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2010 ESTUDO PRELIMINAR FRUTICULTURA UNIDADE DE ACESSO A MERCADO SEBRAE-DF

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FRUTICULTURA UNIDADE DE ACESSO A MERCADO

SEBRAE-DF

Estudo de Dados Secundários Fruticultuta DF 2010

APRESENTAÇÃO

A Unidade de Acesso a Mercado – UAM do SEBRAE-DF, em apoio à

Unidade de Atendimento Coletivo ao Agronegócio – UAGRO, visa reunir

informações mercadológicas acerca da produção de frutas na região,

para viabilizar a formalização de um Projeto Finalístico destinado ao

setor.

Nesse contexto, em agosto de 2010 por intermédio do Consultor do

Projeto Foco no Mercado foi realizada uma pesquisa de dados

secundários, cujo resultado está apresentado no conteúdo deste estudo.

Este documento não pretende esgotar o assunto em pauta, uma vez

que o universo de referências a serem investigadas é maior do que o

descrito, principalmente no que se refere à necessidade de aprofundar

conhecimento a respeito:

� Dos produtores de frutas;

� Dos canais de distribuição atacadista;

� Dos pontos de comercialização varejista;

� Dos consumidores finais do produto;

Entretanto, foi possível reunir dados estatísticos e informações da

fruticultura mundial, nacional, regional e local, assim como fatores

críticos de sucesso no que se refere à capacidade gerencial dos

produtores, à fitossanidade das frutas, à fatores tecnológicos, à

qualidade e segurança da cadeia produtiva desse setor.

De modo geral, o estudo evidencia que a fruticultura local tem um

imenso potencial de crescimento, principalmente se considerada que a

Estudo de Dados Secundários Fruticultuta DF 2010

produção atual do Distrito Federal atende a apenas um terço da

demanda existente.

CADEIA PRODUTIVA DA FRUTICULTURA NO BRASIL

VISÃO GERAL DA FRUTICULTURA

A mudança observada nos hábitos e nas preferências alimentares dos

consumidores, o aumento da idade média da população e a busca por uma

melhor qualidade de vida são fatores que reforçam a tendência de

valorização dos benefícios proporcionados pelas frutas. Essas características e

Estudo de Dados Secundários Fruticultuta DF 2010

exigências dos consumidores, ao mesmo tempo em que valorizam e reforçam

a expansão do mercado, indicam as tendências a serem seguidas e revelam

as condições, implícitas e explícitas para participar do jogo com sucesso:

capacidade de produzir frutas de qualidade, saudáveis, comercializadas de

maneira apropriada a preços competitivos.

A fruticultura é uma atividade intensiva, com elevado efeito multiplicador de

renda que gera oportunidades de trabalho na razão de 2 a 5 trabalhadores

para cada hectare cultivado, nos diferentes elos da cadeia produtiva.

Portanto, com força suficiente para dinamizar economias locais estagnadas e

com poucas alternativas de desenvolvimento.

O volume de investimentos necessário para viabilizar a produção de frutas é

em geral consideravelmente inferior ao de outros segmentos dinâmicos do

agronegócio, o que torna o setor atraente como objeto de política pública

voltada para a promoção do desenvolvimento local sustentável e para o setor

privado.

O setor apresenta algumas características peculiares que a diferem de outras

cadeias produtivas e que afetam sua competitividade. Podem ser tratadas

como obstáculos ou dificuldades, mas devidamente trabalhadas podem gerar

sinergias e aumento de competitividade para todo o setor. As principais

especificidades são:

� Forte presença de agricultores familiares e elevada relação

trabalho/capital;

� Número elevado de cooperativas e associações de produtores;

� Flutuações acentuadas de preços associadas à sazonalidade e

calendários de produção diferenciados entre os hemisférios Norte e Sul

e até mesmo no interior do País;

� Comércio com grande número de países produtores, envolvendo muitas

empresas importadoras e exportadoras; e

Estudo de Dados Secundários Fruticultuta DF 2010

� A fidelidade do consumidor está concentrada mais no serviço prestado

pela empresa distribuidora/varejista que na marca do produto,

normalmente pouco conhecida, permitindo que essas empresas mudem

de fornecedor de frutas com maior facilidade.

MERCADO MUNDIAL DE FRUTAS

O mercado mundial de frutas cresce, atualmente (IBRAF, 2007), US$ 1

bilhão ao ano em média. O cenário é favorável e revela uma perspectiva

animadora de crescimento de demanda por frutas nos mercados interno e

externo.

As estimativas da Organização das Nações Unidas para Agricultura e

Alimentação (FAO, 2005) indicam que, tanto o consumo mundial per capita

de frutas, como o consumo brasileiro continuarão crescendo, nos próximos

anos, a taxas superiores à da economia mundial e doméstica.

Para produtores interessados no mercado externo, cabe destacar que as

economias mais fortes estão tornando-se cada vez mais rigorosas quanto à

importação de frutas, adotando mediadas com objetivos de proteger seus

mercados e a segurança de seus consumidores.

A União Européia, por exemplo, tem realizado um trabalho desde a década

de 1990 sobre ingredientes ativos dos produtos agroquímicos registrados para

frutas e está retirando do mercado grande parte desses ativos. Isso significa

que para os países se manterem ou ingressarem na lista de exportadores

para a Europa, devem garantir que as frutas sejam tratadas com

agroquímicos registrados e aceitos pela legislação européia. Além disso, os

resíduos de defensivos presentes nos produtos exportados devem estar de

acordo com os limites permitidos pelos países importadores.

Estudo de Dados Secundários Fruticultuta DF 2010

FRUTICULTURA NO BRASIL

O Brasil, juntamente com a Índia e a China é o terceiro maior produtor

mundial de frutas frescas, com produção acima de 40 milhões de toneladas

em 2006 (IBRAF, 2008). Essa posição que tem como ponto de partida

as condições favoráveis de clima, solo e disponibilidade de área e que vem

sendo sustentada pelos investimentos públicos e privados em infra-estrutura,

capacitação, logística e inovação tecnológica.

Segundo o Instituto Brasileiro de Frutas (Ibraf), em 2005 a fruticultura

nacional movimentou US$ 5,8 milhões somente com produtos frescos e US$

12,2 bilhões quando se consideram todos os derivados das frutas.

De acordo com dados de 2005 do Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE), a fruticultura brasileira representa algo em torno de

11,5% do Produto Interno Bruto (PIB) agrícola e 0,625% do nacional.

As principais frutas em termos de valor da produção no Brasil, nessa ordem,

são: laranja, banana, abacaxi, uva, mamão, coco, maçã e manga. Uvas,

melões, mangas, maçãs, bananas, e mamões papaia foram as principais

frutas in natura exportadas pelo Brasil em 2005.

Deve ser salientado que no mercado mundial as frutas nacionais não são

reconhecidas em razão de determinada região, de produtores específicos ou

pela força da marca comercial: elas são simplesmente conhecidas como

frutas brasileiras. Caso haja algum problema de qualidade com o

fornecimento brasileiro, esse fato pode afetar todos os produtores. Portanto, é

muito importante a difusão das informações em relação aos padrões de

qualidade exigidos pelos mercados internacionais.

FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO

Os fatores críticos de sucesso do setor de fruticultura são:

� Capacidade gerencial

� Tecnologia

� Controle fitossanitário

� Qualidade e segurança

Estudo de Dados Secundários Fruticultuta DF 2010

CAPACIDADE GERENCIAL

Segundo o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura – IICA

- os pequenos e médios produtores de frutas não recebem auxílio gerencial

ou de consultoria adequados. Isso ocorre, em grande parte, pelo fato desses

produtores não mostrarem interesse em alterar suas formas de gerenciar a

atividade.

De maneira geral, os produtores de frutas não possuem informação

atualizada do mercado no que diz respeito às tendências de consumo e à

produção de outras regiões e países concorrentes. Essa desinformação

ocasiona excesso de oferta, saturando o mercado em determinadas épocas

do ano e, conseqüentemente, reduzindo o preço das frutas. Outro problema

relacionado à falta de informação refere-se às tendências de mercado, que

poderia ser muito útil para estabelecer as recomendações de plantio, as

quais têm atualmente base, quase que exclusivamente, em dados históricos.

TECNOLOGIA

A obtenção de variedades de frutas mais produtivas e resistentes às pragas,

às doenças, ao frio e que tenham as características requeridas pelos seus

respectivos mercados, representa atualmente o grande desafio das

organizações de pesquisas, públicas e privadas ligadas à fruticultura, pois

está diretamente relacionada à competitividade do setor.

Outro fator relacionado à tecnologia de produção refere-se ao

desenvolvimento de métodos alternativos de irrigação. As pesquisas

envolvendo irrigação devem priorizar a economia de água, a modernização

dos sistemas de irrigação atualmente em uso, por meio do desenvolvimento

de sistemas de fácil manejo e baixo consumo de energia e uso da mão-

de-obra.

A tecnologia de pós-colheita também é considerada um fator crítico para a

competitividade das frutas. O período pós-colheita inicia-se com a

determinação do ponto ótimo de colheita e se encerra com a entrega da

fruta no ponto de venda.

Estudo de Dados Secundários Fruticultuta DF 2010

Para reduzir as significativas perdas pós-colheita, o País precisa avançar no

aprimoramento de suas embalagens de transporte e na intensificação do uso

da tecnologia do frio, que é fundamental para aumentar a conservação das

frutas.

O armazenamento adequado permite administrar e comercializar o produto

pelo melhor preço de mercado, evitando perdas por deterioração e

preservando suas principais qualidades. Porém, apenas uma boa conservação,

no momento do armazenamento, não assegura a manutenção da qualidade,

necessitando de embalagem adequada e transporte eficiente, pois têm por

objetivo principal a conservação do produto até o consumidor final.

CONTROLE FITOSSANITÁRIO As dificuldades para a produção agrícola relacionada com restrição ao uso de

certos defensivos agrícolas autorizados e o impacto de utilização desses

produtos no consumo e nas estratégias de monitoramento de resíduos de

agrotóxicos representam atualmente o grande gargalo para a fruticultura

brasileira.

Os principais motivos para o controle fitossanitário ser considerado um fator

crítico de sucesso para a competitividade das frutas são:

� As pragas e doenças atacam diretamente o produto final, reduzindo ou

inviabilizando a comercialização da fruta de mesa e aquela destinada

ao processamento.

� Os insumos utilizados para o controle das pragas e doenças

representam o componente mais significativo dos custos de produção

para todas as frutas.

� As pragas e doenças e seus respectivos métodos de controle são

objeto de rigorosas normas internacionais impostas pelos países

Estudo de Dados Secundários Fruticultuta DF 2010

importadores. Tais medidas são denominadas barreiras não-tarifárias e

visam proteger os produtores internos.

� A aplicação de defensivos agrícolas visando ao controle das pragas e

doenças, quando não é realizado de forma racional, pode provocar

desequilíbrios biológicos no ecossistema local e outros danos

ambientais.

QUALIDADE E SEGURANÇA

Para atender aos requisitos internos e, principalmente, aos externos, as

empresas nacionais do setor de frutas têm intensificado os esforços no

sentido de certificar seus produtos.

A certificação, comprovadamente, diferencia o produto com investimentos

substancialmente menores que aqueles envolvidos na formação de uma

marca. Além disso, os sistemas de certificação adicionam valor ao produto

sem a necessidade de transformá-lo fisicamente.

Os principais padrões e certificados exigidos pelos diferentes mercados são:

� Boas Práticas de Agrícolas (BPA) – essa prática é um padrão de

regulamentação internacional, cujo objetivo é reduzir os riscos

associados ao uso de agrotóxicos, considerando a saúde dos

consumidores, dos trabalhadores envolvidos na atividade e os aspectos

ambientais. Padrões de BPF vêm sendo adaptados e especificados de

acordo com a realidade dos locais aonde vem sendo aplicados;

� Análise dos Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) – é um

sistema de qualidade que busca detectar em um processo produtivo,

os principais pontos de contaminação, devendo ser aplicado a todos os

segmentos da cadeia produtiva. Segundo dados do USDA divulgados

Estudo de Dados Secundários Fruticultuta DF 2010

em 2005, o APPCC é o sistema de qualidade mais importante em

relação às importações de frutas;

� Produção Integrada de Frutas (PIF) – esse modelo de certificação é

genuinamente nacional, encontrando-se atualmente a cargo do Instituto

Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro).

� EUREPGAP – O principal objetivo desse certificado é o de desenvolver

padrões e procedimentos largamente aceitos, com base nos princípios

das BPF. O EUREPGAP refere-se exclusivamente às atividades de

produção agrícola, não envolvendo, portanto, as atividades de

preparação das frutas para exportação.

Embora esses mecanismos de certificação sejam voluntários, é cada vez

maior a pressão por parte dos compradores para que as empresas brasileiras

possam demonstrar conformidade com os requisitos das normas.

PRODUÇÃO INTEGRADA DE FRUTAS (PIF)

A PIF surgiu a partir das demandas reais de satisfazer às necessidades da

sociedade, no que se refere à produção de alimentos de qualidade, à

geração de empregos no campo para população de baixa renda e

escolaridade e à redução de êxodo rural para as cidades grandes.

A prática da Produção Integrada de Frutas procura refletir a gestão ambiental

das atividades agrárias de forma sustentável, estabelecendo normas que

assegurem uma cuidadosa utilização dos recursos naturais, minimizando o uso

de agrotóxicos e demais insumos.

A PIF propõe o acompanhamento da cadeia produtiva e da pós-colheita,

orientados à produção de produtos agrícolas de qualidade internacional que

atendam às necessidades e exigências do consumidor final, propondo um

Estudo de Dados Secundários Fruticultuta DF 2010

conjunto de boas práticas agrícolas a serem estabelecidas em normas e

procedimentos.

Os produtos elaborados conforme as normas de produção integrada elegem

as melhores alternativas de produção e técnicas para monitoramento

ambiental, assegurando um menor risco de contaminação direta e indireta,

além de proporcionar uma diminuição gradativa dos custos de produção.

Na prática, observa-se que desde que foi implantada, a PIF do Brasil

permitiu uma redução de 40% nos custos de produção de maçã e 44% nos

de mamão. Tal redução deve-se, principalmente, à diminuição da aplicação

de defensivos químicos nos pomares.

O painel da página seguinte apresenta o mapa da fruticultura na região

Centro-Oeste, no qual todos os dados (2007) relativos ao Distrito Federal

estão em destaque.

Estudo de Dados Secundários Fruticultuta DF 2010

PRODUÇÃO DE FRUTAS NO CENTRO OESTE

7 393 163 272.235 115.695 60.138 10

249 10.038 4.340 21

1.738 87.295 20.869 83 50 19 26

6.954 240.990 64.739 15807 17.740 4.042 17

6.954 240.990 64.739 3- - - -

36 139 143 811 125 85 15

- - - -109 2.690 1996 10

- - - -- - - -

12 72 31 18214 3.861 1.865 27

7.140 55.758 48.161 19

1.284 8.616 6.690 2513.694 165.027 83.918 13

- - - -2.407 27.073 15.662 13

366 4.168 1.954 19

- - -2 6 29 10

10 10 4 7290 9.709 10.194 8

15 73 30 21

18 150 150 19360 15.565 4.271 3184 4.209 1.503 22520 5.485 4.021 18

330 4.222 2.084 216.686 113.600 43.653 9

270 4.305 2.299 13106 1.254 858 18

88 1.178 563 19511 6.015 1.843 12

2 30 18 27177 6.929 4.913 11

31 632 258 21200 4.240 3.236 15

73 819 899 20344 2.102 823 16

32 366 224 2373 792 395 21

149 2.280 2.793 18441 7.412 7.890 13

37 465 410 221.214 11.894 7.542 9

- - - -- - - -- - - -

7 60 72 4

154 2.794 2.347 1358 809 706 20

202 1.769 629 15838 11.157 3.724 10

37 543 1.088 13138 1.832 4.443 11

39 417 932 14108 5.059 2.866 8

GO

26

DFMTMSGO

Produção do Frutas no Centro Oeste em 2007 - FONTE IBRAF (IBGE)

27

DFMTMSGO DFMTMS

Abacaxi

Nr Estados

ProdutoresRanking DF

Melancia

DFMTMS

Banana

GO

27

Melão 16

Abacate

DFMTMSGO

18

Figo

DF

10MTMSGO

Coco

DF

22MTMSGO

Laranja

DF

27MTMSGO

Goiaba

DF

10MTMSGO

Mamão

DF

27MTMSGO

Limão

DF

26MTMSGO

Maracujá

DF

25MTMSGO

Manga

DF

23MTMSGO

Não houve produção no Centro Oeste de Caqui, Maçã, Pera e Pêssego

Centro Oeste Área (ha) Volume (ton) Valor (Mil R$)Fruta

Uva

DF

17MTMSGO

Tangerina

DF

24MTMSGO

Marmelo

DF

4MTMSGO

Estudo de Dados Secundários Fruticultuta DF 2010

ECONOMIA AGROPECUÁRIA NO DF

As informações socioeconômicas do DF da CODEPLAN – Companhia do

Planejamento do Distrito Federal -, de 2008, ressaltam que a reduzida

dimensão da área rural e a proximidade de terras mais adequadas à

exploração agropecuária circundando o quadrilátero do Distrito Federal

caracterizam uma economia agropecuária incipiente, representando apenas

0,21% das atividades econômicas na capital (PIB de 2006). Mesmo assim,

cerca de 440 mil hectares são terras cultiváveis, ou seja, apropriadas para

as explorações rurais e 320 empresas de produção agropecuária estão em

funcionamento no DF (2006).

De acordo com o Cadastro Central de Empresas do IBGE, 360 empresas

de produção agropecuária atuavam em 2006 no DF, absorvendo 2.865

pessoas, no emprego formal.

A política agrícola no Distrito Federal é operacionalizada pela Secretaria de

Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento - SEAPA. Para dar

sustentação à atividade agropecuária, o Distrito Federal conta com entidades

como a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural - EMATER-DF,

e a Central de Abastecimento - CEASA-DF.

A SEAPA é responsável pelo Pró-Rural/DF - RIDE, Plano de

Desenvolvimento Rural que oferece aos produtores rurais e agroindustriais da

região uma série de incentivos que promovem condições de disputar o

acesso ao mercado (Lei no 2.499/1999). O programa tem como objetivo

aumentar a renda e gerar empregos por meio da implantação, modernização,

ampliação e reativação de estabelecimentos produtivos, não esquecendo a

preservação ambiental.

Segundo matéria publicada no Correio Braziliense, em 2009, os produtores

do Distrito Federal forneceram 19,26% dos alimentos vendidos na Ceasa em

agosto daquele ano, o equivalente a 5.458.773kg de comida. A matéria

ressalta que o déficit da produção de frutas é de 66% e por aqui não há

maçãs e morangos e tangerinas só nascem em certos períodos do ano.

Estudo de Dados Secundários Fruticultuta DF 2010

A procedência dos alimentos para o DF varia de acordo com a época do

ano. Durante a seca, os produtos da região entram em alta, quando

a baixa umidade e as temperaturas amenas do inverno favorecem o controle

das pragas na lavoura e a colheita é abundante.

PRODUÇÃO DE FRUTAS NO DISTRITO FEDERAL

O Distrito Federal produz menos da metade das frutas que consome e por

isso se revela um potencial cada vez maior de mercado. Nos últimos anos

as frutas típicas do Cerrado vêm ganhando mais espaço no mercado, e os

cultivos implantados na região têm apresentado produção e qualidade cada

vez maiores. No entanto, por falta de investimentos públicos e privados, a

capital federal ainda não é auto-suficiente em nenhuma espécie de frutífera.

Em decorrência da composição climática, o Distrito Federal produz quase

todos os tipos de frutas tropicais e semitropicais, com destaque para a

goiaba, o maracujá e o morango.

De acordo a Emater, a fruticultura é uma ótima alternativa para o produtor,

pois há uma demanda insatisfeita, devido a um déficit muito grande de

frutas. O DF importa 60% das frutas que consume principalmente de Minas

Gerais, São Paulo, Goiás.

Nos últimos anos as frutas típicas do Cerrado vêm ganhando mais espaço

no mercado, e os cultivos implantados na região têm apresentado produção

e qualidade cada vez maiores. No entanto, por falta de investimentos

públicos e privados, a capital federal ainda não é auto-suficiente em

nenhuma espécie de frutífera.

Segundo a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito

Federal – EMATER-DF - em 1983 a fruticultura ocupava 212 hectares no

DF e produzia aproximadamente 1.655 toneladas. Em 2006, a área ocupada

com esses cultivos saltou para 1.812 hectares e a produção chegou a

35.615 toneladas. Nos últimos 23 anos, a área cultivada com frutíferas

cresceu 754,7% e a produção aumentou em cerca de 2.051%.

Estudo de Dados Secundários Fruticultuta DF 2010

Em 2000, a área ocupada com fruticultura no DF era de 2.710 ha e a

produção era de 38.462 t. Mesmo com a queda da área plantada, a

produção não sofreu queda tão grande. A única redução brusca foi na

produção de manga, responsável por quase toda a área reduzida. A taxa

média anual de crescimento da produção da fruticultura no DF nos últimos

23 anos é de 14,27%, e a de área é de 9,7%.

Dentre as frutas típicas do Cerrado, a graviola é a única que começa a ser

produzida no Distrito Federal. O pequi, a cagaita e a mangaba ainda não

possuem produção comercial na região, e são trazidas de outros estados

como Goiás e Minas Gerais ou são extraídas de plantas nativas.

REGIÕES PRODUTORAS DE FRUTAS NO DF

PLANALTINA x x x x x x x x x

GAMA x x x x x

SOBRADINHO x x x x x x x

CEILÂNDIA x x x x

NÚCLEO BANDEIRANTE x x

SÃO SEBASTIÃO x x x x

BRAZLÂNDIA x x x x x x x

PARANOÁ x x x x x x

CULTURA DE FRUTAS DO DISTRITO FEDERAL - FONTE: EMATER-DF

Abacate Banana Goiaba MaracujáAcerola GraviolaRegião Administrativa Laranja Limão Manga Tagerina Uva

Nota: Não foi fornecida a data da informação, obtida junto à EMATER-DF, pela UAGRO.

Estudo de Dados Secundários Fruticultuta DF 2010

O quadro acima sintetiza as informações a respeito do tipo de frutas

cultivadas nas regiões administrativas fornecidas pela EMATER-DF.

Por meio do portal http://www.codeplan.df.gov.br é possível ampliar o

espectro de informação das regiões produtoras, assim como do tipo de

cultura, suas áreas e seu volume em toneladas. As publicações técnicas

(2007) do sítio trazem a coletânea socioeconômica das regiões

administrativas do Distrito Federal, da qual foram extraídos os dados

apresentados a seguir.

Planaltina: A área rural produtora é formada pelos Núcleos Rurais Pipiripau,

Taquara, Tabatinga, Rio Preto, Santos Dumont, Riacho das Pedras, pelas

Colônias Agrícolas São José, Sítio Novo e Estanislau e pelas Áreas Isoladas

Retiro do Meio, Monjolo, Rajadinha, larga e Mestre D’Armas.

Área de Produção Frutífera (2004/2005)

Frutas Área (ha) Volume (ton)

Banana 37 643,71

Goiaba 29,2 472,6

Laranja 386 11.006,20

Limão 127 1.308,13

Maracujá 76,5 1.359,20

Manga 43,5 872

Tangerina 76 1.282,00

Outras 74,1 865,73

Total 849,3 17.809,57

Fonte: Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias do Distrito Federal – Anuário

Estatístico do Distrito Federal 2006.

Os números publicados em 2006 apontam o destaque para a produção de

laranja na região que totalizam 11.006,20 toneladas em uma área de 386

hectares.

Gama: Área rural formada pelo Núcleo Rural Monjolo, Colônia Agrícola Ponte

Alta e Córrego Crispim, Núcleo Rural Ponte Alta de Baixo e Ponte Alta

Norte e Alagado.

Estudo de Dados Secundários Fruticultuta DF 2010

Área de Produção Frutífera (2004/2005)

Frutas Área (ha) Volume (ton)

Banana 7 70

Goiaba 3,2 80

Laranja 5 22,50

Limão 4,2 19,32

Maracujá 1 12,00

Manga 1 11

Tangerina 10 160,00

Outras 38,5 358,38

Total 69,9 733,20

Fonte: Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias do Distrito Federal – Anuário

Estatístico do Distrito Federal 2006.

Os números publicados em 2006 apontam o destaque para a produção de

tangerina na região que totalizam 160 toneladas em uma área de 10

hectares. Entretanto, produções menores, não especificadas na coletânea da

Codeplan, registam 358.38 toneladas em 38,5 hectares de área plantada.

Sobradinho: A área rural é composta pelos Núcleos Rurais Sobradinho I e

II, Áreas Isoladas: Serandi, Mogi, Buraco, Paranoazinho, Córrego do Meio,

Contagem e São João.

Área de Produção Frutífera (2004/2005)

Frutas Área (ha) Volume (ton)

Banana 40,5 238,75

Goiaba 2 32

Laranja 15 90

Limão 10 15

Maracujá 5 35

Manga 40 320

Tangerina 4 57

Outras 53 1.935

Total 168,5 2.857,75

Fonte: Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias do Distrito Federal – Anuário

Estatístico do Distrito Federal 2006.

Estudo de Dados Secundários Fruticultuta DF 2010

Em Sobradinho, o destaque é da banana e da manga, segundo os dados

publicados, sem desconsiderar as pequenas culturas de frutas não

especificadas.

Ceilândia: Na área rural encontra-se o Parque Ecológico e Vivencial do

Descoberto, que reúne grande acervo de flora e fauna além de diversas

quedas d’água.

Área de Produção Frutífera (2004/2005)

Frutas Área (ha) Volume (ton)

Banana 12,3 299

Goiaba 7,75 167,4

Laranja - -

Limão 5 125

Maracujá 2 20

Manga - -

Tangerina 4 80

Outras 4,55 68,5

Total 35,6 759,90

Fonte: Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias do Distrito Federal – Anuário

Estatístico do Distrito Federal 2006.

Núcleo Bandeirante: A área rural é formada pela Agrovila Vargem Bonita,

Colônia Agrícola Núcleo Bandeirante I e II e Área Isolada Vargem Bonita.

Área de Produção Frutífera (2004/2005)

Frutas Área (ha) Volume (ton)

Banana - -

Goiaba - -

Laranja - -

Limão 1,2 12

Maracujá 1,5 18,75

Manga - -

Tangerina 6 96

Outras 0,2 1,4

Total 8,9 128,15

Fonte: Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias do Distrito Federal – Anuário

Estatístico do Distrito Federal 2006.

Estudo de Dados Secundários Fruticultuta DF 2010

São Sebastião: Oriunda da Agrovila São Sebastião que aos poucos foi sendo

habitada e estruturada abrigando a população de invasões. Núcleo Rural

Recanto da Conquista e pelas Áreas Isoladas: Cava de Baixo, Cava de Cima, Papuda, Riacho Frio, Quilombo e Taboquinha.

Área de Produção Frutífera (2004/2005)

Frutas Área (ha) Volume (ton)

Banana 8,8 140,8

Goiaba 1,2 35

Laranja - -

Limão 6.70 35

Maracujá 3,52 51,04

Manga 170,8 717,36

Tangerina 4,2 70,98

Outras 3,53 43,92

Total 198,75 1.229,45

Fonte: Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias do Distrito Federal – Anuário

Estatístico do Distrito Federal 2006.

Em São Sebastião, o destaque é para a produção de manga com 717,36

toneladas em uma área de 170,8 hectares – a maior produtora de manga

do DF, segundo os dados acima.

Brazlândia: Na área rural encontram-se os Núcleos Alexandre Gusmão, Dois

Irmãos, Engenho Queimado, Desterro, Chapadinha e Barreiro.

Área de Produção Frutífera (2004/2005)

Frutas Área (ha) Volume (ton)

Banana 18 420

Goiaba 202,15 5.610

Laranja - -

Limão 45 560

Maracujá 13,5 105

Manga - -

Tangerina 34,5 661,5

Outras 49,2 3.924,40

Total 362,35 11.280,90

Fonte: Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias do Distrito Federal – Anuário

Estatístico do Distrito Federal 2006.

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Segundo a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Distrito

Federal, 33% das frutas produzidas no Distrito Federal são de Brazlândia.

Paranoá: Área rural é composta pelas Colônias Agrícolas Buriti Vermelho,

Cariru, Capão Seco, Lamarão, São Bernardo, pelos Núcleos Rurais Jardim e

Três Conquistas, Agrovila Capão Seco e as Áreas Isoladas Quebrada dos

Guimarães, Santo Antonio, Quebrada dos Neres e pela área onde se

desenvolve o Programa de Assentamento Dirigido – PAD-DF.

Área de Produção Frutífera (2004/2005)

Frutas Área (ha) Volume (ton)

Banana 18,72 341,53

Goiaba 6,3 119,7

Laranja - -

Limão 38,3 453,6

Maracujá 9 161,1

Manga 1,5 6

Tangerina 5,05 57,6

Outras 20,04 282,50

Total 99,27 1.422,03

Fonte: Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias do Distrito Federal – Anuário

Estatístico do Distrito Federal 2006.

Os quadros acima que destacam a produção local de banana, goiaba,

laranja, limão, maracujá, manga e tangerina somam 36.220,95 toneladas,

em uma área de 1.792,57 hectares. Abaixo o somatório de áreas e de

volumes por frutas, conforme produção local informada pela Codeplan.

Área Total de Produção Frutífera no DF (2004/2005)

Frutas Área (ha) Volume (ton)

Banana 142,32 2.153,79

Goiaba 251,80 6.516,70

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Laranja 406,00 11.118,70

Limão 237,40 2.528,05

Maracujá 112,02 1.762,09

Manga 256,80 1.926,36

Tangerina 143,75 2.465,08

Outras 243,12 7.479,83

Total 1.792,57 36.220,95

No contexto geral, as estatísticas de produção de frutas no DF 2004/2005

- da fonte Codeplan - apontaram a laranja como a fruta mais produzida

naquele período.

Abaixo, a produção do DF em 2007:

Abacaxi 7 393 163 27 27

Melancia 3 50 19 26 26

Melão 0 0 0 16 0

Abacate 109 2.690 1996 18 10

Banana 214 3.861 1.865 27 27

Coco 0 0 0 22 0

Figo 2 6 29 10 10

Goiaba 290 9.709 10.194 10 8

Laranja 184 4.209 1.503 27 22

Limão 270 4.305 2.299 26 13

Mamão 2 30 18 27 27

Manga 73 819 899 23 20

Maracujá 149 2.280 2.793 25 18

Marmelo 0 0 0 4 0

Tangerina 154 2.794 2.347 24 13

Uva 37 543 1.088 17 13

Produção do Frutas no DF em 2007 - FONTE IBRAF (IBGE)

Fruta Área (ha) Volume (ton) Valor (Mil R$)Nr Estados

ProdutoresRanking DF

Em 2007, de acordo com as estatísticas de produção de frutas no DF -

da fonte IBGE - a goiaba foi a fruta em destaque com 9.709 toneladas em 290 hectares de área, classificada em oitavo lugar no ranking da

produção nacional.

Vale registrar que não foram encontrados dados estatísticos a respeito da

produção de morango. Entretanto a EMATER-DF destaca a região de

Brazlândia como a maior produtora dessa espécie frutífera no Centro Oeste e

a sétima no Brasil.

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CONSUMO DE FRUTAS

Estudo inédito do Ministério da Saúde, publicado em abril de 2010, revela

que 30,4% da população com mais de 18 anos optam por consumir frutas e

hortaliças, cinco ou mais vezes na semana. E 18,9% consumiram cerca de

cinco porções diariamente em 2009 - 2,6 vezes mais que o registrado em

2006, 7,1%. Isso equivale as 400 gramas diárias recomendadas pela

Organização Mundial de Saúde.

Outro fator que tem contribuído para o crescimento do consumo de frutas é

a busca crescente por alimentos convenientes, de fácil manuseio e rápido

preparo e que, sobretudo, atendam às necessidades básicas de nutrição. O

consumo de frutas frescas enquadra-se perfeitamente nesse contexto. Outro

nicho consiste nos derivados processados, tais como frutas desidratadas a

vácuo, sucos e polpas.

Entretanto, segundo o IBRAF o consumo interno, de apenas 57 Kg de frutas

frescas/ano, por habitante, é muito inferior ao consumo de países

desenvolvidos, com uma variação de 70 a 120 kg/ano.

Dentro do mercado de alimentos orgânicos a demanda por frutas é maior

em comparação com as obtidas em sistemas convencionais de produção,

registrando-se através de pesquisas ao consumidor o intenso desejo de

consumir frutas tropicais e temperadas, que além de isentas de agrotóxicos

são preferidas nos aspectos organolépticos (sabor e cheiro mais

adocicados, por exemplo).

INSTITUIÇÕES VINCULADAS AO SETOR DA FRUTICULTURA

� CÂMARA SETORIAL DA CADEIA PRODUTIVA DA FRUTICULTURA

� CENTRAL DE ABASTECIMENTO – CEASA-DF

� EMATER – EMPRESA DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL-DF

� EMBRAPA – EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA

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� FRENTE PARLAMENTAR DA FRUTICULTURA BRASILEIRA

� IBRAF – INSTITUTO BRASILEIRO DE FRUTAS

� INSTITUTO INTERAMERICANO DE COOPERAÇÃO PARA A AGRICULTURA - IICA

� MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO – MAPA

� SECRETARIA DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO -

SEAPA

� SENAR – SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL-DF

PRIORIDADES PARA A FORMULAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS E PRIVADAS Segundo a Câmara Setorial da Fruticultura, as principais prioridades para a

formulação de políticas públicas e privadas, tendo em vista o desenvolvimento

e competitividade do setor de fruticultura no Brasil, são:

� Ações para reduzir/contornar barreiras externas que afetam o

desempenho da cadeia produtiva da fruticultura;

� Ações para reduzir as perdas (entre 20% a 50%) e desperdícios ao

longo da cadeia produtiva;

� Promover a elevação do consumo doméstico de frutas e derivados;

� Promover o aumento das exportações;

� Promover a Produção Integrada de Frutas (PIF) e a produção

orgânica;

� Promover o aperfeiçoamento do capital humano utilizado no Sistema

Agroalimentar das Frutas;

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� Aperfeiçoar as políticas de financiamento, comercialização, seguro e

industrialização das frutas;

� Promover a modernização da logística de escoamento das frutas e

remover gargalos de infra-estrutura;

� Promover mecanismos de coordenação ao longo da cadeia voltados

para reduzir conflitos e elevar convergências;

� Apoiar o desenvolvimento tecnológico do setor;

� Estabelecer normas técnicas voluntárias para auto-regulamentação do

mercado e criação de um selo de garantia de identidade e origem

para frutas frescas e os principais derivados;

� Campanhas de promoção e divulgação das frutas brasileiras no exterior;

� Capacitar institucionalmente os órgãos do MAPA responsáveis por

análise de riscos, emissão de certificados fitossanitários e fiscalização

das exportações e importações;

� Exigir que as regulamentações sobre qualidade, embalagem, rotulagem

e segurança alimentar sejam efetivamente cumpridas em todo o

território nacional.

RECOMENDAÇÕES PARA O PLANEJAMENTO DO PROJETO NO SEB RAE-DF Visando aprofundar conhecimento do mercado de frutas no DF são

recomendadas as seguintes iniciativas:

1. Junto aos Produtores:

a. Identificar o impacto dos demais elos da cadeia produtiva

em seus negócios.

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b. Conhecer estratégias de comercialização (canais de

distribuição, formas de divulgação e relacionamento com o

mercado, fatores logísticos e política de precificação)

c. Identificar fatores de produção (tipo, sazonalidades e

capacidade de oferta, área e volume de produção)

d. Mapear forças e fraquezas relativas aos fatores críticos de

sucesso: capacidade gerencial, fitossanidade das frutas,

tecnologia e qualidade e segurança.

e. Identificar os perfis dos produtores (número de empregos

gerados; integração com outros produtores.

2. Canais de distribuição – usuais e potenciais:

a. Pesquisar hábitos de compra e demanda não atendida.

3. Consumidor final:

a. Conhecer perfil do público consumidor alvo dos produtores.

4. Associações e/ou cooperativas existentes:

a. Localizar e conhecer intenção de apoio.

b. Identificar suas capilaridades nas regiões destacadas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS Vale destacar que:

� As informações obtidas para fins desse estudo se referem, quase que

exclusivamente, à produção de frutas frescas.

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� Não foram pesquisados dados a respeito do mercado de frutas

processadas, tais como frutas minimamente processadas, produção de

geléias, doces e polpas e sucos.

� Não foram obtidos dados específicos de comercialização de frutas “in

natura” no Distrito Federal.

Entretanto, a partir das informações coletadas, fica evidente que o Distrito

Federal possui alta demanda não atendida no consumo de frutas e que o

potencial de crescimento desse mercado é elevado.

Em visita informal a dois estabelecimentos varejistas de hortifruti, localizados

na Asa Norte, foi observado que não há qualquer distinção de publicidade

entre as frutas importadas de outros estados e as frutas produzidas no DF.

Dessa forma, sugere-se verificar a validade dessa percepção e, caso

confirmado, que seja inserida entre as possíveis ações do Projeto da

UAGRO a análise de viabilidade da criação de um selo distintivo da

produção local, visando valorização de marca, para sensibilizar o consumidor

final para o consumo de frutas da região.

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SEBRAE / DF S.I.A Trecho 03 Lote 1580 71 200-020 – S.I.A – Brasília/DF Diretoria: Maria Eulalia Franco Unidade de Acesso a Mercado Sebrae/DF Unidade de Acesso a Mercado Gerente: Lucimar Santos Gestor do Projeto: James Hilton Reeberg 061 33621623 [email protected] Foco no Mercado Consultora: Ana Paula Capparelli Demanda: Unidade: UAGRO Gerente: Adilson Ferreira dos Santos

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

CADEIA PRODUTIVA DE FRUTAS NO BRASIL - Série Agronegócios – volume 7

– de agosto de 2007, editada pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) em parceria com o

Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA.

FRUTAS PARA O MERCADO GLOBAL, de autoria de Josefa Salete Barbosa

Cavalcanti, professora do Departamento de Ciências Sociais da UFPE, pesquisadora

do CNPQ e Ph.D em Sociologia pela Universidade de Manchester (EUA).

MODELAGEM COMPUTACIONAL DE SISTEMA DE PRODUÇÃO DE FRUTAS DO

CERRADO – Estevão Julio Walburga Keglevich de Buzin (UFG) - Bióloogo e

Pesquisador (e outros) no IV Encontro Nacional da Anppas em 2008.

PRODUÇÃO - Clima e mercado são propícios à fruticultura - O Distrito Federal

produz menos da metade das frutas que consome e a aridez da região evita

ocorrência de doenças nos cultivos, Luiz Calcagno – publicado no sítio da

EMATER-DF.

BOLETIM TÉCNICO - Estudo da viabilidade técnica para a implantação de

maracujá azedo irrigado em sistema adensado de plantio no Distrito Federal. -

Planaltina – DF, Julho de 2008, em http://www.upis.br.

Apresentação do modelo “PRODUÇÃO INTEGRADA DE MORANGOS – PIMo NA

REGIÃO DE VACARIA / RS.

Matéria do Instituto Brasileiro de Frutas – IBRAF – sobre a produção

de doces como foi a forma encontrada pelos produtores rurais para aproveitar os

excedentes da produção de frutas e tê-las disponíveis na entressafra.

DECRETO Nº 22.859, DE 09 DE ABRIL DE 2002 que regulamenta a Lei nº

2.450, de 27 de setembro de 1999, que instituiu o Programa de Incentivo à

Fruticultura do Distrito Federal – PIF-DF.

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SITIOS NA INTERNET VISITADOS

EMBRAPA – EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA; IBRAF –

INSTITUTO BRASILEIRO DE FRUTAS; INSTITUTO INTERAMERICANO DE

COOPERAÇÃO PARA A AGRICULTURA – IICA; MINISTÉRIO DA AGRICULTURA,

PECUÁRIA E ABASTECIMENTO – MAPA; SECRETARIA DE ESTADO DA

AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO – SEAPA; SENAR – SERVIÇO

NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL-DF; COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO

DO DISTRITO FEDEAL – CODEPLAN.