estruturas de descentralização administrativa
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"Com esta pequena brochura procuramos dar uma breve explicação acerca das responsabilidades de cada órgão no âmbito do processo de descentralização e cativar o interesse dos nossos concidadãos em torno do processo da descentralização administrativa. Contamos com a participação e contributo para continuar a construir um País mais próspero e desenvolvido." Tomás do Rosário Cabral Díli, Agosto de 2014TRANSCRIPT
REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE Ministério da Administração Estatal Secretário de Estado da Descentralização Administrativa
Estruturas dE dEscEntralização administrativa
Nota de abertura
A concretização da descentralização administrativa não é um fim em si mesmo, mas um meio para intensificar o processo de desenvolvimento da nossa Pátria através do envolvimento local dos cidadãos e das organiza-ções representativas. Através do processo de descentralização adminis-trativa, o Governo propõe-se assegurar a disseminação de oportunidades de desenvolvimento em todas as parcelas do nosso terrirório nacional, criando novas oportunidades de desenvolvimento económico e social.
Desde de 2003 têm sido empreendidos esforços conjuntos com os nossos parceiros internacionais para estudar modelos de organização do Poder Local em Timor-Leste. Muitas têm sido as propostas para o desenvolvim-ento do nosso modelo de administração local, no entanto, apesar de muito termos aprendido, em mais de dez anos de estudos, importa agora passar à acção construíndo um modelo de Poder Local nosso, desenvolvido pelos Timorenses e para o Povo Timorense.
Estamos atentos às melhores experiências e desafios internacionais em matéria de descentralização e Poder Local, no entanto, propomos o de-senvolvimento de uma política de descentralização a partir da consulta ao nosso Povo, às nossas lideranças comunitárias tradicionais.
Começamos esse processo de audição em 2013, com a Consulta Na-cional sobre Descentralização, liderada por Sua Excelência o Senhor Primeiro-Ministro, propomos agora dar continuidade esse processo de consulta e desenvolvimento de uma política de descentralização a partir da participação das pessoas independentemente do local onde habitem. O Poder Local só poderá ser coroado de sucesso se, desde a sua génese, souber mobilizar as populações em torno da defesa e prossecução do interesse público, unindo a Pátria em torno da causa do desenvolvimento e bem-estar geral do nosso Povo.
Através das Estruturas de Descentralização Administrativa os ci-dadãos têm acesso a novos mecanismos de intervenção pública e de promoção do desenvolvimento. Com esta pequena brochura procura-mos dar uma breve explicação acerca das responsabilidades de cada órgão no âmbito do processo de descentralização e cativar o interesse dos nossos concidadãos em torno do processo da descentralização administrativa. Contamos com a participação e contributo para con-tinuar a construir um País mais próspero e desenvolvido.
Tomás do Rosário Cabral
Secretário da Descentralização Administrativa
“...a governação deve estar tanto quanto possível próxima das pessoas,
para permitir a autodeterminação, a dignidade e a concretização das
suas aspirações.”
Kay Rala Xanana Gusmão
Primeiro-Ministro
Missão:
Coordenar e acompanhar a execução da política de descentralização administra-tiva e a instituição dos Municípios, pro-movendo, ainda, a actuação coordenada das Estruturas de Pré-desconcentração Administrativa no processo de instalação dos Municípios.
Competências:
• Garantir e promover a actuação articu-lada dos vários departamentos gover-namentais na execução da Política de Descentralização Administrativa e Poder Local;
• Garantir e promover as opções da Políti-ca da Descentralização Administrativa como prioridades a incluir nos planos de actividades dos organismos públicos rel-evantes no domínio da descentralização;
• Assegurar a articulação dos vários Ministérios na execução das várias com-ponentes da Política de Descentralização Administrativa e Poder Local, através da emissão de orientações uniformes;
• Elaborar os relatórios e conclusões das consultas públicas realizadas no âmbito do processo de descentralização adminis-
trativa;
• Assegurar o consenso e acompanhamen-to técnico necessários à concretização do processo de transferência de competên-cias para a administração municipal;
• Avaliar a capacidade administrativa dos municípios para desempenhar as com-petências que lhes sejam transferidas pela Administração Central.
Funcionamento:
• O Grupo Técnico Permanente reúne uma vez por quinzena ou, se necessário, por convocação do Secretário de Estado da Descentralização Administrativa, por iniciativa própria ou a requerimento de um terço dos seus membros.
Composição:
• O Grupo Técnico Permanente é composto por membros do Governo (SEDA/SEDL/SEFI/SEAPRI), por dirigentes da Admin-istração Central do Estado (DG-DA/DG-DL/DG-STAE/DGA’S-STAE/DN-SAIM/DN-DNAL/DN-DNPFM/DN-DNDD) e por assessores nacionais e internacionais nomeados pelos membros do Governo que integram o GTP.
Trabalho realizado:
• Desde a sua instituição o Grupo Técnico Permanente realizou reuniões de trab-alho para:
• Preparação da consulta nacional sobre descentralização administrativa, real-izada nos 13 distritos de Timor-Leste;
• Apreciação de 15 iniciativas legislativas e regulamentos no domínio da descentral-ização;
• Aprovação dos materiais de informação utilizados no processo de socialização da descentralização administrativa;
• Apreciação dos critérios de identificação das competências a transferir para os municípios;
• Apreciação da Política de Formação dos Dirigentes das Estruturas de Pré-descon-centração Administrativa;
• Aprovação do sistema de valoração e ponderação final dos candidatos a Gestor Distrital e Secretário do Gestor Distrital.
GRUPO TÉCNICO PERMANENTE
Missão
Promover a actuação integrada de todos os ser-viços da administração directa e indirecta do Es-tado que sejam intervenientes no processo de de-scentralização administrativa, designadamente durante o processo de transferência de competên-cias para os órgãos e serviços do Poder Local.
Competências
•Assegurar que durante as discussões técnicas realizadas no âmbito do processo de descentral-ização administrativa todos os departamentos governamentais relevantes se encontram repre-sentados;
•Coordenar a actividade dos pontos focais, no-
meados por cada departamento governamental, para o processo de descentralização administra-tiva;
•Assegurar a realização de discussões com os Grupos Técnicos Distritais e os Conselhos Consul-tivos Locais;
•Assegurar a criação do consenso necessário para a identificação das competências a trans-ferir para os municípios;
•Assegurar a criação de capacidades administra-tivas para a futura administração local;
•Avaliar a capacidade administrativa dos mu-nicípios para desempenharem as competências propostas para estes;
GRUPO DE TRABALHO TÉCNICO INTERMINISTERIAL Funcionamento
O Grupo de Trabalho Técnico Interministe-rial reúne uma vez por quinzena e, sempre que necessário, por iniciativa do Secretário de Estado da Descentralização Adminis-trativa ou por requerimento de um terço dos seus membros.
Trabalho realizado
Desde a sua instituição, o Grupo de Trabalho Técnico Interministerial realizou reuniões de trabalho, no âmbito das quais:
•Apreciou o Estatuto Orgânico das Estruturas de Pré-desconcentração Administrativa;
•Apreciou a proposta de regime jurídico para a mobilidade de funcionários para a adminis-tração Local;
•Apreciou a Política de Formação dos Dirigen-tes das Estruturas de Pré-desconcentração Ad-ministrativa;
•Apreciou as propostas de desconcentração de competências apresentadas por xxxxx Ministé-rios.
O Grupo de Trabalho Técnico Intermin-
isterial é composto pelos membros do
Grupo Técnico Permanente e, ainda, por
representantes do Ministério das Finan-
ças, do Ministério da Justiça, do Ministé-
rio da Saúde, do Ministério da Educação,
do Ministério da Administração Estatal,
do Ministério do Comércio, Indústria e
Ambiente, do Ministério da Solidariedade
Social, do Ministério das Obras Públicas,
do Ministério dos Transportes e Comu-
nicações, do Ministério da Agricultura
e Pescas, do Ministério do Turismo, do
Ministério do Petróleo e Recursos Nat-
urais, do Secretário de Estado da Comu-
nicação Social, do Secretário de Estado
da Juventude e Desporto, do Secretário
de Estado da Política de Formação Pro-
fissional e Emprego, da Secretaria de
Estado da Promoção da Igualdade, da
Comissão da Função Pública, do Instituto
Nacional daAdministração Pública.
Composição
Conselho Consultivo Local
Missão
Promover a participação dos agentes sociais e das forças vivas locais no processo de implementação, a nív-el local, da política de descentral-ização e de instalação dos órgãos municipais.
Competências
• Acompanhar a evolução do proces-so de descentralização administra-tiva;
• Discutir a Estratégia Local de De-senvolvimento Municipal;
• Dar parecer sobre as competências que devem ser transferidas para a Administração Local;
• Pronunciar-se sobre a existência de condições mínimas nos municípios para a instalação dos respectivos órgãos representativos.
Funcionamento
Os Conselhos Consultivos Locais reú-nem sempre que convocados pelo Gestor Distrital (ou Administrador de Distrito, enquanto o Gestor Dis-trital não for empossado), devendo ser convocadas duas reuniões por ano civil.
Composição
Compõem o Conselho Consultivo Lo-cal:
•O Gestor Distrital (o Administrador de Distrito, enquanto não for empos-sado o Gestor Distrital);
•O Secretário do Gestor Distrial (o Se-cretário Distrital, enquanto não for empossado o Secretário do Gestor Dis-trital);
•Um representante designado pela As-sembleia Distrital;
•Pelos Chefes de Suco da área do mu-nicípio;
•Pelos Lian Nain da área do município que hajam sido eleitos pelos Conselhos de Suco;
•Por um representante das Confissões Religiosas;
•Por dois representantes dos veteranos (um de sexo masculino e um de sexo feminino);
•Por dois representantes dos grupos de intelectuais (um de sexo masculino e um de sexo feminino);
•Por uma representante das mulheres;
•Por dois representantes do sector privado (um de sexo masculino e um de sexo feminino);
•Por dois representantes da juventude (um de sexo masculino e um de sexo feminino);
•Por um representante de cada Partido Político, com deputados eleitos ao Parlamento Nacional.
GRUPO TÉCNICO DISTRITAL
Competências
• Assegurar a actuação coordenada dos serviços periféricos da Ad-ministração Pública do Estado na implementação local da Política de Descentralização Administrativa;
• Assegurar o consenso e acompan-hamento técnico local do processo de transferência de competências para a Administração Local e da sua capacitação administrativa para as desempenhar;
• Participar no processo de avalia-ção da capacidade dos municípios para exercerem as competências cuja transferência para estes se propõe.
Composição
• Compõem o Grupo Técnico Dis-trital:
• O Gestor Distrital (ou o Adminis-trador de Distrito, enquanto não for empossado o Gestor Distrital);
• O Secretário do Gestor Distrital (ou o Secretário Distrital, enquan-to não for empossado o Secretário do Gestor Distrital);
• Os Directores Distritais dos ser-viços periféricos da administração local do Estado.
Funcionamento
Os Grupos Técnicos Distritais reú-nem uma vez por quinzena e, sem-pre que necessário, quando con-vocados pelo Gestor Distrital, por iniciativa própria, ou a requeri-mento de um terço dos seus mem-bros.
Missão
Acompanhar e promover a actuação coordenada das delegações territoriais da admin-istração pública, que intervenham no processo de descentralização, de forma a garan-tir a criação de capacidade administrativa local para que os Municípios desempenhem as competências que lhes venham a ser atribuídas.
REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTEMinistério da Administração Estal
Secretário de Estado da Descentralização AdministrativaRua Jacinto Cândido, Díli
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Descentralização