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ESTUDO DE AVALIAÇÃO DE IMPACTOS DA ESTRATÉGIA REGIONAL PARA AS ÁREAS DE BAIXA DENSIDADE DO ALGARVE
Coordenação:
Vanessa Duarte de Sousa
Execução:
Ana Francisca Sousa
Ana Rita Cruz
Catarina Doutor
Consultoria:
Isabel Guerra
Pedro Costa
4 de Novembro de 2009
Metodologia do Estudo
Objectivos do Estudo
� Analisar a adequabilidade, eficácia, eficiência, equidade e impacto das medidas dirigidas às áreas de baixa densidade da região do Algarve
Território de análise
São Marcos da Serra
Área: 161,7 km2
População Residente: 1535Densidade Pop.: 9,5 hab/km2
Bordeira
Área: 79,5 km2
População Residente: 492Densidade Pop.: 6,2 hab/km2
Cachopo
Área: 199,2 km2
População Residente: 1026Densidade Pop.: 5,2 hab/km2
Estoi
Área: 46,6 km2
População Residente: 3538Densidade Pop.: 76,0 hab/km2
Querença
Área: 33,6 km2
População Residente: 768Densidade Pop.: 23,4 hab/km2
Paderne
Área: 52,7 km2
População Residente: 3504Densidade Pop.: 66,5 hab/km2
Vila Nova de Cacela
Área: 47,1 km2
População Residente: 3462Densidade Pop.: 73,5 hab/km2
Sistematização da aplicação dos instrumentos
Intervenções de revitalização urbana e de animação territorial (FEDER):- Entrevista aos promotores – juntas de
freguesia, câmaras municipais e gabinetes técnicos de apoio às aldeias – e associações (18 entrevistas);- Questionário à população (352 questionários aplicados).
Intervenções formativas:- Realizadas 3 entrevistas aos promotores
- Planicoa- Odiana- Associação In Loco
- 47 questionários aos formandos.
Aldeia Representação da amostra na população
(%)Bordeira 11,5
Cachopo 5,1
Estoi 1,6
Paderne 1,7
Querença 6,7
São Marcos da Serra 3,5
Vila Nova de Cacela 1,7
Conjunto das Aldeias 2,8
A INTERVENÇÃO AVALIADA
“Aldeias do Algarve” – A procura de revitalização urbana dos espaços de interior
� Desenhados planos de intervenção para 11 aldeias do Algarve
� Uma actuação estratégica assente em 4 eixos:� Renovação urbana� Equipamentos colectivos e de lazer� Apoio às actividades económicas� Animação socio-económica
� Avaliação positiva da adequabilidade da intervenção à estratégia delimitada. Maiores fragilidades ao nível do apoio às actividades económicas
A “Animação do Algarve Rural” – Reavivando Memórias e Valorizando as Identidades
Intervenção promovida pela CCDR:
� Festa dos Presépios� Objectivo: Desafiar o envolvimento local na construção do
presépio na aldeia utilizando recursos característicos locais
� Iniciada em 2003, mantém-se a sua realização na actualidade.
� Festa da Gastronomia� Objectivo: Divulgar 175 receitas típicas do Algarve, contribuindo
para o reforço da identidade gastronómica regional
� Uma edição em 2005
� Aldeias em Flor� Objectivo: Privilegiar os elementos locais e as flores
características de cada aldeia, numa intervenção de carácter paisagístico
“Planos de Formação” – do Potencial Humano ao Desenvolvimento Territorial
� Capacitação de mediadores do desenvolvimento local: técnicos, artesãos, animadores e guias de percursos
� Criação de bolsas de formadores de áreas diversificadas
� Adequação das acções às características e ao potencial do território. Ex. salinicultura, património, ambiente, cultura.
� Entendimento da formação como parte do processo de intervenção no território (Odiana, In Loco)
� Públicos procuram a formação para valorização pessoal e profissional
PARTICIPAÇÃO NO DESENHO DAS ACÇÕES
Participação no desenho das acções de revitalização urbana
A maior parte dos inquiridos afirma
não ter sido envolvido na
discussão das acções de
revitalização urbana. No entanto, os
actores locais afirmam que foram criados
mecanismos de participação
(reconhecem-se frágeis níveis de discussão das
propostas).
10,2
17,0
13,0
17,6
14,6
87,8
89,8
83,0
82,6
82,4
79,2
98,0
4,9
0,0
0,0
4,3
0,0
6,3
0,02,0
7,3
0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0
S. Marcos da Serra
Paderne
Querença
Estoi
Carrapateira
Cachopo
Cacela Velha
Sim Não NS/NR
O tipo de participação popular nas acções de animação das aldeias
Os habitantes participaram
centradamente enquanto visitantes das acções. Uma participação que
depende, no entanto, do tipo de acção em análise.
A participação na Formação
� Frágil participação dos públicos no desenho dos projectos formativos, embora as entidades formadoras apresentem preocupação em adaptar a formação ao território e envolvam as equipas formativas no desenho dos planos
SATISFAÇÃO COM A INTERVENÇÃO
Em parte importante dos casos,
mais de 80% dos inquiridos está satisfeito
ou muito satisfeito com
as intervenções.
Satisfação e muita
satisfação em mais de 80% dos inquiridos
das aldeias
4,3
4,3
14,9
2,1
12,8
14,9
23,4
14,9
4,3
10,6
6,4
55,3
55,3
46,8
46,8
36,2
59,6
40,4
27,7
29,8
25,5
23,4
59,6
29,8
51,1
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Duração da Formação
Articulação do conteúdo da formação com as suas necessidades
Aplicabilidade prática da formação
Distância do local onde reside ao local da formação
Desempenho dos formadores
Equipamentos e instalações
Amizades e relacionamentos criados com a formação
Nada Satisfeito Pouco Satisfeito Nem satisfeito nem insatisfeito Satisfeito Muito Satisfeito
A maior parte dos formandos revela-se satisfeito ou muito satisfeito com a formação. Mais de 90% afirma ter vontade em
frequentar outra acção promovida pela mesma entidade formadora.
PARTICIPAÇÃO E ENVOLVIMENTO NA EXECUÇÃO DAS ACÇÕES
Apropria ção dos espa ços revitalizados
Apropriação acentuada nos
espaços públicos –o que se justifica pela tipologia da
intervenção.As pessoas associam as
intervenções, na sua maioria, às
Câmaras Municipais. Em
Querença e Estoi, mais de 40% dos inquiridos associa as intervenções às
Juntas de Freguesia.
51,2
2,3
4,4
4,3
8,7
19,1
2,2
2,3
35,3
46,9
4,9
14,9
7,9
4,5
45,2
6,8
50,0
23,1
17,1
34,9
8,9
27,7
15,2
14,9
22,2
22,7
17,6
25,0
21,3
31,7
34,0
23,7
22,7
22,6
15,9
13,6
20,5
19,5
48,8
28,9
36,2
52,2
46,8
44,4
45,5
37,3
25,0
36,2
48,8
38,3
52,6
52,3
22,6
38,6
22,7
35,9
12,2
14,0
37,8
29,8
6,5
6,4
15,6
13,6
7,8
3,1
17,0
12,2
12,8
15,8
18,2
9,7
31,8
11,4
17,9
20,0
2,1
17,4
12,8
15,6
15,9
2,0
25,5
2,4
2,3
6,8
2,3
2,6
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Centro Cultural e recreativo
Execução dos espaços exteriores da zona adjacente ao Campo deFutebol
Execução da entrada de Paderne e acesso ao Centro Paroquial
Luminotécnica decorativa do Castelo
Passeio da Rua da Azinhaga
Construção do Parque de Estacionamento Norte
Requalificação urbana da Praceta e Largo Ossónoba
Requalificação urbana dos Largos da Liberdade e Humberto Delgado
Museu do Mar da Carrapateira - 1ª Fase
Melhoramento do Polidesportivo
Construção da rotunda
Sinalização do Núcleo Museológico
Recuperação do Moinho Branco
Requalificação da Azinhaga de acesso às construções da PlantaCircular
Requalificação do acesso ao Poço
Reconversão da Escola Primária de Sta.Rita em Centro de Investigaçãoe Informação
Requalificação da entrada de Cacela Velha
Arranjos Exteriores da Creche e Jardim-de-Infância de Vila Nova deCacela
Infra-estruturas eléctricas do Parque de Feiras e Exposições de VilaNova de Cacela
S. M
.Se
rra
Pade
rne
Que
rença
Estoi
Carrapa
teira
Cacho
poCacela Velha
Nunca Raramente Algumas Vezes Muitas Vezes Sempre
A participação no Concurso e Festas dos Presépios
Participação alargada dos habitantes nas acções de animação territorial, acompanhada da dinamização por agentes locais
Percepção sobre a entidade responsável pelas acções de animação
Apesar de ter sido a CCDR a entidade promotora das iniciativas, a apropriação por parte dos agentes locais fez com que a percepção dos inquiridos sobre as entidades responsáveis pelas acções de
animação recaísse essencialmente sobre as Câmaras Municipais e as Juntas de Freguesia.
A participação na implementação e no pós-Formação
� Acompanhamento do grupo de formandos no decurso do processo formativo e manutenção de contactos com as entidades formadoras, mas fragilidades ao nível do acompanhamento pós-formação
EFICÁCIA, EFICIÊNCIA E IMPACTOS DA INTERVENÇÃO
Resultados Directos e Percepção dos Resultados
As acções de revitalização urbana
� Eixo 2 – Medida 1:� Um investimento per capita importante. Alguns
exemplos: Querença – mais de 3.000 euros; Carrapateira – mais de 2.000 euros; Cachopo –cerca de 1.800 euros.
� Uma execução positiva no âmbito do PROALGARVE, mas aquém das intencionalidades iniciais (propostas em PI’s com carácter indicativo…)
As acções de animação
� Dos discursos dos diferentes actores, podemos dizer que as acções de animação foram importantes porque:� Oferecem alternativas de ocupação do lazer às pessoas;
� Contribuem para que as pessoas se apropriem mais do seu território;
� Reforçam os laços comunitários;
� Elevam a auto-estima das populações, pela aposta nos recursos endógenos;
� Captam novos visitantes para as aldeias;
� Promovem a interacção das pessoas para trabalharem sobre a animação cultural e recreativa da sua terra.
As acções de formação
� Resultados percepcionados pelas entidades formadoras:� Visam colmatar as
necessidades individuais dos destinatários;
� Procuram criar impactos indirectos no território de onde provêm os públicos.
Inquiridos segundo a correspondência da formação às expectativas iniciais
Inquiridos segundo a necessidade de uma formação complementar
87,0
13,0
Sim
Não
14,9
85,1 Sim
Não
21,3
78,7 Sim
Não
Inquiridos segundo o alcance dos objectivos iniciais a que se propuseram
Os Impactos e a Percepção dos Impactos face à Estratégia Regional
A percepção dos problemas
A tendência de perda de população (?)
13,7
30,0
25,5
22,0
28,0
19,6
30,0
86,3
70,0
74,5
78,0
72,0
80,4
70,0
0,020,040,060,080,0100,0
Cacela Velha
Cachopo
Carrapateira
Estoi
Querença
Paderne
S. Marcos daSerra
Sim Não
17,6
4,0
19,6
6,0
20,0
21,6
12,0
82,4
96,0
80,4
94,0
80,0
78,4
88,0
0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0
Tem familiares que saíram da aldeia nos últimos 8 anos?
Tem familiares que vieram residir para a aldeia nos últimos 8 anos?
Aumento do emprego na área de intervenção (?)
Freguesia/ Concelho
Ano Taxa de variação%
Variação AbsolutaNº
% face ao concelho
2003 2006 2003 2006
VILA NOVA DE CACELA 466 838 79,8 372 11,8 16,9
VILA R. STO ANTONIO 3.950 4.956 25,5 1006
CACHOPO 49 47 -4,1 -2 1,0 0,8
TAVIRA 5.156 6.234 20,9 1078
BORDEIRA 38 52 36,8 14 5,1 5,3
ALJEZUR 738 979 32,7 241
ESTOI 350 546 56,0 196 1,6 2,3
FARO 21.558 24.066 11,6 2508
QUERENCA 60 69 15,0 9 0,3 0,3
LOULE 23.553 26.913 14,3 3360
PADERNE 465 543 16,8 78 2,9 2,7
ALBUFEIRA 16.144 20.440 26,6 4296
SAO MARCOS DA SERRA
121 129 6,6 8 1,8 1,7
SILVES 6.913 7.661 10,8 748
Para o futuro…
Sugestões para futuras intervenções urbanas
Sugestões para futuras acções de animação das aldeias
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A análise global dos impactos da estratégia
� Em todas as tipologias de acção são visíveis resultados, genericamente, positivos – pelo conjunto das intervenções desenvolvidas [diversidade, relação com o território, inovação], que se evidencia na percepção dos actores e dos públicos (habitantes das aldeias e formandos);
� A possibilidade de complementaridade de um programa gerido pela CCDR, com outros (ex. LEADER)
� Percepção de manutenção dos problemas estruturantes do território que balizaram a construção da estratégia.
Pensar o futuro de forma colectiva
� Face a um novo quadro de políticas e de programas de financiamento, parte das acções para o futuro jáestão formatadas, mas outras podem ser reequacionadas
� Qual pode ser o papel da CCDR no desenvolvimento dos espaços rurais algarvios?
Questões para o Workshop
� Face à intervenção despoletada pela estratégia que pontos fortes e pontos fracos destaca?
� O que pode ser feito, no futuro, pela CCDR para:� Promover acções de animação do território de forma integrada?
� Afirmar o artesanato algarvio como uma profissão de futuro?
� Dinamizar equipamentos e espaços intervencionados anteriormente?
� Apoiar nos processos de distribuição e de comercialização dos produtos regionais, ao nível nacional e mesmo internacional?