estratÉgia de gÉnero na funÇÃo pÚblica 2009-2013 · em moçambique, o papel da mulher no seio...
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ESTRATÉGIA DE GÉNERO
NA FUNÇÃO PÚBLICA
2009-2013
Aprovada pela Resolução nº 26 / 2009 de 27 de Maio, pelo Conselho de Ministros, na sua 7ª Sessão Ordinária,
de 31 de Março de 2009
ESTRATÉGIA DE GÉNERO NA FUNÇÃO PÚBLICA 2009-2013
Índice
I. Introdução............................................................................................................ 3
II. Estratégia de Género para a Função Pública ................................................... 6
1. Visão..................................................................................................................... 6
2. Misão.................................................................................................................... 6
3. Princípios Enformadores.................................................................................... 6
3.1 Princípio da integração do género ou do gender mainstreaming.................6
3.2 Princípio da igualdade...................................................................................... 7
3.3 Princípio da não discriminação........................................................................ 7
3.4 Princípio da equidade de género..................................................................... 7
3.5 Princípio da dignidade no trabalho................................................................. 7
3.6 Princípio da conciliação trabalho/família........................................................ 7
4. Objectivos Estratégicos e Acções a Desenvolver........................................... 8
4.1 Grandes Áreas Acção ....................................................................................... 9
4.1.1. Política...............................................................................................10
4.1.2. Legislação.......................................................................................... 14
4.1.3. Organização...................................................................................... 16
4.1.4. Procedimentos.................................................................................18
4.1.5. Formação.......................................................................................... 22
4.1.6. Informação/Comunicação............................................................... 26
Siglas e Acrónimos...................................................................................................29
Anexo: Quadro Geral Estratégia.............................................................................32
ESTRATÉGIA DE GÉNERO NA FUNÇÃO PÚBLICA 2009-2013
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I. Introdução
Nas sociedades democráticas a eliminação das discriminações com base no sexo e a promoção da
igualdade e equidade de género constituem valores fundamentais que devem pautar a vida social, familiar
e profi ssional dos cidadãos, modelando as relações entre estes e os poderes públicos.
Contudo, trata-se de um percurso nem sempre linear e que se encontra associado a profundas questões
culturais inerentes à história e evolução de cada país e do seu povo, encontrando-se as relações de género
tradicionalmente marcadas por estereótipos, que, actualmente, perdem razão de ser.
Em Moçambique, o papel da mulher no seio da família, da sociedade e do Estado, tem registado
importantes marcos, desde os tempos da luta de libertação nacional.
Durante a luta de libertação nacional, promoveu-se e incentivou-se a integração e participação activa da
mulher, não só em actividades produtivas, educativas e de âmbito social, como também em frentes de
combate. Esta participação impulsionou a criação da Organização da Mulher Moçambicana, estrutura de
enquadramento e orientação da mulher na batalha pela sua emancipação.
Na senda do princípio que guiou a luta de libertação nacional, até o seu triunfo com a proclamação da
independência, a Constituição da República sempre exaltou o princípio da igualdade de género.
Moçambique tem vindo a conhecer progressos assinaláveis no domínio das relações de género, o que
tem contribuído para fortalecer o papel da mulher na sociedade e no aparelho do Estado, sendo de
realçar o crescimento da sua representatividade no parlamento, com 37% dos deputados, no Conselho
de Ministros, com 28%, ao nível de Governadores Provinciais, com 18%, de Administradores Distritais,
com 15%, de Secretários Permanentes, com 31% e no sector da justiça, com 37% dos magistrados.
Porém, apesar destes progressos, ainda existem desafi os na consolidação do papel da mulher no
desenvolvimento político e sócio-económico do país.
O Governo de Moçambique dispõe já de uma Política de Género e Estratégia de Implementação (PGEI). No
entanto, constata-se a necessidade de prosseguir esforços no sentido de assegurar a garantia da igualdade
entre homens e mulheres, ainda não consolidada, em muitos sectores da sociedade moçambicana.
Foi, assim, considerada prioritária a aprovação, pelo Governo no âmbito da Reforma do Sector Público, de
uma Estratégia de Género para a Função Pública (EGFP) que, no contexto da Reforma do Sector Público,
se constitua, não só como um instrumento facilitador de promoção da igualdade e equidade de género
na Função Pública e de eliminação das discriminações com base no sexo, mas também, como um factor
impulsionador das necessárias mudanças, nesse mesmo sentido, nos demais sectores da sociedade.
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Na base da elaboração da EGFP esteve um Diagnóstico no qual, tendo-se situado o tema do género trabalho
no actual contexto do país, se procedeu a uma análise, com algum grau de detalhe, das diferentes vertentes
que, de uma forma ou de outra, estão associadas à questão do género na Função Pública, devidamente
enquadradas nos vários documentos de referência sobre políticas e medidas internacionais, nacionais e
sectoriais com impacto no domínio em apreço.
Foram, assim, identifi cados os principais instrumentos de política governamental com relevância no
género, bem como as organizações internacionais de que Moçambique é Estado membro e ainda alguns
dos principais instrumentos de direito internacional que lhe são aplicáveis.
Também as Políticas, Estratégias e Planos governamentais com relevância no Género constituíram um
enquadramento indispensável sobre o pensamento e actuação do Governo neste domínio, tendo norteado
o desenho da presente Estratégia de Género para a Função Pública.
Adicionalmente, foram identifi cados os diferentes órgãos de soberania – Governo e Órgãos Locais do
Estado – e das Estruturas Centrais e Locais do Sector Público com intervenção no género destacando-se,
ao nível central, os Ministérios da Mulher e Acção Social e da Função Pública, pelas óbvias implicações
das responsabilidades de cada um neste domínio e, ao nível local, as Direcções Provinciais da Mulher e
Acção Social e os Serviços Distritais de Saúde, Mulher e Acção Social. Mereceram, ainda, especial destaque
os mecanismos para a igualdade.
Por fi m, efectuou-se a caracterização da Função Pública em duas perspectivas: a nível legislativo, através
do levantamento e sistematização da principal legislação sobre a gestão de recursos humanos na Função
Pública, compreendendo o estudo e análise do Estatuto Geral dos Funcionários do Estado e de outra
legislação complementar com vista à caracterização do sistema, mas também à identifi cação de eventuais
medidas discriminatórias; ao nível estatístico, através dos dados estatísticos disponibilizados pelo Ministério
da Função Pública e que permitiram efectuar uma breve análise estatística na perspectiva de género.
A caracterização e diagnóstico efectuados revelaram-se fundamentais à elaboração da Estratégia cuja Visão,
Missão e princípios enformadores são enunciados de forma clara e sucinta, a que se segue a identifi cação
de seis grandes áreas de acção sobre as quais se entende deverem incidir, especifi camente, os objectivos
estratégicos e as acções a desenvolver – política, legislação, organização, procedimentos, formação e
informação/comunicação.
A selecção destas seis áreas teve como base a análise das desigualdades que foram sendo detectadas ao
longo do diagnóstico de género no país, em geral, e na Função Pública, em particular. Estas seis áreas
surgem, assim, como os domínios em que é prioritário actuar, a fi m de se dar uma resposta consistente
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e adequada às necessidades constatadas, propondo-se, para cada uma delas, um conjunto de acções com
a identifi cação das respectivas entidades responsáveis e envolvidas.
A forma de apresentação e lançamento da Estratégia são factores que podem contribuir largamente para
o seu sucesso, tal como o são a monitorização da sua execução e a avaliação dos seus resultados. A sua
execução e acompanhamento exige um quadro institucional bem defi nido e adaptado aos objectivos
a atingir, não sendo, no entanto, aconselhável a criação de novas estruturas – deve-se, pelo contrário,
recorrer às entidades já existentes para a implementação e coordenação das acções a desenvolver.
Deste modo, a nível político, a entidade máxima de implementação e monitorização da EGFP é o Conselho
de Ministros, que exercerá essa função através do Ministro que superintende a área da Mulher e Acção
Social, cabendo à Comissão Interministerial para a Reforma do Sector Público (CIRESP) a coordenação
e defi nição das linhas gerais de actuação, as prioridades a estabelecer e o fornecimento da informação a
prestar pelo Ministro que superintende a área da Mulher e Acção Social ao Conselho de Ministros.
Através do Diagnóstico efectuado, verifi ca-se uma maior ocorrência de situações de desigualdade de
género no contexto de certas regiões, bem como particulares problemas em alguns sectores de actividade,
o que obrigará a um reforço na implementação das acções do Plano nestas regiões e sectores, em particular
no que respeita às áreas da Formação e Informação/Comunicação.
São, assim, identifi cados, como critérios que devem presidir à identifi cação das regiões e sectores
prioritários o maior desequilíbrio nas relações de género e os sectores de actividade com problemas
particulares, devendo identifi car-se os Ministérios onde existe maior segregação horizontal e vertical e
os Ministérios com maior capacidade para infl uenciar a mudança de paradigma do papel da Mulher.
Por outro lado, propõe-se que a implementação, monitoria e avaliação da EGFP se integre no Sistema
Nacional de Planifi cação, especialmente nos Planos e Estratégias Sectoriais e no Plano Económico e
Social do Governo (PES), bem como nos respectivos sistemas de monitoria e avaliação, o que pressupõe,
também, a sua integração no Sistema de Orçamentação, em particular no Cenário Fiscal de Médio Prazo
e no Orçamento de Estado.
A monitoria deverá ocorrer através do sistema e instrumentos de monitoria dos planos do Governo,
nomeadamente através do Balanço do PES e do Relatório de Execução Orçamental.
Pretende-se, também, que as acções programadas na implementação da EGFP sejam integradas nas
acções correntes de planifi cação, desenvolvimento e gestão de Recursos Humanos reduzindo os custos
adicionais que, a existiram, deverão resultar, especialmente, da divulgação da Estratégia.
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A Estratégia de Género para a Função Pública constitui um sinal inequívoco do cometimento do Governo na
promoção da igualdade na Função Pública e no combate às discriminações com base no sexo, contribuindo
para a consolidação de um sistema mais justo e equilibrado gerador de forte impacto na sociedade.
II. Estratégia de Género para a Função Pública
1. Visão
A Estratégia de Género na Função Pública (EGFP) visa garantir e reforçar as condições de exercício
dos direitos à igualdade de oportunidades e de tratamento e de não discriminação com base no sexo,
ou noutros factores com ele relacionados, designadamente, na orientação e formação profi ssional, no
ingresso, na promoção e na progressão na carreira, no acesso a postos de direcção e chefi a, nas condições
de trabalho, e na conciliação da actividade profi ssional e com a vida familiar, fazendo da Função Pública
um exemplo de boas práticas que possa ser replicado noutros sectores da sociedade.
2. Missão
A Estratégia tem por missão, através da integração da dimensão da igualdade e da equidade de género,
em todas as suas fases, e de iniciativas coerentes e complementares direccionadas para áreas consideradas
estratégicas, corrigir as desigualdades de facto existentes na Função Pública e fazer de cada funcionário
um agente para a igualdade nos serviços que presta à colectividade.
3. Princípios Enformadores da EGFP
Com excepção do princípio da integração do género, que é um princípio operativo, e que, por isso, aparece
colocado em primeiro lugar, todos os princípios que a seguir se enunciam correspondem a direitos que
se encontram consagrados nos mais importantes instrumentos de direito internacional sobre direitos
humanos. Por esta razão, a EGFP, é uma estratégia de promoção de direitos humanos, que visa, através
da Função Pública, a extensão do seu reconhecimento à população em geral.
3.1. Princípio da integração do género ou do gender mainstreaming
A igualdade de oportunidades e de tratamento entre funcionárias e funcionários só poderá ser atingida se
constituir um desígnio e uma prioridade de todos, em todas as áreas e em todas as esferas de actividade,
e tanto ao nível central como local. Por esta razão, a Estratégia considera a integração da dimensão da
igualdade de género, como um princípio operativo, que a tem que enformar em todas as vertentes –
política, legislação, organização, procedimentos, formação e informação/comunicação – e que a atravessa
em todos as suas fases, desde o diagnóstico à defi nição de políticas, objectivos, acções, implementação,
acompanhamento, avaliação e fi nanciamento.
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3.2. Princípio da igualdade
O princípio da igualdade de género, conjuntamente com o princípio da não discriminação, surgem como os dois grandes princípios sobre os quais assenta toda a Estratégia. A igualdade, para efeitos da Estratégia, é, não apenas uma igualdade de direitos (igualdade perante a lei e na lei), mas também de oportunidades e de tratamento. Por outro lado, não se contenta com uma igualdade formal entre funcionários e funcionárias, visando promover uma igualdade de facto, através da correcção de certas características sistémicas da Função Pública geradoras de desigualdade.
3.3. Princípio da não discriminação
Para a presente Estratégia, o princípio da não discriminação impõe a ausência de qualquer discriminação, directa ou indirecta, baseada no sexo, isto é, implica que nenhum funcionário possa ser privilegiado, benefi ciado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão do sexo, ou de qualquer outro factor com ele relacionado, como a maternidade, a paternidade e as responsabilidades familiares.
3.4. Princípio da equidade de género
A Estratégia assenta na justa distribuição de benefícios, recompensas e oportunidades entre funcionários e funcionárias. No cumprimento deste princípio procura-se eliminar os estereótipos de género, que remetem a mulher para esfera privada, atribuindo-lhe a responsabilidade principal pelo cuidado da família, e o homem para a esfera pública, atribuindo-lhe as responsabilidades profi ssionais.
3.5. Princípio da dignidade no trabalho
Para a presente Estratégia, tanto o homem como a mulher têm um direito inalienável a ser tratados com dignidade no trabalho. O princípio da dignidade no trabalho implica promover a sensibilização, a informação e a prevenção de todas as formas de assédio, em particular do assédio sexual, no local do trabalho ou em relação com o trabalho, e a protecção dos funcionários contra tais comportamentos.
3.6. Princípio da conciliação trabalho/família
O direito ao trabalho e o direito de constituir família são dois direitos fundamentais de todo o ser humano, homem ou mulher. A Estratégia de Género para a Função pública assenta no reconhecimento destes dois direitos e aposta na sua conciliação como factor de realização pessoal e de equilíbrio e bem-estar social.
4. Objectivos Estratégicos e Acções a Desenvolver
A Constituição da República inclui nos “Objectivos fundamentais” do Estado moçambicano a defesa e
a promoção dos direitos humanos e da igualdade dos cidadãos perante a lei, e consagra, no seu Título
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III - Direitos, deveres e liberdades fundamentais, nos “Princípios gerais”, o “Princípio da igualdade de
género”, segundo o qual o homem e a mulher são iguais perante a lei em todos os domínios da vida
política, económica e social.
Sendo o género, em todas as sociedades, uma das principais fontes de tratamento desigual entre as
pessoas, não é de admirar que a Constituição tenha sentido a necessidade de reconhecer o princípio da
igualdade de género como um dos seus princípios fundamentais.
Todavia, apesar dos esforços que vêm sendo desenvolvidos, a todos os níveis, os indicadores, desagregados
por sexo, constantes do Diagnóstico efectuado, revelam uma situação de desigualdade, de facto, entre
homens e mulheres, quer no que concerne à sociedade em geral, quer à Função Pública. Na origem desta
situação encontram-se factores históricos e culturais ligados à organização da sociedade e ao papel nela
desempenhado por homens e por mulheres.
São conhecidas as interacções entre género, pobreza, subdesenvolvimento e propagação do HIV e SIDA,
pelo que, constituindo o combate à pobreza, a promoção do desenvolvimento e a redução do número
de infecções por HIV e SIDA objectivos centrais da política do Estado, como decorre nomeadamente
do PQG, do PARPA, da PGEI e da inserção da questão do HIV e Sida em todos estes Planos, Programas e
Políticas, bem como nos Planos sectoriais, a igualdade de género não poderia deixar de estar associada
a estes objectivos.
A necessidade de promover a igualdade de género e o empoderamento das mulheres, na família e
no espaço público, não decorre apenas de razões de justiça social, mas também de exigências do
desenvolvimento, como é reconhecido nos diversos instrumentos internacionais aplicáveis (com particular
destaque para os ODM, a CEDAW, a CADHP e o seu Protocolo relativo aos Direitos da Mulher
em África), e nacionais (como é o caso da Agenda 25, do PQG, do PARPA II, da PGEI e PNAM), cujos
princípios e objectivos, devidamente adaptados ao contexto da Função Pública, se encontram, aliás,
vertidos na EGFP.
Tudo o que se acaba de referir é válido para a Função Pública, não obstante as mulheres na Função
Pública, apesar das desigualdades existentes, nomeadamente ao nível do ingresso e da progressão na
carreira, terem um nível educacional similar ao dos homens, o que as coloca num patamar superior de
desenvolvimento, o que não signifi ca que não sejam vítimas de eventuais discriminações.
Uma estratégia de género para a Função Pública, tendo em conta o diagnóstico de género elaborado,
passa, assim, essencialmente, por: i) uma maior abertura às mulheres – que continuam a constituir
uma minoria; ii) pela correcção das desigualdades de facto que as atingem, em particular a nível do
ingresso, promoção, progressão na carreira e do acesso a postos de direcção e chefi a; iii) pelo combate
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às discriminações múltiplas de que são vítimas; e também iv) pela promoção de uma partilha mais
equilibrada entre homens e mulheres das responsabilidades familiares.
Com efeito, se os cuidados da família continuarem a assentar exclusiva ou predominantemente sobre as
mulheres, apenas com esforço acrescido elas poderão continuar a assegurar de forma adequada os deveres
inerentes ao seu cargo ou posto de trabalho, o que contraria uma verdadeira igualdade de género.
Assim sendo, uma estratégia de género para a Função Pública deve ser dirigida não apenas às
mulheres, mas também aos homens. De salientar que uma participação equilibrada dos homens e das
mulheres na vida profi ssional e na vida familiar constitui não só um benefício para ambos, mas também
uma condição necessária ao bem-estar da família e ao desenvolvimento económico e social, pelo que
deverá ser um dos objectivos a atingir no que concerne aos funcionários públicos.
4.1. Grandes Áreas de Acção
A Estratégia de Género para a Função Pública elegeu seis áreas principais de acção:
4.1.1. Política
4.1.2. Legislação
4.1.3. Organização
4.1.4. Procedimentos
4.1.5. Formação
4.1.6. Informação/comunicação
A escolha destas seis áreas teve como base a análise das desigualdades que foram sendo detectadas ao
longo do diagnóstico de género no país, em geral, e na Função Pública, em particular. Estas seis áreas
surgem, assim, como os domínios em que é prioritário actuar, a fi m de se dar uma resposta consistente
e adequada às necessidades constatadas.
4.1.1. Política
À primeira vista pode parecer redundante incluir numa estratégia de género para a Função Pública como
área de acção privilegiada a política, uma vez que, em regra, a política antecede a estratégia, de que esta
é o desenvolvimento. No entanto, estratégia e política não são compartimentos estanques, na medida
em que uma e outra se entrelaçam na escolha do melhor caminho para a realização de determinados
objectivos.
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Como decorre do capítulo respeitante às políticas governamentais, o género encontra-se presente, quer
transversalmente, quer de forma específi ca, em todas as políticas tanto globais como sectoriais. É o que
acontece designadamente no PQG, no PARPA II, nos Planos Estratégicos Sectoriais e Provinciais e nas
políticas de combate ao HIV e SIDA.
Acresce que existe uma Política Global de Género e uma Estratégia para a sua Implementação, a PGEI, e
um Plano Nacional de Acção para o Avanço da Mulher (PNAM), dos quais emergem as políticas, estratégias
e planos sectoriais de género, adoptados por vários Ministérios, de que são exemplo a Educação, a Saúde
e a Agricultura. Estas políticas e estratégias sectoriais assumem um papel de grande relevância
no combate às desigualdades de género nos sectores específi cos a que se dirigem, pelo
que deverão ser mantidas e alargado o seu campo de acção. Trata-se, no entanto, de políticas e
estratégias viradas para o exterior da Função Pública, isto é, que visam introduzir uma perspectiva de
género nos serviços prestados à colectividade em resposta às necessidades sociais cuja satisfação cabe
aos Ministérios assegurar.
Assim, à excepção da PGEI e do PNAM, nenhuma destas políticas sectoriais de género contempla
especifi camente a Função Pública, a qual, tal como a sociedade em geral, enferma, ela própria, de
desigualdades de género. Ora, a Função Pública constituiu um sector chave para uma política e uma
estratégia de mainstreaming de género, em todos os domínios e a todos os níveis, na medida em que os
funcionários públicos se encontram presentes na elaboração, execução, acompanhamento e avaliação
de todas as políticas, inclusive da política orçamental.
Por todos estes motivos, impõe-se, não só a defi nição de uma estratégia de género para a Função Pública,
mas também que nesta estratégia a política surja como uma área privilegiada de actuação. Com efeito,
sendo a política a arte de governar – isto é, cabendo-lhe a organização da sociedade – é prévia a todas
as outras actividades realizadas com o mesmo objectivo, que dela emergem.
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Objectivo estratégico 1 - Assumir, a nível político, a necessidade de mudança do paradigma
do papel da mulher na sociedade através de políticas gerais e sectoriais para a Função Pública
que alterem a cultura de desigualdade que subjaz a esse paradigma.
Acção 1.1 – Incorporar a perspectiva da igualdade de género de forma transversal no discurso
político respeitante à Função Pública.
Acção 1.2 – Incluir no portal dos Governos central, provincial e distrital um texto
orientador sobre a política de género que contemple a Função Pública.
Acção 1.3 – Defi nir, ao nível nacional, objectivos estratégicos e medidas operativas por áreas
prioritárias de intervenção, com vista à promoção da transversalidade da perspectiva de género
na Função Pública.
Acção 1.4 – Dotar as instituições da Função Pública com responsabilidades na promoção da
igualdade de género dos meios humanos e materiais para desempenhar efi cazmente as suas
funções.
Acção 1.5 – Garantir que a linguagem, o comportamento e as atitudes das lideranças da Função
Pública a todos os níveis favoreçam a igualdade e a equidade de género e não transmitam
estereótipos de género e discriminação.
Acção 1.6 – Promover a consciencialização de que o assédio sexual e outros comportamentos de
dirigentes ou colegas que, em razão do sexo, afectem a dignidade dos funcionários são inaceitáveis
e acarretam sanção disciplinar.
Acção 1.7 – Estabelecer formas de articulação que permitam às organizações não governamentais
(ONGs) e ao Grupo de Coordenação de Género (GCG), que trabalham na promoção da igualdade
de género, participar na implementação, acompanhamento e avaliação da EGFP.
Objectivos estratégicos e acções a desenvolver
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Objectivo estratégico 2 – Assegurar a integração da igualdade de género na defi nição,
implementação e avaliação das políticas para a Função Pública, por todos os actores implicados
a nível central, provincial e distrital.
Acção 2.1 – Garantir que em todos os processos de tomada de decisão das lideranças da Função
Pública é ponderada a sua repercussão no género e são respeitados os princípios da igualdade
e da equidade.
Acção 2.2 – Adoptar directivas para que as propostas para o OE de cada sector, província e
distrito sejam elaboradas de forma a promover a igualdade de género e a prevenir eventuais
impactos negativos.
Acção 2.3 – Criar condições que garantam o acesso das mulheres a todos os sectores do aparelho
do Estado e a todos os cargos, qualquer que seja o seu nível de responsabilidade, de modo a dar
resposta às suas aspirações, interesses e capacidades e a promover um melhor aproveitamento
dos recursos humanos disponíveis.
Acção 2.4 – Adoptar programas de orientação e formação profi ssional destinados a incentivar o
acesso das mulheres a carreiras da Função Pública predominantemente masculinas, em particular
ligadas às novas tecnologias.
Acção 2.5 – Promover a investigação e a realização de estudos sobre as causas e as consequências
da segregação horizontal e vertical na Função Pública.
Acção 2.6 – Fazer de cada funcionário um agente da mudança do paradigma do género na
sociedade.
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Objectivo estratégico 3 – Promover uma partilha mais equilibrada das responsabilidades dos
funcionários e das funcionárias no trabalho combatendo os estereótipos de género.
Acção 3.1 – Garantir que a maternidade, a paternidade e as responsabilidades familiares não
constituem um motivo de discriminação.
Acção 3.2 – Dinamizar a realização de acções de sensibilização sobre os direitos relativos às
licenças de maternidade e paternidade dos funcionários.
Objectivo estratégico 4 – Promover uma participação mais equilibrada de homens e de mulheres
nos processos de tomada de decisão a todos os níveis.
Acção 4.1 – Promover a representação das mulheres nos processos de decisão na Função Pública,
designadamente o seu acesso a cargos de direcção e chefi a.
Acção 4.2 – Incentivar a criação de redes de troca de experiências de mulheres em posições de
responsabilidade na Função Pública.
Acção 4.3 – Lançar periodicamente campanhas de informação e sensibilização tendo como alvo
funcionários e abertas ao público, destinadas a alterar atitudes e comportamentos e a valorizar
uma participação equilibrada na tomada de decisão
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4.1.2. Legislação
A legislação desempenha um papel fundamental na promoção da igualdade e equidade de género e no combate às discriminações com base no sexo.
Neste domínio, o Comité para a Eliminação da Discriminação contra as Mulheres, no seu exame do Relatório Nacional apresentado por Moçambique em cumprimento da CEDAW (2007) convidou o Governo a trabalhar com o Parlamento na revisão da legislação em todas as áreas em que existam provisões discriminatórias e a estabelecer sanções para o não cumprimento da proibição de discriminação contra as mulheres.
O EGFE que se encontra actualmente em vigor já foi revisto e o EGFAE aprovado não inclui disposições discriminatórias. Contudo, os dados sobre a Função Pública, desagregados por sexo, revelam que a percentagem de mulheres no aparelho do Estado é bastante inferior à dos homens e que as mulheres se encontram nos mais baixos postos da escala hierárquica tendo, consequentemente, uma remuneração média inferior à dos homens, sendo poucas as que atingem postos de direcção ou chefi a.
Em relação a estas matérias, de referir que Moçambique ratifi cou as Convenções da OIT nos 100 e 111, respectivamente, sobre “Igualdade de remuneração entre trabalhadores masculinos e femininos” e “Não discriminação no emprego e profi ssão”, bem como a Convenção das Nações Unidas para a Eliminação de todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres, todas aplicáveis à Função Pública. Note-se que o Comité para a Eliminação da Discriminação contra as Mulheres chamou a atenção para a situação de desvantagem e discriminação em que se encontram as mulheres em relação aos homens no mercado do trabalho em Moçambique, que se refl ecte na sua menor representação no sector privado e público, na diferença salarial e no acesso a compensações fi nanceiras e outros benefícios e recomendou a adopção de medidas que favoreçam o acesso das mulheres a posições de tomada de decisão, designadamente na administração pública.
A este propósito, importa salientar que a Lei do Trabalho (Lei 23/2007, de 1 de Agosto), para além de consagrar um princípio de igualdade e não discriminação com base no sexo, estabelece que “não são consideradas discriminatórias as medidas que benefi ciem certos grupos desfavorecidos, nomeadamente em função do sexo (…) com o objectivo de garantir o exercício em condições equivalentes dos direitos previstos (…) e de corrigir uma situação factual de desigualdade que persista na vida social.”. Assim, no que concerne ao sector privado e aos trabalhadores do Estado que não sejam funcionários públicos, a lei já prevê a possibilidade de adopção de medidas especiais, ou de acção afi rmativa, como também são designadas, com o objectivo de garantir a igualdade de facto entre homens e mulheres.
Uma lacuna do actual EGFE, que foi já colmatada na sua revisão, respeita ao assédio sexual. Tratando-se
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de uma forma de discriminação que assume um grande melindre, sobretudo quando envolve dirigentes, e que pode ter repercussões muito negativas na situação profi ssional daqueles que são dela vitimas, o tratamento desses casos, independentemente de um eventual recurso aos tribunais, deve ser tratado também sede de procedimento disciplinar.
Finalmente, na formulação dos textos legais deve ser utilizada, na medida do possível, uma linguagem isenta de sexismo, dado que a linguagem que faz prevalecer o masculino sobre o feminino, ignorando a existência de mulheres na Função Pública, prejudica a identidade social das mulheres e constitui um entrave a uma efectiva igualdade de género,
Objectivo estratégico 1 – Assegurar que a legislação aplicável à Função Pública se encontra elaborada numa perspectiva de género e respeita os princípios da igualdade e da não discriminação com base no sexo.
Acção 1.1 – Assegurar que actos de discriminação com base no sexo sejam tratados disciplinarmente na função pública e caso tenham índole criminal, sejam encaminhados para tratamento judicial.
Acção 1.2 – Promover a transposição para a legislação nacional respeitante à Função Pública das recomendações e orientações estratégicas internacionais em matéria de igualdade de género.
Objectivos estratégicos e acções a desenvolver
Objectivo estratégico 2 – Combater a segregação horizontal e vertical na Função Pública.
Acção 2.1 – Adoptar medidas de acção afi rmativa, nos domínios do recrutamento, da selecção, da promoção e da progressão nas carreiras da Função Pública, que estabeleçam, em igualdade de condições, nos regulamentos dos concursos um critério de preferência em relação sexo sub-representado, bem como no domínio da selecção para acções de capacitação e formação.
Objectivo estratégico 3 – Garantir a protecção da maternidade.
Acção 3.1 – Alargar gradualmente a protecção da maternidade de modo a atingir os níveis
previstos na Convenção da OIT n.º 103 (1952).
16
ESTRATÉGIA DE GÉNERO NA FUNÇÃO PÚBLICA 2009-2013
4.1.3. Organização
A análise da estrutura do aparelho do Estado revela, no que concerne aos Ministérios da Mulher e da
Acção Social e da Função Pública, a ausência de mecanismos que permitam assegurar uma verdadeira
integração da perspectiva de género na Função Pública. É certo que, ao nível do Conselho de Ministros,
esta perspectiva encontra-se assegurada pela Ministra responsável pelo sector. No entanto, ao nível das
outras estruturas do aparelho do Estado, tanto central como local, apesar do papel de coordenação
desempenhado pelos Secretários Permanentes e pela Direcção Nacional da Mulher e Acção Social, e de
existirem interligações informais entre responsáveis pelos serviços, essas interligações não se encontram
institucionalizadas.
Esta situação é particularmente notória no que respeita ao CNAM, onde o Ministério da Função Pública
não se encontra representado, e à Comissão Interministerial para a Função Publica, onde o Ministério
da Mulher e da Acção Social não se encontra representado, mas verifi ca-se também, por exemplo, com o
ISAP e os IFAPAs, que não têm relações institucionalizadas com a DNM, apesar da lei lhes atribuir funções
no domínio da formação e capacitação em matérias relativas ao género.
Por outro lado, não se encontra ainda concluída a descentralização dos serviços com competências na
promoção da igualdade de género, uma vez que o MMAS não se encontra representado em todos os
distritos, o mesmo acontecendo com os CPAM.
Acresce que, tendo sido recentemente lançado o Anuário Estatístico dos Funcionários e Agentes do
Estado, há que dar continuidade a esta acção através da divulgação dos principais indicadores de género
na Função Pública, de modo a permitir o acompanhamento da evolução da situação neste domínio.
De acordo com a Estratégia Global de Reforma do Sector Público (EGRSP), a reforma visa não apenas a
reorganização do sector público, mas atender aos interesses da sociedade no seu conjunto, consolidando
o Estado de Direito Democrático. Assim, deve ser informada por uma perspectiva de género, a qual
pressupõe organismos estruturados, articulados e descentralizados, que cubram todo o País, com
competências em matéria de igualdade de género, ou capazes de incorporar a dimensão da igualdade
de género nas suas competências, e funcionários capacitados para integrar a perspectiva do género na
implementação e monitoria dos planos e dos orçamentos sectoriais.
17
ESTRATÉGIA DE GÉNERO NA FUNÇÃO PÚBLICA 2009-2013
Objectivo estratégico 1 – Promover uma efi caz coordenação entre serviços da área do Género
e da Função Pública, com vista a gerar sinergias e a eliminar a duplicação de acções.
Acção 1.1 – Integrar como convidado permanente a representação do Ministério da Função
Pública no CNAM e nos CPAMs, e o MMAS na CIFP.
Objectivos estratégicos e acções a desenvolver
Objectivo estratégico 2 – Dotar a Função Pública de mecanismos para a igualdade, que integrem
a dimensão do género nos programas, planos e orçamentos do respectivo sector, acompanhem a
sua implementação, dinamizem as acções previstas na EGFP e nas estratégias sectoriais e elaborem
propostas de solução para as desigualdades detectadas.
Acção 2.1 – Descentralizar os CPAMs criando delegações em todos os distritos.
Acção 2.2 – Defi nir o interface com a sociedade civil e, designadamente, os mecanismos para
o efeito.
Objectivo Estratégico 3 – Promover a caracterização dos recursos humanos da Função Pública
numa perspectiva de género
Acção 3.1 – Realizar e divulgar estudos de diagnóstico sobre a evolução da presença da mulher
em cargos de tomada de decisão ao nível da Função Pública.
Acção 3.2 – Disponibilizar no site oficial do Ministério da Função Pública informação
permanentemente actualizada de carácter geral sobre os recursos humanos da Função Pública,
desagregada por sexo, bem como informação sobre a evolução da situação da mulher na Função
Pública.
Acção 3.3 – Assegurar no boletim de informação do Ministério Função Pública a inclusão dos
principais indicadores de género na Função Pública e de outra informação pertinente.
18
ESTRATÉGIA DE GÉNERO NA FUNÇÃO PÚBLICA 2009-2013
4.1.4. Procedimentos
A escolha dos procedimentos como uma área de acção da Estratégia de Género para a Função Publica
resulta da constatação de que, ao nível dos comportamentos e da linguagem utilizada, tanto por dirigentes
como por colegas, não é raro transparecer alguma desconsideração em relação à capacidade das mulheres
para realizarem determinadas tarefas ou exercerem determinadas funções (por exemplo, conduzir
viaturas). Embora não se trate propriamente de situações susceptíveis de penalização, são geradoras de
um ambiente de trabalho desfavorável às mulheres, susceptível de lhes criar inibições ou de pôr em causa
a sua auto-estima, o que tem naturalmente repercussões no seu desempenho e, por consequência, na
sua progressão na carreira. Outro facto constatado foi que a frequência e intensidade da ocorrência de
situações deste tipo varia com as regiões e com as características urbanas ou rurais em que se inserem
os respectivos serviços da Função Pública.
Esta cultura de desigualdade de género é favorecida por determinados procedimentos administrativos
que, ainda que de forma não claramente explícita, inculcam nas pessoas a ideia de que o acesso à Função
Pública, ou a determinados lugares da Função Pública, deve ser reservado preferencialmente aos homens.
Isto acontece quando, por exemplo, os anúncios de ofertas de emprego mencionam apenas o género
masculino, ou quando a maternidade ou as responsabilidades familiares das mulheres são, ainda que
de forma inconsciente, consideradas na avaliação do desempenho ou na escolha para determinados
cargos.
No entanto, o facto de muitos dos procedimentos referidos serem, em regra, praticados de forma
inconsciente e aceites, sem reacção, pelas mulheres, de tal modo se encontra arreigada na sociedade
uma cultura de desigualdade de género, torna particularmente difícil a sua eliminação. Efectivamente, a
lei pouco pode contribuir para a sua eliminação, a qual passa sobretudo por uma educação assente no
respeito dos direitos humanos, em particular das mulheres, que veicule valores de igualdade de género,
pela formação e sensibilização à problemática do género e pela adopção de políticas que favoreçam a
igualdade e a não discriminação. Por isso, são tão importantes as acções propostas na presente Estratégia
no domínio da Política, da Organização dos serviços, da Formação e da Informação/Comunicação.
Apesar do que se acaba de referir, há medidas legislativas que podem também contribuir para uma melhoria
da situação descrita, algumas das quais já se encontram consagradas, designadamente nas atribuições do
1Cf. “Emitir orientações metodológicas no âmbito da gestão e desenvolvimento dos recursos humanos” e “promover (….) o sentido de responsabilidade, os princípios éticos e deontológicos e as boas práticas de liderança”.
2Cf. “Emitir as recomendações necessárias para prevenir irregularidades e/ou ilegalidades”.
19
ESTRATÉGIA DE GÉNERO NA FUNÇÃO PÚBLICA 2009-2013
Ministério da Função Pública, pelo que há apenas que lhes dar cumprimento tendo em consideração a
perspectiva de género que deve enformar toda a actividade da Função Pública.
Referimo-nos, designadamente, às atribuições constantes do Decreto Presidencial n.º 13/2007, de 16
de Outubro, e do Decreto n,º 60/2007, de 17 de Dezembro, no que concerne à Gestão Estratégica e
Desenvolvimento dos Recursos Humanos do Estado , Procedimentos Administrativos e Fiscalização e
Inspecção do Estado . Com efeito, se as atribuições constantes dos diplomas citados forem executadas
em conformidade com os princípios da igualdade e equidade de género, muitos procedimentos
administrativos discriminatórios, ou que têm subjacentes em si concepções não igualitárias sobre o papel
dos homens e das mulheres na Função Pública, poderão ser eliminados.
Outro domínio onde é possível actuar, de modo a tornar mais igualitários os procedimentos administrativos,
prende-se com o papel a desempenhar pelos Gestores de Recursos Humanos. Efectivamente, se estiverem
atentos à forma de actuação dos intervenientes nos procedimentos administrativos e se forem capazes
de introduzir a perspectiva da igualdade de oportunidades e de tratamento, poderão agir no sentido de
prevenir ou corrigir decisões e formas de actuação menos adequadas.
Além disto, é necessário que os próprios Funcionários não aceitem passivamente comportamentos
e procedimentos que atinjam os seus direitos e que possam reclamar desses comportamentos e
procedimentos, através dos canais hierárquicos que se encontram legalmente instituídos, sem correrem
o risco de serem vítimas de qualquer forma de retaliação.
Finalmente, é necessário que se consolide na Função Pública a cultura de Boa Governação assegurando
a transparência e a neutralidade das decisões, combatendo os estereótipos de género, o que favorece
o estabelecimento de um clima de verdadeira igualdade que contribue para a promoção do estatuto da
mulher.
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ESTRATÉGIA DE GÉNERO NA FUNÇÃO PÚBLICA 2009-2013
Objectivo estratégico 1 – Garantir a neutralidade de género e a transparência dos procedimentos
e decisões respeitantes aos funcionários.
Acção 1.1 – Tornar acessíveis aos interessados a fundamentação das decisões que lhes digam
respeito e garantir a instauração de processos de audiência prévia e de reclamação.
Acção 1.2 – Integrar a perspectiva de género nos procedimentos e decisões respeitantes à
Função Pública.
Objectivo estratégico 2 – Garantir que a linguagem utilizada nos documentos emanados da
Função Pública respeita os princípios da igualdade e da não discriminação com base no sexo.
Acção 2.1 – Veicular a perspectiva da igualdade de género e da não discriminação na linguagem
escrita e visual, nomeadamente nos impressos, documentos, publicações e sites das instituições
públicas e dos respectivos serviços.
Acção 2.2 – Criar nos serviços públicos uma cultura de igualdade, exigindo que o comportamento
e a linguagem dos dirigentes e funcionários públicos respeitem os princípios da igualdade e da
equidade de género.
Objectivos estratégicos e acções a desenvolver
3 Cf. “Promover o respeito pela legalidade, potenciando a acção educativa na moralização da Função Pública” e “ Monitorar a realização de auditorias administrativas no âmbito da verifi cação da efi cácia dos sistemas e práticas de organização e de gestão dos recursos humanos”.
21
ESTRATÉGIA DE GÉNERO NA FUNÇÃO PÚBLICA 2009-2013
Objectivo estratégico 3 – Tornar visível o comprometimento e empenho da Função Pública
na promoção da igualdade e da equidade de género e no combate à discriminação com base no
sexo.
Acção 3.1 – Garantir uma representação de género equilibrada na composição dos júris de
concursos.
Acção 3.2 – Garantir que os Planos e Relatórios de Actividades de todos os Ministérios, bem como
os respectivos Balanços Sociais, identifi cam, quanto à gestão do pessoal, as acções desenvolvidas
para promover uma repartição equilibrada de funcionários nos postos de tomada de decisão e
para corrigir a segregação horizontal e vertical existente.
Acção 3.3 – Elaborar em cada Ministério estudos de diagnóstico e de impacto de género das
políticas e acções desenvolvidas em relação aos seus funcionários, como instrumento de apoio
a decisões futuras.
Acção 3.4 – Atribuir prémios e outras distinções aos serviços das instituições do Estado e de
outros organismos que integrem a dimensão da igualdade de género.
4.1.5. Formação
É unanimemente aceite que qualquer estratégia para atingir a igualdade de género passa pelo acesso
das mulheres à educação. A necessidade de aumentar a escolarização das mulheres, bem como, no que
se refere à Função Pública, de se apostar na formação em Género, tanto de mulheres como de homens,
constitui uma das principais áreas de actuação da EGFP.
Neste domínio, importa realçar que Moçambique dispõe de um Instituto Superior de Administração
Pública (ISAP), instituição de ensino superior tutelada pelo Ministério da Função Pública que tem por
missão promover a boa governação através da capacitação dos dirigentes e quadros em funções de
direcção, elevando as suas capacidades de liderança e conhecimentos técnico-profi ssionais em matérias
de Administração Pública – bem como de Institutos de Formação em Administração Pública e Autárquica
– instituições de ensino médio, tuteladas pelo mesmo Ministério.
Os IFAPAs, através das delegações nas províncias de Maputo, Beira e Lichinga, encontram-se, actualmente,
presentes nas três regiões do País – Norte, Centro e Sul – e o ISAP está a abrir polos nos mesmos
locais.
22
ESTRATÉGIA DE GÉNERO NA FUNÇÃO PÚBLICA 2009-2013
Assim, já existe uma cobertura razoável do País em termos de instituições de formação de funcionários
públicos. No entanto, no que concerne ao ISAP, os cursos leccionados não abordam a problemática do
género, nem de forma específi ca nem transversal, apesar do Comité para a Eliminação da Discriminação
contra as Mulheres ter considerado como um dos pontos críticos no cumprimento da CEDAW, por
Moçambique, a não integração da Convenção e da legislação com ela relacionada na formação dos
profi ssionais de direito, dos funcionários públicos e dos pontos focais de género, a todos os
níveis.
Uma das metas traçadas pelo ISAP é formar até 2025 todos os dirigentes da Administração Pública,
dispondo para o efeito de vários cursos que abrangem temáticas como liderança, organização, gestão
estratégica, gestão de recursos humanos, etc.
Verifi cando-se, porém, que na Função Pública, a nível central, as mulheres dirigentes não chegam a atingir
um terço dos homens, é de concluir que poucas serão incluídas na meta a atingir, o que contraria o
estabelecido na PGEI quanto à necessidade de incentivar o acesso das mulheres a posições de infl uência
na sociedade. Assim, quanto a esta formação, é necessário fl exibilizar o público-alvo no que concerne
às mulheres.
Deste modo, os critérios de selecção dos candidatos (grau académico, categoria, antiguidade) e uma
partilha desigual das responsabilidades familiares colocam as mulheres numa situação de desvantagem
no acesso à formação, dadas as desigualdades de género que caracterizam a Função Pública e a sociedade
em geral.
Quanto às matérias incluídas nos cursos dos IFAPAs, verifi ca-se a mesma ausência de uma abordagem
de género, salvo nos cursos modulares, onde existe uma disciplina sobre HIV e SIDA e Género. De
salientar, que apesar das difi culdades referidas, a mulheres são actualmente maioritárias na formação
fornecida pelos IFAPAs.
Como resultado do que se acaba de referir, a formação em género assegurada pelos institutos de formação
da Função Pública é insufi ciente, sendo, por conseguinte, indispensável desenvolver esforços quer na
formação dos formadores destas instituições, quer na defi nição de metodologias, programas e acções
de formação que contemplem a problemática do género, tanto de forma transversal como específi ca. De
facto, a formação em igualdade de género implica trabalhar duas vertentes: uma primeira, transversal, que
consiste na integração da perspectiva de género em toda a formação ministrada; e, uma segunda, mais
específi ca, que está directamente relacionada com os direitos e deveres em matéria de igualdade e não
discriminação, em geral e na Função Pública. Acresce que toda a formação em género exige transmitir
23
ESTRATÉGIA DE GÉNERO NA FUNÇÃO PÚBLICA 2009-2013
aos formandos não apenas conhecimentos técnicos, mas trabalhá-los para uma verdadeira mudança
cultural de valores e de comportamentos.
No que concerne aos públicos alvo, é prioritário que esta formação seja dirigida especialmente a dirigentes
e quadros da Função Pública, de todos os sectores e a todos os níveis, em particular gestores de recursos
humanos, com vista a sensibilizá-los para as questões de género, de modo a produzir uma verdadeira
mudança nas suas práticas e atitudes. Acções de formação com um carácter mais geral devem igualmente
benefi ciar todos os outros funcionários.
Embora até aqui tenha sido apenas referida a formação em género a desenvolver pelas instituições da
Administração Pública particularmente vocacionadas para o efeito, é importante não esquecer o papel
desempenhado nesta área pelo MMAS, pelos mecanismos para a igualdade – em particular, pelo CNAM e
os CPAMs – bem como pelas universidades e pelas organizações da sociedade civil. Na verdade, é graças
aos esforços de todas estas entidades que as questões do género vêm adquirindo visibilidade no País e
se têm conseguido progressos em matéria de igualdade.
Assim sendo, cabe aos institutos de formação da Função Pública encontrar formas de articulação com
estas entidades, em especial com a Direcção Nacional da Mulher (DNM) e o CNAM, de modo a benefi ciar
do seu know how na concepção de políticas e estratégias de formação em género, bem como colaborar
na defi nição de metodologias, programas e acções que possam ser aplicadas aos funcionários públicos,
os quais deverão, com os devidos ajustamentos, ser disseminados em todos os sectores e a todos os
níveis.
Porém, não só os Institutos de Formação da Administração Pública que devem estar envolvidos na
formação em igualdade. Uma atenção particular deve ser também dada às Universidades, na medida em
que formam os futuros funcionários ou desenvolvem acções de pós-graduação que podem abrangê-los.
A integração da dimensão do género deveria ser assim tornada obrigatória nos estabelecimentos de
ensino que formam profi ssionais da educação, da saúde, do direito, em gestão de recursos humanos, e
em outras profi ssões que tendencialmente integram os quadros da Função Pública.
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ESTRATÉGIA DE GÉNERO NA FUNÇÃO PÚBLICA 2009-2013
Objectivo estratégico 1 – Promover a integração da dimensão do género em toda a formação
ministrada pelo ISAP e pelos IFAPAs e em certas Universidades e criar cursos específi cos em
matéria de igualdade e não discriminação com base no sexo.
Acção 1.1 – Colaborar com as universidades e outras instituições de ensino que disponham de
cursos sobre género, ou que integrem o género nos cursos de direitos humanos, com o MMAS,
o CNAM, com as ONG, o GCG e as agências especializadas das organizações internacionais que
desenvolvam actividades formativas neste domínio, na organização de cursos, programas e
metodologias adequadas à formação dos funcionários.
Acção 1.2 – Integrar a dimensão do género nos cursos de graduação e pós-graduação das
universidades para profi ssionais da educação, saúde, direito, gestão de recursos humanos e em
outras profi ssões que integram tendencialmente os quadros da Função Pública.
Acção 1.3 – Dotar os formadores do ISAP, dos IFAPAs e dos serviços de formação dos vários
Ministérios, das competências necessárias em matéria de género, tendo em consideração que
lhes cabe não só a disseminação de conhecimentos, mas também contribuir com a sua atitude
e linguagem para a alteração dos comportamentos e dos valores dos formandos e criar, em
articulação com o MMAS, o CNAM e os CPAMs, uma bolsa de formadores a nível central e
local.
Acção 1.4 – Utilizar a rede de serviços de formação dos diversos Ministérios, a nível central
e local, para a disseminação de programas e recursos formativos sobre igualdade de género,
planifi cação e orçamentação de género, protecção da maternidade e da paternidade.
Objectivos estratégicos e acções a desenvolver
25
ESTRATÉGIA DE GÉNERO NA FUNÇÃO PÚBLICA 2009-2013
Objectivo estratégico 3 – Aumentar o nível de qualifi cação das funcionárias como forma de
combater a segregação horizontal e vertical.
Acção 3.1 – Incentivar a educação e a formação das funcionárias públicas.
Acção 3.3 – Prever cursos de formação e reinserção profi ssional para funcionárias que, por razões
de saúde ou de maternidade, regressem ao trabalho após uma interrupção prolongada.
Objectivo estratégico 2 – Dotar dirigentes, aplicadores do Direito, inspectores, professores,
agentes da lei e ordem, prestadores de cuidados de saúde, e demais funcionários, a nível central,
provincial e distrital, das competências necessárias para a integração do género em toda a
actividade da Função Pública.
Acção 2.1 – Defi nir, em articulação com as entidades competentes, os perfi s formativos, os
referenciais de formação, os materiais de suporte à formação, bem como a certifi cação em
igualdade de género.
Acção 2.2 – Organizar cursos de formação para dirigentes, aplicadores do Direito, inspectores,
professores, agentes da lei e ordem, prestadores de cuidados de saúde, e funcionários a nível
central, provincial e distrital, que contemplem, entre outras matérias, o Direito nacional e
internacional dos direitos humanos, em particular da igualdade e não discriminação.
Acção 2.3 – Defi nir medidas de acção afi rmativa destinadas a corrigir as desigualdades de facto
no acesso aos cursos destinados a dirigentes.
Acção 2.4 – Desenvolver em todos os Ministérios, e nas instituições a nível central, provincial
e distrital, acções de formação para todos os funcionários sobre igualdade de género, protecção
da maternidade e da paternidade e não discriminação em geral, bem como sobre prevenção e
repressão do assédio sexual.
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ESTRATÉGIA DE GÉNERO NA FUNÇÃO PÚBLICA 2009-2013
4.1.6. Informação/ Comunicação
O Comité para a Eliminação de todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres, na sua apreciação
do Relatório sobre o cumprimento da Convenção por Moçambique (2007), chama a atenção para o facto
da Convenção ser insufi cientemente conhecida daquelas que visa proteger, isto é, das mulheres.
Esta situação ocorre não apenas em relação à Convenção, mas a todo o direito, nacional e internacional,
que trata da igualdade e da equidade de género. Ora, o desconhecimento dos direitos leva a que não
sejam invocados pelos seus titulares, mas, mais grave, que não sejam aplicados por aqueles a
quem incumbe garanti-los. Referimo-nos, designadamente, aos funcionários públicos, quer enquanto
sujeitos de direito (funcionários em geral), quer enquanto aplicadores de Direito (dirigentes, gestores
de recursos humanos, inspectores, instrutores de processos, etc.).
Por esta razão, é necessário defi nir uma estratégia de informação e comunicação, oral, escrita e visual,
direccionada para a promoção da igualdade e da não discriminação com base no sexo, ou em outros
factores que lhe estão associados, que transmita uma imagem da Função Pública que corresponda
efectivamente a essa realidade. Esta estratégia deve envolver os MMAS e MFP e as suas instituições
subordinadas e tuteladas, dadas as suas competências neste domínio, e os Órgãos provinciais.
Efectivamente, a informação e a sensibilização da Função Pública sobre as questões do género, dada a
sua proximidade dos cidadãos, são essenciais para a construção de uma sociedade inclusiva, capaz de
aproveitar todos os seus recursos humanos no sentido de um desenvolvimento sustentado.
Acresce que, na área da informação, a Função Pública tem vindo a construir, ao longo dos anos, relações
privilegiadas com organização internacionais e nacionais e representações diplomáticas que desenvolvem
actividades nas áreas da igualdade e da não discriminação com base no sexo, ou em outros factores com
ele relacionados, as quais podem fornecer materiais e apoio à realização de acções neste domínio, pelo
que há que maximizar essas articulações e gerar sinergias.
27
ESTRATÉGIA DE GÉNERO NA FUNÇÃO PÚBLICA 2009-2013
Objectivo estratégico 1 – Adoptar políticas de informação que promovam a igualdade de
género e combatam os estereótipos na Função Pública.
Acção 1.1 – Proceder à divulgação dos direitos e deveres dos funcionários públicos em matéria
de igualdade e não discriminação e protecção da maternidade e da paternidade em suportes
informativos redigidos de forma simples e apelativa e dar a conhecer os mecanismos para a sua
efectivação (recursos, reclamações, acesso aos tribunais, etc.).
Acção 1.2 – Utilizar a intranet, nos serviços onde exista, para informação sobre legislação
nacional e internacional aplicável em matéria de igualdade e não discriminação e protecção da
maternidade e paternidade.
Acção 1.3 – Elaborar um Guia de boas práticas de informação e de comunicação em matéria de
género a distribuir por todos os dirigentes e, em especial, pelos directores de recursos humanos
e pelos formadores.
Acção 1.4 – Afi xar cartazes, em todos os Ministérios, em locais de fácil acesso aos funcionários,
que inculquem nas pessoas o respeito pela igualdade e não discriminação com base no sexo.
Acção 1.5 – Desenvolver acções de informação e sensibilização para funcionários e para
público em geral com imagens de mulheres em actividades da Função Pública inovadoras ou
tradicionalmente masculinas com o objectivo de incentivar o seu acesso a essas actividades.
Acção 1.6 – Desenvolver materiais de comunicação com recurso a uma terminologia inclusiva da
dimensão do género, bem como imagens não veiculadoras de estereótipos de género, favorecendo
uma igual participação e valorização dos homens e das mulheres na Função Pública.
Objectivos estratégicos e acções a desenvolver
28
ESTRATÉGIA DE GÉNERO NA FUNÇÃO PÚBLICA 2009-2013
Objectivo estratégico 2 – Combater as discriminações múltiplas através de informação
adequada.
Acção 2.1 – Inserir nos sites do Governo e de cada Ministério os planos, programas
e acções desenvolvidos e a desenvolver em matéria de igualdade e não discriminação,
inclusive de prevenção e repressão do assédio sexual, destinados ao público em geral e
aos funcionários públicos em particular.
Acção 2.2 – Incentivar a realização nos serviços de debates/fóruns/workshops destinados
ao público em geral e aos funcionários públicos em particular, em que as questões de
género sejam discutidas.
Acção 2.3 – Inserir nos suportes de informação interna (Boletins Informativos ou outras
formas de comunicação interna) um espaço dedicado às questões da igualdade e da não
discriminação e incentivar a participações dos funcionários.
Objectivo estratégico 3 – Desenvolver uma política de colaboração com as organizações
internacionais e nacionais e as representações diplomáticas que desenvolvem actividades no país
nas áreas da igualdade e da não discriminação com base no sexo, ou em outros factores com ele
relacionados, com vista à obtenção de informação e troca de experiências.
Acção 3.1 - Solicitar o apoio das organizações internacionais e nacionais e das representações
diplomáticas sediadas no País no sentido de procederem à divulgação regular de informação sobre
conferências, seminários, legislação e outras actividades sobre igualdade de género ou com ele
relacionadas realizadas ou a realizar, a nível internacional ou nacional.
Acção 3.2 - Maximizar as articulações com as organizações internacionais e nacionais e as
representações diplomáticas, abrindo novos campos de colaboração, nomeadamente no apoio
à realização de acções de informação/ sensibilização e no fornecimento de materiais de suporte
a essas acções.
29
ESTRATÉGIA DE GÉNERO NA FUNÇÃO PÚBLICA 2009-2013
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ESTRATÉGIA DE GÉNERO NA FUNÇÃO PÚBLICA 2009-2013
31
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ESTRATÉGIA DE GÉNERO NA FUNÇÃO PÚBLICA 2009-2013
32
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33
ESTRATÉGIA DE GÉNERO NA FUNÇÃO PÚBLICA 2009-2013
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ESTRATÉGIA DE GÉNERO NA FUNÇÃO PÚBLICA 2009-2013
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#3 Organização
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ESTRATÉGIA DE GÉNERO NA FUNÇÃO PÚBLICA 2009-2013
36
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#4 Procedimentos
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ESTRATÉGIA DE GÉNERO NA FUNÇÃO PÚBLICA 2009-2013
37
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#5 Formação
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ESTRATÉGIA DE GÉNERO NA FUNÇÃO PÚBLICA 2009-2013
38
2.1
– D
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2.3.
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ção
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2 –
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ESTRATÉGIA DE GÉNERO NA FUNÇÃO PÚBLICA 2009-2013
39
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#6 Informação/ Comunicação
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ESTRATÉGIA DE GÉNERO NA FUNÇÃO PÚBLICA 2009-2013
40
1.6.
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