estratégia empresarial capítulo 6 integração vertical joão pedro couto
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Estratégia Empresarial
Capítulo 6Integração Vertical
João Pedro Couto
ESTRATÉGIA EMPRESARIALESTRATÉGIA EMPRESARIAL
PensamentoEstratégico
Análise do Meio Envolvente
Missão, Objectivos e Estratégia
Análise da Empresa
Produtos-Mercados
DesenvolvimentoEmpresarial
Diversificação
Análise Estratégica
InternacionalizaçãoIntegração Vertical
EstruturaOrganizacional
Políticade Gestão
Organização eImplementação
Estratégiaem Portugal
1.1
Natureza da integração vertical
A integração vertical consiste na execução de várias funções da cadeia operacional sob a égide de uma só empresa.
Só faz sentido aumentar o nível de integração vertical se:
6.2
- O volume de negócios da empresa rentabilizar a nova actividade internalizada sem afectar negativamente as restantes funções
- As restantes funções da empresa beneficiarem da realização interna da nova actividade, mesmo que ela não seja, só por si, rentável
A integração vertical deve reforçar a vantagem competitiva.
A partir das actividades centrais, a empresa deve definir o âmbito de integração vertical a montante e a jusante.
Variações da integração a montante e jusante incluem
6.3
- Integração vertical parcial: realização interna de uma parte da actividade ou produto e contratação no exterior da parte restante
- Quase-integração vertical: celebração de contratos de longo prazo
Integração vertical a montante e jusante
GrupoVista alegre
GrupoVista alegre
A integração é tanto mais proveitoso quanto menor for a diferença entre a escala óptima de eficiência da actividade internalizada e a escala de operação da empresa.
Os benefícios da integração vertical incluem:
6.4
Benefícios da integração verticalBenefícios da integração vertical
Os benefícios da integração vertical a montante e a jusante tendem a ser distintos.
Economias na produção e distribuição Economias de informação e coordenação Economias de estabilidade de relacionamento Expansão da base tecnológica Garantia de estabilidade da procura e/ou da oferta Aumento da capacidade de diferenciação Aumento das barreiras à entrada Protecção contra o declínio Entrada em negócios de elevada atractividade
Os custos da integração vertical incluem:
6.5
Custos e riscos da integração verticalCustos e riscos da integração vertical
Ultrapassagem das barreiras à entrada Deseconomias de escala Maiores barreira à saída Necessidades acrescidas de recursos financeiros Dificuldade de balanceamento da cadeia operacional
Os riscos da integração vertical incluem: Perpetuação de ineficiências Aumento do risco operacional Perca de acesso a tecnologias externas Redução da ligação do mercado Menor flexibilidade operacional
A integração vertical parcial e a quase-integração vertical requerem menos investimento e envolvem menos riscos mas:
- A complexidade da gestão aumenta- O acréscimo da diferenciação e o aumento de barreiras são menores
Cadeia de Valor Típica
Distribuição OperaçõesCompras eFornec.tos
Vendas e Marketing
Serviço Pós Venda
MargemDe Lucro
I&D de Produto, Tecnologia, Sistemas Suporte
Gestão de Recursos Humanos
Administração
Actividades Principais
Actividades de Suporte
Cadeia de Valor da Industria
Cadeia ValorFornecedores
Cadeia ValorEmpresa
Cadeia ValorDistribuidores
Actividades Distribuição
e custodos canaisdistribuição
ActividadesInternas
ActividadesProdução
Materiais ou componentes
Cliente ou Utilizador
Final
Cadeia de Valore Vantagem Competitiva
• A forma como é gerida a cadeia de valor pode ser um elemento competitivo
– Integrar conhecimento e capacidades dos trabalhadores
– Tirar partido de economias de escala ou experiência
– Coordenar as actividades para competências distintas
– Construir competências chave para a satisfação do cliente
KeiretsuKeiretsu
O keiretsu são grupos empresariais japoneses assentes em relações de integração vertical parcial e quase-integração vertical.
6.6
Tokyo Toyopet Toyoda Tsusho Tokyo Toyota
Nippondenso
ToyotaHinoDaihatsu
Koito JecoAisin Seiki
Aisan Futaba Aichi Steel Chuo Koyo Seiko
KeiretsuToyota
KeiretsuToyota
Os Keiretsu visam maximizar a competitividade da empresa líder através da redução de custos, reforço da qualidade, aumento da flexibilidade e diminuição do tempo de entrega.
Características dos KeiretsuCaracterísticas dos Keiretsu
O desenvolvimento dos keiretsu é baseado em três factores:
Na prática, os keiretsu constituem uma alternativa organizacional intermédia, entre a integração vertical completa e a livre contratação no mercado.
As práticas de integração vertical a montante e a jusante dos keiretsu podem ser adoptadas com igual sucesso em diferentes ambientes culturais.
6.7
- Relações empresariais de longo prazo- Frequente intercâmbio de informação- Informalidade contratual
A relação de interdependência entre as unidades envolvidas nos keiretsu proporciona ao sistema um grande dinamismo.
Embora sejam mais frequentes nos sectores produtivos, os keiretsu também têm aplicação no sector da distribuição
Custos de transacçãoCustos de transacção
De acordo com a teoria dos custos de transacção, a empresa deve integrar verticalmente se os custos de transacção forem superiores à realização interna da actividade do produto.
Nesse sentido, é necessário comparar os custos de transacção com os custos do aumento da hierarquia da empresa.
6.8
Custos de transacção Custos da hierarquia
Custos de aquisição Custo de recolha de informação Custo de selecção Custo de negociação Custo de redacção do contrato Custo de litígio Outros custos intangíveis (vulnerabilidade
ao fornecedor, etc.)
Custo de produção Custo de complexidade Custo de coordenação Custo da burocracia
Condições para a internalizaçãoCondições para a internalização
Em princípio, a internalização é preferível à externalização se se verificarem as seguintes condições:
6.9
- Elevado grau de incerteza da transacção- Elevada especificidade dos activos envolvidos na transacção- Elevada frequência da transacção
Cadeiatêxtil típica
Cadeiatêxtil típica
Evolução da estratégia de integração verticalEvolução da estratégia de integração vertical
A estratégia de integração vertical deve evoluir em função das tendências do mercado e da competição, em sintonia com a estratégia de produtos-mercados.
O grau de integração vertical também se deve ajustar aos ciclo económicos, com vista a preservar a estabilidade da empresa:
6.10
- Quando o volume de negócios abranda, a produção interna pode aumentar em detrimento da contratação no mercado
- Quando o volume de negócios expande, a subcontratação pode aumentar inicialmente e, se o nível adicional de vendas o justificar, o grau de integração vertical pode ser depois alterado
Assim, a médio e longo prazo, as decisões de integração vertical devem potenciar a gestão dos benefícios, custos e riscos da internalização das actividades.
Desintegração verticalDesintegração vertical
Em determinadas circunstâncias, é preferível eliminar temporária ou definitivamente algumas das actividades internalizadas:
Quando a estrutura do negócio se altera e obriga ao desenvolvimento de novas competências
Quando os recursos requeridos por algumas funções inviabilizam o bom desempenho nas restantes actividades
Quando a empresa perde competências numa área-chave de actuação e pode subcontratar com melhores resultados
6.11
O advento de novas tecnologias e sistemas de relacionamento empresarial em rede favorece a desintegração vertical selectiva.
A estratégia de integração vertical deve ser sempre flexível.
Arriscado a médio e longo prazo do ponto de vista estratégico
Utilização de Outsourcing
• Quando a actividade pode ser efectuada de forma mais eficiente por firmas especializadas
• Quando a actividade não é crucial para a vantagem competitiva
• O risco de exposição à mudança tecnológica e evolução cliente é reduzido
• As operações podem melhorar pelo: – Redução do ciclo de produção– Aumento da rapidez de decisão – Redução de custos de coordenação
• A firma pode concentrar recursos e capacidades nas actividades chave
Outsourcing estratégicoOutsourcing estratégico
As decisões de integração vertical têm impacte estratégico na empresa, pelo que não devem ser encaradas numa perspectiva de curto prazo.
Assim, com frequência, o raciocínio contabilístico de fazer versus comprar deve dar lugar a uma reflexão em torno das implicações do outsourcing estratégico.
6.12
Compra no mercado Outsourcing estratégico
ObjectivoComprar ao preço mais baixo para a mesma qualidade
Desenvolver uma relação de longo prazo com fornecedores seleccionados
Fornecedores Muitos Poucos
AnáliseComparação de custos contabilísticos
Comparação de custos e avaliação das implicações
DecisãoDirector de produção ou de compras
Gestão do topo ou equipa multidisciplinar
Enquadramento do outsourcingEnquadramento do outsourcing
Graças ao outsourcing estratégico, cada empresa pode especializar-se num número restrito de competências centrais e produtos críticos.
Contudo, o outsourcing estratégico só é recomendável nas funções em que a empresa não é muito vulnerável à externalização e o seu potencial de geração de vantagens é médio.
6.13
Reduzida Média Elevada
ElevadaProdução
interna
MédiaOutsourcing estratégico
ReduzidaCompra no
mercado
Vulnerabilidade estratégica à externalização
Vantagem Competitiva
potencial