estudo dos solos e de Áreas degradadas 2020

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GOVERNO DE GOIÁS Secretaria de Estado de Desenvolvimento e Inovação Subsecretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação Superintendência de Capacitação e Formação Tecnológica Estudo dos Solos e de Áreas Degradadas 2020

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GOVERNO DE GOIÁSSecretaria de Estado de Desenvolvimento e Inovação

Subsecretaria de Ciência, Tecnologia e InovaçãoSuperintendência de Capacitação e Formação Tecnológica

Estudo dos Solos e de Áreas Degradadas

2020

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Estudo dos Solos e de Áreas Degradadas

Etapa IIITécnico em Meio Ambiente

Abril 2020

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Page 5: Estudo dos Solos e de Áreas Degradadas 2020

Referências para Oferta de Cursos na Modalidade a

Distância no Âmbito da Rede Itego

Governador do Estado de GoiásRonaldo Ramos Caiado

Secretário Interino e Subsecretário de Ciência e Tecnologia e InovaçãoMárcio César Pereira

Superintendente de Capacitação e Formação TecnológicaJosé Teodoro Coelho

Gerência e Gestão da Rede de ITEGOsMychelly Ferreira Carlos Simões

Coordenadora Geral do PronatecLudmilla Alves Danas Gonçalves

Supervisão Pedagógica e EaDMaria Dorcila Alencastro Santana

Tânia Mara Lopes Ribeiro

Professor ConteudistaRobson de Almeida Vilela

Projeto GráficoMaykell Guimarães

DesignerAndressa Cruvinel

Revisão da Língua Portuguesa Denise Candini de Brito

Banco de Imagens http://freepik.com

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Apresentação

Empreendedorismo, inovação, iniciativa, criatividade e habilidade para trabalhar em equipe são alguns dos requisitos imprescindíveis para o

profissional que busca se sobressair no setor produtivo. Sendo assim, destaca-se o profissional que busca conhecimentos teóricos, desenvolve experiências práticas e assume comportamento ético para desempenhar bem suas funções. Neste contexto, os Cursos Técnicos oferecidos pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento e Inovação (SEDI) visam a garantir o desenvolvimento dessas competências.

Com o propósito de suprir demandas do mercado de trabalho em qualificação profissional, os cursos ministrados pelos Institutos Tecnológicos do Estado de Goiás, que compõem a REDE ITEGO, abrangem os seguintes eixos tecnológicos, nas modalidades EaD e presencial: Saúde e Estética; Desenvolvimento Educacional e Social; Gestão e Negócios; Informação e Comunicação; Infraestrutura; Produção Alimentícia; Produção Artística e Cultural e Design; Produção Industrial; Recursos Naturais; Segurança; Turismo; Hospitalidade e Lazer, incluindo as ações de Desenvolvimento e Inovação Tecnológica (DIT), transferência de tecnologia e promoção do empreendedorismo.

Espera-se que este material cumpra o papel para o qual foi concebido: servir como instrumento facilitador do seu processo de aprendizagem, apoiando e estimulando o raciocínio e o interesse pela aquisição de conhecimentos, ferramentas essenciais para desenvolver sua capacidade de aprender a aprender.

Bom curso a todos!Secretaria de Estado de Desenvolvimento e Inovação (SEDI).

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Conteúdo InterativoEssa apostila foi cons-truída com recursos que possibilitam a interatividade tais como hiperlinks e páginas com hipertexto.

Pré-requisitos:

Para acessar a interatividade utilize o Inter-net Explorer,

ou

salve o arquivo no computador e abra-o no Acrobat Reader.

SumárioUNIDADE ISolos 10

1 Introdução 102 Formação de solos 11

2.1 Material 112.2 Clima 122.3 Tempo 12

3. Classificação 123.1 Sistema de classificação 14

4 Composição 145 Perfil 156. Propriedades dos solos 16

6.1 Propriedades físicas 166.1.1 Textura 17

6.1.2 Densidade 186.1.3 Consistência 186.1.4 Porosidade 196.1.5 Estrutura 19

7. Propriedades biológicas 207.1 Matéria orgânica 207.2 Proporção de carbono e nitrogênio 20

8. Nutrientes do solo 218.1 Classificação dos nutrientes 21

8.1.1 Macronutrientes 228.1.1.1 Cálcio 228.1.1.2 Enxofre 22

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8.1.1.3 Magnésio 228.1.1.4 Potássio 238.1.1.5 Fósforo 23

8.2 Micronutrientes 238.3 Elementos tóxicos 248.4 Adubação 24

8.4.1 Adubação mineral 248.4.2 Adubação orgânica 25

8.5 Interpretação e Recomendações de adubação 25

Atividades de aprendizagem 27Bibliografia básica 29

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Recursos Didáticos

FIQUE ATENTO A exclamação marca

tudo aquilo a que você deve estar atento. São assuntos que causam

dúvida, por isso exigem atenção redobrada.

PESQUISE Aqui você encontrará

links e outras sugestões para que você possa conhecer mais sobre

o que está sendo estudado. Aproveite!

CONTEÚDO INTERATIVO

Este ícone indica funções interativas, como hiperlinks e páginas com

hipertexto.

DICAS Este baú é a indicação de onde

você pode encontrar informações importantes na construção e no aprofundamento do seu

conhecimento. Aproveite, destaque, memorize e utilize essas dicas para

facilitar os seus estudos e a sua vida.

VAMOS REFLETIR Este quebra-cabeças indica o

momento em que você pode e deve exercitar todo seu potencial.

Neste espaço, você encontrará reflexões e desafios que tornarão

ainda mais estimulante o seu processo de aprendizagem.

VAMOS RELEMBRAR Esta folha do bloquinho

autoadesivo marca aquilo que devemos lembrar

e faz uma recapitulação dos assuntos mais

importantes.

MÍDIAS INTEGRADAS Aqui você encontra dicas para enriquecer os seus conhecimentos na área,

por meio de vídeos, filmes, podcasts e outras

referências externas.

VOCABULÁRIOO dicionário sempre nos ajuda a

compreender melhor o significado das palavras, mas aqui resolvemos

dar uma forcinha para você e trouxemos, para dentro da apostila, as definições mais importantes na construção do seu conhecimento.

ATIVIDADES DE APRENDIZAGEMEste é o momento

de praticar seus conhecimentos.

Responda as atividades e finalize

seus estudos.

SAIBA MAIS Aqui você encontrará

informações interessantes

e curiosidades. Conhecimento nunca é demais, não é mesmo?

HIPERLINKSAs palavras grifadas em amarelo levam você a referências

externas, como forma de aprofundar um

tópico.

Hiperlinks de texto

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Solos

UNIDADE I

1 - Utilização do solo.Fonte: https://www.sunset.com/home-garden/garden-basics/garden-soil

1 Introdução

Ao iniciarmos nossos estudos sobre os solos, é importante que tenhamos em mente o esclarecimento de alguns conceitos e aplicações nesse primeiro instante. A grande maioria de nós tem uma noção inicial, exemplificada na imagem 01, sobre o que é um solo, sobretudo como elemento fundamental na produção dos alimentos que consumimos diariamente. Mas a partir de agora, descobriremos juntos como ocorre o processo de formação dos solos, suas principais características, tipos, tratamentos e aplicações.

É de extrema importância para o (a) futuro (a) profissional de meio ambiente o entendimento sobre o solo, para que possa trabalhar juntamente com outros profissionais os preceitos básicos de preservação e uso consciente desse recurso. Levando em conta que em nosso país as atividades ligadas à agricultura res-pondem por uma boa parcela da produção de nossas riquezas, é fato que o trabalho de conscientização e uso sustentável dos solos, respeitando suas características e peculiaridades, é algo que deve ser executado mediante um cuidadoso planejamento, análise e introdução de boas práticas técnicas e legais.

SAIBA MAIS O uso do solo e agricultura brasileiraHá uma intensa relação entre o uso do solo e a expansão das atividades agrícolas

em nosso país nos últimos anos. No artigo, que pode ser lido no link abaixo, podemos conhecer um pouco mais sobre a relação entre o solo e a produção agrícola. Leia e entenda os desafios e oportunidades oriundas dessa relação.

Fonte: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/solo-producao-agricola.htm

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2 Formação de solos

De acordo com Pes e Arenhardt (2015), os solos têm sua origem por meio de dois tipos de materiais: os de natureza orgânica e os minerais (rochas), que por sua vez, originam dois tipos de solos: minerais e orgâ-nicos. Há uma predominância dos solos minerais sobre os solos orgânicos, devido a algumas características no seu processo de formação. E por falar em solos minerais, vamos compreender melhor sobre o processo de formação e os tipos de rochas existentes.

A rocha é um agregado natural de um ou mais minerais, ou vidro vulcânico, ou ainda matéria orgânica, e que faz parte da crosta sólida da terra (UFJF, 2009). As rochas podem ser classificadas seguindo alguns critérios em três tipos:

l Rochas magmáticas. l Rochas sedimentares. l Rochas metamórficas.O quadro abaixo nos mostra um resumo dos três tipos principais de rochas encontradas em nosso planeta.

Classificação de rochas

Tipo Formação Exemplos

Magmáticas Resfriamento e solidificação do magma terrestre Basalto

Sedimentares Intemperização de rochas pré-existentes Arenito e Argilito

Metamórficas Rochas magmáticas ou sedimentares submetidas à alta temperatura e pressão Mármore e ardósia

Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/geografia/o-que-e-intemperismo.htm

VOCABULÁRIO IntemperismoÉ o processo de transformação das rochas por desagregação (física) ou decomposição

(química) de suas estruturas, dando origem aos sedimentos e interferindo em processos sedimentares, como a erosão, a diagênese e a pedogênese (formação dos solos).

Alguns fatores exercem bastante influência na formação do solo, entre eles podemos citar cinco princi-pais: material de origem, relevo, clima, organismos e o tempo. Vamos ver mais detalhes sobre alguns desses fatores de maior importância.

2.1 Material

Para compreendermos melhor sobre os materiais de origem na formação dos solos, precisamos inicial-mente saber que os materiais têm origem orgânica e mineral, formando respectivamente os solos orgânicos e minerais. Os materiais de origem mineral e orgânica influenciam significativamente na formação do solo, des-de a determinação da granulometria do solo em que estão, passando pela obtenção do grau de consolidação.

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VOCABULÁRIO Granulometria do soloA granulometria do solo consiste na distribuição de suas partículas constituintes,

de natureza inorgânica ou mineral, em classes de tamanho (COOPER, 2015).

2.2 Clima

Antes de falarmos sobre a influência do clima na formação dos solos, precisamos fazer uma pequena distinção entre clima e tempo, conceitos que causam certa dúvida em algumas pessoas. O tempo está vin-culado ao estado da atmosfera em um local específico em um dado momento, ou seja, podemos associar que hoje em nossa cidade está bastante quente. Já o clima, por sua vez, está ligado à condição da atmosfera durante um período de tempo mais longo, por exemplo, podemos dizer que o clima na cidade de Goiânia é tropical com estação seca, predominância de altas temperaturas e regime regular de chuvas durante todo o ano.

Esclarecidos esses conceitos, agora sim temos condições de compreender a influência do clima na forma-ção dos solos. E ssa influência começa na determinação da umidade e a temperatura de uma dada região. Nas regiões em que há predominância de um clima com maior umidade e temperatura, como a região norte e nordeste do Brasil, por exemplo, os solos tendem a ser mais profundos pela ação da água e da temperatura no processo de meteorização do material. Enquanto nas regiões em que o clima é frio, como no sul do Brasil, os solos são menos profundos e apresentam uma grande quantidade de matéria orgânica.

VOCABULÁRIO MeteorizaçãoÉ o processo natural de decomposição ou desintegração de rochas e solos, e seus

minerais constituintes, por ação dos efeitos químicos, físicos e biológicos que resultam da sua exposição aos agentes externos.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Meteoriza%C3%A7%C3%A3o

2.3 Tempo

Vimos anteriormente sobre o tempo do posto de vista meteorológico, mas na formação dos solos é necessário também o estudo do tempo cronológico e sua contribuição na formação. A ação do tempo na formação dos solos é um fator substancial para o seu desenvolvimento, de modo que o tempo é um dos fatores que determinará o grau de desenvolvimento do solo em questão, ou seja, em alguns casos quanto mais jovem é o solo, tende a ser menos desenvolvido, ao passo que quanto mais velho for o solo, tende a ser mais desenvolvido. Portanto, podemos concluir que a “idade” do solo aliada a outros fatores de formação contribuem para o grau de desenvolvimento.

3. Classificação

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A classificação de um solo é obtida a partir da avaliação dos dados morfológicos, físicos, químicos e mi-neralógicos do perfil que o representam. Aspectos ambientais do local do perfil, tais como clima, vegetação, relevo, material originário, condições hídricas, características externas ao solo e relações solo-paisagem, são também utilizadas (EMBRAPA, 2015). A primeira etapa da classificação dos solos se dá por meio de um levantamento e, posterirormente, por descrição detalhada da morfologia do perfil e coleta de dados e ma-teriais em campo que obedecem a parâmetros e critérios técnicos e normativos. De acordo com a segunda edição do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS) de 2006, a distribuição dos solos ocorre em classes, sendo denominadas conforme exposto abaixo:l Argissolo;l Cambissolo;l Chernossolo;l Espodossolo;l Gleissolo;l Latossolo;l Luvissolo;l Neossolo;l Nitossolo;l Organossolo;l Planossolo;l Plintossolo;l Vertissolo.

https://www.agrolink.com.br/downloads/sistema-brasileiro-de-classificacao-dos-solos2006.pdf

Classes dos solos Não deixe de clicar onde estão os hiperlinks das classes de solo acima para conhecer maiores informações sobre cada classe. Também não deixe de conferir na íntegra o texto do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos que pode ser facilmente acessado no link abaixo:

PESQUISE

De acordo com Pes e Arenhardt (2015), a cor é a característica que mais chama atenção no perfil do solo. Por meio dela, há a possibilidade de delimitar os horizontes e deduzir algumas caraterísticas do solo. Solos que apresentam uma cor mais escura apresentam um maior número de matéria orgânica acumulada em sua composição. Os solos que apresentam uma cor com maior tendência ao vermelho, mostram que há uma drenagem eficiente no solo, ao contrário dos solos com aparência mais tendente ao cinza, ou seja, apresentam uma drenagem mais deficiente.

Um outro ponto importante na classificação dos solos é a chamada cerosidade, que nada mais é do que a acumulação de grande quantidade de argila envolvendo os agregados do solo, de modo a constituir uma camada bem fina, similar a uma película.

SAIBA MAIS CerosidadeO nome cerosidade vem do fato de que quando os agregados de um determinado

solo são molhados acabam apresentando uma aparência mais lustrosa, bastante parecida com o de uma cera.

Fonte: https://www.dicionarioinformal.com.br/significado/cerosidade/28226/

2 - Tipos de solo: Argissolo,Cambissolo e Chernossolo. Fonte: https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/bioma_caatinga/arvore/CONT000g5twggzi02wx5ok01edq5sp172540.html

https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/solos_tropicais/arvore/CONT000gn1sdvt002wx5ok0liq1mq0vnc42b.htmlhttp://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/solos_tropicais/arvore/CONT000gn230xhp02wx5ok0liq1mqyw2dncb.html

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3.1 Sistema de classificação

O sistema de classificação dos solos pode ser dividido em duas partes: sistemas de classificação natural e os sistemas de classificação técnica. Vejamos em detalhes cada um deles:

- Classificação técnica: tem como parâmetro principal a finalidade do uso do solo, ou seja, a classificação é baseada na seleção das principais características do solo de acordo com seu uso.

- Classificação natural: essa classificação é feita com base nas principais propriedades do solo. Em nosso país, essa classificação é feita por intermédio do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS), o qual vimos anteriormente.

VAMOS REFLETIR Sistema Brasileiro de Classificação dos Solos (SiBCS)O Sistema Brasileiro de Classificação dos Solos é um sistema de classificação natural.

A organização dos dados de classificação é feita por meio do estabelecimento de características comuns, de modo que vários níveis hierárquicos são criados a partir dessa informação.

VAMOS REFLETIR A vida e o soloA vida só é possível graças a existência dos componentes do solo, visto que o equilíbrio

de suas partes (areia, silte, argila, matéria orgânica, ar, água e nutrientes) garante o crescimento adequado das plantas e demais organismos do solo (OLIVEIRA, 2012).

Para exemplificar melhor o que foi dito acima no quadro “vamos refletir”. Apresentamos abaixo como os níveis categóricos do SiBCS são organizados:

Nível 1 – ordem.Nível 2 – subordem.Nível 3 – grande grupo.Nível 4 – subgrupo.Nível 5 – família.Nível 6 – série.

4 Composição

Segundo Oliveira (2012), o solo é composto por matéria mineral, matéria orgânica, água e ar. Em sua composição básica, o solo apresenta três componentes: areia, argila e matéria orgânica. Além disso, os solos também possuem algumas pequenas aberturas ou poros que tem a capacidade de armazenar água para plantas e outros tipos de organismos, escoar a água em excesso proveniente das chuvas, contribuir para evitar a formação de erosões e fazer com que o crescimento de raízes seja mais fácil.

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O solo deve ser classificado como um sistema de três fases, pois em sua composição apresenta uma fase sólida, líquida e gasosa. Em sua fase líquida, que também é chamada de solução do solo, o solo apresenta em sua composição água e nutrientes dissolvidos pela mesma. Já na fase gasosa, conhecida como ar do solo, de forma que este ar tem sua origem em nossa atmosfera ou das atividades dos organismos que habitam o solo. Por fim, na fase sólida o solo é basicamente constituído por fragmentos de origem mineral e outros de origem orgânica, sendo que nessa fase o solo tem como característica a diferença no tamanho das suas partículas constituintes.

As três fases do solo devem ser distribuídas e compatibilizadas, de modo a gerar um solo rico e resistente aos fenômenos naturais e algumas intervenções de natureza humana. A figura a seguir mostra a chamada distribuição ideal das fases constituintes do solo. Nele podemos observar a predominância dos minerais 45%, 25% para o ar e também para a água e o restante composto pela matéria orgânica totalizando 5%.

Figura 1. Distribuição ideal das fases do solo.Fonte: (PES; ARENHARDT, 2015).

DICASO solo e o plantioQuer saber como preparar o solo da sua casa ou trabalho para cultivar aquela planta ou árvore que você sempre quis? Pois então, acesse o link abaixo e conheça as dicas sobre cuidados com o solo e plantio correto.

https://www.embrapa.br/contando-ciencia/solos/-/asset_publisher/1ZCT5VQ5Hj1S/content/o-solo-e-o-plantio-na-agricultura/1355746?inheritRedirect=false

5 Perfil

De acordo com Silva (2014), podemos conceituar o perfil de solo como uma seção vertical de um solo englobando a sucessão de horizontes ou camadas. Essas camadas ou horizontes incluem os mantos super-

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ficiais de resíduos orgânicos e o material mineral subjacente. Por horizontes, podemos entender como as camadas do solo que estão localizadas paralelamente a superfície, sua diferenciação é feita por meio da cor, sua textura e estrutura constituinte. A nomeação dos horizontes dos solos obedece a uma classificação alfabética, cada um com sua característica própria em conformidade com o quadro abaixo:

Horizontes do solo

Horizonte ou camada Características

O Horizonte ou camada orgânica superficial formada em boa drenagem.

H Horizonte ou camada orgânica superficial formada em má drenagem.

A Horizonte mineral superficial, geralmente mais escuro que os demais, devido ao acúmulo de matéria orgânica.

E

Horizonte mineral subsuperficial, situado entre o horizonte A e o B. Tem como características ser mais arenoso e mais claro que os demais. A argila deste horizonte se desloca para o de baixo (B), através de um processo denominado de eluviação.

BHorizonte mineral situado sob um horizonte A ou E, apresentando transformações mais acentuadas do material de origem. Pode-se apresentar ganhos de matéria mineral ou orgânica, originados dos horizontes de cima.

C Horizonte ou camada de material inconsolidado.

R Camada mineral de material consolidado (rochas).Quadro 2. Tipos de horizontes do solo e suas características.

Fonte: PES; ARENHARDT (2015).

A maioria dos solos costumam apresentar uma combinação dos horizontes apresentados no quadro acima, por exemplo, nos solos considerados mais jovens há uma predominância da camada A e logo após a camada R. Alguns solos são compostos por várias camadas A, E, B, C e por fim uma camada R. Os solos consi-derados mais velhos são caracterizados por terem perfis mais profundos, algo em torno de 10 metros desde o seu material de origem, nesse tipo de solo não é possível ser feita a distinção mais clara dos horizontes.

6. Propriedades dos solos

As propriedades físicas, químicas e biológicas do solo são determinadas pelo processo geológico de sua formação, origem dos minerais, e sua evolução de acordo com o clima e o relevo do local, além dos organis-mos vivos que o habitam (CETESB, 2020). Vamos ver em maiores detalhes cada uma dessas propriedades.

6.1 Propriedades físicas

Entre as principais propriedades físicas do solo, destacam: textura, estrutura, densidade, porosidade, permeabilidade, fluxo de água, ar e calor. São responsáveis diretas pelos processos que acarretam dimi-nuição física dos poluentes, como por exemplo a filtração. Algumas dessas propriedades não permitem alteração pelo meio empregado no solo, fornecem os nutrientes e recursos necessários para que tenhamos o chamado solo fisicamente ideal. Vamos descobrir um pouco mais sobre algumas dessas propriedades.

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6.1.1 Textura

Quando falamos sobre a textura de um solo, estamos falando sobre as características, peculiaridades e dimensões das partículas que compõem um solo. A textura é considerada a principal propriedade física do solo, pois está ligada à produtividade e uso constante de um determinado tipo de solo. Algumas das princi-pais características das partículas do solo, além de seus nomes são descritos abaixo:l Areia: compreende partículas de tamanho entre 0,05 e 2 mm, a retenção de água e nutrientes é baixa,

responsável pelo fenômeno da aeração do solo e formação dos macroporos.l Silte: compreende partículas de tamanho entre 0,002 e 0,05 mm, também retém pouca água e nutrien-

tes, é bastante sedoso quando tocado.l Argila: compreende partículas menores que 0,02 mm, ao contrário das outras partículas conseguem

reter muita água e nutrientes, responsável pela estruturação e aquecimento de muitos poros, é plástica é pegajosa quando molhada.

Como método de determinação da textura de um solo, é usual a análise laboratorial e em campo, além da experiência sensorial, avaliando por meio do tato as manifestações de cada partícula. Como referência para essa determinação é utilizado o chamado triângulo textural, que pode ser observado na imagem abaixo.

Figura 2. Triângulo textural.Fonte: http://quoos.com.br/index.php/geografia/16-solos

Para que você possa entender melhor sobre a textura de um solo, vamos exemplificar de um modo bem simples. Suponhamos que uma amostra de um determinado tipo de solo tenha sido recolhida e levada para análise laboratorial, ou seja, feita uma análise por meio do seu toque/tato, de modo que o resultado tenha sido o seguinte em porcentagem:

- Argila = 80% / Areia = 10% / Silte = 10%A partir desse total e da observação do triângulo textural, podemos dizer que esse solo é muito argiloso

e apresenta algumas características, tais como: baixa permeabilidade, retenção de água, cor escura e eva-poração de água bem lenta.

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6.1.2 Densidade

Do ponto de vista da física, a densidade nada mais é do que a relação entre a massa e o volume de um determinado corpo ou objeto, conforme a expressão abaixo:

D = m

V

Em que:m = massa do solo em kg.v = volume do solo em m³ ou cm³.

As unidades que expressam a densidade são: kg/m³ (pelo Sistema Internacional de Unidades), g/cm³ e g/ml. Para a determinação da densidade do solo, geralmente um objeto chamado anel volumétrico, é inse-rido no solo, de acordo com a medição que precisa ser feita. A importância da medição da densidade do solo está no fato de que esse é um fator crucial para o desenvolvimento das plantas. Valores entre 1,1 a 1,6 kg/dm³ são considerados adequados para o solo, porém quando a densidade aumenta, atingindo va-lores entre 1,7 até 1,9 kg/dm³, podemos começar a ter problemas oriundos da compactação do solo, tais como a redução da capacidade de armazena-mento de água e ar, dificuldades para manutenção das trocas gasosas e germinação de sementes.

6.1.3 Consistência

A consistência é o que podemos chamar de “teste de resistência” do solo, pois essa propriedade mostra como o solo reage a diferentes condições de sua umidade, ou seja, pode estar bastante seco, com umidade estável ou molhado. Obviamente que cada um desses estados fará com que o solo apresente algumas pro-priedades particulares, conforme o resumo abaixo:

- solo seco: alta dureza;- solo úmido: boa friabilidade;- solo molhado: é bastante pegajoso e também apresenta boa plasticidade.

SAIBA MAIS Descompactação do soloPara descompactar o

solo, algumas técnicas são utilizadas, como por exemplo a escarificação. Alguns detalhes são fundamentais para a realização desse importante procedimento. Acesse o link abaixo para conhecer melhor os detalhes dessa técnica.Fonte: http://www.cnpt.embrapa.br/publicacoes/sist-prod/cevada02/cev5-1-3.htm

VOCABULÁRIO FriabilidadeCaracteriza-se pela facilidade de ruptura da massa ao ser comprimida, definindo

consistências soltas, friáveis e firmes.

Fonte: https://extensao.cecierj.edu.br/material_didatico/geo09/popups/consistencia.htm

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Desse modo, podemos classificar a consistência do solo em: seca, úmida e molhada. O solo chamado ideal é obtido em sua consistência úmida, com boa friabilidade. Nesta faixa de umidade, o solo apresenta um rendimento satisfatório para realização de trabalhos de qualquer natureza.

6.1.4 Porosidade

Um solo é considerado poroso quando apresenta uma grande quantidade volumétrica de vazios em sua constituição, conforme Figura 3. Em termos nu-méricos, a porosidade varia na faixa de 30 até 60% na composição de um determinado solo, sendo que pode ser dividido em duas categorias: microporos e macroporos.

Essas categorias são definidas de acordo com o tamanho do diâmetro dos poros. Os macroporos usualmente apresentam diâmetro maior do que 0,06 mm, ao passo que os microporos apresentam diâmetro menor do que 0,06 mm. Como característi-cas desses tipos de poros, temos que os macroporos auxiliam fortemente na aeração do solo enquanto os microporos ajudam a reter a água pelo solo. Al-guns fatores exercem influência direta na formação da porosidade em um determinado solo, sendo al-guns deles: estrutura, textura e a matéria orgânica.

6.1.5 Estrutura

De acordo com Pes e Arenhardt (2015), a estrutura solo pode ser definida como sendo a combinação entre agregados e porosidade. Esse processo ocorre por meio da união das partículas do solo, por meio de algumas forças conhecidas como adesão e coesão, de forma que o resultado final seja a formação dos agre-gados do solo, ou seja, pequenas quantidades de solo com boa estabilidade. Nesse ponto, temos a formação da porosidade, que estamos no tópico anterior, que é formada nos espaços localizados entre as partículas do solo e seus agregados. A matéria orgânica e, principalmente, a argila são as grandes responsáveis pelo processo de estruturação do solo.

Figura 3. Solo poroso.Fonte: http://www.pronasolos.pr.gov.br/modules/galeria/

uploads/21/1559313247Figura_2__Porosidade_em_Latossolo_Vermelho.JPG

SAIBA MAIS Estruturação do soloHá uma relação direta entre a estruturação do solo e seu volume, pois quanto mais

estruturado é um determinado tipo de solo, maior é o seu volume total de poros e consequentemente, consegue reter uma maior quantidade de água.

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7. Propriedades biológicas

Quando falamos sobre as propriedades biológicas de um solo, estamos nos referindo à presença de uma série de organismos vivos (animais em decomposição, raízes de árvores, matéria residual) que habitam o solo e proporcionam algumas mudanças em sua composição geral. Vale destacar que a presença desses organismos vivos é fundamental para a realização de alguns processos vitais para o solo, como a drenagem e a aeração, por exemplo. Uma grande parte dos organismos vivos existentes no solo contribuem para a cir-culação dos nutrientes necessários para o solo. Por um lado, temos os macrorganismos que fazem a retirada dos nutrientes oriundos dos restos de animais e plantas, deixando uma parte menor desses nutrientes que será utilizada pelos microrganismos na decomposição desse material, de modo que esse processo libera alguns nutrientes para o solo e também pode ser absorvido pelas plantas. Por falar em organismos vivos e matéria orgânica, vamos conhecer juntos um pouco mais sobre esse assunto e suas principais propriedades.

7.1 Matéria orgânica

A matéria orgânica do solo pode ser definida como todos os derivados dos materiais vegetais e animais incorporados ao solo ou dispostos sobre sua superfície, na forma viva ou nos vários estágios de decomposi-ção, excluindo-se a parte aérea das plantas (PANIBATO; DECHEN; CARMELLO, 2017). A produção da matéria orgânica tem sua origem nas plantas no processo de fotossíntese, em que ocorre a conversão do dióxido de carbono (CO2) em outros compostos menores que contém carbono (C). Além do carbono, já mencionado, outros elementos que compõem a matéria orgânica do solo são: oxigênio (O), hidrogênio (H) e também o nitrogênio (N). Agora vamos ver abaixo um quadro com um resumo dos benefícios da matéria orgânica nas propriedades químicas, físicas e biológicas do solo.

Matéria orgânica – efeitos das propriedades

Propriedade Efeito

Física Estabilidade e aumento da resistência do solo à erosão

Química Aumento da fertilidade do solo

Biológica Fonte de energia e nutrientes para os organismos do soloQuadro 3. Efeitos benéficos das propriedades da matéria orgânica.

Fonte: PES; ARENHARDT (2015).

SAIBA MAIS Matéria Orgânica do Solo (MOS)É muito comum encontrarmos na literatura técnica ou em artigos específicos a sigla

MOS, que significa Matéria Orgânica do Solo. Por sua vez, a Matéria Orgânica do Solo, ou MOS, compreende os elementos que possuem carbono orgânico no solo.

7.2 Proporção de carbono e nitrogênio

Um importante ponto que deve ser observado na composição de um solo é a relação entre os elemen-

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tos carbono e nitrogênio. Dessa proporção alguns efeitos surgem e acabam impactando diretamente em alguns processos e quantidade de nutrientes no solo. Tudo se inicia quando um novo resíduo é misturado ao solo, o que resultará na expansão do número de habitantes microbianos, esse aumento em grande parte devido ao incremento de energia e nutrientes fornecidos por essa nova população. Como consequência do aumento significativo dos habitantes microbianos, a procura por nutrientes e carbono também crescerá. A concentração média de nitrogênio nos componentes microbianos é de 5%, o que nos dá uma relação de car-bono/nitrogênio na faixa de 20 e 30. Essa relação mostra que os resíduos que a possuírem, poderão fornecer a quantidade necessária de nitrogênio para que aconteça a reprodução microbiana. Por outro lado, se essa relação exceder a faixa entre 20 e 30, teremos um cenário em que esses pequenos organismos vão procurar outras fontes de nitrogênio, sobretudo as que estão disponíveis nas plantas, o que obviamente causará um déficit na quantidade de nitrogênio nas plantas. Em uma terceira situação em que a relação entre carbono e nitrogênio é menor a faixa entre 20 e 30, teremos um alto índice de nitrogênio disponível nos resíduos que, em um primeiro momento, não será aproveitado pelos microrganismos, fazendo com que esteja disponível para as plantas.

8. Nutrientes do solo

Os solos são o abrigo dos nutrientes fundamentais para a vida. As plantas conseguem se desenvolver e manter seu ciclo de vida ativo por meio da absorção desses nutrientes. Portanto, a importância dos nutrien-tes é inegável na vida das plantas, e devemos conhecer as suas principais características, meios de transfe-rência e as suas funções na cadeia.

8.1 Classificação dos nutrientes

Há uma abundância de elementos químicos existentes em nosso planeta, cerca de mais de cem, que apresentam propriedades, comportamentos e características diferentes entre si. Ao tratarmos dos solos, esses nutrientes podem ter presença ativa e serem absorvidos pelas plantas, de modo que precisamos com-preender os critérios de classificação de um nutriente. O primeiro critério é chamado de critério direto, ou seja, o nutriente nesse caso faz parte da planta da composição da planta (células e órgãos). Já no segundo critério, chamado de critério indireto, o nutriente está vinculado ao desenvolvimento da planta, ou seja, a presença dele é condição indispensável para que ocorra alguma reação ou processo vital para o desenvolvi-mento da planta, sendo que não pode ser substituído por outro.

De modo geral, podemos dizer que existem 16 nutrientes essenciais para o desenvolvimento das plantas, sendo eles: oxigênio (O), hidrogênio (H), carbono (C), nitrogênio (N), cálcio (Ca), fósforo (P), potássio (K), enxofre (S), ferro (Fe), molibdênio (Mo), boro (B), manganês (Mn), cobre (Cu), Zinco (Zn), magnésio (Mg), cloro (Cl).

SAIBA MAIS Outros nutrientesAlém dos nutrientes essenciais das plantas, citados acima, também temos alguns

nutrientes que são de fundamental importância apenas para algumas espécies de plantas, tais como: cobalto (Co), sódio (Na), silício (Si) e selênio (Se). Em contrapartida, existem aqueles que são extremamente prejudiciais ao desenvolvimento do solo, sobretudo pela sua toxicidade, como o Alumínio (Al).

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Outra classificação usual dos nutrientes é entre macronutrientes e micronutrientes, cada um com as suas características, elementos químicos constituintes e contribuições para o desenvolvimento das plantas e uma relação harmônica com a natureza. Vamos juntos conhecer melhor cada uma dessas classificações.

8.1.1 Macronutrientes

Conforme o próprio nome indica, os macronutrientes são aqueles que estão presentes na natureza em relativa abundância e acabam sendo absorvidos pelas plantas em larga escala. Em termos de unidade de medida, podemos expressar essa absorção de macronutrientes em g/kg, ou seja, para cada grama de nu-triente por quilograma da planta. Exemplos mais comuns de macronutrientes são: carbono (C), oxigênio (O), hidrogênio (H). Outros macronutrientes, também conhecidos como macronutrientes minerais, são absorvi-dos diretamente dos solos, como é o caso do nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K). Vamos aprofundar um pouco mais os nossos conhecimentos sobre esses tipos de macronutrientes e suas funções.

8.1.1.1 Cálcio

Elemento indispensável para algumas plantas, sobretudo por contribuir para a resistência dos órgãos das plantas. Também atua nas plantas frutíferas, o que explica o fato de serem exigidas altas quantidades desse nutriente. Seu fornecimento ao solo se dá por um processo chamado de calagem.

VOCABULÁRIO CalagemA calagem é a adição de calcário ou cal virgem ao solo com o objetivo de diminuir a

acidez e fornecer nutrientes para as plantas, como os íons cálcio e magnésio.

Fonte: https://alunosonline.uol.com.br/quimica/calagem.html

8.1.1.2 Enxofre

O enxofre apresenta pouca capacidade de retenção no solo, costuma ser fornecido para as plantas por meio de suas folhas, sempre em quantidades bem pequenas. É transportado ao solo e logo em sequência ser absorvido pelas raízes.

8.1.1.3 Magnésio

Esse elemento tem uma importância substancial, pois é componente da clorofila. Da mesma forma que o cálcio é transmitido por meio da calagem, em quantidades necessárias para o aproveitamento das plantas e do solo.

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VOCABULÁRIO ClorofilaA clorofila é um grupo de pigmentos fotossintéticos presente nos cloroplastos

(organelas presentes nas células das plantas e algas, rico em clorofila), responsável pela coloração verde das plantas.

Fonte: https://www.todabiologia.com/botanica/clorofila.htm

8.1.1.4 Potássio

Tem participação ativa no processo chamado de equilíbrio osmótico da planta, embora não esteja ligado diretamente à estrutura da planta. Sua retenção no solo é de intensidade intermediária, o que explica o fato de ser aplicado anualmente no mesmo. Uma atenção especial deve ser dada quanto à sua aplicação nos solos mais arenosos, pois pode ocasionar algumas perdas pelo processo de lixiviação.

8.1.1.5 Fósforo

Altas quantidades de fósforo são exigidas nas plantas, pois esse elemento realiza o transporte de energia em seu interior. Trata-se de um elemento com baixíssima mobilidade no solo, porém consegue estabelecer uma boa afinidade com os óxidos do solo. Algumas das fontes desse nutriente são: excrementos de animais e também os adubos.

8.2 Micronutrientes

Os micronutrientes são solicitados em quantidades menores se comparados aos macronutrientes. No entanto, exercem importantes funções nos solos, como o transporte de energia, por exemplo. A quantidade desses micronutrientes existentes no solo, normalmente é suficiente para a sobrevivência, ou então, são transportados em boas quantidades, por meio de algumas fontes externas de natureza orgânica.

Embora contribuam de forma expressiva para a prosperidade dos solos, os micronutrientes, devido ao fato de sua composição ser basicamente de elementos metálicos, possuem características que inviabilizam o atendimento à algumas demandas com maior grau de especificidade: PH alto, solos que apresentam bai-xa quantidade de matéria orgânica e também nos arenosos. O boro (B), cobre (Cu), zinco (Zn), molibdênio (Mo), manganês (Mn) são alguns dos elementos que constituem os micronutrientes.

Fonte: https://www.grupocultivar.com.br/artigos/beneficios-do-silicio-para-a-agricu

SAIBA MAIS Outros elementos Além das micronutrientes e dos macronutrientes, existem na natureza alguns outros

elementos que, embora não sejam essenciais, são extremamente úteis e benéficos para algumas aplicações em diferentes culturas. Entre esses elementos, podemos destacar o silício (Si) como altamente promissor.

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8.3 Elementos tóxicos

A toxicologia é a ciência que estuda os efeitos nocivos decorrentes das interações das substâncias quími-cas com o organismo, com a finalidade de prevenir, diagnosticar e tratar a intoxicação (RUPPHENTHAL apud CHASIN; LIMA, 2010). Do ponto de vista do estudo dos solos, podemos classificar os elementos tóxicos como aqueles que apresentam características prejudiciais ao crescimento e desenvolvimento dos mesmos. Nos nutrientes, por sua vez, esses elementos afetam diretamente as plantas.

Dois elementos com bom potencial tóxico presentes em quase todos os solos nacionais são: alumínio (Al), manganês (Mn) e o cobre (Cu). Ambos devem ser controlados quanto à quantidade nos solos e seus efeitos prejudiciais nos solos. No caso específico do manganês, embora seja essencial para as plantas, pode apresentar um alto poder tóxico se estiver em grandes quantidades.

https://www.youtube.com/watch?v=8ETfA8piu0w

Alumínio tóxicoAssista ao vídeo no link abaixo! Nele você compreenderá melhor uma das estratégias utilizadas pelos produtores rurais para a redução do

alumínio tóxico nos solos.

MÍDIAS INTEGRADAS

8.4 Adubação

De acordo com Lehn (2010), a adubação é um processo que tem como finalidade repor nutrientes que irão auxiliar o crescimento das plantas. No âmbito da agricultura, podemos classificar a adubação em dois tipos: mineral e orgânica. Vamos estudar as características e aplicações de cada um desses tipos.

8.4.1 Adubação mineral

Na agricultura moderna, a precisão e os elementos tecnológicos estão presentes no cotidiano das la-vouras e latifúndios. A adubação mineral é o recurso principal utilizado pelos produtores para garantir o suprimento de nutrientes essenciais para o engrandecimento das plantas. Além de ser o recurso principal, a adubação mineral apresenta uma série de vantagens para o(a) produtor(a) em sua aplicação, tais como: precisão na quantidade de nutrientes devido à produção industrial, boa solubilidade no contato com os solos, aplicação facilitada e distribuição eficiente no solo. Todavia, como em qualquer aplicação de produto, também existem as desvantagens: custo financeiro bastante elevado, uma incorreta aplicação poderá acar-retar perdas consideráveis por meio dos processos de lixiviação e volatização, dificuldade da adaptação das fórmulas às necessidades de aplicação (grande parte das fórmulas comercializadas já seguem um padrão oriundo na indústria, o que prejudica a necessidade de eventuais ajustes para cada aplicação).

Alguns dos principais adubos minerais estão listados abaixo: 1. Ureia; 2. Sulfato de amônio; 3. Nitrato de cálcio;

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4. Superfosfato simples; 5. Monoamônio Fosfato (MAP); 6. Fosfato Diamônico (DAP); 7. Cloreto de potássio; 8. Ácido bórico; 9. Sulfato de zinco; 10. Molibdato de sódio.

8.4.2 Adubação orgânica

A adubação orgânica também contribui de maneira satisfatória para o enriquecimento dos solos em geral, por meio do aproveitamento de alguns resíduos ou produtos secundários oriundos de algumas ati-vidades. Estes resíduos ou produtos demonstram uma característica marcante, ou seja, sua concentração de nutrientes é alta, o que consequentemente poderá favorecer e beneficiar o solo através do aumento da matéria orgânica contida. Resumidamente, podemos exemplificar a adubação orgânica com alguns produtos simples encontrados na natureza, tais como: excrementos de animais, decomposição de plantas e alguns compostos abundantes. As principais vantagens alcançadas com a utilização da adubação orgânica no co-tidiano de um solo são: incremento na atividade biológica, sobretudo da fauna do solo, grande número de diferentes micronutrientes pode ser oferecido, hipótese de produção genuinamente orgânica. Mas também temos algumas desvantagens decorrentes do uso da adubação orgânica: descompasso entre a quantidade de nutrientes demandada pelas culturas e as quantidades oferecidas nas fontes orgânicas, complexidade alta na aplicação, grande variação nas concentrações de nutrientes (o que pode gerar uma imprevisibilidade na aplicação). Alguns dos principais fertilizantes orgânicos utilizados comercialmente são: cama de frango, dejetos suínos, composto orgânico, casca de arroz.

8.5 Interpretação e Recomendações de adubação

Interpretar uma análise de solos é conhecer através dos valores dos seus elementos determinados no laboratório, o grau de fertilidade desse solo, além da sua acidez (RODRIGUES; AZEVEDO; LEÔNIDAS, 1998). Por meio dessa análise inicial, é possível que seja feita a recomendação mais precisa da adubação e calagem correta para cada tipo de solo.

Um sólido conhecimento no que tange aos procedimentos formais de coleta das amostras de solos é premissa básica para que seja feita a recomendação da adubação e calagem. O procedimento de amostra-gem do solo é uma etapa fundamental no processo de adubação, pois se houver alguns erros nesse procedi-mento, grandes prejuízos podem incidir sobre o agricultor. Algumas recomendações básicas para realização da amostragem, extraídas integralmente da Circular Técnica número 39 da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) estão listadas a seguir:

- levar em consideração a cor, textura, vegetação e o histórico da área em que o solo está sendo coletado;- coletar uma amostra geral correspondente para cada área, de modo que uma amostra simples corres-

ponde em média em 10 a 20 amostras por área;- realizar coleta de amostras simples, de profundidade de 0 – 20 cm, circulando em zigue-zague pela área;- depositar as amostras em um balde limpo e misturá-las;- retirar 500 g dessa amostra contida no balde e enviar ao laboratório creditado para análise, identifican-

do número ou código em uma etiqueta.

DICASMais informaçõesCaso esteja acessando o Caderno Didático na versão digital, não se esqueça de clicar em cada um dos tipos de adubos minerais listados acima para conhecer suas

principais aplicações comerciais disponíveis.

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Tomemos como exemplo agora uma recomendação de adubação para uma cultura frutífera. A reco-mendação de fertilizantes é baseada em três pontos centrais: quantidade de nutrientes existentes no solo, peculiaridades de cada espécie a ser cultivada, produtividade do pomar. Cada região do país tem suas parti-cularidades geográficas e de clima. Portanto, para que o(a) produtor(a) proceda de modo correto quanto às metodologias de coleta e interpretação dos resultados, deverá consultar o Manual de adubação e calagem de sua respectiva região.

https://www.embrapa.br/solos/busca-de-publicacoes/-/publicacao/963089/manual-de-calagem-e-adubacao-do-estado-do-rio-de-janeiro

Manual de adubação e calagem

Para elucidar o que foi dito acima sobre as particularidades regionais e a necessidade de consulta a um documento técnico regional. No link abaixo, você poderá consultar o Manual de adubação e calagem do estado do Rio de Janeiro e entender melhor a importância dessas informações para a tomada de decisões

do(a) produtor(a) rural.

MÍDIAS INTEGRADAS

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ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM1 - De acordo com os seus estudos do Caderno Didático, quais são os materiais

que originam os solos?

2 – Fale sobre as principais diferenças entre os solos minerais e os orgânicos.

3 – O que é uma rocha? Como podem ser classificadas?

4 – Quais são os fatores que influenciam na formação de um solo?

5 – Qual é a influência do clima e do tempo no solo?

6 – Em conformidade com o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS), quais são as classes dos solos?

7 - Complete a afirmação abaixo com a alternativa correspondente.A _______________ é a característica que mais chama atenção no ____________ do solo. a) Textura/ formato. b) Geometria/ material. c) Cor/ perfil. d) Classe/ substrato. e) Cor/ sistema de classificação.

8 – Sobre os sistemas de classificação dos solos. Fale sobre os critérios a seguir.Classificação técnica:

Classificação natural:

9 – O solo é composto por: a) Matéria vegetal, matéria animal, sal e resíduos. b) Material de decomposição, matéria orgânica, bactérias e água. c) Resíduos sólidos, material de base, água e resíduos. d) Matéria mineral, matéria orgânica, água e ar. e) Matéria orgânica, poros, cavidades e água.

10 – Sobre os vários tipos de camadas ou horizontes dos solos, fale sobre as características das camadas listadas abaixo.

H - A -E –O-B-R-

Atividades de aprendizagem

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ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM

11 – Complete a frase:As___________________ físicas, químicas e biológicas do solo são determinadas

pelo __________________.

12 – O que é textura de um solo?

13 – Qual é a característica de um solo poroso?

14 – Fale sobre as propriedades físicas, químicas e biológicas dos solos.

15 – São exemplos de macronutrientes: a) Carbono, hidrogênio e oxigênio. b) Fosfato, boro e selênio. c) Nitrogênio, potássio e gálio. d) Oxigênio, nitrogênio e hélio. e) Potássio, hidrogênio e argônio.

16 – São exemplos de micronutrientes: a) Cobre, hidrogênio e ferro. b) Zinco, manganês e boro. c) Boro, cobre e nitrogênio. d) Cobre, selênio, silício. e) Ferro, oxigênio e carbono.

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BRASILESCOLA.UOL.COM.BR. O que é intemperismo? Disponível em:< https://brasilescola.uol.com.br/o--que-e/geografia/o-que-e-intemperismo.htm>. Acesso em: 10 mar. 2020.

CETESB.SP.GOV.BR. Propriedades do solo. Disponível em: <https://cetesb.sp.gov.br/solo/propriedades/> Acesso em: 19 mar. 2020.

CHASIN, A. A. M.; LIMA, I. V. Toxicologia para químicos. Minicursos CRQ-IV, 2010. Disponível em: <http://www.crq4.org.br/sms/files/file/toxicologia_mini2010.pdf>. Acesso em: 30 mar. 2020.

COOPER, Miguel. Aula 01 – Granulometria e textura do solo. Disponível em: <https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/576877/mod_resource/content/1/Aula%201%20-%20Granulometria%20e%20Textura%20do%20Solo.pdf>. Acesso em: 12 mar. 2020.

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OLIVEIRA, Luciane Costa de. Composição do solo. Disponível em: <http://docente.ifsc.edu.br/luciane.costa/MaterialDidatico/P%C3%93S%20AGROECOLOGIA/Composi%C3%A7%C3%A3o%20do%20solo.pdf>. Acesso em: 12 mar. 2020.

PAVINATO, Paulo Sérgio; DECHEN, Antônio Roque; CARMELLO, Quirino Augusto de Camargo. Matéria orgâ-nica do solo: constituintes, características e efeitos. Disponível em: <https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3536312/mod_resource/content/2/Aula%2011%20-%20Materia%20Organica%20do%20Solo.pdf>. Acesso em: 24 mar. 2020.

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RODRIGUES, Antônio Neri Azevedo; LEÔNIDAS, Francisco das Chagas; COSTA, Rogério Sebastião Corrêa da. Introdução de análise de solo e recomendação de adubação e calagem. Porto Velho: EMBRAPA-CPAF Ron-dônia, 1998, 17p. (EMBRAPA-CPAF Rondônia. Circular Técnica, 39).

RUPPHENTHAL, Janis Elisa. Toxicologia. Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria, Colégio Técnico Industrial de Santa Maria; Rede e-Tec Brasil, 2013.

SILVA, José de Ribamar. Unidade V Perfil de Solo: Parte I. Disponível em: <http://www.ufac.br/site/ufac/prograd/educacao-tutorial/grupos-pet/pet-agronomia-1/apoio-didatico/genese-e-morfologia-do-solo/uni-

Bibliografia básica

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30

dade5-b-perfil-de-solo/view>. Acesso em: 18 mar. 2020.

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Page 31: Estudo dos Solos e de Áreas Degradadas 2020

Inaciolândia

Gouvelândia

Quirinópolis

Vicentinópolis

AcreúnaSanto Antônioda Barra

Rio Verde

Jataí

Turvelândia

Porteirão

Maurilândia

Castelândia

Portelândia

Santa Ritado Araguaia

Serranópolis

Aporé

Itajá

Itarumã

CachoeiraAlta

Paranaiguara

Represa deSão Simão

Doverlândia

Baliza

Bom Jardimde Goiás

Aragarças

Nerópolis

Urutaí

Cristianópolis

Ipameri

Campo Alegrede Goiás

RioQuente

CaldasNovas

NovaAurora

Corumbaíba

Marzagão

Buriti Alegre

Itumbiara

Panamá

Bom Jesusde Goiás

Cachoeira Dourada

MorrinhosJoviânia

Aloândia

Pontalina

Diorama

Arenópolis

Palestinade Goiás

V ianópolis

Silvânia

Leopoldo de Bulhões

Terezópolis de Goiás

Ouro Verde de Goiás

Inhumas

Caturaí

Goianira

Brazabrantes

NovaVeneza

Bonfinópolis

Goianápolis

Caldazinha

Bela Vistade Goiás

São Miguel doPassa Quatro

Orizona

PalmeloSanta Cruzde Goiás

Pires do Rio

SenadorCanedo

Edéia

Edealina

Professor JamilCromínia

Mairipotaba

Varjão

Cezarina

Indiara

Montividiu

Paraúna

São João da Paraúna

Aurilândia

Firminópolis

Turvânia

Nazário

A velinópolis

AraçuAdelândia

Sanclerlândia

Fazenda Nova

São Miguel do Araguaia

NovoPlanalto

SantaTerezade Goiás

Montividiudo Norte

Trombas Minaçu

Campinaçu

Colinasdo Sul

Cavalcante

Alto Paraíso de Goiás

Teresinade Goiás

Divinópolisde GoiásMonte Alegre

de Goiás

CamposBelos

Nova Roma

Guaranide Goiás

Iaciara

Posse

Buritinópolis

Alvoradado Norte

Sítio D'Abadia

Damianópolis

Mambaí

Flores de Goiás

Formoso

Mutunópolis

Amaralina

Mara Rosa

Campinorte

AltoHorizonte

NovaIguaçude Goiás

Uruaçu

Pilar de Goiás

Hidrolina

Guarinos

ItapaciNovaAmérica

Morro Agudo de Goiás

NovaGlória

São Patrício

Carmo doRio Verde

Itapuranga

FainaMatrinchã

Montes Clarosde Goiás

Itapirapuã

Jussara

Santa Féde Goiás

Britânia

Guaraíta

Rialma

Santa Isabel

Rianápolis

Pirenópolis

Vila Propício

Padre Bernardo

Planaltina

Águas Lindasde Goiás

Novo Gama

Cidade Ocidental

Damolândia Abadiânia

Alexânia

Corumbáde Goiás

Cocalzinhode Goiás

JaraguáItaguaru

JesúpolisSãoFranciscode Goiás

Petrolinade Goiás

Heitoraí

Formosa

Vila Boa

Cabeceiras

Mimoso de Goiás

Água Friade Goiás

São JoãoD'Aliança

São Luiz do Norte BarroAlto

Santa Ritado NovoDestino

Crixás

Estrelado Norte

Bonópolis

Mundo Novo

Nova Crixás

Uirapuru

SantaTerezinhade Goiás

CamposVerdes

Mozarlândia

Araguapaz

Aruanã

Itauçú

Itaguari

SantaRosade Goiás

Itaberaí

Americanodo Brasil

Buritide Goiás Mossâmedes

Novo Brasil

Jaupaci

Anicuns

São Luís deMontes Belos

Córrego do Ouro

Cachoeira de Goiás

Ivolândia

Moiporá

IsraelândiaIporá

Amorinópolis

Jandaia

PalminópolisPalmeirasde Goiás

Campestre de Goiás

TrindadeSantaBárbarade Goiás

Guapó

Aragoiânia

Abadia de Goiás

ÁguaLimpa Goiandira

Cumari

Anhanguera

Ouvidor

TrêsRanchos

Davinópolis

Represa deCachoeira Dourada

Repr esa deItumbiara

Repr esa deEmbocaçãoCaçu

Aparecida do Rio Doce

Chapadãodo Céu

Perolândia

SãoDomingos

Lagoa Santa

Gameleirade Goiás

Ipiranga de Goiás

Luziânia

Regionais

Niquelândia

Ceres Goianésia

Santo Antôniodo Descoberto

Anápolis

Goiás

Porangatu

Catalão

Piracanjuba

Cristalina

Goiatuba

Santa Helenade Goiás

Caiapônia

Piranhas

Mineiros

Hidrolândia

Aparecidade Goiânia

Valparaíso de Goiás

São Simão

Rubiataba

Regional 1 - OS IbracedsRegional 2 - OS FaespeRegional 3 - OS RegerRegional 4 - OS CegeconRegional 5 - OS Centeduc

ITEGO - Instituto Tecnológico

COTECs - Colégios Tecnológicos

Uruana

Taquaralde Goiás

Campo Limpode Goiás

Goiânia

G O V E R N O D O E S TA D O

Somos todos

GOIAS

Secretaria deEstado de

Desenvolvimentoe Inovação

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G O V E R N O D O E S TA D O

Somos todos

GOIAS

Secretaria deEstado de

Desenvolvimentoe Inovação