estudo comparativo em um centro de diagnÓsticos por imagem dos cenÁrios anterior e posterior a...
DESCRIPTION
O tradicional método de geração de laudos radiológicos não explora as vantagens e avanços digitais atuais, desperdiçando assim parte da capacidade dos programas médicos mais modernos, desta forma, além das taxas de erros, o tempo do processo não é otimizado. Atualmente pode-se presenciar cada vez mais o uso de tecnologia da informação na área da saúde, como em diagnósticos, prevenção, assistência e acompanhamento de tratamentos e casos clínicos de pacientes. Com o PACS é possível automatizar todo o processo envolvido no diagnóstico por imagem, com fidelidade, segurança e o gerenciamento de todo o histórico de imagens do paciente. Além de ajudar na solução do problema de geolocalização, pois ao se fazer um exame numa determinada clinica localizada na Amazônia, por exemplo, pode-se enviar esse exame para um medico especialista, localizado em São Paulo, para fazer o diagnóstico e prescrever o laudo, proporcionando, assim, atendimento especializado em áreas distantes e de difícil acesso. Com esses resultados poderão ser comparado os processos executados com e sem a utilização do sistema, sendo assim possível apresentar os pros e contras da implantação, identificar os setores que há melhor adaptação ao PACS e porque e quais serão as mudanças necessárias. Além disso, auxiliará os que buscam um melhor entendimento sobre o assunto e pode ser utilizado como um business case para a tomada de decisão da implantação.TRANSCRIPT
UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO
FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS
CURSO DE ENGENHARIA DA COMPUTAÇÃO
Carlos Roney Fernandes
Henrique Vieira da Silva
Mariana de Oliveira Kasza
Raquel Calil
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO: ESTUDO
COMPARATIVO EM UM CENTRO DE DIAGNÓSTICOS POR IMAGEM
DOS CENÁRIOS ANTERIOR E POSTERIOR A IMPLANTAÇÃO DE UM
SISTEMA DE ARQUIVAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE IMAGENS (PACS)
SÃO BERNARDO DO CAMPO
2012
Carlos Roney Fernandes
Henrique Vieira da Silva
Mariana de Oliveira Kasza
Raquel Calil
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO: ESTUDO
COMPARATIVO EM UM CENTRO DE DIAGNÓSTICOS POR IMAGEM
DOS CENÁRIOS ANTERIOR E POSTERIOR A IMPLANTAÇÃO DE UM
SISTEMA DE ARQUIVAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE IMAGENS (PACS)
Trabalho apresentado como exigência parcial para aprovação no curso de Engenharia da Computação, com ênfase em Engenharia de Software da Universidade Metodista de São Paulo. Orientador: Prof. Cleber Willian Gomes
São Bernardo do Campo - SP
Novembro de 2012
FICHA CATALOGRÁFICA
Estudo comparativo em um Centro de Diagnósticos por imagem dos
cenários anterior e posterior a implantação de um sistema de arquivamento
e distribuição de imagens (PACS) / Carlos Roney Fernandes..[et. al] - São
Bernardo do Campo, 2012 – 153 f.
Trabalho de conclusão de curso – Universidade Metodista de São Paulo
Curso de Engenharia de Computação com Ênfase em Software.
Orientador: Cleber Willian Gomes.
1. PACS 2. Centro de Diagnostico 3. Tecnologia da Informação 4.
Processos I. Silva, Henrique II. Kasza, Mariana III. Calil, Raquel
1. Palavra-chave 2. Palavra-chave 3. Palavra-chave I.
Sobrenome, nome do 2º autor II. Sobrenome, nome do 3º
autor III. Sobrenome, nome do 4º autor IV. Sobrenome, nome
do 5º autor
UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO
Engenharia da Computação, com ênfase em Engenharia de Software
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO: ESTUDO
COMPARATIVO EM UM CENTRO DE DIAGNÓSTICOS POR IMAGEM
DOS CENÁRIOS ANTERIOR E POSTERIOR A IMPLANTAÇÃO DE UM
SISTEMA DE ARQUIVAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE IMAGENS (PACS)
Projeto para obtenção parcial da aprovação na conclusão do curso de
Engenharia da Computação
Aluno1: Carlos Roney Fernandes
Aluno2: Henrique Vieira da Silva
Aluno3: Mariana de Oliveira Kasza
Aluno4: Raquel Calil
______________________________________
Nota
________________________________________________________
Orientador: Prof. Cleber Willian Gomes
São Bernardo do Campo, 21 de Novembro de 2012.
DEDICATORIA
Eu, Raquel Calil, dedico esse trabalho principalmente ao meu pai, Eduardo Calil,
in memorian, que mesmo de lá de cima, me incentivou a fazer esse curso. Também a
minha mãe e minha avó, Jurando Calil e Nair Cali, que sempre me apoiaram e ao meu
namorado, Fernando Faria que me suportou nessa época de TCC.
Eu, Carlos Fernandes, dedico este trabalho ao meu pai, Domingo Rocha
Fernandes e a minha mãe, Antônia Lerisvan Pinheiro Fernandes, que me apoiaram
desde o principio do curso e me deram o suporte necessário para que eu pudesse
desenvolver minhas atividades. Também gostaria de agradecer ao nosso orientador
Cleber Willian Gomes, pela paciência e por sua orientação junto ao nosso grupo.
Eu, Henrique Silva, dedico esse trabalho a minha família que sempre me apoiou
e me ajudou em todos os momentos desses cinco anos.
Eu, Mariana Kasza, dedico esse trabalho aos meus familiares, professores e
demais contribuintes para que este trabalho tenha sido possível.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos primeiramente a Deus, por tudo que Ele fez nesses cinco anos
difíceis.
Agradecemos a todos aquele que nos ajudaram, nos deram força e apoio para
continuar, principalmente em momentos difíceis e acreditaram em nós e no nosso
potencial.
Agradecemos aos meus colegas de sala, pelos anos juntos, em especial ao
nosso grupo de TCC e também agradecemos aos meus professores, principalmente
nosso orientador, que acreditou em nosso tema e nos ajudou nessa etapa final. Enfim...
Obrigada a todos, se não fosse por vocês, não estriaríamos aqui hoje.
“Mais que de máquinas, precisamos de humanidade."
Charles Chaplin
Carlos Roney Fernandes, Henrique Vieira da Silva, Mariana de Oliveira Kasza, Raquel Calil.
Estudo comparativo em um Centro de Diagnósticos por imagem dos cenários anterior e posterior
a implantação de um sistema de arquivamento e distribuição de imagens (PACS). Trabalho
apresentado ao curso de Engenharia da Computação, com ênfase em Engenharia de Software da
Universidade Metodista de São Paulo, 2012, 153 pág.
RESUMO
O tradicional método de geração de laudos radiológicos não explora as vantagens e avanços digitais atuais, desperdiçando assim parte da capacidade dos programas médicos mais modernos, desta forma, além das taxas de erros, o tempo do processo não é otimizado.
Atualmente pode-se presenciar cada vez mais o uso de tecnologia da informação na área da saúde, como em diagnósticos, prevenção, assistência e acompanhamento de tratamentos e casos clínicos de pacientes.
Com o PACS é possível automatizar todo o processo envolvido no diagnóstico por imagem, com fidelidade, segurança e o gerenciamento de todo o histórico de imagens do paciente. Além de ajudar na solução do problema de geolocalização, pois ao se fazer um exame numa determinada clinica localizada na Amazônia, por exemplo, pode-se enviar esse exame para um medico especialista, localizado em São Paulo, para fazer o diagnóstico e prescrever o laudo, proporcionando, assim, atendimento especializado em áreas distantes e de difícil acesso.
Com esses resultados poderão ser comparado os processos executados com e sem a utilização do sistema, sendo assim possível apresentar os pros e contras da implantação, identificar os setores que há melhor adaptação ao PACS e porque e quais serão as mudanças necessárias.
Além disso, auxiliará os que buscam um melhor entendimento sobre o assunto e pode ser utilizado como um business case para a tomada de decisão da implantação.
Palavras-chave: PACS; Centro de Diagnostico; Tecnologia da Informação; Processos.
Carlos Roney Fernandes, Henrique Vieira da Silva, Mariana de Oliveira Kasza, Raquel Calil.
Estudo comparativo em um Centro de Diagnósticos por imagem dos cenários anterior e posterior
a implantação de um sistema de arquivamento e distribuição de imagens (PACS). Trabalho
apresentado ao curso de Engenharia da Computação, com ênfase em Engenharia de Software da
Universidade Metodista de São Paulo, 2012, 153 pág.
ABSTRACT
The traditional method of generating radiology reports no explores the
advantages and current digital advances, thus wasting part of the capacity of most
modern medical programs beyond error rates the time, the process is not optimized.
Currently one can witness more and more use of information technology in
healthcare, as in diagnostics, prevention, care and treatment monitoring of patients and
clinical cases.
With the PACS can automate the entire process involved in diagnostic imaging,
with fidelity, security and management of the entire historico of patient images. Besides
helping in solving the problem of geolocation, as if to take an exam in a particular clinic
located in the Amazon, for example, you can send this exam for a medical expert,
located in São Paulo, to make the diagnosis and prescribe the report, thus providing
specialized treatment in areas remote and difficult to access.
With these results can be compared the processes run with and without the use
of the system, making it possible to present the pros and cons of implementation,
identifying the sectors that is better adapted to the PACS and why and what are the
necessary changes.
Also, assist those who seek a better understanding about the subject and can be
used as a business case for the deployment of decision making.
Key-words: PACS, Diagnostic Center, Information Technology, Processes.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Processo BP ...................................................................................... 12
Figura 2 - Tela inicial Aris Express 2.3 ............................................................. 14
Figura 3 - Parallel Gateway ............................................................................... 16
Figura 4 - Exclusive Gateway ........................................................................... 16
Figura 5 - Inclusive Gateway ............................................................................. 17
Figura 6 - Start Event ......................................................................................... 17
Figura 7 - Intermediate Event ............................................................................ 17
Figura 8 - Terminate End ................................................................................... 18
Figura 9 - Estrutura do sistema UNIX ............................................................... 20
Figura 10 - Hardware, Software, Firmware e o Sistema Operacional. ........... 21
Figura 11 - Arquitetura de Sistema Operacional de Núcleo Monolítico ........ 24
Figura 12 - Visão Geral de um Sistema Micro-Núcleo .................................... 26
Figura 13 - Modelo OSI ...................................................................................... 29
Figura 14 - Partes de um HD ............................................................................. 31
Figura 15 - Tipos de RAID ................................................................................. 33
Figura 16 – Ciclo de Vida da Informação ......................................................... 38
Figura 17 - Estetoscópio Elétrico a funcionar por telefone ........................... 41
Figura 18 – Roentgenogrfo ............................................................................... 43
Figura 19 - Sistema básico de telemedicina .................................................... 45
Figura 20 - Modo que era realizado a ultrassonografia .................................. 51
Figura 21 - Primeiro tomógrafo de ressonância magnética ........................... 54
Figura 22 - Fluxo de modalidade de exames ................................................... 55
Figura 23 - Diferença de tons de cinza entre os monitores ........................... 57
Figura 24 - Diferença de resolução entre monitores ...................................... 59
Figura 25 - Integração PACS ............................................................................. 61
Figura 26 – HIS ................................................................................................... 64
Figura 27 - Rede de clinicas utilizado DICOM ................................................. 70
Figura 28 - Impressão DICOM dentro da rede hospitalar ............................... 74
Figura 29 - Operação de consulta e recuperação de imagens ...................... 80
Figura 30 - Arquitetura centralizada ................................................................. 82
Figura 31 - Arquitetura Descentralizada .......................................................... 83
Figura 32 - Visualizador de imagens Dicom Viewer........................................ 86
Figura 33 - Mapeamento Geral .......................................................................... 89
Figura 34 - Cadastro de Exame (AS IS) ............................................................ 92
Figura 35 - Triagem (AS IS) ............................................................................... 94
Figura 36 - Execução do Exame (AS IS) .......................................................... 96
Figura 37 - Confecção do Laudo (AS IS) .......................................................... 98
Figura 38 - Entrega do Resultado (AS IS) ...................................................... 101
Figura 39 - Topologia de Infraestrutura (AS IS) ............................................ 103
Figura 40 - Cadastro de Exames (TO BE) ...................................................... 105
Figura 41 - Triagem (TO BE) ........................................................................... 108
Figura 42 - Execução do Exame (TO BE) ....................................................... 112
Figura 43 - Confecção do Laudo (TO BE) ...................................................... 115
Figura 44 - Entrega do Resultado (TO BE) .................................................... 118
Figura 45 - Topologia de Infraestrutura (TO BE) ........................................... 121
Figura 46 - Investimento ao longo do tempo ................................................. 128
Figura 47 - Viewer do PACS Zoe .................................................................... 133
Figura 48 - Workflow do PACS Zoe ................................................................ 134
Figura 49 - Módulo de edição e digitação de laudos integrado do PACS Zoe
..................................................................................................................................... 135
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - A estrutura do sistema operacional THE ....................................... 25
Tabela 2 - Espaço necessário para o armazenamento ................................... 78
Tabela 3 - Comparativo dos visualizadores gratuitos .................................... 87
Tabela 4 - Descrição do Mapeamento Geral .................................................... 91
Tabela 5 - Descrição do Cadastro de Exame (AS IS) ...................................... 94
Tabela 6 - Descrição da Triagem (AS IS) ......................................................... 95
Tabela 7- Descrição da Execução do Exame (AS IS) ...................................... 98
Tabela 8 - Descrição da Confecção do Laudo (AS IS) .................................. 100
Tabela 9 - Descrição da Entrega do Resultado (AS IS) ................................ 103
Tabela 10 - Descrição do Cadastro de Exames (TO BE) .............................. 107
Tabela 11 - Descrição da Triagem (TO BE) .................................................... 111
Tabela 12 - Descrição da Execução do Exame (TO BE) ............................... 114
Tabela 13 - Descrição da Confecção do Laudo (TO BE) .............................. 117
Tabela 14 - Descrição da Entrega do Resultado (TO BE) ............................. 120
Tabela 15 - Matriz de Tomada de Decisão ..................................................... 125
Tabela 16 - Tabela de Investimento ................................................................ 129
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 8
1.1 OBJETIVO .................................................................................................................. 9
1.2 JUSTIFICATIVA .......................................................................................................... 9
2 EMBASAMENTO TEORICO ........................................................................................ 11
2.1 CONCEITOS DE MAPEAMENTO DE PROCESSOS ............................................... 11
2.1.1 Ferramenta ARIS ...................................................................................................... 13
2.1.2 Diagrama de Notação de Modelagem de Processos de Negócio (BPMN Diagram). 15
2.2 CONCEITOS DE SISTEMAS OPERACIONAIS ....................................................... 18
2.2.1 Cronologia dos Sistemas Operacionais .................................................................... 18
2.2.2 Definição dos Sistemas Operacionais ...................................................................... 21
2.2.3 Objetivo do Sistema Operacional .............................................................................. 22
2.2.4 Conceitos de Hardware ............................................................................................ 23
2.3 CONCEITOS DE REDE ............................................................................................ 26
2.3.1 Protocolo ................................................................................................................... 27
2.3.2 Endereço de Protocolo de Internet (IP) ..................................................................... 28
2.3.3 Modelo Interconexão de Sistemas Abertos (OSI) .................................................... 28
2.4 CONCEITO DE ARMAZENAMENTO DE DADOS .................................................... 29
2.4.1 Banco de Dados ....................................................................................................... 30
2.4.2 Servidor .................................................................................................................... 30
2.4.3 Disco Rígido (HD) ..................................................................................................... 31
2.4.4 Cartões Secure Digital (SD) ...................................................................................... 35
2.4.5 Disco Compacto (CD) e Disco Digital Versátil (DVD) ............................................... 35
2.5 CONCEITO DE BACKUP ......................................................................................... 36
2.6 CONCEITOS DA SEGUNÇA DA INFORMAÇÃO ..................................................... 37
2.6.1 A informação e sua importância ................................................................................ 37
2.6.2 Segurança da Informação ......................................................................................... 39
2.7 TELERADIOLOGIA ................................................................................................... 40
2.8 MODALIDADES DE EXAMES POR IMAGEM .......................................................... 46
2.8.1 Radiografia................................................................................................................ 47
2.8.2 Ultrassonografia ........................................................................................................ 49
2.8.3 Ressonância Magnética ............................................................................................ 51
2.9 MONITORES DE DIAGNOSTICO ............................................................................ 55
3 PACS ............................................................................................................................ 60
3.1 SISTEMAS QUE SE INTREGRAM AO PACS .......................................................... 62
3.1.1 Sistemas de Informação em Radiologia (RIS) .......................................................... 62
3.1.2 Sistemas de Informação Hospitalar (HIS) ................................................................. 63
3.2 PROTOCOLO DE COMUNICAÇÃO DE IMAGENS DIGITAIS EM MEDICINA
(DICOM) ............................................................................................................................ 65
3.2.1 Serviços DICOM ....................................................................................................... 68
3.2.2 Funcionamento do DICOM em uma rede de clínicas ............................................... 69
3.2.3 Mensagem DICOM e Conjunto de Comando ........................................................... 72
3.2.4 Impressão DICOM .................................................................................................... 72
3.3 IMAGENS ................................................................................................................. 75
3.3.1 Aquisição de Imagens ............................................................................................... 75
3.3.2 Rede para Transmissão de Imagens e Dados .......................................................... 75
3.3.3 Armazenamento de Imagens .................................................................................... 76
3.3.4 Exibição de Imagens ................................................................................................. 84
3.3.5 Visualizadores de Imagem ........................................................................................ 85
3.4 WORKLIST ............................................................................................................... 88
4 ESTUDO DE CASO ...................................................................................................... 89
4.1 CENTRO DE DIAGNOSTICO POR IMAGEM ........................................................... 89
4.2 AS IS DA IMPLANTAÇÃO ........................................................................................ 91
4.2.1 Processos ................................................................................................................. 91
4.2.2 Infraestrutura........................................................................................................... 103
4.3 TO BE DA IMPLANTAÇÃO .................................................................................... 104
4.3.1 Processos ............................................................................................................... 104
4.3.2 Infraestrutura........................................................................................................... 120
5 RESULTADOS ........................................................................................................... 124 6 DISCUSSÃO ............................................................................................................... 131
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 137 ANEXO A ........................................................................................................................ 151
8
1 INTRODUÇÃO
Na área de saúde pode-se observar cada vez mais o uso de tecnologia da
informação no diagnóstico, na prevenção, na assistência e no acompanhamento de
tratamentos e casos clínicos de pacientes.
Na área da radiologia, para auxiliar no diagnóstico clínico, geralmente utilizam-se
imagens capturadas por equipamentos que tem capacidades para rastrear o corpo
humano em busca de imagens dos mais diversos detalhes. A qualidade gráfica das
imagens capturadas há alguns anos, passou por diversas análises a fim de consolidar o
formato antigo ao padrão digital, o DICOM (Digital Imaging and Communications In
Medicine). Com esse padrão, tornou-se mais fácil conectar equipamentos de imagens
médicas que passaram a seguir um padrão de captura e qualidade de imagem.
Anteriormente, cada fabricante utilizava seu próprio formato para aquisição e
codificação de imagens, bem como para seus armazenamentos e comunicação em rede.
Atualmente, imagens médicas podem ser capturadas de diversos locais e armazenadas
digitalmente em um formato padrão. Mesmo equipamentos não DICOM podem ser
adaptados com o uso de interfaces de aquisição que convertem imagens de um formato
proprietário para o DICOM, como é o caso de fotografias digitais de dermatologia ou
anatomia patológica.
O próximo desafio pós a definição do padrão DICOM era organizar o
armazenamento em massa das imagens capturadas bem como sua distribuição, visando
agilidade e fácil acesso a todo conteúdo envolvido no diagnóstico por imagem. Para tal
finalidade foi desenvolvido o PACS (Picture Archiving and Communication Systems).
Além disso, o PACS tem como objetivo auxiliar o diagnostico, tornando-o mais ágil
e mais preciso. No sentido da agilidade, porque como as imagens são digitalizadas,
podem ser enviadas (via internet) a um medico especialista de qualquer lugar para que
9
efetue o diagnostico e no sentido de precisão, porque podem ser aplicados efeitos na
imagem, como aproximação, assim se consegue visualiza-la melhor.
Para prosseguir com a com o avanço da tecnologia na área medica outros dois
sistemas foram criados, o RIS (Radiology Information System), que é um sistema de
gestão das informações e imagens, responsável pelo tratamento das informações e
seleção das mesmas e o HIS (Hospital Information System), que é responsável por
administrar e gerenciar todos os sistemas dos hospitais, incluindo o PACS e o RIS.
1.1 OBJETIVO
Comparar os resultados dos processos executados com e sem a utilização da
tecnologia para arquivamento e distribuição de informações médicas, visando à
otimização e aumento da qualidade de exames de diagnóstico por imagem.
1.2 JUSTIFICATIVA
O tradicional método de geração de laudos radiológicos não explora as vantagens
e avanços digitais atuais, desperdiçando assim parte da capacidade dos programas
médicos mais modernos, desta forma, além das taxas de erros o tempo do processo não
é otimizado.
As inovações digitais disponíveis permitem automatizar todo o processo envolvido
na conclusão do diagnóstico por imagem, com a fidelidade e segurança adquirida na
utilização do PACS para o gerenciamento de todo o histórico de imagens do paciente.
10
Assim, a questão que motivou a realização deste trabalho foi: comparando-se os
cenários anterior e posterior a implantação de um sistema de arquivamento e distribuição
de imagens médicas (PACS), quais foram os resultados obtidos?
11
2 EMBASAMENTO TEORICO
2.1 CONCEITOS DE MAPEAMENTO DE PROCESSOS
Segundo a empresa MSBRASIL, o mapeamento de processos tem como objetivo
coletar dados quantitativos, priorizar o detalhamento e identificar os atributos dos
processos e sua eficácia.
Conforme a empresa NUMA, possuir uma visão holística de um negócio é
importante para seu gerenciamento e a modelagem do negócio torna esta visão abstrata
em algo mais tangível para uma grande parte das pessoas da empresa. Desta forma
consegue-se permear esta visão para toda organização. A visão holística de um negócio
é aproximadamente representada por um processo de negócio (Business Process - BP).
BP compreende um conjunto de atividades realizadas na empresa, associadas às
informações que manipula, utilizando os recursos e a organização da empresa. Forma
uma unidade coesa e deve ser focalizado em um tipo de negócio, que normalmente está
direcionado a um determinado mercado/cliente, com fornecedores bem definidos (Figura
1). Com os recursos podem-se entender técnicas, métodos, ferramentas, sistemas de
informação, recursos financeiros e todo o conhecimento envolvido na sua utilização. A
organização engloba não somente os aspectos organizacionais e estruturais das
empresas, como também os seus agentes, ou seja, as pessoas com sua qualificação,
motivação, entre outros. A capacidade de aprendizado da empresa também é um dos
elementos da organização de um BP.
12
Figura 1 - Processo BP
(Fonte: NUMA, 2012)
O processo operacional adotado por Centros de Diagnóstico que não utilizam um
PACS (Sistema de Arquivamento e Distribuição de Imagens) são muito semelhante,
possuindo pequenas variações de acordo com o tipo de equipamento de captura
existente.
Existem diversas ferramentas no mercado disponíveis para desenho de processos.
Utilizamos neste trabalho o Aris Express, que se trata de uma ferramenta gratuita,
disponível para download no site da Comunidade Aris.
A ferramenta foi escolhida por ser especialista para o ramo de modelagem de
processos, oferecendo uma série de recursos que otimizam tempo na confecção de um
processo, como a geração automática de documentação sobre o processo.
13
2.1.1 Ferramenta ARIS
O Aris Express 2.3 foi à ferramenta utilizada para o mapeamento dos processos.
Trata-se de uma ferramenta gratuita, disponível para download no site da Comunidade
Aris.
A ferramenta foi escolhida por ser especialista para o ramo de modelagem de
processos, oferecendo uma série de recursos que otimizam tempo na confecção de um
processo, como a geração automática de documentação sobre o processo.
A Figura 2 mostra a tela principal do Aris Express 2.3, onde são apresentados os
principais tipos de diagramas suportados, como o Business Process (orientado a atividade
e evento), o BPMN diagram (que terá seu enfoque mais a frente e foi escolhido para este
trabalho), Organization chart (representação da estrutura da organização), entre outros
recursos.
14
Figura 2 - Tela inicial Aris Express 2.3
(Fonte: ARIS, 2012)
15
Optamos pela utilização do BPMN Diagram, pois é a notação que predomina no
mercado atualmente e melhor se encaixa para a descrição do processo da clinica
escolhida.
Segue o detalhamento do modelo escolhido.
2.1.2 Diagrama de Notação de Modelagem de Processos de Negócio (BPMN Diagram)
De acordo Mendonça, o objetivo da notação BPMN (Business Process Modeling
Notation) é:
O principal objetivo do BPMN é prover uma notação que é realmente
compreensível para todos os usuários de negócio, desde o analista de negócio
que cria os rascunhos iniciais do processo, aos desenvolvedores técnicos
responsáveis por implementar a tecnologia que irá executar estes processos, e
finalmente, para a pessoa do negócio que irá gerenciar e monitorar estes
processos.
A notação BPMN possui algumas simbologias importantes de serem entendidas,
antes da confecção do processo no Aris Express 2.3.
Foram selecionadas algumas das diversas simbologias disponíveis para
utilização na confecção dos fluxos.
2.1.2.1 Gateway
Resumidamente, o símbolo Gateway é utilizado para indicar paralelismo no
processo, decisão por um caminho entre dois ou mais, ou alternativa entre um caminho
ou outro (posso seguir o primeiro caminho, o segundo caminho, ou os dois).
Após um Gateway sempre deve existir um evento justificando um acontecimento
no processo para que o caminho fosse escolhido.
16
O Parallel Gateway é o símbolo que indica paralelismo entre as atividades de um
fluxo, por exemplo, num determinado ponto do processo, duas áreas diferentes da
clínica Ecoimagem executam atividades distintas ao mesmo tempo.
A Figura 3 é o símbolo Parallel Gateway:
Figura 3 - Parallel Gateway
(Fonte: ARIS, 2012)
O Exclusive Gateway é o símbolo que indica decisão por um dentre dois ou mais
caminhos de um fluxo, por exemplo, num determinado ponto do processo, existe uma
verificação cujo resultado pode disparar atividades para uma ou outra área da clínica
Ecoimagem.
A Figura 4 é o símbolo Exclusive Gateway:
Figura 4 - Exclusive Gateway
(Fonte: ARIS, 2012)
O Inclusive Gateway é o símbolo que indica decisão dentre dois ou mais
caminhos de um fluxo, por exemplo, nem determinado ponto do processo, existe uma
verificação cujo resultado pode disparar atividades para uma, duas ou mais áreas da
clínica Ecoimagem, a diferença para o Exclusive, é que o Inclusive pode escolher mais
de um caminho disponível para seguir.
A Figura 5 é o símbolo Inclusive Gateway:
17
Figura 5 - Inclusive Gateway
(Fonte: ARIS, 2012)
2.1.2.2 Start Event
Como o próprio nome já diz, são eventos que iniciam um processo.
A Figura 6 é o símbolo do Start Event:
Figura 6 - Start Event
(Fonte: ARIS, 2012)
2.1.2.3 Intermediate Event
Como o próprio nome já diz, são eventos intermediários ao processo, que não
iniciam nem terminam o processo, mas aparecem após os Gateways. Podem anteceder
ou preceder uma atividade.
A Figura 7 é o símbolo Intermediate Event:
Figura 7 - Intermediate Event
(Fonte: ARIS, 2012)
18
2.1.2.4 End Event
Como o próprio nome já diz, são eventos que finalizam todas as atividades
daquele processo.
A Figura 8 é o símbolo End Event:
Figura 8 - Terminate End
(Fonte: ARIS, 2012)
2.2 CONCEITOS DE SISTEMAS OPERACIONAIS
De acordo Ferreira (2008), um sistema operacional é:
É o programa principal de um computador. É através do sistema operacional
que temos a interação entre Hardware (Parte física do computador) e Software
(Aplicativos em gerais como, Word, Internet Explorer e outros), o sistema
operacional funciona como um “Gerente”, ou seja, ele indica por onde e como
serão gerenciadas as interações entre as duas partes distintas de um
computador.
2.2.1 Cronologia dos Sistemas Operacionais
Na década de 40, os primeiros computadores digitais eletrônicos não tinha
sistema operacional. As máquinas daquela época eram primitivas e os programadores,
muitas vezes, submetiam seus programas à linguagem de máquina, um bit por vez, em
filas de chaves mecânicas (Deitel, 2005 p.5). Com a introdução de perfuradoras de
cartão, esses mesmos programas foram submetidos a cartões perfurados. Assim
linguagens de montagem - que usavam abreviaturas parecidas com palavras em inglês
para representar as operações básicas do computador - foram desenvolvidas para
acelerar o processo de programação. (Deitel, 2005 p.5).
19
De acordo com Tanembaum (2000), na década de 50 com a introdução dos
transistores tudo mudou. Esses computadores se tornaram bastantes confiáveis para
serem fabricados e vendidos para clientes com a expectativa de que eles continuariam
a funcionar por muito tempo. Esses computadores eram utilizados principalmente para
cálculos científicos de engenharia, que por sua vez eram programados em FORTRAN
(linguagem de programação de alto nível que suporta dados numéricos, lógicos e
arquivos) e linguagem Assembler (um programa que efetua a tradução de uma
linguagem de montagem a assembly para código de máquina). Os sistemas
operacionais dessas máquinas eram o FMS (Fortran Monitor System) e o IBSYS
(sistema operacional do fabricante IBM).
Na década de 60, como os sistemas operacionais foram ficando cada vez mais
complexos, surgiu à necessidade de se ter uma linguagem de programação para
auxiliar o desenvolvimento desses sistemas, chamada de COBOL. O maior avanço
então dessa década foi a multiprogramação (Jandl Jr,2004 p.11).
Segundo Deitel 1992 apud Jandl Jr., 2004 p. 12:
Multiprogramação é quando vários jobs estão na memória principal
simultaneamente, enquanto o processador é chaveado de um job para outro job
fazendo-os avançarem enquanto os dispositivos periféricos são mantidos em
uso quase constante.
Como relata Deitel (2005), os sistemas na década de 70 eram multimodais e
suportavam processamento em lote, tempo compartilhado e tempo real. A comunicação
ficou muito mais prática incluindo capacidades de redes e de segurança, assim seu
desempenho começou a melhorar para atender ás demandas. Surgiram sistemas como
o Apple II que revolucionou a computação pessoal.
Já na década de 80, cresce a rede de computadores através de circuitos LSI
(Large Scale Integration), que são chips contendo milhares de transistores por cm² de
silício. Isso levou ao crescimento de uma importante indústria de produção de software
para computadores pessoais.
20
Hoje, dois sistemas operacionais dominaram a cena dos PC´s (Personal
Computer) o MS-DOS da Microsoft, que até hoje tem ramificações com a fabricação do
Windows em várias versões e o UNIX, que é dominante em servidores de rede, por
exemplo. (Tanembaum, 2000, p.24).
O UNIX possui um núcleo, chamado de kernel, que controla o hardware
traduzindo comandos UNIX em instruções de hardware. O usuário não trabalha
diretamente com o kernel e sim com shell, que atua como interface entre o kernel e o
usuário.
A Figura 9 mostra como é estruturado o UNIX.
Figura 9 - Estrutura do sistema UNIX
(Fonte: Objetivo, 2009)
Geralmente o sistema Windows é utilizado para uso pessoal, como PCs,
notebooks, etc. E o sistema UNIX utilizado principalmente em servidores (computador
mais potente – será tratado mais adiante).
21
Independente do tipo de sistema operacional, todos possuem as mesmas
funcionalidades, que são descritos no próximo típico.
2.2.2 Definição dos Sistemas Operacionais
De acordo com Jandl Jr. (2004), os sistemas operacionais podem ser divididos
em três partes distintas:
Hardware: conjunto de dispositivos elétricos e eletrônicos que compõem o
computador, sendo a máquina física propriamente dita.
Software: conjunto de todos os programas do computador em operação.
Firmware: são programas especiais armazenados de forma permanente no
hardware do computador.
A Figura 10 reforça esta distribuição:
Figura 10 - Hardware, Software, Firmware e o Sistema Operacional.
(Fonte: Jandl, 2004)
22
Os computadores nos últimos 50 anos evoluíram, com isso os Sistemas
Operacionais evoluíram no mesmo patamar dos computadores, agora segundo
descreve Deitel (Deitel 1992 apud Jandl Jr. 2004 p.3):
Vemos um sistema operacional como os programas, implementados como
software ou firmware, que tornam o hardware utilizável. O hardware oferece
capacidade computacional bruta. Os sistemas operacionais disponibilizam
convenientemente tais capacidades aos usuários, gerenciando cuidadosamente
o hardware para que se obtenha uma performance adequada.
Outra definição de sistemas operacionais pode ser observada em:
Um sistema operacional é um programa que controla a execução dos
programas de aplicação e atua como uma interface entre o usuário do
computador e o hardware do computador. Um sistema operacional pode ser
pensado como tendo dois objetivos: conveniência, pois faz o sistema
computacional mais conveniente de usar; e eficiência, pois, permite que os
recursos do sistema computacional sejam usados de maneira eficiente.
(Stallings, 1996 apud Jandl Jr. 2004 p.222).
Porém sistema operacional é definido de forma diferente por Tanembaum
(Tanembaum, 1992 apud Jandl Jr. 2004 p.1):
O mais fundamental de todos os programas do sistema é o sistema operacional
que controla todos os recursos computacionais e provê uma base sobre a qual
programas de aplicação podem ser escritos.
Apesar das diferentes opiniões apresentadas, o objetivo do sistema operacional
é o mesmo e será apresentado logo abaixo.
2.2.3 Objetivo do Sistema Operacional
Como propõe Peter (2004 p.6) os objetivos básicos de um sistema operacional
são: oferecer os recursos do sistema de forma transparente, gerenciar a utilização dos
23
recursos existentes buscando seu uso eficiente em termos de sistema, garantir a
integridade, garantir a segurança dos dados armazenados no sistema como também de
seus recursos físicos e proporcionar uma interface adequada para que esse sistema
possa ser utilizado pelos usuários.
De acordo com Choffnes (2005) os objetivos de um sistema operacional são
relacionados como sendo: eficiência, alcançando alto rendimento e baixo tempo de
retorno; robustez, pois é tolerante a falhas e confiável; escalabilidade, já que é capaz de
usar os recursos á medida que eles são acrescentados; extensibilidade, pois o sistema
se adapta bem a novas tecnologias e tem capacidade de estender o sistema
operacional para realizar tarefas que vão além do seu projeto de origem; portabilidade,
já que o sistema é projetado de tal modo que possa operar em muitas configurações de
hardware; segurança, quando impede que os usuários e software acessem serviços e
recursos sem ser autorizado; interatividade, ao permitir que aplicações respondam
rápido ás ações do usuário ou a eventos; usabilidade, pois o sistema tem o poder de
atender a uma base significativa de usuários, suporta um grande número de aplicações
e fornece as interfaces-padrão com o usuário.
Um pré-requisito para que o sistema operacional opere bem é ter o hardware
adequado. Por isso, abaixo seguem as estruturas que são utilizadas pelo sistema
operacional.
2.2.4 Conceitos de Hardware
As estruturas de um sistema operacional são abordadas a seguir:
Os sistemas monolíticos são:
[...] Os serviços fornecidos pelo sistema operacional são requisitados
colocando-se os parâmetros em lugares bem definidos, como em registradores
ou na pilha e, então, executando uma instrução especial de interrupção
conhecida como chamada de kernel ou chamada de supervisor. (Woodhull
2000 p.40).
24
Como relata Deitel (2005) numa arquitetura monolítica cada componente do
sistema operacional é contido no núcleo e pode se comunicar diretamente com outro. O
núcleo é executado com acesso irrestrito ao sistema de computador. Observe a Figura
11:
Figura 11 - Arquitetura de Sistema Operacional de Núcleo Monolítico
(Fonte: Deitel, 2005)
A estrutura modular, como propõe Choffnes (2005), é onde o sistema se agrupa
em camadas e os componentes realizam tarefas iguais. Cada camada se comunica
com a imediatamente acima e abaixo dela e a implementação de cada camada pode
ser mudada sem exigir nenhuma mudança nas outras.
O sistema operacional THE (Technische Hogeschool Eindhoven) é um dos
exemplos de sistema modular, conforme Tabela 1:
25
Tabela 1 - A estrutura do sistema operacional THE
(Fonte: Tanenbaum, 2000)
Já para sistema micro-núcleo, Maziero (2008 p.21) explica que: “As interações
entre componentes e aplicações são feitas através de trocas de mensagens.”.
Mas como relata Laureano (2006), a utilização deste modelo permite que os
servidores executem em modo usuário. Só o núcleo do sistema, é responsável pela
comunicação entre clientes e servidores, executa no modo kernel.
A manutenção do sistema passa a ser bem mais fácil. Não importa se o serviço
está sendo processado em um único processador, com múltiplos processadores
(fortemente acoplado) ou em sistema distribuído (fracamente acoplado). O núcleo do
sistema passa a incorporar o escalonamento e gerência de memória, além das funções
de controlador.
Na Figura 12 é apresenta a estrutura do micro-núcleo.
26
Figura 12 - Visão Geral de um Sistema Micro-Núcleo
Fonte: (Maziero, 2008)
Além do hardware e sistema operacional é necessário que os computadores
comuniquem entre si, para isso é essencial uma rede.
2.3 CONCEITOS DE REDE
Uma rede de computadores é uma conexão de dois ou mais computadores, que
se comunicam atrás de protocolos, onde é possível compartilhar software e
informações.
De acordo o professor Moreira, essas informações são compartilhadas através
de redes de acordo com sua necessidade, por exemplo: LAN (Local Area Network) é
uma rede local utilizada em sala comercial ou lan house; rede MAN (Metropolitan Area
Network) é utilizada entre duas cidades; rede WAN (Wide Area Network) é utilizada
entre pontos distantes, como sistema bancário internacional; rede VPN (Virtual Private
Network) utilizada para se conectar a uma rede particular utilizando uma rede publica e
a rede Fibra Óptica é utilizada para comunicação da empresa matriz com filiais em uma
distancia até 70 km.
27
2.3.1 Protocolo
É uma padronização de comunicação entre maquinas, que foi estabelecido para
que todas as máquinas, independente dos fabricantes, pudessem se comunicar dentro
de uma rede. Para que isso aconteça dentro do protocolo existe um conjunto de regras
que controlam a comunicação.
Existem muitos tipos de protocolos, mas o conjunto de protocolo mais conhecido
é o TCP/IP, que é responsável pela comunicação de Internet. Segue abaixo a lista dos
protocolos que estão dentro do TCP/IP.
● HTTP (HyperText Transfer Protocol)
● FTP (File Transfer Protocol)
● ARP (Address Resolution Protocol)
● ICMP (Internet Control Message Protocol)
● IP (Internet Protocol)
● TCP (Transmission Control Protocol)
● UDP (User Datagram Protocol)
● SMTP (Simple Mail Transfer Protocol)
● NNTP (Network News Transfer Protocol)
Segundo Kurose e Ross (2006):
Um protocolo define o formato e a ordem das mensagens trocadas entre duas
ou mais entidades que se comunicam, bem como as ações tomadas durante a
transmissão e/ou recepção da mensagem ou outro evento.
Além do TCP/IP é necessário um protocolo interno individual, chamado de
Endereço IP (Internet Protocol).
28
2.3.2 Endereço de Protocolo de Internet (IP)
Quando um computador se conecta a uma rede de computadores, seja ela local
ou a Internet, ele recebe um IP (Internet Protocol), que nada mais que é o endereço
para que as outras máquinas possam encontra-la dentre as demais maquinas.
O IP consiste em quatro números inteiros (quatro bytes) entre 0 e 255 , por
exemplo, 192.168.10.56.
Ele é responsável por estabelecer a rota por onde os pacotes com as
informações iram trafegar, sempre buscando a menor rota para que o endereço de
destino seja alcançado mais rápido.
Para que um computador transferir arquivos para outro, por exemplo, é
necessário também, que esses dados passem por uma validação chamada Modelo OSI
(Open System Interconnect).
2.3.3 Modelo Interconexão de Sistemas Abertos (OSI)
De acordo o professor Pinto (2010), o modelo OSI (Open Systems
Interconnection) foi criado em 1977 pela ISO (International Organization for
Standardization) com o objetivo de criar padrões de conectividade para a interligação
de sistemas de computadores as redes de computadores.
O modelo de conectividade foi dividido em sete camadas funcionais, conforme
Figura 13, para facilitar a compreensão das questões fundamentais de um processo de
comunicação entre programas de uma rede de computadores.
29
Figura 13 - Modelo OSI
(Fonte: Pinto, 2010)
A comunicação é feita transmitindo mensagens através da camada inferior para
as superiores, então cada camada exerce comandos das camadas superiores (para
recebimento de mensagens). Quando a comunicação começa da camada superior
(envio da mensagem) cada camada emite comandos para as camadas inferiores.
As camadas se comunicam passando parâmetros e outros dados através de
endereços predefinidos chamados pontos de acesso de serviço.
2.4 CONCEITO DE ARMAZENAMENTO DE DADOS
Para que os arquivos sejam guardados e lidos posteriormente é necessário um
local de armazenamento, que pode ser físico ou lógico.
O local de armazenamento lógico, geralmente é um banco de dados e para o
armazenamento físico são encontrados vários tipos, como o HD (Hard Disk), cartões
SD (Secure Digital), CD (Compact Disc), DVD (Digital Versatile Disc), servidor entre
outros.
30
A principio trabalharemos com a lista apresentada acima e abaixo segue a
explicação e diferenças entre os tipos de armazenamento de dados.
2.4.1 Banco de Dados
Quando temos uma grande quantidade de informações que precisam ser
acessadas por mais de uma pessoa, geralmente é necessário um banco de dados.
De acordo o coordenador T.I da ETEP Faculdades, João Felipe Barros o banco
de dados é:
Um conjunto de dados ou informações relacionados entre si e organizados de
forma a facilitar a sua utilização por parte do usuário. O objetivo principal de um
sistema de banco de dados é prover um ambiente que seja adequado e
eficiente para uso na recuperação e armazenamento de informações.
Geralmente esse banco de dados é localizado no servidor, onde mais de uma
pessoa pode ter acesso.
2.4.2 Servidor
A empresa DELL, fabricante de computadores, explica o que é um servidor:
Um servidor é, basicamente, um computador mais potente do que seu
computador comum. Ele foi desenvolvido especificamente para transmitir
informações e fornecer produtos de software a outros computadores que
estiverem conectados a ele por uma rede.
A DELL também comenta que servidores podem lidar com mais carga de
trabalho, tanto de hardware quando de software, aumentando, assim a produtividade e
reduzindo o tempo do acesso as informações.
31
2.4.3 Disco Rígido (HD)
Segundo o Museu do Computador, o hard disk, ou disco rígido, é um sistema de
armazenamento de alta capacidade (que permite armazenar arquivos e programas) de
memória não volátil, ou seja, as informações não são perdidas quando o computador é
desligado.
Ainda de acordo o Museu do Computador:
O HD é composto por vários discos empilhados que ficam entro de uma caixa
hermeticamente lacrada, pois como gira a uma velocidade muito alta, qualquer
partícula de poeira em contato com os discos poderia inutilizá-los
completamente.
Um HD é composto das seguintes partes, conforme mostra a Figura 14:
Figura 14 - Partes de um HD
(Fonte: Braga, 2010)
Os pratos também são conhecidos como discos e é onde ficam as trilhas de
gravação, ou seja, onde seu arquivo é gravado.
32
A cabeça de leitura e gravação de um disco rígido funciona como
um eletroímã pequeno e preciso, capaz de gravar trilhas medindo menos de um
centésimo de milímetro de largura. Para se gravar um arquivo a cabeça utiliza seu
campo magnético para organizar as moléculas de óxido de ferro da superfície de
gravação (disco ou prato), fazendo com que os polos positivos das moléculas fiquem
alinhados com o polo negativo da cabeça. Com o disco girando continuamente,
variando a polaridade da cabeça de gravação, varia também a direção dos polos
positivos e negativos das moléculas da superfície magnética, realizando assim a
gravação do arquivo (Wikipédia).
A capacidade de arquivamento de um HD pode variar entre 1GB (Gigabyte) ate 3
TB (Terabyte).
Às vezes a capacidade de apenas um HD é pouco, por isso foi criado o conceito
de RAID (Reduntant Array of Inexpensive Disks).
2.4.3.1 Conjunto Redundante de Discos Independentes (RAID)
De acordo Marimoto (2011):
Devido à sua natureza mecânica, o HD é um dos componentes mais lentos de
qualquer computador. Embora o desempenho venha crescendo de forma
incremental a cada nova geração, os ganhos não têm acompanhado o aumento
na capacidade de armazenamento.
Com isso, Marimoto sugere que a melhor opção é montar um sistema RAID,
onde é possível somar a capacidade e o desempenho de vários HDs ou sacrificar parte
do espaço de armazenamento em troca de mais confiabilidade.
Com o RAID os arquivos podem ser organizados de diversas maneiras,
empregando-se assim alguma redundância para melhorar a confiabilidade e o
desempenho do sistema.
33
Tanenbaum (2007, pg. 51), em seu artigo de 1988, Patterson et al. comenta que
sugiram seis organizações específicas de disco que poderiam ser usadas e essas
ideias foram rapidamente adotadas pela indústria e deram origem a uma nova classe
de dispositivo de entrada e saída denominado RAID (arranjo redundante de discos).
Na Figura 15 são apresentados os seis tipos de RAID:
Figura 15 - Tipos de RAID
(Fonte: Tanenbaum, 2007)
34
Marimoto, explica como funcionada o RAID 0:
O objetivo é unicamente melhorar o desempenho, sacrificando a confiabilidade.
Ao usar o RAID 0, todos os HDs passam a ser acessados como se fosse um
único drive. Ao serem gravados, os arquivos são fragmentados nos vários
discos, permitindo que os fragmentos possam ser lidos e gravados
simultaneamente, com cada HD realizando parte do trabalho.
O RAID 1 é á uma imagem idêntica do primeiro HD, o que é o modo ideal se
deseja aumentar a confiabilidade do sistema, porem não há nenhum ganho de
desempenho (Boaratti).
De acordo o professor Mario Boaratti, no RAID 2 cada arquivo salvo é divido em
fragmentos, onde cada parte é salva num determinado disco. Para detectar erros
durante as transmissões, é utilizado o conceito de paridade, onde é acrescentado um
bit (0 ou 1) a cada fragmento do arquivo (numero binário). Para determinar em qual
fragmento (disco) será acrescentada a paridade, é utilizado o Código de Correção de
Erros de Hamming de 3 bits.
Para utilizar esse tipo de RAID é necessário que os discos estejam
sincronizados.
O professor também explica que o RAID 3 utiliza o mesmo conceito do RAID 2,
porem todas as paridades são colocadas num único disco e o RAID 4 funcionada da
mesma maneira que o RAID 0 acrescentado a paridade em um único disco.
Marimoto explica o RAID 5:
Os arquivos são divididos em fragmentos de tamanho configurável e, para cada
grupo de fragmentos, é gerado um fragmento adicional, contendo códigos de
paridade. Note que, ao invés de reservar um HD inteiro para a tarefa, os
códigos de correção são espalhados entre os discos. Dessa forma, é possível
gravar dados simultaneamente em todos os HDs, melhorando o desempenho.
35
Marimoto, também comenta que atualmente temos o RAID 10, que nada mais é
a junção do RAID 1 e RAID 0.
2.4.4 Cartões Secure Digital (SD)
Pereira (2011) explica que cartões SD, são os cartões de memoria encontrados
em celulares, por exemplo. Foi criado pela Panasonic, mas logo outros fornecedores
começaram a fabrica-los.
Os cartões SD veem com alguns recursos como proteção contra cópia, recursos
de criptografia e de gestão de direitos autorais, além de possuir uma trava lateral
impede que os arquivos sejam excluídos acidentalmente (Perreira, 2011).
2.4.5 Disco Compacto (CD) e Disco Digital Versátil (DVD)
Cunha (2010) nos explica que a principio o CD (Compact Disc) foi criado para
armazenamento de musicas, substituindo assim o vinil. Posteriormente, verificou-se,
que também era possível o armazenamento de um dado “digitalizado”, ou seja,
transformado em dígitos binários.
Cunha também explica como é feito esse gravação e leitura dos dados: “As
informações contida no CD são gravadas por traços, bem pequenos onde um feixe de
laser focaliza esses traços tornado possível a leitura das informações.”.
Com a evolução do CD e a necessidade de se criar algo voltado para os vídeos,
foi criado o DVD (Digital Versatile Disc), que possui mais espaço para armazenamento
e consequentemente, têm melhor qualidade para vídeos e recursos multimídia em
geral.
Existem dois tipos de DVDs: regraváveis, onde é possível apagar o que foi
gravado e gravar algo novo por cima e os não regraváveis, onde é possível apenas
gravar uma vez a informação, sem poder altera-la posteriormente.
36
2.5 CONCEITO DE BACKUP
É comum, sem querer, apagar algum arquivo importante e precisar dele
posteriormente ou seu computador quebrar e perder tudo que está em seu HD. Para
evitar esses eventos, se faz importante o backup de seus dados.
De acordo Romeu, um backup é:
Um backup é uma cópia de arquivos\dados que existe para garantir a
restauração dos mesmos em caso de falha. Uma falha pode ser desde uma
corrupção de arquivos, falha de hardware, sinistros (incêndio, tsunamis) até erro
de usuário (exclusão de arquivos, má aplicação de atualizações).
A ideia geral é ter uma copia idêntica de seus dados em outro lugar, porem às
vezes, podem ocorrer divergências. Por exemplo, se um backup foi criado na noite de
terça-feira, e nada mudou no computador durante o dia todo na quarta-feira, o backup
criado na noite de quarta seria idêntico àquele criado na terça, mas caso fossem
criados mais arquivos durante o dia de quarta-feira, os backups seriam diferentes.
Pensando de outra maneira, se por acaso ocorresse alguma falha durante o dia de
quarta-feira e perdesse todos os arquivos, teríamos apenas o backup com os dados até
terça-feira, ou seja, os dados obtidos na quarta-feira seriam perdidos.
Existem três tipos de backup (Rudnick, 2007):
Completos: É realizado um backup total da maquina, copiando todos os
arquivos, independente se foram modificados ou não;
Incrementais: Pode-se dizer que é um backup mais inteligente, pois
verifica se o horário de alteração de um arquivo é mais recente que o
horário de seu último backup, caso positivo, é realizado uma nova copia
desse arquivo, mas em caso negativo, esse arquivo não é copiado, pois
se subentende que esse arquivo já está no backup anterior;
37
Diferencial: É semelhante ao backup incremental, porem uma vez que um
arquivo foi modificado, ele continua a ser incluso em todos os backups
diferenciais, ou seja, o backup diferencial contem todos os arquivos
alterados desde o backup completo.
O local onde o backup ficará armazenado pode ser qualquer local de
armazenamento, conforme já descrito na sessão anterior.
2.6 CONCEITOS DA SEGUNÇA DA INFORMAÇÃO
2.6.1 A informação e sua importância
A informação é o dado com uma interpretação lógica ou natural dada a ele por
seu usuário (Rezende e Abreu, 2000). A informação tem alto valor para as empresas,
por esse motivo, existe grande preocupação na criação de mecanismos que a protejam
de divulgação indevida e ataques externos.
As empresas já notaram que o domínio da tecnologia como aliado para o
controle da informação é vital. O controle da informação é um fator de sucesso crítico
para os negócios e sempre teve fundamental importância para as corporações do ponto
de vista estratégico e empresarial (Synnat, 1987; Feliciano Neto, Furlan e Higo, 1988).
Ter a informação correta, de forma rápida e eficiente é fator fundamental nos dias
atuais.
A informação é exposta, a todo o momento, a ameaças que podem colocar em
risco suas propriedades e atingir sua segurança. A Figura 16 ilustra os quatro
momentos do ciclo de vida da informação que merecem atenção especial:
38
.
Figura 16 – Ciclo de Vida da Informação
(Fonte: Loretano, 2005)
Manuseio – É o momento em que a informação é criada e manipulada, seja ao folhear um maço de papéis, digitar informações recém-geradas em uma aplicação Internet, ou, ainda, ao utilizar sua senha de acesso para autenticação, por exemplo.
Armazenamento – É o momento em que a informação é armazenada, seja em um banco de dados compartilhado, em uma anotação de papel posteriormente postada em um arquivo de ferro, ou, ainda em uma mídia depositada na gaveta da mesa de trabalho, por exemplo.
Transporte – É o momento em que a informação é transportada, seja ao encaminhar informações por correio eletrônico, ao postar um documento via aparelho de fax, ou, ainda, ao falar ao telefone uma informação confidencial, por exemplo.
Descarte – É o momento em que a informação é descartada, seja ao depositar na lixeira da empresa um material impresso, seja ao eliminar um arquivo eletrônico em seu computador de mesa, ou ainda, ao descartar um CD usado que apresentou falha na leitura.
39
2.6.2 Segurança da Informação
A Segurança da Informação busca reduzir ameaças que possam afetar os
sistemas computacionais ou equipamentos de armazenamento de dados, como roubo
de informação, fraude, acesso indevido e sabotagem.
Segundo Puttini (2001), uma solução de segurança adequada deve satisfazer os
princípios:
A confidencialidade, protegendo o acesso das informações para pessoas não
autorizadas, seja de dentro ou fora da organização à qual pertence. O acesso pode ser
contra leitura e/ou cópia por alguém que não tenha sido autorizado pelo proprietário da
informação. A informação deve ser protegida em qualquer tipo de mídia, como por
exemplo, mídia impressa ou mídia digital. Deve-se cuidar também de partes da
informação, que podem ser utilizadas para interferir sobre o todo. No caso da rede, isto
significa que os dados, enquanto em trânsito, não serão vistos, alterados, ou extraídos
da rede por pessoas não autorizadas ou capturados por dispositivos ilícitos.
O controle de autenticidade também é necessário, pois está associado com
identificação correta de um usuário ou computador. O serviço de autenticação em um
sistema deve assegurar ao receptor que a mensagem é realmente procedente da
origem informada em seu conteúdo. Normalmente, isso é implementado a partir de um
mecanismo de senhas ou de assinatura digital. A verificação de autenticidade é
necessária após todo processo de identificação, seja de um usuário para um sistema,
de um sistema para o usuário ou de um sistema para outro sistema. Ela é a medida de
proteção de um serviço/informação contra a personificação por intrusos.
Não menos importante está à integridade, que consiste em proteger a
informação contra modificação sem a permissão explícita do proprietário daquela
informação. A modificação inclui ações como escrita, alteração de conteúdo, alteração
de status, remoção e criação de informações. Deve-se considerar a proteção da
informação nas suas mais variadas formas, como por exemplo, armazenada em discos
ou mídias de backup. Integridade significa garantir que se o dado está lá, e não foi
40
corrompido, encontra-se íntegro. Isto significa que aos dados originais nada foi
acrescentado, retirado ou modificado. A integridade é assegurada evitando-se alteração
não detectada de mensagens (ex. tráfego bancário) e o forjamento não detectado de
mensagem (aliado à violação de autenticidade).
Temos ainda a disponibilidade, que consiste na proteção dos serviços prestados
pelo sistema de forma que eles não sejam degradados ou se tornem indisponíveis sem
autorização, assegurando ao usuário o acesso aos dados sempre que deles precisar.
Isto pode ser chamado também de continuidade dos serviços.
Sem esquecer-se da legalidade (jurídica) da informação, através da aderência de
um sistema à legislação. Também pode ser descrita como característica das
informações que possuem valor legal dentro de um processo de comunicação, onde
todos os ativos estão de acordo com as cláusulas contratuais pactuadas ou a legislação
política institucional, nacional ou internacional vigente.
Através da correta aplicação desses princípios, a segurança da informação pode
trazer benefícios como: aumento da produtividade dos usuários através de um
ambiente mais organizado, maior controle sobre os recursos computacionais da
organização e, finalmente garantir a funcionalidade das aplicações críticas da empresa.
Além dos conceitos básicos de TI (Tecnologia da Informação), temos que
conhecer um pouco sobre algumas áreas da medicina, das quais o PACS tem ou sobre
influencia.
2.7 TELERADIOLOGIA
Para se entender teleradiologia, é necessário primeiramente entender seu
contexto dentro da medicina.
Umas das praticas da medicina é a telemedicina, que é a utilização de
metodologias interativas de comunicação audiovisual e de dados, com o objetivo de
41
assistência, educação e pesquisa em saúde (ITMS) e contribuição para a ampliação
das ações de profissionais, integrando serviços e saúde, visando melhorar e facilitar a
prestação de cuidados de saúde.
A telemedicina teve seu inicio em 1916, durante a 1° Guerra Mundial, onde era
realizada comunicação via radio entre médicos de estações costeiras ou na frente de
batalhas. Antes disso, a consulta remota era através da rede telefónica. Mas um ponto
interessante na consulta via rede telefônica foi à criação do primeiro estetoscópio
eléctrico a funcionar por telefone em 1910 na Inglaterra, conforme Figura 17 (El Khouri,
2003).
Figura 17 - Estetoscópio Elétrico a funcionar por telefone
(Fonte: El Khouri, 2003)
42
Em 1948, transmitiu-se pela primeira vez imagens de radiologia através do
telefone entre Chester County Hospital, da área rural a Philadelphia, numa distancia de
45 km. Para esse equipamento foi dado o nome de “roentgenogrfo”, conforme Figura
18.
Dois anos mais tarde, foi publicado um artigo onde se abordava a confiabilidade
equipamento e os benefícios em relação à redução de custo.
43
Figura 18 – Roentgenogrfo
(Fonte: El Khouri, 2003)
44
Nos anos seguintes, verificou-se o aparecimento de vários projetos de
instituições pioneiras na tentativa de aplicar as tecnologias emergentes.
De acordo El Khouri, podemos destacar duas experiências fundamentais que
foram realizadas no inicio anos 60 nos EUA, uma em Nebraska e outra em
Massachusetts.
Em 1955 o Instituto Psiquiátrico do Nebraska foi uma das primeiras instalações
dos Estados Unidos a ter um circuito interno de televisão e a realizar primeira ligação de
vídeo interativa com o Hospital Estadual de Norfolk, em 1962. Como o Hospital de
Norfolk sofria com as dificuldades por estar localizado numa área isolada, em 1964, o
Instituto de Nebraska concedeu recursos para instalação e operação de um programa
de ambos.
Devido a essa experiência, se verificou a necessidade da implantação de outra
rede de saúde em Nebraska, que ocorreu em 1968.
Em 1967, foi instalado no certo medico de Boston um sistema completo e
interativo de telemedicina, com o intuito de estabelecer conexão com o Aeroporto
Internacional de Logan com o Hospital Geral de Massachusetts. O objetivo era o
atendimento a trabalhadores e viajantes, sendo no aeroporto realizado por enfermeiras
e no hospital por médicos.
O método utilizado era uma ligação audiovisual bidirecional feito por micro-ondas
e os pioneiros nessa experiência foram os médicos Kenneth T. Bird e Raymond L.H.
Murphy.
Na Europa, os primeiros passos da telemedicina ocorreram nos anos 70, mas só
nos fins dos anos 80 que houve um investimento efetivo na área da telemedicina por
parte da Comunidade Europeia através do programa da Comissão Europeia para
aplicações telemáticas, conhecido como AIM (Advanced Informatics in Medicine).
De acordo a Historia da Telemedicina, aqui também foram explorados vários
projetos, mas dois tiveram maior destaque, o FEST (Framework for European Services
in Telemedicine) e o EPIC (European Prototype for Integrated Care).
No projeto FEST, desenvolveu-se uma aplicação de telemedicina, para
possibilitar uma tomada de decisão cooperativa entre vários hospitais regionais e um
45
centro especializado. O projeto EPIC consistiu no desenvolvimento de um sistema de
telecuidados para idosos e pessoas incapacitadas.
Devido à evolução das telecomunicações, foi possível, em 2001, realizar a
primeira operação transatlântica.
Dentro da telemedicina encontram-se diversas atividades, como a teleconsulta, o
telediagnóstico, a teleformação, a telemonitorização, etc.
A teleradiologia, por sua vez, é um sub serviço da telemedicina, onde o serviço
da transmissão e manipulação de imagens radiológicas é realizado. Este é um dos
serviços mais desenvolvidos na telemedicina (Miranda, 2010).
Um artigo publicado pela Faculdade de Medicina de Goiás, explica quando é
aconselhável ou não utilizar a teleradologia:
De acordo com os critérios do American College of Radiology, a Telerradiologia
não é apropriada caso os sistemas radiológicos disponíveis não forneçam
imagens com qualidade suficiente para desempenharem a tarefa indicada.
Quando um sistema telerradiológico é usado para produzir a interpretação
oficial escrita e autenticada, não deve haver perda significativa de resolução e
contraste em termos espaciais durante a aquisição da imagem através da sua
transmissão para a visualização final. Quando se trata da transmissão de
imagens apenas para fins de visualização, a qualidade da imagem deve ser a
suficiente para satisfazer as necessidades da circunstância clínica.
Ainda de acordo a Faculdade, para um sistema básico de teleradiologia
funcionar, são necessários três componentes: uma estação de envio de imagem, uma
rede de transmissão e uma estação de recepção/ exame de imagem, conforme Figura
19.
Figura 19 - Sistema básico de telemedicina
(Fonte: Faculdade de Medicina)
46
A estação de envio de imagem é conectada a um modem, responsável por
realizar a interface com a rede de transmissão, que por sua vez pode ser composta de
fio elétrico, fibra óptica ou micro-ondas. Para a outra estação também é necessário
estar conectado a um modem para receber as imagens.
Os exames podem ser digitalizados e convertidos em imagem digital. Esses
dados são enviados para o modem e consequentemente enviados para a outra
estação. Outra opção é que a aquisição de imagem pode ser feita através de captura
de imagem vídeo e ainda por ligação direta aos equipamentos digitais.
Com esse sistema temos um acesso mais fácil ao diagnóstico do especialista,
gerando maior conveniência e eliminação de deslocações desnecessárias. Além da
redução do tempo de atendimento das urgências e das consultas de médicos
especialistas. Mas a Faculdade deixa claro o que é preciso fazer para se obter as
vantagens da teleradiologia:
As vantagens da telerradiologia só são aplicáveis caso todos os componentes
do sistema estejam instalados e a funcionar, o que significa que uma falha num
equipamento apenas coloca em risco toda a funcionalidade do sistema.
Além do risco apresentado, também há outras desvantagens em relação ao
sistema, como o espaço de armazenamento das imagens digitais, que são pesadas e
os monitores terem uma luminosidade inferior ao dos filmes.
2.8 MODALIDADES DE EXAMES POR IMAGEM
O objetivo de qualquer exame é determinar a enfermidade do paciente e assim
colaborar para determinar o diagnostico do paciente.
O primeiro passo antes da realização do exame é a sintomatologia e o exame
físico. De acordo o levantamento técnico realizado com a equipe de enfermagem do
Hospital e Maternidade Bartira, a sintomatologia é onde o paciente relata ao medico o
que está sentindo e o exame físico é onde se obtém o estado inicial do paciente, por
exemplo, os sinais vitais.
47
O exame físico se divide em quatro tipos:
Inspeção: Observação do estado geral do paciente, por exemplo, coloração da
pele, estado nutricional e temperatura corporal.
Palpação: Consiste em sentir as estruturas (tecidos, órgãos), do corpo, através
da manipulação.
Percussão: É efetuada com leves pancadas das pontas dos dedos sobre uma
área do corpo. O som produzido revela o estado dos órgãos internos.
Ausculta: Consiste em escutar ruídos no corpo, para isto utiliza-se o
estetoscópio.
Após o exame físico é pedido exames mais específicos, que são laboratoriais ou
por imagem, com o intuito de se obter um diagnostico mais preciso.
Ainda de acordo o levantamento técnico, os exames laboratoriais são aqueles
que consistem em analisar toda secreção eliminada ou colhida do paciente, por
exemplo, sangue, urina e fezes.
Já os exames com imagens podem ser classificados principalmente em:
Radiografia;
Ultrassonografia;
Ressonância Magnética.
2.8.1 Radiografia
A radiografia foi descoberta em 1895, quando Wilhelm Konrad Roentgen
entregou sua pesquisa a Sociedade Físico-Médica de Würzburg, Alemanha. Roentgen
descobriu que os objetos tornavam-se transparentes diante dos novos raios, que por
48
serem desconhecidos chamou-os de raios X. Mas foi em 26 de janeiro do ano seguinte
que foi anunciada a descoberta (Chassot, 2005).
Hoje se sabe com mais detalhes que o exame de raios-X é feitos através de
radiações especiais que têm a capacidade de atravessar os tecidos, proporcionando
uma visão interna do corpo humano, com a utilização de um método de conversão
indireta, por meio do qual os raios-X são primeiramente convertidos em luz e então
transformados em imagens.
Graças a esse descobrimento se tornou possível o desenvolvimento de outros
exames como a ressonância magnética e o ultrassom.
2.8.1.1 Filmes Radiográficos
As primeiras imagens eram gravadas numa placa de fosforo seca, porem as
placas não conseguiam absorver o feixe de raios X, então era necessário ficar uma
hora exposto a radiação para se obter a imagem.
Então, a pedido de Roentgen, o alemão CarI Schleussner criou uma placa de
fosforo que possuía maior quantidade de emulsão de brometo de prata, com isso foi
possível uma redução drástica do tempo de exposição à radiação (Pereira, 2010).
Com o decorrer dos anos, essa placa foi sendo aprimorada passando pela placa
de nitrato celulósico e placa de vidro, por exemplo. Mas foi a 1° Guerra Mundial que
proporcionou um grande incentivo na busca de filmes radiográficos, devido ao uso de
equipamentos radiográficos portáteis em campo.
De acordo o professor Ricardo Pereira (2010), foi em 1960 que a empresa
DuPon introduziu o polietileno teratalato como base para os filmes. Esse material
possui maior rigidez, maior estabilidade dimensional, baixa absorção de água e grande
resistência a rasgos.
49
Atualmente o processo de gravação da imagem no filme é realizado da seguinte
forma de ainda de acordo o professor Pereira:
Quando o feixe de radiação emerge do paciente e interage com os elementos
sensíveis presentes no filme ocorre um fenômeno físico que faz com que a
estrutura física dos microcristais de haletos de prata seja modificada, formando
o que se conhece como IMACEM LATENTE. A visualização somente será
possível pelo processo de revelação, que fará com que aqueles microcristais
que foram sensibilizados sofram uma redução de maneira a se transformarem
em prata metálica enegrecida. É importante lembrar que a imagem já está
formada, porém não pode ser visualizada, por isso deve-se ter cuidado na sua
manipulá-la.
Ainda de acordo o professor Pereira (2010), no processo de revelação ocorre à
transformação de uma imagem oculta numa imagem visível através de uma solução
química composta de diminutos de massas de prata metálica.
2.8.2 Ultrassonografia
Diferente da radiografia, a ultrassonografia não utiliza radiação. Para se obter a
imagem, é realizada a emissão de ondas sonoras de alta frequência que são refletidas
ao atingir um tecido ou órgão estudado, assim é possível visualizar estruturas
subcutâneas do corpo.
O doutor Eduardo Nassar, explica em detalhes como é possível obter a imagem
do exame:
Para realizar a ultrassonografia, é necessário um pequeno aparelho, o
transdutor, que emite as ondas de ultrassom. Esse aparelho é colocado
diretamente na área do corpo sob estudo para que as ondas sonoras de alta
frequência se transmitam, recebendo de volta o seu eco. O transdutor recolhe o
eco das ondas sonoras, transformando as vibrações em pulsos elétricos que
viajam para o scanner de ultrassom, onde são processadas e transformadas em
imagem digital.
50
São feitos ultrassonografia principalmente do abdômen, regiões pélvicas,
mamas, tireoide, articulações e doppler vascular - o doppler se destina principalmente
ao estudo da circulação sanguínea nos principais vasos sanguíneos e nos diversos
órgãos do corpo humano - pois são regiões onde a visualização por esse tipo de
exame é boa, gerando assim um diagnostico preciso.
A área terapêutica foi à primeira vez a utilizar o ultrassom, por exemplo, no
tratamento de artrite reumatoide. Mas o método foi abandonado, pois não se
fundamentava em comprovação cientifica e os resultados não eram satisfatórios.
Ainda na década de 40 o ultrassom foi utilizado na medicina diagnostica e os
pioneiros foram o médico americano Douglas Howry e a sua esposa, também médica,
Dorothy Howry (Guariglia).
A doutora Simone Noto Guariglia explica que nessa época para se realizar o
exame era necessário estar submerso e imóvel numa banheira com água, conforme
Figura 20:
51
Figura 20 - Modo que era realizado a ultrassonografia
(Fonte: Guariglia)
Guariglia nos diz que a técnica desenvolvida na década de 50 ainda é utilizada
hoje, podem no lugar da água é colocado um pouco de gel, que serve para aumentar e
melhorar a superfície da região onde será examinada.
Atualmente, a ultrassonografia ainda tem aplicações terapêuticas, transmitindo
calor e agitação para o corpo. Esse tipo de ultrassom é utilizado em limpeza dos
dentes, tratamento de catarata, para quebrar pedras nos rins, entre outros.
2.8.3 Ressonância Magnética
Como o ultrassom, a ressonância magnética não utiliza radiação, mas utiliza
campo magnético. Através desse campo é possível obter imagens de alta definição dos
órgãos e corrente sanguínea.
52
Para o exame ser realizado é necessária a utilização de um equipamento que
possui a forma e um tubo horizontal que atravessa o magneto (ímã) do começo ao fim.
Existem dois tipos de equipamentos: os abertos e os fechados. Os abertos
possuem um campo baixo, com isso trazem mais conforto, mas as imagens são de
qualidade inferior. Os fechados, ao contrario dos baixos, possuem um campo alto, a
qualidade da imagem se torna muito melhor e são os mais utilizados.
Conforme as doutoras Maria García Otaduy e Claudia da Costa Leite, 2010, o
campo magnético é criado da seguinte forma:
Este campo magnético, chamado de campo magnético externo B0, é gerado
pela corrente elétrica circulando por um supercondutor que precisa ser
continuamente refrigerado ate uma temperatura de 4K (Kelvin), por meio de
hélio líquido, a fim de manter as características supercondutoras do magneto. O
campo magnético é maior e mais homogêneo no centro do magneto, onde o
paciente será posicionado.
Devido à existência desse campo magnético é necessário cuidado com joias e
objetos metálicos durante o exame. Para aqueles que possuem metais no corpo, por
exemplo, marca-passos, pinos, placas e articulações artificiais, esse tipo de exame não
é recomendado.
Todd Gould explica como é dado o processo do exame:
O aparelho de ressonância magnética usa pulsos de radiofrequência
direcionados somente ao hidrogênio2. O aparelho direciona esse pulso para a
área do corpo que queremos examinar. E ele faz com que os prótons naquela
área absorvam a energia necessária para fazê-los girar em uma direção
diferente. E é a essa parte que se refere à palavra "ressonância" do termo
ressonância magnética. O pulso de radiofrequência força os prótons (somente 1
ou 2 que não se anularam em cada milhão) a girar em uma frequência e direção
específicas. A frequência específica de ressonância é chamada de frequência
de Larmour e é calculada com base no tecido cuja imagem vai ser gerada e na
intensidade do campo magnético principal. Geralmente, estes pulsos de
53
radiofrequência são aplicados através de uma bobina.[...] Quando o pulso de
radiofrequência é desligado, os prótons de hidrogênio começam a retornar
lentamente (em termos relativos) aos seus alinhamentos naturais dentro do
campo magnético e liberam o excesso de energia armazenada. Ao fazer isso,
eles emitem um sinal que a bobina recebe e envia para o computador. Esses
dados matemáticos são convertidos por meio de uma transformada de Fourier,
em uma imagem que podemos colocar em um filme.
Outra vantagem da ressonância magnética é a possibilidade de gerar imagens
de qualquer plano, sem o paciente ficar se movendo.
O exame não tem tempo determinado de duração, podendo variar de quinze
minutos á duas horas e durante esse período o paciente precisa ficar imóvel (Portal
Educação, 2008).
A ressonância magnética se originou na descoberta fenômeno importante, a que
ele denominou de ressonância magnética nuclear em 1937 pelo físico russo Isidor I.
Rabi.
Rabi descobriu que submetendo uma substância, como por exemplo, o
hidrogênio a um forte campo magnético externo os dipolos magnéticos nucleares se
alinhavam todos às linhas desse campo (precessão) e podiam absorver energia radio
magnética externa proporcional à intensidade do campo magnético.
Quando cessado o campo magnético aplicado, os dipolos retornavam ao seu
movimento aleatório e durante esse relaxamento devolviam a energia absorvida na
forma de ondas eletromagnéticas cuja frequência era típica de cada tipo de átomo. Ao
analisar o espectro dessas frequências, Rabi era capaz de medir a quantidade de cada
átomo na amostra.
Após essa descoberta dois cientistas americanos Felix Bloch e Edward Purcel
descobriram em 1946, o fenômeno da ressonância magnética independentemente e
por isso são considerados os criadores da ressonância magnética.
54
Em 1973 Paul C. Lauterbur descobriu que era possível criar imagens
bidimensionais causando uma mudança de força de campo magnético, mas foi Peter
Mansfield que conseguiu demonstrar como os sinais detectados com o uso das
mudanças poderiam ser matematicamente convertidos em imagem.
A primeira maquina de ressonância criada foi em 1975, por um médico de origem
armênia, Reymond Damadian, que juntou as tecnologias de ressonância magnética
nuclear com a tomografia axial e construiu o primeiro tomógrafo de ressonância
magnética nuclear para aplicações clínicas, que se pode ver na Figura 21:
Figura 21 - Primeiro tomógrafo de ressonância magnética
(Fonte: ATHOS)
55
E foi em 1990 que Seiji Ogawa e John W. Belliveau, ambos os pesquisadores
americanos, provaram que é possível visualizar a corrente sanguínea num exame de
ressonância magnética.
Para concluir esse tópico, foi apresentado na Figura 22 a sequencia que essas
modalidades de exames são geralmente executadas.
Figura 22 - Fluxo de modalidade de exames
(Fonte: Própria)
2.9 MONITORES DE DIAGNOSTICO
Os monitores começaram a ser utilizados no âmbito hospitalar a partir dos anos
70 para que fosse possível visualizar as imagens médicas relacionadas à tomografia
computadorizada, e posteriormente para ecografia, radiologia digital e ressonância
magnética.
Com o surgimento do PACS, foi necessário que a tecnologia para
desenvolvimento dos monitores também evoluísse, com o intuito de suportar a
visualização das novas imagens. Os monitores que eram utilizados anteriormente,
apresentavam defeitos no que diz respeito à luminância, resolução de contraste e
distorções geométricas.
Para que os monitores pudessem ser utilizados no propósito do PACS, foram
desenvolvidos novos CRTs (Cathode Ray Tube) monocromáticos de alta qualidade que
produziam alto nível de luminância (quantidade visível de luz emitida ou refletida por
56
segundo por unidade de área e ângulo só lido em uma superfície), através de fósforos
especiais. Graças a essas alterações, a resolução das imagens conseguiu atingir a
qualidade e resolução equivalente a de uma película radiológica.
Com o passar do tempo, os monitores LCDs (Liquid Cristal Display), que
surgiram no início dos anos 90, passaram a ter a preferência dos envolvidos com o
PACS, pois além de apresentarem maior duração e luminancia, eram também mais
leves.
Para que seja identificada a qualidade de um monitor para visualização de
imagens médicas, existe um documento sobre sistemas de visualização e controle de
qualidade, elaborado pela AAPM (American Association of Physicists in Medicine).
Neste documento, estão descritos os diferentes tipos de monitores que podem ser
utilizados para a visualização de imagens médicas e os diferentes tipos de testes que
podem ser feitos para a avaliação de cada um.
No caso do PACS, para que um monitor seja definido como apto a ser utilizado
dentro do contexto tecnológico, é necessário levar em consideração a compatibilidade
dele aos requisitos técnicos. Um deles é estar calibrado segundo a DICOM Greyscale
Standard Display Function (GSDF) e também apresentar valores que satisfaçam os
parâmetros fotométricos.
Outro ponto crucial e que precisa ser levado em consideração na hora de
escolher um monitor que satisfaça os requisitos necessários para análise e diagnósticos
de imagens médicas, é o alto grau de refinamento dos tons de cinza. A Figura 23
mostra a diferença entre os tons de cinza de um monitor convencional e um monitor
especializado em diagnósticos médicos.
57
Figura 23 - Diferença de tons de cinza entre os monitores
(Fonte: POLYGON)
58
Para escolher um monitor de diagnóstico, também é necessário identificar a
quantidade de informações que serão exibidas no mesmo. Um monitor de 1MP ( um
megapixel) por exemplo, pode exibir quatro cortes de tela com resolução de 512x512
pixels, sem que as imagens percam nenhuma informação. Na Figura 24, é mostrado
três monitores com 1MP, 2MP e 3MP e a quantidade de cortes possíveis para exibição
respectivamente:
59
Figura 24 - Diferença de resolução entre monitores
(Fonte: POLYGON)
60
Com o objetivo de reduzir a quantidade de filmes de raio-x, o hospital São Camilo
Santana começou a reciclar todo este material, que contém metanol, amônia e metais
pesados como o cromo, que contaminam o solo e os lençóis freáticos.
Para que o próprio hospital passasse a reduzir a emissão destes filmes, foram
adquiridos monitores de diagnósticos mais modernos, pois além de possibilitar a análise
da imagem capturada através do raio-x, também poderiam verificar a necessidade de
que estas imagens fossem impressas.
Com a implantação dos monitores diagnósticos no cotidiano do hospital, foram
impressas 5.400 radiografias contra 84.000 exames realizados em 2010 com os
pacientes internos.
3 PACS
A padronização para obtenção e comunicação de imagens médicas em formato
digital através do DICOM (Digital Imaging and Communications In Medicine) foi
fundamental para o desenvolvimento e implantação dos Sistemas de Arquivamento e
Comunicação de Imagens (PACS).
O PACS vem-se tornando a opção tecnológica para as tarefas de transmissão,
armazenamento e recuperação de imagens médicas, formando em conjunto com os
Sistemas de Informação em Radiologia (RIS) e de Informação Hospitalar (HIS) a base
para um serviço de radiologi sem filme (“filmless”).
Radiologia “filmless” refere-se a um hospital com um ambiente de rede de
computadores amplo e integrado, no qual o filme foi completamente, ou em grande
parte, substituído por sistemas eletrônicos que adquirem, arquivam, disponibilizam e
exibem essas imagens.
Segundo a definição da associação americana NEMA (National Electrical
Manufactures Association), um PACS é um sistema que consiste de quatro
61
componentes principais que são as interfaces para dispositivos de geração de imagens
digitais (e, possivelmente, dispositivos para digitalização de imagens sem filme), os
módulos para arquivamento e gerenciamento dos arquivos de imagens, as estações de
trabalho para acesso virtual às imagens armazenadas e uma rede de comunicação
para integração de todos os componentes.
A Figura 25 apresenta uma arquitetura que agrega esses componentes:
Figura 25 - Integração PACS
(Fonte: Felipe, 2005)
Os sistemas RIS (Radiology Information System) e HIS (Hospital Information
System) serão tratados com mais detalhes no próximo tópico.
O PACS pode ser dedicado a apenas uma modalidade em um setor médico
específico, tal como departamento de medicina nuclear ou o setor de ultrassom. A
implantação em apenas em uma modalidade de PACS é geralmente chamada de mini-
PACS.
62
Também é possível a implantação do PACS em todas as modalidades num
sistema composto por diversos centros médicos. Nesse caso, o gerenciamento do
sistema torna-se complexo, demandando o uso de tecnologias avançadas de
comunicação de dados.
3.1 SISTEMAS QUE SE INTREGRAM AO PACS
3.1.1 Sistemas de Informação em Radiologia (RIS)
O RIS (Radiology Information System) é um sistema de gestão das informações
e imagens que, além de substituir um processo de impressão de filmes por uma
tecnologia digital usando computadores e avançados softwares, tem como seu principal
intuito, o tratamento de informações e seleção das mesmas. Além de um
aproveitamento com mais detalhamento das imagens capturadas pelo PACS (Picture
Archive Communication System), o que resulta em um diagnóstico mais preciso e no
tratamento dos pacientes. Quando este sistema é integrado ao PACS, ele se
transforma em uma ferramenta extremamente valiosa e eficiente para o ramo da
medicina.
O RIS sem o PACS, nada mais seria do que um banco de dados de informações.
Por consequência disso, o PACS sem o RIS também não passaria de uma enorme
caixa digital para arquivo de imagens.
Para que a implantação do RIS obtenha o sucesso esperado, a metodologia de
implantação adequada deve ser escolhida, além da definição do treinamento e a
manutenção do novo sistema.
Para se verificar o quão o RIS/PACS irá influenciar os processos da empresa,
não deve ser analisado somente os benefícios que o acompanham de uma forma geral,
mas sim o que ele representará na transformação da instituição que optar pela
implementação do sistema, além da alteração da rotina das pessoas que trabalham
nessa instituição e por consequência disso, irá afetar a vida dos pacientes.
63
Segundo Érico Bueno, diretor de TI, Infraestrutura e Engenharia Clínica do
instituto do Câncer de São Paulo (2009):
Definir objetivos claros, antecipar os impactos, não subestimar o esforço
necessário, obter apoio da liderança e lidar com possível resistência são fatores
chaves para o sucesso. As recompensas são imensas, mas o caminho é longo
e desafiador.
Bueno também comenta que deve haver integração de todo fluxo de trabalho
entre o RIS e o PACS.
3.1.2 Sistemas de Informação Hospitalar (HIS)
O sistema HIS (Hospital Information System) é responsável por realizar a
integração de todos os sistemas do hospital, ou seja, sistemas com aspectos médicos
(PACS e RIS, por exemplo), administrativos, financeiros e jurídicos. Abaixo a Figura 266
representa essa integração:
64
Figura 26 – HIS
(Fonte: Antônio)
Um exemplo de HIS é o GNU Health, que foi criado em 2008 por Luis
Falcón com o objetivo de dar suporte a ações de promoção da saúde as áreas rurais.
Atualmente o GNU Health é utilizado pelas Nações Unidas e outras organizações
não governamentais como o Médico Sem Fronteiras.
Para que o PACS se comunique de forma padronizada com outros sistemas e
com os diversos tipos de equipamento por imagem, foi criado o protocolo DICOM
(Digital Imaging and Communications in Medicine).
65
3.2 PROTOCOLO DE COMUNICAÇÃO DE IMAGENS DIGITAIS EM MEDICINA
(DICOM)
É um sistema desenvolvido para padronizar as imagens médicas e informações
associadas como tomografias, ressonâncias magnéticas, radiografias,
ultrassonografias, entre outros. Através dele, equipamentos de diferentes marcas,
computadores e hospitais podem trocar informações de forma com que as mesmas
possam ser visualizadas sem nenhum problema.
Para ilustrar a descrição do DICOM feita no parágrafo anterior, podemos usar o
seguinte exemplo: você um dia vai viajar e quer baixar algumas musicas da internet
para poder gravar um CD e escutá-lo no aparelho de som de seu carro. Porém, você
baixa essas músicas em formato MP3 e o seu aparelho só reproduz músicas em
formato WAVE (formato de áudio em que os CDs vendidos em lojas costumam ser
gravados). No momento em que você colocar o CD para tocar em seu carro, terá a
desagradável surpresa de não poder escutar as músicas devido à incompatibilidade de
formato de áudio. O papel do DICOM seria converter as musicas para o formato WAVE
e assim você conseguir ouvi-las no carro.
Agora que um exemplo mais próximo do nosso cotidiano foi citado, traremos a
mesma situação para o ambiente hospitalar: o formato das imagens que são lidas ou
geradas pelo sistema PACS.
Se um médico receber um material para realizar um diagnóstico em que as
imagens estejam no formato “JPG” (Joint Pictures Expert Group), que é dos padrões
mais utilizados na internet por disponibilizar uma qualidade de imagem razoável em um
tamanho considerado “pequeno” se for comparado a outros formatos de imagem, o
mesmo não conseguirá visualizar estas imagens no PACS. Para que isso seja possível,
é necessário que a imagem passe por um processo de conversão para o padrão
DICOM. Esta solução já está disponível nos PACS utilizados hoje, portanto,
independente da marca do aparelho, do local ou hospital em que este médico esteja no
momento, os equipamentos poderão processar as informações sem nenhum problema,
66
pois o padrão DICOM foi desenvolvido justamente para evitar a falha de comunicação
dos aparelhos que compõem um sistema PACS.
Portanto, todos os equipamentos que trabalham com as informações que são
geradas ou capturadas pelo PACS, tem que estar habilitado a suportar as informações
no formato DICOM.
Apesar de o padrão não ter sido alterado, o padrão DICOM está sempre em
evolução. Vinte e três novos suplementos foram criados a fim de atender as
necessidades que surgiram desde a criação do padrão original. Atualmente o DICOM
consiste em dezoito volumes contendo informações sobre protocolos de transferência
de dados, formato de imagem digital e estrutura de arquivos para imagens médicas e
informações correlatas. Porém, uma exigência que de nas futuras atualizações deve-se
manter a compatibilidade eficaz em relação às versões anteriores.
Para tornar essa compatibilidade eficaz, é necessário que sejam seguidas
algumas definições:
Atributo: possui um nome e um valor que independe de qualquer esquema de
codificação;
Comando: é o pedido pra processar uma informação através de uma rede;
Elemento de comando: é a codificação de comandos que transmite o valor deste
parâmetro;
Command Stream: é o resultado da codificação usando um conjunto de
elementos do comando usando o DICOM;
Declaração de Conformidade: é a declaração formal que descreve uma aplicação
de produtos específicos que usa o padrão DICOM. Essa declaração especifica
as classes de serviço, informações dos objetos e comunicação dos protocolos
suportados;
Dicionário de Dados: é o registro dos elementos de dados DICOM, que atribui
uma marca única, como nome, valor característico, e a semântica de cada
elemento de dados;
67
Elemento de dados: é a unidade de informação, que foi definido pela entrada
única do dicionário de dados;
Conjunto de Dados: são as informações trocadas constituídas por um conjunto
estruturado de atributos. O valor de cada atributo em um conjunto de dados é
expresso como um elemento de dados;
Fluxo de Dados: é o resultado da codificação de um conjunto de dados utilizando
o esquema de codificação DICOM;
Informação do Objeto: é a abstração de uma entidade de informação real, por
exemplo, uma radiografia com as informações da imagem em conjunto com os
dados do paciente, que é atendido por um ou mais comandos DICOM.
O sistema DICOM foi desenvolvido pela indústria de imagem, representada por
membros do NEMA (National Electric Manufacturers Association dos EUA) e pela
comunidade de usuários de imagens médicas, como o American College of Radiology,
o American College of Cardiology e o European Society of Cardiolgy. Quando é
necessária ou levantada qualquer mudança a ser feita no DICOM, um comitê
organizado especificamente para discutir e validar estes assuntos se reúne por volta de
três vezes por ano, para discutir o que está sendo proposto. Este comitê é formado
pelas companhias que geram as imagens e representantes de grandes sociedades
médicas.
O sistema DICOM permite que as imagens médicas sejam enviadas para
qualquer parte do mundo através de um modem, o que se torna mais barato e mais
rápido do que outros meios de transporte.
O padrão também define como deve ser tratado cada um dos serviços em cada
modalidade, como raio-X, tomografia computadorizada, dentre outros. Cada uma das
modalidades têm suas particularidades que devem ser respeitadas e atendidas. As
associações entre serviços e modalidades são referidas no padrão como SOP (Service-
Object Pair).
O DICOM também oferece algumas funcionalidades que auxiliam no dia-a-dia e
serão descritas no tópico abaixo.
68
3.2.1 Serviços DICOM
Serão apresentados quais os serviços que o DICOM oferece:
DICOM Store ou Armazenamento DICOM: Serviço usado para enviar imagens
ou outras informações, como relatórios, informações do paciente, para um sistema de
PACS.
DICOM Storage Commitment ou Confirmação de Armazenamento:
Usado para confirmar que uma imagem foi armazenada permanentemente. É como um
protocolo de segurança, que avisa o usuário quando ele pode, com segurança deletar
os arquivos em sua estação de trabalho local.
Query/Retrieve ou Busca e Recuperação: Permite a uma estação de trabalho
localizar listas de imagens, entre outros, e recuperá-lo a partir do PACS (ou banco de
dados) em que estão armazenados.
Worklist ou Lista de Tarefas: Habilita um equipamento de imageamento (verbo
imagear - Obter ou capturar imagem por meio de equipamento imageador) médico
(chamado pelo padrão de modality) a obter detalhes de pacientes e exames agendados
eletronicamente.
Performed Procedure Step ou Procedimento Realizado por Equipamento:
É um serviço complementar ao worklist que habilita um equipamento a enviar relatórios
sobre um exame realizado, incluindo dados de aquisição das imagens, horários de
início e fim e duração do exame, assim como doses de contrastes, por exemplo.
Printing ou serviço de impressão: Usado para enviar imagens para uma
impressora de DICOM. Há um padrão de calibração para ajudar a manter a
consistência entre os vários equipamentos de visualização, incluindo a impressão de
cópias físicas.
69
Off-line Media (DICOM Files): Este serviço corresponde ao formato de arquivo
DICOM, de extensão .dcm. Ele descreve como armazenar informações e imagens
médicas em uma mídia removível qualquer. É obrigatória a inclusão da “File Meta
Information”, que são as informações textuais ligadas à(s) imagem(s). Alguns exames
geram, por definição, várias imagens. Estas devem ser armazenadas sempre no
mesmo arquivo, juntamente com a identificação do paciente. O fato de agrupar todos
estes dados, evita que exames possam ser trocados e atribuídos a pacientes errados.
Já com esses serviços conceituados é possível exemplificar o funcionamento do
protocolo numa clinica, conforme tópico abaixo.
3.2.2 Funcionamento do DICOM em uma rede de clínicas
O DICOM poder ser implantado em uma rede de clinicas da seguinte forma:
Utilizando um servidor DICOM Router, é possível enviar imagens de qualquer ponto de
serviço para um servidor centralizado que tem a função de distribuição externa, de
segurança e redundância no armazenamento de dados. Com isso, as imagens ficam
disponíveis, em cada ponto de serviço, para acesso local e também para acesso
externo.
A Figura 27 mostra o esquema de rede utilizado para uma clinica com muitas
filiais:
70
Figura 27 - Rede de clinicas utilizado DICOM
(Fonte: Baermann, 2011)
O DICOM estabelece informações detalhadas de como devem ser projetadas as
interfaces que possibilitarão a intercomunicação de equipamentos de aquisição de
imagem médica, estações de trabalho de visualização e processamento de imagem,
unidades de arquivo e impressoras de filme ou papel, de diversos fabricantes e
modalidades. O padrão descreve como formatar e transferir os arquivos de imagens
médicas, dentro do mesmo hospital ou para fora do mesmo. Como nos casos em que
um exame é realizado e enviado para um centro de diagnósticos (que também
possuem equipamentos preparados para receber informações no padrão DICOM), onde
71
os mesmos serão analisados e posteriormente devolvidos com o resultado da análise
aos locais de origem.
O DICOM utiliza os conceitos de classe de serviço e definição de objeto para
implantar as funcionalidades necessárias para a troca de imagens médicas. Através da
definição de objeto as entidades de aplicação partilham uma visão comum das
informações que serão trocadas, e da classe de serviço, os tipos de tarefas que devem
ser implementadas pelos dispositivos.
Para que haja a troca de informações utilizando o padrão DICOM, é necessário
que ela comece com o estabelecimento de uma associação, para isso é utilizado o
protocolo ACSE (Association Control Service Element) que é baseado no modelo OSI
(International Organization for Standardization), após esta associação o padrão DICOM
utiliza o protocolo DIMSE (DICOM Message Service Element) para a troca de
informação.
O DIMSE irá oferecer as condições de operação dos serviços DICOM chamados
DIMSE-C (DICOM Message Service Element Composite) e DIMSE-N (DICOM Message
Service Element Normalized).
O DIMSE oferece dois tipos de serviço de transferência de informação que serão
utilizados pelas entidades DICOM que são: Notificação e Operação.
O receptor das informações enviadas, ciente da estrutura de informação que irá
receber pode realizar diversas funções como permitir ao software receptor alocar
recursos de acordo com o tipo de imagem que será recebida, arquivar e armazenar
estas imagens utilizando a indexação baseada nos atributos das imagens como nome
do paciente, data do exame, tipo de imagem, entre outros, ao invés de utilizar
simplesmente o nome do arquivo recebido. Além de permitir o acesso as imagens de
forma remota também pelos índices que foram usados para serem armazenados.
72
3.2.3 Mensagem DICOM e Conjunto de Comando
A mensagem é composta por um conjunto de comandos seguido de um conjunto
de dados. O conjunto de comando é utilizado para indicar operação e notificação que
serão executados no conjunto de dados.
Um conjunto de comando é composto por elementos de comando que contem os
valores codificados de cada campo de acordo com a semântica especificada pelo
protocolo DIMSE.
3.2.4 Impressão DICOM
Existem alguns tipos de impressão DICOM que podem ser feitas utilizando o
PACS.
Hoje os médicos que já trabalham com o PACS, têm todos os benefícios que
este sistema pode trazer para um ambiente hospitalar, incluindo a visualização das
imagens capturadas durante os exames efetuados em monitores de diagnósticos
modernos que fazem com que as impressões muitas vezes acabem se tornando
desnecessárias.
Contudo, muitas vezes acaba sendo imprescindível que as impressões sejam feitas,
pois às vezes, as imagens dos exames serão analisadas em um local onde não existem
monitores de diagnósticos preparados para exibir estas imagens com a resolução
necessária para que um diagnóstico preciso possa ser feito.
Levando em consideração que as imagens e todas as informações que trafegam
por um sistema PACS devem estar no formato padrão DICOM, diversos softwares
foram desenvolvidos com o intuito de viabilizar estas impressões de forma mais
econômica, já que não “obriga” ao usuário imprimir estas imagens em filmes
radiográficos, podendo até fazer isto no formato PostScript (em papel).
As impressoras de filmes radiográficos são especializadas neste tipo de serviço,
tem a sua manutenção considerada cara e também só imprimem informações que
73
estejam no formato DICOM. Além desses filmes necessitarem de armazenamento e
manuseio especializado.
Buscando cortar gastos, muitas empresas especializadas em desenvolvimento
de software, oferecem soluções econômicas em termos de impressão de imagens e
informações geradas pelo PACS, onde ao invés de ser necessário imprimirem estas
informações através de uma impressora desenvolvida exclusivamente para a impressão
de imagens médicas, é possível o software ler estas informações e converter para os
formatos das impressoras convencionais utilizadas no dia a dia de qualquer empresa.
Estas empresas prometem redução de custos sem perda de qualidade.
Segundo a empresa Neológica, especializada em desenvolvimento desta solução, a
economia a ser feita com a implantação de um software deste tipo é de 1,5 euros por
cópia impressa em filme para poucos centavos por cópia impressa em uma impressora
de escritório.
Também oferecem outro serviço com digitalizar uma imagem e converter a
mesma para o padrão DICOM que é utilizado no PACS.
A Figura 28, mostra como funciona um software destes dentro de uma rede
hospitalar:
74
Figura 28 - Impressão DICOM dentro da rede hospitalar
(Fonte: Medsky)
Estes softwares selecionam as informações referentes ao paciente que foi alvo
do exame, concatenam com as imagens deste exame e imprimem este material.
Com impressões das imagens médicas em papel é possível economizar até 80%
do valor que seria gasto caso a mesma impressão fosse feita em um filme radiográfico,
segundo a empresa Best Technologies.
75
3.3 IMAGENS
3.3.1 Aquisição de Imagens
Os dispositivos de aquisição produzem imagens em diversas modalidades:
tomografia computadorizada (TC), ressonância magnética (RM), radiografia digital (RD),
fluroscopia digital, ultrassom e angiografia digital. Embora todos esses dispositivos
sejam capazes de gerar imagens em formato digital, a grande maioria das imagens de
radiografia continuam sendo adquiridas no formato convencional, ou seja, por meio de
filmes.
Atualmente, a grande maioria dos equipamentos de modalidades digitais
apresenta uma interface que utiliza o padrão de comunicação DICOM (Digital Imaging
and Communication in Medicine).
A implementação de um PACS deve prever um conjunto de interfaces que
funcionem com eficiência. Essas interfaces são o meio pelo qual o PACS “conversa”
com os outros componentes do cenário: interface com as modalidades, para a troca de
imagens e respectivas informações e a interface com os sistemas HIS/RIS, para
transferir informações textuais sobre pacientes, exames, entre outros.
3.3.2 Rede para Transmissão de Imagens e Dados
As redes de comunicação tem a função de ligar os componentes do PACS entre
si e também com outros sistemas. A rede deverá prover imagens para as estações de
trabalho do próprio PACS ou para estações remotas, localizadas em unidades de
emergência ou centros de terapia intensiva.
A arquitetura a partir da qual a rede será projetada pode ser central ou
distribuída. Numa arquitetura central, as imagens são disponibilizadas a partir de
dispositivos de armazenamento compartilhados de “curto período”, ou seja, durante um
76
período específico de tempo, tipicamente em uma estrutura de tecnologia RAID,
disponibilizando as imagens em todas as estações de trabalho, durante esse período.
Numa arquitetura distribuída, as imagens ficam armazenadas em múltiplos servidores,
distribuídos ao longo do ambiente hospitalar. Esse item será detalhado mais a frente.
As interfaces com os sistemas RIS e HIS são também muito importantes, pois é
através delas que informações típicas de cada um dos sistemas são integradas e
disponibilizadas para todos. Por exemplo, informações sobre os pacientes ficam
disponíveis para as estações de trabalho do PACS e imagens ficam disponíveis no
Prontuário Eletrônico do Paciente, que é umas das vantagens da implantação. Outra
vantagem importante dessa integração é a garantia da integridade dos dados de
identificação do paciente, que se obtém com a manutenção de identificadores únicos
para pacientes, exames e imagens.
A comunicação entre HIS, RIS e PACS é frequentemente implementada através
do uso de um padrão chamado Health Level 7 (HL7), criado para troca eletrônica de
informações médicas, informações administrativas e dados de exames laboratoriais. O
acoplamento entre HL7 e DICOM permite, por exemplo, que a lista de informações
sobre o paciente - oriunda do HIS ou do RIS - chegue até os dispositivos de imagens.
3.3.3 Armazenamento de Imagens
Um elemento importante e crucial para o sucesso da implantação de um PACS
está em sua capacidade de armazenamento das imagens extraídas dos equipamentos
que as capturam. Não há motivo existencial ao PACS sem que seja possível o
armazenamento das imagens capturadas durante os exames realizados, permitindo sua
recuperação e uma imensa gama de possibilidades de distribuição.
Segundo Bertozzo, o armazenamento e distribuição de imagens médicas digitais
deixaram de ser protótipo para se tornar uma necessidade dentro dos hospitais
modernos. A evolução dos equipamentos geradores de imagem, a padronização
(DICOM), o aumento de capacidade dos dispositivos de armazenamento e o grande
77
salto na velocidade das redes de comunicação deram aos hospitais a oportunidade de
prover aos seus médicos uma economia considerável de tempo e um grande aumento
nos recursos de análise e troca de informações.
Este contexto possibilita ao médico analisar um exame que acabou de ser
realizado por outro médico, que não necessariamente está no mesmo espaço físico do
paciente, com apenas um clique, além de comparar o exame atual com o ultimo exame
daquele mesmo tipo realizado pelo mesmo paciente com apenas outro clique.
Uma estrutura de armazenamento comum nos PACS consiste de um esquema
hierárquico, no qual imagens adquiridas recentemente são disponibilizadas em
conjuntos de discos rígidos e, depois de um tempo específico, são transferidas para
dispositivos de armazenamento mais lentos, porém de maior capacidade, tais como
discos óticos e mídias magnéticas.
A quantidade de espaço necessário para o armazenamento depende das
modalidades disponibilizadas pelo PACS e pelo volume de trabalho do ambiente. É
possível, superficialmente, estimar esse espaço. Um departamento de medicina nuclear
de médio porte pode gerar gigabytes de imagens não comprimidas em um ano, de
forma que uma estrutura simples de discos magnéticos seria suficiente para um mini-
PACS servindo esse departamento. Por outro lado, imagens não comprimidas de TC,
RM e RD, em um departamento de radiologia de tamanho médio, podem exigir vários
gigabytes de espaço por dia e vários terabytes por ano, necessitando de sistemas de
arquivos bem mais extensos e complexos.
Segundo Neto, a compressão de imagens tem como objetivo reduzir a
quantidade de dados necessária para representar uma imagem digital. A base do
processo de redução é a remoção de dados redundantes. Do ponto de vista
matemático, isto corresponde a transformar uma matriz de pixels de duas dimensões
num conjunto de dados estatisticamente descorrelacionados. A transformação é
aplicada antes do armazenamento ou transmissão da imagem.
As técnicas da compressão incluem-se em duas grandes categorias: com
preservação da informação e com perda. A categoria que trata da compressão com
preservação da informação é sem margem de dúvida, imprescindível para o
78
armazenamento de imagens médicas, permitindo que a imagem seja comprimida e
descomprimida sem perder informação, fator relevante que pode decidir uma
determinada impressão diagnóstica.
A Tabela 2 apresenta uma amostragem típica de imagens provenientes de
diversos aparelhos, respectivamente com a resolução utilizada e espaço necessário
para o armazenamento.
Tabela 2 - Espaço necessário para o armazenamento
(Fonte: Neto)
Conforme Fraga, armazenar é a função de reter as imagens até que elas sejam
requisitadas para visualização. O armazenamento pode ser dividido em duas áreas
distintas:
Armazenamento rápido ("short-term"), o qual inclui armazenamento (magnético)
local, geralmente refere-se ao disco rígido (HD) do computador, armazena as
informações da imagem digital em um disco magnético para uma recuperação rápida.
Em geral, as imagens são mantidas armazenadas nesse meio por volta de uma
semana, devido ao grande volume de dados e o alto custo dos sistemas magnéticos de
alta capacidade.
79
Armazenamento longo ("long-term"), o qual envolve meios de armazenamento
óticos, O armazenamento por longo prazo refere-se geralmente a discos óticos não-
regraváveis, podendo chegar a capacidades de 10 gigasbytes cada, discos ótico-
magnéticos regraváveis, que permitem armazenar as informações por um período de
tempo específico e então apagá-las, arquivos em fita magnética, em CDs e, mais
recentemente, em DVDs.
De acordo com Figueiredo, alguns dos benefícios do armazenamento de
imagens no PACs são a organização das imagens capturadas, o armazenamento
seguro das imagens, a facilidade na recuperação das imagens capturadas e a redução
de custos da manipulação das imagens.
A organização das imagens capturadas é possível com o armazenamento das
imagens automatizadas, geralmente em servidores, sendo indexadas a chaves únicas
por paciente, facilitando a recuperação dessas imagens a qualquer momento, além de
proporcionar um armazenamento seguro, não mais realizado fisicamente em pastas e
arquivos mortos, reduzindo custos operacionais com localização manual dos exames na
clínica fisicamente.
O controle do armazenamento pode ser realizado por meio de banco de dados,
que mantêm o gerenciamento de localização e movimentação das imagens e dos
respectivos estados.
Segundo Neto, a escolha do banco de dados para realizar o armazenamento de
imagens é um dos grandes obstáculos em se desenvolver sistemas de armazenamento
de imagens. No mercado existem inúmeros banco de dados “robustos”, a citar como
exemplo o “Oracle”, além de opções “open source”, o que naturalmente reduz custos.
Deve ser definido o tipo de imagem a ser armazenada e que padrão será utilizado, por
exemplo, definir se a imagem a ser armazenada é oriunda de aparelhos que trabalham
com diagnóstico por imagem como a tomografia computadorizada, ressonância
magnética, ultrassonografia, mamografia, dentre outros, e se for, qual é o padrão de
imagem que o aparelho trabalha (DICOM, JPEG, TIF, entre outros).
80
Segue a Figura 29 mostrando como funciona a solicitação das imagens do PACS
ao servidor de armazenamento:
Figura 29 - Operação de consulta e recuperação de imagens
(Fonte: Revista Brasileira de Física Médica, 2009)
Operação de consulta e recuperação de imagens. (0) WS e servidor estabelecem
uma associação. (1) WS solicita serviço C-FIND ao servidor. (2) Servidor recebe a
solicitação da WS (2a); executa o serviço C-FIND (2b) e depois envia os resultados
81
para a WS (2c). (3) WS recebe resposta do servidor com resultados da consulta. (4)
Usuário da WS escolhe imagens desejadas para recuperação e solicita serviço C-
MOVE ao servidor. (5) Servidor recebe solicitação de serviço C-MOVE (5a) e prepara
serviço C-STORE SCU (5b). (6) Serviço C-STORE SCU do servidor recupera imagens
do banco de dados. (7) Servidor solicita serviço C-STORE à WS (C-STORE SCP). (8)
WS recebe solicitação C-STORE do servidor e inicia processo de armazenamento das
imagens. (9) Depois que a WS recebe e armazena os dados da última imagem, as duas
entidades terminam a associação.
É importante lembrar que é necessário realizar periodicamente manutenção nos
servidores que armazenam as imagens médicas, acompanhando o volume de imagens
que estão sendo armazenadas, já que possuem uma resolução geralmente muito alta
devido à necessidade de observação meticulosa dos especialistas num diagnóstico,
assim como o número de requisições para recuperação das imagens, para que não
haja nenhum imprevisto e a clínica fique com a recuperação dos seus exames
indisponíveis.
Além disso, também é necessário realizar backup dos dados periodicamente.
3.3.3.1 Arquitetura
Segundo Marques (2009), em relação ao fluxo de informação, existem duas
arquiteturas básicas, geralmente encontradas sozinhas ou combinadas: arquitetura
centralizada (ou sob demanda) e arquitetura descentralizada (ou roteada).
A arquitetura centralizada trabalha com o envio dos exames diretamente para os
servidores de arquivamento e, a partir destes, para as estações de trabalho. Essa
arquitetura possui a vantagem de ser centralizada, facilitando o gerenciamento e
organização do serviço, e de ser mais flexível, sem depender de um fluxo de trabalho
pré-determinado. Porém, é extremamente dependente da infraestrutura de rede e dos
equipamentos de armazenamento. Observe um esquema de arquitetura centralizada na
Figura 30:
82
Figura 30 - Arquitetura centralizada
(Fonte: Marques, 2009)
83
Na imagem acima os exames são enviados dos equipamentos para o servidor e,
então, para as estações de trabalho.
A arquitetura descentralizada trabalha com o envio dos exames diretamente para
as estações de trabalho e, a partir delas, para os servidores de arquivamento. As
principais vantagens dessa abordagem são a não exigência de infraestrutura de rede
com banda muito larga e a possibilidade de acesso mais rápido aos dados. Porém,
depende de um fluxo de trabalho pré-estabelecido e é mais complexa em relação ao
seu gerenciamento e sincronização. Independentemente da arquitetura dos sistemas,
de modo geral, as soluções encontradas utilizam tecnologia web para possibilitar a
consulta de dados em redes locais ou expandidas. Observe um esquema de arquitetura
descentralizada na Figura 31:
Figura 31 - Arquitetura Descentralizada
(Fonte: Marques, 2009)
84
Na imagem acima os exames são enviados dos equipamentos para as estações
de trabalho e, então, para o servidor.
Uma grande quantidade de dados é produzida na captura da imagem digital.
Essa quantidade de dados gerada pode ser tão grande que inviabiliza o
armazenamento, o processamento e a comunicação, por isso é utilizado à compressão
dos dados.
3.3.4 Exibição de Imagens
Estações de trabalho computacionais equipadas com monitores de vídeo têm
sido cada vez mais frequentemente utilizadas para a visualização de imagens médicas,
em ambientes de geração ou revisão de laudos. As diferentes modalidades radiológicas
impõem características específicas para as estações de trabalho. Imagens de RD
(Radiografia Digital), por exemplo, exigem alta resolução e maiores dimensões dos
monitores em preto e branco (níveis de cinza), enquanto exames de ultrassom,
medicina nuclear e angiografia exigem monitores coloridos com capacidade de exibir
sequências filmadas.
Monitores coloridos comumente possuem o formato de 1280 x 1024 ou 1600 x
1200 pixels. Um formato geralmente encontrado em monitores de níveis de cinza
usados para exibir radiografias digitais é 2048 x 2560 pixels, também conhecido como
monitor de 5 Mpixels. Uma vez que imagens de RD grandes são tipicamente
armazenadas em formatos de aproximadamente 2 x 2 Kpixels ou 2x 2.5 Kpixels,
resultando em aproximadamente 5 Mpixels, este formato permite a exibição de toda a
imagem com resolução próxima da máxima. Estações de trabalho para avaliação de
imagens são normalmente equipadas com pelo menos dois monitores para permitir a
comparação simultânea de duas imagens. Para estações de trabalho de medicina
nuclear ou ultrassom, um único monitor colorido é suficiente.
A tendência que observa é de aumento contínuo na velocidade de placas
gráficas e de flexibilidade de operações das estações utilizadas para exibição de
imagens, permitindo, assim, manipulação mais rápida das mesmas. Além disso, os
85
computadores pessoais e até mesmo dispositivos móveis começam a ser usados como
dispositivos de visualização em ambientes distribuídos e móveis, executando os
aplicativos sob diferentes sistemas operacionais.
3.3.5 Visualizadores de Imagem
Após realizar todo processo de implantação do PACS é preciso visualizar as
imagens que estão arquivadas, mas como as imagens são geradas do formato DICOM
e nenhum sistema operacional vem como padrão para conseguir visualizar, é preciso
de um software capaz de suportar essa tecnologia.
Estes visualizadores podem ser utilizados nas plataformas desktop
(computadores de mesa) ou Web. A vantagem da plataforma Web, é a imagem ficar
disponível para qualquer médico e em qualquer lugar do mundo prescrever o
diagnostico, gerando assim o laudo do exame.
Com esses visualizadores é possível ver imagem em 3D, aproximar e inserir
comentários em pontos que exigem uma atenção maior, conforme Figura 32:
86
Figura 32 - Visualizador de imagens Dicom Viewer
(Fonte: Rubo Medical Imaging)
87
De acordo a empresa EQUIPACS, algumas funcionalidades dos visualizadores
são:
Zoom (aproximação da imagem);
Inserção de comentários e medidas;
Possibilidade de guardar visualizações em cada estudo;
Acesso a outros exames para fim de comparação;
Acesso ao histórico de exames do paciente;
Exportação das imagens DICOM para formato JPEG;
Envio de exames para outros dispositivos DICOM.
Também é possível encontrar visualizadores gratuitos. Segue a Tabela 3, com
um comparativo desses softwares:
Tabela 3 - Comparativo dos visualizadores gratuitos
(Fonte: Barra,2010)
88
3.4 WORKLIST
De acordo com a empresa ANIMATI, a definição para worklist é:
Worklist é um termo em inglês, que significa “lista de trabalho” este termo é
usado na radiologia digital para denominar a lista de exames em espera para
ser executada por um equipamento.
O worklist é uma função importante do PACS, pois nela se concentra as
atividades a serem executadas de cada área, como a execução do exame,
realizar o laudo e o diagnostico do exame.
O worklist funciona como um workflow - ferramenta que tem por finalidade
automatizar processos, racionalizando-os e consequentemente aumentando sua
produtividade por meio de dois componentes implícitos: organização e tecnologia
(CRUZ, 2004) – pois através dele é possível verificar em que setor a atividade
está, além de identificar o responsável pela mesma.
Com esses dados, é possível gerar estatísticas, por exemplo, em que
setor a atividade está demorando mais para ser executada e encontrar a causa
raiz, solucionando o problema e deixando o processo mais ágil.
No processo sem o PACS (AS IS), não tem como saber em que setor está
certa atividade, a menos que se pergunte em cada setor. Com isso, tempo é
perdido, pois um funcionário precisa ir a cada setor questionando sobre a
atividade, quando a encontrar, retornará ao seu posto e informará ao solicitante o
status. Esse funcionário, saindo de seu posto, deixou de atender outras pessoas
ou não realizou seu trabalho por esse período.
Nas próximas paginas do trabalho, poderá se notar mais claramente o
processo com o PACS e a função de worklist e sem o mesmo.
89
4 ESTUDO DE CASO
4.1 CENTRO DE DIAGNOSTICO POR IMAGEM
Iniciando o processo de mapeamento ou levantamento dos processos de uma
clínica situada no Grande ABC, é necessário retratar o cenário atual dos processos
(processo As is), com todos os seus erros e acertos, que posteriormente servirá de
apoio para comparação com o processo futuro, já com a implementação do PACS
(processo To be).
A fim de fornecer uma visão macro dos processos da clínica, foi confeccionado o
fluxo principal, conforme Figura 33:
Figura 33 - Mapeamento Geral
(Fonte: Própria)
Os processos em azul são os que possuem interferência do PACS, por esse
motivo foram escolhidos para serem detalhados neste trabalho.
Segue na Tabela 4 a descrição do fluxo apresentado:
90
0. Necessidade de atender paciente
Objeto Evento Inicial
Descrição Ao receber uma Guia Médica, o paciente entra em contato pessoalmente ou por telefone com o departamento de Agendamento, a fim de agendar o(s) exame(s) solicitado(s).
1. Agendamento
Objeto Atividade
Descrição O departamento de Agendamento solicita ao paciente todos os dados necessários para concluir o agendamento e informa ao paciente data, horário, médico e protocolo de agendamento.
2. Cadastro do Exame
Objeto Atividade
Descrição O Paciente comparece na clínica, no dia e horário agendados, se identifica e apresenta seu protocolo de agendamento à Recepcionista, que irá confirmar o agendamento, cadastrar o(s) exame(s) e caso seja a primeira visita do paciente na clínica, realiza seu cadastro.
3. Pagamento do Exame (Particular)
Objeto Atividade
Descrição Caso o exame a ser realizado seja particular, o pagamento do exame é realizado.
4. Autorização do Convênio
Objeto Atividade
Descrição Caso o exame a ser realizado seja coberto pelo convênio, a autorização do convênio é realizada.
5. Triagem
Objeto Atividade
Descrição Recepcionista realiza a Triagem do paciente, encaminhando o mesmo para o setor da clínica correspondente ao exame que será executado.
6. Execução do Exame
Objeto Atividade
Descrição Paciente realiza o exame de imagem em sala específica junto ao médico
7. Faturamento
Objeto Atividade
Descrição Após a execução do exame, o mesmo é faturado pelo departamento de Faturamento (seja o laudo particular ou conveniado).
8. Confecção do Laudo
Objeto Atividade
Descrição Médico analisa imagem, prescreve o laudo, assina e imprime laudo.
91
Tabela 4 - Descrição do Mapeamento Geral
(Fonte: Própria)
4.2 AS IS DA IMPLANTAÇÃO
O AS IS (processo da clinica estudada antes da implantação do PACS) foi
baseado em levantamento técnico com especialistas da área de TI (Tecnologia da
Informação) para Centros de Diagnostico por Imagem.
Além do fluxo das atividades elaborado com o proposito de estabelecer uma
visão clara das atividades desempenhadas na clinica e demais entidades envolvidas, as
atividades foram detalhas, conforme tabelas a seguir.
4.2.1 Processos
4.2.1.1 Cadastro de Exames
Segue na Figura 34 o desenho do processo.
9. Entrega do Resultado
Objeto Atividade
Descrição O Laudo final é entregue ao Paciente.
92
Figura 34 - Cadastro de Exame (AS IS)
(Fonte: Própria)
93
Segue na Tabela 5 a descrição do processo.
0. Evento inicial
Objetivo do processo
Este processo descreve o Cadastro de Exame a ser realizado na clínica médica, desde a chegada do Paciente com exame agendado até a assinatura dos documentos necessários para sua realização, com a finalidade de coletar os dados necessários sobre o Paciente para que o pagamento do mesmo seja possível.
1. Solicitar documentos para o Paciente
Tipo de Atividade Atividade
Descrição Ao recepcionar o Paciente recém-chegado na clínica, a Recepcionista solicitará os documentos necessários para dar entrada no exame. São eles: Documento de identificação do Paciente (RG ou CPF), Guia de Encaminhamento Médico e Carteirinha do Convênio (caso seja essa forma de pagamento).
2. Apresentar documentos
Tipo de Atividade Atividade
Descrição O Paciente apresentará os documentos solicitados à Recepcionista.
3. Preencher Ficha de Entrada
Tipo de Atividade Atividade Manual
Descrição Com os documentos em mãos, a Recepcionista preencherá manualmente a Ficha de Entrada do Paciente (documento que contém todos os dados pessoais do Paciente), questionando o Paciente de acordo com a necessidade.
4. Solicitar assinatura do Paciente
Tipo de Atividade Atividade
Descrição A Recepcionista solicita ao Paciente sua assinatura nos documentos necessários para dar andamento no processo.
5. Assinar documentos
Tipo de Atividade Atividade Manual
Descrição O Paciente confere os dados registrados nos documentos e os assina.
6. Solicitar forma de pagamento
Tipo de Atividade Atividade
Descrição A Recepcionista solicita ao Paciente a forma de pagamento do exame. O processo "Pagamento de Exame" (para exame Particular) ou o processo "Autorização do Convênio" (para cobertura de Convênio) é iniciado.
7. Evento intermediário
Descrição Processo “Pagamento de Exame”
94
8. Evento intermediário
Descrição Processo “Autorização do Convênio”
Tabela 5 - Descrição do Cadastro de Exame (AS IS)
(Fonte: Própria)
4.2.1.2 Triagem
Segue na Figura 35 o desenho do processo.
Figura 35 - Triagem (AS IS)
(Fonte: Própria)
Segue na Tabela 6 a descrição do processo.
0. Evento inicial
Descrição Este processo descreve a triagem de exames a serem realizados na
clínica médica, desde o pagamento do exame realizado pelo
Paciente ou autorizado por seu convênio até a Ficha de Entrada
direcionada para a sala do Técnico, com a finalidade de preparar o
Paciente para a realização do exame pago.
95
1. Verificar tipo de Exame a ser realizado
Tipo de Atividade Atividade Manual
Descrição Ao efetivar o pagamento dos exames, a Recepcionista verifica o tipo
do exame na Ficha de Entrada.
2. Levar a Ficha de Entrada do Paciente à mesa do Técnico
Tipo de Atividade Atividade Manual
Descrição A Recepcionista leva a Ficha de Entrada do Paciente até a sala do
Técnico que realizará o exame, colocando-a sob as demais.
3. Encaminhar Paciente à Sala de Espera
Tipo de Atividade Atividade
Descrição A Recepcionista encaminha o Paciente até a Sala de Espera onde
ele aguardará o chamado do Técnico para realizar o exame.
4. Evento final
Descrição Exame Laboratorial
5. Entregar roupa adequada ao Paciente
Tipo de Atividade Atividade
Descrição A Recepcionista entrega à roupa adequada para a realização do
exame de imagem ao Paciente e o direciona para o local de troca
de roupa.
6. Vestir roupa adequada
Tipo de Atividade Atividade
Descrição O Paciente vestirá a roupa adequado para a realização do exame.
7. Solicitar ao Paciente que aguarde o chamado do Técnico
Tipo de Atividade Atividade
Descrição A Recepcionista solicita ao Paciente que aguarde o chamado do
Técnico para a realização do exame. O processo "Execução do
Exame" é iniciado.
8. Evento intermediário
Descrição Processo “Execução do Exame”
Tabela 6 - Descrição da Triagem (AS IS)
(Fonte: Própria)
96
4.2.1.3 Execução do Exame
Segue na Figura 36 o desenho do processo.
Figura 36 - Execução do Exame (AS IS)
(Fonte: Própria)
97
Segue na Tabela 7 a descrição do processo.
0. Evento inicial
Objetivo do Processo
Este processo descreve a execução do exame de imagem, desde a chamada do próximo Paciente a realizar exame pelo Técnico até o término da realização do exame, com a finalidade de realizar o exame pago pelo Paciente.
1. Selecionar Ficha de Entrada
Tipo de Atividade Atividade Manual
Descrição O Técnico que realizará o exame seleciona em sua pilha de Fichas a próxima Ficha de Entrada (sempre a primeira da pilha é selecionada, respeitando a ordem de chegada).
2. Chamar próximo Paciente na Sala de Espera
Tipo de Atividade Atividade
Descrição O Técnico que realizará o exame chamará pelo nome o próximo Paciente que aguarda pela realização do exame na Sala de Espera.
3. Comparecer na Sala de Execução de Exame
Tipo de Atividade Atividade
Descrição O Paciente comparece à sala onde o exame será executado.
4. Iniciar realização do Exame
Tipo de Atividade Atividade de Usuário
Descrição O Técnico inicia o procedimento necessário para realização do exame de imagem, manipulando o equipamento necessário.
5. Capturar imagens durante o Exame
Tipo de Atividade Atividade de Usuário
Descrição Sob comando o Técnico, o Equipamento de Imagem utilizado captura as imagens durante o exame.
6. Armazenar imagens
Tipo de Atividade Atividade Sistêmica
Descrição Ao capturar as imagens, o Equipamento de Imagem em questão armazena as mesmas em diretório específico configurado no Equipamento de Imagem.
7. Imprimir imagens
Tipo de Atividade Atividade de Usuário
Descrição O Técnico realizante seleciona no Equipamento de Imagem as imagens necessárias de análise para prescrição de diagnóstico e as imprime.
8. Solicitar a troca de roupa ao Paciente
Tipo de Atividade Atividade
Descrição O Técnico solicita a troca de roupa do Paciente em local específico, pois o procedimento foi finalizado.
98
9. Informar término do exame
Tipo de Atividade Atividade
Descrição O Técnico informa o término do exame ao Paciente.
10. Enviar imagens para análise de Especialista
Tipo de Atividade Atividade Manual
Descrição Ao final do dia, o Auxiliar do Técnico envia (via motoboy) todas as imagens impressas dos Pacientes atendidos no dia para Especialista prescrever o diagnóstico. O processo "Confecção do Laudo" é iniciado.
11. Evento intermediário
Descrição Processo “Confecção do Laudo”
Tabela 7- Descrição da Execução do Exame (AS IS)
(Fonte: Própria)
4.2.1.4 Confecção do Laudo
Segue na Figura 37 o desenho do processo.
Figura 37 - Confecção do Laudo (AS IS)
(Fonte: Própria)
99
Segue na Tabela 8 a descrição do processo.
0. Evento inicial
Descrição Este processo descreve a confecção do Laudo do Paciente
(diagnóstico da imagem do exame), desde o recebimento das
imagens capturadas pela Clínica do Médico Assinante até o envio
do Laudo final para a Clínica solicitante, com a finalidade de
prescrever diagnóstico ao Paciente frente às imagens do exame
realizado por ele.
1. Receber imagens da Clínica
Tipo de Atividade Atividade Manual
Descrição A Recepcionista do Especialista (Médico Assinante) recebe as
imagens a serem laudadas (via motoboy ou correio) conforme
demanda.
2. Entregar imagens ao Médico Assinante
Tipo de Atividade Atividade Manual
Descrição A Recepcionista entrega às imagens a serem laudadas ao Médico
Assinante.
3. Selecionar Exame para diagnóstico
Tipo de Atividade Atividade Manual
Descrição O Médico Assinante seleciona o exame para diagnóstico (dentre as
imagens entregues pela Recepcionista), para iniciar a análise e
diagnóstico das imagens.
4. Analisar imagens enviadas
Tipo de Atividade Atividade Manual
Descrição O Médico Assinante analisa as imagens enviadas, a fim de
prescrever o diagnóstico.
5. Confeccionar Laudo em Microsoft Word
Tipo de Atividade Atividade de Usuário
Descrição Após análise das imagens, o Médico assinante confeccionará o
Laudo.
6. Imprimir Laudo
Tipo de Atividade Atividade de Usuário
Descrição O Médico Assinante imprime Laudo confeccionado.
7. Assinar e carimbar Laudo Impresso
Tipo de Atividade Atividade Manual
Descrição Após imprimir o Laudo, o Médico Assinante assina e carimba o
mesmo, atestando validade.
100
8. Entregar Laudo para segundo Médico Assinante
Tipo de Atividade Atividade Manual
Descrição O Médico Assinante entrega o Laudo para conferência de segundo
Médico Assinante.
9. Selecionar Laudo para conferência
Tipo de Atividade Atividade Manual
Descrição O segundo Médico Assinante seleciona o Laudo para Conferência
(dentre todos os entregues por outros Médicos), para iniciar a
conferência e análise junto às imagens.
10. Analisar Laudo e imagens enviadas
Tipo de Atividade Atividade Manual
Descrição O segundo Médico Assinante analisa o Laudo junto às imagens
enviadas.
11. Devolver Laudo para primeiro Médico Assinante
Tipo de Atividade Atividade Manual
Descrição Caso na opinião do segundo Médico Assinante o Laudo necessite
de alteração, o mesmo sinaliza no Laudo impresso qual seria a
alteração e devolve o mesmo para o primeiro Médico Assinante.
12. Assinar e carimbar Laudo Impresso
Tipo de Atividade Atividade Manual
Descrição Caso na opinião do segundo Médico Assinante não exista
necessidade de alterar o Laudo, o mesmo assina e carimba o
Laudo.
13. Solicitar envio do Laudo para Clínica solicitante
Tipo de Atividade Atividade Manual
Descrição Após confecção do Laudo terminada, o segundo Médico Assinante
solicita à Recepcionista que envie o Laudo para a Clínica solicitante.
14. Enviar Laudo para Clínica
Tipo de Atividade Atividade Manual
Descrição A Recepcionista envia (via motoboy, correio, etc.) o Laudo para a
Clínica solicitante. O processo "Entrega do Resultado" é iniciado.
15. Evento intermediário
Descrição Processo “Entrega do Resultado”
Tabela 8 - Descrição da Confecção do Laudo (AS IS)
(Fonte: Própria)
101
4.2.1.5 Entrega do Resultado
Segue na Figura 38 o desenho do processo.
Figura 38 - Entrega do Resultado (AS IS)
(Fonte: Própria)
Segue na Tabela 9 a descrição do processo.
0. Evento inicial
Objetivo do Processo
Este processo descreve a entrega do Resultado do exame ao Paciente, desde o recebimento do Laudo do Especialista até a entrega do envelope ao Paciente (com Laudo e, se necessário CD).
1. Receber Laudo do Especialista
Tipo de Atividade Atividade Manual
Descrição A Recepcionista recebe (via motoboy, correio, etc.) o Laudo impresso e assinado por dois Médicos.
2. Enviar Laudo para envelopamento
Tipo de Atividade Atividade Manual
Descrição Após receber o Laudo, a Recepcionista envia o mesmo para o Auxiliar do Técnico Realizante envelopar.
102
3. Verificar necessidade de gerar mídia
Tipo de Atividade Atividade de Usuário
Descrição O Auxiliar do Técnico Realizante verifica se o exame do Laudo recebido necessita ser entregue em CD.
4. Gravar imagens do exame e Laudo em CD
Tipo de Atividade Atividade de Usuário
Descrição Caso seja necessário gerar mídia, o Auxiliar do Técnico Realizante grava em CD as imagens do exame realizado.
5. Envelopar CD
Tipo de Atividade Atividade Manual
Descrição Após gravar o CD, o Auxiliar do Técnico Realizante envelopa o CD com etiqueta com identificação do Paciente.
6. Envelopar Laudo
Tipo de Atividade Atividade Manual
Descrição O Auxiliar do Técnico Realizante envelopa o Laudo com etiqueta com identificação do Paciente.
7. Armazenar Laudo para aguardar retirada
Tipo de Atividade Atividade Manual
Descrição O Auxiliar do Técnico Realizante armazena Laudo (junto com CD se houver), em local específico na Recepção da Clínica, para aguardar retirada pelo Paciente.
8. Solicitar Laudo
Tipo de Atividade Atividade
Descrição Na data de entrega do exame informada ao Paciente, o mesmo dirige-se à Clínica onde realizou o exame e solicita seu Laudo à Recepcionista.
9. Solicitar identificação do Paciente
Tipo de Atividade Atividade
Descrição A Recepcionista solicita documento de identificação ao Paciente.
10. Apresentar documento de identificação
Tipo de Atividade Atividade
Descrição O Paciente apresenta documento de identificação à Recepcionista.
11. Buscar Envelope do Paciente
Tipo de Atividade Atividade Manual
Descrição A Recepcionista busca envelope do Paciente (com Laudo e se houver, CD), em local específico na Recepção de Pacientes, conforme documento de identificação.
12. Entregar Envelope ao Paciente
Tipo de Atividade Atividade
Descrição A Recepcionista localiza o envelope do Paciente e o entrega. O processo é finalizado.
103
13. Evento Final
Descrição Fim do Processo
Tabela 9 - Descrição da Entrega do Resultado (AS IS)
(Fonte: Própria)
4.2.2 Infraestrutura
A topologia mostrada na Figura 39 ilustra a infraestrutura do método
convencional (sem implantação do PACS). Neste fluxo é apresentada a infraestrutura
necessária para que o exame possa ser realizado no ambiente da clinica alvo de nosso
estudo.
Figura 39 - Topologia de Infraestrutura (AS IS)
(Fonte: Própria)
104
Após o paciente realizar o exame na tomografia, por exemplo, o exame é
enviado à impressora da clínica e muitas vezes impresso em filmes.
Conforme descrito no processo de “4.2.1.3. Execução do Exame” e “4.2.1.4
Confecção do Laudo”, as imagens impressas são enviadas manualmente (geralmente
via motoboy) ao Centro de Diagnóstico. Os médicos analisam essas imagens e digitam
em seu desktop o laudo daquele exame, depois imprimem o mesmo e enviam, da
mesma forma, de volta a clínica para ser entregue posteriormente ao paciente.
A topologia é simplificada, não exige muita infraestrutura nem ao menos muito
investimento em tecnologia, apenas um desktop, duas impressoras e os próprios
equipamentos de realização de exames.
4.3 TO BE DA IMPLANTAÇÃO
O TO BE (processo da clinica estudada depois da implantação do PACS) foi
baseado em levantamento técnico com especialistas da área de TI (Tecnologia da
Informação) para Centros de Diagnostico por Imagem.
Além do fluxo das atividades elaborado com o proposito de estabelecer uma
visão clara das atividades desempenhadas na clinica e demais entidades envolvidas, as
atividades foram detalhas, conforme tabelas a seguir.
4.3.1 Processos
4.3.1.1 Cadastro de Exames
Segue na Figura 40 o desenho do processo.
105
Figura 40 - Cadastro de Exames (TO BE)
(Fonte: Própria)
106
Segue na Tabela 10 a descrição do processo.
0. Evento inicial
Objetivo do
Processo
Este processo descreve o Cadastro de Exame a ser realizado na
clínica médica, desde a chegada do Paciente com exame agendado
até o cadastro do exame no sistema Complab, com a finalidade de
coletar os dados necessários sobre o Paciente para que o
pagamento do mesmo seja possível.
1. Solicitar documentos para o Paciente
Tipo de Atividade Tarefa
Descrição Ao recepcionar o Paciente recém chegado na clínica, a
Recepcionista solicitará os documentos necessários para dar
entrada no exame. São eles: Documento de identificação do
Paciente (RG ou CPF), Guia de Encaminhamento Médico e
Carteirinha do Convênio (caso seja essa forma de pagamento).
2. Apresentar documentos
Tipo de Atividade Tarefa
Descrição O Paciente apresentará os documentos solicitados à Recepcionista.
3. Inserir dados do Paciente no sistema Complab
Tipo de Atividade Tarefa de Usuário
Descrição Com os documentos em mãos, a Recepcionista insere os dados do
Paciente no sistema Complab, a fim de localizar seu registro.
4. Buscar registro do Paciente
Tipo de Atividade Tarefa Sistêmica
Descrição O sistema Complab busca registro do Paciente de acordo com
dados informados.
5. Cadastrar Paciente no sistema Complab
Tipo de Atividade Tarefa de Usuário
Descrição Caso o Paciente não seja encontrado, a Recepcionista cadastra o
Paciente no sistema Complab
6. Verificar tipo de exame a ser realizado
Tipo de Atividade Tarefa Manual
Descrição A Recepcionista verifica na Guia de Encaminhamento Médico o tipo
de exame a ser realizado pelo Paciente.
7. Buscar agendamento de exame do Paciente
Tipo de Atividade Tarefa Sistêmica
Descrição Caso o exame seja de Imagem, o sistema Complab busca
automaticamente agendamento para o Paciente.
107
8. Informar ao Paciente necessidade de agendamento de exame de imagem
Tipo de Atividade Tarefa
Descrição Caso não seja encontrado agendamento para o Paciente no sistema
Complab, a Recepcionista informa ao Paciente a necessidade de
agendar o exame previamente. O processo "Agendamento" é
iniciado.
9. Evento intermediário
Descrição Processo “Agendamento”
10. Confirmar cadastro do exame no sistema Complab
Tipo de Atividade Tarefa de Usuário
Descrição Caso o agendamento seja encontrado, a Recepcionista confirma o
cadastro do exame no sistema Complab.
11. Cadastrar exame no sistema Complab
Tipo de Atividade Tarefa de Usuário
Descrição Caso o exame seja Laboratorial, a Recepcionista cadastra o exame
no sistema Complab.
12. Gerar Ficha de Entrada
Tipo de Atividade Tarefa Sistêmica
Descrição A Ficha de Entrada do Paciente é gerada automaticamente no
sistema Complab.
13. Solicitar forma de pagamento
Tipo de Atividade Tarefa
Descrição A Recepcionista solicita ao Paciente a forma de pagamento do
exame. O processo "Pagamento de Exame" (para exame Particular)
ou o processo "Autorização do Convênio" (para cobertura de
Convênio) é iniciado.
14. Evento intermediário
Descrição Processo “Pagamento de Exame”
15. Evento intermediário
Descrição Processo “Autorização do Convênio”
Tabela 10 - Descrição do Cadastro de Exames (TO BE)
(Fonte: Própria)
4.3.1.2 Triagem
Segue a Figura 41 o desenho do processo.
108
Figura 41 - Triagem (TO BE)
(Fonte: Própria)
109
Segue na Tabela 11 a descrição do processo.
0. Evento inicial
Objetivo do
Processo
Este processo descreve a triagem de exames a serem realizados na
clínica médica, desde o pagamento do exame realizado pelo
Paciente ou autorizado por seu convênio até o exame a ser
realizado direcionado para a fila de trabalho do Técnico, com a
finalidade de preparar o Paciente para a realização do exame pago.
1. Verificar tipo de Exame cadastrado
Tipo de Atividade Atividade Sistêmica
Descrição Ao efetivar o pagamento dos exames, o sistema Complab verifica
automaticamente o tipo do exame cadastrado.
2. Imprimir Ficha de Entrada de Exames de Análises Clínicas
Tipo de Atividade Atividade Sistêmica
Descrição Caso o exame cadastrado seja do tipo "Análises Clínicas", o sistema
Complab imprimirá automaticamente a Ficha de Entrada dos
exames a serem realizados pelo Paciente em questão do tipo
"Análises Clínicas".
3. Entregar Ficha de Entrada de Exames de Análises Clínicas para o Paciente
Tipo de Atividade Atividade
Descrição A Recepcionista entrega a Ficha de Entrada dos exames de
"Análises Clínicas" ao Paciente.
4. Encaminhar Paciente para Sala de Espera de Análises Clínicas
Tipo de Atividade Atividade
Descrição A Recepcionista encaminha o Paciente para a Sala de Espera de
"Análises Clínicas". Fim do processo.
5. Evento final
Descrição Fim do processo.
6. Imprimir Ficha de Entrada de Exames de Imagem
Tipo de Atividade Atividade Sistêmica
Descrição Caso o exame cadastrado seja do tipo "Imagem", o sistema
Complab imprimirá automaticamente a Ficha de Entrada dos
exames a serem realizados pelo Paciente em questão do tipo
"Imagem".
7. Entregar Ficha de Entrada de Exames de Imagem para o Paciente
Tipo de Atividade Atividade
Descrição A Recepcionista entrega a Ficha de Entrada dos exames de
"Imagem" ao Paciente.
110
8. Encaminhar Paciente para Recepção de Imagem
Tipo de Atividade Atividade
Descrição A Recepcionista encaminha o Paciente para a Recepção de
"Imagem".
9. Entregar Ficha de Entrada de Exames de Imagem para a Recepcionista
Tipo de Atividade Atividade
Descrição O Paciente entrega a Ficha de Exames de Imagem para a
Recepcionista da área de Imagem, para dar andamento no
processo.
10. Pesquisar registro do Paciente no sistema XClinic
Tipo de Atividade Atividade de Usuário
Descrição A Recepcionista de Exame de Imagem pesquisa no sistema XClinic
o registro do Paciente, por nome completo ou documento de
identificação, a fim de atualizar este sistema com os exames de
imagem a serem realizados pelo Paciente.
11. Cadastrar Paciente no sistema XClinic
Tipo de Atividade Atividade de Usuário
Descrição Caso o Paciente não seja encontrado no sistema XClinic, a
Recepcionista de Exame de Imagem cadastrará o Paciente neste
sistema, para que os exames a serem realizados pelo Paciente
possam ser atrelados ao seu registro neste sistema.
12. Cadastrar requisição com exame(s) para o Paciente no XClinic
Tipo de Atividade Atividade de Usuário
Descrição Caso o Paciente seja encontrado ou seja cadastrado no sistema
XClinic, a Recepcionista de Exame de Imagem cadastrará uma
requisição para este registro de Paciente, no sistema XClinic, com
os exames relacionados na Ficha de Entrada.
Obs: É necessário realizar o cadastro do exame de imagem também
no sistema XClinic devido a particularidades específicas na
contabilização (faturamento) de exames de imagem, além da
necessidade de leitura desses exames no PACS, que até o
momento para a clínica em questão possui interface somente com o
sistema XClinic.
13. Buscar nova requisição de exame(s)
Tipo de Atividade Atividade Sistêmica
Descrição O Worklist do PACS realiza busca automaticamente de novas
requisições de exames de imagem cadastradas no sistema XClinic,
em um intervalo de tempo pré-definido.
111
14. Direcionar exame a ser realizado para fila do Técnico
Tipo de Atividade Atividade Sistêmica
Descrição O Worklist do PACS direciona automaticamente o exame
encontrado para a fila do Técnico que realizará o exame.
Obs: Através de pré-configuração de número de salas, Técnicos e
suas especialidades, o PACS possui uma lógica para direcionar o
exame para a melhor sala (menor intervalo de tempo de espera
para o Paciente).
15. Entregar roupa adequada ao Paciente
Tipo de Atividade Atividade
Descrição A Recepcionista de Exame de Imagem entrega a roupa adequada
para a realização do exame de imagem ao Paciente e o direciona
para o local de troca de roupa.
16. Vestir roupa adequada
Tipo de Atividade Atividade
Descrição O Paciente vestirá a roupa adequada para a realização do exame.
17. Solicitar ao Paciente que aguarde o chamado do Técnico
Tipo de Atividade Atividade
Descrição A Recepcionista de Exame de Imagem solicita ao Paciente que
aguarde o chamado do Técnico para a realização do exame. O
processo "Execução do Exame" é iniciado.
18. Evento intermediário
Descrição Processo “Execução do Exame”
Tabela 11 - Descrição da Triagem (TO BE)
(Fonte: Própria)
4.3.1.3 Execução do Exame
Segue na Figura 42 o desenho do processo.
112
Figura 42 - Execução do Exame (TO BE)
(Fonte: Própria)
Segue na Tabela 12 a descrição do processo.
0. Evento inicial
Objetivo do Processo
Este processo descreve a execução do exame de imagem, desde a chamada do próximo Paciente a realizar exame pelo Worklist até o término da realização do exame, com a finalidade de realizar o exame pago pelo Paciente.
113
1. Exibir próximo Paciente a realizar exame de imagem
Tipo de Atividade Atividade Sistêmica
Descrição O Worklist do PACS (fila de execução de exames) exibirá ao Técnico o próximo Paciente a realizar o exame de imagem no monitor do PACS. Obs: Caso seja de interesse do Técnico, o mesmo poderá visualizar os dados cadastrais do Paciente, de acordo com funcionalidade disponível no Worklist que está integrado com o sistema RIS da clínica.
2. Chamar próximo Paciente na Sala de Espera
Tipo de Atividade Atividade
Descrição O Técnico que realizará o exame chamará pelo nome o próximo Paciente que aguarda pela realização do exame na Sala de Espera.
3. Comparecer na Sala de Execução de Exame
Tipo de Atividade Atividade
Descrição O Paciente comparece à sala onde o exame será executado.
4. Selecionar Paciente no Worklist
Tipo de Atividade Atividade de Usuário
Descrição O Técnico seleciona o Paciente no Worklist do PACS, a fim de sinalizar que irá iniciar o exame para aquele Paciente.
5. Iniciar realização do Exame
Tipo de Atividade Atividade de Usuário
Descrição O Técnico inicia o procedimento necessário para realização do exame de imagem, manipulando o equipamento necessário.
6. Capturar imagens durante o Exame
Tipo de Atividade Atividade de Usuário
Descrição Sob o comando do Técnico, o Equipamento de Imagem utilizado captura as imagens durante o exame.
7. Enviar imagens capturadas ao PACS
Tipo de Atividade Atividade Sistêmica
Descrição Ao capturar as imagens, o Equipamento de Imagem em questão as enviará automaticamente, via protocolo DICOM, para o PACS da clínica onde o exame está sendo realizado. Obs: As imagens são enviadas junto com identificações básicas sobre o exame e o Paciente dono da imagem, para que seja possível relaciona-los em sistema.
8. Armazenar imagens no Prontuário do Paciente
Tipo de Atividade Atividade Sistêmica
Descrição O PACS da clínica onde o exame foi realizado armazena automaticamente as imagens enviadas no Prontuário do Paciente.
9. Enviar imagens ao Centro de Teleradiologia
Tipo de Atividade Atividade Sistêmica
Descrição Após armazenamento das imagens, o PACS da clínica onde o exame foi realizado enviará as imagens capturadas para um Centro de Teleradiologia, onde o diagnóstico será prescrito por um especialista.
114
10. Finalizar exame no Worklist
Tipo de Atividade Atividade de Usuário
Descrição Ao término do exame, o Técnico sinalizará no Worklist que o exame foi realizado, para que o mesmo seja retirado de sua fila de trabalho.
11. Exibir data de entrega do Exame
Tipo de Atividade Atividade Sistêmica
Descrição Após finalização do exame, o Worklist do PACS exibe automaticamente a data de entrega do Exame, conforme configuração prévia.
12. Retirar Exame do Worklist
Tipo de Atividade Atividade Sistêmica
Descrição O exame finalizado é retirado automaticamente da fila de trabalho do Técnico.
13. Informar data de entrega do Exame ao Paciente
Tipo de Atividade Atividade
Descrição O Técnico informa a data de entrega do Exame ao Paciente, conforme indicação do PACS.
14. Solicitar a troca de roupa ao Paciente
Tipo de Atividade Atividade
Descrição O Técnico solicita a troca de roupa do Paciente em local específico, pois o procedimento foi finalizado.
15. Informar término do exame
Tipo de Atividade Atividade
Descrição O Técnico informa o término do exame ao Paciente. O processo "Confecção do Laudo" é iniciado.
16. Evento intermediário
Descrição Processo “Confecção do Laudo”
Tabela 12 - Descrição da Execução do Exame (TO BE)
(Fonte: Própria)
4.3.1.4 Confecção do Laudo
Segue na Figura 43 o desenho do processo.
115
Figura 43 - Confecção do Laudo (TO BE)
(Fonte: Própria)
Segue na Tabela 13 a descrição do processo.
0. Evento inicial
Objetivo do Processo
Este processo descreve a confecção do Laudo do Paciente (diagnóstico da imagem do exame), desde a recepção das imagens capturadas pelo Centro de Teleradiologia até o envio do Laudo final para a Clínica solicitante, com a finalidade de prescrever diagnóstico ao Paciente frente às imagens do exame realizado por ele.
1. Receber imagens da Clínica
Tipo de Atividade Atividade Sistêmica
Descrição O PACS do Centro de Teleradiologia receberá automaticamente as imagens da clínica onde o exame foi realizado. Obs: este recebimento pode ocorrer nas diversas formas de transmissão de arquivos que conhecemos atualmente, rádio frequência, FTP, entre outros.
116
2. Exibir próximo Exame para diagnóstico
Tipo de Atividade Atividade Sistêmica
Descrição Ao receber as imagens, o Worklist do PACS do Centro de Teleradiologia exibirá automaticamente ao especialista (Médico Assinante) o próximo exame a ser diagnosticado.
3. Selecionar Exame para diagnóstico
Tipo de Atividade Atividade de Usuário
Descrição O Médico Assinante seleciona o exame para diagnóstico no Worklist do PACS, para iniciar a análise e diagnóstico das imagens.
4. Sugerir modelo de Laudo padrão para o Exame
Tipo de Atividade Atividade Sistêmica
Descrição Ao selecionar o exame, o PACS do Centro de Teleradiologia sugere automaticamente modelo de Laudo padrão pra o Exame em questão, a fim de facilitar a prescrição do Laudo de maneira que o Médico Assinante digite a menor quantidade de caracteres possível, diminuindo o tempo de diagnóstico.
5. Manipular imagens capturadas para diagnóstico
Tipo de Atividade Atividade de Usuário
Descrição O Médico Assinante manipula as imagens capturadas, conforme recursos disponíveis no PACS, a fim de obter um diagnóstico mais preciso.
6. Selecionar modelo de Laudo padrão
Tipo de Atividade Atividade de Usuário
Descrição O Médico Assinante seleciona o modelo de Laudo padrão, conforme sugestão do PACS, a fim de prescrever o Laudo.
7. Preencher as variáveis do Exame
Tipo de Atividade Atividade de Usuário
Descrição O Médico Assinante preencherá as variáveis disponíveis no Laudo padrão conforme análise das imagens capturadas.
8. Confirmar operação
Tipo de Atividade Atividade de Usuário
Descrição O Médico Assinante confirma a operação, para que o exame possa ir para análise do próximo Médico.
9. Retirar Exame da Fila do Médico Assinante
Tipo de Atividade Atividade Sistêmica
Descrição Ao confirmar os dados imputados no Laudo, o exame é retirado automaticamente do Worklist do PACS do Médico Assinante, pois ele concluiu sua tarefa.
10. Enviar Laudo para segundo Médico Assinante
Tipo de Atividade Atividade Sistêmica
Descrição Após análise do primeiro Médico Assinante, o Worklist do PACS envia automaticamente o Laudo para análise do segundo Médico Assinante (se assim configurado no Worklist).
117
11. Selecionar Exame para conferência
Tipo de Atividade Atividade de Usuário
Descrição O segundo Médico Assinante seleciona o exame para diagnóstico no Worklist do PACS, para iniciar a análise e diagnóstico das imagens.
12. Analisar Laudo e imagens
Tipo de Atividade Atividade de Usuário
Descrição O segundo Médico Assinante realiza análise do Laudo prescrito do primeiro Médico com as imagens fornecidas.
13. Solicitar alteração no Laudo
Tipo de Atividade Atividade de Usuário
Descrição Caso na opinião do segundo Médico haja alguma alteração a ser feita no Laudo, o mesmo solicita, através do Worklist do PACS, o retorno do exame para o primeiro Médico, com suas observações.
14. Emitir o Laudo
Tipo de Atividade Atividade de Usuário
Descrição Caso após análise do Laudo não haja necessidade de alteração do mesmo, o segundo Médico Assinante concluirá o Laudo, autorizando sua emissão no PACS. Obs: Ao emitir o Laudo, as assinaturas pré-configuradas do primeiro e segundo Médico Assinante são fixadas automaticamente no Laudo.
15. Retirar Exame da Fila do segundo Médico Assinante
Tipo de Atividade Atividade Sistêmica
Descrição Ao autorizar a emissão do Laudo, o exame é retirado automaticamente do Worklist do PACS do segundo Médico Assinante, pois ele concluiu sua tarefa.
16. Enviar Laudo para Clínica
Tipo de Atividade Atividade Sistêmica
Descrição O PACS do Centro de Teleradiologia envia automaticamente o Laudo emitido pelo Médico Assinante para a clínica solicitante, para que o mesmo seja entregue ao Paciente. O processo "Entrega do Resultado" é iniciado.
17. Evento intermediário
Descrição Processo “Entrega do Resultado”
Tabela 13 - Descrição da Confecção do Laudo (TO BE)
(Fonte: Própria)
118
4.3.1.5 Entrega do Resultado
Segue na Figura 44 o desenho do processo.
Figura 44 - Entrega do Resultado (TO BE)
(Fonte: Própria)
Segue na Tabela 14 a descrição do processo.
0. Evento inicial
Objetivo do
Processo
Este processo descreve a entrega do Resultado do exame ao
Paciente, desde o recebimento do Laudo do Centro de
Teleradiologia até a entrega do envelope ao Paciente (com Laudo e,
se necessário CD).
119
1. Receber Laudo do Centro de Teleradiologia
Tipo de Atividade Atividade Sistêmica
Descrição O PACS do Centro de Teleradiologia receberá automaticamente as
imagens da clínica onde o exame foi realizado.
Obs: este recebimento pode ocorrer nas diversas formas de
transmissão de arquivos que conhecemos atualmente, rádio
frequência, FTP, entre outros.
2. Exibir próximo Laudo para entrega
Tipo de Atividade Atividade Sistêmica
Descrição Após receber o Laudo, o Worklist do PACS da clínica solicitante
exibirá ao Auxiliar do Técnico Realizante o próximo Laudo para
entrega.
3. Verificar necessidade de gerar mídia
Tipo de Atividade Atividade de Usuário
Descrição O Auxiliar do Técnico Realizante verifica no PACS se o exame em
questão necessita ser entregue em CD.
4. Gravar imagens do exame e Laudo em CD
Tipo de Atividade Atividade de Usuário
Descrição Caso seja necessário gerar mídia, o Auxiliar do Técnico Realizante
grava em CD as imagens do exame realizado bem como o Laudo
prescrito.
5. Envelopar CD
Tipo de Atividade Atividade Manual
Descrição Após gravar o CD, o Auxiliar do Técnico Realizante envelopa o CD
com etiqueta com identificação do Paciente.
6. Imprimir Laudo
Tipo de Atividade Atividade de Usuário
Descrição Caso não seja necessário gerar mídia ou o CD já tenha sido
envelopado, o Auxiliar do Técnico Realizante imprime o Laudo do
Paciente.
7. Envelopar Laudo
Tipo de Atividade Atividade Manual
Descrição Após impressão do Laudo, o Auxiliar do Técnico Realizante
envelopa o Laudo com etiqueta com identificação do Paciente.
8. Armazenar Laudo para aguardar retirada
Tipo de Atividade Atividade Manual
Descrição O Auxiliar do Técnico Realizante armazena Laudo (junto com CD se
houver), em local específico na Recepção da Clínica, para aguardar
retirada pelo Paciente.
120
9. Solicitar Laudo
Tipo de Atividade Atividade
Descrição Na data de entrega do exame informada ao Paciente, o mesmo
dirige-se à Clínica onde realizou o exame e solicita seu Laudo à
Recepcionista.
10. Solicitar identificação do Paciente
Tipo de Atividade Atividade
Descrição A Recepcionista solicita documento de identificação ao Paciente.
11. Apresentar documento de identificação
Tipo de Atividade Atividade
Descrição O Paciente apresenta documento de identificação à Recepcionista.
12. Buscar Envelope do Paciente
Tipo de Atividade Atividade Manual
Descrição A Recepcionista busca envelope do Paciente (com Laudo e se
houver, CD), em local específico na Recepção de Pacientes,
conforme documento de identificação.
13. Entregar Envelope ao Paciente
Tipo de Atividade Atividade
Descrição A Recepcionista localiza o envelope do Paciente e o entrega. O
processo é finalizado.
14. Evento final
Descrição Fim do processo.
Tabela 14 - Descrição da Entrega do Resultado (TO BE)
(Fonte: Própria)
4.3.2 Infraestrutura
A topologia mostrada na Figura 45 ilustra o fluxo do processo de
confecção de exames quando um sistema PACS é utilizado. Neste fluxo são
mostrados os componentes de hardware necessários para que o exame possa
ser realizado no ambiente da clinica alvo de nosso estudo.
121
Figura 45 - Topologia de Infraestrutura (TO BE)
(Fonte: Própria)
No RIS (Sistema de Cadastro de Pacientes) são armazenadas as
informações do paciente e também os exames que o mesmo irá realizar na
clínica. Estas informações são enviadas ao PACS e serão posteriormente
enviadas para os equipamentos responsáveis pela realização dos exames.
As antenas de comunicação do Centro de Diagnósticos e da Clínica tem
o objetivo de fornecer uma conexão de dados entre as unidades físicas da
instituição analisada. Com esta conexão, é possível transferir os dados e as
imagens digitais capturadas dos pacientes entre os sistemas integrantes do
122
ambiente PACS. A velocidade deste tipo de conexão permite uma transmissão
de dados de alta velocidade, criando a percepção de que os sistemas estejam
em utilização no mesmo ambiente local, quando na verdade a clínica está
situada em uma cidade e o centro de diagnóstico está situado em outra.
O Servidor de Armazenamento do PACS é responsável receber do RIS
as informações dos pacientes e seus exames para ser transmitido aos
equipamentos de realização de exames. Após a captura de imagens realizadas
pelos equipamentos, este serviço tem a função de armazenar as imagens
capturadas, que posteriormente serão enviadas ao centro de diagnóstico para
que através de sua visualização e operação o diagnóstico seja realizado.
Os equipamentos de Ressonância Magnética e Tomografia realizam os
exames e capturam as imagens digitais dos pacientes. Estes equipamentos
recebem as informações sobre o paciente e quais exames deverão ser
realizados através do protocolo DICOM. Estes dados preparam os
equipamentos para realização dos exames dos pacientes que após a captura
das imagens enviam todas as informações, incluindo as imagens, para o
servidor de armazenamento e distribuição.
O Centro de diagnóstico é o local centralizador das operações para
confecção dos laudos. Neste local estão instaladas as estações de laudos que
são equipamentos planejados para fornecer ao médico especialista o ambiente
ideal para um laudo mais assertivo e alta produtividade, utilizando as imagens
e dados dos pacientes localizados no servidor de armazenamento.
No ambiente analisado, as imagens capturadas pelos equipamentos são
armazenadas no servidor, que posteriormente através da conexão via antenas
direcionam as imagens para o computador solicitante de acordo com o seu
fluxo de trabalho.
As estações de trabalho são equipamentos essenciais para o resultado
final do laudo, visto que estes são utilizados para visualização e operação das
imagens e laudos dos pacientes.
123
Para o ambiente analisado, foram considerados inicialmente 20 exames
mensais por um período de 2 anos com perspectivas de aumento para 100
exames mensais, dentro do mesmo período.
Para o funcionamento do PACS, foi especificado um Servidor de
armazenamento com as seguintes características:
1 Processador Intel Xeon Quadcore de no mínimo 2.0 ghz;
8 Gigabytes de memória RAM;
2 Discos de 300 gigabytes SAS para armazenamento imediato das
informações (alta velocidade);
1 Disco de 2 terabytes NL SAS para armazenamento secundário das
informações (Velocidade moderada);
1 Placa de rede para conexão dos equipamentos de captura de
imagens.
1 Placa de rede para conexão aos sistemas gerencias da instituição.
Para o visualização de imagens, foi especificado um Computador que
servirá como Estação de Trabalho com as seguintes características:
1 Processador Core I7 de no mínimo 2.4 ghz
8 Gigabytes de memória RAM;
1 Placa de vídeo de 512 megabytes de memória e 1ghz de
processamento
1 Disco de 1 terabyte de armazenamento.
124
5 RESULTADOS
Através do estudo realizado e com base no levantamento técnico
realizado com especialista do ramo de Tecnologia da Informação para Centro
de Diagnósticos, a matriz abaixo foi elaborada com o propósito de representar
graficamente os principais fatores de decisão para a adoção e implantação de
um sistema PACS.
É importante lembrar que os resultados dessa matriz, representado na
Tabela 15, podem sofrer alterações de acordo com a necessidade de cada
clínica, já que possuem características diferentes.
Foram utilizadas as medidas baixo, médio e alto na matriz abaixo,
representadas respectivamente pelos símbolos ▲, ▲▲ e ▲▲▲. Essa métrica
foi adotada por ser de fácil entendimento do especialista, já que por se tratar de
uma nova implantação, não foi possível contar com o fornecimento exato de
valores (parte financeira) e produtividade pela clínica analisada.
125
Fatores de decisão Método Convencional Método com o PACS
Utilização de Tecnologia ▲ ▲▲▲
Infraestrutura necessária ▲▲▲ ▲▲
Outsourcing (Teleradiologia) ▲ ▲▲▲
Disponibilidade de profissionais ▲▲ ▲▲▲
Qualidade do Laudo ▲▲ ▲▲▲
Produtividade para realização do exame ▲ ▲▲▲
Capacidade de atendimento ▲ ▲▲
Custo para realização do exame ▲▲▲ ▲▲
Custo com impressões ▲▲▲ ▲
Investimento ▲ ▲▲▲
Tabela 15 - Matriz de Tomada de Decisão
(Fonte: Própria)
Os fatores de decisão relacionados na matriz foram os mais citados
durante as entrevistas com o especialista e os mais influentes nos materiais
pesquisados sobre o assunto.
A utilização de tecnologia no método convencional é muito baixa, visto
que em clínicas conservadoras grande parte da tecnologia disponibilizada
pelos equipamentos de imagem (tomografia, ressonância magnética, entre
outros) é inutilizada, muitas vezes desabilitada. Com o PACS tudo o que é de
mais tecnológico no ramo radiológico está reunido em um único conceito.
A infraestrutura necessária para suportar a clínica no método com o
PACS, de uma maneira geral (pessoas, salas entre outros) diminui, já que
salas onde os médicos prescrevem o diagnóstico podem ser substituídas por
salas de execução de exames, tornando a instituição mais compacta e seu
espaço utilizado para realização de atividades que agregam mais valor.
Outro fator de decisão é o outsourcing da mão de obra na realização do
laudo (Teleradiologia) que é muito baixo no método tradicional, uma vez que
126
para que o laudo seja prescrito por médico especialista é necessária
movimentação dos exames físicos impressos (que pode ser realizada via
motoboy) até o Centro de Diagnóstico onde o exame passará por análise, o
que acaba tornando o processo muito oneroso e inviável, já com o PACS essa
movimentação acontece via rede em instantes, tornando a Teleradiologia uma
aliada importante.
Para manipular toda a tecnologia oferecida pelo PACS, nos cursos da
área médica atuais estão inclusos conhecimentos sobre essa tecnologia, o que
favorece a produção de profissionais aptos a trabalhar com o PACS, em contra
partida o método convencional vai se descontinuando lentamente.
A qualidade dos laudos prescritos por esses profissionais aumenta cada
vez mais, com os recursos oferecidos pelo PACS (movimentos giratórios, 3D,
brilho e contraste da imagem) é muito mais simples e eficaz o diagnóstico,
diminuindo a probabilidade de erros nos resultados. O método convencional
depende muito mais da experiência do médico que analisará o exame em
reconhecer os menores sinais perceptíveis ao olho humano, já que os recursos
utilizados são limitados e de difícil manipulação.
Esses exames acabam tendo seu tempo de execução minimizado com a
utilização do PACS, são na maioria das vezes realizados com o auxílio de um
Técnico de Radiologia, e não de um Médico, pois este especialista de alto valor
agregado estará junto a demais especialistas em um Centro de Diagnóstico, o
que gera um aumento na capacidade de atendimento da clínica que realiza o
exame. O fato de os exames não serem analisados na clínica contribui muito
para o aumento na capacidade de atendimento.
Contar com um Técnico na realização dos procedimentos de execução
do exame rateia seu custo, uma vez que um Médico recebe uma remuneração
mais alta se comparado a um Técnico em Radiologia. Se a clínica contar com
várias salas esse custo pode ser menor ainda, é possível “preparar” um
paciente (vesti-lo adequadamente para realizar o exame) em uma sala
enquanto na outra sala o exame está sendo realizado em outro paciente que
receberá seu resultado após análise de especialista em mídia digital (CD /
127
DVD), pela internet ou impresso, conforme necessidade, contribuindo para com
o Meio Ambiente além de diminuir ainda mais os custos com impressões.
Para beneficiar-se de todos esses fatores oferecidos pelo o que há de
mais sofisticado no quesito tecnologia para clínicas que realizam exames de
imagem, é preciso observar o investimento necessário neste projeto de
implantação, conforme a Figura 46:
128
1/2013 12/2014
2/2013 3/2013 4/2013 5/2013 6/2013 7/2013 8/2013 9/2013 10/2013 11/2013 12/2013 1/2014 2/2014 3/2014 4/2014 5/2014 6/2014 7/2014 8/2014 9/2014 10/2014 11/2014 12/2014
1/2013 - 1/2013
Investimento Inicial
2/2013 - 12/2013
Link de Dados
+
Manutenção do PACS
1/2014 - 12/2014
Link de Dados
+
Manutenção do PACS
1/2013
Investimento no 1° Mês
R$23.000,00
12/2013
Investimento no 1° Ano
R$73.600,00
12/2014
Investimento no 2° Ano
R$55.200,00
Linha do Tempo de
Investimento
Figura 46 - Investimento ao longo do tempo
(Fonte: Própria)
129
A Linha do Tempo acima ilustrou uma perspectiva de investimento para implantar
e manter um PACS funcionando durante dois anos. É importante ressaltar que esses
valores bem como os itens de forma geral que estão relacionados na figura abaixo
foram levantados com especialista de Tecnologia da Informação na área de
Diagnósticos por Imagem, planejados e utilizados especificamente na instituição
analisada.
A Tabela 16 explana uma perspectiva do investimento inicial no primeiro mês
durante a implantação do PACS e do investimento mensal referentes aos meses que se
seguem após a implantação.
Tabela de Investimento PACS
Investimento Inicial Valor Investimento Mensal Valor Aquisição de Hardware R$12.000,00 Manutenção de Link de
dados R$3.000,00
Aquisição de Link de dados R$3.000,00 Manutenção do PACS R$1.600,00 Implantação do PACS R$8.000,00 - -
Total Investimento Inicial R$23.000,00 Total Investimento Mensal R$4.600,00
Tabela 16 - Tabela de Investimento
(Fonte: Própria)
Conforme o tamanho, modalidades de exames realizados na clínica e demais
características específicas de cada estabelecimento, os valores bem como as
necessidades de estrutura podem ser alterados.
Como investimento inicial adota-se a aquisição do hardware necessário para
suportar o PACS e aquisição de link de dados, conforme descrito no item “4.3.2
Infraestrutura”. De acordo com empresa fornecedora do PACS, é negociado um valor
de implantação do mesmo, ou seja, instalação e configuração do PACS, além do
treinamento dos profissionais da clínica.
130
Já o investimento mensal contempla a manutenção do link de dados e do PACS,
o último conta com disponibilização de atualizações de software em frequência
acordada em contrato e suporte a dúvidas do usuário.
Em comparação com o método tradicional, é classificado como alto o
investimento necessário para a implantação do PACS, porém é necessário considerar
todos os outros aspectos apresentados na matriz de decisão para formar uma opinião
consistente sobre sua adoção.
131
6 DISCUSSÃO
O Sistema PACS proporcionará imagens digitalizadas a partir de equipamentos
de Raios-X, Ultrassonografias, Tomografias e qualquer equipamento de captura digital
de imagens médicas em formato DICOM, que poderão ser acessados em diversos
pontos do ambiente implantado, ainda sendo possível a visualização destes exames
pela internet, a qual possibilita a discussão dos casos online em tempo real, com
profissionais médicos em diferentes ambientes.
Podem-se identificar diversos benefícios voltados para o diagnóstico por imagem
digital, operando-as através de ferramentas como zoom, alteração de brilho e contraste,
medições digitais e até mesmo reconstruções tridimensionais de ossos e tecidos,
possibilitando maior precisão no diagnóstico.
Inseridos em sistemas informatizados, os laudos são mais assertivos, o sistema
garante a segurança e confiabilidade das informações, o armazenamento desses dados
por um longo período de tempo proporciona segurança para os exames que poderão
ser acessados a qualquer período sem perda da qualidade, proporcionando aos
profissionais analisar e comparar exames de arquivo com os exames atuais,
vislumbrando a evolução do quadro clínico do paciente.
O paciente tem o sentimento de maior segurança e qualidade em seu
tratamento, na mesma proporção que evitará repetições de exames, reduzindo a
exposição às fontes de radiação ionizantes desnecessariamente, que ocorrem com
frequência nos métodos tradicionais quando há a necessidade de apurar maiores
detalhes nos procedimentos realizados.
Como reflexo de novas tecnologias, o desempenho, produtividade e qualidade
dos resultados dos exames no sistema digital de imagens são muito superiores ao
sistema convencional, possibilitando a redução significativa de resíduos ou até mesmo
132
a eliminação da geração de efluente gerado pelo processo de revelação de filmes
utilizados no sistema convencional, extremamente agressivo ao meio ambiente e que
podem causar sérios danos à saúde.
Como avanço tecnológico atual hoje disponível no mercado, é necessário um
acompanhamento detalhado do ambiente PACS, sob pena de se manter estruturas
arcaicas e ultrapassadas, realidade esta de extrema inviabilidade para uma instituição,
que tem como objetivo a qualidade total no diagnóstico por imagem digital radiológica.
O PACS proporciona melhor aprendizagem, evita o desperdício de material e
tem como consequente resultado a qualidade, segurança, viabilidade, economia e
desempenho. Nesse sentido, espera-se que a instituição tenha sucesso na captação de
recursos para sua concretização.
O estudo realizado adotou uma clínica da região do Grande ABC que escolheu,
dentre os diversos PACS disponíveis no mercado como dos fabricantes GE, Kodak,
Philips, Agfa, entre outros, o PACS da DigitalMed, chamado Zoe.
Cada fabricante possui diferenciais competitivos para conquistar seu público,
visando atender a necessidades específicas. Para a clínica estudada, o PACS Zoe foi o
melhor em custo X benefício.
Segundo DIGITALMED 2012, pensando nas dificuldades atuais, o PACS Zoe foi
desenvolvido para proporcionar o melhor em sistema de PACS, com um viewer
poderoso, inteligente, intuitivo e fácil de utilizar.
Com recursos de visualização de imagem em 2D, pós-processamento 3D e
multi-janelamento, o PACS Zoe garante total precisão nos laudos dos exames. A
gravação de voz é integrada ao Viewer, agilizando o ditado do laudo, que pode ser feito
a qualquer momento.
Com poucos cliques, acesso rápido aos exames anteriores e informações dos
pacientes, facilitando a consulta e comparação de imagens e laudos. A função multi
133
monitor permite a visualização de todos os módulos de forma simples, dinâmica e
configurável, de acordo com necessidade ou preferência.
O visualizador de imagens do PACS Zoe é totalmente integrado à fila de
trabalho, facilitando e aumentando significativamente a produtividade da sua clínica,
conforme Figura 47 do visualizador:
Figura 47 - Viewer do PACS Zoe
(Fonte: DIGITALMED. 2012)
Uma outra e importantíssima funcionalidade do PACS Zoe é o workflow.
Conforme DIGITALMED 2012, com workflow do PACS Zoe o fluxo de trabalho do
médico é simplificado e direcionado, aplicando ao máximo o conceito de
navegabilidade, clicando menos e produzindo mais. O sistema RIS (Radiology
Information System, ou Sistema de Informação para Radiologia) pode ser integrado ao
workflow para sincronismo dos status dos laudos. Assim, no momento que o laudo fica
134
pronto, o PACS Zoe atualiza todas as integrações, evitando redigitarão em outros
sistemas.
É possível observar algumas das características do workflow do Zoe na Figura
48 a seguir:
Figura 48 - Workflow do PACS Zoe
(Fonte: DIGITALMED. 2012)
135
Segundo DIGITALMED 2012, o PACS Zoe ainda possui total integração com o
gravador SpeechMike, onde todos os arquivos de áudio são no formato MP3, que
possui boa qualidade e não ocupa muito espaço em disco.
O PACS Zoe também conta com um sistema próprio de digitação de laudos com
correção ortográfica, que envia informações atualizadas do status do laudo para
qualquer RIS, dispensando o uso de outros editores de texto, conforme ilustrado na
Figura 49 que mostra o módulo de edição e digitação de laudos integrado:
Figura 49 - Módulo de edição e digitação de laudos integrado do PACS Zoe
(Fonte: DIGITALMED. 2012)
136
Devido ao alto investimento necessário para implantação do PACS, não é
possível justificar sua utilização para todas as modalidades de exames devido à baixa
rentabilidade e alta rotatividade de realização de alguns exames como o raio-X.
Partindo deste princípio é necessário dar continuidade a este trabalho através de
um estudo de viabilidade que leve em consideração quais e quantas modalidades são
atendidas pela instituição em questão.
137
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALECRIM, E. Formato de imagens: JPEG, GIF, PNG e outros. 2012. Disponível em:
<http://www.infowester.com/imagens.php> Acesso em: 22 jul. 2012.
ANIMATI. Worklist. Disponível em: < http://animati.com.br/2012/01/worklist/> Acesso em
19 nov. 2012.
ANTONIO, H. Introdução à informática para radiologia. Disponível em:
<http://www.tecnologiaradiologica.com/materia_informaticaTC1.htm> Acesso em: 11
set. 2012.
ARIS. ARIS Express modelagem de negócio. Disponível em:
<http://www.ariscommunity.com/aris-express> Acesso em 20 ago. 2012.
ATHOS DIAGNOSTICO POR IMAGEM. História da Radiologia. Disponível em:
<http://www.grupossimagem.com.br/athos/historia_ressonancia_magnetica.asp>
Acesso em: 22 mar. 2012.
BAERMANN, G. Dicom Router / Integração de filiais, 2011. Disponível em: <
http://animati.com.br/2011/11/dicom-router-integracao-de-filiais/> Acesso em: 25 abr.
2012.
138
BAERMANN, G. Dicom Router – 10 dias úteis para implantação em 7 unidades, 2012.
Disponível em: < http://animati.com.br/2012/01/dicom-router-10-dias-uteis-para-
implantacao-em-7-unidades/> Acesso em: 25 abr. 2012.
BARRA, F. R; BARRA, R. R; SOBRINHO, A. B. Visualizadores de imagens medicas
gratuitos: É possível trabalhar com eles? 2010. Disponível em: <
http://www.scielo.br/pdf/rb/v43n5/v43n5a10.pdf >. Acesso em: 21 set. 2012.
BARROS, J. F. Banco de Dados. 2007. Disponível em:
<http://tinanet.wordpress.com/2007/09/26/banco-de-dados/ > Acesso em: 11 set. 2012.
BERTOZZO, N. JR.; FURUIE, S. S. Sistema de Armazenamento e Distribuição de
Imagens médicas do PACS InCor. São Paulo. Disponível em:
<http://telemedicina.unifesp.br/pub/SBIS/CBIS2002/dados/arquivos/274.pdf> Acesso
em: 15 jul. 2012.
BESTTECH. Best Dicom Print. São Paulo. Disponível em:
<http://www.besttech.com.br/pacs-best-dicom-print-c-67_83.php> Acesso em: 17Jul.
2012.
BEZERRA, D. Diferenças entre o HDD e SSD, 2010. Disponível em:
<http://www.iotecnologia.com.br/diferenca-hdd-ssd> Acesso em: 15 jul. 2012.
BOARATTI, M.F.G. Arquitetura de Computadores: RAID. São Paulo.
139
BRAGA, G. M. Guia de hardware para iniciantes. 2005. Disponível em: <
http://www.infowester.com/guiahdinic.php> Acesso em: 20 set. 2012.
BUENO, E. O que é o RIS PACS afinal? 2009. Disponível em:
<http://www.rispacs.com.br/artigos.php?idartigo=33®Reference=> . Acesso em: 4
abr. 2012.
BUENO, E. A combinação perfeita entre RIS e o PACS. 2007. Disponível em:
<http://www.rispacs.com.br/artigos.php?regReference=0&idartigo=1>. Acesso em: 4
abr. 2012.
CARITÁ, E. C. et al. Ferramentas para visualização de imagens médicas em hospital
universitário. Ribeirão Preto, 2004. Disponível em:
<http://www.rb.org.br/detalhe_artigo.asp?id=1607> . Acesso em: 04 abr. 2012.
CASTIGLIA, M. M et al. DICOM: Comunicação de imagens digital em medicina.
Disponível em: <http://www.virtual.epm.br/material/tis/curr-
med/temas/med5/med5t21999/dicom/dicom2.htm> Acesso em: 25 abr. 2012.
CHASSOT, A. Raios X e Radioatividade. Química Nova na Escola. n° 2, 2005.
Disponível em < http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc02/historia.pdf> Acesso em: 11
mar. 2012.
140
CICLO VIVO. Hospital coleta chapas de raio-x para reciclagem. 2011. Disponível em:
http://www.ciclovivo.com.br/noticia.php/2123/hospital_coleta_chapa_de_raiox_para_reci
clagem/. Acesso em: 25 jun. 2012.
CINTRA, W. J. JR. Discos Óticos. 1998. Disponível em:
<http://www.reocities.com/TheTropics/2518/cdrom.htm> Acesso em: 15 jul. 2012.
CRUZ, Tadeu . Workflow II: A tecnologia que revolucionou processos. Rio de Janeiro:
E-papers, 2008.
CUNHA, J. C. Armazenamento de dados: Tipos de armazenamento. 2010. Disponível
em: <http://jeancarloscunha.wordpress.com/2010/02/15/armazenamento-de-dados-
tipos-de-armazenamentos/> Acesso em: 01 out. 2012.
DEITEL, H.M; DEITEL P.J; CHOFFNES D.R. Sistemas Operacionais. 3ª ed. São Paulo.
Pearson Prentice Hall, 2005.
DELL. Servidores: O que é um servidor? Disponível em: <
http://content.dell.com/br/pt/empresa/d/sb360/what-is-a-server> Acesso em: 12 out.
2012.
DICIONARIO AULETE. Verbo Imagear. Disponível em:
< http://aulete.uol.com.br/site.php?mdl=aulete_coletivo&op=loadVerbete&palavra=imag
ear>. Acesso em: 15 set. 2012.
141
DIGITALMED, PACS Zoe. 2012. Disponível em: <http://www.digitalmed.com.br/zoe/>.
Acesso em: 04 nov. 2012
EQUIPACS. Arquivamento e Distribuição de Imagens Medicas: Visualizadores.
Disponível em: <http://www.equipacs.com/equipacs/modulos.html#visualizacao>.
Acesso em: 14 out. 2012.
EL KHOURI, S.G. Telemedicina: analise da sua evolução no Brasil. São Paulo, 2003.
FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDEREAL DE GOIAS.
Telemedicina–Telerradiologia Sala de Laudo Vitual e Ambiente de Telerradiologia para
Diagnostico via Internet: Uma visão geral. Disponível em
<http://www.diagnostico.med.br/html/home/radiologia.php> Acesso em 15 jul. 2012.
FELIPE, J. C. Desenvolvimento de métodos para extração, comparação e análise de
características intrínsecas de imagens médicas, visando à recuperação perceptual por
conteúdo, 2005. Disponível em: <
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/55/55134/tde-12082006-000758/pt-br.php>
Acesso em: 30 abr. 2012.
FERREIRA, H. R. Conceitos sobre Sistemas Operacionais. 2008. Disponível em:
<http://brasilti.blogspot.com.br/2008/02/conceito-sobre-sistemas-operacionais.html>
Acesso em: 02 set. 2012.
142
FIGUEIREDO, J. C. B. et al. .Sistema Compacto para Armazenamento e Distribuição de
Imagens Médicas em Ambientes Clínico-Hospitalares. São Paulo. Disponível em:
<http://telemedicina.unifesp.br/pub/SBIS/CBIS2002/dados/arquivos/91.pdf> Acesso em:
15 jul. 2012.
FRAGA, P. A. A. DICOM & PACS. Disponível em:
<clip2net.com/clip/m10004/1220989276-ac667-825kb.ppt?nocache> Acesso em: 15 jul.
2012.
FURGERI, S. O modelo de referencia ISO/OSI. Disponível em:
<http://www.sergio.pro.br/trabalhos/26_funcao_das_camadas_do_modelo_osi.pdfa>
Acesso em: 20 set. 2012.
GOULD, T. A. Como funciona a geração de imagens por ressonância magnética.
Tradução HowStuffWorks Brasil. Disponível em:
<http://saude.hsw.uol.com.br/ressonancia-magnetica7.htm >. Acesso em: 22 mar. 2012.
GRUPO MARIMAR. Técnicas Básicas em Enfermagem. Disponível em <
http://www.marimar.com.br/medico/tecnicas_basicas_em_enfermagem.htm>. Acesso
em 11 mar. 2012.
GUARIGLIA, S. N. Breve história da ultrassonografia. São Paulo. Disponível em:
<http://www.brevesdesaude.com.br/ed02/ultrasonografia.htm >. Acesso em: 22 mar.
2012.
143
ITMS: Telemedicina no Brasil. Telemedicina. São Paulo. Disponível em
<http://www.itms.com.br/sitio/?p=telemedicina&i=62> Acesso em 15 jul. 2012.
JANDL, P. Jr. Notas sobre Sistemas Operacionais, 2004. Cap.1,p.3,6,7-15.
LAUREANO, M. A. P; Gestão da Segurança da Informação, 2005 Disponível em <
http://www.mlaureano.org/aulas_material/gst/apostila_versao_20.pdf>. Acesso em 11
mar. 2012.
LAUREANO, M. Máquinas Virtuais e Emuladores - Conceitos, Técnicas e Aplicações.
1.ed, [S.I.], Ed. Novatec, 2006. 184 p.
LAUREANO, M. A. P; Gestão da Segurança da Informação, 2005 Disponível em <
http://www.mlaureano.org/aulas_material/gst/apostila_versao_20.pdf>. Acesso em 11
mar. 2012.
LINUX MAGAZINE ONLINE. GNU Health é software livre para uso na área da saúde.
2011. Disponível em:
<http://www.linuxmagazine.com.br/lm/noticia/gnu_health_e_software_livre_para_uso_n
a_area_de_saude> Acesso em: 02 out. 2012
144
LOPES, T. T, et al. Sistema de Teleradiologia para Diagnóstico de Imagem em
Oncologia Pediátrica. São Paulo. Disponível em
<http://www.sbis.org.br/cbis9/arquivos/409.pdf> Acesso em 15 jul. 2012.
MARIMOTO, C. E. Tudo sobre HDs, flash e armazenamento: RAID. 2011. Disponível
em: < http://www.hardware.com.br/guias/hds/raid.html> Acesso em: 01 out. 2012.
MARIMOTO, C. E. Tudo sobre HDs, flash e armazenamento: Os modos de operação.
2011. Disponível em: < http://www.hardware.com.br/guias/hds/modos-operacao.htmll>
Acesso em: 01 out. 2012.
MARQUES, P. M. A et al. Integração RIS/PACS no Hospital das Clinicas de Ribeirão
Preto: Uma solução baseada em web, 2005. Disponível em: <
http://www.scielo.br/pdf/rb/v38n1/23365.pdf> Acesso em: 30 abr. 2012.
MARQUES, P. N. A; SALOMÃO, S.C. PACS: Sistemas de Arquivamento e Distribuição
de Imagens. Ribeirão Preto, 2009. Disponível em
<http://www.abfm.org.br/rbfm/publicado/rbfm_v3n1_131-9.pdf> Acesso em 20 jun. 2012.
MEDSKY. DICOM Print. Disponível em: <http://www.medsky.pt/?page_id=5064>
Acesso em: 10 out. 2012.
MEDWARESTORE. Disponível em:
<http://www.medwarestore.com.br/produto/4408687/Licenca-6-meses-> Acesso em:
17jul. 2012.
145
MENDONÇA, T.S. BPMN: Business Process Modeling Notation. Brasília. Disponível em
<http://www.tudosobrebpm.com/p/bpmn-business-process-modeling-notation.html>
Acesso em 22 set. 2012.
MIRANDA, J. P. Carestream Health Spain. Disponível em: <
http://beta.networkcontacto.com/visaocontacto/Lists/Posts/Post.aspx?ID=935>. Madrid,
Espanha, 2010. Acesso em: 15 jul. 2012.
MOREIRA, A. Tipo de Redes de Computadores. Disponível em: <
http://www.dei.isep.ipp.pt/~andre/documentos/redes-classificacao.html> Acesso em: 25
abr. 2012.
MSBRASIL. Conheça a Gestão de Processo de Negócio. Disponível em:
<http://msbrasil.com.br/blog/empresarial/conheca-a-gestao-de-processo-de-negocio/>
Acesso em: 18 ago. 2012.
MUSEU DO COMPUTADOR. O que é HD? Disponível em:
<http://www.museudocomputador.com.br/enciclohd.php> Acesso em: 02 out. 2012.
NASSAR, E. Ultrassonografia. Pará. Disponível em:
<http://www.ultrassonografia.org/utilizacao-da-ultrassonografia.php >. Acesso em: 22
mar. 2012.
146
NEOLÓGICA. Dicom Print Server. Disponível em:
<http://www.neologica.it/download/files/DJ_BrochurePor_v4.pdf> Acesso em: 17 jul.
2012.
NETO, G. H.; OLIVEIRA, W.; VALER, F. V. Armazenamento de Imagens Médicas com
InterBase. Ribeirão Preto. Disponível em:
<http://www.dcc.ufla.br/infocomp/artigos/v3.1/art03.pdf> Acesso em: 15 jul. 2012.
NUMA. Processo de Negócio (business process). Disponível em:
<http://www.numa.org.br/conhecimentos/conhecimentos_port/pag_conhec/Bps.html>
Acesso em: 19 ago. 2012.
OBJETIVO, M. Sistema Operacional Unix. 2019. Disponível em:
<http://objetivomatheus.blogspot.com.br/>. Acesso em: 14 out. 2012.
OTADUY, M. G; LEITE, C. C. Princípios físicos da Ressonância Magnética (RM). Rio de
Janeiro, 2010. Disponível em: <
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAApzcAA/fisica-basica-ressonancia-magnetica>.
Acesso em: 21 mar. 2012.
PANETTA, N. Criptografia. Security Magazine. São Paulo, n.6, p. 10-16, ago. 2000.
PANETTA, N. Criptografia. Security Magazine. São Paulo, n.7, p. 8-14, out. 2000.
147
PANETTA, N.. Criptografia. Security Magazine. São Paulo, n.8, p. 10-16, dez. 2000.
PERREIRA, R. Filme e Processamento Radiográfico. Goiás, 2010. (Apostila).
Disponível em: < http://www.ebah.com.br/content/ABAAABM8QAJ/apostila-filme-
processamento-radiografico#>. Acesso em: 20 mar. 2012.
PERREIRA, S. S. O que são cartões de memoria SD? 2011. Disponível em: <
http://www.oficinadanet.com.br/artigo/hardware/o-que-sao-os-cartoes-de-memoria-sd>
Acesso em: 01 out. 2012.
PINTO, L. Redes de Computadores - Modelo de Referência OSI. São Paulo, 2010.
PINTO, M. et al. Controle de qualidade de monitores de diagnóstico por imagem e
iluminância nos espaços de pós-processamento em serviços de imagiologia. Portugal,
2012. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rb/v45n1/08.pdf>. Acesso em: 25 jun.
2012.
POLYGON. São Paulo. Disponível em:
<http://www.polygon.com.br/produtos/equipamentos/eizo/monitores/?gclid=COjg-
9Lf6rACFQeznQod0hrzvQ >. Acesso em: 22 mar. 2012.
PUTTINI, R. S.; SOUZA, R. T. Principais Aspectos da Segurança, obtido através da
Internet, 2001 Disponível em:
148
<http://webserver.redes.unb.br/security/introducao/aspectos.html> Acesso em 11 mar.
2012.
RADIO IN MAMA. Historia da Ressonância Magnética. Minas Gerais, 2010. Disponível
em: <http://www.radioinmama.com.br/ressonanciamagnetica.html> Acesso em: 22 mar.
2012.
REIS, G S.: Modelagem de Processos de Negócio com BPMN Curso Completo: 2008
Disponível em: < http://www.youblisher.com/p/50863-BPMN/>. Acesso em: 03 set. 2012.
ROMEU, F. Introdução ao RMAN: Conceitos de backup e recover. Disponível em: <
2011. <http://profissionaloracle.com.br/blogs/feliperomeu/2011/09/26/introducao-ao-
rman-conceitos-de-backup-e-recover/a> Acesso em: 02 out. 2012.
RUBO MEDICAL IMAGING. DICOM Viewer 2.0. Disponível em:
<http://www.rubomed.com/> Acesso em: 10 out. 2012.
RUDNICKI, R. Conceitos sobre tipos, utilização e gerenciamento de backup. 2007
Disponível em: <http://www.dicas-
l.com.br/arquivo/conceitos_sobre_tipos_utilizacao_e_gerenciamento_de_backups.php#.
UHTL4S5X1JM> Acesso em: 02 out. 2012.
SEHLHORST, S. BPMN Diagrams – How To Use Gateways: 2006 Disponível em:
<http://tynerblain.com/blog/2006/07/27/bpmn-gateways/>. Acessado em: 20 ago. 2012
149
SILVA, R. G. Padrão de comunicação de imagens medicas DICOM V 3.0,. Disponível
em: < http://pt.scribd.com/doc/9692832/Padrao-DICOMl> Acesso em: 22 mar. 2012.
SOCIEDADE BEBEFICIENTE ISRAELITA BRASILEIRA ALBERT EINSTEIN.
Ultrassonografia. São Paulo. Disponível em: < http://www.einstein.br/medicina-
diagnostica/Imagem/Paginas/ultrassonografia.aspx >. Acesso em: 22 mar. 2012.
SOUZA, J. A. Padrão DICOM na Medicina. Disponível em: <
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA_jYAD/padrao-dicom-na-medicina> Acesso
em: 25 abr. 2012.
TANENBAUM, A. S.; WOODHULL A. S.; Sistemas Operacionais: Projeto e
Implementação. 2ªed. Porto Alegre.Bookman, 2000.
TANEMBAUM, A. S. Sistemas operacionais modernos. 2.ed [S.I.] Ed. Pearson, 2003.
TANENBAUM, A. S. Organização estruturada de computadores. Prentice-Hall, SP, 5
ed.,2007.
WIKIPEDIA. Disco Rígido. Disponível em: <
http://pt.wikipedia.org/wiki/Disco_r%C3%ADgido> Acesso em: 15 set. 2012.
150
WIKIPEDIA. Sistema de Informação Hospitalares. Disponível em:
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_de_Informa%C3%A7%C3%B5es_Hospitalares>
Acesso em: 12 out. 2012
_________.CRIADO o substituto do filme de raio-X. Redação do Site Inovação
Tecnológica, 2003. Disponível em
<http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=010110031013>
Acesso em 12 fev. 2012.
_________.HISTORIA da Telemedicina, 2002. Disponível em
<http://www.img.lx.it.pt/~mpq/st04/ano2002_03/trabalhos_pesquisa/T_22/hist.htm>
Acesso em 15 jul. 2012.
.
151
ANEXO A
RELATÓRIO DE RECOMENDAÇÕES
DA BANCA DE QUALIFICAÇÃO
IDENTIFICAÇÃO
Curso: Engenharia de Computação Data: 23/03/2012
Componentes do Grupo
Carlos Roney Fernandes
Henrique Vieira
Mariana de Oliveira Kasza
Raquel Calil
ORIENTADOR: Cleber Willian Gomes
TÍTULO DO TRABALHO: PACS (Sistema de arquivamento e distribuição de imagens): Um estudo comparativo em um Centro de Diagnósticos por imagem dos cenários anterior e posterior à sua implantação.
Reproduza cada recomendação feita pelos professores da banca de qualificação em um dos itens RECOMENDAÇÃO a seguir. Escreva o nome do professor que fez a recomendação. Analise-a junto com seu orientador e informe se vocês estão de acordo com a recomendação. Caso julguem a recomendação NÃO VIÁVEL, devem escrever uma justificativa. Se necessário podem aumentar o número de recomendações.
RECOMENDAÇÃO 1
Deixar claro qual é o objetivo do trabalho e o que o trabalho se propõe a resolver, pois,
em algumas falas fica claro que o objetivo é colocar os pontos positivos e negativos
sobre a implantação do PACS, mas durante toda a apresentação o assunto é abordado
como se o PACS fosse realmente uma solução viável.
152
Feita pelo professor: Marcelo Módolo
Parecer do grupo/orientador
( X ) de acordo
( ) não viável - JUSTIFICAR
RECOMENDAÇÃO 2
Repensar sobre o tipo do trabalho, pois se o objetivo é mostrar como a implantação do
PACS se deu para uma clínica específica, o trabalho é um Estudo de Caso e não um
Estudo Comparativo.
Feita pelo professor: Marcelo Módolo
Parecer do grupo/orientador
( X ) de acordo
( ) não viável - JUSTIFICAR
RECOMENDAÇÃO 3
A justificativa já responde o problema, então não existe problema. Existiria se a clínica
que implantou o PACS não soubesse qual foi o ganho que ela obteve, por exemplo, e aí
o trabalho entraria com a medição, seja financeira ou de produção, para descobrir se
valeu o investimento ou não, esse seria o problema a ser resolvido.
Feita pelo professor: Tomaz Mikio Sasaki
Parecer do grupo/orientador
( X ) de acordo
( ) não viável - JUSTIFICAR
RECOMENDAÇÃO 4
A visão dos integrantes do grupo deve ser de compradores do PACS, e não de
vendedores, com o intuito de verificar se ele funciona, o que melhorou com sua
implantação e se no final das contas valeu a pena. A forma que está escrita não está
correta.
153
Feita pelo professor: Marcelo Módolo
Parecer do grupo/orientador
( X ) de acordo
( ) não viável - JUSTIFICAR
RECOMENDAÇÃO 5
No estudo de caso é importante definir como será realizada a medição, se o grupo terá
acesso a valores. Uma outra possibilidade é focar no ganho do processo como um todo,
por exemplo, o tempo de espera do paciente.
Feita pelo professor: Tomaz Mikio Sasaki
Parecer do grupo/orientador
( X ) de acordo
( ) não viável - JUSTIFICAR