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ESTUDO DE TENSÕES EM COSTADO DE FPSO PARA A AVALIAÇÃO DA VIDA À FADIGA Isabela de Almeida Bouças Projeto de Graduação apresentado ao Curso de Engenharia Naval e Oceânica da Escola Politécnica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Engenheiro Naval e Oceânico. Orientadores: Ilson Paranhos Pasqualino José Henrique Erthal Sanglard Rio de Janeiro Setembro de 2016

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ESTUDO DE TENSÕES EM COSTADO DE FPSO PARA A

AVALIAÇÃO DA VIDA À FADIGA

Isabela de Almeida Bouças

Projeto de Graduação apresentado ao Curso de

Engenharia Naval e Oceânica da Escola Politécnica,

Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte

dos requisitos necessários à obtenção do título de

Engenheiro Naval e Oceânico.

Orientadores: Ilson Paranhos Pasqualino

José Henrique Erthal Sanglard

Rio de Janeiro

Setembro de 2016

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ESTUDO DE TENSÕES EM COSTADO DE FPSO PARA A AVALIAÇÃO DA VIDA À

FADIGA

Isabela de Almeida Bouças

PROJETO DE GRADUAÇÃO SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO CURSO DE

ENGENHARIA NAVAL E OCEÂNICA DA ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE

FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS

PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE ENGENHEIRO NAVAL E OCEÂNICO.

Examinado por:

________________________________________________

Prof. Ilson Paranhos Pasqualino, D.Sc.

________________________________________________

Prof. José Henrique Erthal Sanglard, D.Sc.

________________________________________________

Profa. Bianca de Carvalho Pinheiro, D.Sc.

________________________________________________

Prof. Marcelo Igor Lourenço de Souza, D.Sc.

RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL

SETEMBRO de 2016

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Bouças, Isabela de Almeida

Estudo de Tensões em Costado de FPSO para a

Avaliação da Vida à Fadiga – Rio de Janeiro: UFRJ/

Escola Politécnica, 2016.

vii, 57 p.: il.; 29,7cm

Orientadores: Ilson Paranhos Pasqualino e José

Henrique Erthal Sanglard.

Projeto de Graduação – UFRJ/ Escola Politécnica/

Curso de Engenharia Naval e Oceânica, 2016.

Referências Bibliográficas: p. 56-57.

1. Fadiga. 2. Elementos Finitos. 3. Concentração

de Tensão.

I. Paranhos Pasqualino, Ilson et al.. II. Universidade

Federal do Rio de Janeiro, Escola Politécnica,

Curso de Engenharia Naval e Oceânica.

III.Titulo.

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Agradecimentos

Primeiramente à Deus e à Nossa Senhora de Fátima, por terem guiado o meu caminho.

Aos meus pais, Delfim Pereira de Azevedo Bouças e Sônia Cristina Lopes de Almeida Bouças, por terem sempre investido na minha formação, acreditado em mim e me apoiado.

Aos meus avós, Manoel Antônio Pinto de Almeida e Hilda Lopes de Almeida, por terem sido presentes, e por terem dado suporte à minha educação.

Ao meu avô Custódio Joaquim Peixoto de Azevedo Bouças, que com certeza teria me apoiado se tivesse tido possibilidade.

Ao meu namorado, Jonas Decorte Marmello, por todo o incentivo, apoio e compreensão.

Á minha tia, Custódia Maria de Azevedo Bouças, e ao meu tio, Marcelo Marrocos de Araújo, por ter despertado o meu interesse pelo curso de Engenharia.

Aos meus amigos do Ciclo Básico e da Engenharia Naval e Oceânica, pela amizade, pela ajuda sempre que necessária e pelos materiais compartilhados.

Ao meu orientador, Ilson Paranhos Pasqualino, pela oportunidade fornecida de iniciação científica no Laboratório de Tecnologia Submarina (LTS), pela confiança, paciência, e pelos ensinamentos enriquecedores à minha formação acadêmica e fundamentais para o desenvolvimento desse projeto.

Ao meu orientador, José Henrique Erthal Sanglard, pelas aulas que foram ministradas ao longo do curso e os conhecimentos que me foram passados, e pela dedicação e ajuda essencial para a realização desse trabalho.

Ao professor Severino Fonseca da Silva Neto, por ter me inspirado na escolha de Engenharia Naval e Oceânica, e por ter me aconselhado quando precisei. Á professora Bianca de Carvalho Pinheiro, por ter se colocado disponível a ajudar.

Ao Programa de Recursos Humanos PRH-35, da ANP, pelo apoio financeiro a este trabalho.

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Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/ UFRJ como parte

dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Naval e Oceânico.

Estudo de Tensões em Costado de FPSO para a Avaliação da Vida à Fadiga

Isabela de Almeida Bouças

Setembro/2016

Orientadores: Ilson Paranhos Pasqualino e José Henrique Erthal Sanglard

Curso: Engenharia Naval e Oceânica

Navios plataforma de produção, ou FPSO (Floating Production Storage Offloading),

estão sujeitos a danos nos painéis planos de costado, devido às solicitações de onda

que são impostas. Além disso, uma estrutura metálica pode se romper a uma tensão

inferior à tensão última e à tensão de escoamento, se submetida a uma tensão repetida

ou flutuante. Os carregamentos dinâmicos implicam em falhas mecânicas conhecidas

como falhas por fadiga, e essas falhas geralmente ocorrem em um ponto de

concentração de tensão. Dessa forma, a importância da análise do comportamento

dinâmico de estruturas flutuantes se justifica pois o setor de petróleo e gás vem, nas

últimas décadas, aumentando suas demandas por recursos tecnológicos que reduzam

os danos em alto mar. O objetivo desse trabalho se concentra, principalmente, na

análise global dos carregamentos impostos à viga navio, assim como na análise local

das tensões em painel de costado de FPSO. A proposta é avaliar numericamente as

tensões atuantes no painel danificado de costado a partir do método dos elementos

finitos e posteriormente realizar o estudo de fadiga utilizando a Regra de Miner.

Palavras-chave: Painel de Costado, Fadiga, Concentração de Tensão, Elementos

Finitos

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Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment of

the requirements for the degree of Naval Engineer.

Stress Study of FPSO Side Panel for Evaluation of Fatigue Life

Isabela de Almeida Bouças

September/2016

Advisors: Ilson Paranhos Pasqualino and José Henrique Erthal Sanglard

Course: Naval and Ocean Engineering

A Floating Production Storage Offloading (FPSO), can be subject to mechanical damage

caused by waves on the side panels. Furthermore, a metallic structure may break at

lower tension to the ultimate strength and yield strength, if is subjected to a repeated or

fluctuating stress. Dynamic loads imply mechanical failure known as fatigue failure and

such failures typically occur at a stress concentration point. Thus, the importance of

analyzing the dynamic behavior of floating structures is justified because the oil and gas

industry has been increasing their demands for technological resources to reduce the

damage at sea in recent decades. The aim of this work is concentrated mainly in the

overall analysis of the loads imposed on the hull girder, as well as the local analysis of

the tensions in a FPSO side panel. The proposal is to evaluate the stress on the

damaged side panel from the finite element method and then carry out the study of

fatigue using the Miner Rule.

Keywords: Side Panel, Fatigue, Stress Concentration, Finit Element

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Sumário 1. Introdução ................................................................................................................. 1

1.1. Objeto de Estudo ................................................................................................ 1

1.2. Objetivo e Metodologia ....................................................................................... 2

1.3. Estrutura da Dissertação .................................................................................... 2

2. Revisão Bibliográfica ................................................................................................ 3

2.1. FPSO para a Produção de Petróleo ................................................................... 3

2.2. Colisão em Alto Mar ........................................................................................... 6

2.3. Fadiga concentração de tensão ......................................................................... 9

2.3.1. Fadiga de metais ......................................................................................... 9

2.3.2. Curva S-N .................................................................................................. 11

2.3.3. Limite de Resistência à Fadiga .................................................................. 12

2.3.4. Efeito da Tensão Média na Vida em Fadiga ............................................... 15

2.3.5. Concentração de Tensão ........................................................................... 18

2.3.6. Dano Acumulado ....................................................................................... 21

3. Levantamento das Alturas e Comprimentos de Onda ............................................. 22

4. Levantamento de Carregamentos ........................................................................... 26

4.1. Norma .............................................................................................................. 26

4.1.1. Momentos Fletores em Águas Tranquilas .................................................. 26

4.1.2. Momentos Fletores em Ondas ................................................................... 28

4.2. Programa Fletor ............................................................................................... 30

4.2.1. Dados de Entrada ...................................................................................... 30

4.2.1. Dados de Saída ......................................................................................... 34

5. Modelo Numérico .................................................................................................... 36

5.1. Parâmetros Geométricos .................................................................................. 37

5.2. Propriedades do Material ................................................................................. 39

5.3. Malha de Elementos Finitos ............................................................................. 39

5.4. Condições de Contorno e Carregamento ......................................................... 41

6. Resultados do Modelo Numérico ............................................................................ 43

7. Avaliação da Vida à Fadiga .................................................................................... 47

7.1. Levantamento das Curvas Analíticas ............................................................... 47

7.2. Correção das Curvas Analíticas pelo Critério de Goodman .............................. 50

7.3. Cálculo do Dano por Fadiga ............................................................................. 53

8. Conclusão ............................................................................................................... 58

9. Referências Bibliográficas ....................................................................................... 59

10. Anexo ................................................................................................................... 61

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1. Introdução

1.1. Objeto de Estudo

A atual carteira colocada pela Petrobras em estaleiros nacionais inclui a

construção de 8 navios FPSOs replicantes, sendo eles o P-66 – Lula Sul; P-67 – Lula

Norte; P-68 – Lula Extremo Sul e C.O. Sul de Tupi; P-69 – Lula Oeste; P-70 – Iara Horst;

P-71 – Iara NW; P-72 – C.O. Nordesde de Tupi; e P-73 – C.O. Entorno de Iara [1]. O

objeto de estudo que será tratado no presente trabalho é o FPSO P-66, primeira

plataforma dessa série de oito FPSOs replicantes que estão em construção para

atendimento às demandas de produção de petróleo no Brasil.

Figura 1 - Casco do FPSO P-66 [2]

O casco da P-66 é o primeiro casco de um FPSO totalmente construído no país.

A plataforma irá produzir no Campo de Lula, módulo de Lula Sul, no pré-sal da Bacia de

Santos. A operação será dividida entre a Petrobras (65%), BG E&P Brasil (25%) e a

Petrogal Brasil (10%). Os dados do casco do FPSO P-66 são apresentados na Tabela

1.

Tabela 1 - Dimensões principais do casco do FPSO P-66

Dados do Casco FPSO P-66

Comprimento (m) 288

Boca (m) 54

Pontal (m) 31,5

Calado (m) 23,1

Peso Total (t) 353.500

Peso de Aço (t) 42.800

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Além disso, o FPSO possui uma ancoragem em profundidade de água de 2.200

metros, acomodações para 110 pessoas e estocagem de óleo de 1.670.000 bbl. A

geração elétrica é realizada com quatro turbogeradores de 25 MW e a capacidade de

processamento é de 150.000 bbl/d de óleo e 6 milhões de m³/d de gás (máximo) [2].

1.2. Objetivo e Metodologia

No presente trabalho é realizado o estudo de tensões no painel danificado de

costado do FPSO P-66 para a avaliação da vida à fadiga. Dessa forma, o objetivo se

concentra na análise global dos carregamentos impostos à viga navio e na análise local

das tensões, tendo como motivação a investigação de fadiga em regiões com avaria.

Inicialmente é feita a modelação no software ANSYS da seção mestra do navio. Os

momentos fletores aos quais a embarcação está sujeita são calculados com a utilização

de norma de classificadora e também a partir do programa Fletor. No programa Fletor,

são consideradas as alturas e comprimentos de onda atuantes na região de estudo, que

é a Bacia de Santos. Com esses dados, é possível a análise da concentração de tensão

no painel de costado do FPSO, a partir do método dos elementos finitos. Finalmente, é

realizado um estudo de fadiga com a aplicação da Regra de Miner.

1.3. Estrutura da Dissertação

A estrutura da dissertação é composta de 8 capítulos. O capítulo 1 apresenta

uma breve introdução do assunto que será tratado neste trabalho e revela o seu objetivo.

O capítulo 2 é composto pela revisão bibliográfica, onde são definidos conceitos

importantes para o entendimento do projeto, apresentando o navio do tipo FPSO e

descrevendo os aspectos relevantes do dano por fadiga. O capítulo 3 apresenta o

levantamento das alturas e comprimentos de onda da região da Bacia de Santos. O

capítulo 4 consiste no levantamento de carregamentos provenientes da norma

classificadora e do programa Fletor. No capítulo 5, há a descrição do modelo numérico

que foi desenvolvido, com as propriedades do material, definição de seus parâmetros

geométricos e malha de elementos finitos. No capítulo 6, são apresentados os

resultados numéricos da análise de tensões de von Mises. No capítulo 7, é realizado o

estudo de avaliação da vida à fadiga, por meio da Regra de Miner. O capítulo 8,

finalmente, consiste na conclusão do projeto.

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2. Revisão Bibliográfica

2.1. FPSO para a Produção de Petróleo

Ao longo das últimas décadas, a indústria do petróleo cresceu de maneira

considerável, consolidando-se como a principal matriz energética do mundo. No Brasil,

a ampliação dos investimentos na indústria petrolífera, sobretudo no segmento de

exploração e produção (E&P), foi um dos os principais responsáveis pela alteração da

estrutura industrial vivida nos últimos anos. Dessa forma, produção de petróleo nacional

saiu do patamar de um milhão de barris/dia para dois milhões de barris/dia em pouco

mais de uma década [3].

Além disso, nos últimos anos, os preços internacionais do petróleo sofreram

considerável aumento, fato que viabilizou a exploração offshore de petróleo distante da

costa. Assim, foi possível a produção de petróleo em águas profundas e ultraprofundas,

onde os custos para a produção são maiores [4].

Em 2014, a produção nacional de petróleo teve um aumento expressivo de

11,4% em relação ao ano de 2013, atingindo 822,9 milhões de barris, com média de 2,3

milhões de barris/dia. O aumento da produção está relacionado ao forte crescimento da

produção do pré-sal. A produção no mar correspondeu a 92,5% do total, onde o Estado

do Rio de Janeiro foi responsável por 74% dessa produção. A evolução da produção

nacional de petróleo em milhões barrias/dia pode ser vista na Figura 2 [5].

Figura 2 - Evolução da produção nacional de petróleo [5]

De acordo com o Plano Decenal de Energia 2024, a previsão para os próximos

anos é de aumento da produção nacional de petróleo, atingindo 5,1 milhões barris/dia

em 2024. As projeções da produção nacional de petróleo até 2024 podem ser vistas na

Tabela 2 [6].

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Tabela 2 - Projeção da produção nacional de petróleo até 2024 [6]

Nesse contexto de aumento da produção de petróleo offshore, houve o impulso

da indústria naval brasileira, com a necessidade de aumento de construção de

plataformas flutuantes e embarcações de apoio marítimo offshore, para atender a esse

cenário. Como a previsão para a próxima década é de aumento dessa produção, a

tendência é que o setor naval continue a crescer, com a necessidade de demanda de

embarcações offshore.

As plataformas do tipo FPSO (Floating Production Storage Offloading) são

embarcações que permanecem ancoradas em alto mar e são utilizadas para o

armazenamento, produção e refino do petróleo, responsável também por fazer

operações de descarregamento do mesmo. Podem ser instaladas em regiões de

grandes profundidades (mais de 2 mil metros), devido aos sistemas de ancoragem

modernos.

Figura 3 - FPSO Cidade de Paraty, operando no Campo de Lula, na região da Bacia de Santos [7]

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A etapa mais importante de um FPSO é a de produção (Production). Nessa fase,

a embarcação realiza a extração do petróleo bruto a partir do leito marinho. Ela possui

equipamentos capazes de destilar o óleo e gases que foram extraídos.

Outra etapa de grande importância é a do armazenamento (Storage) do petróleo

que foi extraído. Contando com a presença de tubulações e tanques resistentes, o

FPSO é capaz de separar o produto destilado do óleo bruto, não comprometendo a

pureza do petróleo obtido através da produção. De forma a minimizar os riscos de

vazamento de óleo e consequentemente acidentes ambientais, as estruturas devem ser

projetadas de maneira a garantir que a operação seja sempre segura. A vantagem

desse tipo de embarcação é que a capacidade de armazenamento permite que ela

opere a grandes distâncias da costa, locais onde a instalação de oleodutos é inviável.

[8]

A terceira etapa do FPSO está na operação de descarregamento (Offloading) da

plataforma para outros navios. Por ser uma operação complicada, ela requer muitas

horas de serviço. É realizada em alto mar e por isso deve-se ter condições climáticas

favoráveis para a sua realização, tendo em vista minimizar os riscos de vazamentos de

óleo.

Figura 4 - Sistema submarino de um FPSO [9]

Embarcações do tipo FPSO vêm sendo utilizadas em ampla escala nas últimas

décadas. De acordo com o Plano Decenal de Energia 2024, a tendência é que a

demanda por esse tipo de embarcação cresça consideravelmente nos próximos anos.

Entre 2015 e 2024, estima-se a previsão de entrada de 51 novas FPSOs, com um pico

de demanda em 2021, com a necessidade de 12 novas unidades neste ano. A previsão

de entrada de novos FPSOs pode ser vista na Tabela 3 [6].

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Tabela 3 - Previsão de entrada de novas FPSOs até 2024 [6]

Assim, o uso de plataformas do tipo FPSO já está consolidada no mercado, e

para os próximos anos, há uma tendência de expansão para esse tipo de embarcação.

2.2. Colisão em Alto Mar

A colisão de navios em alto mar configura uma situação de grave risco, pois pode

ocasionar em fatalidades, mesmo que não imediatas. O impacto gerado pode levar, com

o passar do tempo, à formação de trincas, de forma a comprometer a integridade

estrutural do casco das embarcações envolvidas.

Assim, o impacto da colisão pode causar danos, tais como danos estruturais no

casco, que eventualmente podem levar ao colapso da viga navio e à penetração de

fluido através do casco, causando inundação e perda de flutuabilidade (podendo a

embarcação emborcar ou afundar). Além disso, no caso específico da embarcação

FPSO, pode ocorrer a saída de óleo bruto ou processado, levando à poluição do mar, e

também casos de incêndio e explosão, especialmente se há gás sendo produzido e

armazenado no FPSO. [10]

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Figura 5 - Dano no Casco de um FPSO [13]

Considerando um campo de instalação offshore, o tráfego de embarcações pode

ser dividido em “embarcações passantes” (Passing Vessels) e “embarcações

relacionadas ao campo” (Field Related ou Infield Vessels). O primeiro tipo se refere às

embarcações que não estão relacionadas à instalação considerada, ou seja, navios

mercantes, pesqueiros, ou embarcações que servem a outras instalações. O segundo

tipo é caracterizado por embarcações relacionadas ao campo de instalação

considerado, como por exemplo navios supply e petroleiros.

O risco de colisão com um FPSO, no caso das embarcações passantes, é

altamente dependente da variação do tráfego do navio de um local para o outro, ou seja,

de sua localização. Já para as embarcações que pertencem ao campo, esse fator é

pouco relevante, visto que a frequência de colisões está mais relacionada ao layout da

instalação offshore, tempo em que as embarcações supply ficam ao lado do FPSO, além

de condições ambientais.

A colisão pode ocorrer tanto quando o navio está se movendo em direção à

instalação, ou quando ele está à deriva. Geralmente, há uma colisão motora (com o

navio em movimento) quando ocorrem erros na navegação e manobra, ou má

visibilidade. No caso de deriva, geralmente a embarcação está sujeita às más condições

ambientais, o que leva ela a se chocar com outra embarcação. [11]

O tipo de dano gerado pode ser classificado conforme abaixo:

Perda total: Quando ocorre a perda total da unidade do ponto de vista de

segurança, levando à sua inutilização. Entretando, há alguns casos em

que a unidade pode ser reparada e colocada em operação novamente;

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Dano severo: Graves danos em um ou mais módulos da unidade, com

danos às estruturas de suporte de carga e/ou aos equipamentos

essenciais;

Dano significativo: Sérios danos ao módulo e à área do local da unidade,

danos menores às estruturas de suporte de carga, dano a um único

equipamento essencial;

Dano leve: Dano menor a um único equipamento essencial, dano a

equipamentos não essenciais, danos em componentes não estruturais

do navio;

Dano insignificante: Danos sem significância, como danos ao cabo de

reboque, propulsores ou geradores.

Na ocorrência de danos leves, a principal preocupação é assegurar que a

estrutura possa resistir à colisão sem infringir os critérios de aceitação especificados

pela regra de projeto. Já no caso da perda total, há a destruição completa do navio,

violando os critérios estabelecidos pela regra de projeto. [12]

Há muitos cenários de colisões possíveis com navios FPSOs, porém, os três que

merecem mais atenção envolvem [10]:

Navios de apoio (alta frequência e com baixas consequências);

Navios passantes (baixa frequência e com grandes consequências);

Navios aliviadores envolvendo operações de descarregamento (média

frequência e consequências muito graves).

O estudo mais completo realizado a respeito de colisões de navio é autoria de

J.P. Kenny’s, que trata da proteção de instalações offshore contra impactos. Foram

analisados incidentes entre os anos de 1975 e 1986, e desde então, são disponibilizadas

as análises de todos os incidentes de colisão disponíveis. Desde 1980, foram relatados

6 casos de perta total de plataforma devido à colisão. A Tabela 4 indica o número de

ocorrências por tipo de navio, onde se percebe que a maioria dos casos ocorre com

embarcações de apoio, e a minoria com embarcações passantes [14].

Tabela 4 - Número de ocorrências por tipo de navio [14]

Tipo de Embarcação Número de Incidentes %

Barcos de Apoio 353 63,4

Barcos Stand By 87 15,6

Outros Atendimentos 74 13,3

Embarcações Passantes 8 1,4

Não Especificados 35 6,3

TOTAL 557 100

Além disso, a estatística em relação às causas dos impactos é mostrada na

Tabela 5.

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Tabela 5 - Causas dos impactos [14]

Causas Número de Incidentes %

Fatores Externos 82 14,7

Falha Controle Mecânico 126 22,6

Falha Humana 152 27,3

Falha Assistida 15 2,7

Não Especificada 182 32,7

TOTAL 557 100

2.3. Fadiga concentração de tensão

Neste item serão tratados assuntos essenciais para a compreensão da

elaboração do projeto, tais como a fadiga de metais, a curva S-N, o limite de resistência

à fadiga, o efeito da tensão média na vida em fadiga, a concentração de tensão e o dano

acumulado. Para o desenvolvimento deste item foram utilizadas as referências [15-22].

2.3.1. Fadiga de metais

O fenômeno de fadiga metálica é um modo de falha, caracterizado pela ruptura

progressiva do material, quando sujeito a ciclos repetidos ou flutuantes de tensão.

Dessa forma, uma estrura metálica quando submetida a esse carregamento cíclico e

dinâmico, pode se romper a uma tensão muito inferior à tensão última, que é o limite de

resistência estático do material (quando submetido a aplicação de uma única carga).

A vida em fadiga ocorre de forma que a trinca se origina em um ponto de

concentração de tensão, se propagando em razão da imposição dos ciclos adicionais

de carregamento. Assim, em consequência da redução da área sob tensão, a magnitude

dessa tensão se eleva, até ocorrer a falha abrupta do material. Os pontos de

concentração de tensão são caracterizados por pontos propícios à originação e

propagação de uma trinca, tais como cantos vivos, entalhes, furos, ou qualquer tipo de

descontinuidade geométrica.

As falhas por fadiga podem ocorrer para variados números de ciclos,

dependendo das características da estrutura que está sendo considerada. Falhas que

ocorrem para um número de ciclos de até 10³, são classificadas como fadiga de baixo

ciclo. Esse tipo de fadiga é particularizado por deformações plásticas macroscópicas no

material. Já as falhas que ocorrem para um número de ciclos no regime de 10³ a 106,

são descritas por fadigas de alto ciclo, que envolvem deformações globalmente elásticas

e deformações plásticas muito localizadas.

Os ciclos de tensão típicos de carregamentos dinâmicos são expressos pelos

gráficos da Figura 6. Na Figura 6(a) é demonstrado um ciclo de tensão senoidal

completamente reverso, onde as tensões mínima e máxima possuem iguais

magnitudes, porém sentidos opostos. Um ciclo de tensão senoidal é apresentado na

Figura 6(b), onde há uma amplitude de tensão e uma tensão média atuante. Já o ciclo

de tensão não-senoidal é visto na Figura 6(c), onde ocorre um ciclo de tensão flutuante

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expresso por tensões mínima e máxima com sentidos opostos ou ambas em

compressão.

Figura 6 - Ciclos de tensão típicos. (a) Ciclo de tensão senoidal completamente reverso.(b) Ciclo de tensão senoidal flutuante. (c) Ciclo de tensão não-senoidal. [15]

A tensão média e a amplitude de tensão são definidas, respectivamente, pelas

equações abaixo:

𝜎𝑚 =(𝜎𝑚𝑎𝑥 + 𝜎𝑚𝑖𝑛)

2 (𝐸𝑞. 1)

e

𝜎𝑎 =(𝜎𝑚𝑎𝑥 − 𝜎𝑚𝑖𝑛)

2 (𝐸𝑞. 2)

onde 𝜎𝑚𝑎𝑥 é a tensão máxima em um ciclo, 𝜎𝑚𝑖𝑛 a tensão mínima em um ciclo.

O parâmetro de razão de tensão, 𝑅, é adimensional e indica o tipo de

carregamento que está sendo imposto ao componente:

𝑅 =𝜎𝑚𝑖𝑛

𝜎𝑚𝑎𝑥 (𝐸𝑞. 3)

A razão de amplitude de tensões, também adimensional, é expressa como:

𝐴 =𝜎𝑎

𝜎𝑚=

1 − 𝑅

1 + 𝑅 (𝐸𝑞. 4)

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2.3.2. Curva S-N

Os dados da vida em fadiga são geralmente representados através da curva S-

N, que corresponde a um gráfico, normalmente em escala logarítimica, onde o eixo

vertical indica a magnitude da tensão (S) e o eixo horizontal o número de ciclos (N).

Dessa forma, é possível analisar o comportamento do material a partir da curva, pois a

amplitude de tensão é representada em função do número de ciclos necessários para

que ocorra a falha. A escala cartesiana usualmente utilizada é S-N, S-log N ou log S-log

N.

Para a obtenção da curva é necessário realizar um grande número de testes de

fadiga, onde os corpos de prova sofrem solicitações cíclicas de certa magnitude e assim

registra-se o número de ciclos para que aconteça a falha do material. O procedimento

comumente utilizado testa inicialmente o corpo de prova a uma tensão alta, onde o

material irá falhar em um baixo número de ciclos. Os testes posteriores são feitos

diminuindo-se essa magnitude de tensão aplicada, até que não ocorra a falha para um

certo número de ciclos, em geral para 106 e 107 ciclos.Dessa forma, pode-se perceber

que a vida útil do material tende a aumentar com a diminuição da tensão cíclica aplicada.

Os ensaios em fadiga excitam apenas uma componente de tensão, e o efeito de

concentração de tensão não é considerado.

Figura 7 - Exemplo de Curva S-N [18]

A Figura 7 mostra um exemplo de curva S-N, a qual é representada pela parte

decrescente, que indica a relação entre a resistência à fadiga (𝑆𝑓) e o número de ciclos

necessários para que ocorra a falha (N). A linha horizontal indica o limite de resistência

à fadiga (𝑆𝑒), valor a partir do qual o material não irá sofrer falha para um número de

ciclos maior que 106.

A curva S-N pode ser feita tanto para um corpo de prova como para uma

estrutura. Nos dois casos, mesmo que a curva tenha obtida para o mesmo material,

podem ser observadas diferenças significativas. Assim, o limite de resistência à fadiga

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para um corpo de prova é nomeado como 𝑆𝑒′ e para um elemento estrutural é referido

como 𝑆𝑒. É importante salientar que o limite de resistência à fadiga acontece apenas

para alguns materiais, tais como aço e titânio. Exemplos de materiais que não possuem

um limite de resistência à fadiga são alumínio, magnésio e ligas de cobre.

A equação empírica de Basquin é utilizada para descrever os resultados obtidos:

𝑆𝑓 = 𝐶𝑁𝑏 (𝐸𝑞. 5)

Caso não haja dados experimentais, são adotadas aproximações utilizando-se como

referência ensaios de tração. Considerando a curva na forma log S-log N, é possível

definir a resistência a fadiga (𝑆𝑓) para os números de ciclos entre 103e 106a partir de

uma linha que liga (𝑓. 𝑆𝑢) em N=10³ ciclos e Se em N=106 ciclos. O valor valor do limite

de resistência á tração indica o valor de “𝑓” correspondente, de acordo com a Tabela 6.

Tabela 6 - “f” em função do limite de Resistência à tração

Su (MPa) f

414 0,93

621 0,86

828 0,82

1380 0,77

Nesse caso, as constantes C e b são definidas como:

𝐶 = (𝑓. 𝑆𝑢)²

𝑆𝑒 (𝐸𝑞. 6)

𝑏 = −1

3log (

𝑓. 𝑆𝑢

𝑆𝑒) (𝐸𝑞. 7)

Outra aproximação que pode ser utilizada, na mesma escala, acontece por uma linha

reta ligando a tensão de ruptura no ensaio de tração em N=1 ciclo esse em N=106 ciclos.

Assim, C e b são definidos por:

𝐶 = 𝜎𝑓′ (𝐸𝑞. 8)

𝑏 = −1

6log (

𝜎𝑓′

𝑆𝑒) (𝐸𝑞. 9)

A tensão real de ruptura para o aço, em um ensaio de tração, pode ser obtida pela

equação abaixo:

𝜎𝑓′ = 𝑆𝑢 + 345 𝑀𝑃𝑎 (𝐸𝑞. 10)

2.3.3. Limite de Resistência à Fadiga

A curva S-N, no caso de aços, apresenta um patamar correspondente ao limite

de resistência à fadiga. Ele representa o maior valor de amplitude de tensão alternada

que não irá gerar falha no material, mesmo que para um infinito número de ciclos de

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carregamento. Tratando-se de um elemento estrutural, o limite de resistência à fadiga é

indicado como 𝑆𝑒, enquanto 𝑆𝑒′ corresponde ao limite de resistência à fadiga de um

corpo de prova padronizado. Lembrando que, mesmo que o elemento estrutural e o

corpo de prova sejam do mesmo material, há diferenças significativas para as curvas S-

N obtidas para os dois casos.

A partir da execução de testes de fadiga, pode-se obter o limite de resistência à

fadiga. Esse limite, no caso de aços, pode ser obtido de modo aproximado quando na

ausência de dados experimentais. Na Figura 8 pode-se observar um gráfico do limite de

resistência à fadiga de um corpo de prova (𝑆𝑒′) versus o limite de resistência à tração

(𝑆𝑢). Fica visível que o limite de resistência à fadiga varia de 40% a 60% do limite de

resistência à tração para aços com até, aproximadamente, 200 kpsi (1400 MPa) de limite

de resistência à tração. No caso de aços com 𝑆𝑢>200 kpsi, o limite de resistência a

fadiga pode ser adotado como, aproximadamente, 100 kpsi (700 MPa). Dessa forma,

pode-se considerar as seguintes equações:

𝑆𝑒’ = 0,5 𝑆𝑢, 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑆𝑢 ≤ 1400 𝑀𝑃𝑎 (𝐸𝑞. 11)

𝑆𝑒’ = 700 𝑀𝑃𝑎, 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑆𝑢 > 1400 𝑀𝑃𝑎 (𝐸𝑞. 12)

Figura 8 - Relação entre o limite de resistência à fadiga e o limite de resistêcia à tração obtidos a partir de dados experimentais [19]

O limite de resistência à fadiga de corpos de prova padronizados é obtido através

de testes de fadiga realizados sob condições controladas. O limite de resistência à

fadiga de um elemento estrutural, irá, portanto, apresentar diferenças consideráveis em

relação ao limite do corpo de prova. Dessa forma, quando não há dados de testes de

fadiga de um determinado elemento estrutural, é possível corrigir o valor de Se’ utilizado

no projeto. Os fatores utilizados para essa correção, são:

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Fator de acabamento superficial (𝐾𝑎): considera que o acabamento do corpo de

prova é superior ao de estruturas reais. Ele é calculado através da equação a

seguir.

𝐾𝑎 = 𝑎 𝑆𝑢𝑏 (𝐸𝑞. 13)

Os valores de a e b podem ser obtidos a partir da Tabela 7, que contém parâmetros

para o fator de correção de acabamento superficial.

Tabela 7 - Parâmetros para o fator de correção de acabamento superficial

Acabamento Superficial

a (kpsi) a (MPa) b

Retificado 1,34 1,58 -0,085

Usinado ou Trefilado 2,70 4,51 -0,265

Laminado 14,4 57,7 -0,718

Forjado 39,9 272 -0,995

Fator de correção de tamanho (𝐾𝑏): faz a associação do diâmetro do corpo de

prova e do elemento estrutural, utilizando o conceito de diâmetro efetivo. Assim,

caso a peça apresente uma geometria específica, o seu volume é submetido a

95% da carga máxima para o mesmo volume do corpo de prova, de forma a se

encontrar o diâmetro efetivo.

Fator de correção de carregamento (𝐾𝑐): expressa a confiabilidade esperada no

limite de resistência à fadiga da peça.

Fator de correção de temperatura (𝐾𝑑): é usado para peças que são projetadas

para trabalharem a altas temperaturas.

Fator de correção devido a outros efeitos (𝐾𝑒): pode se aplicado, por exemplo,

se a peça em questão possuir em sua geometria partes com ângulos retos,

cantos vivos, tratamentos térmicos, entalhes, ou qualquer outro desvio que

possa criar uma região de concentradores de tensão. É calculado através da

equação abaixo:

𝐾𝑒 =1

𝐾𝑓 (𝐸𝑞. 14)

Onde Kf é o fator de redução de resistência à fadiga.

Assim, o limite de resistência à fadiga, pode ser expresso pela fórmula abaixo:

𝑆𝑒 = (𝐾𝑎 𝐾𝑏 𝐾𝑐 𝐾𝑑

𝐾𝑓) 𝑆𝑒’ (𝐸𝑞. 15)

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2.3.4. Efeito da Tensão Média na Vida em Fadiga

A resistência à fadiga de um material pode ser alterada com a presença de uma

tensão média. Se uma tensão média positiva age sobre um material, a resistência a

fadiga do material é reduzida de forma significativa, pois a tensão média irá atuar de

forma a abrir as trincas presentes. No caso contrário, quando uma tensão média

negativa age sobre um material, a resistência à fadiga desse elemento é aumentada,

visto que a tensão média irá atuar fechando as trincas. A tensão média positiva é uma

tensão trativa, e a tensão média negativa, compressiva.

Figura 9 – tensões médias compressiva, nula e trativa [20]

A Figura 9 mostra o efeito da tensão média na vida em fadiga. A Figura 10 mostra

a tensão máxima versus o logaritmo de N para valores constantes de razão de tensão

𝑅. Quanto maior for o valor de 𝑅 (ou seja, quanto maior for a tensão média e menor a

amplitude de tensão), maior será o número de ciclos que o material é capaz de suportar

antes de falhar.

Figura 10 - Efeito da tensão média na vida à fadiga [15]

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Outro modo de representar esse efeito utiliza o gráfico da Figura 11. No gráfico,

os dados são apresentados em termos da amplitude de tensão versus o logaritmo de N,

para valores constantes da tensão média. Assim, para um mesmo número de ciclos (N)

até a falha, quanto maior for a tensão média, menor será a amplitude de tensão

associada.

Figura 11 - Efeito da tensão média na vida à fadiga [15]

Com o intuito de observar melhor o efeito gerado pela tensão média na vida em

fadiga, foram construidos diagramas onde as componentes de tensão média, alternada

e a resistência à fadiga, estão correlacionadas. São vários os modelos de diagramas e

curvas que foram propostas e utilizadas, com variedade também em relação ao sistema

de coordenadas utilizado. Esses modelos podem apresentar diversas variáveis para

indicar a abcissa e a ordenada do diagrama, em relação às diferentes tensões que

definem o ciclo de carregamento. As tensões são a média, alternada e máxima, e pode

ser utilizada, também, a razão de carregamento.

A dependência entre a variação do limite de resistência à fadiga e a tensão média

pode ser representada através do diagrama de Goodman. Essa relação é estabelecida

para um determinado número de ciclos ou para o limite de resistência à fadiga.

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Figura 12 - Representação do diagrama de Goodman [15]

A tensão média é indicada no eixo horizontal e as outras componentes de tensão

no eixo vertical. O limite de resistência à fadiga (𝑆𝑒) ou resistência à fadiga (𝑆𝑓) são

representadas no gráfico dependendo do número de ciclos que está se considerando.

A tensão média é observada a partir de uma reta de 45º com o eixo das abcissas, e a

tensão de escoamento (𝑆𝑦) também é indicada, visto que representa o critério de falha

para o caso da tensão média ser superior à tensão de escoamento.

Os testes geralmente são interrompidos no momento em que a tensão máxima

ultrapassa a tensão de escoamento. De qualquer forma, é possível observar que com o

aumento da tensão média, há o decréscimo da variação de tensão permitida, até que

no limite de resistência à tração, essa variação de tensão é nula.

Outros tipos de diagramas utilizados são mostrados na Figura 13, com a

amplitude de tensão versus a tensão média. São apresentados os critérios de falha de

Soderberg, Gerber e a linha de escoamento. A falha corresponde aos pontos sobre ou

acima da linha considerada.

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Figura 13 - Diagrama dos critérios de Goodman, Gerber, Soderberg e escoamento [15]

Os critérios de falha mostrados no diagrama são descritos pelas equações a seguir:

Critério de Goodman:

𝜎𝑎

𝑆𝑓+

𝜎𝑚

𝑆𝑢= 1 (𝐸𝑞. 16)

Critério de Gerber:

𝜎𝑎

𝑆𝑓+ (

𝜎𝑚

𝑆𝑢)² = 1 (𝐸𝑞. 17)

Critério de Soderberg:

𝜎𝑎

𝑆𝑦+

𝜎𝑚

𝑆𝑦= 1 (𝐸𝑞. 18)

Critério de Escoamento:

𝜎𝑎 + 𝜎𝑚 = 𝜎𝑦 (𝐸𝑞. 19)

2.3.5. Concentração de Tensão

Uma concentração de tensão é uma região onde as tensões são mais elevadas

devido a um aumento localizado de tensões, a partir de uma trinca, furo, canto vivo, ou

qualquer descontinuidade geométrica.

Embora a concentração de tensão esteja geralmente relacionada à alteração da

geometria da peça, esta pode ocorrer também por alterações de propriedades elásticas

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e cargas concentradas. Em todos os casos, tem-se pontos críticos onde a tensão

experimentada pelo material se mostra superior à tensão nominal atuante.

Assim, a falha por fadiga associada à concentração de tensão irá se originar

nessas regiões em que o nível de solicitação da carga é superior ao nível de resistência

do material, por baixa resistência localizada ou aumento local da própria solicitação.

Figura 14 - Pontos críticos de concentração de tensão devido à geometrica da peça [21]

Existem duas formas fundamentais de se reduzir a concentração de tensão

causada pela geometria da peça. Pode-se aumentar o raio de concordância no ponto

crítico ou desviar o fluxo de tensões do ponto crítico.

Figura 15 - Formas de se reduzir a concentração de tensão [21]

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Define-se como fator de concentração de tensão teórico ou geométrico (𝐾𝑡),

como a razão entre a tensão máxima causada pela introdução de um concentrador de

tensão (𝜎𝑚á𝑥) e a tensão nominal (𝜎𝑛𝑜𝑚) para a mesma solicitação:

𝐾𝑡 =𝜎𝑚á𝑥

𝜎𝑛𝑜𝑚 (𝐸𝑞. 20)

Esse fator é o parâmetro utilizado para avaliar o efeito de concentradores de

tensão no comportamento em fadiga. Eles dependem da geometria do corpo e são

aplicados somente no regime elástico do comportamento do material, isto é, quando a

tensão máxima não excede a tensão de escoamento do material considerado. Ao se

tratar do regime plástico, onde a tensão máxima é superior à tensão de escoamento do

material, deve-se considerar fatores de concentração de tensão e de deformação. Eles

irão depender da curva de tensão-deformação e do nível da tensão ou deformação.

Para estruturas reais, é considerado um valor efetivo de concentração de tensão

(𝐾𝑒), onde o valor teórico (𝐾𝑡) não é utilizado. Esse valor efetivo é calculado pela razão

da carga de ruptura de corpos de prova sem entalhe e da carga de ruptura de corpos

de prova com entalhe. É função das propriedades do material, da geometria do corpo e

do tipo de carregamento.

Nos experimentos de fadiga, em geral, os entalhes produzem um efeito de

concentração de tensão inferior aos mostrados pela teoria da elasticidade. Dessa forma,

tem-se que 𝐾𝑒 é menor do que 𝐾𝑡. Essa diferença entre os dois valores cresce de acordo

com a diminuição do raio do entalhe e do limite de resistência do material, e pelo

contrário, o 𝐾𝑒 se aproxima de 𝐾𝑡 com o aumento do raio do entalhe ou para materiais

que apresentam uma maior resistência mecânica. O fator de redução de resistência à

fadiga indica numericamente esse comportamento:

𝐾𝑓 =𝑆𝑓

𝑆𝑛𝑓 (𝐸𝑞. 21)

Onde 𝑆𝑓 e 𝑆𝑛𝑓 representam o limite de resistência à fadiga de corpos de prova com e

sem entalhe, respectivamente.

A relação entre 𝐾𝑓 e 𝐾𝑡 é expressa pelo fator de sensibilidade ao entalhe (𝑞):

𝑞 =𝐾𝑓 − 1

𝐾𝑡 − 1 (𝐸𝑞. 22)

O fator de sensibilidade ao entalhe varia conforme a severidade e tipo do entalhe, tipo

de material, tamanho do corpo de prova, tipo de carregamento e nível de tensão. Ele

pode ser obtido a partir do gráfico mostrado abaixo, e nota-se que ele aumenta de

acordo com o limite de resistência à tração.

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21

Figura 16 – Curvas para a obtenção do valor médio do fator de sensibilidade ao entalhe [22]

2.3.6. Dano Acumulado

Uma estrutura sujeita a um carregamento dinâmico, pode sofrer um número de

ciclos de solicitação até que ocorra a falha, porém, se esse número de ciclos for menor

que o necessário para causar a falha no material, é evidente que o material irá sofrer

deteorização de sua resistência à fadiga. Um carregamento dinâmico imposto a uma

estrutura pode ser composto por ciclos de variações de tensões diferentes, de forma

que, para se avaliar a vida em fadiga, deve-se somar esses diferentes ciclos, obtendo-

se a percentagem da vida em fadiga que foi consumida.

A evolução linear do dano pode ser descrita de acordo com a Regra de Miner

dos danos acumulados. O dano em fadiga é então representado pela razão do número

de ciclos aplicados (𝑛) pelo número de ciclos necessários para que a falha ocorra (N),

considerando a solicitação correspondente. O dano acumulado (𝐷) é determinado pelo

somatório dos danos parciais:

𝐷 = ∑𝑛𝑖

𝑁𝑖

𝑁𝑐

𝑖=1

(𝐸𝑞. 23)

onde 𝑛𝑖 é o número de ciclos aplicado e 𝑁𝑖 o número de ciclos necessário para que

ocorra a falha. O índice 𝑖 representa a solicitação do carregamento e 𝑁𝑐 é o número total

de carregamentos. A falha pelo acúmulo de danos por fadiga irá ocorrer quando 𝐷 = 1,

e valores entre 0 e 1 indicam o quanto foi consumido da vida em fadiga do elemento

que está sendo considerado.

Embora a Regra de Miner seja a mais utilizada por razão da sua facilidade de

aplicação, ela apresenta certas limitações. Essa regra não considera o histórico do

carregamento anterior do material, de forma que um dano acumulado para uma dada

variação de tensão é o mesmo independentemente do instante de aplicação. Portanto,

há a independência do nível de tensão, da sequência do carregamento e a

desconsideração da interação dos danos.

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3. Levantamento das Alturas e Comprimentos de Onda

Os levantamentos das alturas e comprimentos de onda que incidem no navio

FPSO, na região da Bacia de Santos, foram retiradas da referência [23]. Para os

cálculos, foram utilizadas as Tabelas 8 e 9, com as alturas médias de onda (𝐻𝑆),

frequências, direções médias e períodos médios.

Tabela 8 - Distribuição das alturas de onda e respectivas direções médias [23]

Tabela 9 - Distribuição das alturas de onda e respectivos períodos médios [23]

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23

O ângulo de posicionamento do navio segundo a Rosa dos Ventos, considerando

a posição Norte em 0º, foi calculado conforme abaixo:

∝ = ∝1∗ 𝐹∝1 + ∝2∗ 𝐹∝2 + ⋯ + ∝𝑛∗ 𝐹∝𝑛

𝐹∝1 + 𝐹∝2 + ⋯ + 𝐹∝𝑛 (𝐸𝑞. 24)

onde:

∝ = Â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑑𝑎 𝑝𝑜𝑠𝑖çã𝑜 𝑑𝑜 𝑛𝑎𝑣𝑖𝑜;

∝𝑛= 𝐷𝑖𝑟𝑒çã𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑎 𝑜𝑛𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑛;

𝐹∝𝑛 = 𝐹𝑟𝑒𝑞𝑢ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑎 𝑜𝑛𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑛.

Tabela 10 – Dados utilizados para o cálculo da direção α

Hs (m) Fα (%) αn Fαn x αn

0,25 0,01 145,6 1,46

0,75 2,00 99,2 198,40

1,25 15,64 97 1517,08

1,75 32,80 103,3 3388,24

2,25 25,25 117,1 2956,78

2,75 13,44 131,9 1772,74

3,25 6,09 149,2 908,63

3,75 2,47 168,1 415,21

4,25 1,07 189,2 202,44

4,75 0,54 196,6 106,16

5,25 0,30 208,4 62,52

5,75 0,16 215 34,40

6,25 0,09 223,2 20,09

6,75 0,05 222,2 11,11

7,25 0,04 219 8,76

7,75 0,01 226,9 2,27

8,25 0,01 226,6 2,27

8,75 0,01 231,4 2,31

9,25 0,01 227,2 2,27

Tabela 11 - Resultado obtido para o valor de α

Σ Fα 99,99

Σ (Fα x α) 11613,13

α (graus) 116,14

Os resultados dos cálculos são mostrados nas Tabelas 10 e 11. A posição

encontrada para o navio foi de 116,14° a partir da direção Norte. Essa direção foi

calculada fazendo-se uma média ponderada em relação à direção de cada uma das

ondas presentes na região, de forma que seu valor não necessariamente coincide

direção de incidência das maiores ondas.

Posteriormente, foi possível projetar o comprimento de onda de todas as ondas

incidentes na embarcação para a direção de 116,14°, de forma a considerar que as

ondas incidem na proa do navio. Para isso, foi utilizada a lei dos cossenos:

𝐿0𝑛,∝ = 𝐿0𝑛 ∗ cos(∝𝑛 −∝) (𝐸𝑞. 25)

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24

onde:

𝐿0𝑛,∝ = 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑜𝑛𝑑𝑎 𝑝𝑟𝑜𝑗𝑒𝑡𝑎𝑑𝑜 𝑛𝑎 𝑑𝑖𝑟𝑒çã𝑜 116,14°;

𝐿0𝑛 = 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑜𝑛𝑑𝑎 𝑜𝑟𝑖𝑔𝑖𝑛𝑎𝑙;

∝𝑛= Â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑐𝑖𝑑ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑚é𝑑𝑖𝑜 𝑑𝑎 𝑜𝑛𝑑𝑎 𝑜𝑟𝑖𝑔𝑖𝑛𝑎𝑙;

∝ = Ã𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑜𝑠𝑖𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑛𝑎𝑣𝑖𝑜 = 116,14°.

O comprimento de onda original não está disponível nas tabelas e por isso foi calculado

a partir do período médio (𝑇𝑃), considerando-se águas profundas:

𝐿0𝑛 = 𝑇𝑝𝑛

2 ∗ 𝑔

2𝜋 (𝐸𝑞. 26)

onde:

𝑇𝑝𝑛 = 𝑃𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑜 𝑑𝑎 𝑜𝑛𝑑𝑎;

𝑔 = 𝐴𝑐𝑒𝑙𝑒𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑎 𝑔𝑟𝑎𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒.

Dessa forma, foi possível montar a Tabela 12, com todos os dados que foram

utilizados. Foram obtidos pares de altura e comprimento de onda na direção α = 116,14°,

como pode ser visto na Tabela 13. Esses pares servirão de dados de entrada para o

cálculo dos momentos fletores atuantes no FPSO, na região da Bacia de Santos. É

importante destacar que foram feitas simplificações para o cálculo dos comprimentos de

onda, pois foi considerado o período médio da onda e a altura de onda significativa.

Tabela 12 - Resumo com todos os dados utilizados

Hs (m) Fα1 (%) Tp (s) Lon (m)

αn (graus)

αn - α (graus)

αn - α (rad)

Lon, α (m)

0,25 0,01 8,24 106,01 145,60 29,46 0,51 92,30

0,75 2 7,73 93,29 99,20 -16,94 -0,30 89,24

1,25 15,64 7,7 92,57 97,00 -19,14 -0,33 87,45

1,75 32,8 8,12 102,94 103,30 -12,84 -0,22 100,37

2,25 25,25 8,74 119,26 117,10 0,96 0,02 119,25

2,75 13,44 9,27 134,17 131,90 15,76 0,28 129,13

3,25 6,09 9,82 150,56 149,20 33,06 0,58 126,19

3,75 2,47 10,45 170,50 168,10 51,96 0,91 105,07

4,25 1,07 11,16 194,45 189,20 73,06 1,28 56,67

4,75 0,54 11,75 215,56 196,60 80,46 1,40 35,74

5,25 0,3 11,88 220,35 208,40 92,26 1,61 8,68

5,75 0,16 11,5 206,48 215,00 98,86 1,73 31,79

6,25 0,09 11,55 208,28 223,20 107,06 1,87 61,09

6,75 0,05 11,99 224,45 222,20 106,06 1,85 62,08

7,25 0,04 11,99 224,45 219,00 102,86 1,80 49,95

7,75 0,01 12,51 244,35 226,90 110,76 1,93 86,60

8,25 0,01 12,47 242,79 226,60 110,46 1,93 84,86

8,75 0,01 10,82 182,79 231,40 115,26 2,01 77,99

9,25 0,01 12,88 259,01 227,20 111,06 1,94 93,06

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25

Tabela 13 - Pares obtidos de altura e comprimento de onda

Pares de Altura e Comprimento de Onda

Onda Hs (m) Lon, α (m)

1 0,25 92,30

2 0,75 89,24

3 1,25 87,45

4 1,75 100,37

5 2,25 119,25

6 2,75 129,13

7 3,25 126,19

8 3,75 105,07

9 4,25 56,67

10 4,75 35,74

11 5,25 8,68

12 5,75 31,79

13 6,25 61,09

14 6,75 62,08

15 7,25 49,95

16 7,75 86,60

17 8,25 84,86

18 8,75 77,99

19 9,25 93,06

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26

4. Levantamento de Carregamentos

Os levantamentos de carregamentos aos quais a embarcação FPSO P-66 está

sujeita serão estimados, nesse trabalho, pela Norma (DNV) e pelo programa Fletor.

4.1. Norma

Os momentos fletores atuantes na embarcação podem ser estimados a partir da

referência [24]. Os dados de entrada são as dimensões principais do navio, e é

importante ressaltar que nesse caso não são levadas em consideração as alturas das

ondas presentes na região da Bacia de Santos.

Para se calcular os momentos fletores em águas tranquilas e os momentos

fletores em ondas, é necessário, antes de tudo, calcular o comprimento de escantilhão.

Sabe-se pela regra que o comprimento de escantilhão deve ser entre 96% e 97% do

Comprimento Total da Linha d’água de Verão (𝐿𝐿𝐷𝑉). A Linha d’água de Verão é

referente ao Calado de Verão (𝑇𝐿𝐷𝑉), calculado como sendo 85% do valor do Pontal (D).

Logo:

𝑇𝐿𝐷𝑉 = 26,35 𝑚

Medindo no arranjo geral o comprimento total da linha d’água de verão para esse calado

e fazendo-se a proporção de escala, encontramos o seu valor:

𝐿𝐿𝐷𝑉 = 288,00 m

O comprimento de escantilhão será:

0,96 𝐿𝐿𝐷𝑉 ≤ 𝐿 ≤ 0,97 𝐿𝐿𝐷𝑉

276,48 ≤ 𝐿 ≤ 279,36

𝐿 = 277,92 𝑚

4.1.1. Momentos Fletores em Águas Tranquilas

O momento fletor em águas tranquilas, a meia nau, para tosamento e

alquebramento, respectivamente, é calculado pela norma da seguinte forma:

𝑀𝑠𝑜 = −0,065 ∙ 𝐶𝑤 ∙ 𝐿2 ∙ 𝐵 ∙ (𝐶𝑏 + 0,7) 𝐾𝑁. 𝑚 ( 𝑇𝑜𝑠𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜) (𝐸𝑞. 27)

𝑀𝑠𝑜 = 𝐶𝑤 ∙ 𝐿2 ∙ 𝐵 ∙ (0,1225 − 0,015 ∙ 𝐶𝑏) 𝐾𝑁. 𝑚 ( 𝐴𝑙𝑞𝑢𝑒𝑏𝑟𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜) (𝐸𝑞. 28)

sendo:

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27

𝐶𝑤 = 10,75 − [(300 − 𝐿)]3/2 (𝐸𝑞. 29)

L = comprimento de escantilhão [m]

B = Boca da embarcação [m]

𝐶𝑏 = Coeficiente de Bloco da Embarcação

Substituindo os valores, e mudando a unidade para tonelada metro, obtém-se:

𝑀𝑠𝑜 = −497404,04 𝑡. 𝑚 (𝑇𝑜𝑠𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜)

𝑀𝑠𝑜 = 487472,37 𝑡. 𝑚 (𝐴𝑙𝑞𝑢𝑒𝑏𝑟𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜)

O gráfico de distribuição dos momentos fletores em tosamento e alquebramento, ao

longo do comprimento do navio, podem ser gerados de acordo com a imagem abaixo.

Figura 17 – Gráfico de Distribuição para Momento Fletor em Águas Tranquilas [24]

Assim, com o intuito de montar o gráfico, foi criada a Tabela 14 com os valores

das coordenadas 𝑥, em metros, ao longo do comprimento embarcação, e os respectivos

fatores de multiplicação 𝐾𝑆𝑀. Assim, os momentos resultantes em cada coordenada 𝑥

da embarcação, tanto para tosamento quanto para alquebramento, são obtidos ao se

multiplicar esse fator 𝐾𝑆𝑀 pelo momento 𝑀𝑆𝑂 obtido anteriormente.

Tabela 14 - Curva de Distribuição do Momento em Águas Tranquilas

Curva de Distribuição Momento em Águas Tranquilas

X (m) Ksm Ksm*Mso (Tosamento) (t.m) Ksm*Mso (Alquebramento) (t.m)

0 0 0 0

27,792 0,15 -74610,60 73116,35

83,376 1 -497404,04 487442,37

194,544 1 -497404,04 487442,37

250,128 0,15 -74610,60 73116,35

277,92 0 0 0

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28

Figura 18 - Gráfico de Distribuição dos Momentos Fletores em Águas Tranquilas

4.1.2. Momentos Fletores em Ondas

O Momento Fletor em Ondas, a meia nau, para tosamento e alquebramento,

respectivamente, é calculado pela norma da seguinte forma:

𝑀𝑤𝑜 = −0,11 ∙ 𝛼 ∙ 𝐶𝑤 ∙ 𝐿2 ∙ 𝐵 ∙ (𝐶𝑏 + 0,7) 𝐾𝑁. 𝑚 (𝑇𝑜𝑠𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜) (𝐸𝑞. 30)

𝑀𝑤𝑜 = 0,19 𝛼 ∙ 𝐶𝑤 ∙ 𝐿2 ∙ 𝐵 ∙ 𝐶𝑏 𝐾𝑁. 𝑚 (𝐴𝑙𝑞𝑢𝑒𝑏𝑟𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜) (𝐸𝑞. 31)

Sendo:

𝛼 = 0,5

Substituindo os valores, e mudando a unidade para tonelada metro, obtém-se:

𝑀𝑤𝑜 = −420880,34 𝑡. 𝑚 (𝑇𝑜𝑠𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜)

𝑀𝑤𝑜 = 425861,17 𝑡. 𝑚(𝐴𝑙𝑞𝑢𝑒𝑏𝑟𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜)

Para os momentos fletores em ondas, também pode-se gerar o gráfico de

distribuição ao longo do comprimento da embarcação, de acordo com a imagem a

seguir.

-600000

-400000

-200000

0

200000

400000

600000

0 50 100 150 200 250 300

Mo

men

to F

leto

r (t

.m)

Comprimento do Navio (m)

Momento Fletor em Águas Tranquilas

Ksm*Mso(tosamento)

Ksm*Mso(alquebramento)

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29

Figura 19 - Gráfico de Distribuição para Momento Fletor em Ondas [24]

Novamente, com o intuito de montar o gráfico, agora para os momentos fletores

em ondas, foi criada a Tabela 15 com os valores das coordenadas 𝑥, em metros, ao

longo do comprimento embarcação, e os respectivos fatores de multiplicação 𝐾𝑊𝑀. Os

momentos resultantes em cada coordenada 𝑥 da embarcação, tanto para tosamento

quanto para alquebramento, são obtidos ao se multiplicar esse fator 𝐾𝑊𝑀 pelo momento

𝑀𝑊𝑂 já obtido.

Tabela 15 -Curva de Distribuição do Momento em Ondas

Curva de distribuição Momento em Ondas

X(m) Kwm Kwm*Mwo (Tosamento) (t.m) Kwm*Mwo (Alquebramento) (t.m)

0 0 0 0

111,168 1 -420880,34 425861,17

180,648 1 -420880,33 425861,17

277,92 0 0 0

Figura 20 - Gráfico de Distribuição dos Momentos Fletores em Ondas

-500000

-400000

-300000

-200000

-100000

0

100000

200000

300000

400000

500000

0 50 100 150 200 250 300

Mo

men

to F

leto

r (t

.m)

Comprimento do Navio (m)

Momento Fletor em Ondas

Kwm*Mwo(tosamento)

Kwm*Mwo(alquebramento)

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O momento total é dado pela soma dos maiores momentos em condição de

águas tranquilas e em condição de ondas:

𝑀𝑜𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 923265,21 𝑡. 𝑚

4.2. Programa Fletor

O programa Fletor foi desenvolvido com o objetivo de se obterem os esforços

estáticos de cisalhamento e de flexão que atuam em um navio em equilíbrio em águas

tranquilas ou em onda trocoidal, considerando ondas regulares. Assim, o programa

realiza o equilíbrio do navio nessas condições, de acordo com a forma do casco, a curva

de peso da embarcação, a altura e o comprimento de onda. Fornece, também, o cálculo

dos esforços cortantes, momentos fletores e deflexões do casco ao longo do

comprimento da embarcação e disponibiliza os respectivos diagramas aproximados.

Nesse trabalho, o programa Fletor será utilizado com a finalidade de se obter os

momentos fletores extremos atuantes no navio. [25]

4.2.1. Dados de Entrada

Os dados de entrada que foram utilizados no programa Fletor, foram o número

de balizas e de linhas d’água, assim como as suas respectivas posições, o número de

itens presente na curva de peso, a curva de peso, dimensões principais, tabela de cotas,

tolerâncias para a posição longitudinal do centro de carena (𝑋𝐵) e centro de gravidade

(𝑋𝐺), tolerância para o deslocamento e as alturas e comprimentos de onda de cada

condição.

Foram consideradas quatro linhas d’água e dezoito balizas, de forma a se obter

uma melhor aproximação para a curva de momento fletor ao longo do comprimento da

embarcação. Os dados de entrada são mostrados nas Tabelas 16-19.

Tabela 16 - Características gerais para entrada no Fletor

Características Gerais

Comprimento entre perpendiculares (m) 288,00

Boca (m) 54,00

Peso específico da Água (t/m³) 1,025

Coeficiente de Bloco de Projeto 0,99

Tolerância para Deslocamento (t) 10,00

Tolerância para Xb e Xg (m) 0,05

Calado de Projeto (m) 23,10

Extremos de Ré do Casco (m) 0,00

Extremo de Vante do Casco (m) 0,00

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Tabela 17 - Cotas das linhas d'água para entrada no Fletor

Cotas das Linhas D’água (m)

1 0,00

2 9,145

3 18,29

4 23,10

5 31,00

Tabela 18 - Abcissas das balizas para entrada no Fletor

Abcissas das Balizas (m)

1 0,00

2 18,00

3 36,00

4 54,00

5 72,00

6 90,00

7 108,00

8 126,00

9 144,00

10 162,00

11 180,00

12 198,00

13 216,00

14 234,00

15 252,00

16 270,00

17 274,50

18 288,00

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Tabela 19 - Tabela de Cotas da embarcação para entrada no Fletor

Bal/LA 1 2 3 4

1 0,00 0,00 27,00 27,00

2 27,00 27,00 27,00 27,00

3 27,00 27,00 27,00 27,00

4 27,00 27,00 27,00 27,00

5 27,00 27,00 27,00 27,00

6 27,00 27,00 27,00 27,00

7 27,00 27,00 27,00 27,00

8 27,00 27,00 27,00 27,00

9 27,00 27,00 27,00 27,00

10 27,00 27,00 27,00 27,00

11 27,00 27,00 27,00 27,00

12 27,00 27,00 27,00 27,00

13 27,00 27,00 27,00 27,00

14 27,00 27,00 27,00 27,00

15 27,00 27,00 27,00 27,00

16 27,00 27,00 27,00 27,00

17 27,00 27,00 27,00 27,00

18 0,00 0,00 27,00 27,00

Para o desenvolvimento da curva de peso da embarcação, foram considerados

o peso da carga (tanques), o peso de aço e o peso da planta e as respectivas

distribuições ao longo do navio.

No caso da carga, o navio possui 12 tanques, 6 à bombordo e 6 à boreste. Os

tanques de óleo de carga possuem todos comprimento de 40,50 metros, e foram

carregados em 95% da capacidade total, ou seja, com 22.012 toneladas cada um. Além

disso, há 4 tanques de óleo diesel que foram carregados com 98% de sua capacidade

total, o que corresponde a 1.747 toneladas para os tanques de armazenamento e 764

toneladas para os tanques de serviço. Os demais tanques não foram carregados.

O peso total de aço do navio é de 42.800 toneladas, e a distribuição foi feita

considerando o peso para o centro, a popa e a proa. Para a planta de processamento,

o peso total foi estimado subtraindo do peso total (353.500,00 toneladas) o peso de

todos os tanques de carga, com exceção dos tanques de lastros (284.130,31 toneladas).

Dessa forma, o peso total encontrado para a planta foi de 26.569,68 toneladas. Foram

considerados os dois guindastes presentes, cada um com 200 toneladas, e os 64

módulos, cada um com 408,90 toneladas. Na curva de peso, os módulos que se

encontravam na mesma coordenada longitudinal foram agrupados e seus pesos

somados, para simplificar.

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Tabela 20 - Curva de Peso para entrada no Fletor

Curva de Peso

Item Nome Xr (m) Pr (t/m) Xv (m) Pv (t/m)

Carga

COTK 6P 30,600 543,500 71,100 543,500

COTK 6S 30,600 543,500 71,100 543,500

COTK 5P 71,100 543,500 111,600 543,500

COTK 5S 71,100 543,500 111,600 543,500

COTK 4P 111,600 543,500 152,100 543,500

COTK 4S 111,600 543,500 152,100 543,500

COTK 3P 152,100 543,500 192,600 543,500

COTK 3S 152,100 543,500 192,600 543,500

COTK 2P 192,600 543,500 233,100 543,500

COTK 2S 192,600 543,500 233,100 543,500

COTK 1P 233,100 543,500 273,600 543,500

COTK 1S 233,100 543,500 273,600 543,500

STORTKP 4,500 129,400 18,000 129,400

SERVTKP 4,500 56,590 18,000 56,590

SETTTKS 4,500 56,590 18,000 56,590

STORTKS 4,500 56,590 18,000 56,590

Aço

Peso Aço Popa 0,000 0,000 18,000 140,328

Peso Aço Central 18,000 155,919 274,500 155,919

Peso Aço Proa 274,500 155,919 288,000 0,000

Planta

Guindaste 1 66,600 200,000 66,601 200,000

Guindaste 2 291,600 200,000 291,601 200,000

Módulo 1 35,100 1635,600 35,101 1635,600

Módulo 2 53,100 1635,600 53,101 1635,600

Módulo 3 71,100 817,800 71,101 817,800

Módulo 4 80,100 817,800 80,101 817,800

Módulo 5 89,100 1635,600 89,101 1635,600

Módulo 6 107,100 1635,600 107,101 1635,600

Módulo 7 120,600 1635,600 120,601 1635,600

Módulo 8 134,100 817,800 134,101 817,800

Módulo 9 138,600 817,800 138,601 817,800

Módulo 10 147,600 817,800 147,601 817,800

Módulo 11 165,600 1635,600 165,601 1635,600

Módulo 12 174,600 817,800 174,601 817,800

Módulo 13 188,100 1635,600 188,101 1635,600

Módulo 14 165,600 1635,600 165,601 1635,600

Módulo 15 210,600 1635,600 210,601 1635,600

Módulo 16 224,100 817,800 224,101 817,800

Módulo 17 228,600 817,800 228,601 817,800

Módulo 18 237,600 817,800 237,601 817,800

Módulo 19 242,100 817,800 242,101 817,800

Módulo 20 246,600 817,800 246,601 817,800

Módulo 21 251,100 817,800 251,101 817,800

Módulo 22 264,600 1635,600 264,601 1635,600

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34

Os pares de alturas e comprimentos de onda mostrados na Tabela 13 foram

também utilizados como dados de entrada no programa Fletor.

4.2.1. Dados de Saída

Tabela 21 - Momentos fletores em ondas e em águas tranquilas obtidos do programa Fletor

Ondas Momentos

Fletores Extremos (t.m)

Momentos Fletores na SMN (t.m)

H L SMN

0,25 92,30 Cavado 1.009.956,00 1.007.130,00

Crista 1.018.429,00 1.017.600,00

0,75 89,24 Cavado 997.941,50 992.962,00

Crista 1.033.570,00 1.033.570,00

1,25 87,45 Cavado 982.999,00 975.995,00

Crista 1.051.225,00 1.051.230,00

1,75 100,37 Cavado 1.033.730,00 1.024.690,00

Crista 1.009.769,00 1.009.770,00

2,25 119,25 Cavado 1.086.441,00 1.077.230,00

Crista 950.962,00 950.962,00

2,75 129,13 Cavado 1.086.448,00 1.075.030,00

Crista 960.658,00 960.658,00

3,25 126,19 Cavado 1.108.266,00 1.095.330,00

Crista 940.075,00 940.075,00

3,75 105,07 Cavado 1.096.446,00 1.080.140,00

Crista 961.941,00 961.941,00

4,25 56,67 Cavado 1.035.383,00 1.020.880,00

Crista 1.033.845,00 1.033.840,00

4,75 35,74 Cavado 986.157,00 986.157,00

Crista 1.080.080,00 1.072.300,00

5,25 8,68 Cavado 542.163,50 517.777,00

Crista 1.525.195,00 1.525.190,00

5,75 31,79 Cavado 1.113.548,00 1.107.750,00

Crista 961.386,50 959.290,00

6,25 61,09 Cavado 1.140.893,00 1.122.490,00

Crista 929.348,00 929.348,00

6,75 62,08 Cavado 1.154.906,00 1.136.380,00

Crista 904.642,00 904.642,00

7,25 49,95 Cavado 910.130,00 900.665,00

Crista 1.162.920,00 1.162.920,00

7,75 86,60 Cavado 826.584,00 782.765,00

Crista 1.261.322,00 1.261.320,00

8,25 84,86 Cavado 794.311,50 749.126,00

Crista 1.283.346,00 1.283.350,00

8,75 77,99 Cavado 851.321,50 819.614,00

Crista 1.244.162,00 1.244.160,00

9,25 93,06 Cavado 960.561,00 894.476,00

Crista 1.197.511,00 1.197.510,00

Águas tranquilas 1.011.370,00 1.009.260,00

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35

O programa Fletor retorna a condição de equilíbrio da embarcação e a

distribuição das forças cortantes e do momento fletor ao longo do comprimento do navio,

tanto para a condição de águas tranquilas como para ondas trocoidais regulares. No

presente trabalho, estamos interessados em obter os momentos fletores atuantes no

casco. Os dados de saída para as condições de águas tranquilas e da onda 1 pode ser

visualizado no Anexo, como exemplo.

A Tabela 21 apresenta os dados de saída do programa para os momentos

fletores em ondas, mostrando a respectiva altura e comprimento de onda, e indicando,

na coluna SMN (seção de meia nau), se a crista ou o cavado está à meia nau.

Apresenta, também, o resultado do momento fletor extremo para a condição de águas

tranquilas. São mostrados tanto os momentos fletores extremos como os momentos

fletores que estão atuando na seção mestra do navio.

Para a obtenção desses resultados, foram consideradas simplificações como

ondas regulares, perído médio e altura significativa de onda. A carga hidrostática não

foi incluída, e a presença dela poderia acarretar em uma carga cíclica devido a variação

das alturas das ondas. As ondas foram analisadas com navio carregado a 95% de sua

capacidade total, pois os esforços cortantes eram maiores nessas condições, porém, a

análise de condições de menor carga poderia gerar uma variação de momento mais

significativa e uma maior carga cíclica.

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36

5. Modelo Numérico

Um modelo numérico tridimensional do navio foi desenvolvido conforme o

método dos elementos finitos, utilizando o software ANSYS [26]. O objetivo foi analisar

a variação de tensão em função das solicitações de onda no costado da embarcação

FPSO, para finalmente realizar o estudo de vida à fadiga.

Foi feita a modelação de meia seção mestra do navio, constituída pelo costado,

fundo, convés, e antepara longitudinal e central, assim como os reforçadores referentes

a cada um deles. A modelação da estrutura foi feita diretamente no ANSYS, sem o

auxílio de qualquer outro software de modelagem.

Figura 21 - Modelo numérico de meia seção mestra modelada no ANSYS

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37

5.1. Parâmetros Geométricos

A meia seção mestra do navio foi modelada considerando as dimensões

principais dispostas na Tabela 1. Como o modelo representa meia seção, o valor

utilizado para a boca foi de 27 metros. As espessuras das chapas do navio estão

indicadas na Tabela 22.

Tabela 22 - Espessuras das chapas

Parâmetro Valor (mm)

Espessura do Costado (mm) 19

Espessura da Antepara (mm) 9,5

Espessura do Fundo (mm) 20

Espessura do Convés (mm) 19

Os espaçamentos entre os reforçadores variam de acordo com a sua

localização. Dessa forma, os respectivos valores podem ser verificados na Tabela 23.

Tabela 23 - Espaçamento entre reforçadores

Parâmetro Valor (mm)

Espaçamento entre reforçadores do Costado (mm) 900

Espaçamento entre reforçadores da Antepara (mm) 900

Espaçamento entre reforçadores do Fundo (mm) 900

Espaçamento entre reforçadores do Convés (mm) 900

Os reforçadores longitudinais da embarcação são do tipo bulbo, perfil T ou perfil

L. Por simplificação, os reforçadores do tipo bulbo foram modelados com o perfil de

barra chata. As dimensões tais como altura da alma (ℎ), espessura da alma (𝑡ℎ), largura

do flange (𝑤) e espessura do flange (𝑡𝑤) de cada reforçador estão dispostas na Tabela

24. É possível perceber que as dimensões, assim como o tipo de perfil, são variáveis.

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Tabela 24 - Dimensões geométricas dos reforçadores longitudinais

Alma Flange

Localização Longitudinais Perfil h (mm) th (mm) w (mm) tw (mm)

Convés

L - 1~2, L- 4~22 BC 300 12 - -

L - 3 T 300 28 150 28

L - 23~29 BC 300 12 - -

Costado

L - 30~37 BC 340 12 - -

L - 38~51 BC 400 12 - -

L - 52~54, L - 55 L 420 12 150 28

L - 56~60 L 470 12 170 28

L - 61 L 520 12 170 28

L - 62 L 630 14 180 28

Fundo L - 63~67 T 630 14 180 28

L - 69~90 T 520 12 170 28

Antepara Central

L - 30~34 BC 340 12 - -

L - 35, L- 41 L 300 12 150 28

L - 36~40 BC 340 12 - -

L - 42~46 BC 400 12 - -

L - 48~52 BC 400 12 - -

L - 54~58 BC 400 12 - -

L - 60~63 BC 400 12 - -

L - 47, L - 53, L - 59 L 420 12 150 28

Antepara

L - 30~39 BC 340 12 - -

L - 40~46 BC 400 12 - -

L - 48~52 BC 400 12 - -

L - 54~58 BC 400 12 - -

L - 63 BC 400 12 - -

L - 47, L - 53 L 420 12 150 28

L - 59~60 BC 420 12 150 28

L - 61~62 BC 470 12 170 28

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5.2. Propriedades do Material

O material considerado no modelo numérico foi o aço de alta resistência AH36,

comumente utilizado na fabricação de estruturas navais. O limite de escoamento e a

tensão última desse aço foram calculadas com a realização de oito testes de tração

uniaxial em [27]. São apresentadas na Tabela 25 as propriedades mecânicas médias

do material que foram utilizadas no modelo numérico em questão, sendo E o módulo de

elasticidade, v o coeficiente de Poisson, 𝜎𝑜 o limite de escoamento e 𝑆𝑢 a tensão última.

Tabela 25 - Propriedades mecânicas médias do aço utilizadas no modelo numérico

E (GPa) v 𝝈𝒐 (MPa) 𝑺𝒖(MPa)

210 0,3 365 500

5.3. Malha de Elementos Finitos

A seção foi modelada com o elemento de casca SHELL63. Ele é caracterizado

por possuir quatro nós e seis graus de liberdade em cada nó, ou seja, translação nas

direções x, y e z e rotação através dos eixos x, y e z. É um elemento adequado para

espessuras de cascas tridimensionais moderadamente finas.

Figura 22 - Elemento SHELL63 utilizado na modelação numérica [26]

O refinamento da malha, tal como o número de elementos ao longo das alturas

das almas dos reforçadores (𝑛ℎ) e ao longo da largura dos flanges dos reforçadores

(𝑛𝑤) é apresentado na Tabela 26. Cada distância entre reforçadores é composta por 15

elementos.

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Tabela 26 - Número de elementos de malha nos reforços longitudinais

Nº de Elementos

Localização Longitudinais nh nw

Convés

L - 1~2, L- 4~22 5 -

L - 3 5 2

L - 23~29 5 -

Costado

L - 30~37 6 -

L - 38~51 7 -

L - 52~54, L - 55 7 2

L - 56~60 8 2

L - 61 9 2

L - 62 10 2

Fundo L - 63~67 10 2

L - 69~90 9 2

Antepara Central

L - 30~34 6 -

L - 35, L- 41 10 2

L - 36~40 6 -

L - 42~46 7 -

L - 48~52 7 -

L - 54~58 7 -

L - 60~63 7 -

L - 47, L - 53, L - 59 7 2

Antepara

L - 30~39 6 -

L - 40~46 7 -

L - 48~52 7 -

L - 54~58 7 -

L - 63 7 -

L - 47, L - 53 7 2

L - 59~60 7 2

L - 61~62 8 2

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Figura 23 - Malha de elementos finitos no costado do navio

5.4. Condições de Contorno e Carregamento

Foi prescrito um passo de carga em cada análise através do método dos

elementos finitos, correspondendo aos momentos fletores extremos obtidos do cálculo

realizado pelo programa Fletor. Nos passos de carga foram impostas condições de

contorno que restringiram os deslocamentos nas direções x e y em um dos nós do

modelo. Como o modelo numérico inclui apenas meia seção, os valores inseridos no

programa correspondem a metade os momentos fletores que foram obtidos. Esses

valores na unidade de N.mm estão organizados na Tabela 27.

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Tabela 27 - Carregamentos utilizados no modelo numérico

Ondas Momentos Fletores

Extremos x10^6 (N.mm) H L SMN

0,25 92,3 Cavado 4.948.784,40

Crista 4.990.302,10

0,75 89,24 Cavado 4.889.913,35

Crista 5.064.493,00

1,25 87,45 Cavado 4.816.695,10

Crista 5.151.002,50

1,75 100,37 Cavado 5.065.277,00

Crista 4.947.868,10

2,25 119,25 Cavado 5.323.560,90

Crista 4.659.713,80

2,75 129,13 Cavado 5.323.595,20

Crista 4.707.224,20

3,25 126,19 Cavado 5.430.503,40

Crista 4.606.367,50

3,75 105,07 Cavado 5.372.585,40

Crista 4.713.510,90

4,25 56,67 Cavado 5.073.376,70

Crista 5.065.840,50

4,75 35,74 Cavado 4.832.169,30

Crista 5.292.392,00

5,25 8,68 Cavado 2.656.601,15

Crista 7.473.455,50

5,75 31,79 Cavado 5.456.385,20

Crista 4.710.793,85

6,25 61,09 Cavado 5.590.375,70

Crista 4.553.805,20

6,75 62,08 Cavado 5.659.039,40

Crista 4.432.745,80

7,25 49,95 Cavado 4.459.637,00

Crista 5.698.308,00

7,75 86,6 Cavado 4.050.261,60

Crista 6.180.477,80

8,25 84,86 Cavado 3.892.126,35

Crista 6.288.395,40

8,75 77,99 Cavado 4.171.475,35

Crista 6.096.393,80

9,25 93,06 Cavado 4.706.748,90

Crista 5.867.803,90

Águas tranquilas 4.955.713,00

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6. Resultados do Modelo Numérico

Neste item serão apresentados os resultados do modelo numérico após a

imposição dos momentos fletores atuantes no costado da embarcação. As Figuras 24 e

25 mostram a distribuição das tensões de von Mises ao longo da estrutura após a

aplicação do momento fletor decorrente da incidência de uma das ondas.

Figura 24 - Distribuição de tensões no modelo numérico de meia seção mestra, em MPa

Figura 25 - Distribuição de tensões no modelo numérico do costado, em MPa

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Foram selecionados cinco pontos no costado da embarcação, cada um se

referindo a um nó da malha de elementos finitos. Dessa forma, foi possível retirar do

modelo numérico a tensão de von Mises atuante em cada nó. Esse procedimento foi

feito para as condições das 19 ondas, considerando o cavado à meia nau e crista à meia

nau.

Figura 26 - Localização dos nós no costado para a retirada da tensão de Von Mises

Os valores das coordenadas dos pontos, assim como os nós de referência, estão indicados na Tabela 28.

Tabela 28 - Coordenadas dos pontos no costado

Ponto Nó Y (m)

1 43.198 30,82

2 1.062 22,50

3 39.182 14,64

4 3.110 8,10

5 18.988 1,80

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Figura 27 - Imagem ilustrativa da onda passando pela embarcação

A Figura 27 ilustra as duas condições de onda (cavado e crista à meia nau) e a

defasagem que há entre elas. Essa defasagem é a geradora da variação de tensão.

Então, para uma mesma onda, foi calculada a diferença de tensão obtida para o caso

de cavado à meia nau e crista à meia nau, para cada um dos pontos selecionados, de

acordo com a equação da tensão alternada:

𝜎𝑎 =(𝜎𝑚𝑎𝑥 − 𝜎𝑚𝑖𝑛)

2 (𝐸𝑞. 32)

Foram obtidos, também para cada onda em cada um dos cinco pontos, a tensão média

entre as duas condições, a partir de:

𝜎𝑚 =(𝜎𝑚𝑎𝑥 + 𝜎𝑚𝑖𝑛)

2 (𝐸𝑞. 33)

Assim, foram obtidos cinco tensões alternadas e cinco tensões médias para cada onda

considerada.

Esses dados foram organizados na Tabela 29, juntamente com as alturas (𝐻𝑆) e

períodos (𝑇𝑆) de cada onda, assim como a frequência com a qual elas ocorrem. A

diferença de tensão obtida para o caso de cavado à meia nau e crista à meia nau é

representada pelo símbolo 𝜎𝑎, e a tensão média por 𝜎𝑚. O índice em cada símbolo é

correspondente ao ponto de coordenada do costado no qual a tensão está sendo

aplicada.

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Tabela 29 - Resultados numéricos obtidos para a tensão alternada e tensão média

Onda Hs (m) Freq Tp (s) 𝛔𝐚𝟏

(MPa) 𝛔𝐦𝟏

(MPa) 𝛔𝐚𝟐

(MPa) 𝛔𝐦𝟐

(MPa) 𝛔𝐚𝟑

(MPa) 𝛔𝐦𝟑

(MPa) 𝛔𝐚𝟒

(MPa) 𝛔𝐦𝟒

(MPa) 𝛔𝐚𝟓

(MPa) 𝛔𝐦𝟓

(MPa)

1 0,25 8 8,24 0,6 145,9 0,2 69,4 0,2 2,6 0,2 57,4 0,5 115,7

2 0,75 1512 7,73 2,6 146,1 1,2 69,6 0,0 2,5 1,0 57,5 2,1 115,9

3 1,25 11842 7,7 5,0 146,3 2,4 69,6 0,1 2,5 2,0 57,6 4,0 116,1

4 1,75 24836 8,12 1,8 147,0 0,8 70,0 0,2 2,7 0,7 57,9 1,4 116,6

5 2,25 19121 8,74 9,9 146,6 4,7 69,8 0,2 2,5 4,0 57,7 7,9 116,3

6 2,75 10175 9,27 9,2 147,3 4,4 70,1 0,2 2,5 3,7 58,0 7,3 116,8

7 3,25 4608 9,82 12,2 147,4 5,8 70,2 0,2 2,5 4,9 58,0 9,8 116,9

8 3,75 1867 10,45 9,8 148,1 4,6 70,5 0,2 2,5 3,9 58,3 7,9 117,5

9 4,25 810 11,16 0,1 148,9 0,1 71,0 0,0 2,5 0,0 58,6 0,1 118,1

10 4,75 410 11,75 6,9 148,7 3,3 70,7 0,1 2,5 2,7 58,5 5,5 117,9

11 5,25 229 11,88 42,3 120,1 20,1 57,1 0,7 2,0 16,7 47,4 33,6 95,4

12 5,75 124 11,5 11,1 149,3 5,3 71,1 0,2 2,5 4,4 58,8 8,9 118,5

13 6,25 66 11,55 15,4 149,1 15,1 63,2 0,3 2,5 8,2 60,7 12,3 118,2

14 6,75 39 11,99 18,4 148,4 8,7 70,6 0,3 2,5 7,3 58,4 14,7 117,7

15 7,25 29 11,99 18,6 149,4 8,8 71,1 0,3 2,5 7,5 58,9 14,9 118,6

16 7,75 11 12,51 22,6 141,3 10,7 67,2 0,4 2,4 9,0 55,7 18,0 112,1

17 8,25 9 12,47 23,3 137,3 11,1 65,4 0,4 2,3 9,2 54,0 18,5 108,9

18 8,75 10 10,82 19,3 141,5 9,2 67,3 0,3 2,4 7,6 55,8 15,4 112,3

19 9,25 4 12,88 17,6 155,7 8,3 74,1 0,3 2,6 7,1 61,4 14,2 123,6

Com os resultados das tensões alternadas e das tensões médias, é possível

concluir, a partir da análise dos valores, que o ponto mais crítico no costado é o ponto

mais superior, seguido do ponto mais inferior. O menos crítico é aquele proximo à linha

neutra da embarcação, possuindo valores de tensões próximos de zero.

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7. Avaliação da Vida à Fadiga

7.1. Levantamento das Curvas Analíticas

Como já explicado anteriormente, a fadiga consiste em um modo de falha do

material ocasionado de carregamentos dinâmicos que são impostos na estrutura em um

certo período de serviço. No presente trabalho, esses carregamentos são as solicitações

de onda no costado da embarcação. A falha por fadiga, em geral, tem a sua origem em

um ponto de concentração de tensão.

Quando a falha por fadiga é ocasionada por um número de ciclos entre 1 e 10³,

trata-se de fadiga de baixo ciclo, já as falhas que ocorrem a um número superior a 10³

ciclos, são consideradas fadigas de alto ciclo. A fadiga de alto ciclo costuma ser

estudada através da curva S-N, onde é considerada a fase de iniciação da trinca até a

sua propagação. A curva é definida pela equação de Basquin:

𝑆𝑛 = 𝐶𝑁𝑏 (𝐸𝑞. 34)

Sendo 𝑆𝑛 a amplitude de tensão, N o número de ciclos necessários para que ocorra a

falha do material, e C e b constantes que dependem das condições de ensaio e das

propriedades do material.

De forma a se determinar a curva S-N analiticamente, o limite de resistência à

fadiga do aço (𝑆𝑒′), para ensaios normalizados, foi aproximado pelo valor mínimo entre

metade do limite de resistência à tração (𝑆𝑢) e 700 MPa [15]. Entretanto, o limite de

resistência à fadiga deve ser corrigido, no caso de um elemento estrutural, pelo fato de

concentração de tensão em fadiga (𝐾𝑓) e pelo fator de correção de acabamento

superficial (𝐾𝑎):

𝑆𝑒 = 𝑆𝑒′ 𝐾𝑎

𝐾𝑓 (𝐸𝑞. 35)

Sendo 𝐾𝑎 estimado como:

𝐾𝑎 = 𝑎 𝑆𝑢𝑏 (𝐸𝑞. 36)

Onde os fatores a e b foram definidos anteriormente de acordo com a Tabela 6.

Considerando o acabamento como superficial laminado, os valores adotados foram:

𝑎 = 57,70

𝑏 = −0,718

A curva foi definida ligando 0,9𝑆𝑢 em N=10³ ciclos e 𝑆𝑒 em N=106 ciclos. O fator de

concentração de tensão em fadiga (𝐾𝑓) foi considerado, inicialmente, igual ao fator de

concentração teórico (𝐾𝑡), ou seja, 𝑞 = 1. Posteriormente, foi plotada a curva com o fator

de concentração 𝐾𝑡 = 2,2 obtido de [16], valor máximo encontrado para situações de

avaria. Como os valores das tensões alternadas encontradas anteriormente

aparentemente não gerariam dano para esses fatores de concentração de tensão,

resolveu-se plotar as curvas também para 𝐾𝑓 = 3,0 e 𝐾𝑓 = 4,0. Esses valores são

extrapolações que poderiam ocorrer em regiões não estudadas por [16], e que serão

analisados para saber se com eles há a ocorrência de fadiga.

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Figura 28 - Curva S-N analítica obtida para Kt = 1

Figura 29 - Curva S-N analítica obtida para Kt = 2,2

166,4391

y = -41,05ln(x) + 733,56

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

500

1000 10000 100000 1000000

σa

(MP

a)

N (Ciclos)

Curva S-N (Kf =1)

450

75,6541

y = -54,19ln(x) + 824,35

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

500

1000 10000 100000 1000000

σa

(MP

a)

N (Ciclos)

Curva S-N (Kf = 2,2)

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49

Figura 30 - Curva S-N analítica obtida para Kt =3,0

Figura 31 - Curva S-N analítica obtida para Kt =4,0

55,4797

y = -57,11ln(x) + 844,52

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

500

1000 10000 100000 1000000

σa

(MP

a)

N (Ciclos)

Curva S-N (Kf =3,0)

41,6097

y = -59,12ln(x) + 858,39

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

500

1000 10000 100000 1000000

σa

(MP

a)

N (Ciclos)

Curva S-N (Kf = 4,0)

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50

7.2. Correção das Curvas Analíticas pelo Critério de Goodman

Foi calculada a média dos valores das tensões médias obtidas para cada onda

(Tabela 30), no ponto 1 do costado, e o mesmo procedimento foi feito para os outros

quatro pontos, de forma a se obter cinco valores de tensões médias, cada um refente a

uma coordenada do costado.

Tabela 30 - Tensões médias atuantes no costado do navio

Tensões Médias

σm1 (MPa) 145,50

σm2 (MPa) 68,83

σm3 (MPa) 2,46

σm4 (MPa) 57,41

σm5 (MPa) 115,43

A partir desses valores, foi possível corrigir a curva analítica e obter uma curva

para cada uma dessas tensões médias, a partir do critério de Goodman, que já foi

descrito no item 2.3.4:

𝜎𝑎

𝑆𝑓+

𝜎𝑚

𝑆𝑢= 1 (𝐸𝑞. 37)

A equação utilizada para a correção é em função do limite de resistência à tração (𝑆𝑢),

da resistência à fadiga (𝑆𝑓) presente na curva analítica para o número de ciclos que está

sendo considerado, e da tensão média (𝜎𝑚) do ponto analisado. Logo, o valor obtido é

o da tensão alternada (𝜎𝑎), e assim é possível plotar esses valores em função do número

de ciclos.

A seguir são apresentadas as curvas para as tensões médias para os quatro

valores de fator de concentração de tensão considerados, e os dados de cada uma das

curvas com os valores das tensões alternadas que foram plotados, referentes a 1.000,

10.000, 100.000 e 1.000.000 de ciclos.

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51

Figura 32 - Curvas S-N para as tensões médias e curva analítica, para Kf =1,0

Tabela 31 – Valores plotados nas curvas S-N das tensões médias pra Kf = 1,0

Kf = 1,0 σm1 (MPa) σm2 (MPa) σm3 (MPa) σm4 (MPa) σm5 (MPa)

N σa (MPa) σa (MPa) σa (MPa) σa (MPa) σa (MPa)

1000 319,05 388,05 447,78 398,33 346,11

10000 252,03 306,54 353,73 314,66 273,41

100000 185,02 225,03 259,67 230,99 200,71

1000000 118,00 143,52 165,61 147,32 128,01

Figura 33 - Curvas S-N para as tensões médias e curva analítica, para Kf = 2,2

y = -41,05ln(x) + 733,56

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

500

1000 10000 100000 1000000

σa

(MP

a)

N (Ciclos)

Curvas S-N (Kf =1,0)

σm1

σm2

σm3

σm4

σm5

Logaritmo (Analítica)

y = -54,19ln(x) + 824,35

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

500

1000 10000 100000 1000000

σa

(MP

a)

N (Ciclos)

Curvas S-N (Kf = 2,2)

σm1

σm2

σm3

σm4

σm5

Logaritmo (Analítica)

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52

Tabela 32 - Valores plotados nas curvas S-N das tensões médias pra Kf = 2,2

Kf = 2,2 σm1 (MPa) σm2 (MPa) σm3 (MPa) σm4 (MPa) σm5 (MPa)

N σa (MPa) σa (MPa) σa (MPa) σa (MPa) σa (MPa)

1000 319,06 388,07 447,80 398,35 346,12

10000 230,60 280,47 323,64 287,90 250,15

100000 142,13 172,87 199,48 177,45 154,18

1000000 53,66 65,27 75,32 67,00 58,21

Figura 34 - Curvas S-N para as tensões médias e curva analítica, para Kf = 3,0

Tabela 33 - Valores plotados nas curvas S-N das tensões médias pra Kf = 3,0

Kf = 3,0 σm1 (MPa) σm2 (MPa) σm3 (MPa) σm4 (MPa) σm5 (MPa)

N σa (MPa) σa (MPa) σa (MPa) σa (MPa) σa (MPa)

1000 319,06 388,07 447,80 398,35 346,12

10000 225,83 274,67 316,95 281,95 244,98

100000 132,59 161,27 186,10 165,54 143,84

1000000 39,36 47,87 55,24 49,14 42,70

y = -57,11ln(x) + 844,52

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

500

1000 10000 100000 1000000

σa

(MP

a)

N (Ciclos)

Curvas S-N (Kf = 3,0)

σm1

σm2

σm3

σm4

σm5

Logaritmo (Analítica)

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Figura 35 - Curvas S-N para as tensões médias e curva analítica, para Kf = 4,0

Tabela 34 - Valores plotados nas curvas S-N das tensões médias pra Kf = 4,0

Kf = 4,0 σm1 (MPa) σm2 (MPa) σm3 (MPa) σm4 (MPa) σm5 (MPa)

N σa (MPa) σa (MPa) σa (MPa) σa (MPa) σa (MPa)

1000 319,05 388,05 447,79 398,34 346,11

10000 222,54 270,67 312,33 277,84 241,41

100000 126,02 153,28 176,87 157,34 136,71

1000000 29,51 35,89 41,41 36,84 32,01

7.3. Cálculo do Dano por Fadiga

O dano por fadiga em um elemento estrutural pode ser calculado conforme a

Regra de Miner, já descrita no item 2.3.6. A equação que rege essa regra é dada por:

𝐷 = ∑𝑛𝑖

𝑁𝑖

𝑁𝑐

𝑖=1

(𝐸𝑞. 38)

Onde o dano acumulado é o somatório, para todos os carregamentos impostos, da

razão do número de ciclos aplicados (𝑛𝑖) e do número de ciclos necessários para que

ocorra a falha (𝑁𝑖). A falha por fadiga irá ocorrer quando 𝐷 = 1 e os valores de 𝐷 entre

0 e 1 irão indicar o quanto foi consumido da vida em fadiga do elemento estrutural.

No presente estudo, os carregamentos impostos se referem às solicitações das

19 ondas no costado do navio, então os valores de 𝑖 irão variar de 1 até 19. Na Tabela

35 são mostrados os valores das ocorrências 𝑛𝑖 de ondas para 1 ano, 5 anos e 10 anos.

Esse cálculo foi realizado considerando que a medição das frequências das ondas foi

feita em um intervalo de tempo igual ao somatório, para todas as ondas, do produto do

período com a frequência, ou seja, de 7,5 dias. Multiplicando-se a frequência de cada

onda por seu período, é possível obter o tempo total em que ela ocorre dentro de 7,5

dias. Assim, foi feita a equivalência para o número de ocorrências em 1 ano, 5 anos e

10 anos.

y = -59,12ln(x) + 858,39

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

500

1000 10000 100000 1000000

σa

(MP

a)

N (Ciclos)

Curvas S-N (Kf = 4,0)

σm1

σm2

σm3

σm4

σm5

Logaritmo (Analítica)

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54

Tabela 35 - Número de ciclos ni aplicados no elemento estrutural

Onda Hs (m) Freq Tp (s) Total (s) ni (1 ano) ni (5 anos) ni (10 anos)

1 0,25 8 8,24 65,92 388 1.938 3.877

2 0,75 1512 7,73 11.687,76 73.268 366.339 732.678

3 1,25 11842 7,7 91.183,40 573.834 2.869.170 5.738.341

4 1,75 24836 8,12 201.668,32 1.203.491 6.017.456 12.034.912

5 2,25 19121 8,74 167.117,54 926.556 4.632.782 9.265.564

6 2,75 10175 9,27 94.322,25 493.055 2.465.277 4.930.554

7 3,25 4608 9,82 45.250,56 223.292 1.116.461 2.232.923

8 3,75 1867 10,45 19.510,15 90.470 452.351 904.702

9 4,25 810 11,16 9.039,60 39.251 196.253 392.506

10 4,75 410 11,75 4.817,50 19.868 99.338 198.676

11 5,25 229 11,88 2.720,52 11.097 55.484 110.968

12 5,75 124 11,5 1.426,00 6.009 30.044 60.087

13 6,25 66 11,55 762,30 3.198 15.991 31.982

14 6,75 39 11,99 467,61 1.890 9.449 18.898

15 7,25 29 11,99 347,71 1.405 7.026 14.053

16 7,75 11 12,51 137,61 533 2.665 5.330

17 8,25 9 12,47 112,23 436 2.181 4.361

18 8,75 10 10,82 108,20 485 2.423 4.846

19 9,25 4 12,88 51,52 194 969 1.938

Um dano parcial somente irá acontecer para valores de 𝑁𝑖 inferiores a 106, de

tal forma que, quando 𝑁𝑖 ultrapassa esse valor, ele é considerado infinito, e portanto o

dano parcial tende a zero.

Assim, para o fator de concentração de tensão igual a 1,0, é possível perceber

que não há a ocorrência de dano para nenhuma das ondas. Para esse fator de

concentração de tensão, a curva de tensão média 𝜎𝑚1 apresenta o valor de 118,00 MPa

de resistência à fadiga para 106 ciclos. Na Tabela 29, é possível perceber que o maior

valor de tensão alternada no ponto 1 é de 𝜎𝑎1=42,30 MPa, para a onda 11. Como esse

valor é inferior a 118,00 MPa, ele possui 𝑁𝑖 tendendo ao infinito. Dessa forma, como

todos os outros valores de tensões alternadas do ponto 1 se encontram abaixo de 42,30

MPa, eles também terão os seus respectivos 𝑁𝑖 tendendo ao infinito. Para os outros

pontos do costado, acontece o mesmo, pois nenhum valor de tensão alternada

ultrapassa o limite de resistência à fadiga do material referente à 106 ciclos. Logo, é

justificada a ausência de qualquer dano parcial.

Para o fator de concentração de tensão igual a 2,2, também não há a ocorrência

de dano devido às incidências das ondas. Isso é verificado da mesma forma que

anteriormente, porém, os diagramas agora analisados são os para 𝐾𝑓 = 2,2. Não há

nenhum valor de tensão alternada em algum ponto do costado que ultrapasse o valor

do limite de resistência à fadiga, para 106 ciclos, da respectiva curva de tensão média.

Analisando os diagramas para o fator de concentração de tensão 3,0, observou-

se a ocorrência de dano parcial somente para o ponto 1 no costado do navio, em

decorrência da onda 11. A curva de tensão média 𝜎𝑚1 para esse fator indica uma

resistência à fadiga no valor de 39,36 MPa, para 106 ciclos, de forma que o valor de

tensão alternada 𝜎𝑎1 =42,30 MPa, ultrapassa esse limite.

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55

Figura 36 - Curva S-N para a tensão média σm1, com Kf = 3,0

O cálculo do dano será então a razão entre número de ciclos de carregamento

ao qual está sujeito o costado e número de ciclos que ele suporta até falhar. O

carregamento sofrido pelo costado, para a onda 11, foi indicado na Tabela 35. O número

de ciclos até a falha é facilmente retirado da Figura 36, para o valor de 𝜎𝑎1 = 42,30 MPa.

A equação que rege a curva está plotada no gráfico, e substituindo o valor da tensão

em 𝑦, o valor de 𝑁11 encontrado é 929.440,08. Assim, é possível calcular o dano no

ponto 1 do costado para 1 ano, 5 anos e 10 anos:

𝐷1,1 = ∑𝑛𝑖

𝑁𝑖

𝑁𝑐

𝑖=1

=𝑛11

𝑁11=

11.097

929.440,08= 0,0119 (𝐸𝑞. 39)

𝐷1,5 = ∑𝑛𝑖

𝑁𝑖

𝑁𝑐

𝑖=1

=𝑛11

𝑁11=

55.484

929.440,08= 0,0597 (𝐸𝑞. 40)

𝐷1,10 = ∑𝑛𝑖

𝑁𝑖

𝑁𝑐

𝑖=1

=𝑛11

𝑁11=

110.968

929.440,08= 0,1194 (𝐸𝑞. 41)

Cada um desses valores significa o quanto da vida à fadiga do elemento

estrutural foi consumida, de tal forma que para 1 ano, há um consumo de 1,19% da vida

à fadiga do material, devido à incidência apenas da onda 11 no costado, para 5 anos,

5,97% e para 10 anos, 11,94%.

Para o fator de concentração 4,0, acontecerão danos nos pontos 1 e 5 do

costado do navio, devido à ocorrência da onda 11. Para o ponto 1, o limite de resistência

à fadiga para 106 ciclos é de 29,50 MPa. Assim, o valor de tensão que ultrapassa esse

limite, no ponto 1, é o de 𝜎𝑎1 =42,30 MPa.

39,360

y = -40,49ln(x) + 598,76

0

50

100

150

200

250

300

350

1000 10000 100000 1000000

σa

(MP

a)

N (ciclos)

Curva S-N (σm1)

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Figura 37 - Curva S-N para a tensão média σm1, com Kf = 4,0

O valor de 𝑁11 encontrado para essa tensão, utilizando a equação que rege o

gráfico da Figura 37, é de 735.483,68 ciclos, de forma que o cálculo do dano por fadiga

foi realizado por:

𝐷1,1 = ∑𝑛𝑖

𝑁𝑖

𝑁𝑐

𝑖=1

=𝑛11

𝑁11=

11.097

735.483,68= 0,0151 (𝐸𝑞. 42)

𝐷1,5 = ∑𝑛𝑖

𝑁𝑖

𝑁𝑐

𝑖=1

=𝑛11

𝑁11=

55.484

735.483,68= 0,0754 (𝐸𝑞. 43)

𝐷1,10 = ∑𝑛𝑖

𝑁𝑖

𝑁𝑐

𝑖=1

=𝑛11

𝑁11=

110.968

735.483,68= 0,1508 (𝐸𝑞. 44)

Esse resultado mostra que em 1 ano têm-se o consumo de 1,51% de vida à

fadiga do elemento estrutural, em 5 anos, 7,54% e em 10 anos, 15,08%.

Para o ponto 5 do costado, percebe-se que o limite de resistência à fadiga

correspondente a 106 ciclos é de 32,00 MPa. O valor de tensão alternada, no ponto 5,

que ultrapassa esse limite, é 33,64 MPa, para a onda 11.

29,50

y = -41,92ln(x) + 608,6

0

50

100

150

200

250

300

350

1000 10000 100000 1000000

σa

(MP

a)

N (ciclos)

Curva S-N (σm1)

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57

Figura 38 - Curva S-N para a tensão média σm5, com Kf = 4,0

Buscando o valor dessa tensão na curva da Figura 38, é encontrado um número

de ciclos suportados até a falha, 964.808,01. Assim, o cálculo do dano à fadiga se torna:

𝐷5,1 = ∑𝑛𝑖

𝑁𝑖

𝑁𝑐

𝑖=1

=𝑛11

𝑁11=

11.097

964.808,01= 0,0115 (𝐸𝑞. 45)

𝐷5,5 = ∑𝑛𝑖

𝑁𝑖

𝑁𝑐

𝑖=1

=𝑛11

𝑁11=

55.484

964.808,01= 0,0575 (𝐸𝑞. 46)

𝐷5,10 = ∑𝑛𝑖

𝑁𝑖

𝑁𝑐

𝑖=1

=𝑛11

𝑁11=

110.968

964.808,01= 0,1150 (𝐸𝑞. 47)

O resultado indica que em 1 ano têm-se o consumo de 1,15% de vida à fadiga

do elemento estrutural, em 5 anos, 5,75% e em 10 anos, 11,50%.

Contudo, é importante ressaltar que na presente análise foram consideradas

somente os esforços na viga navio devido aos momentos fletores atuantes. Embora as

tensões consideradas sejam as mais significativas, não foram contabilizadas as

pressões hidrostáticas presentes, que poderiam aumentar o dano em vida à fadiga.

32,00

y = -45,47ln(x) + 660,21

0

50

100

150

200

250

300

350

400

1000 10000 100000 1000000

σa

(MP

a)

N (ciclos)

Curva S-N (σm5)

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58

8. Conclusão

Navios FPSOs estão sujeitos a danos nos painéis planos de costado, que

podem ser ocasionados pelo contato acidental com embarcações de apoio e por

solicitações de onda. Neste trabalho foi desenvolvido um modelo numérico

tridimensional da seção mestra de uma das embarcações replicantes da Petrobras, a

FPSO P-66, conforme o método dos elementos finitos. O objetivo foi a obtenção das

tensões de von Mises atuantes no costado, para a partir dos fatores de concentração

de tensão, realizar a avaliação da vida à fadiga no painel danificado. Os carregamentos

impostos foram calculados considerando-se as alturas e comprimentos das ondas

presentes na região de operação do navio, a Bacia de Santos.

Com base nos resultados numéricos que foram obtidos a partir do estudo de

tensões, foi possível concluir que o ponto mais crítico do costado do navio é o ponto

extremo mais superior, seguido do ponto extremo inferior. A localização menos crítica é

a meia altura do costado, onde os valores de tensão tendem à zero. Assim, foram

geradas as curvas S-N para as tensões médias atuantes no costado, corrigidas pelo

critério de Goodman, a partir da curva analítica para o fator de concentração de tensão.

Esse procedimento foi realizado para quatro valores de fator de concentração de tensão

diferentes, variando entre 1,0 e 4,0.

Com os valores de tensão e as curvas S-N, foi possível realizar a avaliação do

dano em fadiga. Observou-se que para valores de fatores de concentração de tensão

1,0 e 2,2 não houve a ocorrência de dano por nenhuma das ondas incidentes no

costado. Já para o valor de fator de concentração de tensão 3,0, foi causado um dano

parcial para uma das ondas no ponto superior do costado do navio (o mais crítico), que,

em dez anos, é capaz de consumir a vida em fadiga em 11,94%. Para o fator 4,0,

ocorreu dano, devido à incidência da mesma onda, no ponto superior e no ponto inferior

do costado, causando um consumo de vida em fadiga, em dez anos, de 15,08% e

11,50%, respectivamente.

É importante enfatizar, portanto, que no presente estudo foram realizadas

simplificações tais como a utilização do período médio e da altura significativa de onda,

com o objetivo de se obter os comprimentos das ondas incidentes no casco do FPSO.

Para o cálculo dos momentos fletores atuantes, foram consideradas ondas regulares

com o navio carregado a 95% de sua capacidade total, visto que para essa condição

ocorriam as forças cortantes extremas. Condições com menores cargas não foram

analisadas, porém, para esses casos, as variações de momentos fletores poderiam ser

mais significativas, o que acarretaria em maiores cargas cíclicas.

Dessa forma, no estudo em questão, foram analisadas as tensões incidentes na

viga navio a partir dos momentos fletores calculados. Não foram consideradas, portanto,

as pressões hidrostáticas no costado do navio. Em estudos futuros, sugere-se que

sejam consideradas também essas forças, de forma a se ter o efeito de combinações

de tensões, que podem acarretar em um consumo de vida à fadiga de ordem de

grandeza mais elevada. Além disso, sugere-se também a consideração da análise

dinâmica de seakeeping e do efeito de amarração do navio, visto que no presente

trabalho foram consideradas ondas regulares e o programa Fletor realizou as análises

da embarcação sem amarração.

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9. Referências Bibliográficas

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[2] PETROBRAS. “Casco da P-66 chega à Angra dos Reis”. Disponível em:

<http://www.petrobras.com.br/fatos-e-dados/casco-da-plataforma-p-66-chega-a-

angra-dos-reis.htm>. Acesso em 09 ago. 2016.

[3] BRASIL. BNDES. SANT’ANNA, André Albuquerque. “Perspectivas do

Investimento 2010-2013: 2. Indústria de Petróleo e Gás: Desempenho Recente

e Futuros Desafios”.

[4] BRASIL. BNDES. COSTA, Ricardo Cunha da; PIRES, Victor Hugo; LIMA,

Guilherme Penin Santos de. “Mercado de Embarcações de Apoio Marítimo às

Plataformas de Petróleo: Oportunidades e Desafios”.

[5] BRASIL. ANP. “Anuário Estatístico Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e

Biocombustíveis: 2015”. Rio de Janeiro: ANP, 2008.

[6] BRASIL. Ministério de Minas e Energia; Empresa de Pesquisa Energética. “Plano

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[7] PETROBRAS. “Infográfico: Tipos de Plataforma”. Disponível em:

<http://www.petrobras.com.br/infograficos/tipos-de-

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[9] MODEC. “About an FPSO”. Disponível em:

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[10] TORGEIN, Moan; AMDAHL, Jørgen; WANG, Xiaozhi; SPENCER, Jack. “ABS

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[11] OGP. “Risk Assessment Data Directory Report No. 434 – 16: Ship/Installation

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[12] SILVA, Gilson Gomes da. “Resistência Residual Pós-colisão de Painéis

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[13] WANG, Ge; PEDERSEN, Preben Terndrup. “ABS Technical Papers 2002: A

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[14] SILVEIRA, Loreta Suassuna Valeixo da. “Avaliação de Fadiga no Costado de

Navios Plataformas de Produção”. Dissertação (Mestrado) - UFRJ, COPPE. Rio

de Janeiro: mar. 2016.

[15] PINHEIRO, Bianca de Carvalho. “Avaliação da Fadiga de Dutos de Transporte

de Hidrocarbonetos submetidos a Danos Mecânicos”. Dissertação (Mestrado) –

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[16] FERREIRA, Carolina Fernandes Castro. “Fadiga de Painéis Planos Danificados

de Navios Plataformas de Produção”. Projeto de Graduação - UFRJ, Escola

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[17] AZEVEDO, Nathalia França de. “Avaliação de Fadiga em Risers Rígidos com

Dano Mecânico do Tipo Mossa”. Projeto de Graduação - UFRJ, Escola

Politécnica. Rio de Janeiro: mar. 2015.

[18] STONE, Robert. “Fatigue Life Estimates Using Goodman Diagrams”. MW

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[21] ROSA, Edison da. “Análise de Resistência Mecânica (Mecânica da Fratura e

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[22] PILKEY, W. D. “Peterson’s Stress Concentration Factors”. 2 ed. Nova Iorque:

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[23] PETROBRAS. “Santos Basin Central Cluster Region: Metocean Data”. Rio de

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[24] DNV. “Rules for Classification of Ships – Part. 3, Chapter 1: Hull Structural

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[25] SANGLARD, J. H., KALEFF, P. “Programa Fletor”. UFRJ, COPPE. Rio de Janeiro:

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[26] ANSYS INC. “Ansys v. 15.0”. Canonsburg: 2014.

[27] ESTEFEN, Tiago Pace. “Influência das Distorções de Fabricação no

Comportamento Estrutural de Painéis Enrijecidos de Plataforma Semi-

Submersível sob Compressão Axial”. Dissertação (Mestrado) - UFRJ, COPPE.

Rio de Janeiro: mar. 2009.

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10. Anexo

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DEN/EP-PENO/COPPE-UFRJ Esforços Estáticos - AT/Ondas v1.3 06/Set/2016 Pág. 1 ─────────────────────────────────────────────────────────────────────────────── FPSO Replicante em Águas Tranqüilas e Ondas Trocoidais Regulares

Características do Navio ------------------------

Comprimento Total 288.000 m Comprimento PP 288.000 m Boca Moldada 54.000 m Pontal Moldado 31.000 m Calado de Projeto 23.100 m Coeficiente de Bloco .990

Características do Problema 5 --------------------------------

Número de Balizas 18 Número de Linhas d'água 5 Número de Itens da Curva de Pesos 43 Número de Itens de Superestrutura 0 Número de Seçöes para Deflexão 0

Extremo de Popa/Ré (PR) .000 m Extremo de Proa/Vante (PV) .000 m

Tolerância para Peso-Empuxo 10.000 t Tolerância para xB-xG .050 m

Massa Específica da água 1.025 t/m³

Opçöes de Processamento -----------------------

Águas Tranqüilas Ondas Regulares

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─────────────────────────────────────────────────────────────────────────────── FPSO Replicante em Águas Tranqüilas e Ondas Trocoidais Regulares

+--------------------------+ | Tabela de Cotas Padrão | +--------------------------+ +-------------+--------+--------+--------+--------+--------+ | L. d'água nº| 1 | 2 | 3 | 4 | 5 | | Baliza z | .000 | 9.145 | 18.290 | 23.100 | 31.000 | +-nº-----x----m---LB---+--------+--------+--LAP---+----D---+ | 1 .000PR .000 | .000 | 27.000 | 27.000 | 27.000 | | 2 18.000 | 27.000 | 27.000 | 27.000 | 27.000 | 27.000 | | 3 36.000 | 27.000 | 27.000 | 27.000 | 27.000 | 27.000 | | 4 54.000 | 27.000 | 27.000 | 27.000 | 27.000 | 27.000 | | 5 72.000 | 27.000 | 27.000 | 27.000 | 27.000 | 27.000 | | 6 90.000 | 27.000 | 27.000 | 27.000 | 27.000 | 27.000 | | 7 108.000 | 27.000 | 27.000 | 27.000 | 27.000 | 27.000 | | 8 126.000 | 27.000 | 27.000 | 27.000 | 27.000 | 27.000 | | 9 144.000SM 27.000 | 27.000 | 27.000 | 27.000 | 27.000 | | 10 162.000 | 27.000 | 27.000 | 27.000 | 27.000 | 27.000 | | | | | | | | | 11 180.000 | 27.000 | 27.000 | 27.000 | 27.000 | 27.000 | | 12 198.000 | 27.000 | 27.000 | 27.000 | 27.000 | 27.000 | | 13 216.000 | 27.000 | 27.000 | 27.000 | 27.000 | 27.000 | | 14 234.000 | 27.000 | 27.000 | 27.000 | 27.000 | 27.000 | | 15 252.000 | 27.000 | 27.000 | 27.000 | 27.000 | 27.000 | | 16 270.000 | 27.000 | 27.000 | 27.000 | 27.000 | 27.000 | | 17 274.500 | 27.000 | 27.000 | 27.000 | 27.000 | 27.000 | | 18 288.000PV .000 | .000 | 27.000 | 27.000 | 27.000 | +-------------+--------+--------+--------+--------+--------+

+--------------------------+ | Tabela de Cotas-Extremos | +--------------------------+ +----------------------------------------------------+ | Pontos Iniciais e Finais das Balizas | | Baliza Zi Yi Zf Yf | +-nº-+---x(m)---+---------+--------+--------+--------+ | 1 | .000 PR 18.290 | 27.000 | 31.000 | 27.000 | | 2 | 18.000 | .000 | 27.000 | 31.000 | 27.000 | | 3 | 36.000 | .000 | 27.000 | 31.000 | 27.000 | | 4 | 54.000 | .000 | 27.000 | 31.000 | 27.000 | | 5 | 72.000 | .000 | 27.000 | 31.000 | 27.000 | | 6 | 90.000 | .000 | 27.000 | 31.000 | 27.000 | | 7 | 108.000 | .000 | 27.000 | 31.000 | 27.000 | | 8 | 126.000 | .000 | 27.000 | 31.000 | 27.000 | | 9 | 144.000 SM .000 | 27.000 | 31.000 | 27.000 | | 10 | 162.000 | .000 | 27.000 | 31.000 | 27.000 | | | | | | | | | 11 | 180.000 | .000 | 27.000 | 31.000 | 27.000 | | 12 | 198.000 | .000 | 27.000 | 31.000 | 27.000 | | 13 | 216.000 | .000 | 27.000 | 31.000 | 27.000 | | 14 | 234.000 | .000 | 27.000 | 31.000 | 27.000 | | 15 | 252.000 | .000 | 27.000 | 31.000 | 27.000 | | 16 | 270.000 | .000 | 27.000 | 31.000 | 27.000 | | 17 | 274.500 | .000 | 27.000 | 31.000 | 27.000 | | 18 | 288.000 PV 18.290 | 27.000 | 31.000 | 27.000 | +----+----------+---------+--------+--------+--------+

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─────────────────────────────────────────────────────────────────────────────── FPSO Replicante em Águas Tranqüilas e Ondas Trocoidais Regulares

+--------------------------+ | Tabela de Cotas-Extremos | +--------------------------+ +------------------------------------------------------+ | Pontos Extremos das Linhas d'água | | Linha d'água Xi Yi Xf Yf | +--nº-+---z(m)---+---------+--------+---------+--------+ | 1 | .000 LB| 18.000 | 27.000 | 288.000 | 27.000 | | 2 | 9.145 | 9.000 | 27.000 | 280.800 | 27.000 | | 3 | 18.290 | .000 | 27.000 | 288.000 | 27.000 | | 4 | 23.100 LAP .000 | 27.000 | 288.000 | 27.000 | | 5 | 31.000 D | .000 | 27.000 | 288.000 | 27.000 | +-----+----------+---------+--------+---------+--------+

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─────────────────────────────────────────────────────────────────────────────── FPSO Replicante em Águas Tranqüilas e Ondas Trocoidais Regulares

+----------------------------+ | Curvas de Bonjean Padrão | +----------------------------+ +-------------+---------+---------+---------+---------+---------+ | L. d'água nº| 1 | 2 | 3 | 4 | 5 | | Baliza z | .000 | 9.145 | 18.290 | 23.100 | 31.000 | |-nº-----x----m----LB---+---------+---------+---LAP---+----D----+ | 1 .000PR .00 | .00 | .00 | 259.74 | 686.34 | | 2 18.000 | .00 | 493.83 | 987.66 | 1247.40 | 1674.00 | | 3 36.000 | .00 | 493.83 | 987.66 | 1247.40 | 1674.00 | | 4 54.000 | .00 | 493.83 | 987.66 | 1247.40 | 1674.00 | | 5 72.000 | .00 | 493.83 | 987.66 | 1247.40 | 1674.00 | | 6 90.000 | .00 | 493.83 | 987.66 | 1247.40 | 1674.00 | | 7 108.000 | .00 | 493.83 | 987.66 | 1247.40 | 1674.00 | | 8 126.000 | .00 | 493.83 | 987.66 | 1247.40 | 1674.00 | | 9 144.000SM .00 | 493.83 | 987.66 | 1247.40 | 1674.00 | | 10 162.000 | .00 | 493.83 | 987.66 | 1247.40 | 1674.00 | | | | | | | | | 11 180.000 | .00 | 493.83 | 987.66 | 1247.40 | 1674.00 | | 12 198.000 | .00 | 493.83 | 987.66 | 1247.40 | 1674.00 | | 13 216.000 | .00 | 493.83 | 987.66 | 1247.40 | 1674.00 | | 14 234.000 | .00 | 493.83 | 987.66 | 1247.40 | 1674.00 | | 15 252.000 | .00 | 493.83 | 987.66 | 1247.40 | 1674.00 | | 16 270.000 | .00 | 493.83 | 987.66 | 1247.40 | 1674.00 | | 17 274.500 | .00 | 493.83 | 987.66 | 1247.40 | 1674.00 | | 18 288.000PV .00 | .00 | .00 | 259.74 | 686.34 | +-------------+---------+---------+---------+---------+---------+

+----------------------------+ | Curvas de Bonjean-Extremos | +----------------------------+ +--------------------------------------------------------+ | Áreas Iniciais e Finais das Balizas | | Baliza Zi Awi Zf Awf | +-nº-+---x(m)--+---------+----------+---------+----------+ | 1 | .000PR 18.290 | .000 | 31.000 | 686.340 | | 2 | 18.000 | .000 | .000 | 31.000 | 1674.000 | | 3 | 36.000 | .000 | .000 | 31.000 | 1674.000 | | 4 | 54.000 | .000 | .000 | 31.000 | 1674.000 | | 5 | 72.000 | .000 | .000 | 31.000 | 1674.000 | | 6 | 90.000 | .000 | .000 | 31.000 | 1674.000 | | 7 | 108.000 | .000 | .000 | 31.000 | 1674.000 | | 8 | 126.000 | .000 | .000 | 31.000 | 1674.000 | | 9 | 144.000SM .000 | .000 | 31.000 | 1674.000 | | 10 | 162.000 | .000 | .000 | 31.000 | 1674.000 | | | | | | | | | 11 | 180.000 | .000 | .000 | 31.000 | 1674.000 | | 12 | 198.000 | .000 | .000 | 31.000 | 1674.000 | | 13 | 216.000 | .000 | .000 | 31.000 | 1674.000 | | 14 | 234.000 | .000 | .000 | 31.000 | 1674.000 | | 15 | 252.000 | .000 | .000 | 31.000 | 1674.000 | | 16 | 270.000 | .000 | .000 | 31.000 | 1674.000 | | 17 | 274.500 | .000 | .000 | 31.000 | 1674.000 | | 18 | 288.000PV 18.290 | .000 | 31.000 | 686.340 | +----+---------+---------+----------+---------+----------+

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─────────────────────────────────────────────────────────────────────────────── FPSO Replicante em Águas Tranqüilas e Ondas Trocoidais Regulares

+------------------+ | Curva de Pesos | +------------------+ +-------------------------------------------------------------------------+ | Condição de Carregamento Número 5 | | Peso Xr(m) Pr(t/m) Xv(m) Pv(t/m) Descrição | +------+---------+-----------+---------+-----------+----------------------+ | 1 | 30.600 | 543.500 | 71.100 | 543.500 | COTK 6P | | 2 | 30.600 | 543.500 | 71.100 | 543.500 | COTK 6S | | 3 | 71.100 | 543.500 | 111.600 | 543.500 | COTK 5P | | 4 | 71.100 | 543.500 | 111.600 | 543.500 | COTK 5S | | 5 | 111.600 | 543.500 | 152.100 | 543.500 | COTK 4P | | 6 | 111.600 | 543.500 | 152.100 | 543.500 | COTK 4S | | 7 | 152.100 | 543.500 | 192.600 | 543.500 | COTK 3P | | 8 | 152.100 | 543.500 | 192.600 | 543.500 | COTK 3S | | 9 | 192.600 | 543.500 | 233.100 | 543.500 | COTK 2P | | 10 | 192.600 | 543.500 | 233.100 | 543.500 | COTK 2S | | | | | | | | | 11 | 233.100 | 543.500 | 273.600 | 543.500 | COTK 1P | | 12 | 233.100 | 543.500 | 273.600 | 543.500 | COTK 1S | | 13 | .000 | .000 | 18.000 | 140.328 | Peso Aço Popa | | 14 | 18.000 | 155.919 | 274.500 | 155.919 | Peso Aço Central | | 15 | 274.500 | 155.919 | 288.000 | .000 | Peso Aço Proa | | 16 | 4.500 | 129.400 | 18.000 | 129.400 | STORTKP | | 17 | 4.500 | 56.590 | 18.000 | 56.590 | SERVTKP | | 18 | 4.500 | 56.590 | 18.000 | 56.590 | SETTTKS | | 19 | 4.500 | 56.590 | 18.000 | 56.590 | STORTKS | | 20 | 66.600 | 200.000 | 66.601 | 200.000 | Guindast1 | | | | | | | | | 21 | 291.600 | 200.000 | 291.601 | 200.000 | Guindast2 | | 22 | 35.100 | 1635.600 | 35.101 | 1635.600 | Modulo 1 | | 23 | 53.100 | 1635.600 | 53.101 | 1635.600 | Modulo 2 | | 24 | 71.100 | 817.800 | 71.101 | 817.800 | Modulo 3 | | 25 | 80.100 | 817.800 | 80.101 | 817.800 | Modulo 4 | | 26 | 89.100 | 1635.600 | 89.101 | 1635.600 | Modulo 5 | | 27 | 107.100 | 1635.600 | 107.101 | 1635.600 | Modulo 6 | | 28 | 120.600 | 1635.600 | 120.601 | 1635.600 | Modulo 7 | | 29 | 134.100 | 817.800 | 134.101 | 817.800 | Modulo 8 | | 30 | 138.600 | 817.800 | 138.601 | 817.800 | Modulo 9 | | | | | | | | | 31 | 147.600 | 817.800 | 147.601 | 817.800 | Modulo 10 | | 32 | 165.600 | 1635.600 | 165.601 | 1635.600 | Modulo 11 | | 33 | 174.600 | 817.800 | 174.601 | 817.800 | Modulo 12 | | 34 | 188.100 | 1635.600 | 188.101 | 1635.600 | Modulo 13 | | 35 | 165.600 | 1635.600 | 165.601 | 1635.600 | Modulo 14 | | 36 | 210.600 | 1635.600 | 210.601 | 1635.600 | Modulo 15 | | 37 | 224.100 | 817.800 | 224.101 | 817.800 | Modulo 16 | | 38 | 228.600 | 817.800 | 228.601 | 817.800 | Modulo 17 | | 39 | 237.600 | 817.800 | 237.601 | 817.800 | Modulo 18 | | 40 | 242.100 | 817.800 | 242.101 | 817.800 | Modulo 19 | | | | | | | | | 41 | 246.600 | 817.800 | 246.601 | 817.800 | Modulo 20 | | 42 | 251.100 | 817.800 | 251.101 | 817.800 | Modulo 21 | | 43 | 264.600 | 1635.600 | 264.601 | 1635.600 | Modulo 22 | +------+---------+-----------+---------+-----------+----------------------+ +-------------------------------------------------------------------------+ | Peso Total 310514.900 t XGpr 149.375 m XGsmn -5.375 m | +-------------------------------------------------------------------------+

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─────────────────────────────────────────────────────────────────────────────── FPSO Replicante em Águas Tranqüilas e Ondas Trocoidais Regulares

+--------------------------------+ | Ondas Trocoidais Regulares 19 | | No. Comprimento Altura | +------+--------------+----------+ | 1 | 92.300 | .250 | | 2 | 89.240 | .750 | | 3 | 87.450 | 1.250 | | 4 | 100.370 | 1.750 | | 5 | 119.250 | 2.250 | | 6 | 129.130 | 2.750 | | 7 | 126.190 | 3.250 | | 8 | 105.070 | 3.750 | | 9 | 56.670 | 4.250 | | 10 | 35.740 | 4.750 | | 11 | 8.680 | 5.250 | | 12 | 31.790 | 5.750 | | 13 | 61.090 | 6.250 | | 14 | 62.080 | 6.750 | | 15 | 49.950 | 7.250 | | 16 | 86.600 | 7.750 | | 17 | 84.860 | 8.250 | | 18 | 77.990 | 8.750 | | 19 | 93.060 | 9.250 | +------+--------------+----------+

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─────────────────────────────────────────────────────────────────────────────── FPSO Replicante em Águas Tranqüilas e Ondas Trocoidais Regulares

Navio em Águas Tranqüilas ══════════════════════════

Condição de Equilíbrio em Águas Tranqüilas

Deslocamento 310520.50 t XBpr 149.376 m XBsmn -5.376 m

Calado a Ré 18.360 m Calado a Vante 22.106 m

Calado Médio 20.233 m Trim -3.745 m Trim/Lpp -.01300

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─────────────────────────────────────────────────────────────────────────────── FPSO Replicante em Águas Tranqüilas e Ondas Trocoidais Regulares

Equilíbrio em Águas Tranqüilas

+------+----------+------------------------------------------+ |Baliza| Abscissa | Areas Seccionais em Águas Tranqüilas | | No. | (m) | Calado(m) Área (m²) Complemento | +------+----------+-----------+--------------+---------------+ | 1 | .000 | 18.360 | 2.511 | .000 | | 2 | 18.000 | 18.595 | 1004.104 | .000 | | 3 | 36.000 | 18.829 | 1016.744 | .000 | | 4 | 54.000 | 19.063 | 1029.385 | .000 | | 5 | 72.000 | 19.297 | 1042.026 | .000 | | 6 | 90.000 | 19.531 | 1054.666 | .000 | | 7 | 108.000 | 19.765 | 1067.307 | .000 | | 8 | 126.000 | 19.999 | 1079.947 | .000 | | 9 | 144.000 | 20.233 | 1092.588 | .000 | | 10 | 162.000 | 20.467 | 1105.229 | .000 | | | | | | | | 11 | 180.000 | 20.701 | 1117.869 | .000 | | 12 | 198.000 | 20.935 | 1130.510 | .000 | | 13 | 216.000 | 21.169 | 1143.150 | .000 | | 14 | 234.000 | 21.404 | 1155.791 | .000 | | 15 | 252.000 | 21.638 | 1168.432 | .000 | | 16 | 270.000 | 21.872 | 1181.072 | .000 | | 17 | 274.500 | 21.930 | 1184.232 | .000 | | 18 | 288.000 | 22.106 | 191.373 | .000 | +------+----------+-----------+--------------+---------------+

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Equilíbrio em Águas Tranqüilas

+-----------+----------+---------------------------------------------------+ | Ponto de | Abscissa | Carregamento Fluido em Águas Tranqüilas | |Verificação| (m) | Carga (t/m) Cortante (t) M.Fletor (t.m) | +-----------+----------+---------------+----------------+------------------+ | 1 | .000 | 2.574 | .000 | .000 | | 2 | 18.000 | 1029.206 | 10806.540 | 84364.770 | | 3 | 36.000 | 1042.163 | 30209.110 | 447453.900 | | 4 | 54.000 | 1055.120 | 49084.660 | 1161318.000 | | 5 | 72.000 | 1068.076 | 68193.420 | 2216471.000 | | 6 | 90.000 | 1081.033 | 87535.400 | 3617681.000 | | 7 | 108.000 | 1093.989 | 107110.600 | 5369145.000 | | 8 | 126.000 | 1106.946 | 126919.000 | 7475061.000 | | 9 | 144.000 | 1119.903 | 146960.700 | 9939628.000 | | 10 | 162.000 | 1132.859 | 167235.500 | 12767040.000 | | | | | | | | 11 | 180.000 | 1145.816 | 187743.600 | 15961510.000 | | 12 | 198.000 | 1158.773 | 208484.900 | 19527210.000 | | 13 | 216.000 | 1171.729 | 229459.400 | 23468360.000 | | 14 | 234.000 | 1184.686 | 250667.100 | 27789150.000 | | 15 | 252.000 | 1197.642 | 272108.100 | 32493780.000 | | 16 | 270.000 | 1210.599 | 293782.300 | 37586280.000 | | 17 | 274.500 | 1213.838 | 299269.400 | 38920810.000 | | 18 | 288.000 | 196.157 | 310520.600 | 43045680.000 | +-----------+----------+---------------+----------------+------------------+

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─────────────────────────────────────────────────────────────────────────────── FPSO Replicante em Águas Tranqüilas e Ondas Trocoidais Regulares

Equilíbrio em Águas Tranqüilas

+-----------+----------+---------------------------------------------------+ | Ponto de | Abscissa | Esforços Cortantes (t) em Águas Tranqüilas | |Verificação| (m) | Peso Fluido Total | +-----------+----------+---------------+----------------+------------------+ | 1 | .000 | .000 | .000 | .000 | | 2 | 18.000 | -5301.747 | 10806.540 | 5504.789 | | 3 | 36.000 | -13979.730 | 30209.110 | 16229.380 | | 4 | 54.000 | -36353.910 | 49084.660 | 12730.750 | | 5 | 72.000 | -58727.470 | 68193.420 | 9465.949 | | 6 | 90.000 | -81102.490 | 87535.400 | 6432.906 | | 7 | 108.000 | -103476.700 | 107110.600 | 3633.930 | | 8 | 126.000 | -125850.800 | 126919.000 | 1068.188 | | 9 | 144.000 | -148225.000 | 146960.700 | -1264.359 | | 10 | 162.000 | -170598.400 | 167235.500 | -3362.844 | | | | | | | | 11 | 180.000 | -192975.000 | 187743.600 | -5231.359 | | 12 | 198.000 | -215349.100 | 208484.900 | -6864.234 | | 13 | 216.000 | -237723.300 | 229459.400 | -8263.891 | | 14 | 234.000 | -260097.500 | 250667.100 | -9430.313 | | 15 | 252.000 | -282473.200 | 272108.100 | -10365.130 | | 16 | 270.000 | -304847.400 | 293782.300 | -11065.130 | | 17 | 274.500 | -309462.300 | 299269.400 | -10192.880 | | 18 | 288.000 | -310514.700 | 310520.600 | 5.875 | +-----------+----------+---------------+----------------+------------------+

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─────────────────────────────────────────────────────────────────────────────── FPSO Replicante em Águas Tranqüilas e Ondas Trocoidais Regulares

Equilíbrio em Águas Tranqüilas

+-----------+----------+---------------------------------------------------+ | Ponto de | Abscissa | Momentos Fletores (t.m) em Águas Tranqüilas | |Verificação| (m) | Peso Fluido Total | +-----------+----------+---------------+----------------+------------------+ | 1 | .000 | .000 | .000 | .000 | | 2 | 18.000 | -34839.580 | 84364.770 | 49525.190 | | 3 | 36.000 | -171379.800 | 447453.900 | 276074.000 | | 4 | 54.000 | -624369.400 | 1161318.000 | 536948.900 | | 5 | 72.000 | -1480094.000 | 2216471.000 | 736376.600 | | 6 | 90.000 | -2738551.000 | 3617681.000 | 879129.300 | | 7 | 108.000 | -4399750.000 | 5369145.000 | 969394.500 | | 8 | 126.000 | -6463692.000 | 7475061.000 | 1011370.000 | | 9 | 144.000 | -8930370.000 | 9939628.000 | 1009258.000 | | 10 | 162.000 | -11799790.000 | 12767040.000 | 967258.000 | | | | | | | | 11 | 180.000 | -15071960.000 | 15961510.000 | 889547.000 | | 12 | 198.000 | -18746870.000 | 19527210.000 | 780340.000 | | 13 | 216.000 | -22824530.000 | 23468360.000 | 643834.000 | | 14 | 234.000 | -27304910.000 | 27789150.000 | 484240.000 | | 15 | 252.000 | -32188030.000 | 32493780.000 | 305742.000 | | 16 | 270.000 | -37473930.000 | 37586280.000 | 112356.000 | | 17 | 274.500 | -38857870.000 | 38920810.000 | 62940.000 | | 18 | 288.000 | -43045080.000 | 43045680.000 | 600.000 | +-----------+----------+---------------+----------------+------------------+

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─────────────────────────────────────────────────────────────────────────────── FPSO Replicante em Águas Tranqüilas e Ondas Trocoidais Regulares

Equilíbrio em Águas Tranqüilas ══════════════════════════════════

Força (+) Cortante Momento (*) Fletor Abscissa Força Momento (m) Cortante Fletor * + .00 .000000E+00 .000000E+00 * | + 5.76 .176153E+04 .158481E+05 |* | + 11.52 .352307E+04 .316961E+05 | * | + 17.28 .528460E+04 .475442E+05 | * | + 23.04 .850768E+04 .112959E+06 | * | + 28.80 .119395E+05 .185455E+06 | * | + 34.56 .153714E+05 .257950E+06 | * | + 40.32 .153897E+05 .338684E+06 | |* + 46.08 .142701E+05 .422164E+06 | | * + 51.84 .131506E+05 .505644E+06 | | * + 57.60 .120778E+05 .576835E+06 | | * + 63.36 .110330E+05 .640651E+06 | | * + 69.12 .998831E+04 .704468E+06 | | + * 74.88 .898066E+04 .759217E+06 | | + * 80.64 .801009E+04 .804898E+06 | | + * 86.40 .703951E+04 .850579E+06 | | + * 92.16 .609703E+04 .889961E+06 | | + * 97.92 .520135E+04 .918846E+06 | | + * 103.68 .430568E+04 .947731E+06 | | + * 109.44 .342867E+04 .972753E+06 | | + * 115.20 .260763E+04 .986185E+06 | | + * 120.96 .178659E+04 .999617E+06 | |+ * 126.72 .974882E+03 .101129E+07 | + * 132.48 .228467E+03 .101061E+07 | + * 138.24 -.517947E+03 .100993E+07 | + | * 144.00 -.126436E+04 .100926E+07 | + | * 149.76 -.193588E+04 .995818E+06 | + | * 155.52 -.260739E+04 .982378E+06 | + | * 161.28 -.327890E+04 .968938E+06 | + | * 167.04 -.388603E+04 .945499E+06 | + | * 172.80 -.448395E+04 .920631E+06 | + | * 178.56 -.508188E+04 .895764E+06 | + | * 184.32 -.562325E+04 .863337E+06 | + | * 190.08 -.614577E+04 .828391E+06 | + | * 195.84 -.666829E+04 .793445E+06 | + | * 201.60 -.714416E+04 .753039E+06 | + | * 207.36 -.759205E+04 .709357E+06 | + | * 213.12 -.803994E+04 .665675E+06 | + | * 218.88 -.845051E+04 .618299E+06 | + | * 224.64 -.882377E+04 .567229E+06 | + | * 230.40 -.919702E+04 .516159E+06 | + | * 236.16 -.954249E+04 .462821E+06 | + * 241.92 -.984163E+04 .405702E+06 |+ * | 247.68 -.101408E+05 .348582E+06 |+ * | 253.44 -.104211E+05 .290272E+06 + * | 259.20 -.106451E+05 .228388E+06 + * | 264.96 -.108691E+05 .166505E+06 + * | 270.72 -.109256E+05 .104450E+06 | *+ | 276.48 -.869710E+04 .537970E+05 |* + | 282.24 -.434562E+04 .271986E+05 * + 288.00 .585194E+01 .600141E+03

────────────────── -11065.13 t ───────────────── .00 t.m Cortantes Extremas Fletores Extremos ────────────────── 16229.38 t ───────────────── 1011370.00 t.m

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─────────────────────────────────────────────────────────────────────────────── FPSO Replicante em Águas Tranqüilas e Ondas Trocoidais Regulares

Navio Sobre Onda Trocoidal Equilíbrio em Águas Tranqüilas ══════════════════════════════════

Onda Trocoidal Altura .250 m Comprimento 92.300 m

Plano de Flutuação de Equilíbrio em Onda Z(X) = -.0034 + ( -.00005598) * X

Coeficientes do Sistema de Equaçöes (MUCKLE) A1 = .310703E+06 A2 = .464166E+08 B1 = .159278E+05 B2 = .229542E+07 C1 = .229542E+07 C2 = .440731E+09

Condição de Equilíbrio do Navio em Onda Deslocamento 310520.50 t XBpr 149.376 m XBsmn -5.376 m

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─────────────────────────────────────────────────────────────────────────────── FPSO Replicante em Águas Tranqüilas e Ondas Trocoidais Regulares

Equilíbrio em Onda - Cavado na SMN Onda Trocoidal Altura .250 m Comprimento 92.300 m

+------+----------+------------------------------------------+ |Baliza| Abscissa | Areas Seccionais em Onda - Cavado na SMN | | No. | (m) | Calado(m) Área (m²) Complemento | +------+----------+-----------+--------------+---------------+ | 1 | .000 | 18.248 | -.175 | -2.687 | | 2 | 18.000 | 18.525 | 1000.096 | -4.007 | | 3 | 36.000 | 18.901 | 1020.383 | 3.639 | | 4 | 54.000 | 19.187 | 1035.726 | 6.341 | | 5 | 72.000 | 19.338 | 1043.865 | 1.840 | | 6 | 90.000 | 19.430 | 1048.748 | -5.918 | | 7 | 108.000 | 19.678 | 1062.123 | -5.184 | | 8 | 126.000 | 20.057 | 1082.529 | 2.581 | | 9 | 144.000 | 20.358 | 1098.721 | 6.133 | | 10 | 162.000 | 20.525 | 1107.701 | 2.473 | | | | | | | | 11 | 180.000 | 20.615 | 1112.468 | -5.401 | | 12 | 198.000 | 20.834 | 1124.265 | -6.245 | | 13 | 216.000 | 21.211 | 1144.555 | 1.405 | | 14 | 234.000 | 21.527 | 1161.588 | 5.797 | | 15 | 252.000 | 21.710 | 1171.418 | 2.986 | | 16 | 270.000 | 21.802 | 1176.303 | -4.769 | | 17 | 274.500 | 21.830 | 1177.788 | -6.445 | | 18 | 288.000 | 21.993 | 198.914 | 7.541 | +------+----------+-----------+--------------+---------------+

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─────────────────────────────────────────────────────────────────────────────── FPSO Replicante em Águas Tranqüilas e Ondas Trocoidais Regulares

Equilíbrio em Onda - Cavado na SMN Onda Trocoidal Altura .250 m Comprimento 92.300 m

+-----------+----------+---------------------------------------------------+ | Ponto de | Abscissa | Carregamento Complementar em Onda - Cavado na SMN | |Verificação| (m) | Carga (t/m) Cortante (t) M.Fletor (t.m) | +-----------+----------+---------------+----------------+------------------+ | 1 | .000 | -2.754 | .000 | .000 | | 2 | 18.000 | -4.107 | -75.537 | -783.406 | | 3 | 36.000 | 3.730 | -82.023 | -2334.153 | | 4 | 54.000 | 6.500 | 19.385 | -2965.389 | | 5 | 72.000 | 1.886 | 102.896 | -1757.563 | | 6 | 90.000 | -6.066 | 61.251 | -131.850 | | 7 | 108.000 | -5.313 | -53.093 | -70.036 | | 8 | 126.000 | 2.646 | -79.266 | -1413.905 | | 9 | 144.000 | 6.286 | 9.904 | -2123.919 | | 10 | 162.000 | 2.534 | 98.074 | -1063.346 | | | | | | | | 11 | 180.000 | -5.536 | 68.894 | 595.018 | | 12 | 198.000 | -6.401 | -50.470 | 775.450 | | 13 | 216.000 | 1.440 | -99.144 | -716.463 | | 14 | 234.000 | 5.942 | -24.667 | -1935.039 | | 15 | 252.000 | 3.061 | 65.698 | -1499.443 | | 16 | 270.000 | -4.888 | 51.760 | -253.665 | | 17 | 274.500 | -6.606 | 25.270 | -80.315 | | 18 | 288.000 | 7.729 | -.033 | -1.379 | +-----------+----------+---------------+----------------+------------------+

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─────────────────────────────────────────────────────────────────────────────── FPSO Replicante em Águas Tranqüilas e Ondas Trocoidais Regulares

Equilíbrio em Onda - Cavado na SMN Onda Trocoidal Altura .250 m Comprimento 92.300 m

+-----------+----------+---------------------------------------------------+ | Ponto de | Abscissa | Esforços Cortantes (t) em Onda - Cavado na SMN | |Verificação| (m) | Peso Fluido Total | +-----------+----------+---------------+----------------+------------------+ | 1 | .000 | .000 | .000 | .000 | | 2 | 18.000 | -5301.747 | 10731.000 | 5429.252 | | 3 | 36.000 | -13979.730 | 30127.090 | 16147.360 | | 4 | 54.000 | -36353.910 | 49104.040 | 12750.130 | | 5 | 72.000 | -58727.470 | 68296.320 | 9568.848 | | 6 | 90.000 | -81102.490 | 87596.650 | 6494.156 | | 7 | 108.000 | -103476.700 | 107057.500 | 3580.836 | | 8 | 126.000 | -125850.800 | 126839.800 | 988.922 | | 9 | 144.000 | -148225.000 | 146970.600 | -1254.453 | | 10 | 162.000 | -170598.400 | 167333.600 | -3264.766 | | | | | | | | 11 | 180.000 | -192975.000 | 187812.500 | -5162.469 | | 12 | 198.000 | -215349.100 | 208434.400 | -6914.703 | | 13 | 216.000 | -237723.300 | 229360.300 | -8363.031 | | 14 | 234.000 | -260097.500 | 250642.500 | -9454.984 | | 15 | 252.000 | -282473.200 | 272173.800 | -10299.440 | | 16 | 270.000 | -304847.400 | 293834.000 | -11013.380 | | 17 | 274.500 | -309462.300 | 299294.700 | -10167.590 | | 18 | 288.000 | -310514.700 | 310520.600 | 5.844 | +-----------+----------+---------------+----------------+------------------+

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─────────────────────────────────────────────────────────────────────────────── FPSO Replicante em Águas Tranqüilas e Ondas Trocoidais Regulares

Equilíbrio em Onda - Cavado na SMN Onda Trocoidal Altura .250 m Comprimento 92.300 m

+-----------+----------+---------------------------------------------------+ | Ponto de | Abscissa | Momentos Fletores (t.m) em Onda - Cavado na SMN | |Verificação| (m) | Peso Fluido Total | +-----------+----------+---------------+----------------+------------------+ | 1 | .000 | .000 | .000 | .000 | | 2 | 18.000 | -34839.580 | 83581.360 | 48741.780 | | 3 | 36.000 | -171379.800 | 445119.700 | 273739.900 | | 4 | 54.000 | -624369.400 | 1158353.000 | 533983.500 | | 5 | 72.000 | -1480094.000 | 2214714.000 | 734619.100 | | 6 | 90.000 | -2738551.000 | 3617549.000 | 878997.500 | | 7 | 108.000 | -4399750.000 | 5369075.000 | 969324.500 | | 8 | 126.000 | -6463692.000 | 7473647.000 | 1009956.000 | | 9 | 144.000 | -8930370.000 | 9937504.000 | 1007134.000 | | 10 | 162.000 | -11799790.000 | 12765980.000 | 966195.000 | | | | | | | | 11 | 180.000 | -15071960.000 | 15962100.000 | 890142.000 | | 12 | 198.000 | -18746870.000 | 19527990.000 | 781116.000 | | 13 | 216.000 | -22824530.000 | 23467640.000 | 643118.000 | | 14 | 234.000 | -27304910.000 | 27787210.000 | 482304.000 | | 15 | 252.000 | -32188030.000 | 32492280.000 | 304242.000 | | 16 | 270.000 | -37473930.000 | 37586030.000 | 112104.000 | | 17 | 274.500 | -38857870.000 | 38920730.000 | 62860.000 | | 18 | 288.000 | -43045080.000 | 43045680.000 | 600.000 | +-----------+----------+---------------+----------------+------------------+

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─────────────────────────────────────────────────────────────────────────────── FPSO Replicante em Águas Tranqüilas e Ondas Trocoidais Regulares

Equilíbrio em Onda - Cavado na SMN ══════════════════════════════════

Onda Trocoidal Altura .250 m Comprimento 92.300 m

Força (+) Cortante Momento (*) Fletor Abscissa Força Momento (m) Cortante Fletor * + .00 .000000E+00 .000000E+00 * | + 5.76 .173736E+04 .155974E+05 |* | + 11.52 .347472E+04 .311947E+05 | * | + 17.28 .521208E+04 .467921E+05 | * | + 23.04 .843032E+04 .111741E+06 | * | + 28.80 .118601E+05 .183741E+06 | * | + 34.56 .152899E+05 .255740E+06 | * | + 40.32 .153320E+05 .336198E+06 | |* + 46.08 .142449E+05 .419476E+06 | | * + 51.84 .131578E+05 .502754E+06 | | * + 57.60 .121139E+05 .574111E+06 | | * + 63.36 .110959E+05 .638314E+06 | | * + 69.12 .100779E+05 .702518E+06 | | + * 74.88 .907689E+04 .757720E+06 | | + * 80.64 .809299E+04 .803921E+06 | | + * 86.40 .710909E+04 .850122E+06 | | + * 92.16 .614455E+04 .889837E+06 | | + * 97.92 .521229E+04 .918742E+06 | | + * 103.68 .428003E+04 .947646E+06 | | + * 109.44 .337348E+04 .972575E+06 | | + * 115.20 .254407E+04 .985577E+06 | | + * 120.96 .171465E+04 .998579E+06 | |+ * 126.72 .899183E+03 .100984E+07 | + * 132.48 .181304E+03 .100894E+07 | + * 138.24 -.536576E+03 .100804E+07 | + | * 144.00 -.125445E+04 .100713E+07 | + | * 149.76 -.189775E+04 .994034E+06 | + | * 155.52 -.254105E+04 .980933E+06 | + | * 161.28 -.318435E+04 .967833E+06 | + | * 167.04 -.379612E+04 .944900E+06 | + | * 172.80 -.440339E+04 .920563E+06 | + | * 178.56 -.501065E+04 .896226E+06 | + | * 184.32 -.558300E+04 .863976E+06 | + | * 190.08 -.614372E+04 .829088E+06 | + | * 195.84 -.670443E+04 .794199E+06 | + | * 201.60 -.720437E+04 .753517E+06 | + | * 207.36 -.766783E+04 .709357E+06 | + | * 213.12 -.813129E+04 .665198E+06 | + | * 218.88 -.853774E+04 .617388E+06 | + | * 224.64 -.888717E+04 .565928E+06 | + | * 230.40 -.923659E+04 .514467E+06 | + | * 236.16 -.955632E+04 .460937E+06 | + * 241.92 -.982654E+04 .403958E+06 |+ * | 247.68 -.100968E+05 .346978E+06 |+ * | 253.44 -.103565E+05 .288872E+06 + * | 259.20 -.105850E+05 .227388E+06 + * | 264.96 -.108135E+05 .165903E+06 + * | 270.72 -.108781E+05 .104226E+06 | *+ | 276.48 -.867553E+04 .537288E+05 |* + | 282.24 -.433485E+04 .271645E+05 * + 288.00 .582075E+01 .600141E+03

────────────────── -11013.38 t ───────────────── .00 t.m Cortantes Extremas Fletores Extremos ────────────────── 16147.36 t ───────────────── 1009956.00 t.m

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─────────────────────────────────────────────────────────────────────────────── FPSO Replicante em Águas Tranqüilas e Ondas Trocoidais Regulares

Navio Sobre Onda Trocoidal Equilíbrio em Onda - Cavado na SMN ══════════════════════════════════

Onda Trocoidal Altura .250 m Comprimento 92.300 m

Plano de Flutuação de Equilíbrio em Onda Z(X) = .0131 + ( -.00009245) * X

Coeficientes do Sistema de Equaçöes (MUCKLE) A1 = .310524E+06 A2 = .463949E+08 B1 = .159408E+05 B2 = .229548E+07 C1 = .229548E+07 C2 = .440731E+09

Condição de Equilíbrio do Navio em Onda Deslocamento 310520.50 t XBpr 149.376 m XBsmn -5.376 m

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─────────────────────────────────────────────────────────────────────────────── FPSO Replicante em Águas Tranqüilas e Ondas Trocoidais Regulares

Equilíbrio em Onda - Crista na SMN Onda Trocoidal Altura .250 m Comprimento 92.300 m

+------+----------+------------------------------------------+ |Baliza| Abscissa | Areas Seccionais em Onda - Crista na SMN | | No. | (m) | Calado(m) Área (m²) Complemento | +------+----------+-----------+--------------+---------------+ | 1 | .000 | 18.473 | 10.598 | 8.087 | | 2 | 18.000 | 18.664 | 1008.493 | 4.389 | | 3 | 36.000 | 18.756 | 1013.343 | -3.401 | | 4 | 54.000 | 18.939 | 1023.137 | -6.248 | | 5 | 72.000 | 19.255 | 1040.135 | -1.890 | | 6 | 90.000 | 19.632 | 1060.389 | 5.723 | | 7 | 108.000 | 19.852 | 1072.151 | 4.845 | | 8 | 126.000 | 19.941 | 1076.883 | -3.065 | | 9 | 144.000 | 20.108 | 1085.828 | -6.760 | | 10 | 162.000 | 20.409 | 1101.984 | -3.244 | | | | | | | | 11 | 180.000 | 20.788 | 1122.354 | 4.485 | | 12 | 198.000 | 21.037 | 1135.694 | 5.184 | | 13 | 216.000 | 21.128 | 1140.542 | -2.609 | | 14 | 234.000 | 21.280 | 1148.645 | -7.146 | | 15 | 252.000 | 21.565 | 1163.952 | -4.479 | | 16 | 270.000 | 21.942 | 1184.204 | 3.131 | | 17 | 274.500 | 22.031 | 1189.004 | 4.771 | | 18 | 288.000 | 22.219 | 211.410 | 20.037 | +------+----------+-----------+--------------+---------------+

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Equilíbrio em Onda - Crista na SMN Onda Trocoidal Altura .250 m Comprimento 92.300 m

+-----------+----------+---------------------------------------------------+ | Ponto de | Abscissa | Carregamento Complementar em Onda - Crista na SMN | |Verificação| (m) | Carga (t/m) Cortante (t) M.Fletor (t.m) | +-----------+----------+---------------+----------------+------------------+ | 1 | .000 | 8.289 | .000 | .000 | | 2 | 18.000 | 4.499 | 121.387 | 1261.868 | | 3 | 36.000 | -3.486 | 129.851 | 3687.811 | | 4 | 54.000 | -6.404 | 31.504 | 5208.685 | | 5 | 72.000 | -1.937 | -51.608 | 4924.448 | | 6 | 90.000 | 5.866 | -12.221 | 4205.593 | | 7 | 108.000 | 4.966 | 97.202 | 4986.030 | | 8 | 126.000 | -3.141 | 115.787 | 7059.570 | | 9 | 144.000 | -6.929 | 16.368 | 8338.714 | | 10 | 162.000 | -3.325 | -84.708 | 7638.877 | | | | | | | | 11 | 180.000 | 4.597 | -71.094 | 6085.002 | | 12 | 198.000 | 5.314 | 30.037 | 5704.860 | | 13 | 216.000 | -2.674 | 57.817 | 6644.917 | | 14 | 234.000 | -7.325 | -40.214 | 6911.618 | | 15 | 252.000 | -4.591 | -156.796 | 5076.209 | | 16 | 270.000 | 3.210 | -171.739 | 1939.245 | | 17 | 274.500 | 4.891 | -153.824 | 1201.980 | | 18 | 288.000 | 20.538 | -.076 | -5.608 | +-----------+----------+---------------+----------------+------------------+

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Equilíbrio em Onda - Crista na SMN Onda Trocoidal Altura .250 m Comprimento 92.300 m

+-----------+----------+---------------------------------------------------+ | Ponto de | Abscissa | Esforços Cortantes (t) em Onda - Crista na SMN | |Verificação| (m) | Peso Fluido Total | +-----------+----------+---------------+----------------+------------------+ | 1 | .000 | .000 | .000 | .000 | | 2 | 18.000 | -5301.747 | 10927.920 | 5626.176 | | 3 | 36.000 | -13979.730 | 30338.960 | 16359.240 | | 4 | 54.000 | -36353.910 | 49116.160 | 12762.250 | | 5 | 72.000 | -58727.470 | 68141.810 | 9414.340 | | 6 | 90.000 | -81102.490 | 87523.180 | 6420.688 | | 7 | 108.000 | -103476.700 | 107207.800 | 3731.133 | | 8 | 126.000 | -125850.800 | 127034.800 | 1183.977 | | 9 | 144.000 | -148225.000 | 146977.000 | -1247.984 | | 10 | 162.000 | -170598.400 | 167150.800 | -3447.547 | | | | | | | | 11 | 180.000 | -192975.000 | 187672.500 | -5302.453 | | 12 | 198.000 | -215349.100 | 208514.900 | -6834.203 | | 13 | 216.000 | -237723.300 | 229517.200 | -8206.078 | | 14 | 234.000 | -260097.500 | 250626.900 | -9470.531 | | 15 | 252.000 | -282473.200 | 271951.300 | -10521.910 | | 16 | 270.000 | -304847.400 | 293610.500 | -11236.880 | | 17 | 274.500 | -309462.300 | 299115.600 | -10346.690 | | 18 | 288.000 | -310514.700 | 310520.500 | 5.813 | +-----------+----------+---------------+----------------+------------------+

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─────────────────────────────────────────────────────────────────────────────── FPSO Replicante em Águas Tranqüilas e Ondas Trocoidais Regulares

Equilíbrio em Onda - Crista na SMN Onda Trocoidal Altura .250 m Comprimento 92.300 m

+-----------+----------+---------------------------------------------------+ | Ponto de | Abscissa | Momentos Fletores (t.m) em Onda - Crista na SMN | |Verificação| (m) | Peso Fluido Total | +-----------+----------+---------------+----------------+------------------+ | 1 | .000 | .000 | .000 | .000 | | 2 | 18.000 | -34839.580 | 85626.630 | 50787.050 | | 3 | 36.000 | -171379.800 | 451141.700 | 279761.800 | | 4 | 54.000 | -624369.400 | 1166527.000 | 542157.500 | | 5 | 72.000 | -1480094.000 | 2221396.000 | 741301.100 | | 6 | 90.000 | -2738551.000 | 3621886.000 | 883334.800 | | 7 | 108.000 | -4399750.000 | 5374131.000 | 974380.500 | | 8 | 126.000 | -6463692.000 | 7482121.000 | 1018429.000 | | 9 | 144.000 | -8930370.000 | 9947967.000 | 1017597.000 | | 10 | 162.000 | -11799790.000 | 12774680.000 | 974897.000 | | | | | | | | 11 | 180.000 | -15071960.000 | 15967590.000 | 895632.000 | | 12 | 198.000 | -18746870.000 | 19532920.000 | 786044.000 | | 13 | 216.000 | -22824530.000 | 23475000.000 | 650478.000 | | 14 | 234.000 | -27304910.000 | 27796060.000 | 491152.000 | | 15 | 252.000 | -32188030.000 | 32498850.000 | 310818.000 | | 16 | 270.000 | -37473930.000 | 37588220.000 | 114296.000 | | 17 | 274.500 | -38857870.000 | 38922010.000 | 64140.000 | | 18 | 288.000 | -43045080.000 | 43045680.000 | 596.000 | +-----------+----------+---------------+----------------+------------------+

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─────────────────────────────────────────────────────────────────────────────── FPSO Replicante em Águas Tranqüilas e Ondas Trocoidais Regulares

Equilíbrio em Onda - Crista na SMN ══════════════════════════════════

Onda Trocoidal Altura .250 m Comprimento 92.300 m

Força (+) Cortante Momento (*) Fletor Abscissa Força Momento (m) Cortante Fletor * + .00 .000000E+00 .000000E+00 * | + 5.76 .180038E+04 .162519E+05 |* | + 11.52 .360075E+04 .325037E+05 | * | + 17.28 .540113E+04 .487556E+05 | * | + 23.04 .863143E+04 .114900E+06 | * | + 28.80 .120660E+05 .188172E+06 | * | + 34.56 .155006E+05 .261444E+06 | * | + 40.32 .154960E+05 .342737E+06 | |* + 46.08 .143449E+05 .426703E+06 | | * + 51.84 .131939E+05 .510670E+06 | | * + 57.60 .120927E+05 .581986E+06 | | * + 63.36 .110213E+05 .645712E+06 | | * + 69.12 .995000E+04 .709438E+06 | | + * 74.88 .893535E+04 .764027E+06 | | + * 80.64 .797738E+04 .809477E+06 | | + * 86.40 .701942E+04 .854928E+06 | | + * 92.16 .609794E+04 .894260E+06 | | + * 97.92 .523728E+04 .923395E+06 | | + * 103.68 .437662E+04 .952530E+06 | | + * 109.44 .352736E+04 .977904E+06 | | + * 115.20 .271227E+04 .992000E+06 | | + * 120.96 .189718E+04 .100610E+07 | |+ * 126.72 .108669E+04 .101840E+07 | + * 132.48 .308467E+03 .101813E+07 | + * 138.24 -.469760E+03 .101786E+07 | +| * 144.00 -.124799E+04 .101760E+07 | + | * 149.76 -.195185E+04 .100393E+07 | + | * 155.52 -.265570E+04 .990269E+06 | + | * 161.28 -.335956E+04 .976605E+06 | + | * 167.04 -.396692E+04 .952703E+06 | + | * 172.80 -.456049E+04 .927338E+06 | + | * 178.56 -.515406E+04 .901973E+06 | + | * 184.32 -.567007E+04 .869331E+06 | + | * 190.08 -.616023E+04 .834263E+06 | + | * 195.84 -.665039E+04 .799195E+06 | + | * 201.60 -.710858E+04 .758931E+06 | + | * 207.36 -.754757E+04 .715550E+06 | + | * 213.12 -.798657E+04 .672169E+06 | + | * 218.88 -.840839E+04 .624986E+06 | + | * 224.64 -.881301E+04 .574002E+06 | + | * 230.40 -.921764E+04 .523018E+06 | + | * 236.16 -.959669E+04 .469513E+06 | + * 241.92 -.993313E+04 .411806E+06 |+ * | 247.68 -.102696E+05 .354099E+06 |+ * | 253.44 -.105791E+05 .295097E+06 + * | 259.20 -.108079E+05 .232210E+06 + * | 264.96 -.110367E+05 .169323E+06 + * | 270.72 -.110945E+05 .106272E+06 | *+ | 276.48 -.882836E+04 .548204E+05 |* + | 282.24 -.441129E+04 .277083E+05 * + 288.00 .578910E+01 .596144E+03

────────────────── -11236.88 t ───────────────── .00 t.m Cortantes Extremas Fletores Extremos ────────────────── 16359.24 t ───────────────── 1018429.00 t.m