estudo dos mtempos e métodos

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ESTUDO DOS TEMPOS E MÉTODOS Alexandre Fernandes Machado [email protected]

Carlos Alberto Hueb [email protected] Orientador:ProfºLuiz Gimenes Jr. [email protected]

1 – INTRODUÇÃO Os estudos de tempos e métodos hoje se tornam cada vez mais importantes , devido à grande cobrança neste mundo globalizado , fazendo parte de um pacote requerido pelas empresas , com ênfase às necessidades de racionalização, produtividade e qualidade . A seguir , delinearemos os processos e seqüências mais utilizadas no intuito de se obter um estudo de tempo e as formas de se otimizar um método de trabalho . 2 - DEFINIÇÕES: - Estudo de tempos e métodos: é o

estudo sistemático dos sistemas de trabalho.

- Objetivo do estudo de tempos e métodos: desenvolver o sistema e o método preferido, padronizar este método, determinar o tempo necessário para uma tarefa, orientar o treinamento do trabalhador no método preferido.

- Aplicações do estudo de tempos e métodos: processos de fabricação das indústrias em geral, análises de trabalhos constantes como caixas de banco, supermercado e etc, desenvolvimento de práticas simplificadas na construção civil e onde a análise sistemática do trabalho se encaixar.

2.1 - Tempos - 2.1.1. Definição do estudo de tempos:

o estudo de tempos é usado na

determinação do tempo necessário para que uma pessoa qualificada, execute uma tarefa.

- 2.1.2.Equipamentos para o estudo de tempos: cronômetro decimal, máquina de filmar, máquina para registro de tempos, prancheta, tacômetro, régua de cálculos, folha de observações. exemplo: folha de cronometragem .

- 2.1.3.Finalidades do estudo de tempos: determinar programações e planejar trabalhos, determinar eficiência de máquinas, determinar tempos para cálculo de pagamentos de prêmios e salários.

- 2.1.4.Execução do estudo de tempos: exemplo: folha de cronometragem .

1) Obtenha e registre informações sobre

a operação e o operador em estudo; 2) Divida a operação em elementos e

registre uma descrição completa do método;

3) Observe e registre o tempo gasto pelo operador;

4) Determine o número de ciclos a ser cronometrado;

5) Avalie o ritmo do operador; 6) Verifique se foi cronometrado um

número suficiente de ciclos; 7) Determine as tolerâncias; 8) Determine o tempo padrão para a

operação. - 2.1.5.Tempo padrão: é uma função

quantidade de tempo necessário para desenvolver uma unidade de trabalho. Este tempo padrão deve ser tomado nas seguintes condições:

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a) Usando um método e equipamento dados b) Sob certas condições de trabalho; c) Por um trabalhador que possua uma quantidade específica de habilidade no trabalho e uma aptidão específica para o trabalho; d) Quando trabalhando em uma etapa na qual ultilizará, dentro de um período dado de tempo, seu esforço físico máximo, tal trabalhador pode desenvolver tal trabalho sem efeitos prejudiciais. - 2.1.6.Seleção da unidade de trabalho a

ser estudada: deve estar diretamente relacionada com a produção do trabalho, seja conveniente ao tempo, seja facilmente identificável e seja conveniente para programar e registrar a produção.

- 2.1.7.Regras para o estudo de tempo: Ø Definir um ponto inicial e final

facilmente detectável; Ø O tempo manual deve ser separado do

tempo da máquina; Ø O tempo interno deve ser separado do

externo. - 2.1.8. Procedimento do estudo de

tempos: Orientação básica: o chefe de estudo de tempos deverá revisar todos os estudos de tempos reais e aceitar a responsabilidade por sua confiabilidade. Será responsável por propor trocas no procedimento de estudo de tempos, mas deverá obter o consentimento do engenheiro-chefe da fábrica, para todas as revisões principais do procedimento. O chefe de estudo de tempos deverá observar para que todos os estudos de tempo sigam a prática padrão do estudo de tempos. 1. Notificar o operário e o supervisor que

vai ser feito o estudo e porquê.

2. O homem de estudo de tempos é responsável pela padronização do período de trabalho etc. Comprova o método de execução com o supervisor. Não emite ordens diretamente ao operário, trata através do supervisor a menos que ele, em sua presença, instrua o operário para que faça o trabalho da maneira solicitada.

3. Identifique a unidade de trabalho, a unidade com a qual medimos a produção. Divida o trabalho nos menores elementos que sejam práticos e executáveis para a medida precisa do tempo e que se conformem com os elementos de padrão. Escreva estes elementos detalhadamente no anverso da folha de estudos de tempos e numere-os. Abrevie estas descrições no reverso da folha para os tempos reais.

4. Anote na folha de estudo de tempos, a operação, o nome e o numero do relógio, detalhes das ferramentas e coisas tais como marca, modelo e número da série do equipamento ou as máquinas e todas as outras regras aplicáveis. Faça uma nota escrita de qualquer condição do equipamento ou do lugar de trabalho que afeta a operação.

5. Anote o tempo inicial dos registros atuais, atrás da folha de estudo de tempos e faça funcionar seu cronômetro. Anote o tempo em que cada elemento termina, no espaço proporcionado ao lado de cada descrição do elemento.

6. Permita que o relógio continue funcionando e registre repetidamente o tempo requerido para completar cada elemento. Anote a leitura do relógio e a descrição para qualquer elemento estranho que suceda durante o curso do estudo. Faça notas relativas aos elementos estranhos no canto inferior direito da

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folha de estudo de tempos. Use símbolos de padrão sempre que for possível.

7. Antes de deixar o trabalho qualifique a velocidade do operário e faça uma relação das dificuldades inerentes a cada elemento.

8. A etapa seguinte consiste em subtrair cada leitura elementar do relógio da leitura precedente para obter o tempo real requerido para esse elemento.

9. Calcule o tempo médio observado para cada elemento. Isto é, a soma dos valores de tempo individuais dividida entre o número de valores. Se o elemento não ocorre por cada unidade de trabalho, indique o divisor de rateio adequado.

10. O tempo médio para cada elemento é multiplicado então pela qualificação. O resultado é o tempo qualificado por rapidez, para cada elemento.

11. Quando no trabalho são envolvidos pesos ou resistências de mais de 9 kg, calcula-se a porcentagem do ciclo tomado para cada tempo elementar qualificado. Fazem-se os ajustes por dificuldade. O tempo qualificado para cada elemento é multiplicado por 1,oo mais a correção total por dificuldade para o elemento, expressada como decimal. Este produto é o tempo base.

12. Somam-se os créditos para obter o tempo padrão total para cada elemento do estudo de tempos.

13. O tempo-padrão por unidade está em minutos. Ë necessário convertê-lo em horas padrões por 100 ou melhor por 1000 unidades. Isto é feito multiplicando-se por 100 ou por 1000 e dividindo-se por 60.

14. A produção por hora ou os requisitos por hora são encontrados dividindo as horas padrões por 100 unidades, entre 100, ou por 1000 unidades, entre 1000.

15. A tarefa em peças, por 100 ou por 1000 peças, portarifa base aplicável às operações. O tempo-padrão para os

planos de tempo-padrão é encontrado multiplicando o tempo unitário pelos valores apropriados.

16. O estudo de tempos deve ser aprovado pelo supervisor de estudo de tempos antes de sua publicação .

17. O estudo de tempos será usado para publicar: a) instruções e distribuição; b) notificação da tarifa por peça de trabalho. 18. Nos casos de falha para completar a produção padrão: a) Devemos preparar um estudo de comprovação de produção e apresentar uma observação. b) Devemos sustentar uma junta com o supervisor do departamento para discutir o problema. Referente ao tópico 2.1.2., não existe a necessidade de todos os equipamentos juntos para um estudo.

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2.1.9 - Fluxo para Procedimento de Estudos de Tempo

Obs: item 4 do fluxo pode ser só identificado, não há necessidade de ser descrito. Item 10 só é calculado se existir perda na cronometragem. Item 12 deve ser feito para efeito de calculo de produção. Item 13 e 14 são fases de desenvolvimento interno na empresa. 3 - MÉTODOS

- 3.1. Definição de método: é um processo sistemático de solução de problemas para ajudar na determinação do processo ideal. Necessidade de um método: no momento que um novo produto ou

serviço esta sendo projetado, que existe a possibilidade de usar um projeto de método melhorado, contudo a experiência comprova que o método perfeito não existe, mas sempre existem oportunidades para melhorar. - 3.2.Fatores de influência dos métodos:

mão-de-obra, volume, quantidade, material, maquinário, lay-out.

- 3.3.Objetivos do método: reduzir custo, conforto ao operador, melhorar fluxo de matéria-prima.

- 3.4.Melhoria ou desenvolvimento de um método:

a) melhoria: na pesquisa para um método

melhor , o analista não deve ser influenciado pelo método ideal. Para evitar o problema, o analista deve reconsiderar o problema sob todos os

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NOTIFICAR OS ENVOLVIDOS

PADRONIZAR A OPERAÇÃO

ESCOLHER A UNIDADE DE TEMPO

IDENTIFICAR OS POSTOS

SEQUÊNCIA DE CRONOMETRAGENS

AVALIAR O RENDIMENTO

CIRCULAR O TEMPO REAL

CALCULAR O TEMPO MÉDIO

TEMPO MÉDIO X RENDIMENTO

CALCULAR TEMPO DE RECUPERAÇÃO

CALCULAR TEMPO PADRÃO

TRANS. DE MIN. PARA HORAS

APROVAÇÃO PELO SUPERIOR

PUBLICAÇÃO DO EST. DE TEMPO

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pontos de vista para conseguir o seu objetivo antes de simplesmente tentar introduzir melhorias no método em estudo.

b) Desenvolvimento : devemos

considerar o assunto desenvolvendo, as soluções possíveis entre as quais será escolhido o melhor projeto de métodos:

1) eliminar o trabalho desnecessário; 2) combinar operações ou elementos; 3) modificar a sequência das

operações; 4) simplificar as operações essenciais. Ø o melhor método para simplificar

uma tarefa é planejar um meio que permita obter o mesmo ou melhor resultado sem gastar nada.

Como procedimento ideal para desenvolvimento de um método devemos : 1) Fazer um levantamento de tudo que

pode ser levantado em relação ao trabalho;

2) Fazer uma análise de operações, fazendo uma folha de verificação com perguntas específicas e detalhadas do trabalho.

a) Pode ser usado um material mais barato?

b) O material trazido ao operador apresenta uniformidade e encontra-se em condições adequadas?

c) Qual o peso, dimensões e acabamento do material?

d) Usa-se o material em tempo integral dentro do processo?

e) Pode-se reduzir o número de vezes em que o material é movimentado?

f) Pode-se encurtar a distância transportada?

g) As caixas para transportes são adequadas ? As ferramentas

empregadas são as mais adequadas ? h) Estão as ferramentas em boas

condições? i) Deve a máquina ser operada pelo

próprio operador? j) Pode-se eliminar a operação ? k) Pode-se combinar operações? l) O operador é qualificado física e

mentalmente para a execução da operação ?

m) Pode-se eliminar fadiga desnecessária através de uma mudança de ferramentas?

n) É o salário adequado para a operação?

o) A supervisão é satisfatória? p) As condições de iluminação, calor e

ventilação são satisfatórias para este trabalho?

q) Há riscos desnecessários na execução da operação?

Ø como observado as perguntas que os

analistas devem fazer são subdivididas em blocos de fases de operação, analisando itens específicos:

- materiais; - manuseio; - ferramentas, dispositivos e gabaritos; - máquina; - operação; - operador; - condições de trabalho. 3) A partir do momento de que todos, os itens foram seguidos devemos desenvolver o melhor método. Ø para auxiliar em todas as fases do

desenvolvimento do método existem uma série de estudos mais aprofundados como por exemplo o estudo dos micromovimentos, filmagens, uso dos movimentos fundamentais das mãos, princípios de economia de movimentos e etc, necessitando o analista algum destes estudos deverá fazer análise mais profunda.

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4) Para finalizar o método devemos padronizá-lo e colocá-lo em prática.

MÉTODOS

MÃO DE OBRA MATERIAL

LA - OUT QUANTIDADE

FATORES DE

INFLUÊNCIA

MÁQUINÁRIO

CONFORTO AO

OPERADOR

MELHORAR FLUXO

REDUZIR CUSTO

MELHORIA OU DESENVOLVIMENTO

DE UM MÉTODO SIMPLIFICAR AS

OPERAÇÕES ESSENCIAIS

VOLUME

ELIMINAR O TRABALHO

DESNECESSÁRIO

COMBINAR AS OPERAÇOES OU

ELEMENTOS

MODIFICAR A SEQUÊNCIA

OJETIVOS DO MÉTODO