

Designação dada a um transformador de corrente quando os erros dele

permanecem dentro dos limites especificados sob condições prescritas de uso.

3.8 Corrente De Excitação - Ie

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Valor eficaz de corrente que percorre o enrolamento secundário de um

transformador de corrente quando se aplica, aos seus terminais, uma tensão

senoidal de frequência nominal, estando o enrolamento primário e os outros

enrolamentos em aberto.

3.9 Corrente Primária

Corrente que percorre o enrolamento primário de um transformador de corrente.

3.10 Corrente Primária Nominal – Ip

Valor da corrente primária que consta da especificação de um transformador de

corrente e que determina as condições de funcionamento.

3.11 Corrente Residual

Soma algébrica dos valores instantâneos das três correntes de linha, em um

sistema trifásico.

3.12 Corrente Secundária

Corrente que flui no enrolamento secundário e no circuito secundário de um

transformador de corrente, quando se aplica uma corrente no primário.

3.13 Corrente Secundária Nominal - Is

Valor da corrente secundária que consta da especificação de um transformador de

corrente e que determina as suas condições de funcionamento.

3.14 Corrente Térmica Nominal De Curta Duração - It

Valor eficaz máximo da corrente primária que o transformador será capaz de

suportar por um curto espaço de tempo especificado sem sofrer efeitos danosos,

com os enrolamentos secundários curto-circuitados.

3.15 Corrente Dinâmica Nominal – Id

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Valor de crista da corrente primária que um transformador suportará sem ser

elétrica ou mecanicamente danificado pelas forças eletromagnéticas resultantes,

com os terminais dos enrolamentos secundários curto-circuitados.

3.16 Corrente Térmica Contínua Nominal

Valor da corrente máxima que pode circular continuamente no enrolamento

primário, estando o enrolamento secundário conectado à carga nominal, sem que a

elevação de temperatura exceda os valores especificados. Este valor corresponde

ao produto da corrente nominal pelo fator térmico.

3.17 Enrolamento Primário

Enrolamento pelo qual flui a corrente a ser transformada.

3.18 Enrolamento Secundário

Enrolamento que alimenta os circuitos de corrente de instrumentos de medição,

dispositivos de proteção ou dispositivos de controle.

3.19 Erro De Corrente (Erro De Relação)

Valor porcentual, referido à corrente primária, da diferença da corrente

secundária multiplicada pela relação nominal e a corrente eficaz primária, em

regime senoidal obtido pela equação:

Er(%) = Rn x Is - Ip x 10 Ip

Onde:

Rn é a relação nominal do TC;

Is é o valor eficaz da corrente secundária;

Ip é o valor eficaz da corrente primária.

3.20 Erro De Corrente Composto

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Em regime permanente, o valor eficaz da diferença entre os valores instantâneos

da corrente primária, e os valores instantâneos da corrente secundária

multiplicado pela relação de transformação nominal. Os sinais positivos das

correntes primárias e secundárias correspondem às convenções adotadas para

marcação dos terminais. O erro composto Ec é expresso geralmente em percentual

do valor eficaz da corrente primária conforme a relação a seguir:

Ec(%) = 1 [ 1 ∫0T (Rn x is - ip)2 dt]½ x 100

Ip T

Onde:

Ip é o valor eficaz da corrente primária;

Rn é a relação nominal do TC;

Ip é o valor instantâneo da corrente primária;

Is é o valor instantâneo da corrente secundária;

T é a duração de um ciclo da corrente primária.

3.21 Instalação Exposta

Instalação na qual o equipamento está sujeito a sobretensões de origem

atmosféricas. Normalmente tais instalações são ligadas diretamente a linhas de

transmissão ou por meio de um cabo de pequeno comprimento.

3.22 Instalação Não Exposta

Instalação na qual o equipamento não está sujeito a sobretensões de origem

atmosférica. Normalmente tais instalações são ligadas a redes de cabos

subterrâneos.

3.23 Nível De Isolamento Nominal

Conjunto de tensões suportáveis normalizadas que caracterizam a suportabilidade

dielétrica do isolamento.

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3.24 Potência Nominal

Valor da potência aparente (em volt-ampères, com o fator de potência

especificado) suprida pelo transformador, por meio do circuito secundário, à

corrente secundária nominal e com a carga nominal conectada a ele, mantendo a

exatidão especificada.

3.25 Potência Térmica Nominal

Maior potência aparente que um transformador de potencial pode fornecer, sem

compromisso com os limites de erro, em regime contínuo, sob tensão e frequência

nominais, sem exceder os limites de temperatura especificados. É obtida mediante

o produto do fator de sobretensão contínuo ao quadrado pela maior carga

especificada ou carga simultânea. Para o caso de carga simultânea com dois ou

mais secundários, a potência térmica nominal é distribuída aos diversos

secundários proporcionalmente à maior carga nominal de cada um deles.

3.26 Relação Nominal – Rn

Razão da corrente primária para o valor eficaz de corrente secundária em

condições especificadas.

3.27 Relação Real – Rr

Razão do valor eficaz da corrente primária para o valor eficaz da corrente

secundária em condições especificadas.

3.28 Resistência Do Enrolamento Secundário - Rtc

Resistência em corrente contínua do enrolamento secundário expressa em ohms,

corrigida a 75ºC ou a outra temperatura especificada.

3.29 Resistência Do Enrolamento Secundário – Rs

Resistência total da malha secundária, incluindo a resistência do enrolamento

secundário corrigida a 75°C, salvo se especificado de outra maneira, e a

resistência de todas as cargas conectadas.

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3.30 Sistema Com Neutro Aterrado Por Meio De Impedância

Sistema no qual um ou mais pontos neutros são aterrados por meio de impedâncias

para limitar correntes de falta à terra.

3.31 Sistema Com Neutro Eficazmente Aterrado

Sistema no qual o neutro é ligado solidamente à terra ou por meio de uma

resistência ou reatância de valor suficientemente baixo para reduzir oscilações

transitórias e proporcionar uma corrente suficiente para proteção seletiva para a

falta à terra. Um sistema trifásico com neutro eficazmente aterrado em uma

determinada localização é um sistema caracterizado nesse ponto por um fator de

falta à terra menor que 1,4.

Esta condição é obtida aproximadamente quando, para todas as configurações do

sistema, a relação de reatância de sequência zero para a reatância de sequência

positiva é menor que três e a relação de resistência de sequência zero para a

reatância de sequência positiva é <1.

3.32 Sistema Com Neutro Isolado

Sistema onde o ponto neutro não é intencionalmente conectado à terra.

3.33 Sistema Com Neutro Ressonante

Sistema com um ou mais pontos neutros ligados à terra por reatâncias que

compensam aproximadamente a componente capacitiva da corrente de falta fase-

terra. Com aterramento ressonante de um sistema, a corrente residual na falta é

limitada a um valor tal que o arco no ar, decorrente da falta, é normalmente

autoextinguível.

3.34 Sistema Com Neutro Solidamente Aterrado

Sistema no qual um ou mais pontos neutros são aterrados diretamente.

3.35 Tensão Máxima Do Equipamento - Um

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Maior valor eficaz da tensão fase-fase para o qual o transformador é projetado

relativamente ao seu isolamento.

3.36 Transformador Para Instrumentos

Transformador que alimenta instrumentos de medição, dispositivos de controle ou

dispositivos de proteção.

3.37 Transformador De Corrente - TC

Transformador para instrumentos, cujo enrolamento primário é ligado em série em

um circuito elétrico, e que reproduz, no seu circuito secundário, uma corrente

proporcional à do seu circuito primário, com sua posição fasorial substancialmente

mantida. Os transformadores de corrente destinam-se à proteção e a medição.

3.38 Transformador De Corrente Auxiliar

Transformador de corrente, usualmente inserido no circuito secundário de um

transformador, destinado a alterar a sua relação nominal ou melhorar o fator de

segurança.

3.39 Transformador De Corrente De Múltipla Relação

Transformador de corrente no qual várias relações são obtidas conectando seções

do enrolamento primário em série ou em paralelo ou por meio de derivações do

enrolamento.

3.40 Transformador De Corrente Tipo Janela Com Núcleo Separável

Transformador de corrente tipo janela em que parte do núcleo é separável ou

basculante, para facilitar o enlaçamento do condutor primário.

3.41 Transformador De Núcleo Único

Transformador de corrente com um único núcleo magnético, para um enrolamento

secundário e um enrolamento primário.

3.42 Transformador De Corrente De Vários Enrolamentos Primários

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Transformador de corrente com vários enrolamentos primários distintos e isolados

separadamente.

3.43 Transformador De Corrente De Vários Núcleos

Transformador de corrente com vários enrolamentos secundários isolados

separadamente e montados cada um em seu próprio núcleo, enlaçados por um

único enrolamento primário.

3.44 Transformador De Corrente Residual

Transformador ou grupo de três transformadores de corrente, ligados de modo a

transformar somente a corrente residual.

3.45 Transformador De Corrente Tipo Barra

Transformador de corrente cujo enrolamento primário é constituído por uma

barra, montada permanentemente através do núcleo do transformador.

3.46 Transformador De Corrente Tipo Bucha

Transformador de corrente tipo janela projetado para ser instalado sobre uma

bucha do equipamento elétrico.

3.47 Transformador De Corrente Tipo Enrolado

Transformador de corrente cujo enrolamento primário é constituído por uma ou

mais espiras, envolvendo mecanicamente o núcleo do transformador.

3.48 Transformador De Corrente Tipo Janela

Transformador de corrente sem primário próprio, construído por uma abertura por

onde passa um condutor que forma o circuito primário.

3.49 Transformador De Corrente Tipo Pedestal

Transformador de corrente construído de modo a servir de suporte para o condutor

primário.

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3.50 Transformador De Corrente Totalizador

Transformador de corrente destinado a medir a soma de valores instantâneos de

corrente de mesma frequência, em um sistema de potência.

3.51 Definições Adicionais Para Transformadores De Medição

3.51.1 Transformador De Corrente Para Medição

Transformador de corrente destinado a fornecer sinais para instrumentos de

medição ou medidores.

3.51.2 Corrente Primária Nominal Limite Para Instrumentos - Ipl

Valor mínimo da corrente primária para o qual o erro composto do TC de medição

é igual ou superior a 10%, submetido à carga secundária igual a carga nominal.

3.51.3 Fator De Segurança - FS

Fator que multiplica a corrente primária nominal de um transformador de corrente

para obter o valor de corrente primária para o qual o erro de corrente composto é

igual ou superior a 10%.

O fator de segurança é afetado pela carga conectada no enrolamento secundário.

O fator de segurança é aplicável apenas a núcleos exclusivos para serviços de

medição.

3.51.4 Força Eletromotriz Secundário Limite De Exatidão Para

Medição - Elem

É o produto do fator de segurança pela corrente secundária nominal e pela soma

vetorial da carga de exatidão e da impedância do enrolamento secundário:

Elem = FS x Is x √(Rc + Rtc)2 + (xc + Xtc)2

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Onde:

Rtc: é a resistência corrigida a 75ºC;

Xtc: é a reatância do enrolamento secundário;

Rc: é a resistência da carga nominal;

Xc: é a reatância da carga nominal.

3.52 Definições Adicionais Para Transformadores De Proteção

3.52.1 Constante De Tempo Da Malha Secundária - Ts

Valor da constante de tempo da malha secundária do TC determinada a partir do

somatório das indutâncias magnetizantes e de dispersão (Ls) e a resistência (Rs) da

malha secundária.

Ts = Ls Rs

3.52.2 Corrente Primária Limite De Exatidão

Valor da corrente primária para o qual o TC cumprirá os valores requeridos de erro

composto.

3.52.3 Curva De Excitação

Curva apresentada sob a forma de gráfico ou tabela, mostrando a relação entre o

valor eficaz da corrente de excitação e o valor eficaz da força eletromotriz

senoidal aplicada aos terminais secundários de um TC, com o primário e os outros

enrolamentos abertos. Levanta-se uma quantidade de valores que permitam traçar

esta curva característica desde os menores níveis de excitação até pelo menos

110% do valor da força eletromotriz nominal do ponto de joelho.

3.52.4 Erro De Relação De Espiras

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Diferença entre os valores nominal e real da relação do número de espiras

expresso em porcentagem:

erro de relação(%) = relação do número de espiras real - relação do número de espiras nominal x 100

relação do número de espiras nominal

3.52.5 Fator De Dimensionamento - Kx

Fator definido pelo usuário que corresponde ao número de vezes da corrente

nominal secundária (Is) até o qual é solicitado ao transformador atender aos

requisitos de desempenhos exigidos.

3.52.6 Fator De Remanência – Kr

A relação:

Kr = 100 x ψr, expresso em % ψs

3.52.7 Fator-Limite De Exatidão - Fle

Fator que multiplica a corrente primária nominal de um TC, para obter a corrente

primária satisfazendo os requisitos de erro composto de corrente.

O fator-limite de exatidão é aplicável apenas a núcleos exclusivos para serviços de

proteção.

3.52.8 Força Eletromotriz Do Ponto De Joelho - Ek

Valor eficaz da força eletromotriz senoidal de frequência nominal aplicada aos

terminais de um TC com os outros enrolamentos em aberto de onde um acréscimo

de 10% da tensão provoca um aumento de 50% da corrente de excitação.

3.52.9 Força Eletromotriz Do Ponto De Joelho Nominal

Limite inferior da força eletromotriz do ponto de joelho para um transformador de

corrente de proteção classe PX ou PXR.

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3.52.10 Força Eletromotriz Limite De Exatidão Para Proteção

Produto do fator-limite de exatidão pela corrente secundária nominal e pela soma

vetorial da carga nominal e pela soma vetorial da carga nominal e da impedância

do enrolamento secundário.

Ele = Fle x Is x √(Rc + Rtc)2 + (Xc + Xtc)2

Onde:

Rtc é a resistência corrigida a 75°C;

Xtc é a reatância do enrolamento secundário;

Rc é a resistência de carga nominal;

Xc é a reatância da carga nominal.

3.52.11 Fluxo De Saturação - Ψs

Máximo valor de fluxo concatenado secundário de um TC que corresponde à

saturação magnética do material do núcleo.

3.52.12 Fluxo Remanescente - Ψr

Valor do fluxo que permanecerá no núcleo após 3 minutos da interrupção de uma

corrente de excitação de valor suficiente para induzir o fluxo de saturação

definido em 3.3.11.

3.52.13 Relação De Espiras Nominal

Relação entre o número de espiras do enrolamento primário e do enrolamento

secundário.

(Exemplo 1) 1/900 (1 espira primária com 900 espiras secundárias);

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29

(Exemplo 2) 2/1800 (Um transformador de corrente similar ao exemplo 1,

porém utilizando duas espiras no primário).

3.52.14 Transformador De Corrente De Proteção Classe P

Transformador de corrente de proteção sem limite para o fluxo remanescente para

o qual é especificado o comportamento de saturação para um curto-circuito

simétrico.

3.52.15 Transformador De Corrente De Proteção Classe PR

Transformador de corrente com limite para o fluxo remanescente para o qual é

especificado o comportamento de saturação para um curto-circuito simétrico.

3.52.16 Transformador De Corrente De Proteção Classe PX

Transformador de baixa reatância de dispersão para o qual o conhecimento da

curva de excitação, da resistência secundária, da resistência da carga secundária e

da relação do número de espiras é suficiente para avaliar o seu desempenho em

relação ao sistema de proteção ao qual está conectado.

3.52.17 Transformador De Corrente De Proteção Classe PXR

Transformador de corrente de proteção com limite para o fluxo remanescente para

o qual o conhecimento da curva de excitação, da resistência secundária, da

resistência da carga secundária e da relação de espiras é suficiente para avaliar o

seu desempenho em relação ao sistema de proteção ao qual está conectado.

3.52.18 Transformador De Corrente Para Proteção

Transformador de corrente destinado a fornecer sinais para dispositivos de

proteção ou controle.

3.53 Transformador De Potencial Indutivo

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Transformador de potencial constituído apenas de uma ou mais unidades

eletromagnéticas, cuja relação de transformação é definida primordialmente pela

relação de espiras de seus enrolamentos.

3.54 Transformador De Potencial Para Medição

Transformador de potencial destinado a alimentar instrumentos de indicação,

medidores e aparelhos similares.

3.55 Transformador De Potencial Para Proteção

Transformador de potencial destinado a alimentar relés de proteção.

4 DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA

4.1 Geral

Toda documentação técnica a ser enviada pelo FORNECEDOR para a ENERGISA,

deverá ser através de meio magnético, em extensão que possa ser utilizada pelo

AUTOCAD, WORD/EXCEL/MS PROJECT, ACROBAT e em outra extensão, desde que

expressamente aceita pela ENERGISA.

4.2 Apresentação dos Desenhos

Todos os desenhos e tabelas, identificados com o número do contrato de

fornecimento, deverão ser confeccionados nos formatos no mínimo A3 e A1 ou A0,

conforme necessidade, com exceção ao desenho do dimensional do equipamento

que deverá ser no formato A1, obedecendo sempre às espessuras mínimas de

traços e tamanhos mínimos de forma a tornar os mesmos legíveis, além de

possuírem campo próprio para a numeração e carimbo de análise da ENERGISA.

Desenhos que não obedeçam à padronização aqui descrita, ou que não sejam

legíveis, total ou parcialmente, serão recusados pela ENERGISA, devendo o

FORNECEDOR elaborar um novo desenho que atenda às condições aqui

especificadas.

4.3 Relação de Documentos a Aprovar

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Após emissão e aceite da Ordem de Compra de Materiais - OCM, o FORNECEDOR

deverá enviar para aprovação os documentos, num prazo máximo de 30 dias, os

seguintes documentos, para aprovação, constantes nesta ETU, a saber:

a) Desenho de contorno, com as dimensões do equipamento, mostrando a

localização das buchas, acessórios, detalhes de fixação, caixa de terminais

secundários, terminais primário, conectores e dados sobre a carga permitida

nos terminais de linha;

b) Desenho de contorno das buchas, contendo dimensões, peso, características

elétricas, nome do Fabricante e tipo;

c) Desenho da placa de identificação e indicação do material da mesma;

d) Desenhos da caixa de terminais secundários e dos conectores primários e de

aterramento;

e) Qualquer desenho adicional, considerado de interesse pelo FORNECEDOR, e,

ou, pela ENERGISA;

f) Cronograma de fabricação, com todas as etapas do fornecimento;

g) Folha de características técnicas do equipamento, incluindo relação e

características de todos os acessórios;

h) Vistas frontal e lateral;

i) Diagramas esquemáticos e de fiação mostrando as ligações internas e blocos

terminais;

j) Detalhe geral da estrutura suporte, com informações sobre esforços

transmitidos à base de fixação e dados sobre a carga permitida nos

terminais de linha;

k) Detalhe dos isoladores suporte e conectores terminais de linha e

aterramento;

l) Plano de inspeção e testes - PIT;

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m) Manual de instruções relativo à operação e a todas as fases de instalação e

manutenção dos equipamentos e seus componentes, inclusive aqueles não

produzidos pelo FORNECEDOR;

n) Desenho de dimensões e embalagens para transporte, indicando: dimensões;

massas; detalhes para içamento e inscrições previstas; indicação do fator de

empilhamento para transporte e armazenagem; detalhes de fixação do

equipamento dentro da embalagem; indicações usuais de manuseio;

indicação dos calços em relação às extremidades.

Os prazos gastos na submissão e aprovação dos documentos entendem-se como

incluídos no prazo de fornecimento declarado na OCM. A ENERGISA terá 10 dias

úteis para retorno dos documentos APROVADO, APROVADO COM COMENTÁRIO, NÃO

APROVADO, sendo que no caso de não aprovação por problemas de

responsabilidade do FORNECEDOR, o prazo decorrido até a aprovação ou aprovação

com comentário do documento não será estendido no prazo de fornecimento.

Todos os documentos e desenhos deverão trazer o nome do equipamento, o

número e o item da OCM, na qual foi requisitado, contendo inclusive uma lista de

desenhos e documentos emitidos e serem sempre enviados através de um Guia de

Envio de Documentos.

4.3.1 Procedimentos de Aprovação

Os documentos assinalados "APROVADO" e "APROVADO COM COMENTÁRIO", com as

correções indicadas, autorizam o FORNECEDOR a iniciar a fabricação ou aquisição

do equipamento referente às partes aprovadas.

Sempre que os documentos tenham sido marcados "APROVADO COM COMENTÁRIO"

ou "NÃO APROVADO", o FORNECEDOR deverá fazer todas as correções necessárias e

submetê-las para nova aprovação, em mídia digital, no prazo de 10 dias úteis.

O FORNECEDOR deverá fazer, às suas expensas, quaisquer modificações nos

desenhos acima definidos, necessárias para obter a total liberação da ENERGISA.

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Se o desenho modificado não puder ser APROVADO por não ter atendido às

alterações indicadas pela ENERGISA, qualquer atraso decorrente na entrega dos

equipamentos e multas correspondentes serão de inteira responsabilidade do

FORNECEDOR.

Todas as revisões deverão ser indicadas por número, data e assunto, num bloco de

revisões, com sua última revisão claramente indicada. Todas as exigências são

aplicáveis a desenhos, catálogos, ilustrações, especificações e a quaisquer dados

técnicos submetidos à aprovação da ENERGISA.

Serão de inteira responsabilidade do FORNECEDOR, quaisquer serviços de

fabricação efetuados antes da APROVAÇÃO dos documentos correspondentes pela

ENERGISA.

A APROVAÇÃO dos documentos não isenta o FORNECEDOR da obrigação de

satisfazer todas as exigências desta especificação técnica, nem da

responsabilidade pela correção destes documentos, após a aprovação.

A inspeção e o recebimento dos equipamentos somente serão feitos com base nos

documentos assinalados como "APROVADO".

Os desenhos de montagem serão fornecidos por ocasião da aprovação dos

documentos para a fabricação.

4.4 Desenhos

Para aprovação e completa apreciação do projeto, o FORNECEDOR deverá enviar,

para cada tipo de equipamento, no mínimo, a relação de desenhos citados nesta

norma.

a) Para efeito de envio de desenhos para aprovação, copiativos, catálogos,

manuais ou quaisquer informações a respeito dos equipamentos, o

FORNECEDOR deverá considerar 03 jogos completos para cada tipo ou

modelo do fornecimento, ou se autorizado, em meio eletrônico;

b) Os catálogos e manuais de montagem, operação e manutenção deverão ser

encaminhados juntamente com os desenhos para apreciação da ENERGISA;

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c) Todos os documentos e desenhos deverão trazer o nome do equipamento, o

número e o item da OCM e uma lista de desenhos e documentos emitidos,

enviados através de um Guia de Envio de Documentos - GED;

d) O Manual de Instruções deverá ser elaborado de forma a satisfazer pelo

menos os seguintes requisitos: conter um capítulo com informações das

particularidades do equipamento fornecido; possuir um índice com as

seções, itens, tópicos e anexos, numerados de forma a facilitar sua busca;

conter em detalhes todas as instruções necessárias ao manuseio, transporte,

armazenagem, montagem, colocação em serviço, operação e manutenção

do equipamento, seus acessórios e materiais; relatar os aspectos

relacionados aos testes e ensaios, ajustes, calibrações, limpeza,

lubrificação, frequência das verificações, içamento e movimentação,

ensaios de campo, instrumentação e aparelhagem utilizada; caso sejam

necessárias ferramentas especiais para montagem e, ou manutenção,

deverão ser informadas no Manual, conforme o uso;

e) O Manual de Instruções deverá ser entregue em uma capa com as seguintes

informações: nome do FORNECEDOR; nome e tipo do equipamento; número

e data do Contrato de Fornecimento; título e número ou código para

referência;

f) O Plano de Controle da Qualidade deverá conter todos os ensaios e

verificações no recebimento da matéria prima, na fabricação e nos ensaios

finais. Devem ser relacionados, no mínimo, os métodos de ensaio, normas

técnicas utilizadas e locais de realização;

g) O Cronograma de Fabricação será devolvido ao FORNECEDOR com eventuais

modificações ou sugestões até 15 dias após ter sido recebido pela ENERGISA;

h) Qualquer alteração após aprovação deverá ser comunicada à ENERGISA para

análise e nova aprovação, acompanhada de justificativas;

i) Após realização dos ensaios de tipo e, ou especiais, desde que previamente

acordado entre as partes, de rotina e de aceitação, o FORNECEDOR deverá

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encaminhar todos os relatórios junto com o Manual de Instruções e a lista de

romaneio, antes do embarque do equipamento;

j) Deverá ser enviada junto ao equipamento uma cópia impressa e uma em

meio eletrônico, do manual e relatórios dos ensaios.

5 EMBALAGEM, TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO

Os equipamentos devem ser embalados e acondicionados para transporte de modo

a não comprometer sua integridade física e funcional. Para equipamentos que

contenham painéis elétricos com dispositivos de desumidificação, deverá ser

provido na embalagem um ponto elétrico para sua alimentação, com informações

sobre a tensão de alimentação.

A embalagem e embarque do equipamento são de exclusiva responsabilidade do

FORNECEDOR, estando sujeita à aprovação da ENERGISA.

O processo de embalagem deve obedecer aos seguintes princípios: garantir um

transporte seguro em quaisquer condições, inclusive ambiental; possuir indicações

de posicionamento dos pesos de modo a garantir a estabilidade do equipamento

durante o transporte; suportar e facilitar as operações de embarque,

desembarque, manuseio e armazenamento sem prejuízo à segurança dos

operadores e à integridade do equipamento; peças e partes desmontadas deverão

ser numeradas de modo a facilitar a montagem em campo; cada peça ou lote de

peças idênticas deverão ser identificadas de acordo com a lista de embalagem e

Manual de Instruções.

Acondicionamentos em vários volumes deverão ser acompanhados de um romaneio

com a descrição e quantidade de objetos em cada volume.

Todo equipamento, e, ou, acessórios deverão ser enviados ao destino, com as

seguintes informações:

a) Nome do Cliente - ENERGISA;

b) Nome do FORNECEDOR;

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c) Número da OCM;

d) Número da nota fiscal;

e) Número de série dos equipamentos;

f) Nome, tipo e modelo dos equipamentos;

g) Obra de destino em destaque;

h) Número sequencial da caixa ou peça;

i) Quantidade de peças;

j) Peso bruto e líquido;

k) PARA CIMA em um ou mais lados, indicando o topo de cada embalagem.

6 CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS

6.1 Características Elétricas

Os transformadores de instrumentos deverão ser monofásicos, para instalação

externa, isolação a seco ou óleo, para operação segundo as condições

estabelecidas nesta especificação e suas especificações complementares.

6.2 Características Construtivas

6.2.1 Coordenação de Isolamento

Os transformadores de instrumentos deverão ser projetados de forma que em 60

Hz, descargas resultantes de tensões de surto de manobra ou de impulso

atmosférico, se deem por caminhos externos e não por caminhos internos para a

terra.

Os requisitos de coordenação de isolamento deverão ser atendidos sem o uso de

centelhadores externos ou dispositivos similares.

6.2.2 Conexões Secundárias e Caixas de Terminais

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As conexões secundárias e as caixas terminais devem atender aos seguintes

critérios:

a) Os cabos dos enrolamentos secundários deverão ser conectados, através de

bucha de passagem, ao bloco terminal instalado em uma caixa de terminais,

à prova de pó e intempéries, grau de proteção IP 54 ou superior. Não serão

aceitas buchas de passagem de nylon;

b) Os componentes internos e blocos terminais, instalados na caixa de

terminais secundários, deverão ser facilmente acessíveis por meio da

retirada de uma tampa frontal provida de vedação e fixada por parafusos

imperdíveis;

c) Todos os terminais devem ser do tipo olhal, isolados para 600 V, corrente

mínima de 57 A, fornecidos com barreiras e próprios para a conexão de

cabos com seção até 10 mm²;

d) A fixação dos cabos deve suportar vibrações operacionais e de transporte

sem se soltar ou afrouxar. Não serão aceitos blocos terminais com parafusos

colocados diretamente sobre o condutor;

e) Os terminais de cada enrolamento dos transformadores de corrente devem

ser fornecidos com dispositivos que facilitem o curto circuito;

f) Cada terminal deve ser identificado e marcado de acordo com as normas

técnicas já citadas neste documento;

g) O bloco terminal deve incluir terminais de aterramento;

a) As entradas para os cabos devem ser feitas através de juntas de borrachas

especiais, para não permitir penetração de água, poeira ou insetos,

mantendo o nível de proteção mínima IP 54;

b) As caixas de terminais devem ter furos no fundo e nas laterais para

instalação de eletrodutos de 40 mm, 1½”, de diâmetro, rosca BSP e

respectivos tampões.

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NOTA:

1. Todos os transformadores de Instrumentos deverão atender aos critérios do

módulo 12 dos Procedimentos de rede do ONS, cujas caixas de terminais

secundários deverão ser bipartidas, terem os terminais dos circuitos de medição

separados dos terminais de proteção e suas tampas possuírem dispositivos para

lacre.

6.2.3 Meio Isolante

Os transformadores de instrumentos deverão isolados a seco ou óleo, de acordo

com as características técnicas de cada equipamento detalhadas nas

especificações técnicas complementares citadas neste documento.

6.2.3.1 Massa Isolante

O FORNECEDOR deverá detalhar as principais características elétricas e mecânicas

da resina sintética utilizada. A resina deverá ser preferencialmente na cor cinza

Munsell N6,5.

Deverá ser de material não higroscópico, imune à radiação solar, não apresentar

trilhamento e arborejamento na presença de campos elétricos e ser resistente a

ataques químicos e à poluição atmosférica.

Deverá ser fornecida uma descrição detalhada do material isolante utilizado,

juntamente com os relatórios de ensaios que comprovem a sua eficácia, conforme

NBR 10296.

6.2.3.2 Óleo Isolante

As características do óleo isolante devem ser conforme a resolução 36 da ANP.

O PROPONENTE deve indicar o tipo de óleo que será utilizado e suas características

completas para aprovação da Energisa. O óleo isolante deve possuir, no mínimo,

isolação da classe A.

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Para equipamento do tipo não selado, deverão ser providos de um indicador do

nível de óleo, visível do chão e um dispositivo conveniente para retirada de

amostra de óleo, com a unidade em serviço. O FORNECEDOR deverá especificar

quais medidas serão adotadas para o alívio de aumento de pressão decorrente de

uma falha elétrica interna.

Não serão aceitos transformadores com gás em contato direto com o óleo isolante.

Neste caso, o óleo deve ser separado do gás por diafragma ou dispositivo

semelhante. Detalhes completos do dispositivo que separa o óleo do gás devem ser

descritos pelo FORNECEDOR.

Devem ser utilizadas gaxetas especiais sempre que forem necessárias juntas entre

a porcelana do isolador e o tanque do equipamento; cimento não é aceitável neste

caso. As juntas devem ser apropriadas para uso com óleo isolante. Todas as

gaxetas devem ser de material resistente à ação do óleo isolante, não devendo se

deteriorar mediante ação do mesmo ou sob condições de clima tropical. As gaxetas

permanecerão sob ação do óleo todo o tempo.

6.2.4 Isoladores e Invólucros de Porcelana

Isoladores e invólucros de porcelana deverão ser homogêneos, livres de

laminações, cavidades e escorrimentos, vitrificados e impenetráveis à umidade. A

vitrificação deverá ser isenta de imperfeições, bolhas ou queimaduras. Deverão

cumprir em todos os aspectos as normas pertinentes.

Cada isolador ou invólucro deverá ser projetado de maneira que não exista nenhum

esforço indevido de qualquer parte, causado por variações de temperatura e com

os meios adequados para absorver as expansões ou deflexões dos condutores ou

partes do circuito principal, resultantes de sobrecargas ou condições transitórias.

6.2.5 Parte Ativa

O núcleo deve ser de aço silício de alta qualidade e que mantenha suas

características eletromagnéticas com o seu envelhecimento. Deve ser,

preferencialmente, do tipo espelho em lâmina contínua.

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O isolamento interno deverá ser dimensionado para suportar todo o gradiente de

campo elétrico gerado internamente no transformador.

A parte ativa e os enrolamentos devem ser devidamente fixados de modo a evitar

deslocamentos indevidos do núcleo, gerados pelo transporte ou pelos esforços

decorrentes das correntes de curto circuito. A elevação de temperatura destes

pontos não deve ultrapassar à máxima especificada pela ABNT.

6.2.6 Placas de Identificação

Todos os transformadores de instrumentos deverão possuir placas de identificação,

com as seguintes características:

a) Ser de aço inoxidável ou alumínio anodizado, com espessura mínima de 1,0

mm e com todas as informações marcadas de maneira indelével;

b) Estar localizada em local facilmente visível com o equipamento instalado,

fixada através de rebites ou parafusos. Não serão aceitas placas fixadas por

adesivos;

c) Suas informações devem ser escritas em português Brasil e suas unidades de

medida expressas no Sistema Internacional de Unidades.

6.2.6.1 Transformador de Corrente

A placa de identificação deverá conter pelo menos as seguintes informações:

a) As palavras: “Transformador de Corrente”;

b) Nome e marca do fabricante;

c) Número de série e ano de fabricação;

d) Número e Data do Contrato; ou Ordem de Compra;

e) Designação do tipo, modelo ou equivalente;

f) Número do manual de instruções;

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g) A expressão: “Uso Externo”;

h) Correntes primárias e secundárias nominais e relação;

i) Frequência nominal;

j) Máxima tensão nominal;

k) Níveis de isolamento;

l) Norma utilizada e ano;

m) Classes de exatidão para cada um dos enrolamentos secundários e

respectivas cargas;

n) Fator térmico nominal;

o) Massa total do equipamento completo, em kg;

p) Tipo e volume do óleo isolante, se meio isolante a óleo;

q) Elevação de temperatura dos enrolamentos;

r) Diagrama esquemático com a polaridade e o arranjo dos enrolamentos;

s) Resistências ôhmicas secundárias e primárias dos enrolamentos; - Correntes

térmicas e dinâmicas nominais.

6.2.6.2 Transformador de Potencial

A placa de identificação deverá conter pelo menos as seguintes informações:

a) As palavras: “Transformador de Potencial”;

b) Nome ou marca do fabricante;

c) Número de série e ano de fabricação;

d) Número e Data do Contrato; ou Ordem de Compra;

e) Designação do tipo, modelo ou equivalente;

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f) Número do manual de instruções;

g) A expressão: “Uso Externo”;

h) Tensões primárias e secundárias nominais e relação;

i) Frequência nominal;

j) Designação do grupo de ligação;

k) Máxima tensão nominal;

l) Níveis de isolamento;

m) Norma utilizada e ano;

n) Classes de exatidão para cada um dos enrolamentos secundários e

respectivas cargas;

o) Potência térmica nominal;

p) Massa total do equipamento completo, em kg;

q) Tipo e volume do óleo isolante, se meio isolante a óleo;

r) Elevação de temperatura dos enrolamentos;

s) Diagrama esquemático mostrado a polaridade e o arranjo dos enrolamentos;

t) Resistências ôhmicas secundárias e primárias dos enrolamentos; - Máxima

sobre tensão temporária.

6.2.7 Terminais de Linha e Conectores de Aterramento

6.2.7.1 Terminais de Linha

Para transformadores de instrumentos até 40 kV, os terminais de linha deverão ser:

Para Transformador de Corrente: em barra chata com 4 furos, padrão NEMA

SG1, independente da corrente primária, com saída reta horizontal;

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Para Transformador de Potencial: em barra chata com 2 furos, padrão NEMA

SG1, com saída reta vertical.

Deverão ser fabricados em cobre, em liga de cobre de alta condutividade ou em

alumínio. Quando forem fabricados em cobre ou liga de cobre eles devem ser

adequados para instalação de conector de bronze estanhado e quando for

fabricado em alumínio deverão ser próprios para uso de conectores de alumínio.

Para áreas de poluição salina, os terminais deverão ser bimetálicos.

Para transformadores de instrumentos de 72,5 kV e acima, os terminais de linha

deverão ser:

Transformador de Corrente: em barra chata com 4 furos, padrão NEMA SG1,

independente da corrente primária, com saída reta horizontal;

Para Transformador de Potencial: em barra chata com 4 furos, padrão NEMA

SG1, com saída reta vertical.

Deverão ser fabricados em cobre, em liga de cobre de alta condutividade ou em

alumínio. Quando forem fabricados em cobre ou liga de cobre eles devem ser

adequados para instalação de conector de bronze estanhado e quando for

fabricado em alumínio deverão ser próprios para uso de conectores de alumínio.

Para áreas de poluição salina, os terminais deverão ser bimetálicos.

6.2.7.2 Conectores de Aterramento

Os conectores de aterramento fazem parte do fornecimento e deverão ser de

bronze fosforoso ou liga de cobre de alta condutividade, apropriados para ligação

de dois cabos de cobre nu com bitolas que variam entre 50 e 120 mm².

6.2.8 Materiais Sujeitos a Corrosão e Oxidação

Cuidados especiais devem ser tomados na seleção dos materiais para evitar

oxidação e corrosão, considerando sua utilização em condições ambientais

conforme mencionado nesta norma.

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6.2.9 Processo de Galvanização

Todas as estruturas de aço, flanges, caixas, parafusos, porcas e demais partes

ferrosas, exceto as partes de aço inoxidável, deverão ser preferencialmente

galvanizadas a quente e atender as seguintes condições:

a) O zinco deve ser do tipo comum, com no máximo 0,01% de alumínio;

b) A zincagem deve ser executada de acordo com a NBR 6323;

c) A camada deve ser aderente, contínua e uniforme. Deve suportar ao ensaio

de verificação da uniformidade de revestimento, conforme o método de

preece;

d) A zincagem deve ser feita após a fabricação, perfuração e marcação das

peças;

e) A massa e a espessura da camada de zinco são indicadas na NBR 6323;

f) Quanto ao aspecto visual, as partes zincadas devem estar isentas de áreas

não revestidas ou de irregularidades no revestimento.

6.2.10 Acabamento e Pintura

Todas as superfícies internas e externas dos equipamentos e demais partes

metálicas que não sejam galvanizadas e que estejam expostas ao tempo, devem

ser limpas por processo que garanta a isenção total de impurezas.

A descrição detalhada dos métodos de tratamento e os materiais de pintura

propostos deverão ser submetidos à aprovação da Energisa.

Partes metálicas energizadas devem ser fornecidas sem pintura.

O FORNECEDOR poderá submeter à aprovação da ENERGISA um esquema de pintura

distinto do especificado, desde que seja de eficiência equivalente ou superior.

6.2.10.1 Pintura Externa

Após a limpeza deverá ser aplicado o seguinte processo de pintura:

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a) Tinta de fundo anticorrosiva epóxi alta espessura, cor vermelho óxido,

espessura mínima de 150 µm de película seca;

b) Tinta de acabamento de acabamento à base de poliuretano alifático de alta

espessura, cor cinza Munsell N 6,5, espessura mínima de 80 µm de película

seca;

c) A pintura externa deverá ser completada na fábrica. Deverão fazer parte do

fornecimento, quantidades adequadas de tintas de acabamento e de base

para retoques em campo.

6.2.10.2 Pintura Interna

Após a limpeza deverá ser aplicado o seguinte processo de pintura:

a) Tinta de acabamento epóxi amino curada, cor branca Munsell N 9,5,

espessura mínima de 30 µm de película seca;

b) Alternativamente pode ser utilizada tinta de acabamento à base de

poliuretano alifático, espessura mínima de 40 µm de película seca. Neste

caso o preparo da superfície não admite tratamento químico.

7 INSPEÇÃO, ENSAIOS E CONTROLE DE QUALIDADE

O FORNECEDOR deverá possuir a certificação de conformidade com a norma NBR

ISO 9001, e executar os ensaios, conforme PIT aprovado.

7.1 Ensaios

7.1.1 Generalidades

Os equipamentos serão submetidos a inspeções e ensaios na fábrica, de acordo

com esta Especificação Técnica e as normas recomendadas, na presença de

Inspetor da ENERGISA.

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Caso o laboratório de ensaios do FORNECEDOR não seja suficientemente equipado

para execução dos ensaios solicitados, serão executados em instalações de

terceiros, sem ônus adicional para a ENERGISA.

7.1.2 Classificação de ensaios

Os ensaios especificados nesta Norma são classificados como ensaios de tipo,

ensaios de rotina, ensaios especiais e ensaios de recebimento ou aceitação.

a) Ensaio de tipo: ensaio realizado em um transformador de cada tipo para

demonstrar que todos os transformadores feitos com a mesma especificação

atendem aos requisitos não cobertos por ensaios de rotina;

b) Ensaio de rotina: os ensaios que devem obrigatoriamente ser realizados pelo

fabricante em cada unidade produzida;

c) Ensaio especial: além dos ensaios aqui definidos como especiais, qualquer

outro ensaio diferente dos de tipo ou de rotina, acordado entre fabricante e

usuário;

d) Ensaios de recebimento ou aceitação: ensaios que são realizados na

presença do usuário por ocasião da inspeção. Quando o usuário especifica os

ensaios de recebimento ou aceitação, estes são realizados, mediante acordo

entre o fabricante e o usuário, em 100 % do lote a ser fornecido ou em

quantidade amostral a ser definida.

7.1.3 Orientação Prévia do FORNECEDOR

O FORNECEDOR deverá enviar para a aprovação da ENERGISA, antes do início dos

ensaios, os seguintes documentos:

a) Cronograma orientativo dos ensaios;

b) Esquema típico de cada ensaio;

c) Detalhamento da execução de cada ensaio;

d) PICQ - Plano Interno de Controle de Qualidade.

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Posteriormente, deverá confirmar a data exata da realização de cada ensaio com,

no mínimo, 10 dias de antecedência, no caso dos ensaios feitos no Brasil e, no

mínimo, 30 dias de antecedência, no caso dos ensaios feitos no exterior.

7.1.4 Aprovação dos Ensaios

A não aprovação do equipamento nos ensaios implicará na execução, pelo

FORNECEDOR, das modificações que julgar necessárias, aprovadas pela ENERGISA,

bem como na repetição de todos os ensaios necessários, sem qualquer ônus

adicional ao fornecimento.

Caso uma unidade seja reprovada em determinado ensaio, o FORNECEDOR somente

poderá proceder à sua abertura, ou desmontagem, na presença de representante

da ENERGISA.

Ficará a critério da ENERGISA manter selada, ou lacrada, a unidade em teste, ou

reprovada no ensaio, até o momento da conclusão dos ensaios, ou de sua abertura

e, ou desmontagem.

Dentro de 10 dias após a falha em uma unidade, o FORNECEDOR deverá enviar à

ENERGISA, um relatório técnico indicando a natureza da falha, suas possíveis

causas, as medidas adotadas para saná-la e as suas consequências quanto para o

fornecimento.

No caso de repetição da falha, o Inspetor da ENERGISA deverá ter acesso às

instalações do FORNECEDOR, desenhos, cálculos, resultados de ensaios em

protótipos e qualquer outra informação que possa utilizar para sua orientação. As

informações serão tratadas como confidenciais.

Todos os procedimentos e materiais necessários ao reparo do equipamento, em

decorrência de falhas nos ensaios, não acarretarão qualquer ônus adicional para a

ENERGISA.

7.2 Ensaios de Tipo

Junto com a proposta, o FORNECEDOR deverá entregar cópia dos ensaios de tipo

realizados em seu protótipo em laboratórios oficiais e o custo unitário para

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realização de cada um deles. Desta forma deverão ser apresentados relatórios

certificados dos testes realizados conforme segue.

7.2.1 Transformadores de Corrente

a) Elevação de temperatura;

b) Corrente suportável nominal de curta duração e valor de crista da corrente

suportável;

c) Impulso atmosférico;

d) Impulso de manobra;

e) Tensão aplicada sob chuva para transformadores para uso externo;

f) Tensão de radiointerferência;

g) Resistência ôhmica dos enrolamentos;

h) Estanqueidade;

i) Exatidão;

j) Erro composto para classes p e pr;

k) Todos os ensaios de rotina.

7.2.2 Transformador de Potencial

a) Elevação de Temperatura;

b) Curto-circuito;

c) Impulso atmosférico;

d) Impulso de manobra;

e) Tensão aplicada sob chuva para transformadores, uso externo;

f) Tensão de rádio interferência;

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g) Resistência ôhmica dos enrolamentos;

h) Corrente de excitação e perdas a vazio;

i) Impedância de curto circuito;

j) Exatidão;

k) Estanqueidade;

l) Todos os ensaios de rotina.

7.3 Ensaios de Rotina

Os ensaios de rotina deverão ser realizados em todas as unidades de todos os

equipamentos e deverão ser convocados com antecedência mínima de 10 dias.

Os materiais empregados na fabricação deverão ser submetidos aos ensaios de

recebimento de matéria prima antes de serem usados na fabricação.

Os ensaios de rotina incluirão pelo menos o seguinte:

7.3.1 Transformadores de Corrente

a) Verificação de marcação dos terminais e polaridade;

b) Ensaio de tensão suportável à frequência industrial em enrolamentos

primários;

c) Medição de descargas parciais;

d) Ensaio de tensão suportável à frequência industrial em enrolamentos

secundários e entre seções;

e) Medição de capacitância e fator de perdas dielétricas;

f) Sobretensão entre espiras;

g) Estanqueidade;

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h) Exatidão;

i) Fator de segurança do instrumento, quando aplicável para enrolamentos de

medição;

j) Erro composto para classes p e pr;

k) Determinação do fator de remanência para classe pr;

l) Determinação da constante de tempo secundária para classe pr;

m) Medição da resistência ôhmica dos enrolamentos secundários para classes

px, pxr e pr;

n) Levantamento das características de excitação para núcleos de proteção;  

o) Resistência ôhmica dos enrolamentos para equipamento com um ≥ 72,5 kv;

p) Ensaios no óleo mineral isolante;

q) Galvanização: a galvanização dos perfis, chapas e partes não rosqueadas dos

parafusos e porcas deverá resistir no mínimo a 6 imersões de 1 minuto no

ensaio de Preece; para as partes rosqueadas dos parafusos e porcas serão

exigidas apenas 4 imersões no ensaio de Preece.

7.3.2 Transformadores de Potencial

a) Verificação visual e dimensional;

b) Verificação de marcação dos terminais e polaridade;

c) Tensão induzida;

d) Tensão suportável à frequência industrial, a seco;

e) Medição de capacitância e fator de perdas dielétricas;

f) Estanqueidade a frio;

g) Ensaio de óleo isolante;

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h) Classe de exatidão em todos os taps;

i) Relação de transformação em todos os taps;

j) Medição das descargas parciais;

k) Ensaio de Polaridade;

l) Fator de potência do isolamento para todas as classes de tensão;

m) Galvanização: a galvanização dos perfis, chapas e partes não rosqueadas dos

parafusos e porcas deverá resistir no mínimo a 6 imersões de 1 minuto no

ensaio de Preece; para as partes rosqueadas dos parafusos e porcas serão

exigidas apenas 4 imersões no ensaio de Preece.

7.4 Relatórios de Ensaios

Os relatórios de ensaio deverão conter pelo menos as informações a seguir:

a) Descrição do equipamento ensaiado com os dados técnicos necessários para

sua perfeita identificação;

b) Data do ensaio;

c) Condições ambientais no momento e local de ensaio;

d) Descrição dos ensaios realizados com indicação das normas técnicas

adotadas;

e) Lista dos equipamentos de ensaio utilizado, dados técnicos e classe de

precisão; - Registro de todos os resultados e observações feitas durante o

ensaio.

A ENERGISA se reserva o direito de inspecionar e ensaiar os equipamentos

abrangidos por esta Especificação em qualquer momento que julgar necessário.

Para tal, deverão ser propiciadas todas as facilidades para o livre acesso aos

laboratórios e dependências onde estão sendo fabricados, embalados ou

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armazenados, bem como o fornecimento de pessoal qualificado a prestar

informações e executar os ensaios.

7.5 Testes em Campo

Após a instalação em campo e execução completa da fiação externa, os

transformadores serão ensaiados em conjunto com os equipamentos a eles

associados.

8 GARANTIA

O FORNECEDOR deverá garantir, entre outras exigências, o seguinte:

a) O prazo mínimo de garantia aceito pela ENERGISA é de 24 meses a contar da

data da última entrega relacionada ao lote do equipamento no local

indicado pela ENERGISA ou 18 meses após a data de sua entrada em

operação satisfatória para cada lote do fornecimento;

b) A garantia deve cobrir qualquer deficiência de projeto, matéria prima,

fabricação e desempenho. Portanto, a qualquer momento durante o período

de garantia, o FORNECEDOR se obriga a substituir ou reparar qualquer

acessório ou peça que apresente defeito ou falha oriundos da fabricação ou

emprego de materiais inadequados, sem qualquer ônus adicional para a

ENERGISA;

c) Caso o defeito seja decorrente de erro de projeto ou de produção, tal que

comprometa todas as unidades do lote adquirido, o FORNECEDOR deverá

substituir todo o lote, independente da ocorrência deste defeito em cada

uma delas, sem qualquer ônus adicional para a ENERGISA;

d) Se depois de notificado, o FORNECEDOR se recusar a efetuar os reparos ou

substituições solicitadas, a ENERGISA reserva-se o direito de executá-los e

cobrar os custos ao FORNECEDOR, sem que isto afete a garantia do

equipamento;

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e) Caso haja a substituição parcial do equipamento, a parte substituída terá

seu período de garantia estendida pelo FORNECEDOR, por igual período da

garantia do equipamento;

f) Durante o período de garantia ocorrendo algum defeito ou falha no

equipamento, e após os devidos reparos pelo FORNECEDOR, a ENERGISA

poderá solicitar novos testes na unidade, sem quaisquer ônus adicionais. O

FORNECEDOR deve elaborar um relatório, detalhando as causas da falha e as

alterações executadas no equipamento;

g) Todos os custos referentes a reparos ou substituição de qualquer acessório,

peça ou mesmo do equipamento em sua totalidade, inclusive aqueles

relativos a qualquer tipo de transporte ou parte dele, será de inteira

responsabilidade do FORNECEDOR;

h) Caso o fornecimento apresente defeitos ou deixe de atender aos requisitos

da Documentação de Convocação ou de outros documentos técnicos, a

ENERGISA poderá rejeitá-lo e exigir que o FORNECEDOR proceda à sua

imediata substituição ou correção, montado, sem ônus para a ENERGISA.

Nesse caso, um novo período de garantia de 18 meses de operação

satisfatória deverá entrar em vigor, para o lote em questão;

i) Caso, depois de notificado pela ENERGISA, o FORNECEDOR se recuse ou

deixe de corrigir ou substituir o fornecimento, a ENERGISA providenciará a

correção por seu próprio pessoal ou por terceiros, e deduzirá os respectivos

custos de qualquer crédito devido ao FORNECEDOR ou iniciará uma ação

judicial para reavê-los.

9 MONTAGEM E SUPERVISÃO DE MONTAGEM

A instalação do equipamento será efetuada pela ENERGISA, ou preposto por ela

indicado, sem perda das garantias, podendo o FORNECEDOR, a seu critério, efetuar

a supervisão final de montagem, sem ônus para ENERGISA.

O FORNECEDOR deverá suprir os serviços de supervisão de montagem através de

pessoal especializado, portanto deverá detalhar os custos horários ou diários para

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cada supervisor, o tempo necessário e as condições para a execução dos serviços

de supervisão de montagem e energização.

A instalação de cada equipamento será determinada em função do cronograma de

cada obra, devendo o FORNECEDOR ser informado com 15 dias de antecedência

para providenciar os recursos de supervisão.

Todas e quaisquer despesas com a supervisão de montagem serão de inteira

responsabilidade do FORNECEDOR.

A ENERGISA fornecerá pessoal de nível técnico para a realização de testes de

comissionamento do equipamento.

O FORNECEDOR será autorizado a dar início aos serviços de supervisão, através de

uma Carta de Autorização de Serviço emitida pela ENERGISA.

O supervisor de montagem, ou equipe de supervisão de montagem, deverá receber

um treinamento de segurança da ENERGISA, antes do início dos trabalhos em

subestação energizada. Para viabilizar esta integração o fornecedor deverá enviar

os certificados de realização dos cursos necessários para o trabalho. Dentre eles

serão exigidos: curso de NR10, NR11 (caso necessário o uso de caminhão munck),

NR12 (caso seja necessário uso de cesto aéreo), NR35 (caso seja necessário o

trabalho em altura).

O supervisor de montagem deverá emitir um relatório técnico dos serviços

executados, onde constarão todos os ajustes recomendados, problemas

encontrados durante a montagem e as soluções adotadas. Esse relatório deverá ser

fornecido à ENERGISA na ocasião da entrega final dos serviços.

Se, após a energização e dentro do período de garantia, o equipamento apresentar

defeito que, a critério da ENERGISA, necessite de supervisão para reparo, o

FORNECEDOR deverá providenciar um supervisor no menor tempo possível e sem

qualquer ônus para a ENERGISA.

As propostas que não atenderem no todo ou em parte, às condições para execução

de serviços de supervisão de montagem serão rejeitadas.

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Se a ENERGISA optar por não contratar a supervisão de montagem e energização, o

FORNECEDOR manterá a garantia conforme item próprio desta Especificação.

10 SOBRESSALENTES

Em sua proposta, o FORNECEDOR deverá apresentar itens definidos para os

sobressalentes considerados necessários ou convenientes, com as respectivas listas

de preços. A quantidade proposta deverá ser relacionada a um período de

operação de 5 anos, ficando a cargo da ENERGISA definir a relação e quantidade de

sobressalentes que serão adquiridos.

As peças sobressalentes deverão ser idênticas, em todos os aspectos, às

correspondentes instaladas no equipamento. Serão submetidas à inspeção e

ensaios e deverão ser incluídas na mesma remessa que o equipamento original,

acondicionadas em volumes separados e marcados claramente “PEÇAS

SOBRESSALENTES”.

Deverá ser fornecida a numeração codificada das peças sobressalentes para as

facilidades de aquisição das mesmas, quando necessário.

O FORNECEDOR deverá informar em sua proposta o período de manutenção de

fornecimento dos sobressalentes da OCM associada, bem como o prazo máximo

para entrega.

11 MANUAIS DE INSTRUÇÃO

Os manuais de instrução conterão no mínimo, os seguintes itens na ordem

indicada:

a) Descrição e características técnicas principais do equipamento;

b) Conjunto de desenhos finais e de montagem, inclusive lista dos desenhos;

c) Lista de componentes, acessórios e respectivos números de referências e

catálogos específicos;

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d) Instruções para montagem e desmontagem, instruções para ajustes quando

da operação inicial;

e) Instruções para operação permanente;

f) Instruções para manutenção preventiva e corretiva, incluindo os ensaios

periódicos e valores de referência;

g) Instruções para armazenamento por períodos prolongados.

Os Manuais de Instrução deverão ser identificados pelo número e item do Contrato

e da Especificação Técnica.

Duas cópias do Manual de Instrução deverão ser fornecidas, à ENERGISA, para

verificação e aprovação.

Após aprovação da ENERGISA, o FORNECEDOR deverá encaminhar 5 cópias do

Manual de Instrução, já apresentado sob sua forma final. Os Manuais na sua forma

final deverão conter todas as informações e alterações exigidas pela ENERGISA

durante o período de aprovação.

O Manual de Instruções deverá ser redigido no idioma português Brasil, incluindo

todos os seus anexos e demais partes integrantes, devendo ser entregue

totalmente encadernado e com os respectivos arquivos integrantes do manual de

instruções completo em mídia digital.

Todos os desenhos incluídos no Manual de Instruções deverão estar numerados,

dobrados corretamente e fixados ao volume de forma semelhante à das páginas do

texto do Manual.

Caso o Manual de Instruções, e quaisquer de seus anexos, sejam fornecidos em

outro idioma, a ENERGISA poderá os aceitar e, a seu critério, contratar a tradução

para o português Brasil, debitando todos os custos correspondentes ao

FORNECEDOR.

12 INSTRUÇÕES TÉCNICAS E DE TREINAMENTO

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Deve estar prevista na Proposta Técnica de Fornecimento uma apresentação de

instruções técnicas de treinamento sobre a montagem, operação e manutenção do

equipamento e seus acessórios e componentes. Esta apresentação deve ser

organizada pelo FORNECEDOR e ser ministrada, em português Brasil, por um ou

mais supervisores qualificados, antes da instalação do equipamento, em local e

data a serem definidos de comum acordo com a ENERGISA.

A apresentação deve abordar:

a) Instruções completas do manuseio, ajustes, testes mecânicos e elétricos,

substituição de peças e utilização de gabaritos, através de manuais e

desenhos;

b) Instruções sobre a lógica de funcionamento dos circuitos auxiliares de

comando, sinalização e proteção, quando for o caso, baseadas nos desenhos

e manual de instruções aprovados;

c) Identificação das peças, partes e componentes que devem ser checados

quanto aos limites e tolerâncias operacionais, relacionando tudo às

periodicidades de manutenção previstas;

d) Relação completa de todas as partes, peças e componentes, incluindo

nomes, descrições, números de catálogos, quantidades utilizadas e

identificações nos desenhos;

e) Instruções completas para instalação e manuseio de todos os acessórios.

13 INFORMAÇÕES DA PROPOSTA

As informações a seguir deverão ser obrigatoriamente apresentadas junto com a

proposta, independente das informações que o PROPONENTE julgar necessárias,

sob pena de desclassificação:

a) Desenhos dimensionais orientativos abrangendo contorno, dimensões

principais, posição das buchas;

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b) Tabelas de características técnicas com a coluna de valores garantidos

preenchida;

c) Tipo e características do tratamento e acabamento das superfícies

metálicas.

14 HISTÓRICO DE VERSÕES DESTE DOCUMENTO

Data Versão Descrição das Alterações Realizadas

15/06/2015 5.0 Revisão Geral decorrente do Projeto Malha Logística

– Frente D

30/10/2019 6.0 Adequação do texto e inclusão da classificação dos

ensaios conforme ABNT NBR 6855 e 6856.

15 VIGÊNCIA

Esta Norma entra em vigor na data de 01/02/2020 e revoga a versão anterior.

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