estudo sobre automedicação no uso de analgésicos na cidade de aparecida do taboado – ms (pdf)

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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS AFONSO RICARDO QUEIROZ RODRIGUES CASSI ELLEN UGA JOSILENE SILVA JARDIM NATALIA FERREIRA GARCIA ESTUDO SOBRE AUTOMEDICAÇÃO NO USO DE ANALGÉSICOS NA CIDADE DE APARECIDA DO TABOADO MS FERNANDÓPOLIS 2011

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Page 1: Estudo sobre automedicação no uso de analgésicos na cidade de aparecida do taboado – ms (pdf)

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS

FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS

AFONSO RICARDO QUEIROZ RODRIGUES

CASSI ELLEN UGA

JOSILENE SILVA JARDIM

NATALIA FERREIRA GARCIA

ESTUDO SOBRE AUTOMEDICAÇÃO NO USO DE ANALGÉSICOS

NA CIDADE DE APARECIDA DO TABOADO – MS

FERNANDÓPOLIS

2011

Page 2: Estudo sobre automedicação no uso de analgésicos na cidade de aparecida do taboado – ms (pdf)

AFONSO RICARDO QUEIROZ RODRIGUES

CASSI ELLEN UGA

JOSILENE SILVA JARDIM

NATALIA FERREIRA GARCIA

ESTUDO SOBRE AUTOMEDICAÇÃO NO USO DE ANALGÉSICOS

NA CIDADE DE APARECIDA DO TABOADO – MS

Trabalho de conclusão de curso apresentado à

Banca Examinadora do Curso de Graduação em

Farmácia da Fundação Educacional de

Fernandópolis como exigência parcial para obtenção

do título de bacharel em farmácia.

Orientadora: Prof.ª Esp. Rosana Kagesawa Motta

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS

FERNANDÓPOLIS

2011

Page 3: Estudo sobre automedicação no uso de analgésicos na cidade de aparecida do taboado – ms (pdf)

AFONSO RICARDO QUEIROZ RODRIGUES

CASSI ELLEN UGA

JOSILENE SILVA JARDIM

NATALIA FERREIRA GARCIA

ESTUDO SOBRE AUTOMEDICAÇÃO NO USO DE ANALGÉSICOS

NA CIDADE DE APARECIDA DO TABOADO – MS

Trabalho de conclusão de curso aprovado como

requisito parcial para obtenção do título de bacharel

em farmácia.

Aprovado em: ___ de novembro de 20___.

Banca examinadora Assinatura Conceito

Prof.ª. Esp. Rosana Kagesawa Motta

Orientadora

Prof.ª. Esp. Daiane Fernanda Pereira

Mastrocola.

(Avaliador 1)

Prof.ª Ms. Vania Luiza Lucatti

Ferreira Sato.

(Avaliadora 2)

Prof.ª Esp. Rosana Kagesawa Motta

Presidenta da Banca Examinadora

Page 4: Estudo sobre automedicação no uso de analgésicos na cidade de aparecida do taboado – ms (pdf)

Dedico essa monografia aos meus avós Conceição

e Ricardo, sem o auxílio deles, nada teria sido

possível. Como já disse o Poeta Manoel de Barros,

“o melhor de mim são Eles.” por sempre estar ao

meu lado e me apoiando, nas minhas decisões,

sem nunca me deixar sair do chão, me mostrando

o valor das coisas; a meus familiares e amigos,

muito obrigados pela força, paciência, carinho e

amor.

(Afonso Ricardo Queiroz Rodrigues)

Dedico primeiramente a Deus, que possibilitou que

eu chegasse à reta final na carreira que escolhi. A

minha mãe Cleide, meu pai Maurilio, minha irmã

Arieli, também dedico a vocês que muito me

ajudaram tentando tirar do meu caminho os

obstáculos que possivelmente me impediriam de

concretizar meus sonhos. E em especial ao meu

namorado, Tiago, a ele meu muito obrigado pelo

apoio, pelo carinho e pela paciência que teve

comigo. Ainda não poderia esquecer os meus

amigos, que como brasas que juntas se mantem

mais tempo acesas, unidos fortalecemos uns aos

outros para que chegássemos à reta final de nossa

jornada. Obrigada a todos vocês.

(Cassi Ellen Uga)

Dedico a minha mãe Lucy e meu pai Carlos Alberto

e meu irmão Carlos Cesar e meu namorado Alex

pelo grande incentivo e dedicação e amor que

mesmo de longe sempre foi minha fonte de

inspiração e força, a Deus minha fortaleza para

todas minhas horas de angustia, a todos os

Page 5: Estudo sobre automedicação no uso de analgésicos na cidade de aparecida do taboado – ms (pdf)

professores que me passarão um pouco de sua

sabedoria e me ajudarão a alcança meus objetivos.

(Josilene Silva Jardim)

Dedico este trabalho a todos que me ajudaram e

incentivaram a chegar até aqui: Aos meus pais,

Janir e Maria Aparecida, que batalharam muito

para que eu pudesse chegar até aqui, obrigada

pelo amor e valores que me passaram. A Deus, a

luz que ilumina meu caminho. A toda minha família

e aos amigos que sempre me incentivaram.

Rodrigo, obrigada pelo incentivo e por estar sempre

ao meu lado.

(Natália Ferreira Garcia)

Page 6: Estudo sobre automedicação no uso de analgésicos na cidade de aparecida do taboado – ms (pdf)

AGRADECIMENTOS

A Deus por ter dado forças e iluminado nossos caminhos para que

pudéssemos concluir este trabalho e vencer mais uma etapa de nossas vidas.

Aos nossos pais, por todo amor, dedicação que sempre teve conosco nos

auxiliando e não deixando desistirmos dos nossos sonhos, que sempre foram nossa

sabedoria, nossa razão de continuar.

A nossa professora Rosana Kagesawa Motta, que nos orientou para

realização desse trabalho.

A todos os professores do curso de Farmácia, pela paciência, dedicação e

ensinamentos disponibilizados nas aulas, cada um de forma diferente e especial

contribuindo para a conclusão desse trabalho e nossa formação.

Page 7: Estudo sobre automedicação no uso de analgésicos na cidade de aparecida do taboado – ms (pdf)

A realização de um sonho depende de dedicação.

Há muita gente que espera que o sonho se realize

por mágica, mas toda mágica é ilusão, e a ilusão

não tira ninguém de onde está. Em verdade a ilusão

é combustível dos perdedores, pois... quem quer

fazer alguma coisa, encontra um meio.

“Quem não quer fazer nada, encontra uma

desculpa.”

Roberto Shinyashiki

Page 8: Estudo sobre automedicação no uso de analgésicos na cidade de aparecida do taboado – ms (pdf)

RESUMO Os analgésicos são medicamentos utilizados no alívio da dor, por isso constituem uma das principais classes de medicamentos utilizados na automedicação. Apesar de serem de venda livre e ser considerado seguro, seu uso indiscriminado pode causar danos severos à saúde, como: reações anafiláticas, reações de hipersensibilidade, dependência, intoxicação, atraso no diagnóstico e risco potencial de vida. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o conhecimento e a prática da automedicação no uso de analgésicos pela população de Aparecida do Taboado através da aplicação de um questionário estruturado com amostra de 200 participantes, dos quais 98,5% afirmaram fazer uso de analgésicos, sendo que 38,5% não tiveram nenhum tipo de orientação. Os analgésicos de escolha foram: Dipirona (26,2%), Paracetamol (19,3%) e Dorflex (21,3%). Levando em consideração os resultados obtidos é possível observar que as pessoas não conhecem os riscos do uso indiscriminado de analgésicos. Cabe ao farmacêutico fornecer as informações sobre estes medicamentos, como suas doses terapêuticas, possíveis interações, e esclarecê-los sobre as reações adversas e efeitos colaterais. Palavras Chaves: Automedicação; Analgésicos, Reações adversas.

Page 9: Estudo sobre automedicação no uso de analgésicos na cidade de aparecida do taboado – ms (pdf)

ABSTRACT

Analgesics are drugs used to relieve pain, so are a major classes of drugs used in self-medication. Although they are sold over the counter and be considered safe, their indiscriminate use can cause severe damage to health, such as anaphylaxis, hypersensitivity reactions, dependence, intoxication, delayed diagnosis and potential risk of life. This study aimed to assess the knowledge and self-medication in analgesic use by the population of Aparecida do Taboado by applying a structured questionnaire with a sample of 200 participants, of which 98.5% said that use of analgesics, and 38.5% were given no guidance. The choice of analgesics were dipyrone (26.2%), paracetamol (19.3%) and Dorflex (21.3%). Taking into account the results, we observe that people do not know the dangers of indiscriminate use of analgesics. It is the pharmacist to provide information about these medications, as their therapeutic dose, possible interactions, and enlighten them on adverse reactions and side effects.

Keywords: Self-medication, analgesics, adverse reactions.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AAS – Ácido Acetil Salicílico

ANVISA − Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

OTCs − Over the Counter (de venda livre).

TGI – Trato gastrointestinal

FLA2 – fosfolipase A2

COX 1- 2 – Ciclooxigenase 1 e 2

PGs – Prostaglandina

NO – Noradrenalina

K – Potássio

5HT1 – 5-hydroxtryptamine

IM – Intramuscular

IV – Intravenosa

SC – subcutânea

P450 – Citocromo P450

SNC – Sistema nervoso central

NMDA – N-metil D-Aspartato

PDE – fosfodiesterase

AMPc – adenosina 3',5'-monofosfato cíclico

PHOS – Fosforilases

AINES – Anti-inflamatórios Não Esteróides

Page 11: Estudo sobre automedicação no uso de analgésicos na cidade de aparecida do taboado – ms (pdf)

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Classificação dos analgésicos não-opióides............................................ 16

Tabela 2: Classificação dos analgésicos opióides.................................................... 17

Page 12: Estudo sobre automedicação no uso de analgésicos na cidade de aparecida do taboado – ms (pdf)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Estrutura química da Dipirona...................................................................18

Figura 2: Estrutura química do Paracetamol.............................................................20

Figura 3: Estrutura química da Orfenadrina..............................................................23

Figura 4: Estrutura química da Cafeína....................................................................25

Page 13: Estudo sobre automedicação no uso de analgésicos na cidade de aparecida do taboado – ms (pdf)

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Resultados da faixa etária dos entrevistados.......................................... 31

Gráfico 2: Resultados do sexo dos entrevistados.................................................... 32

Gráfico 3: Resultados do uso de analgésicos dos entrevistados............................. 32

Gráfico 4: Resultados dos analgésicos mais utilizados .......................................... 33

Gráfico 5: Resultados da frequência de uso de analgésicos pelo entrevistados.... 33

Gráfico 6: Resultados das principais causas do uso de analgésicos...................... 34

Gráfico 7: Resultados dos lugares de aquisição...................................................... 34

Gráfico 8: Resultados dos entrevistados que obterão analgésicos com

prescrição.................................................................................................................. 35

Gráfico 9: Resultados dos entrevistados que receberam orientação...................... 35

Gráfico 10: Resultados dos entrevistados sobre reações........................................ 36

Gráfico 11: Resultados dos entrevistados que param de tomar analgésico após

sentir reação.............................................................................................................. 36

Page 14: Estudo sobre automedicação no uso de analgésicos na cidade de aparecida do taboado – ms (pdf)

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 15

1. DESENVOLVIMENTO ........................................................................................ 16

1.1 - ANALGÉSICOS................................................................................................. 16

1.1.1 - Classificação ................................................................................................ 16

1.1.1.1- Classificação dos analgésicos não – opióides........................................ 16

1.1.1.2 - Classificação dos analgésicos opióides. ................................................ 17

1.2 - ANALGÉSICOS MAIS UTILIZADOS ................................................................. 17

1.2.1 - Dipirona ......................................................................................................... 18

1.2.2 - Paracetamol .................................................................................................. 20

1.2.3 - Dorflex - (Citrato de orfenadrina/ Dipirona sódica/ Cafeína anidra) ............... 23

1.2.3.1 - Citrato de orfenadrina .................................................................................. 23

1.2.3.2 - Cafeína anidra ............................................................................................. 25

2. OBJETIVO .......................................................................................................... 28

2.1 – OBJETIVOS GERAIS ....................................................................................... 28

2.2 – OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................ 28

3. MÉTODO ............................................................................................................ 29

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................... 30

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 36

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 38

APÊNDICES ............................................................................................................. 43

Page 15: Estudo sobre automedicação no uso de analgésicos na cidade de aparecida do taboado – ms (pdf)

15

INTRODUÇÃO

Um dos motivos mais frequentes de automedicação é a dor, por isso os

analgésicos estão entre o grupo de medicamentos OTCs (Over the Counter, ou de

venda livre) mais consumidos (SANTOS 2010; TIERLING, 2004; OMS, 2008).

Mattede (2004) afirma que

Em países como Estados Unidos e Inglaterra a automedicação por analgésico tem causado preocupação para os profissionais da área da saúde [...], pois a dor é um sintoma de que está ocorrendo alguma alteração fisiológica que resultará em uma patologia ou doença.

A automedicação por analgésicos pode acarretar efeitos colaterais severos

para a saúde, entre eles: reações anafiláticas ou anafilactóides, reações de

hipersensibilidade, dependência, intoxicação, náuseas, vômitos, redução da

motilidade do trato gastro intestinal (TGI), hemorragias digestivas, liberação de

histamina causando broncoconstrição, cefaléia, atraso no diagnóstico e na

terapêutica adequada, além de risco potencial de vida (Bricks, 1998; PIOVESAN et

al., 2000; OLIVEIRA, 2010).

Em vista do alívio produzido, seu consumo é muito amplo. E esse uso provém

mais de automedicação do que de prescrição médica.

O sucesso no tratamento da dor requer uma avaliação cuidadosa de sua

natureza, entendimento dos diferentes tipos e padrões de dor e conhecimento do

melhor tratamento. A boa avaliação inicial da dor irá atuar como uma linha de base

para o julgamento de intervenções subsequentes (BRASIL, 2001).

Os analgésicos são medicamentos de uso curto, não devem ser utilizados

frequentemente. Caso a dor ou os sintomas continuem, é preciso suspender o uso e

procurar um médico.

Este trabalho tem por objetivo dispor as características destes medicamentos

e esclarecer a população quanto aos perigos do seu uso indiscriminado.

Page 16: Estudo sobre automedicação no uso de analgésicos na cidade de aparecida do taboado – ms (pdf)

16

1. DESENVOLVIMENTO

1.1- ANALGÉSICOS

A dor é uma sensação desagradável, somente a pessoa que sente pode

avaliar. Por isso, é difícil fazer uma definição satisfatória quanto ao nível da dor.

“Os analgésicos são agentes que aliviam a dor por elevarem seu limiar sem

perturbar o nível de consciência ou alterar outras modalidades sensoriais”

(HANSON, 2000).

1.1.1 - Classificação

Os analgésicos são classificados como não – opióides e opióides.

Os não – opióides são indicados para dores leves ou moderados de natureza

tegumentar, localização diversificadas associadas ou não a reação inflamatória

periférica. Comparativamente a analgésicos opióides, apresentam vantagem de

induzir efeitos adversos menos graves, agudos ou crônicos.

1.1.1.1- Classificação dos analgésicos não – opióides.

Tabela 1. ANALGÉSICOS NÃO-OPIÓIDES

DERIVADO DO ÁCIDO SALICÍLICO:

Acido acetilsalicílico, diflunizal, trissalicilato de colina e magnésio, salsalato, ácido

salicilsalicilico, salicilato de sódio, salicilato de metila, flunfenizal, sulfassalazina,

olsalazina.

DERIVADOS DE PARA-AMINOFENOL:

Paracetamol (acetominofeno).

DERIVADOS DA PIRAZOLONA:

Dipirona (mitamizol), fenilbutazona, apazona, sulfimpirazona.

(Fonte: FERREIRA, 2006; CARVALHO, 2006; HANSON, 2000)

Page 17: Estudo sobre automedicação no uso de analgésicos na cidade de aparecida do taboado – ms (pdf)

17

Os opióides são drogas de ação mais poderosa e clinicamente mais úteis na

depressão do sistema nervoso central (SNC), são capazes de desencadear

farmacodependência e tolerância e aliviar dores de grande intensidade.

1.1.1.2– Classificação dos analgésicos opióides.

Tabela 2. ANALGÉSICOS OPIÓIDES

Morfina e Agonista Relacionados:

Morfina, codeína, tramadol, heroína, hidromorfona, oximorfona, oxicodona,

etorfina.

Outros Agonistas de Receptores µ:

Levorfanol, meperidina (ou petidina) e congêneres (difenoxilato e loperamida),

fentanila e congêneres (alfentanila, sufentanila e remifentanila) metadona e

congêneres (propoxifeno e levometadodona).

Agonistas/antagonistas (agonistas parciais):

Nalbufina, nalorfina, butorfanol, pentazocina, buprenorfina, meptazinol,

dezocina.

Antagonistas:

Levalorfona, nalmefeno, naloxona, naltrexona.

(Fonte: FERREIRA, 2006)

Conforme pesquisa realizada na cidade de Aparecida do Taboado – MS,

observa-se que os analgésicos mais utilizados pela população são Dipirona, Dorflex

e Paracetamol, que são analgésicos não-opióides.

1.2 – ANALGÉSICOS MAIS UTILIZADOS

Page 18: Estudo sobre automedicação no uso de analgésicos na cidade de aparecida do taboado – ms (pdf)

18

1.2.1 – Dipirona

Figura1: ([(2,3-dihdro-1,5-dimetil-3-oxo-2-fenil-1H-pirazol-4-il)metilamino] metanosulfonato)

ou Dipirona.

(Fonte: VALE, 2006)

A Dipirona é um derivado pirazolônico. Sua meia vida no organismo é de 7

horas e é eliminada por via urinaria na forma de 4-metilaminoantiprina, 4-

aminoantipirina e 4-acetilaminoantipirina. Age também como inibidor seletivo da

prostaglandina.

Ela foi sintetizada por volta de 1883, mas no Brasil passou a ser

comercializada somente em 1922. É amplamente utilizado como OTC (Over The

Counter) em diversos países como Brasil, Espanha, Rússia, México, Israel e Índia.

Em alguns países como Estados Unidos, Japão e Austrália a Dipirona foi proscrita

devido relatos de casos graves de agranulocitose, condição clínica de déficit

imunológico potencialmente fatal, onde há falta ou redução de leucócitos

granulócitos (neutrófilos basófilos e eosinófilos). No entanto, estudos comprovam

que essa doença é muito rara e pode ser causadas por vários medicamentos,

agentes químicos ou pesticidas (HAMERSHCHLAK, 2005; HINZ, 2005; VALE, 2006;

BRASIL, 2001).

É o principal analgésico da terapêutica brasileira ocupando 31,8% do

mercado, e 50% da preferência nos hospitais públicos de São Paulo. Apesar da

ANVISA incluí-lo nos medicamentos de tarja vermelha (venda sob prescrição

médica), 80% das vendas são sem prescrição (VALE, 2006).

Mecanismo de ação:

O mecanismo de ação analgésico da Dipirona ainda não está definitivamente

elucidado por ocorrer em nível do sistema nervoso periférico e central. A sua

analgesia e efeito anti-inflamatório difere da ação do corticosteróide que bloqueia a

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19

fosfolipase (FLA2), difere também dos anti-inflamatórios não-esteróides (AINES) que

bloqueiam as ciclooxigenages (COX 1-2). A analgesia da Dipirona depende de efeito

periférico (prostaglandina e noradrenalina) e central por seu sinergismo peptidérgico

(k), serotoninérgico (5HT1) e antagonismo glutaminérgico (NMDA) (VALE, 2006).

Propriedades:

É um sulfonato de sódio da amidopirina.

Indicações:

Algias por afecções reumáticas, cefaléias ou odontalgias. Dores decorrentes

de intervenções cirúrgicas, espasmos do aparelho gastrintestinal, das vias biliares,

rins e vias urinarias. Estados febris.

Posologia:

Por via oral, 300 mg a 600 mg ao dia; a dose máxima diária é de 4 g.

injetáveis: 0,5 g a 1 g por vias sub cutânea (SC), intra muscular (IM) ou intra venosa

(IV).

Reações adversas:

Por ser um derivado pirazolônico, as reações mais comuns são as de

hipersensibilidades, que podem chegar a produzir transtornos hematológicos por

mecanismos imunológicos, tais como agranulocitose. Pode manifesta-se

subitamente, com febre, angina e ulcerações bucais; nestes casos a administração

do medicamento deve ser imediatamente suspenso e realizado um controle

hematológico. A agranulocitose, a leucopenia e a plaquetopenia são pouco

frequentes, porém apresenta gravidade o suficiente para serem levadas em

consideração. Outra reação essencial de hipersensibilidade é o choque,

manifestando-se com prurido, sudorese fria, obnubilação, náuseas, descoloração da

pele e dispnéia. Além disso, podem manifestar-se reações de hipersensibilidade

cutânea, nas mucosas oculares e na região nasofaríngea.

Precauções:

Com a administração dessa droga os pacientes que sofrem de asma

brônquica ou infecções crônicas das vias respiratórias e afetadas por reação de

Page 20: Estudo sobre automedicação no uso de analgésicos na cidade de aparecida do taboado – ms (pdf)

20

hipersensibilidade, estão expostos as possíveis reações anafilactóides a Dipirona.

Durante o primeiro trimestre de gravidez e em suas ultimas semanas, assim como

em lactantes, crianças pequenas e pacientes com distúrbios hematopoiéticos a

administração somente deverá ser realizada sob prescrição médica. Pode produzir

agranulocitose, eventualmente fatal; por essa razão recomenda-se realizar controle

hematológico periódico. Com relação à apresentação injetável é imprescindível ter

especial cuidado em pacientes cuja tensão arterial esteja abaixo de 100 mmHg, os

que se encontrem em situações de instabilidade circulatória ou que tenha

apresentado alterações prévias do sistema hematopoiético (por exemplo, quando de

tratamento com citostático).

Interações:

Pode reduzir a ação da ciclosporina, e os efeitos são potencializados com

ingestão simultânea de álcool.

Contra – indicações:

Pacientes com hipersensibilidade aos pirazolônicos e em presença de

determinadas enfermidades metabólicas (porfiria hepática, deficiência congênita de

glicose – 6 – fosfato desidrogenase).

(Fonte: P.R. VADE – MÉCUM, 2009).

1.2.2 – Paracetamol

Figura 2: N-(4-hidroxifenil)acetamida ou Paracetamol

(Fonte: Farmacopéia Brasileira IV, 1988)

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21

Mecanismo de ação:

Após a administração oral, o Paracetamol sofre metabolização hepática,

sendo conjugado com ácido glicurônico (cerca de 60%), sulfato (cerca 35%) ou

cisteína (cerca de 3%), e pequena parte sofre reações de hidroxilação e

desacetilação. A metabolização do Paracetamol pode produzir intermediário

altamente reativos para células hepáticas, processo esses denominados bioativação

(PENILDON, 2006)

A excreção do Paracetamol ocorre principalmente por via renal, após a

administração de doses terapêuticas, 90 a 100% da droga podem ser recuperados

na urina no primeiro dia, principalmente na forma conjugada com ácido glicurônico e

em menor proporção, com o ácido sulfúrico e a cisteína (PENILDON, 2006).

Propriedades:

A eficácia clínica do Paracetamol como analgésico e antipirético é similar a

dos anti-inflamatórios não-esteróides ácidos. O fármaco é ineficaz como anti-

inflamatório e, geralmente tem efeitos periféricos escassos relacionados com a

inibição da cicloxigenase, salvo, talvez a toxicidade ao nível da medula supra-renal.

Quanto ao mecanismo de ação, postula-se que: a) o Paracetamol teria maior

afinidade pelas enzimas centrais em comparação com as periféricas; e b) dado que

na inflamação há exsudação de plasma, os anti-inflamatórios não-esteróides ácidos

(elevada união as proteínas) e exsudarão junto com a albumina e alcançaria, assim,

altas concentrações no foco inflamatório, que não seria obtida com o Paracetamol

por sua escassa união a albumina. O Paracetamol é absorvido com rapidez e quase

completamente no trato gastrintestinal. A concentração plasmática é alcançada no

máximo em 30 a 60 minutos e a meia vida é de aproximadamente 2 horas após

doses terapêuticas. A união às proteínas plasmáticas é variável. As crianças têm

menor capacidade que os adultos para glicuronizar a droga. Uma pequena

proporção de Paracetamol sofre N-hidroxilação medida pelo citocromo P-450 para

formar um intermediário de alta reatividade, que reage de tal forma com grupos

sulfidrilos da glutationa.

Indicação:

Cefaléia, odontalgias e febre.

Page 22: Estudo sobre automedicação no uso de analgésicos na cidade de aparecida do taboado – ms (pdf)

22

Posologia:

Adultos: 500 a 1000 mg por vez, sem ultrapassar os 4 g ao dia.

Crianças: 30 mg/kg/dia.

Reações adversas:

O Paracetamol geralmente é bem tolerado. Não foi descrita produção de

irritação gástrica nem capacidade ulcerogênica. Em raras ocasiões, apresentam-se

erupções cutâneas e outras reações alérgicas. Os pacientes que mostram

hipersensibilidade aos salicilatos somente raras vezes a exibem para o Paracetamol.

Outros efeitos que podem ser apresentados são a necrose tubular renal e o coma

hipoglicêmico. Alguns metabólitos do Paracetamol podem provocar

metahemoglobinemia. O efeito adverso mais grave descrito com a superdosagem

aguda de Paracetamol é uma necrose hepática, dose dependente potencialmente

fatal. A necrose hepática (e a tubular renal) é o resultado de um desequilíbrio entre a

produção do metabólico altamente reativo e a disponibilidade de glutationa. Com

disponibilidade normal de glutationa, a dose mortal de Paracetamol é de

aproximadamente 10 g; mas várias causas que podem diminuir estas doses

(tratamento com concomitante com doxorrubicina ou alcoolismo crônico). O

tratamento deve ser iniciado com N-acetilcisteína por via intravenosa, sem esperar

que apareçam os sintomas, pois a necrose é irreversível.

Precauções:

Deve-se medicar com cuidado nos casos de pacientes alcoólicos, nos

tratados indutores enzimáticos ou com drogas consumidoras de glutationa

(doxurrubicina). Em pacientes alérgicos ao ácido acetilsalicílico, o Paracetamol pode

provocar reações alérgicas tipo broncospasmos.

Interações:

As associações com outros fármacos anti-inflamatórios não-esteróides podem

potencializar os efeitos terapêuticos, bem como os tóxicos.

Contra – indicações:

Hipersensibilidade reconhecida à droga.

(Fonte: P.R. VADE – MÉCUM, 2009).

Page 23: Estudo sobre automedicação no uso de analgésicos na cidade de aparecida do taboado – ms (pdf)

23

1.2.3 - Dorflex - (Citrato de orfenadrina/ Dipirona sódica/ Cafeína anidra)

1.2.3.1 - Citrato de orfenadrina

Figura 3: (N,N-dimethyl-2-[(2-methylphenyl)- phenyl-methoxy]-ethanamine) ou Orfenadrina

(Fonte: Greghi, 2002)

Mecanismo de ação:

O Citrato de orfenadrina é uma droga anticolinérgica, de ação central, com

propriedades anti-histamínicas fracas, de utilidade no alívio da dor associada a

contraturas musculares de origem traumática ou inflamatória. A Orfenadrina não

atua diretamente na contratura muscular. Seu mecanismo de ação não está

totalmente esclarecido, mas parece dever-se a suas propriedades analgésicas. Sua

ação analgésica é potencializada pela Dipirona sódica e pela Cafeína anidra

presentes na fórmula de DORFLEX® (BRASIL, 2006).

Propriedades:

É um antagonista dos receptores colinérgicos muscarínicos, tanto centrais

como periféricos. Exerce outra atividade farmacológica sobre os receptores

histaminérgicos, uma vez que possui uma débil ação anti-histamínica. Desenvolve

uma notável atividade relaxante muscular; diminui o tônus aumentado do músculo

esquelético e a função motora, sem perturbar a consciência nem a força muscular,

como ocorre com os fármacos que atuam sobre a placa neuromuscular. No mal de

Parkinson, a Orfenadrina pode ser incluída entre os recursos terapêuticos (levodopa,

biperideno, triexfenidilo), já que por seu efeito anticolinérgico reduz a rigidez e o

tremor dos pacientes com parkson idiopáticos, pós-encefalitico ou medicamentoso.

Estudos farmacodinâmicos em animais mostraram que a Orfenadrina aumenta as

concentrações de serotonina e norepinefrina e inibe a captação de dopamina em

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preparados de sinaptosomas estriatais do SNC. Após sua administração oral

apresenta um efeito metabólico de primeiro passo pré-sistêmico de 30%. Sua

distribuição tissular é ampla, tem uma longa meia - vida plasmática, de 13 horas pela

via oral e de 16 horas via intramuscular. Seu grau de união a proteínas é elevado

(95%), sua principal metabolização é desenvolvida no fígado e é eliminada pela

urina (70%). Seu principal metabólito reconhecido é a N-desmetilorfenadrina. Não há

evidencia que a droga tenha circulação entero-hepática e foi detectada uma

eliminação inalterada de 8%.

Indicações:

Associado com outros anti-inflamatórios não esteróides, em doenças

musculoesqueléticas que ocorre com hipertonia e contração muscular (fibrocite,

lombalgia, periartrite escapuloumeral, contração muscular).

Posologia:

De 5 a 100 mg ao dia, repartindo em 2 ou 3 vezes conforme a resposta

terapêutica, pode-se aumentar mais 50 mg a cada semana. Em pacientes

parksonianos, indicam-se 250 á 300 mg diários, mas não deve superar 400 mg/dia

como dose máxima.

Reações adversas:

De acordo com a dose administrada, apresentam-se ocasionalmente

constipação, secura na boca, distúrbio da micção, astenia, fadiga, sonolência. No

aparelho cardiovascular: hipotensão ortostática, taquicardia sinusal. Também foi

assinalada visão turva. Em indivíduos de idade avançada com Parkinson, foram

assinaladas algumas alterações no SNC, como alucinações e estados

confunsionais.

Precauções:

Empregar com cautela em pacientes idosos, para os quais se recomendam

doses iniciais baixas, com objetivo de avaliar a tolerância ao fármaco e a resposta

terapêutica. Na gravidez e lactação a relação risco - benefício deverá ser avaliada

conforme critério médico.

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Interações:

O uso concomitante de álcool gera um aumento da biotransformação hepática

do fármaco, com o que sua atividade terapêutica é deteriorada. Associada com

levodopa mostrou um efeito sinérgico em pacientes parkinsonianos. No

parkinsonismo medicamentoso ou efeitos extrapiramidais gerados pelos

neurolépticos, a Orfenadrina seria um recurso complementar efetivo e útil.

Contra - indicações:

Como todos os fármacos com atividade anticolinérgica, não deve ser

empregado em pacientes com glaucoma, hipertrofia prostática ou síndrome pilórica.

Não usar em crianças menores de 12 anos. Não ingerir bebidas alcoólicas durante o

tratamento.

1.2.3.2 - Cafeína anidra

Figura 4: (C8H10N4O2 - 3,7-Dihydro-1,3,7-trimethyl-1H-purine-2,6-dione ou 1,3,7-

Trimethylxanthine) ou Cafeína.

(Fonte: Biohazard, 2002)

Mecanismo de ação:

Uma teoria pressupõe o efeito direto da Cafeína, que incluem: alteração de

íons, particularmente sódio e potássio; inibição da fosfodiesterase (PDE),

possibilitando um aumento na concentração de adenosina monofosfato cíclica

(AMPc); efeito direto sobre a regulação metabólica de enzimas semelhantes às

fosforilases (PHOS); e aumento na mobilização de cálcio através do retículo

sarcoplasmático e, consequentemente, aumento dos níveis intracelulares de cálcio

nos músculos, facilitando a estimulação-contração do músculo esquelético,

aumentando a eficiência da contração (ALTIMARI et al, 2006).

Page 26: Estudo sobre automedicação no uso de analgésicos na cidade de aparecida do taboado – ms (pdf)

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Propriedades:

A Cafeína estimula todos os níveis do SNC, embora seus efeitos corticais

sejam mais leves e de menor duração que os das anfetaminas. Em doses maiores,

estimula os centros medular, vagal, vasomotor e respiratório, o que provoca

bradicardia, vasoconstrição e aumento da frequência respiratória. Estudos recentes

indicam que a cafeína exerce grande parte de seus efeitos fisiológicos por

antagonismo com os receptores centrais de adenosina. Calcula-se que, tal quais

outras metilxantinas, estimula o centro respiratório medular. Como coadjuvante da

anestesia, contrai a vasculatura cerebral acompanhada de decréscimo do fluxo

sanguíneo cerebral e da tensão de oxigênio no cérebro. Produz um efeito inotrópico

positivo no miocárdio e um efeito cronotrópico positivo no nodo sinoauricular.

Estimula o músculo esquelético possivelmente mediante a liberação de acetilcolina,

o aumento da força de contração e a diminuição da fadiga muscular. Provoca a

secreção de pepsina e ácido gástrico pelas células parietais. Aumenta o fluxo

sanguíneo renal e a taxa de filtração glomerular e diminui a reabsorção tubular

proximal de sódio e água, provocando uma diurese moderada. Inibe as contrações

uterinas, aumenta as concentrações de catecolaminas no plasma e na urina e eleva,

de forma transitória, a glicemia por estimulação da glicogenólise e da lipólise.

Absorve-se bem e com facilidade com administração oral ou parenteral. Atravessa a

placenta e a barreira hematoencefálica. É metabolizada no fígado e seus principais

metabólitos são ácidos 1-metilurico, 1-metilxantina e 7-metilxantina.

Nos adultos, parte da dose metaboliza-se em teofilina, teobromina e ácido

trimetildiidrourico. É eliminada por via renal, principalmente como metabólito.

Indicação:

Fadiga, ou sonolência em associação com ergotamina, para o tratamento de

cefaléias vasculares ou em associação com Paracetamol, Ácido acetilsalicílico ou

Dextropropoxifeno, para aumentar o alívio da dor, embora não possua atividade

analgésica própria.

Posologia:

Cápsulas: 200 á 250 mg ; repetir a dose conforme a necessidade, não antes

de 3 a 4 horas. Dose máxima: ate 1g/dia. Dose pediátrica: não se recomenda o uso

em crianças menores de 12 anos.

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Comprimidos: 100 a 200 mg; repetir a dose conforme a necessidade, porem,

não antes de 3 a 4 horas. Dose máxima para adultos: ate 1g/dia. Citrato de cafeína

oral: adulto: 32 a 162 mg 3 vezes ao dia, conforme a necessidade. Dose máxima:

ate 1 g/dia.

Reações adversas:

Enjôos, taquicardia, nervosismo, agitação, dificuldade para dormir

(estimulação do SNC), vômitos (por irritação gastrintestinal), náuseas. Sinais de

super-dosagem: dor abdominal gástrica, agitação, ansiedade, febre, confusão,

cefaléias, taquicardia, irritabilidade, centelhas de luz nos olhos.

Precauções:

Consultar o médico se a fadiga e a sonolência persistir por mais de 2

semanas. Suspender o medicamento se apresentar pulo rápido, enjôos ou

batimentos cardíacos extremamente fortes. Com o uso prolongado pode-se produzir

habito ou dependência psicológico. Durante o período de lactação, se a mãe ingerir

6 a 8 xícaras de bebidas que contenha Cafeína, o lactante poderá apresentar

sintomas de estimulação por cafeína, tais como hiperatividade e insônia. As crianças

são especialmente sensíveis a superdosagem de cafeína e seus efeitos adversos

sobre o SNC.

Interações:

Pode aumentar o metabolismo dos barbitúricos, potencializar os efeitos

inotrópicos dos betabloqueadores. O uso simultâneo com complementos de cálcio

pode inibir a absorção de cálcio. A cimetidina pode diminuir o metabolismo hepático

da cafeína. Os anticoncepcionais orais podem reduzir o metabolismo da cafeína. A

absorção de ferro pode decrescer devido à formação de complexos menos solúveis

e insolúveis.

Contra – indicações:

A relação risco - beneficio deve ser avaliada na presença de doenças

cardíacas graves, disfunção hepática, ulcera péptica, hipertensão e insônia.

(Fonte: P.R. VADE – MÉCUM, 2009).

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2. OBJETIVO

2.1 – OBJETIVOS GERAIS

Com bases populacionais na cidade de Aparecida do Taboado – MS o

presente trabalho buscou avaliar o conhecimento e a prática da automedicação no

uso de analgésicos.

2.2 – OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Avaliar a automedicação com o uso de analgésicos na população de Aparecida de

Taboado – MS;

• Saber os motivos que levaram a população a se automedicar com analgésicos;

• Avaliar a porcentagem da população de Aparecida do Taboado – MS que tem

conhecimentos sobre os riscos da automedicação com uso de analgésicos;

• Conhecer os grupos farmacológicos mais utilizados na automedicação de

analgésicos;

• Evidenciar a importância da atenção farmacêutica na dispensação de analgésicos.

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3. MÉTODO

O presente trabalho teve como método a aplicação de uma pesquisa

exploratória, ou seja, entrevista a partir de um questionário estruturado (apêndice I),

realizado na cidade de Aparecida do Taboado – MS, com amostra de 200

participantes escolhidos aleatoriamente.

O levantamento dos dados foi realizado entre os dias 20 de junho a 20 de

julho de 2011, contendo 11 questões relacionadas à automedicação no uso de

analgésicos, local onde foi adquirido e orientação farmacêutica.

Foi realizado um levantamento bibliográfico sobre o assunto, abordando os

analgésicos mais consumidos pela prática da automedicação.

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30

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os gráficos a seguir representam as 11 questões utilizadas nos 200

questionários respondidos pela população de Aparecida do Taboado – MS.

Gráfico 1: Faixa etária dos entrevistados.

Segundo os dados demonstrados na pesquisa, 28% dos entrevistados tem

entre 30 a 40 anos, 31,5% tem 40 anos ou mais, 40,5% tem entre 20 a 30 anos.

40,5%

28,0%

31,5%

Faixa etária

Entre 20 e 30 anos

Entre 30 e 40 anos

40 anos ou mais

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Gráfico 2: Sexo dos entrevistados.

Segundo os dados demonstrados na pesquisa 63,5% dos entrevistados foram

mulheres e os outros 36,5% foram homens.

Gráfico 3: Uso de analgésicos dos entrevistados

Verificou-se que 98,5% das pessoas usam algum tipo de analgésico, e 1,5%

não usa nenhum tipo de analgésico.

36,5%

63,5%

Sexo

Masculino

Feminino

98,5%

1,5%

Uso de analgésicos

Sim

Não

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Gráfico 4: Analgésicos mais utilizados.

Analisou-se que três tipos de analgésicos são mais consumidos, entre eles

26,2% de Dipirona, 21,3% de Dorflex, 19,3% de Paracetamol, entre outros com

menos frequência de uso pelos entrevistados 16,5% de Diclofenaco, 7,6% de AAS,

6,1% de Ibuprofeno, 3,0% de outros.

Gráfico 5: Frequência do uso de analgésicos.

O gráfico relata que 61,0% dos entrevistados usam analgésicos às vezes,

24,5% usam raramente, 14,5% usam frequentemente.

26,2%

19,3%

21,3%

7,6%

16,5%

6,1%

3,0%

Analgésicos mais utilizados

Dipirona

Paracetamol

Dorflex

AAS

Diclofenaco

Ibuprofeno

Outros

24,5%

61,0%

14,5%

Frequência

Raramente

As vezes

Frequêntente

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Gráfico 6: Principais causas do uso de analgésicos.

O gráfico demonstra que a ocasião mais comum do uso de analgésicos é a

dor cabeça (42,5%), concordando com a afirmação de Mattede (2004) que a maioria

dos brasileiros toma algum tipo de analgésico quando sentem dor de cabeça de

qualquer intensidade.

Gráfico 7: Local onde os entrevistados adquiriram o analgésico.

Esse gráfico traz um resultado de que 68,8% dos analgésicos são adquiridos

em farmácias privadas.

42,5%

20,0%

18,8%

12,9%

5,8%

Causas do uso

Dor de cabeça

Dor muscular

Dor nas costas

Dor de garganta

outros

31,2%

68,8%

Local onde adquiriram

Farmácia pública

Farmácia privada

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Gráfico 8: Entrevistados que obtiveram o analgésico com prescrição.

Esse gráfico traz um resultado alarmante, uma vez que 64,0% dos

entrevistados usam analgésicos sem prescrição médica.

Gráfico 9: Entrevistados que tiveram orientação.

Os dados do gráfico acima relatam que a maioria das pessoas não obteve

orientação, deixando clara a falta da atenção farmacêutica durante a dispensação do

medicamento.

36,0%

64,0%

Foi com prescrição

Sim

Não

23,9%

22,5%

15,1%

38,5%

Obteve orientação de quem:

Médico

Farmacêutico

Amigos/Família

Não obteve orientação

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Gráfico 10: Entrevistados que sentiram reação ou mal estar.

Neste gráfico é possível observar que uma porcentagem significativa dos

entrevistados (81,5%) afirma não sentir mal estar ou apresentar reação após o uso

de analgésicos.

Gráfico 11: Entrevistados que pararam de tomar analgésicos após apresentar reação.

O gráfico acima relata que, entre as pessoas que apresentaram reação,

67,6% param de tomar o analgésico.

18,5%

81,5%

Sentiu mal estar ou reação:

Sim

Não

67,6%

32,4%

Parou de tomar após ter reação:

Sim

Não

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

De acordo com os dados coletados na pesquisa, é possível observar que o

uso de analgésicos é muito comum entre os entrevistados e que maior parte dos

estudados utiliza o analgésico sem prescrição médica, ou seja, fazem

automedicação. O ato de se automedicar pode ser prejudicial à saúde, mas a falta

de recursos orçamentários da população e a deficiência do serviço público de saúde

levam as pessoas a fazer o uso dos analgésicos por conta própria, ou seja, sem

acompanhamento médico ou orientação.

Este estudo comprova que a Dipirona é o analgésico mais utilizado pelos

entrevistados sendo bem aceito em nosso meio, coincidindo com estudos realizados

por Bastiani (2005), Bricks (1998) e Souza (2011). Muito se questiona sobre a

toxicidade da dipirona, principalmente pelo desenvolvimento da agranulocitose,

porém a ANVISA afirma que a eficácia da dipirona como analgésico e antitérmico é

inquestionável e estudos realizados por Hamerschlak (2005) e Sollero (1976)

comprovam que o risco de agranulocitose é muito baixo e não se pode associá-lo

diretamente ao uso da dipirona.

Em relação ao Paracetamol, estudos comprovam que sua eficácia como

analgésico e antitérmico é inegável e é considerado seguro em doses terapêuticas,

ou seja, desde que a dose máxima diária não seja ultrapassada. Wannamacher

(2005) afirma que a superdosagem pode provocar efeitos tóxicos ao organismo,

principalmente hepatotoxicidade.

É possível observar que o maior motivo do uso de analgésicos é a dor de

cabeça, de acordo com de Mattede (2004) a maioria dos brasileiros toma algum tipo

de analgésico quando sente dor de cabeça de qualquer intensidade.

Uma porcentagem significativa dos entrevistados afirma não sentir mal estar

ou apresentar reação após o uso de analgésicos. Isso ocorre porque a maioria das

pessoas que se automedicam não tem acesso a todas as informações sobre os

analgésicos, ou seja, não conhecem as possíveis reações adversas e o perigo da

automedicação sem orientação. Afirmação feita também por Bastiani (2005) de que

as pessoas não conhecem os problemas associados ao uso de medicamentos.

Segundo Arrais (1997) a sociedade tem uma crença excessiva no poder do

medicamento e não acredita que seu uso possa causar algum mal. Tierling (2004)

afirma que há falta de dados sobre eventos decorrentes do uso inadequado de

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medicamentos, como a ocorrência de reações adversas, devido à falta de

conhecimento das pessoas sobre os medicamentos.

Conclui-se que o uso indiscriminado de analgésicos pode causar efeitos

severos à saúde, e como são medicamentos de venda livre, cabe ao farmacêutico

fornecer as informações sobre estes medicamentos, como suas doses terapêuticas,

possíveis interações, e esclarecê-los sobre as reações adversas e efeitos colaterais.

A atenção farmacêutica faz toda diferença na eficácia do medicamento e evita o

consumo desenfreado e o mito da cura milagrosa.

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38

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Page 43: Estudo sobre automedicação no uso de analgésicos na cidade de aparecida do taboado – ms (pdf)

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APÊNDICES

APÊNDICE I – Questionário

Este questionário é de cunho acadêmico, se trata do uso de analgésicos.

Todas as informações são confidenciais. Você não precisa se identificar.

1- Idade:

Entre 20 e 30 anos Entre 30 e 40 anos 40 anos ou mais

2- Sexo:

Masculino Feminino

3- Você já tomou ou toma algum tipo de analgésico?

Sim Não

4- Qual?

Dipirona (Dipirona Genérico, Magnopyrol, Anador, Novalgina)

Paracetamol (Tylenol)

Dorflex

Ácido acetilsalicílico (A.A.S., Aspirina)

Diclofenaco (Cataflam)

Ibuprofeno (Alivium)

Outros. Qual? _____________________

5- Com que frequência você utiliza analgésicos?

Raramente (quase nunca)

Às vezes

Frequentemente (todos os dias ou quase todos os dias)

6- Para qual tipo de dor você toma o analgésico?

Dor de cabeça

Dor muscular

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Dor nas costas

Dor de garganta

Outros. O que? _______________________

7- Onde você adquiriu o analgésico?

Farmácia pública (farmácia do posto de saúde)

Farmácia privada (comprado)

8- Foi com receita?

Sim Não

9- Você obteve orientação de quem?

Médico

Farmacêutico

Amigos ou família

Não obteve orientação

10- Você já sentiu algum mal estar ou reação após tomar algum

analgésico?

Sim. Não

11- Se teve reação, parou de tomar o analgésico?

Sim Não