estratÉgia e custos de transaÇÃo: uma … · xxxv encontro nacional de engenharia de producao...
TRANSCRIPT
ESTRATÉGIA E CUSTOS DE TRANSAÇÃO: UMA
REVISÃO SISTEMÁTICA
Lilia Paula Andrade (UFLA)
Deborah Mara Siade Barbosa (UFMG)
Thais Alves dos Santos (UFMG)
Com este trabalho objetivou-se: compreender como a estratégia tem sido
abordada e quais suas contribuições para os estudos com foco na Teoria dos
Custos de Transação. Para tanto foi realizada uma revisão sistemática nas
bases de busca: Scielo, Scopus e Spell. Como resultados, identificou-se que a
própria Teoria dos Custos de Transação, é um dos motivadores da criação de
estratégias nas firmas. Foi identificado também que dentre as estratégias,
uma das mais utilizadas para se lidar estes custos é a adoção de estratégias
colaborativas, ou alianças estratégicas. Apesar disso, até mesmo essas
alianças podem gerar outros custos, e por isso, exige a boa governança para
a condução do relacionamento entre os agentes. O trabalho em questão é
importante, pois, conforme apontado por autores é necessário se pensar a
estratégia em conjunto, considerando assim outras teorias e perspectivas
que podem motivar o contribuir para a compreensão da estratégia.
Palavras-chave: Estratégia, Teoria dos Custos de Transação, Revisão
Sistemática
XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção
Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.
XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção
Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.
2
1. Introdução
O termo estratégia tem sido amplamente utilizado e possui inúmeras conceituações
(DUARTE, 2011). O seu desenvolvimento foi marcado por inúmeras abordagens, escolas de
pensamento (MINZTBERG AHLTRAND E LAMPEL, 2010) e tentativas de se explicar a
realidade das empresas a fim de oferecer às mesmas oportunidades em se alcançar o que
Porter chama de vantagem competitiva. De modo genérico, estratégia seria uma maneira de a
empresa alcançar seus objetivos com eficiência e tendo vantagem sobre os concorrentes. Esse
objetivo tem sido cada vez difícil de ser alcançado, visto que o ambiente e mercado que se
concentram as empresas tornam-se cada vez mais complexos e exigentes. Assim sendo, a todo
instante muda-se o cenário e as requisições, fato este que exige a criação de novas estratégias.
Mintzberg Ahltrand e Lampel (2010), por exemplo, traz a discussão sobre inúmeras
escolas de pensamento, todas criadas em uma determinada época a fim de explicar uma dada
realidade. Entretanto é possível afirmar que nenhuma delas foi capaz de explicar sozinha a
realidade das firmas. Torna-se perceptível então, a necessidade existe entre as teorias e
abordagens de se complementarem. Muitas das críticas no campo da estratégia estão
relacionadas ao fato que a estratégia muita das vezes tem sido vista como uma parte isolada
da firma, contendo, então teorias e abordagens que não se relacionam entre si. Vale e Lopes
(2010) ressaltam a necessidade de trabalhos que encontrem e articulem na estratégia
interconexões com outras teorias e perspectivas (VALE e LOPES, 2010). Se pensar a
estratégia sob a ótica de outras teorias e perspectivas é importante, pois pode contribuir e
estimular pesquisadores e gestores a pensar fora da “caixinha” e agregar e misturar conceitos
de áreas distintas, mas que refletem em uma mesma empresa (ALMEIDA e MACHADO
FILHO, 2013).
Nesta tentativa de relacionar os estudos em estratégia com outras teorias e
pensamentos foi feito este trabalho, com o intuito de busca na Teoria dos Custos de Transação
pressupostos que possam contribuir para a compreensão da estratégia na realidade das firmas.
Assim sendo o objetivo deste trabalho foi: Compreender como a estratégia têm sido abordada
e quais suas contribuições para os estudos com foco na Teoria dos Custos de Transação. Para
tanto foi feita uma revisão sistemática de literatura em artigos nacionais e internacionais. Vale
e Lopes (2010) e Sambasivan et. al. (2013) acreditam que as estratégias podem receber
contribuições de outras perspectivas e teorias, tanto que os autores analisam essas
contribuições de teorias como: teoria das redes sociais, teoria dos jogos dentre outras.
Sambasivan et. al. (2013) ainda ressaltam que são essenciais outras teorias para se
compreender os processos estratégicos.
Os Custos de Transação são aqueles custos associados à rotina da organização, à
produção, podendo ser não apenas os recursos financeiros, mas também recursos humanos, de
conhecimento, tecnológicos, de experiência dentre outros. A medida com que aumenta a
complexidade dos mercados e do ambiente institucional aumenta-se também esses custos
relacionados às transações da firma. Sabe-se, portanto que atualmente existe uma
complexidade cada vez maior do mercado, portanto os custos de transação tornam-se cada vez
mais obstáculos para as firmas superarem. É exatamente nesse sentido que poderão ser
observadas a necessidade das empresas a criarem estratégias a fim de reduzirem os custos de
transação e obterem vantagem competitiva.
XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção
Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.
3
Parte-se do pressuposto neste trabalho que a Teoria dos Custos de Transação e os
Estudos em estratégia, estão amplamente inter-relacionados e mutuamente complementares.
Este trabalho foi dividido em seis sessões, posterior à essa serão feitas discussões
sobre o termo estratégia e Teoria dos Custos de transação a fim de trazer uma noção sobre os
termos, como definição, principais teorias, contribuições e críticas. Na quarta sessão são
apresentados como a revisão de literatura foi sistematizada, bem como a maneira como
ocorreu às buscas de pesquisa. A quinta sessão, traz as contribuições identificadas nos estudos
sobre Teoria dos Custos de Transação, mas que puderam contribuir para a compreensão dos
processos estratégicos, e de modo mais particular de alianças estratégicas. Por fim, serão
apresentadas as considerações finais, principais resultados, limitações e sugestões de pesquisa.
2. Referencial Teórico
Serão apresentadas neste tópico as principais conceituações sobre os estudos em
estratégia e sobre a Teoria dos Custos de Transação. Essas divisões são importantes, pois irão
permitir a compreensão e discussão dos objetivos propostos neste trabalho.
2.1 Estratégia
A estratégia tem sido uma das palavras-chave da modernidade e, nas últimas décadas,
tem se transformado em um conceito polêmico, que comporta diversas definições, oriundas de
perspectivas variadas de análise (FONSECA e MACHADO DA SILVA, 2010). Quanto à
origem da discussão sobre estratégia, esta aparece de modo mais evidente em 1960, como nos
estudos de Alfred Chandler (JARZABOWSKI, 2004; SOUZA, 2011).
Para Minztberg, Ahltrand e Lampel (2010), é necessária, para o entendimento do
termo estratégia, uma série de definições. Dentre essas definições, as estratégias foram
divididas em escolas de naturezas: prescritivas e descritivas. Quanto à primeira, ela se
preocupa com a prescrição por meio de modelos prontos e em como as estratégias devem ser
formuladas. Já as escolas de natureza descritiva, estas se preocupam menos com a prescrição
do comportamento estratégico do que com a descrição de como as estratégias são, de fato,
formuladas (MINTZBERG, AHLTRAND e LAMPEL, 2010 p.21).
Dentre essas inúmeras formas de se interpretar e conceituar a estratégia, Porter (1996)
defende que uma estratégia organizacional está relacionada com a busca de uma posição
competitiva favorável ou ideal. Assim sendo, os gestores devem pensar práticas que
permitirão a agregação de valor aos clientes.
De acordo com Minztberg, Ahltrand e Lampel (2010) a estratégia pode ser
interpretada a partir de cinco dimensões, que os autores chamam de 5 Ps da estratégia, dessa
forma a estratégia pode ser entendida a partir de: um plano, um padrão, uma posição e uma
perspectiva. É necessário para a compreensão dessas características, entende-las como
mutuamente inter-relacionadas e complementares.
De acordo com Vale e Lopes (2010) no campo dos estudos em estratégia,
principalmente os que pesquisam alianças e estratégias colaborativas, existe um
desconhecimento sobre quais são as diferentes perspectivas teóricas presentes e como elas
podem se articular entre si, envolvendo questões do processo estratégico como: a cooperação
e o ambiente.
XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção
Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.
4
Esses acordos inter-organizacionais têm se tornado uma forma cada vez mais atraente
das empresas melhorarem a competitividade. Desse modo, a formação de estratégias com
fornecedores e clientes, tem permitido aos fabricantes se concentrarem em atividades
essenciais. Apesar disso, em muitos casos, esse tipo de estratégia não obtém sucesso
(SAMBASIVAN et. al., 2013).
De acordo com Almeida e Machado Filho (2013) uma empresa pode usar suas
capacidades de gestão a fim de capturar as oportunidades do ambiente externo. Para tanto,
várias estratégias podem ser adotadas não necessariamente focadas na busca por monopólio e
poder. Empresas modernas tem então utilizado de alianças estratégicas para capturarem
recursos e obterem vantagens competitivas. Dentre os incentivos para se formar uma aliança
estratégica pode-se citar: aquisição de tecnologia, internacionalização dentre outras
capacidades complexas de empresas parceiras. Kale e Singh (2009) ressaltam que a aliança
estratégica é uma relação intencional entre duas ou mais empresas independentes que
envolvem a troca, o compartilhamento ou o desenvolvimento de recursos ou capacidades para
alcançar benefícios mútuos.
Bronzo e Honório (2005) acrescenta que o estabelecimento de vínculos em uma
aliança estratégica, pode apresentar motivações muito variadas como: serviços, produtos
físicos, acesso a recursos financeiros, tecnologia, aprendizagem, desenvolvimento de
competências, entre outros.
Em decorrência da rápida mudança e complexidade do mercado e do ambiente que se
encontram as firmas, as alianças estratégicas possuem papel chave, visto que as empresas
buscam por meio dela obterem vantagens competitivas e se adaptarem melhor à essas
mudanças (SAMBASIVAN et. al. ,2013). Williamson citado por Almeida e Machado Filho
(2013) ressalta que a melhor estratégia que uma empresa pode ter é a economia nos custos de
transação. Do ponto de vista deste autor pode-se ser mais interessante uma estratégia de
economia do que a elaboração de outras estratégias, entretanto, reconhece-se a necessidade de
complementaridade entre essas estratégias de criação e economia.
2.2 Custos de transação
Os custos de transação são aqueles custos associados à gestão dos sistemas produtivos,
e estão ligados à incapacidade humana de prever no momento da negociação, tudo o que pode
ocorrer durante o prazo em que dura um contrato bem como a existência do oportunismo, do
comportamento interesseiro e tendo em vista a racionalidade limitada (VALE e LOPES, 2010;
CADERNAS e LOPES, 2006). Os custos de transação aumentaram à medida com que
também se aumentou a complexidade dos mercados (CADERNAS e LOPES, 2006). Assim
sendo, em um mercado regional, simples, pautado por relações de confiança e com poucas
relações de transação esse custo seria menor. Como essas características tornam-se cada vez
XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção
Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.
5
menos comum nos mercados, os custos de transação estão cada vez mais presentes e com um
maior grau de complexidade na realidade das firmas.
Como dito anteriormente, a teoria dos Custos de Transação pode ser analisada no
momento da negociação. Portanto está intimamente relacionada com a relação contratual
entre os agentes, visto que estas relações são firmadas a fim de se reduzir as incertezas
futuras, por meio da tentativa de se prever todas as variáveis que podem influenciar futuros
resultados para uma empresa (CADERNAS e LOPES, 2006). Apesar disso, é impossível se
prever em um contrato todos os acontecimentos futuros que poderão acometer uma firma,
isso, pois os agentes possuem a racionalidade limitada, já apontada por Simon. Esta
característica impede que o futuro de qualquer empresa seja totalmente antevisto, e o torna
portanto, incerto (CADERNAS e LOPES, 2006).
Essa teoria surge sob o arcabouço teórico de Ronald Coase (1937) e Douglass North
(1991) apud Gois, et. al. (2012). Essa abordagem possui enfoque sob as estruturas de
governança e também se preocupa com as regras para conformação de estruturas de
governança que fomentam as transações. Assim sendo, é importante se discutir a firma e os
custos ligados à sua organização (GOIS, et. al., 2012). Para Prado e Souza (2009) citado por
Gois et. al. (2012) a Economia dos Custos de Transação busca entender a origem das firmas e
as formas organizacionais mais eficientes. Dessa forma os autores evidenciam a necessidade
da criação de mecanismos ou estratégias para se reduzir esses custos de transação.
Para Williamson (1981) citado por Gois et. al (2012) na Economia de Custos de
Transação, a transação é em si uma unidade de análise central sobre a qual se buscam
identificar atributos e os custos associados com a concretização das práticas de negociação
entre agente e principal. Isso por meio da comercialização, troca ou compartilhamento de
recursos. Desse modo, para o custo de transação, as relações contratuais de uma firma a
integração da organização com outros agentes. Ainda de acordo com esses autores, deve-se
considerar em uma organização a racionalidade limitada bem como o nível de imperfeição de
informações que estão presentes.
Autores como Cadernas e Lopes (2006) propõem mecanismos de superação de
problemas ocasionados por esses motivadores dos custos de transação. Desse modo os autores
sugerem que um desses mecanismos poderia ser a utilização do modelo de organização
hierárquica, pois permitiria o monitoramento do comportamento dos agentes por meio da
supervisão direta, auditoria e outros mecanismos de controle (CADERNAS e LOPES, 2006).
De acordo com Cadernas e Lopes (2006), quanto maior a incerteza e a racionalidade limitada
de uma transação, maior será também a propensão em se utilizar a forma hierárquica de
poder.
Considerando essa racionalidade limitada, devem ser planejadas estruturas com níveis
de salvaguarda e reciprocidade entre as partes que negociam. Nesse sentido também, além das
estruturas de governança ter o poder de influenciar na Economia dos Custos de Transação,
também o grau de especificidades de ativos pode ser papel influenciador, visto que este fator
pode determinar a frequência com que podem ocorrer as transações (GOIS et. al,2012).
Para Almeida e Machado Filho (2013) uma empresa pode optar por buscar vantagens
através da criação de ativos especializados em parceria com os agentes da aliança estratégica.
Como ativos, não são considerados apenas os ativos físicos, mas também a especificidade
local, especificidade humana, especificidade temporal dentre outras.
Dentre os aspectos que caracterizam a “racionalidade limitada” nas organizações,
pode-se citar o fator assimetria de informações, visto que uma organização é composta por
XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção
Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.
6
uma complexidade de contratos e transações. Essa característica ocasiona o que se chama de
oportunismo daqueles que possuem informações privilegiadas (GOIS, et. al., 2012; VALE e
LOPES, 2010). Todos esses fatores contribuem para uma incapacidade dos agentes da
estrutura em preverem com precisão o futuro.
De acordo com Cunha et. al (2013) as formas de governança podem ser analisadas
pela economia dos custos de transação, sendo que possuem duas vertentes, a abordagem da
governança (de Williamson, 1985) e a abordagem do custo de mensuração (de Barzel, 1982).
Para Cunha et. al. (2013) essas duas vertentes são importantes para a compreensão das
relações contratuais entre os agentes econômicos. Para a primeira abordagem é prioritária a
discussão dos atributos da transação como: frequência, especificidade de ativos e incertezas.
Já para a segunda, o foco da análise deve ser sob a dificuldade de mensuração dos atributos
relevantes da transação, gerado pela existência da assimetria de informação. Dentre os
aspectos que podem alterar os custos de mensuração, pode-se citar a tecnologia de
mensuração de alguns atributos e a padronização (BARZEL, 2001; GOIS et. al., 2012).
Assim sendo, por meio da padronização e pelo desenvolvimento tecnológico de uma firma é
possível se reduzir os custos de transação. Cunha et. al. (2013), sugerem ainda que o custo de
mensuração é um aspecto-chave na definição do escopo de uma firma.
Cunha et. al. (2013), trabalham os custos de transação em diferentes ambientes
institucionais, isso por que para esses autores, o ambiente institucional é o principal
responsável por determinar também os custos de transação bem como é responsável também
por diminuir as assimetrias. Assim sendo, esse ambiente analisado por esses autores se refere
ao mercado de produtos alimentícios.
Williamson (1985) citado por Cunha et. al. (2013) ressalta a existência dos custos de
transação ex post e ex ante, este se relaciona com os custos para preparar, negociar e
salvaguardar um contrato, já os custos ex post se referem aos custos de monitoramento, ajuste
e adaptação, causados por falhas, erros, omissões e mudanças inesperadas.
As empresas pressionadas a tomarem uma decisão de produzir podem investir em uma
alternativa intermediária, desenvolvendo, por exemplo, parcerias com fornecedores. Sendo
que esta escolha está vinculada aos fatores associados às características e condições da
transação a ser efetuada, que impactam nos custos de transação, como por exemplo, as
especificidades dos ativos e a frequência das transações e os riscos ligados à dinâmica do
ambiente de negócios (VALE e LOPES, 2010; BRONZO e HONÓRIO, 2005)
De um modo geral, a teoria dos custos de transação dedica-se ao estudo do
comportamento organizacional nas interfaces entre hierarquia e mercado, ou seja, entre os
mecanismos de governança (VALE e LOPES, 2010; CADÉRNAS e LOPES,2006).
Apesar das importantes discussões feitas pela Teoria dos Custos de transação no que
se refere à realidade e complexidade que envolve as firmas e organizações, esta teoria também
tem recebido críticas como, por exemplo, o fato de não explicar devidamente os contextos
mais amplos, bem como por ter seu foco orientado para transações que envolvem ativos
físicos em detrimento dos ativos intangíveis (BRONZO e HONÓRIO, 2005).
3. Metodologia
XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção
Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.
7
Serão apresentados nestes tópicos como foi feita a revisão sistemática proposta no
objetivo deste trabalho, bem como sua importância para o conhecimento de uma temática
específica.
3.1 Revisão Sistemática
Foi feita uma revisão sistematizada, de um banco de dados, contento em seus aspectos
principais o termo estratégia e custos de transação. Para seleção desse banco de dados, foi
realizado um procedimento sistematizado de busca, considerando algumas bases de pesquisa,
sendo elas: base Scopus e Scielo (portal capes), assim como a base Spell. Foi escolhida a meta
análise, pois de acordo com Weed (2005), esta forma de revisão sistemática envolve uma
síntese interpretativa de pesquisas, sendo então utilizada para sintetizar resultados de
pesquisas já realizadas. Essa metodologia é utilizada para se conhecer um determinado tema
de pesquisa, assim como verificar o que já existe de pesquisa, para à partir de então se
contribuir para essa data área temática.
Aplicando essa conceituação de Weed (2005), aos estudos de sobre custos de
transação que abordam diretamente a temática de estratégia, esta revisão será útil para se
conhecer parte do que existe de pesquisa nesse tema. Assim como realizado por Passos et. al.
(2006) para cada um dos trabalhos selecionados foi feito um fichamento com alguns
elementos considerados básicos: questão/problema de investigação, objetivos, referencial
teórico, procedimentos metodológicos de coleta e análise de dados e principais resultados. Foi
considerado para a realização da meta análise, os aspectos qualitativos dos trabalhos, como a
análise por fichamento e comparação dos trabalhos.
3.2 Sistematizações da pesquisa
As principais bases de busca foram: portal Scielo, Spell e Scopus. Quanto à busca no
Scielo, (Scientific Eletronic Library Online), buscou-se neste portal as palavras-chaves custos
de transação, a fim de direcionar a busca, foi escolhido apenas os trabalhos pertencentes à
área temática de administração. Dos 27 artigos encontrados, 4 relacionam a teoria dos custos
de transação com a temática da estratégia e por esse motivo, estes foram selecionados para
análise. Dessa forma, foram encontrados apenas 5 artigos. Destes 5 apenas 3 foram
selecionados por estarem de fato condizentes com o tema.
Quanto à busca na base Scopus, uma das maiores base de dados de trabalhos
acadêmicos, buscou-se, na pesquisa avançada, os mesmos termos feitos nas buscas anteriores
buscou-se pelas palavras chave: “transaction cost theory”, essa pesquisa abrangeu todos os
anos e o tipo de documento a ser pesquisado foi do tipo “artigo”. Foram encontrados 1.978
artigos. Com a finalidade de refinar e facilitar a pesquisa, foram selecionados apenas os
artigos publicados neste ano de 2013 (93 artigos). Ainda depois de selecionar esses trabalhos,
foi feita a filtragem pelas áreas: ciências sociais e administração. Assim sendo, sobraram 61
artigos. Destes apenas 3 artigos, versavam sobre essa temática aplicada aos estudos em
estratégia.
Quanto a busca no portal Spell (Scientific Periodicals Electronic Library), este é um
portal que assim como os demais escolhidos para a pesquisa, também disponibiliza muitos
trabalhos científicos e se concentra nas áreas de Administração, Contabilidade e Turismo.
XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção
Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.
8
Foi então, feito neste portal a busca avançada, nesta busca, foram selecionadas as opções:
“artigos” e a área temática de “administração”. Foram encontrados assim, 64 artigos. Destes,
foram encontrados 3 artigos discutindo a temática estratégia.
4. Contribuições dos custos de transação para os estudos em estratégia
Os custos de transação existem e tornam-se cada vez mais perceptíveis à medida que
aumenta a complexidade do mercado. Dessa forma, também essa complexidade exige das
empresas o desenvolvimento de novas estratégias. De acordo com Vale e Lopes (2010) a
globalização, o avanço da microeletrônica e das novas tecnologias de informação passaram a
exigir das empresas novas posturas, diferentes formas de inserção no mercado e distintos
mecanismos de interação e comunicação. Surgem então as estratégias colaborativas. Em
outras palavras surge a necessidade do desenvolvimento de alianças estratégicas para se
reduzir os custos de transação e assim obter-se vantagem competitiva.
Para Almeida e Machado Filho (2013) a teoria dos custos de transação desempenha
um papel de explicação do ambiente institucional bem como de mecanismos de crescimento
da empresa, facilitando assim a compreensão da literatura da gestão estratégica da
contemporaneidade.
Os custos de transação possuem como característica o estudo das interfaces existentes
entre hierarquia e mercado, que representam casos polares de organização da atividade
econômica. Entre esses casos polares estão às formas híbridas, onde se inserem as parcerias
empresariais. E é exatamente neste ponto que podem ser encontradas as parcerias estratégicas
(VALE e LOPES, 2010). Dentre as estratégias que uma empresa pode criar, está a negociação
com os fornecedores, sendo esta utilizada quando as empresas são pressionadas a tomarem
decisão entre produzir um bem internamente ou adquiri-lo no mercado (VALE e LOPES,
2010).
A escolha da melhor estratégia a ser adotada por uma empresa depende de uma série
de fatores associados às características e condições que uma transação será efetuada, tendo
assim impacto nos custos de transação. Podem ser incluídos nestes fatores, a especificidade
dos ativos envolvidos na transação, a frequência das transações e os riscos presentes ou
futuros (VALE e LOPES, 2010). Vale e Lopes (2010), ainda exemplificam que em condições
em que os custos de transação quanto à realização de parcerias forem menores, a empresa
poderá se associar a um ou mais fornecedores (VALE e LOPES, 2010).
Um exemplo dessas estratégias colaborativas é tratado por Almeida e Machado Filho
(2013) no setor de biocombustíveis. De acordo com esses autores, este setor com as mudanças
e exigências de mercado, e principalmente após a crise de 2008, precisou pensar em
estratégias para manterem sua atuação, dentre essas estratégias houve a necessidade de fusões,
aquisições e principalmente de alianças estratégicas.
No caso deste setor de biocombustíveis, uma das principais vantagens das alianças
estratégias é o compartilhamento de experiências, conhecimentos e tecnologias entre as
empresas parceiras (ALMEIDA e MACHADO FILHO,2013) . No que se refere à influencia
de outras teorias nos estudos em estratégia, Vale e Lopes (2010) que não é algo recente, visto
que dentre esses estudos, pode-se destacar as contribuições da teoria econômica desde o
início do século XX tem voltado sua atenção para mecanismos estratégicos de cooperação
empresarial.
XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção
Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.
9
Do ponto de vista dos estudos dos custos de transação, o ambiente institucional é visto
como instável e turbulento, onde empresas aliadas buscam reduzir riscos provenientes de
incertezas e mudanças (CUNHA et. al., 2013). O ambiente, para a teoria dos custos de
transação contribui significativamente para os planos estratégicos e operacionais de uma
empresa. As próprias alianças estratégicas são criadas devido à incerteza ambiental e ao
desejo de proteger os mercados. Dentre esses fatores geradores de instabilidade no ambiente
pode-se citar: políticas governamentais, mudanças sociais e condições econômicas instáveis
(SAMBASIVAN et. al., 2013; CUNHA et. al., 2013). No que se refere às estratégias, Cunha et. al. (2013), aponta que uma das estratégias
desenvolvidas pelas organizações em um ambiente institucional, é a busca pela redução dos
custos de transação. Para esses autores, por meio da padronização, como por exemplo a
utilização da certificação é possível se obter essa vantagem. Os autores apontam ainda que o
ambiente institucional de um dado mercado, é importante e possui capacidade de influência
nas estruturas de governança.Assim sendo, a influência dos custos de transação e de
mensuração na estrutura de governança irão depender de cada local ou país que está uma
firma.
No que se refere às características estratégicas para suprirem as exigências dos
consumidores, Cunha et. al. (2013) ao aplicarem seu estudo em uma rede varejista,
identificaram que esse tipo de empresa adotam o uso de contratos com os fornecedores, sendo
essa uma estratégia de criação e captura de valor neste setor. Muitos estudos desenvolvidos
no campo da economia dos custos de transação estão interessados em determinar quais
condições as empresas devem gerenciar internamente certas operações e em quais
circunstâncias tais operações devem ser desintegradas verticalmente, por meio das estratégias
de terceirização (BRONZO e HONÓRIO, 2005)
De acordo com Williamson (1985) citado por Sambasivan et. al. (2013) uma empresa
pode expor-se ao comportamento oportunista até mesmo por seu parceiro de aliança se
investimentos significativos foram feitos para ativos específicos de relacionamento, existe
ainda nas alianças estratégicas a incerteza de relacionamento dos envolvidos por causa das
condições de mercado. Para a proteção contra esses comportamentos oportunistas os autores
sugerem que sejam utilizadas fases de governança, sendo elas: partilhas de propriedade,
cláusulas contratuais e governança relacional.
Uma outra contribuição dos pensadores da Teoria dos Custos de Transação para a
abordagem da estratégia, se refere à terceirização. Bronzo e Honório (2005) trazem a questão
sobre o que a empresa deve produzir sob o controle interno e quais atividades ela deve
terceirizar. De acordo com os autores e sob o ponto de vista da Teoria dos Custos de
Transação, é necessário se analisar a presença de ativos específicos nas relações contratuais,
além disso é importante considerar os comportamentos dos agentes (racionalidade limitada e
oportunismo) e os fatores ambientais do próprio contexto institucional.
Os recursos de ativos específicos tratados pelos custos de transação, se relacionam com
os recursos como tempo, dinheiro e outros recursos necessários à atividade da empresa. No
caso das alianças estratégicas a especificidade de ativos aumenta a confiança entre os
parceiros e assim também o capital chamado de “capital relacional” (SAMBASIVAN et. al.
,2013) .
Sambasivan et. al (2013) ao fazerem uma análise dos custos de transação e influências
destes em casos de alianças estratégicas, ressaltam que muitos dos motivadores destes custos,
como por exemplo o comportamento oportunista, poderiam ser tratados por ferramentas de
XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção
Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.
10
gestão relacional, de modo a contribuir para este tipo de capital e criar valor para os agente
envolvidos.
De acordo com Almeida e Machado Filho (2013) quanto maior é a capacidade dos
agentes envolvidos em uma aliança estratégica, de alinhar as operações com estruturas de
governança para minimizar os custos de transação e maximizar valor, maior também será o
potencial para gerar rendas relacionais.
Gois et. al. (2012) acredita que para o sucesso das alianças estratégicas uma outra
forma que pode auxiliar a gestão e contribuir para uma adequada governança é a utilização de
aspectos de controle e monitoramento nas estruturas. Esses aspectos implicam a composição
de arranjos contratuais, que apesar de ampliar a dependência entre os agentes, também
fortalecem os laços de comprometimento e de confiança para se chegar a um modelo eficiente
de atuação no mercado. Deve-se considerar entretanto que essa confiança não poderá ser
plena, pois existem os problemas que ocasionam os custos de transação e a teoria da agencia,
como por exemplo o comportamento de caráter oportunista por um dos agentes. É necessário
também considerar a incompletude dos contratos.
Levando em consideração essa incompletude contratual, Bronzo e Honório (2005)
ressaltam a existência de três tipos de contratos, sendo eles: contratos clássicos (tipos
ocasionais de relacionamento), contratos do tipo neoclássico (reconhece a racionalidade
limitada) e contratos relacionais (existe interesse das partes em manter a relação, alto risco de
compra do ativo no mercado). Este último é tratado por Sambasivan et. al. (2013).
As alianças estratégicas podem representar uma condição favorável para se lidar com a
especificidade de ativos e com a redução dos custos de transação, desde que exista também
uma estrutura institucional adequada, planejada e voltada para o gerenciamento com
qualidade das diferentes partes que fazem parte dessas alianças (GOIS et. al., 2013). Para
Gois et. al. (2013) é importante ainda considerar que uma aliança estratégica não é capaz de
realizar o controle absoluto dos direitos de propriedade, da mesma forma os objetivos dos
agentes se modificam. Em uma aliança estratégica, passa a ser necessária a
administração do todo complexo produtivo (GOIS et. al, 2013).
De acordo com Almeida e Machado Filho (2013) os modelos organizacionais que
emergem de alianças estratégicas, são muito sensíveis aos conflitos de governança. Por um
lado esse tipo de aliança proporciona menores custos, mas por outro motiva os custos de
agência que pode inclusive ameaçar a estabilidade da aliança. Os autores demonstram ainda
casos alianças que acabaram por se romper, pois não souberam gerenciar esses problemas.
5. Considerações finais
Foi possível analisar nas pesquisas nas bases: Scielo, Scopus e Spell que os estudos
que tratam a Teoria dos Custos de Transação, juntamente com a temática de estratégia, não é
algo recente, tanto que Vale e Lopes (2010) ainda ressaltam que a teoria dos custos de
transação tem sido muito utilizados nos estudos em estratégia, podendo ressaltar os estudos
que envolvem a cooperação empresarial (VALE e LOPES, 2010). Ademais todos os trabalhos
citavam Williamson (1985), que seria um dos principais autores e pensadores desta teoria.
Este autor então contribuiu para a definição da teoria, que por si só já se relaciona com a
temática estratégia.
XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção
Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.
11
É necessário se pensar a estratégia em um todo maior, sendo que neste todo um dos
motivadores das firmas a pensarem em estratégias é a necessidade de se pensar maneiras para
reduzirem os custos de transação e obterem então vantagens competitivas. Ademais os custos
de transação se relacionam com a estratégia em outro ponto, visto que para reduzir custos e
objetivar ganhos, as firmas tem praticado o que se chama de estratégias colaborativas, ou
alianças estratégicas já citadas por Vale e Lopes (2010). De acordo com Vale e Lopes (2010),
cada perspectiva teórica detém um conjunto específico de premissas e concepções. A
contribuição da teoria dos custos de transação traz que a cooperação é uma estratégia, a ser
escolhida que contribui para menores custos e maiores ganhos das firmas. Considerando o
cenário de custos, racionalidade limitada e assimetria de informações, muita das vezes as
empresas são obrigadas a buscarem parcerias e desenvolverem estratégias de alianças.
Essa escolha apesar de ser uma alternativa que as firmas criaram para sobreviverem
em meio à complexidade do ambiente, também envolve e requer outros cuidados, dentre eles
a gestão e governança do próprio custo de transação, que pode aparecer entre empresas
parceiras. Assim sendo, até mesmo para uma firma adotar e se inserir em uma aliança
estratégica, é necessário uma boa governança do conjunto de empresas, bem como é
necessário se definir claramente o tipo de relação e dependência entre os agentes.
Dentre os estudos analisados, todos fazem relação com os custos de transação e as
estratégias colaborativas especificadamente, ou alianças estratégicas. Outro fator também
apontado pelos trabalhos foi a importância do ambiente institucional para a criação de
estratégias e formação dos custos de transação. Então, é correto afirmar que cada ambiente
institucional pode requerer estratégias diversas para se reduzir custos e aumentar ganhos, isso,
pois os custos de transação dependem de uma série de fatores como: políticos e institucionais.
No que se refere às limitações do trabalho e sugestões de pesquisas futuras, ressalta-se
a necessidade de trabalhos que relacionem a estratégia com outras teorias, visto que de acordo
com Sambasivan et.al. (2013) para a compreensão da estratégia são necessárias várias teorias
e não apenas a teoria dos custos de transação.
Existe também a necessidade de estudos que consideram o papel dos custos de
transação como motivador para a criação de alianças estratégicas bem como de estudos que
tratem sobre maneiras em de gestão e cooperação nas alianças estratégicas (SAMBASIVAN
et. al., 2013).
6. Referências Bibliográficas
ALMEIDA, L. F.; MACHADO FILHO, C. A. P.. Sharing competences in strategic alliances:
a case study of the Cosan and Shell biofuel venture. Revista de Administração da
Universidade de São Paulo, v. 48, n. 2, 2013.
BARZEL, Y. Organizational forms and measurement costs. Journal of Institutional and
Theoretical Economics, 161, 357-373. doi:10.1628/093245605774259291 .2005.
BRONZO, M. e HONÓRIO L. . "O institucionalismo e a abordagem das interações
estratégicas da firma." RAE eletrônica 4: 0-0.2005
XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção
Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.
12
CÁRDENAS, L. Q. e LOPEs F. D. ."A formação de alianças estratégicas: uma análise teórica
a partir da teoria da dependência de recursos e da teoria dos custos de transação." Cadernos
EBAPE.BR 4: 01-08.2006
CUNHA, C. F.; SAES, M. S. M.; MAINVILLE, D. Y. Análise da complexidade nas
estruturas de governança entre supermercados e produtores agrícolas convencionais e
orgânicos no Brasil e nos Estados Unidos: a influência do custo de transação e de
mensuração. Revista de Administra&ccdeil; ão da Universidade de São Paulo, v. 48, n. 2,
2013.
DUARTE, A. P., Em busca de uma visão total da estratégia. Relações Internacionais,
Lisboa, n. 32, dez. 2011 . Disponível em:
<http://www.scielo.gpeari.mctes.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-
91992011000400013&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 0 set. 2013.
FONSECA, V. S. da; MACHADO-DA-SILVA, C. L.. Conversação entre abordagens da
estratégia em organizações: escolha estratégica, cognição e instituição. Rev. adm. contemp.,
Curitiba, v. 14, n. spe,Sept. 2010
GOIS de, P. H.; BORGES, W. J.;SOUZA, J. P. Estratégia e os aspectos de
monitoramento/controle nos subsistemas estritamente coordenados DOI: 10.5585/riae. v11i1.
1781. Revista Ibero-Americana de Estratégia-eISSN: 2176-0756, v. 11, n. 1, p. 204-224,
2012.
JARZABKOWSKI, P. Strategy as practice: recursiveness, adaptation, and practices-in-use.
Organization studies, v. 25, n. 4, p. 529-560.2004.
KALE,P; SINGH M. Managing strategic alliances: what do we know now, and where do we
go from here. The Academy of Management Perspectives, 23 (3) (2009), pp. 45–62. 2009
MINTZBERG, H.; AHLSTRAND, B.; LAMPEL, J. Safári de Estratégia. São Paulo:
2°Edição. 2010.
PASSOS, C. L. Brancaglion et al. Desenvolvimento profissional do professor que ensina
Matemática: Uma meta-análise de estudos brasileiros. Revista Quadrante, Lisboa, v. 15, n.
1/2, p. 193-219, 2006.
PORTER, M. Estratégia competitiva. Rio de Janeiro: Campus, 1996.
XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção
Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.
13
SAMBASIVAN, M., L. SIEW-PHAIK, Abidin Mohamed, Z. Leong, Y. C.."Factors
influencing strategic alliance outcomes in a manufacturing supply chain: Role of alliance
motives, interdependence, asset specificity and relational capital." International Journal of
Production Economics 141(1): 339-351.2013
SOUZA, C. M. L. d. Entre o planejamento estratégico formal e informal: um estudo de caso
exploratório sobre a prática de estratégia nas organizações. Revista de Administração
Contemporânea 15: 855-876.2011.
VALE, G. M. V. e LOPES H. E. G. (2010). "Cooperação e alianças: perspectivas teóricas e
suas articulações no contexto do pensamento estratégico." Revista de Administração
Contemporânea 14: 722-737.
WEED M. “Meta Interpretation”: A method for the Interpretive Syntheses of Qualitative
Research. Forum: Qualitative Social Research. 2005