estudo do setor de reforma - final

57
Soluções estratégicas em economia

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Versão final do Estudo do Setor de Reforma, realizado pela LCA Consultores

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Page 1: Estudo do Setor de Reforma - final

Soluções estratégicas em economia

Page 2: Estudo do Setor de Reforma - final

Estruturação do mercado de reformas

no Brasil

Diagnóstico e Diretrizes

São Paulo, junho de 2012

Page 3: Estudo do Setor de Reforma - final

3

Propor diretrizes para a estruturação do mercado de reformas no Brasil, com base na situação atual e perspectivas para a economia brasileira e na experiência internacional.

Objetivo

Este trabalho considera Reforma

como sendo melhorias

habitacionais que incluam desde

alterações estruturais (ampliação

de cômodos; alteração de

telhado, piso, parede, por

exemplo) até apenas pintura e

revestimento. Não inclui, portanto, a solução de áreas de risco (não há previsão de alteração de endereço, por exemplo)

Definição de Reforma

Page 4: Estudo do Setor de Reforma - final

Sumário Executivo

4

Importância

Desafios

Diagnóstico

Diretrizes

Mercado de reforma é importante para o país tanto pela agenda social (superação do déficit habitacional e aumento da qualidade de vida), quanto pelo aumento efetivo e potencial do mercado (aumento do estoque de habitações).

Melhoria habitacional enfrenta 2 grandes desafios: quantitativo (ampliação do mercado) e qualitativo (reforma com qualidade): crédito continuado para materiais e mão de obra

Diversas medidas já foram tomadas e linhas de crédito criadas para incentivar o mercado, entretanto, reforma ainda está muito aquém do necessário e desejável.

Campanha envolvendo setor público, setor privado e sociedade civil a fim de concentrar informação sobre importância da melhoria habitacional e instrumentos e oportunidades disponíveis para reformar com qualidade.

Page 5: Estudo do Setor de Reforma - final

1. Economia brasileira

2. O setor habitacional no Brasil

3. Reforma habitacional no Brasil

4. Mercado de Reforma: Experiência internacional

5. Diretrizes para a estruturação do mercado de reforma no Brasil

Estrutura do Trabalho

Estruturação do mercado de reformas no Brasil

Page 6: Estudo do Setor de Reforma - final

1. Economia brasileira

2. O setor habitacional no Brasil

3. Reforma habitacional no Brasil

4. Mercado de Reforma: Experiência internacional

5. Diretrizes para a estruturação do mercado de reforma no Brasil

Estrutura do Trabalho

Estruturação do mercado de reformas no Brasil

Page 7: Estudo do Setor de Reforma - final

Crescimento deixa de ser intermitente

Aumento da demanda global por commodities e fluxo positivo de investimentos externos aumentaram as reservas

internacionais em poder do Banco Central

Estabilização e cenário internacional possibilitaram ciclo de expansão entre 2004 e 2008

2005 840,7

Fonte: Banco Mundial

2004 a 2008: ciclo de expansão mais

duradouro desde a década de 70

Crescimento médio do PIB de

4,6%

PIB per capita avançou a um

ritmo de 3,6% ao ano

Crescimento do PIB (%)

Fon

te: I

BG

E. E

lab

ora

ção

: LC

A.

7

4,3

1,3

2,7

1,1

5,7

3,2

4,0

6,1

5,2

-0,3

7,5

-1,0

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

7,0

8,0

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

Page 8: Estudo do Setor de Reforma - final

4,0% a.a.

Perspectivas: Crises financeiras recentes não afetaram expectativa de crescimento nos próximos anos

Crise financeira mundial

de 2008

PIB brasileiro recuou 0,3%

em 2009, mas houve

retomada do crescimento no

ano seguinte

Avanços dos fundamentos

macroeconômicos

permitiram a adoção de

políticas anticíclicas como

redução da taxa de juros

Crise da dívida europeia

Crescimento nacional foi de

2,7% em 2011 e espera-se

avanço de 2,2% em 2012

Expectativa é que a economia brasileira tenha crescimento médio de 4,0% a.a. entre 2012 e 2022

Fonte: IBGE. Elaboração: LCA. *Projeção: LCA.

Crescimento do PIB (%)

8

5,2

-0,3

7,5

2,72,2

4,9

4,0 4,13,7 3,9

-1,0

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

7,0

8,0

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

*

20

13

*

20

14

*

2015

*

20

16

*

20

17

*

2018

*

20

19

*

20

20

*

20

21

*

20

22

*

Page 9: Estudo do Setor de Reforma - final

Mobilidade social: ascensão da nova classe média

Classes D/E representavam 48% dos domicílios em

2006

Em 2011, sua participação foi de

35%

Mais da metade dos domicílios constituía a classe C em 2011, a

projeção é que em 2020 essa camada represente 68% da

população

Distribuição dos domicílios por classe social

Fonte: LCA com base nos dados do IBGE. *Estimativa e projeção: LCA.

Aumento da renda acompanhado de melhora da distribuição e maior disponibilidade de crédito fizeram

com que milhões de famílias brasileiras passassem a ter maior acesso a novos produtos e serviços

22% 14% 11% 7%

26%

21%17%

9%

43%53%

58%68%

9% 12% 13% 17%

2006 2011* 2014* 2020*

Classe E Classe D Classe C Classes A/B

9

Page 10: Estudo do Setor de Reforma - final

1. Economia brasileira

2. O setor habitacional no Brasil

3. Reforma habitacional no Brasil

4. Mercado de Reforma: Experiência internacional

5. Diretrizes para a estruturação do mercado de reforma no Brasil

Estruturação do mercado de reformas no Brasil

Page 11: Estudo do Setor de Reforma - final

Conjuntura macroeconômica e ações de estímulo têm impacto positivo no crédito habitacional

Crédito em 2011 foi 8,5 vezes maior que em

2005

Em 2005, apenas 46% do crédito habitacional provinha dos recursos

da poupança

Em 2011, a participação da

poupança no crédito imobiliário foi de 68%

Financiamento imobiliário com recursos da poupança e do FGTS*

(em R$ bilhões de 2011)

7 11 12 17 2037 386 12

2335

38

6080

0

20

40

60

80

100

120

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

SBPE

FGTS

14 23 35

58

97

118

52

Fontes: BCB e CEF/FGTS. Elaboração: LCA. *SBPE – Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo: inclui crédito para aquisição de imóveis novos e usados e para construção de imóveis por pessoa jurídica ou física. FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço: inclui empréstimo para imóveis novos e usados.

11

Page 12: Estudo do Setor de Reforma - final

Entretanto, ainda há espaço para expansão do crédito habitacional no Brasil

Outras economias em desenvolvimento, como China, México e Chile,

possuem maior oferta de crédito habitacional

Crédito habitacional como proporção do PIB (%)

Fonte: Apresentação do representante do Departamento de Normas do Sistema Financeiro – Denor do BCB, realizada no 2º Congresso Nacional de Promoção

de Crédito no dia 18 de outubro de 2011. Elaboração: LCA. *Dados para o Brasil: BCB – dez/2011.

72,7

65,562,0

37,4 36,7

30,6

24,3

14,0 13,0 12,5

6,0 4,82,4

0

10

20

30

40

50

60

70

80

EUA Portugal Espanha França Coréia

do SulÁfrica

do SulJapão Chile China México Índia Brasil Rússia*

12

Page 13: Estudo do Setor de Reforma - final

Crédito deve continuar em expansão no Brasil

Crédito como proporção do PIB (%)

Crédito habitacional deve alcançar 15% do PIB em 2022

Fon

te: B

CB

– In

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e li

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Ela

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o: L

CA

.*P

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ção

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A.

13

18 1929 33

43510

1518

23

52

5 10

15

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12*

20

13*

20

14*

20

15* ..

.

20

22*

Pessoa Jurídica Pessoa Física Habitação

28

...

31

4962

82

Page 14: Estudo do Setor de Reforma - final

1. Economia brasileira

2. O setor habitacional no Brasil

3. Reforma habitacional no Brasil

4. Mercado de Reforma: Experiência internacional

5. Diretrizes para a estruturação do mercado de reforma no Brasil

Estruturação do mercado de reformas no Brasil

Page 15: Estudo do Setor de Reforma - final

Benefícios da reforma: aspectos sociais e de saúde

Abrigo, garantia de segurança, armazenamento e consumo dos alimentos, uso dos recursos da higiene

pessoal e saneamento, desenvolvimento da família,

entre outros

Iluminação natural, acústica e qualidade do ar inadequadas estão relacionadas com

problemas diversos como proliferação de fungos, stress e doenças respiratórias

Alta densidade de moradores contribui para a disseminação de doenças contagiosas

Reforma que melhore a estrutura física das habitações, através do uso de revestimentos adequados, boa circulação de ar, incidência

solar apropriada deve ter impacto positivo em vários aspectos

Fonte: Departamento de Saneamento e SaúdeAmbiental, Escola Nacional de Saúde Pública, Fiocruz. 2004.

Fonte: Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), apud ROJAS et al(2008).

15

Page 16: Estudo do Setor de Reforma - final

Déficit habitacional e inadequação somavam 21,1 milhões de domicílios em 2009

Reforma tem papel importante para reduzir déficit habitacional

Considerando expansão da

infraestrutura básica, reforma reduzirá 22% do déficit habitacional e inadequação* (4,6

milhões de domicílios)

Fonte: metodologia FJP aplicada a dados da PNAD/2009. Elaboração: LCA.

* Que representam 1,9 milhão de moradias rústicas (sem paredes de alvenaria ou madeira aparelhada) ou com inadequações que podem ser resolvidas com reforma e 2,7 milhões de moradias rústicas ou com inadequações que além de reforma, carecem de infraestrutura (energia, coleta de lixo, esgotamento sanitário e abastecimento de água).

16

Domicílios com infraestrutura/serviços

básicos (%)

Fonte: Censo 2010. Elaboração: LCA.

3%

6%

18%

47,2

77,8

96,0

55,5

82,8

98,9

Esgotamento Sanitário Água encanada Iluminação

2000 2010

Page 17: Estudo do Setor de Reforma - final

2,5 mi

13,5 mi

Reforma permite crescimento das cidades com maior sustentabilidade:

Redução do tempo de deslocamento entre casa e trabalho – menor emissão de CO2

Melhor aproveitamento da infraestrutura já instalada (saneamento básico e transporte público, por exemplo)

Déficit habitacional rural e urbano

Inadequação de domicílios e déficit habitacional em 2009: rural e urbano

Fonte: metodologia FJP aplicada a dados da PNAD/2009. Elaboração: LCA.

7,6 mi

21,1 milhões de domicílios

Rural Urbano

2,1 mi

4,6 milhões de domicílios

17

Além de necessidade de reforma na área urbana ser mais representativa (54%), ação ganha maior importância na

solução do déficit, por conta da escassez de terrenos disponíveis nas cidades

Page 18: Estudo do Setor de Reforma - final

2.132*

Considerando que as habitações depreciem a uma taxa de 1,5% a.a., o

volume anual de investimento necessário apenas para recompor a

depreciação chegaria a R$ 32 bilhões – o que seria

equivalente a 63% da autogestão* de 2009

*35% do PIB da Construção Civil em 2009. Contempla gastos com novas unidades, ampliação e melhorias, gastos de empresas no varejo da construção civil, além de reformas para repor depreciação

Além de compor solução para déficit habitacional, reforma precisa avançar na economia por conta do aumento do estoque de habitação

18

Estoque bruto de capital residencial

(R$ bilhões de 2009)

Fonte: Ipea. Elaboração: LCA.

Estoque bruto de capital cresceu 2,6% a.a. entre 2001 e 2009, necessidade de recursos para recomposição

do estoque de capital residencial depreciado é crescente

* Dado de 2009: estimativa LCA

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

19

53

19

57

19

61

19

65

19

69

19

73

19

77

19

81

19

85

19

89

19

93

19

97

20

01

20

05

20

09

Page 19: Estudo do Setor de Reforma - final

Há outros fortes indícios de que reforma está aquém do mercado potencial

82% da população das classes D/E

declaram necessidade de

reforma no domicílio e

menos da metade gastou com material de

construção e serviço de reforma

Necessidade e gasto com reforma por classes de renda

*Fonte: LatinPanel , dados de 2008. **Fonte: POF 2008/2009. Elaboração: LCA.

Fonte: LatinPanel, dados de 2008 e POF 2008/2009.

Há distância significativa entre a necessidade e o gasto efetivo em

reforma

71%

42%

77%

39%

82%

31%

Necessidade de Reforma Domicílios que gastaram com reforma

classes A/B Classe C Classes D/E

*

**

19

Page 20: Estudo do Setor de Reforma - final

Reforma tem componentes sociais e de mercado relevantes

Mercado potencial:

Há fortes indícios de que reforma está aquém do necessário:

−Gasto com reforma para recompor depreciação de imóveis é equivalente a 62% do total da autogestão – forte indício de que recursos de autogestão não estão sendo alocados de forma a atender a essa necessidade

− Indícios de que há distância entre a necessidade de reforma habitacional das famílias e os gastos efetivos com reformas

Déficit Habitacional:

Reforma é componente importante para redução do déficit e inadequação (22% pode ser resolvido com reforma aliada à expansão de serviços públicos)

Sobretudo no que diz respeito à situação urbana, a reforma é essencial, pois há escassez de terrenos para construção de novas unidades habitacionais

Importância de estruturar mercado de reforma

20

Page 21: Estudo do Setor de Reforma - final

1. Economia brasileira

2. O setor habitacional no Brasil

3. Reforma habitacional no Brasil

4. Mercado de Reforma: Experiência internacional

5. Diretrizes para a estruturação do mercado de reforma no Brasil

Estruturação do mercado de reformas no Brasil

Page 22: Estudo do Setor de Reforma - final

Argentina: Financiamento a famílias sem acesso ao mercado de crédito

Possui Equipes de Gestão de Projeto formadas por responsáveis técnicos e

sociais que fiscalizam até 40 obras por vez

Orçamento deve ter avaliação prévia da

secretaria competente

Empresas executoras têm de passar por licitação

Programa Federal Mejor Vivir

80% das moradias necessitavam de melhorias ou expansões

Programa criado em 2004 visava a melhoria de aproximadamente 1% das moradias

Ações visam moradias com carência em ao menos um dos seguintes pontos:

Instalação sanitária

Abastecimento de água

Acabamento adequado de pisos, paredes e telhados

Número de cômodos adequado

Em dezembro de 2011 havia 75,9 mil reformas concluídas e 34,7 mil em

execução 22

Page 23: Estudo do Setor de Reforma - final

México: programas de crédito subsidiado

Subsídios para reforma da moradia e regularização da

propriedade

Exigida poupança prévia de 5% do valor do projeto

Beneficiário não pode ser proprietário de outro imóvel ou

já ter recebido algum subsídio habitacional

Subsídios para melhorias e reformas – Governo

México (R$ milhões)

Fon

te: C

ON

AV

I. E

lab

ora

ção

: LC

A.

Objetivos

Promover o acesso da população de menor renda ao financiamento habitacional

Redução do déficit habitacional qualitativo

42.783 reformas de 2008 a 2010

Programa Ésta es tu casa

36,5

96,9

46,8

103,3

49,6

2007 2008 2009 2010 2011 - 1º sem23

Page 24: Estudo do Setor de Reforma - final

Programa de Protección del Patrimonio Familiar

Subsídio para reparação e melhoria da moradia

Abrange obras de segurança, habitabilidade, manutenção, dentre outras

Exige assistência técnica, empreiteiro registrado e licença para construção para conceder benefício

Projeto deve ser aprovado previamente pela Secretaria regional de serviços e habitação e urbanização

Chile: programa de subsídio direto

Mudança de foco a partir de 2006:

aumento do incentivo à reforma, mas sem

abandonar o financiamento de novas construções

Destaca-se o Programa de

Protección del Patrimonio Familiar,

responsável por mais de 80% dos subsídios

no setor

Subsídios para melhorias e reformas (R$ milhões)

Fon

te: M

INV

U. E

lab

ora

ção

: LC

A.

2,0 2,9 4,0 2,7 2,7 2,218,9

107,8

362,6388,6

331,8

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

24

Page 25: Estudo do Setor de Reforma - final

1. Economia brasileira

2. O setor habitacional no Brasil

3. Reforma habitacional no Brasil

4. Mercado de Reforma: Experiência internacional

5. Diretrizes para a estruturação do mercado de reforma no Brasil

Estruturação do mercado de reformas no Brasil

Page 26: Estudo do Setor de Reforma - final

Pilares para a estruturação do mercado de reforma no Brasil

Continuidade dos recursos

Reforma legal

Valorização da qualidade

26

Déficit habitacional e

aumento do estoque

de habitações

impõem esforço

constante para o

mercado de reformas

no Brasil

Page 27: Estudo do Setor de Reforma - final

Recursos: situação atual

Falta de acesso à informação sobre linhas de crédito existentes

Linhas de crédito já disponíveis podem ser mais acessadas se adequadamente divulgadas

Exemplo – Linhas de crédito da Caixa Econômica Federal:

Construcard – FGTS

Construcard – Caixa

Carta de crédito – SBPE

Carta de crédito individual – FGTS

FIMAC (Financiamento de Material de Construção) – FGTS, entre outros.

27

Page 28: Estudo do Setor de Reforma - final

Recursos: situação atual

Há necessidade de ampliação de crédito

Linhas focam material de construção: crédito

para mão de obra é menos acessível

Há indícios de que gastos com reforma estão aquém do necessário: gastos para recompor, melhorar e expandir estoque residencial podem ser ampliados com expansão de crédito

Lojas de material de construção podem ser ponte entre o banco e o consumidor

Faltam garantias para viabilizar o aumento do

volume de microcrédito para reforma Construir mecanismo que viabilizem a entrada de bancos médios no

mercado de reforma

28

Page 29: Estudo do Setor de Reforma - final

Ação: divulgação e manutenção das linhas já existentes

Cartilha para informar a população os incentivos já existentes, bem como os benefícios que a reforma pode proporcionar em termos de saúde e bem-estar, além da importância de contratar profissionais qualificados

Linhas de crédito existentes para o setor devem ser mantidas para viabilizar a expansão do mercado: necessidade crescente de reforma impõe manutenção dos incentivos já existentes

Elaboração de material educativo sobre os benefícios da reforma e divulgação das linhas de crédito existentes para reforma e ampliação da moradia

Comunicação pode ser elaborada pela iniciativa privada para ser distribuída em lojas de material de construção, além de bancos que

oferecem crédito, como a CEF e potencializada com comunicação Federal

29

Page 30: Estudo do Setor de Reforma - final

Ação: Fomento do mercado de crédito para reforma

Facilitação e barateamento da alienação fiduciária para que a casa possa ser utilizada como garantia em empréstimos para reforma

Proposições visam a aumentar o número de famílias com acesso ao mercado de crédito

Altos custos de alienação impossibilitam o uso da casa como garantia em pequenos empréstimos

Criação de Fundo de aval para microcrédito

Fundo de aval permite a complementação das garantias no empréstimo

tomador pagaria uma taxa adicional para participar do fundo

30

Page 31: Estudo do Setor de Reforma - final

Pilares para a estruturação do mercado de reforma no Brasil

Mercado de reforma precisa ser

estruturado de maneira formal e com

incentivos à regularização fundiária

(valorização do patrimônio familiar)

Continuidade dos recursos

Reforma legal Valorização da

qualidade

31

Page 32: Estudo do Setor de Reforma - final

Formalização: Situação atual

2,4 milhões de domicílios carecem de

regularização fundiária*

Solução privada (regularizador social)

necessita de crédito para viabilizar

aumento da escala

Já existe legislação para viabilizar adequação fundiária, entretanto, poderia haver maior divulgação dos processos e mecanismos facilitadores

poderiam ser criados

*Morador do domicílio tem a propriedade da moradia, mas não a do terreno (ou da fração ideal de terreno no caso de apartamento). Fonte: LCA com base na PNAD 2009.

32

Page 33: Estudo do Setor de Reforma - final

Ação: incentivos para regularização fundiária e do imóvel

Maior facilidade na obtenção dos documentos

necessários para conseguir

financiamento

Divulgação das exigências e iniciativas, como mutirão cartorário

Escolha de comunidades/ bairros com parcela significativa de domicílios irregulares

Difundir (entre público e autoridades) Leis como Estatuto da Cidade que facilitam a regularização

Lei estabelece regras diferentes em casos de interesse social

Divulgação e apoio ao regularizador social

Divulgação da atividade de regularizador social: mediação de conflitos entre proprietário e residentes para dar celeridade ao acordo entre partes

33

Page 34: Estudo do Setor de Reforma - final

Ação: Aumento do crédito para regularização fundiária

Necessário aumentar o crédito para regularização de fácil acesso à população Aumento dos indivíduos com acesso à recursos de bancos comerciais, diminui necessidade do regularizador social como agente financiador

Criação de linhas de crédito subsidiado para regularizadores sociais

permite aumento da escala do serviço e, consequentemente, o atendimento de mais áreas

Financiamento a empresas de regularização social e a indivíduos

34

Page 35: Estudo do Setor de Reforma - final

Pilares para a estruturação do mercado de reforma no Brasil

Estruturação do mercado de reforma

precisa ser acompanhado da

valorização da qualidade: mão de

obra qualificada acessível a todo o

mercado

Continuidade dos recursos

Reforma legal Valorização da

qualidade

35

Page 36: Estudo do Setor de Reforma - final

Qualidade: Diagnóstico

Escassez de mão de obra

Carência de qualificação dos profissionais

Falta de acesso à informação sobre programas de qualificação já existentes

Como incentivar a adesão de novos profissionais e tornar a profissão constantemente atraente?

Como incentivar reformas com qualidade? 36

Pouca valorização da qualidade de projetos e materiais de construção

Page 37: Estudo do Setor de Reforma - final

Ação para qualificação: Divulgação de iniciativas existentes para qualificar a mão de obra no setor

Exemplo: PRONATEC (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego)

O programa foi criado ao final de 2011 com objetivo de expandir, interiorizar e

democratizar a oferta de cursos de Educação Profissional e Tecnológica

– Prevê a criação de 8 milhões de vagas em quatro anos, até abril/2012 haviam sido criadas 141 mil

– Público alvo: estudantes e trabalhadores com diversos níveis de escolaridade

– Até 2014, deverão ser investidos R$ 24 bilhões

Diversos cursos diretamente ligados à construção, por exemplo: cursos de mestre

de obras, instalador hidráulico residencial, pedreiro de alvenaria estrutural,

aplicador de revestimento cerâmico, entre outros.

Diversas iniciativas do sistema S

Divulgação de programas governamentais de qualificação para que profissionais da área aprendam novas técnicas e haja atração de mão de obra para o setor

37

Page 38: Estudo do Setor de Reforma - final

Ação para valorização: Certificação de profissionais do setor

Realização de avaliações pelo sistema S e pela rede Certific do MEC para cada

função, certificando o profissional que já atua no setor, mesmo que não tenha

passado por qualificação formal

Aumento da rede Certific: maior número de instituições participantes e

divulgação mais ativa viabiliza mais certificações

Divulgação dos profissionais certificados em sites públicos (exemplo: rede Certific)

e privados (exemplo: SOS aqui e Pintor Profissional - ABRAFATI)

Certificação dos profissionais do setor, atestando conhecimentos da mão de obra que opera no setor

38

Page 39: Estudo do Setor de Reforma - final

Ação para Formalização: Divulgação de benefícios e facilidades a microempreendedores

Divulgação e estímulo à adesão de municípios à REDESIM – Rede Nacional para Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios Mecanismo que unifica o cadastro de dados e documentos para a formalização de

empreendedores individuais (redução da duração do processo de 150 dias para 30 dias)

Municípios que aderem ao programa contam com centrais de atendimento que auxiliam no registro, dando informações à população e operacionalizando cada pedido

Divulgação de outros benefícios existentes, por exemplo, a contribuição previdenciária menor de microempreendedores e a tributação do Simples Nacional Contribuição previdenciária do Microempreendedor individual é de 5% do salário-

mínimo (R$ 27,25)

Simples Nacional proporciona carga tributária menor e progressiva de acordo com a receita da empresa, as duas menores faixas, por exemplo, têm tributação abaixo de 10%

1ª faixa Até R$ 120.000 6,0%

2ª faixa De R$ 120.000,01 a R$ 240.000 8,2% 39

Page 40: Estudo do Setor de Reforma - final

Crédito para mão de obra: Proposição para aumentar formalidade e qualificação no setor

Proposição

Aliar benefícios de microempreendedores formalizados a programas de qualificação de mão de obra

Ação Oferta de microcrédito e aumento dos incentivos fiscais para microempreendedores com mão de obra qualificada/certificada por iniciativas como o PRONATEC, sistema S, Pintor Profissional – ABRAFATI, entre outros

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Page 41: Estudo do Setor de Reforma - final

Como incluir a contratação de mão de obra em financiamentos?

Crédito condicionado a certificações, por exemplo, profissionais envolvidos na obra devem ser formados pelo PRONATEC ou certificados por outras iniciativas (Exemplo: ABRAFATI – pintor profissional, Rede Certific etc.)

Proposição: Crédito para mão de obra

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Governo deve ter banco de dados público com profissionais certificados que a população pode contratar utilizando crédito de bancos públicos e privados

Page 42: Estudo do Setor de Reforma - final

Ação para viabilizar oferta de Assistência Técnica gratuita para famílias com renda de 0 a 3 salários mínimos

Uso de recursos do FNHIS (Fundo

Nacional de Habitação de Interesse

Social) para assistência técnica de

acordo com Lei 11.888/08

Famílias com renda de até 3 salários

mínimos, ao fazerem empréstimo

ou tomarem microcrédito para

reforma, recebem Assistência

Técnica de rede credenciada

Recursos são repassados ao banco

que remunera os profissionais

cadastrados na rede nacional

Uso de horas de trabalho como

opção de pagamento ao FIES

(como já é o caso para médicos e

professores que trabalham na rede

pública *) para arquitetos e

engenheiros

pode aumentar o número de

profissionais disponíveis para

prestar serviços de Assistência

Técnica à população de 0 a 3

salários mínimos.

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Disponibilização de recursos Viabilização dos profissionais

*abatimento de 1% da dívida por mês trabalhado – Lei nº 12.202/10

Page 43: Estudo do Setor de Reforma - final

Ação para aumento da qualidade: projeto e material

Incentivo à realização de projetos por profissionais qualificados:

Garantia de segurança da edificação e qualidade da obra

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Incentivo ao uso de materiais em conformidade técnica e certificação de lojas de material de construção (ABNT):

Garantia de atendimento ao cliente e qualidade do material vendido

Importância da qualidade da moradia e urbanização devem fazer parte da educação do cidadão

Introdução de discussão sobre o assunto no Ensino Fundamental e Ensino Médio

Page 44: Estudo do Setor de Reforma - final

Estruturação do mercado de reforma no Brasil

Continuidade dos recursos

Reforma legal Valorização da

qualidade

Campanha:

Reforma Brasil

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Page 45: Estudo do Setor de Reforma - final

1. Economia brasileira

2. O setor habitacional no Brasil

3. Reforma habitacional no Brasil

4. Mercado de Reforma: Experiência internacional

5. Diretrizes para a estruturação do mercado de reforma no Brasil

6. Anexos

Estruturação do mercado de reformas no Brasil

Page 46: Estudo do Setor de Reforma - final

Ainda há elevada desigualdade no acesso a serviços públicos

Atendimento de serviços básicos varia

entre regiões

Apesar do avanço na provisão de serviços públicos, carências ainda são muitas –

necessidade de investimentos públicos

Elaboração de políticas de desenvolvimento sevem ser condizentes com as diferentes

necessidades

Fonte: Censo 2010. Elaboração: LCA.

Domicílios com ligação à rede de água (%)

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Page 47: Estudo do Setor de Reforma - final

Setor de habitação vem recebendo diversos estímulos desde 2004

Lei nº 10.931/04 Maior segurança jurídica com a alienação fiduciária de imóveis

Resolução nº 3.177/04 do CMN (atualizado na Resolução nº3932/10)

Estímulo ao crédito habitacional (Os bancos que não converterem no mínimo 65% dos recursos da poupança em crédito habitacional deverão sofrer penalidades pelo CMN)

Lei nº 11.124/05

Criação do Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social (SNHIS) e do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS), com o objetivo de centralizar e gerenciar os recursos para o SNHIS

Leis nº 11.977/09 e 12.424/11 Instituem o Programa Minha Casa, Minha Vida, definindo as faixas de renda atendidas e as condições do crédito

Resolução nº184/12 do Conselho Curador do Fundo de Desenvolvimento Social

Estabelece metas para aplicação dos recursos do Fundo de Desenvolvimento Social no Programa Minha Casa Minha Vida – entidades em 2012 (R$ 850 milhões)

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Page 48: Estudo do Setor de Reforma - final

Programas específicos para reforma são regionais

Melhoria das Condições de Habitabilidade - Fundo

Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS)

– Repasse a gestores de estados e municípios para

assentamentos precários operado pela Caixa

Algumas secretarias estaduais desenvolvem programas,

por exemplo:

São Paulo: Programa Especial de Melhorias (PEM)

– Atende famílias com renda entre 1 e 5 s.m.

– recursos da Secretaria da Habitação estadual, a fundo

perdido, com previsão de contrapartida municipal

Tocantins: Cartão Moradia

– Fonte de recurso: ICMS estadual

– Atende famílias com renda de até 3 s.m.

– Famílias com renda entre 3 e 6 s.m. podem receber até 60

% do valor global da obra

Rio Grande do Norte: Cartão Reforma

– Atende famílias com renda per capita familiar igual ou

inferior a ½ s.m.

– Recursos de até R$1.500,00

Decreto que institui Minha Casa, Minha Vida estabelece a

reforma como uma das finalidades

No entanto, melhorias não são enquadradas

no MCMV*

*Fonte: Site da Caixa Econômica Federal 48

Page 49: Estudo do Setor de Reforma - final

Estes gastos contemplam diversos

tipos de obra realizados por famílias

ou empresas, expressos no gráfico

ao lado

Gastos com autogestão somaram R$51 bilhões em 2009

A autogestão representou cerca de 35% do PIB da Construção Civil*

* O PIB do setor foi de R$ 146 bilhões e o valor adicionado pelas construtoras foi

de R$95 bilhões, o restante é considerado autogestão (R$ 51bilhões)

Fonte: FGV/Sinduscon-SP.

Autogestão (R$ 51 bilhões)

Novas unidades

Gastos de empresas no varejo da construção civil

Ampliação e melhorias

Reforma para manter condições do estoque de

moradias

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Page 50: Estudo do Setor de Reforma - final

Projeto Cantagalo (Rio de Janeiro) D

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Suporte financeiro do Instituto Gerdau e assessoria de advogados à ação de usucapião para a doação dos terrenos pelo estado

Facilitação de regularização fundiária no Bairro do Cantagalo

Objetivo era acelerar a regularização de imóveis para tornarem-se

elegíveis a recursos para obras disponibilizados pelo governo

Mobilização e capacitação dos moradores sobre passos necessários para obtenção da propriedade

Após inscrever o título de propriedade no Registro Geral de Imóveis (RGI), o morador deve regularizar a construção e registrar o Habite-se há complicações, pois habitações do morro foram, em sua maioria, construídas fora do padrão permitido

50

Page 51: Estudo do Setor de Reforma - final

POUSO- Posto de Orientação Urbanística e Social P

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Objetivo: consolidação destes bairros e sua integração à cidade

Elaboração de legislação de uso e ocupação do solo específica para a área e entrega de "habite-se" às unidades habitacionais

Plantão de um arquiteto ou engenheiro para prestar orientação nas novas obras, além de fiscalizar o novo bairro

Postos avançados da Prefeitura dentro dos aglomerados subnormais beneficiados pelo programa Favela Bairro

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Page 52: Estudo do Setor de Reforma - final

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Programa Habitar Brasil/BID – recursos do BID e do Governo (encerrado)

US$

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Defendia a revisão da Lei nº 6766/79 (parcelamento do solo urbano), que estabelece como área mínima para lotes residenciais, 125 m2, o que acaba por inibir a oferta de lotes para a população de baixa renda

Dividido em dois subprogramas Subprograma de Desenvolvimento Institucional –DI, com objetivo de

capacitar as prefeituras em todos os aspectos pertinentes à gestão do setor habitacional urbano, e desenvolver ações de capacitação e estudos setoriais de interesse do âmbito da política nacional

Subprograma de Urbanização de Assentamentos Subnormais – UAS, que trata da implantação e execução de projetos integrados para urbanização de assentamentos subnormais. (foco: famílias com renda mensal de 0 a 3 salários mínimos)

Page 53: Estudo do Setor de Reforma - final

Programa desmarginalização (Colômbia) C

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Terrenos irregulares: prefeitura promoveu acordo entre proprietário e morador para acertar preço de venda

O valor foi pago pelo governo federal por meio de projeto que oferece subsídios para famílias de baixa renda comprarem casas

Regularização dos bairros: zonas de favela e demais que não cumpriam normas de planejamento da cidade

35% dos bairros de Bogotá eram irregulares em 1998 (falta de serviços como energia, água potável, esgoto, parques escolas etc.), hoje são 20%

Prefeitura ofereceu casas em locais regularizados àqueles cujo bairro não pôde ser urbanizado

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Page 54: Estudo do Setor de Reforma - final

Resolo (São Paulo) P

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Criado em 1990, é responsável pela regularização urbanística e fundiária dos loteamentos irregulares ou clandestinamente implantado

Departamento de Regularização do Parcelamento do Solo (Resolo) –

Parte da secretaria Municipal de Habitação (SEHAB)

Entre 2005 e 2009 o Resolo regularizou 30 mil lotes, beneficiando 40 mil famílias

54

Fonte: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/habitacao/programas/index.php?p=3376

Page 55: Estudo do Setor de Reforma - final

Utilizando instituições e programas já

existentes e tomando como base a

referência internacional no

setor de reforma é possível dividir as

proposições encaminahdas em 3

públicos-alvo

Proposições para estruturação do mercado de reforma

Mercado

Ação Conjunta

Ação Pública Direta

1

2

3

Famílias que possuem recursos que potencialmente podem ser alocados em reformas

Famílias que necessitam de crédito parcialmente subsidiado pelo Governo para reformar a moradia

Famílias do cadastro único, que necessitam de recursos diretos do governo para reforma de domicílios 55

Page 56: Estudo do Setor de Reforma - final

Incentivos à reforma: ações direcionadas de acordo com a renda

Mercado Ação Pública Direta

Microcrédito e crédito subsidiado para estímulo à reforma

Incentivos para regularização fundiária e do imóvel

Divulgação das linhas de crédito para reforma e ampliação da moradia

Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3

Fomento do mercado de orientação técnica: incentivo à formalização e qualificação de mão de obra, incentivo à realização de reforma por profissionais

especializados

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Recursos diretos a famílias do cadastro

único (0 a 3 sm)

Page 57: Estudo do Setor de Reforma - final

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