estimulador visual para eletrorretinografia com novo mÉtodo de dispersÃo de luz · 2012-07-27 ·...

29
FeSBE 2012 Resumo: 27.001 ESTIMULADOR VISUAL PARA ELETRORRETINOGRAFIA COM NOVO MÉTODO DE DISPERSÃO DE LUZ Autores 1 da Silva FILHO, M. 1 , VAZ, M. C. G. 2 , RODRIGUES, A. R. 1 Fisiologia - UFPA, 2 Núcleo de Medicina Tropical - UFPA Apoio Financeiro: CNPq, UFPA Resumo Objetivos Desenvolver um novo estimulador visual para registro eletrorretinográfico de campo total (ffERG), com portabilidade, facilidade de uso e flexibilidade na definição de protocolos de estimulação. Métodos O estimulador é composto de uma esfera para regularizar a distribuição de luz;dispersor de luz;canhão tricromático de luz e circuito eletrônico para linearizar a luminância dos LEDs.A esfera foi construída em acrílico com 65mm e recebeu 2 furos, um de 36mm e 3mm. O maior para acoplar a esfera na órbita ocular o outro para passar o dispersor de luz.Um disco de acrílico com 70mm e 12mm de espessura foi colado na esfera.O dispersor de luz foi feito em acrílico com 3mm de e 41mm de comprimento e foi jateamento com areia para aumentar a dispersão de luz.Um LED RGB de alta potência foi fixado em um disco de acrílico com 41mm e 10mm de espessura, onde se encaixa o LED.Um disco de alumínio com 41mm e 6,5mm de espessura dissipa o calor produzido pelo LED e ao mesmo tempo fixa todo o conjunto através de três parafusos do tipo Allen com 2mm na esfera. Uma peça de alumínio com 41mm e 15,5mm de altura suporta os conectores dos LEDs.Para linearizar a luminância dos LEDs,um circuito eletrônico converte variação de tensão elétrica proveniente de uma placa de áudio. Resultados O estimulador compreende um hardware de alta portabilidade e um software versátil e flexível.Em contraste com a maioria dos estimuladores correntemente em uso, o estimulador visual desenvolvido faz uso de materiais de baixo custo. Ele é pequeno, de tal forma a cobrir um olho de forma anatômica e confortável para o sujeito a ser examinado, enquanto que na maioria dos estimuladores usados para ffERG.Os 3 tipos de LEDs emitem luzes na faixa de λ longos, médios e curtos. Dessa forma,eles serão identificados através de todo o texto como LEDs R,G e B.Pelo aplicativo,foi possível controlar a intensidade luminosa dos três LEDs de modo independente.Os níveis de variação da intensidade luminosa devem variar como descrito por Mollon e Baker (1995).O aplicativo computacional permitiu também que três formas de geração de estimulação luminosa fossem escolhidas para a avaliação eletrorretinográfica: por pulso ou por funções periódicas.Como preconizado pelos protocolos definidos pela “International Society for Clinical Electrophysiology of Vision” (ISCEV), descritos em Marmor et al. (2009), deve ser observado um conjunto de especificações para a realização dos exames eletrorretinográficos clínicos padrões.Além dos protocolos clínicos de rotina, o sistema permitiu a realização de estimulação que segue o comportamento de uma variação periódica dos níveis de intensidade luminosa com o tempo (Kremers & Link, 2008; Kremers et al., 2010). Com essa intenção, foi possível, através do aplicativo computacional, escolher uma função de variação temporal de luminância a definição do valor de contraste de luminância,para cada um dos LEDs, assim como a frequência temporal,o valor de luminância média,o valor da fase e o tempo de estimulação,sendo possível a escolher a frequência temporal de 0,1 até pelo menos 50 Hz. Conclusão Nossos resultados confirmam o desempenho do estimulador quando comparado a modelos disponíveis no mercado, como por exemplo,o Ganzfeld Q450 SC (Roland Consult).

Upload: vukhue

Post on 21-Jan-2019

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

FeSBE 2012

Resumo: 27.001

ESTIMULADOR VISUAL PARA ELETRORRETINOGRAFIA COM NOVO MÉTODO DE DISPERSÃO DE LUZ

Autores 1da Silva FILHO, M.

1, VAZ, M. C. G.

2, RODRIGUES, A. R.

1 Fisiologia - UFPA,

2 Núcleo de

Medicina Tropical - UFPA

Apoio Financeiro: CNPq, UFPA

Resumo Objetivos Desenvolver um novo estimulador visual para registro eletrorretinográfico de campo total (ffERG), com portabilidade, facilidade de uso e flexibilidade na definição de protocolos de estimulação. Métodos O estimulador é composto de uma esfera para regularizar a distribuição de luz;dispersor de luz;canhão tricromático de luz e

circuito eletrônico para linearizar a luminância dos LEDs.A esfera foi construída em acrílico com ∅ 65mm e recebeu 2 furos,

um de ∅36mm e ∅3mm. O maior para acoplar a esfera na órbita ocular o outro para passar o dispersor de luz.Um disco de

acrílico com ∅ 70mm e 12mm de espessura foi colado na esfera.O dispersor de luz foi feito em acrílico com 3mm de ∅ e 41mm de comprimento e foi jateamento com areia para aumentar a dispersão de luz.Um LED RGB de alta potência foi

fixado em um disco de acrílico com ∅ 41mm e 10mm de espessura, onde se encaixa o LED.Um disco de alumínio com ∅ 41mm e 6,5mm de espessura dissipa o calor produzido pelo LED e ao mesmo tempo fixa todo o conjunto através de três

parafusos do tipo Allen com ∅ 2mm na esfera. Uma peça de alumínio com ∅ 41mm e 15,5mm de altura suporta os conectores dos LEDs.Para linearizar a luminância dos LEDs,um circuito eletrônico converte variação de tensão elétrica proveniente de uma placa de áudio. Resultados O estimulador compreende um hardware de alta portabilidade e um software versátil e flexível.Em contraste com a maioria dos estimuladores correntemente em uso, o estimulador visual desenvolvido faz uso de materiais de baixo custo. Ele é pequeno, de tal forma a cobrir um olho de forma anatômica e confortável para o sujeito a ser examinado, enquanto que na maioria dos estimuladores usados para ffERG.Os 3 tipos de LEDs emitem luzes na faixa de λ longos, médios e curtos. Dessa forma,eles serão identificados através de todo o texto como LEDs R,G e B.Pelo aplicativo,foi possível controlar a intensidade luminosa dos três LEDs de modo independente.Os níveis de variação da intensidade luminosa devem variar como descrito por Mollon e Baker (1995).O aplicativo computacional permitiu também que três formas de geração de estimulação luminosa fossem escolhidas para a avaliação eletrorretinográfica: por pulso ou por funções periódicas.Como preconizado pelos protocolos definidos pela “International Society for Clinical Electrophysiology of Vision” (ISCEV), descritos em Marmor et al. (2009), deve ser observado um conjunto de especificações para a realização dos exames eletrorretinográficos clínicos padrões.Além dos protocolos clínicos de rotina, o sistema permitiu a realização de estimulação que segue o comportamento de uma variação periódica dos níveis de intensidade luminosa com o tempo (Kremers & Link, 2008; Kremers et al., 2010). Com essa intenção, foi possível, através do aplicativo computacional, escolher uma função de variação temporal de luminância a definição do valor de contraste de luminância,para cada um dos LEDs, assim como a frequência temporal,o valor de luminância média,o valor da fase e o tempo de estimulação,sendo possível a escolher a frequência temporal de 0,1 até pelo menos 50 Hz. Conclusão Nossos resultados confirmam o desempenho do estimulador quando comparado a modelos disponíveis no mercado, como por exemplo,o Ganzfeld Q450 SC (Roland Consult).

FeSBE 2012

Resumo: 27.002

The effects of MeHg intoxication on the retinal glia.

Autores 1AIKAWA, J.

1, FERNANDES, L. C.

1, RIBEIRO-OLIVEIRA, C. A.

1, FILHO, R. B.

1 Biologia

Celular - UFPR

Apoio Financeiro: Fundação Araucária, CNPq

Resumo Objetivos Methyl mercury (MeHg) is a potent neurotoxicant that affects both the developing and mature central nervous system (CNS), causing severe neurological disturbances such as paresthesia constriction of the visual field. The Müller cell is the most important glial cell of the vertebrate retina; in the avascular retinae of many vertebrates (including mammals) it constitutes the only type of macroglial cells. Virtually every disease of the retina is associated with a reactive Müller cell gliosis that is characterized by both non-specific and specific responses. The most sensitive non-specific response to retinal diseases and injuries is the upregulation of the intermediate filament protein, glial fibrillary acidic protein (GFAP). Another non-specific Müller cell response is an activation of the extracellular signal-regulated kinases (ERKs) which was observed early during experimental retinal detachment, retinal ischemia-reperfusion, endotoxin-induced uveitis, as well as in the glaucomatous eye. Fos-related antigen 2 (Fra-2) is a member of the Fos family of transcription factors. Members of this family act by forming heterodimeric complexes with Jun proteins, which control gene expression through interaction with the activator protein 1 (AP-1) DNA consensus element. In addition, Fos family members can also form heterodimers with other partners, such as some ATF/CREB family members, thereby increasing the number of potential Fra target genes. FRA-2 expression is induced in neuronal injury models that do not involve cell death, in which reactive gliosis lasts two weeks. The purpose of this report was to verify the effects of MeHg intoxication on the retinal glial activation. Métodos To achieve this aim, male Wistar rats (n=9) (Rattus norvegicus) weighing 250 g were intoxicated once with MeHg (2500 mg/kg), through Intraperitoneal injection (IP). They were euthanaziated 3 and 6 days after the IP. As a control, rats (n=9) were injected with the vehicle. After eye enucleation, the retinas were isolated and homogenized in ice-cold RIPA buffer (50 mM Tris [pH7.4], 150 mM NaCl, 5 mM EDTA, 1% Triton X-100, 0.5% Na deoxycholate, and 0.1% SDS) containing protease and phosphatase inhibitors. Protein concentration of the retina lysates was determined with the Bradford method using BSA as the standard. The whole protein extracts of retinas (40 micrograms per lane) were electrophoresed in a 10% SDS-PAGE gel and transferred onto the nitrocellulose membrane to be analyzed using the Western Blot technique with mouse anti-GFAP and PERK antibodies and rabbit anti-FRA-2 antibody. Immunoreactive bands were visualized by enhanced chemiluminescence, and the relative band density was determined on the scanned autoradiographs with NIH Image software. The retina was also processed for GFAP immunolocalization. CEA: 402. Resultados Western blot analyses confirmed the upregulation of GFAP and PERK in intoxicated animals as compared to the controls ones. The peak of GFAP was observed in the sixth day (2.2 X) and the peak of PERK was also observed in the sixth day (2.4 X). Regarding FRA-2, the MeHg intoxication did not affect its expression at least in the present conditions. The reactivity for GFAP, following immunohistochemical processing, was mainly observed in the Müller cells within their inner processes (up to the inner nuclear layer) in the retina of intoxicated animals. Conclusão These experiments demonstrated the MeHg is able to cause gliosis in the retina of the intoxicated animals. Since MeHg generates free radicals, the oxidative stress could contribute to the of Müller cell gliosis. This model can be used to study drugs that would increase the cellular defenses against oxidative stress and may reduce the severity of MeHg-induced retinal damage

FeSBE 2012

Resumo: 27.003

INTEROCULAR DIFFERENCES IN PATTERN-REVERSAL VISUALLY EVOKED POTENTIALS PARAMETERS IN CHILDREN WITH AMBLYOPIA

Autores 1ANDRADE, E. P. D.

1, SACAI, P. Y.

1, PEREIRA, J. M.

1, ROCHA, D. M.

1, BEREZOVSKY, A.

1,

SALOMÃO, S. R. 1 Oftalmologia - Unifesp

Apoio Financeiro: Coordenadoria de Apoio ao Pessoal de Nível Superior (CAPES, Brasilia, Brasil),

pre-doctoral scholarship to E.P. Andrade.

Resumo Objetivos Amblyopia refers to reduced vision in one or both eyes caused by visual deprivation in childhood. Clinically amblyopia is determined by the number of lines between the amblyopic eye and the fellow eye measured by conventional optotype acuity charts. The aim of this study was to investigate interocular differences in parameters of latency and amplitude assessed by pattern-reversal visually evoked potentials (PRVP) in children with amblyopia. Métodos This study was approved by the Ethics Committee of the Federal University of São Paulo (0503/08). A group of 40 children with amblyopia (22 girls), aged 5-14 years (mean 8.7±2.2 years), 15 anisometropic, 21 strabismic and 4 with anisometropia and strabismus was included. Nineteen healthy children (13 girls) aged 5-15 years (8.2±2.6 years) were used as controls.. Visual acuity was measured with best optical correction in each eye with a ETDRS “tumble E” retro-illuminated chart presented at a distance of 4 m. PRVEP recording was obtained with checkerboard stimuli subtending 1°, 15' and 7.5' visual angles. P100 latency in milliseconds (ms), N75-P100 peak-to-peak amplitude in microvolts (μV) was determined, as well as interocular differences in both parameters. Resultados Interocular acuity differences - IAD (logMAR) ranged from -0.16 to -1.16 in the amblyopia group (mean IAD = -0.5 ± 0.3), without IAD in normal controls. P100 latency interocular differences (ms) ranged from -78.5 to 23.5 (mean = -9.0 ± 17.6) in the amblyopic group, whereas it ranged from -16.5 to 12.5 (mean = 0.2 ± 4.8) in normal controls. In the normal control group, an interocular P100 latency difference larger than 3.5 ms was found in 10 (17.5%) exams. However in the amblyopic group P100 latency was larger than 3.5 ms in 19 exams (15.8%). Analysis of the peak-to-peak N75-P100 amplitude showed interocular differences larger than 2.5 μV in 8 (14%) normal control exams, with the amblyopic group showing in 8 (6.7%). Overall, PRVEP amplitude and latency interocular differences were consistent with the clinically defined amblyopic eye. Weak positive Pearson correlation was found between interocular visual acuity difference (logMAR) and interocular P100 latency difference (ms) for stimulus 15’ (r=0.1947, p=0.00436) and 7.5’ (r=0.1449, p=0.0154) with no differences between anisometropic and strabismic amblyopia. A comparison between interocular visual acuity difference (logMAR) and N75-P100 amplitude (µV) disclosed a weak negative Pearson correlation only for strabismic amblyopia for stimulus 1° (r=0.25401, p=0.0235). Conclusão Interocular differences in both P100 latency and peak-to-peak N75-P100 amplitude were found in a cohort of children with amblyopia. These differences were consistent with those found clinically in visual acuity. The current findings confirm and extend previous findings that PRVEP is a sensitive method to investigate neurophysiological correlates of amblyopia in children.

FeSBE 2012

Resumo: 27.004

ALTERAÇÃO IN VIVO DA EXPRESSÃO DOS RECEPTORES DE ADENOSINA A1 E A2A NA RETINA DE EMBRIÃO DE GALINHA: PAPEL DA ADENOSINA ENDÓGENA.

Autores 1BRITO, R**

1, PEREIRA, M. R.

1, PAES-DE-CARVALHO, R.

1, CALAZA, K. C.

1, CALAZA, K.

D. C. 1 Neurobiologia - UFF

Apoio Financeiro: CNPq, CAPES, FAPERJ, PRONEX-MCT.

Resumo Objetivos Adenosina é um nucleosídeo que desempenha importantes papeis no SNC através da ação nos seus receptores: A1, A2a, A2b e A3. A estimulação ou inibição crônica dos receptores A1 (A1R) e A2a (A2aR) induz a uma redução ou aumento, respectivamente, nos níveis destes receptores. Assim, o objetivo deste trabalho foi investigar o efeito in vivo do tratamento de longo-termo de fármacos que alteram o sistema adenosinérgico na expressão de seus receptores na retina de embrião de galinha. Métodos Embriões de galinha da espécie Gallus domesticus com 14 dias (E14) foram injetados com fármacos que afetam o sistema adenosinérgico ou DMSO (controle). Em E16, os animais foram eutanasiados e as retinas processadas para as técnicas de “binding” ao [3H] DPCPX e western blot (WB). O número do protocolo de aprovação do comitê de ética da UFF é 112/09. Resultados Exposição ao CHA (agonista A1R) aumentou a expressão dos A1R, enquanto que o DPCPX (antagonista A1R) diminuiu. O tratamento simultâneo com CHA+DPCPX não alterou os níveis da proteína (CTR=100.00 CHA=70.1±5.0 p < 0.05 n=5 DPCPX=127.4±17.6 p < 0.05 n=4 CHA+DPCPX=88.3±3.7 p > 0.05 n=4). O agonista A2a (CGS) aumentou os níveis do A1R, enquanto que o tratamento com ZM (antagonista A2aR) reduziu. CGS+ZM não alterou os níveis do A1R (CTR=100.00 n=10 CGS=134.0±11.1 p < 0.05 ZM=72.5±8.7 p < 0.05 n=7; CGS+ZM=108.9±10.7 p > 0.05 n=6). CHA+SCH ou CHA+ZM diminuíram os níveis do A1R, mas não foram diferentes do tratamento com os fármacos sozinhos (CTR=100.00 n=10 SCH=59.1±8.0 p < 0.01 n=5 CHA+SCH=53.9±12.4 p < 0.001 n=5 CHA+ZM= 55.3±32.0 n=2). CGS+DPCPX não potencializou o aumento da expressão do A1R quando comparado ao efeito das drogas sozinhas (CGS+DPCPX=140±19.6 p < 0.01 n=4) e o tratamento de CGS+CHA aumentou a expressão do A1R quando comparado ao controle (CGS+CHA=187.1±28.9 p < 0.001 n=4). CGS também foi capaz de reduzir a expressão do A2aR, enquanto ZM aumentou e ambos os fármacos administrados juntos não tiveram efeito (CTR=100.00 n=7 CGS=78.9±4.8 p < 0.01 n=3 ZM=125.6±7.3 p < 0.01 n=3; CGS+ZM=108.5±1.0 p > 0.05 n=6). O padrão de resultados encontrados no WB foi o mesmo no “binding” ao [3H] DPCPX (CTR=100.00 n=9 CHA=72.8±3.7 p < 0.001 n=5 DPCPX=144.9±4.0 p < 0.001 n=3 CHA+DPCPX=107.0±13.7 p > 0.05 n=3); (CTR=100.00 n=14 CGS=133.6±11.5 p < 0.01 n=7 SCH=67.9±6.9 p < 0.01 n=6 CGS+SCH=107±8.5 p > 0.05 n=5 ZM=70.5±6.7 p < 0.05 n=4 CGS+ZM=92.3±19.7 p > 0.05 n=4); (CTR= 100.00 n=5 CHA+SCH=69.4±6.9 p < 0.001 n=5). O Bloqueio dos transportadores ENT1 de adenosina com o fármaco NBI reduziu os sítios de ligação ao [3H] DPCPX, sendo este feito bloqueado por DPCPX, mas não por ZM (CTR=100.00 n=8 DPCPX=63.4±4.4 p < 0.001 n=5 NBI=63.4±4.4 p < 0.001 n=4 DPCPX+NBI=104.0±5.5 p > 0.05 n=4 ZM+NBI=66.5±4.5 n=3 p < 0.001). Análises cinéticas mostraram que animais tratados com CHA e CGS apresentam uma redução e aumento respectivamente nos valores de Bmax sem alteração no Kd. Conclusão Os dados indicam uma regulação da expressão do A1R pelos A2aR e pelo próprio A1R em retinas de embrião de galinha. Eles ainda sugerem um efeito da adenosina endógena via A2aR na expressão dos A1R.

FeSBE 2012

Resumo: 27.005

SENSIBILIDADE AO CONTRASTE DE COR VERDE-VERMELHO PROVENIENTE DE DOIS DIFERENTES MÉTODOS PSICOFÍSICOS DE ESTIMATIVA DO LIMIAR

Autores

1LACERDA, E. M. C. B.

3, PERRY, C. D.

1, JACOB, M. M.

1,2, SOUZA, G. S.

1, GOMES, B. D.

4,

FITZGERALD, M. E. 1,2

, SILVEIRA, L. C. L. 1 Instituto de Ciências Biológicas - UFPA/ICB,

2

Núcleo de Medicina Tropical - UFPA/NMT, 3 Biology - BXUL,

4 Anat & Neurobiol & Ophthalmol -

UTHSC

Apoio Financeiro: CNPq-PRONEX/FAPESPA, NIH 5 T37 MD001378-11, CAPES, FINEP IBN-

Net.

Resumo Objetivos Comparar a sensibilidade ao contraste de cor obtida através de dois métodos psicofísicos com critérios diferentes de estimativa do limiar. Métodos Seis sujeitos ( 1 homem, 6 mulheres; 23,7± 1,9 anos) foram estudados; todos tricromatas normais com acuidade visual normal ou corrigida para 20/20. Os sujeitos foram monocularmente testados usando dois métodos para estimativa do contraste limiar: protocolo Mullen (J. Physiol. 359:381, 1985) e protocolo de estímulos equiluminantes. Ambos os protocolos usaram estímulo modulado por função Gabor (desvio padrão de 12°), gerados ao longo do eixo cromático verde-vermelho (CIE1976: verde u'=0,150; v'= 0,480; vermelho u'= 0,288; v'=0,480), com fundo de mesma média de cromaticidade e luminância (CIE1976: u'= 0, 219; v'= 0,480; 40 cd/m²). Foram usadas oito freqüências espaciais (0.1, 0.2, 0.4, 0.8, 1, 2, 4, e 8 cpd) de contraste de cor (estimadas como distância de cromaticidade no diagrama CIE 1976) decrescendo de acordo com uma escada de 12 reversões; o contraste limiar foi a média das ultimas 4 reversões. Para o protocolo Mullen, o contraste limiar foi estimado por 9 condições de estímulos cromáticos e uma condição acromática. O contraste de cor limiar para cada freqüência espacial correspondeu à condição cromática que apresentou a maior diferença em relação ao limiar acromático. Para o protocolo equiluminante, foi inicialmente realizada fotometria de flicker heterocromático de 20 Hz para achar condições de estímulo equiluminantes antes da medida de sensibilidade ao contraste de cor. A distância cromática ao longo do eixo u' da CIE 1976 foi medida para o contraste de limiar de cor nos dois protocolos. Para comparar os resultados obtidos nos dois protocolos usou-se: ANOVA 1 via e 2 vias com teste post hoc Bonferroni HDS (α = 0.05) e correlação de Pearson. Código Experimentação Humana: 075/2006-CEP/NMT. Resultados Houve diferença estatística para a sensibilidade ao contraste de cor estimados pelo protocolo Mullen entre as freqüências baixas (0,1-0,8 cpg) e as freqüências altas (8 cpg) ( p < 0,01). Houve diferença estatística para a estimativa de sensibilidade ao contraste de cor estimados pelo protocolo de estímulos equiluminantes entre frequências espaciais baixas (0,2-1 cpg) e altas (8 cpg) ( p < 0.01). Não houve diferença estatística para sensibilidade ao contraste de cor estimadas pelos dois métodos ( p > 0.05). Conclusão A estimativa da sensibilidade ao contraste espacial de cor com diferentes métodos psicofísicos apresentou valores similares para cada freqüência espacial testada. A constância de cor em diferentes condições de luminância ajudou potencialmente a equiparação da sensibilidade ao contraste de cor obtida com diferentes condições psicofísicas.

FeSBE 2012

Resumo: 27.006

EFFECTS OF PANRETINAL PHOTOCOAGULATION ON RETINAL FUNCTION IN PATIENTS WITH PROLIFERATIVE DIABETIC RETINOPATHY

Autores 1WATANABE, S.

1, MITNE, S.

1, NOIA, L. D. C.

1, BEREZOVSKY, A.

1, SACAI, P. Y.

1,

SALOMÃO, S. R. 1, PARANHOS, A.

1 Oftalmologia - UNIFESP

Apoio Financeiro:

Resumo Objetivos The Diabetic Retinopathy Study has shown that panretinal photocoagulation with argon laser reduce the risk of severe visual loss due to proliferative diabetic retinopathy. Consequently some degree of functional retinal impairment should be expected after panretinal laser photocoagulation. The purpose of this study is to evaluate retinal function through full-field electroretinogram (ERG) after panretinal argon photocoagulation in patients with proliferative diabetic retinopathy. Métodos Nine patients (17 eyes, 7 males) aging from 39 to 63 (mean=55±7.6) years with ischaemic diabetic retinopathy had retinal function evaluated by full-field ERG before and after 6 months panretinal laser photocoagulation treatment. ERG was recorded according to the International Society for Clinical Electrophysiology of Vision standard protocol. Wilcoxon test was performed between ERG responses before and after photocoagulation and random effects models were performed to account for the dependence between eyes of the same patient. Resultados Statistically significant reduction in amplitude was found for rod response (p= 0.0000), maximal response (p=0.0000), oscillatory potentials (p= 0.0000), cone response (p=0.0000), and 30-Hz flicker response (p=0.0000) after panretinal photocoagulation when compared to baseline ERG. No statistically significant difference was found for rod latency (p=0.860) and b/a wave ratio (p=0.709), but significantly delayed implicit time for cone response (p=0.0000). Greater amplitude reductions were detected for rod response, maximal response and cone response. Conclusão Full-field ERG provided a sensitive measure of retinal function impairment in patients with diabetic retinopathy treated with panretinal argon photocoagulation. Despite the reduction in all ERG responses, the b/a-wave ratio remained unchanged. These findings suggest that, the outer retina seems to be more vulnerable to laser treatment in patients with diabetic retinopathy.

FeSBE 2012

Resumo: 27.007

ELETRORRETINOGRAMA DE CAMPO TOTAL EM INDIVÍDUOS SAUDÁVEIS: ANÁLISE ESTATÍSTICA E COMPARAÇÃO ENTRE FAIXAS ETÁRIAS

Autores

1JACOB, M. M.

1,2, SOUZA, G. S.

1,2, SILVEIRA, L. C. L.

2,3, ROSA, A. A. M.

1, SANTOS, F. C.

1,

GOMES, B. D. 1 Instituto de Ciências Biológicas - ICB/UFPA,

2 Núcleo de Medicina Tropical -

NMT/UFPA, 3 Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza - HUBFS/UFPA

Apoio Financeiro: CNPq, CAPES, CNPq / FAPESPA PRONEX, FINEP IBN Net, UFPA-

PROPESP PADRC.

Resumo Objetivos Estabelecer valores normativos para o eletrorretinograma de campo total para diferentes faixas etárias. Métodos Foram testados 68 voluntários saudáveis divididos em três faixas etárias. Grupo #1: de 17 a 30 anos (n=36, média=23,19 ± 3,69 anos). Grupo #2: de 31 a 45 anos (n=21, média=38,29 ± 5,20 anos). Grupo #3: de 46 a 60 anos (n=11, média=52,36 ± 5,03 anos). O protocolo realizado seguiu as recomendações da ISCEV. Adaptação escotópica: 0,01 cd.s/m2 (resposta de bastonetes), 3,0 cd.s/m2 (resposta mista e potenciais oscilatórios), 10 cd.s/m2 (resposta mista adicional). Adaptação fotópica (fundo: 30 cd/m2): 3,0 cd.s/m2 (resposta de cones e Flicker 30Hz). Os estímulos foram refletidos na superfície difusora de uma cúpula chamada Ganzfeld. A geração dos estímulos e registro das respostas foram feitos pelo sistema Veris Science 6.0.10 (EDI), com amplificador Grass instrument 15LT. Foi usado filtro passa-banda de 0,3-300 Hz, exceto para os potencias oscilatórios (filtro de 100-300Hz). Foram medidas as amplitudes e o tempo implícito das ondas a e b obtidas em resposta às estimulações. Os resultados das respostas de bastonetes e mista foram filtrados com a Transformada Wavelet. Estatística: D’Agostino-Pearson, D’Agostino, ANOVA 1 via (post-hoc Tukey-Kramer), intervalo de confiança. Valor de α=0,05. Código Experimentação Humana: 007/2011-CEP/NMT. Resultados Os valores de amplitude e tempo implícito apresentaram distribuição normal, exceto para p < 0,05: Grupo #1 - amplitude da onda a da resposta de cones, tempo implícito da onda b da resposta mista e da onda a da resposta mista adicional. Grupo #2 - tempo implícito da onda a da resposta mista, amplitude da onda a e tempo implícito da onda b da resposta mista adicional e amplitude da onda b do flicker 30Hz. Grupo #3 - tempo implícito da onda b da resposta mista e tempo implícito dos potencias oscilatórios. Os intervalos de confiança dos valores de amplitude e tempo implícito foram semelhantes aos dados da literatura. Razão b/a: Grupo #1=1,64±0,29; Grupo #2=1,81± 0,38 e Grupo #3=1,72 ± 0,24. A amplitude da onda a foi maior (p≤0,05) no Grupo #1 em relação aos demais na resposta mista, mista adicional e na resposta de cones. No tempo implícito da onda a, o Grupo #3 estava atrasado (p≤0,05) em relação aos demais nas respostas mista, mista adicional e de cones. O Grupo #2 foi mais atrasado em relação ao Grupo #1 na resposta mista (p≤0,05). Para a amplitude da onda b o Grupo #1 foi maior (p≤0,05) do que os outros na resposta de bastonetes, mista, de cones e Flicker 30Hz. Na resposta mista adicional o Grupo #1 foi maior que o grupo 2 (p≤0,05). No tempo implícito da onda b o Grupo #3 foi mais atrasado (p≤0,05) em relação aos outros nos potenciais oscilatórios e na resposta de cones. Na resposta de bastonetes, o Grupo #3 foi mais atrasado que o grupo 1 (p≤0,05). A filtragem wavelet não forneceu diferenças significativas nos valores de amplitude e tempo implícito, exceto: tempo implícito da onda a da resposta mista (p≤0,01). Conclusão Os valores de normatização do eletrorretinograma de campo total corroboram a literatura. O valores não obedecem distribuição normal em todos os parâmetros estudados. Os grupos de maior faixa etária apresentaram menores valores de

FeSBE 2012

amplitude e atraso no tempo implícito. A transformada wavelet pôde ser usada como parâmetro de validação dos dados já que permitiu a verificação de constância de valores de amplitude e tempo implícito após filtragem.

FeSBE 2012

Resumo: 27.008

Sistema de Leitura Portátil (SLP): Protótipo desenvolvido como dispositivo de recurso óptico para pacientes com Baixa Visão

Autores 1dos SANTOS, V. R.

2, LIMA, E. C.

1, SCHOR, P.

1, URAS, R.

1, BELFORT, R.

1, BEREZOVSKY,

A. 1 Oftalmologia - UNIFESP,

2 Reabilitação - FDN

Apoio Financeiro: Não

Resumo Objetivos A proposta deste estudo é avaliar a eficácia e eficiência em uma série de casos, utilizando o protótipo de um equipamento nacional de magnificação para leitura. Métodos Participaram deste estudo 30 pacientes na faixa etária entre 9 e 80 anos (17 do sexo masculino). Foi desenvolvido um aparelho portátil, patenteado pela UNIFESP (PI#020050145260), com um sistema de captura de imagens acoplado a um monitor de 5,6 polegadas proporcionando um aumento de 15 X. Foram analisadas a eficácia da acuidade visual e a eficiência de leitura após a utilização do protótipo proposto. CEP 1564/06. Resultados Seis pacientes (20%) apresentaram AV 8M, 12 pacientes (40%) apresentaram AV 6M, 7 pacientes (23,3%) apresentaram 5 M, 5 pacientes (16,7%) apresentaram 4M. A média de acuidade visual antes da utilização do SLP medida pela tabela LHNV-1 logMAR foi de 5,75M e após a utilização 100% dos pacientes atingiram a eficácia de AV equivalente a J1. Conclusão O protótipo do SLP mostrou-se um recurso alternativo no processo de inclusão social das pessoas com baixa visão com diferentes níveis de resíduo visual. Também pode proporcionar incentivo psicológico, permitir conforto, mobilidade e independência àqueles que necessitam de uma leitura mais prolongada e maior distância de trabalho.

FeSBE 2012

Resumo: 27.009

Estudo comparativo da densidade e distribuição de fotorreceptores e células da CCG em retinas de serpentes Dipsadidae.

Autores 1HAUZMAN, E.

2, BONCI, D. M. O.

1,2, VENTURA, D. F.

1,2, VENTURA, D. F.

1 1Núcleo de

Neurociências e Comportamento - IPUSP, 2 2Departamento de Psicologia Experimental - IPUSP

Apoio Financeiro: Fapesp

Resumo Objetivos Comparar a densidade e distribuição de fotorreceptores e células da camada de células ganglionares (CCG) em retinas de serpentes da família Dipsadidae, e calcular a acuidade visual com base no pico de células da CCG. Métodos Foram avaliadas 32 retinas de 11 espécies de serpentes, das quais 20 retinas foram destinadas à contagem de fotorreceptores e 12 à contagem de células da CCG. Fotorreceptores foram contados nas espécies noturnas: Atractus sp (1), Oxyrhopus guibei (3), Sibynomorphus neuwiedii (1), Thamnodynastes sp (2); e nas espécies diurnas: Erytrolamprus aesculapii (1), Echinantera undulata (2), Helicops sp (1), Liophis miliaris (1), L. poecilogyrus (2) e Tomodon dorsatus (6). Células da CCG foram contadas nas espécies noturnas: Atractus sp (1), O. guibei (2) e S. mikanii (3); e nas espécies diurnas: E. aesculapii (1), E. undulata (1), Helicops sp (1), L. miliaris (1), L. poecilogyrus (1) e T. dorsatus (1). Todos os espécimens eram serpentes adultas, obtidas no Instituto Butantan (IBu). Após sacrifício com dose letal do anestésico thiopental, os olhos foram enucleados e as retinas dissecadas para montagens planas. Fotorreceptores foram marcados por técnica de imunohistoquímica e células da CCG foram coradas pela técnica de Nissl. As retinas foram observadas em microscópio de fluorescência e imagens dos campos amostrados foram digitalizadas para contagem de células. Este projeto foi aprovado pelo comitê de ética do IBu (Processo 777/10). Resultados A população total de fotorreceptores foi amostrada em cada uma das 20 retinas: O. guibei, Atractus sp e S. neuwiedii apresentaram alta densidade de fotorreceptores (59.908 ± 10.805; 54.133 ± 8.707; 40.398 ± 7.590 células/mm2, respectivamente), comparada à das demais espécies, que variaram entre 8.886 ± 2.472 e 13.931 ± 2.847 células/mm2 em Helicops sp e E. aesculapii, respectivamente. Os mapas de isodensidade mostraram faixa visual em E. aesculapii, E. undulata e L. miliaris, e area centralis nas demais espécies. A população de células da CCG apresentou pequena variação entre as espécies, com valor mais alto em Atractus sp (14.504 ± 2.372 células/mm2) e mais baixo em S. mikanii (8.250 ± 1.448 células/mm2). Os mapas de isodensidade de células da CCG mostraram area centralis nas retinas de Atractus sp, E. undulata, O. guibei e S. mikanii, e faixa horizontal nas demais espécies. Os valores de acuidade visual variaram entre 1 cpg ( < i>Atractus sp, Helicops sp e S. mikanii) e 2,5 cpg ( < i>T. dorsatus). Conclusão Serpentes de hábitos noturnos apresentaram altos valores de população total de fotorreceptores, comparados aos de serpentes diurnas, exceto para a serpente noturna Thamnodynastes sp. A variação ligada a hábito circadiano não foi observada para a densidade de células da CCG, cuja topografia parece se relacionar com a filogenia. Espécies da tribo Xenodontini ( < i>Liophis e Erythrolamprus) tiveram o mesmo padrão de distribuição (faixa horizontal) apesar de diferenças no uso de hábitat (semi-aquático e terrestre). Baixas acuidades visuais (~1 cpg) foram observadas na Subfamília Dipsadinae ( < i>Sibynomorphus e Atractus) e na Tribo Hidropsini ( < i>Helicops sp), podendo estar relacionado não apenas à filogenia mas também aos hábitos alimentares destas espécies (moluscos, anelídeos e peixes). Serpentes que se alimentam de presas rápidas, com anuros, lagartos e mamíferos apresentaram maiores valores de acuidade visual, com

FeSBE 2012

exceção de T. dorsatus que se alimenta de moluscos (~2,5 cpg).

FeSBE 2012

Resumo: 27.010

EFEITO DAS FREQUÊNCIAS ESPACIAIS E MODO DE APRESENTAÇÃO SOBRE POTENCIAL CORTICAL PROVOCADO VISUAL GERADO POR ESTÍMULOS MODULADOS POR SEQUÊNCIAS PSEUDO-ALEATÓRIAS

Autores 2DA SILVA, V. G. R.

1,2, SOUZA, G. D. S.

2, ARAÚJO, C. S.

2, GOMES, B. D.

1,2, SILVEIRA, L. C.

L. 1,2

, SOUZA, G. 1 Núcleo de Medicina Tropical - UFPA,

2 Instituto de Ciências Biológicas - UFPA

Apoio Financeiro: CNPq, CAPES, FINEP, FAPESPA e UFPA/PADRC

Resumo Objetivos Descrever o efeito da frequência espacial sobre o potencial cortical provocado visual gerado por estímulos únicos modulados temporalmente por sequências pseudo-aleatórias (PRBS-VEP) para o padrão reverso, onset e offset. Métodos Foram testados 10 sujeitos com idade entre 18 e 38 anos (23,2 ± 5,9 anos), binocularmente, com visão normal ou corrigida para acuidade visual 20/20. Este trabalho teve aprovação do comitê de ética em pesquisa do Núcleo de Medicina Tropical sob o protocolo 23/2011. O sistema Veris Science 6.10 foi utilizado controlar a geração e apresentação do estímulo que consistiu em redes senoidais acromáticas em alto contraste (>90%) ocupando 8° do ângulo visual. Foram utilizadas sete frequências espaciais – 0,4, 0,8, 2, 4, 8 e 10 cpg. Os estímulos foram temporalmente apresentados de acordo com uma sequência binária pseudo-aleatória em três modos de apresentação: padrão reverso, padrão onset e padrão offset. O eletroencefalograma foi registrado através de um canal de eletródios de superfície (ativo-Oz, inativo-Fp, terra-Fpz), que apresentaram impedância abaixo de 5 KOhm durante os registros. Os registros foram amplificados 50.000 vezes e digitalizados em 1200 Hz. O sistema Veris foi utilizado para extrair os registros referentes aos kernels. Resultados A forma de onda do PRBS-VEP gerado pelo padrão reverso foi dependente da frequência espacial do estímulo. Em baixas frequências (0,4-0,8 cpg) houve a presença de um componente negativo seguido por um componente positivo (P2). Em frequências espaciais intermediárias (2-6 cpg) N1 foi seguido por dois componentes positivos, P1 e P2. Em altas frequências espaciais (8-10 cpg), o componente positivo P1 prevaleceu sobre o componente P2. Para o padrão onset, em todo espectro das frequências espaciais estudadas a forma de onda obtida apresentou um componente positivo, C1, seguido por uma negatividade, C2, e depois por outra positividade C3. O componente C1 apresentou maiores amplitudes em frequências espaciais baixas (0,4-0,8 cpg). A amplitude do componente C2 pouco variou nas frequências espaciais testadas. A amplitude do componente C3 foi máxima em 2 cpg e diminuiu nas frequências espaciais mais altas e mais baixas. A forma de onda do padrão offset também apresentou complexo positivo (C1) – negativo (C2) – positivo (C3) em todas as frequências espaciais. A amplitude dos componentes C1 e C3 pouco variou dentre as frequências espaciais. A amplitude do componente C2 apresentou valores maiores em duas faixas de frequências espaciais, entre 0.8-2 cpg e 10 cpg. Conclusão O PRBS-VEP mostrou-se dependente do padrão de estimulação e da freqüência espacial. Os modos de apresentação geraram diferentes formas de onda nas diferentes frequências espaciais, indicando diferentes mecanismos de detecção do contraste. Possíveis diferenças na contribuição de grupos celulares M e P sobre as respostas corticais podem estar por trás destas diferenças.

FeSBE 2012

Resumo: 27.011

IDENTIFICAÇÃO DAS SUBPOPULAÇÕES DE FOTORRECEPTORES QUANTO À PRESENÇA DE OPSINAS PARA COMPRIMENTOS DE ONDA CURTO (S) E MÉDIO/LONGO (M/L), NA RETINA DO MOCÓ (Kerodon rupestris).

Autores

1OLIVEIRA, F. G.

3, ANDRADE DA COSTA, B. L. S.

2, NASCIMENTO JR, E. S..

2,

CAVALCANTE, J. S. 2, CAVALCANTE, J. C.

2, SOARES, J. G.

2, CAVALCANTI, J. R. L. P.

2,

FREITAS, L. M. D. 2, MORAIS, P. L. A. G.

2, COSTA, M. S. M. O.

1 Ciências Biológicas - URCA,

2

Morfologia - UFRN, 3 Fisiologia - UFPE

Apoio Financeiro: PROPESQ-UFRN; FAPERN; CNPQ; CAPES

Resumo Objetivos O sistema visual representa um importante elo entre um animal e o mundo em sua volta, com profunda influência nos seus hábitos e estilo de vida, nos mais variados habitats. O sistema sensorial do olho é representado pela retina que, organizada radialmente em diferentes camadas morfofuncionais, é responsável pela recepção, análise inicial e transmissão da informação para o encéfalo. A organização sináptica da retina apresenta uma grande complexidade funcional dentro de uma aparente simplicidade estrutural. O conhecimento da posição dos olhos na cabeça e da distribuição de células retinianas possibilita identificar adaptações de cada espécie ao seu campo visual, o qual é peculiar para cada estilo de vida dentro do nicho ecológico que ele ocupa. O presente trabalho tem como objetivo identificar células fotorreceptoras do tipo cone, a partir da expressão imunohistoquímica de opsinas azuis (S), sensível ao cumprimento de onda curto e de opsinas verde/vermelho, sensível a cumprimento de ondas médio/longo (L/M) da retina do mocó (Kerodon rupestris), um roedor característico do Nordeste Brasileiro que possui hábitos crepusculares e está sendo utilizado como modelo animal para estudos de ritmos circadianos no Laboratório de Cronobiologia-UFRN. Métodos Os animais foram anestesiados, perfundidos transcardiacamente, e os olhos após enucleados foram fixados por imersão em paraformaldeído 4%, durante duas horas. Para caracterização neuroquímica, algumas retinas foram cortadas em criostato e outras dissecadas por inteiro (wholemount) e submetidas a reação imunohistoquímica, usando um anticorpo anti-opsina azul, e outro anti-opsinas verde/vermelho para caracterizar subpopulação de cones quanto a presença dessas opsinas. Todo o protocolo experimental utilizado foi aprovado pelo Comitê de Ética da UFRN, protocolo 015/2009 e a captura dos animais autorizada pelo IBAMA, sob número 22403-1, de 24.12.2009. Resultados Tanto em secções transversais quanto em montagens planas foi detectada a marcação de segmentos externos de cones com opsinas sensíveis ao azul e ao verde/vermelho e os primeiros resultados mostram que os cones S têm uma densidade aproximadamente 10 vezes menor dos que os cones L/M. Os cones S e L mostram diferentes graus de organização espacial, com os cones L formando um mosaico mais regular. Conclusão A retina do mocó exibe cones expressando opsinas para cumprimento de onda curto (opsinas azuis, S) e longo/médio (opsinas verde/vermelho L/M) com uma densidade menor para as opsinas azuis (cones S). Estudos comportamentais são necessários para confirmar a possível capacidade de visão tricromática para esses animais.

FeSBE 2012

Resumo: 27.012

ESTIMULADOR VISUAL POLICROMÁTICO POR DIFUSÃO SUPRA-CORNEANA

Autores 1GUIMARÃES, G. F.

1, RABELO, N. F.

2,2, RODRIGUES, A. R.

1, FILHO, M. D. S.

1 Fisiologia -

UFPA, 2 Núcleo de Medicina Tropical - UFPA

Apoio Financeiro: UFPA

Resumo Objetivos Desenvolver um novo método de estimulação da retina para ser empregado na eletrorretinografia de campo total Métodos O desenvolvimento do estimulador foi dividido em duas partes.A primeira parte se refere a construção de uma lente de contato sem poder de refração e translucida.A lente foi feita a partir de um eletrodo para ERG, onde na superfície externa foi submetida à jateamento com areia fina para torna-la translucida a superfície que entra em contato com a córnea foi cuidadosamente preservada.Antes da lente de contato ser colocada sobre a córnea, esta foi anestesiada com duas gotas de Allergan.A segunda,diz respeito ao projeto de uma estimulador policromático que utiliza LEDs de alto brilho com luz branca (x=0,31 e y=0,32), azul (465-485 nm), azul real (450-465 nm), vermelho (620-630 nm), verde (520-535 nm) e âmbar (585-595 nm).O estimulador foi fixado em um tripé para permitir seu uso em condições diversas.Funções senoidais, triangulares, quadradas e dente-de-serra podem ser utilizadas para controlar a intensidade luminosa dos LEDs através do aplicativo computacional.Padrões de estimulação foram pré-definidos para avaliar a visão.Os sinais gerados pelo aplicativo foram enviados através de uma porta do tipo USB 2.0 para um dispositivo eletrônico, onde microcontroladores dsPIC controlam a intensidade dos LEDs com Pulse Width Modulation (PWM).Os registros foram feitos através de um amplificador diferencial de 1 canal, com alta impedância de entrada em modo comum (1010 Ω = 100 GΩ) e baixo ruído (50 nV/√Hz), com um ganho total de 100.000x.Eletrodos do tipo DTL, fabricados pelos próprios experimentadores foram usados para o registro.Os dados foram digitalizados em 12 bits/1KHz e armazenados em HD para análise em off-line. CEP23/2012. Resultados O aplicativo controlou de forma automatizada as funções de configuração dos parâmetros físicos da estimulação luminosa, a geração dos estímulos e o controle dos sinais de sincronização de estimulação.Em adição, distintamente ao apresentado no trabalho de Puts e colaboradores, o sistema de estimulação eletrorretinográfica desenvolvido por nós é composto não apenas pela unidade de conversão analógica-digital e controle, mas possui também a unidade de estimulação luminosa per se, da qual a descrição foi dada sucintamente acima.Além disso, essa opção se justifica por ser uma escolha de baixo custo quando comparada aos sistemas eletrorretinográficos que fazem uso de conversores analógicos-digitais comerciais.Assim, utilizando a técnica descrita no trabalho supra mencionado, há a possibilidade da construção de um sistema de eletrorretinografia visual tão preciso quanto as possibilidades comerciais disponíveis permitem.Os estímulos luminosos foram capazes de suscitar respostas eletrorretinográficas compatíveis com as de outros dispositivos disponíveis comercialmente.Pequenas correções foram necessárias para aumentar a intensidade da estimulação em determinadas frequências para obtenção de respostas confiáveis. Isso foi feito através da modificação do programa escrito em cada microcontrolador. Conclusão Com o novo método de estimulação foi possível obter respostas eletrorretinográficas comparáveis às encontradas nos estimuladores de campo total convencionais.Dessa forma, podemos afirmar que o novo sistema poderá substituir com vantagens os disponíveis no mercado, por isso, foi requerido o pedido de patente do produto.

FeSBE 2012

Resumo: 27.013

FeSBE 2012

CORRELAÇÃO ENTRE RESULTADOS ELETROFISIOLÓGICOS E PSICOFÍSICOS PARA AVALIAÇÃO DA VISÃO DE CORES DE SUJEITOS TRICROMATAS E DICROMATAS

Autores 5MIQUILINI*, L.

5,6, SOUZA, G. S.

5, LACERDA**, E. M. C. B.

5,6, SILVEIRA, L. C. L.

5 Instituto

de Ciências Biológicas - UFPA, 6 Núcleo de Medicina Tropical - UFPA

Apoio Financeiro: CNPq, CAPES, FINEP, FAPESPA, UFPA, PET/MEC

Resumo Objetivos Diferentes testes eletrofisiológicos e psicofísicos têm sido usados na avaliação da função de vias de oponência de cores, portanto é necessário estabelecer uma relação entre os resultados de diferentes testes com o intuito de atingir um maior refinamento dos procedimentos de diagnóstico. Sendo assim, este trabalho objetiva correlacionar os resultados de testes eletrofisiológicos corticais e psicofísicos para avaliação de cores em sujeitos tricromatas e dicromatas. Métodos Foram avaliados 10 sujeitos tricromatas e 4 sujeitos dicromatas (3 protan e 1 deutan) com idade média de 28,2 ± 9,2 anos (8 homens e 6 mulheres). Este trabalho teve aprovação do comitê de ética em pesquisa do Núcleo de Medicina Tropical sob o protocolo 23/2011. Cada sujeito foi avaliado pelos testes psicofísicos para avaliação da visão de cores: Colour Assessment and Diagnosis (CAD v.2) e Cambridge Colour Test (CCT v.2.3) e teve o potencial cortical provocado visual registrado para estímulos cromáticos e acromáticos. Na eletrofisiologia, a estimulação foi feita com uso de redes senoidais com 8° de ângulo visual e 2 cpg. Uma sequência pseudo-aleatória comandou a apresentação temporal do estímulo para simular a apresentação de contraste reverso. Foram apresentados estímulos com contraste verde-vermelho e contraste de luminância. Os estímulos apresentaram mesma cromaticidade e luminância média. Os registros eletrofisiológicos foram obtidos com o sistema Veris Science 6.07 através de um canal de registro com amplificação do sinal em 50.000 vezes e digitalização em 1200 Hz. Os parâmetros analisados foram diâmetro do círculo equivalente a área das elipses de discriminação de cor obtidas no CAD e CCT, valor mínimo e máximo de amplitude no intervalo entre 70 e 120 ms dos registros obtidos com estimulação cromática e acromática, respectivamente, e amplitude RMS do intervalo entre 70 e 120 ms dos registros eletrofisiológicos. Além disso, foi calculada a razão entre as amplitudes das respostas corticais de cor e luminância. O valor do coeficiente de correlação linear de Pearson foi utilizado como parâmetro de avaliação da associação entre duas variáveis e o coeficiente de variação para avaliar a variabilidade dos dados. Resultados Em sujeitos tricromatas, as maiores associações ocorreram entre a amplitude da resposta cortical cromática e os resultados do CCT (r=-0,69) e entre a amplitude RMS da resposta cortical cromática e os resultados do CCT (r=0,639). O menor coeficiente de variação em sujeitos tricromatas foi observado com os resultados do CAD (r=0,139), seguido dos resultados do CCT (r=0,29) e amplitude de pico da resposta cortical cromática (r=0,3). Em sujeitos dicromatas, as maiores correlações ocorreram entre a razão da amplitude RMS das respostas cromáticas e acromáticas e os resultados do CAD (r=-0,896), seguido da correlação entre os resultados do CAD e CCT (r=0,89). Os menores coeficientes de variação em sujeitos dicromatas foram observados nos resultados do CAD (r=0,2) e amplitude de pico da resposta cortical cromática (r=0,21) e resultado do CCT (r=0,38). Conclusão A resposta cortical para estímulos cromáticos e o resultado do CCT apresentaram maior correlação linear em sujeitos tricromatas, enquanto a associação entre o CCT e o CAD foi maior em sujeitos dicromatas. A separação dos dados de dicromatas e tricromatas foi maior entre os resultados de exames de menor coeficiente de variação de cada grupo estudado, a resposta cortical de pico cromático e os resultados do CAD.

FeSBE 2012

Resumo: 27.014

FeSBE 2012

Visual performance under different artificial illuminations including LEDs

Autores 1NAGY, B. V.

1, BARBONI, M. T. S.

1, VENTURA, D. F.

1 Department of Experimental Psychology -

USP

Apoio Financeiro: FAPESP 2009/54292-7

Resumo Objetivos The increasing diversity of illumination types requires characterization from both quantitative and qualitative aspects. In most applications today the qualitative parameters of the light sources are prioritized, however with the spreading of LEDs there is more flexibility in color representation and novel products shall emphasize qualitative parameters too. Therefore it is viable to investigate how ambients with similar photometric and colorimetric parameters but with spectrally different light source types like LEDs induce alterations in human visual performance. Métodos A lighting booth with four different light source types was used in the experiment with the subject fully merged in the illuminated ambient. Luminance and correlated color temperature (2700K) was adjusted for three (incandescent, fluorescent and LED) of the four illumination types to be equal while the fourth light source (fluorescent) had a significantly different correlated color temperature (6500K). Subjects with normal color vision participated in the tests within two age groups (20-35, n = 20 and 55-70, n = 10). Visual tests of the Cambridge Color Test (CCT) and Contrast Sensitivity Function (CSF) were presented on a computer display by the VSG 2/5 video card of Cambridge Research Systems. The display was placed outside the illuminated ambient in a 5.5° visual angle. Lanthony D15d color ordering test with reflective samples was applied within the illuminated ambient along with tests of reading performance and Ishihara color vision test. Código Experimentação Humana: CAAE - 0032.0.019.000-11. Resultados In the D15d test the lowest error values were found for the incandescent (1.059 ± 0.059) and the 6500K (1.038 ± 0.040) illuminations while the LED and the 2700K fluorescent lamps gave equally high (1.110 ± 0.123 and 1.094 ± 0.069) error rates. The CSF tests did not give statistically significant differences, but the results indicate the most effective performance under the 6500K (ranked best in all conditions) illumination and the least effective with the incandescent lamps (ranked worst in 66% of the conditions). The reading test results have demonstrated better performances under 6500K illumination. The largest statistically significant differences (p < 0.05) were found in the CCT tests where the 6500K illumination clearly affected the tritan discrimination (122.8 ± 68.8 vs < 100.0) while the protan and deutan discriminations were more affected by the 2700K lamps with the incandescent having the largest effect. The Ishihara test didn’t show any differences under the various illuminations. The tendencies of the differences were generally the same for the two age groups, however the group of 55-70 had smaller differences in all tests. Conclusão The differences in spectral distribution of the ambient illumination affect vision in tasks with reflective samples and also when the stimuli are displayed on a computer monitor. In the latter case the ambient illumination provides the adaptation background. In general subjects have shown better results under the 6500K illumination for all tests except for the CCT tritan condition. In the comparison of the three 2700K illuminations the LED causes the least confusion on monitor tests and provides the highest score in the reading test. As expected from its color rendering index the incandescent lamp induced better results in the reflective D15d.

FeSBE 2012

Resumo: 27.015

GRATING ACUITY MATURATION MEASURED BY SWEEP-VEP IN CHILDREN WITH CEREBRAL VISUAL IMPAIRMENT

Autores 1CAVASCAN, N. N.

1, SALOMÃO, S. R.

1, SACAI, P. Y.

1, BEREZOVSKY, A.

1 Departamento de

Oftalmologia - UNIFESP

Apoio Financeiro:

Resumo Objetivos Cerebral visual impairment (CVI) is bilateral visual deficit caused by damage to the posterior visual pathway and/or the visual cortex. Current literature reports great variability in the prognosis of CVI. The purpose of this retrospective observational longitudinal cohort study was to evaluate grating acuity in children with CVI measured by sweep visual evoked potentials (sweep-VEP). Métodos This study was approved by the Committee on Ethics in Research of UNIFESP (nº 0349/08). A group of 18 patients (9 males) with CVI had their grating acuity (GA) longitudinally assessed by sweep-VEP in at least three consecutive visits. Age at first visit ranged from 1.74-64.17 months (mean=15.61±15.16; median=10.54). The time between the first and the last measures ranged from 14.04-94.77 months (mean=31.69±21.03). Grating acuity deficit (GAD) was calculated by subtracting acuity thresholds from mean visual acuity value using age norms according to our own normative data. Deficits were categorized as mild (0.2≤GAD < 0 .4 logMAR), moderate (0.4≤GAD < 0 .9 logMAR) or severe (GAD≥0.9 logMAR). Paired t-test was used to compare initial and final GAD. Statistical significance was considered as p≤0.05. The rate of maturation was calculated as the slope of the best-fit line relating to logMAR GA to age in log months. Resultados At the first visit GAD ranged from 0.15-1.33 logMAR (mean=0.49±0.31; median=0.35) and it was severe in 4 children (22.22%), moderate in 10 (55.56%), and mild in 4 (22.22%). The average difference between initial and final measures of GA was 0.14 log unit, however only 13 children showed maturation in GA, 1 child remained stable and 4 children presented final GA worse than initial. The final GAD was significantly larger when compared to the initial one (Paired t-test, Wilcoxon; W=117.000; p=0.009). Mean GA maturation rate was 0.19 logMAR/log months, with children with CVI showing slower maturation rates when compared with normal controls. Conclusão Improvement in grating acuity can occur over time in children with CVI. Despite maturation has been found in 72% of cases, their rate of improvement was below the expected. Comprehension of changes in vision function is important for therapeutic planning and rehabilitation programs for this condition.

FeSBE 2012

Resumo: 27.016

Pathway specific modulation of human color vision by transcranial direct current stimulation of V1

Autores

1,2COSTA, T. L.

1,2, NAGY, B. V.

1,2, BARBONI, M. T. S.

3, BOGGIO, P. S.

1,2, VENTURA, D. F.

1

Instituto de Psicologia, Departamento de Psicologia Experimental - USP, 2 Núcleo de Neurociências e

Comportamento - USP, 3 Developmental Disorders Program, Center for Health and Biological

Sciences - Mackenzie

Apoio Financeiro: FAPESP, CAPES, CNPQ

Resumo Objetivos Previous research showed that transcranial direct current stimulation (tDCS) can modulate visual cortex excitability. However, there is no experiment on the effects of tDCS on color perception to date. The present study aimed to investigate the effects of tDCS on color discrimination tasks. Métodos 15 healthy subjects (mean age of 25.6 ± 4.4 years) were tested with Cambridge Color Test 2.0 (Trivector and Ellipses protocols) and a Forced-choice Spatial Color Contrast Sensitivity task (vertical red-green sinusoidal grating) while receiving tDCS. Anodal, cathodal and sham tDCS were delivered at Oz for 22 minutes using two square electrodes (25cm 2 with a current of 1.5mA) in sessions separated by 7 days. Procedures were approved by local ethics committee. Analyses of the CCT Trivector results employed repeated-measures ANOVA with two within subjects factors: tDCS Stimulation (anodal, cathodal, sham) and Time (During tDCS, 15 minutes after tDCS). Analyses of the other tests results were performed by separate repeated-measures ANOVA with one within subjects factor (tDCS stimulation). When appropriate, the post hoc comparisons were carried using the Fisher LSD test. SISNEP, Brazil - CAAE - 0097.0.272.134-11/CEP:UPM. Resultados Anodal tDCS significantly increased tritan sensitivity ( p < 0.01) and had no significant effect on protan, deutan or red-green grating discrimination. The anodal effects improved tritan discrimination to levels that are above the normative values of healthy controls in 60% of the sample. Anodal tDCS effects returned to baseline after 15 minutes ( p < 0.01). Cathodal tDCS reduced the sensitivity in the deutan axis and increased sensitivity in the tritan axis ( p < 0.05). The lack of anodal tDCS effects in the protan, deutan and red-green grating sensitivities can be explained by a “ceiling effect” since adults in this age range tend to have optimal color discrimination performance for these hues. The differential effects of cathodal tDCS on tritan and deutan sensitivities and the absence of the proposed ceiling effects for the tritan axis might be explained by Parvocellular (P) and Koniocellular (K) systems with regard to their functional, physiological and anatomical differences. The results support the existence of a systematic segregation of P and K color-coding cells in V1, a result that adds relevant knowledge to the controversial matter of P and K integration in V1. Moreover, these results are in accordance with the notion of a widespread processing of color information in the visual cortex, contrasting with the notion of a specialized color center in the extrastriate visual cortex. Conclusão Our results showed that tDCS can modulate color perception in a pathway-specific robust manner, improving visual discrimination performance to levels that are above the normative values of healthy controls. This suggests that tDCS could have positive outcomes if used for color vision rehabilitation. The distinct effects of tDCS on protan, deutan and tritan discriminations illustrate that tDCS is an effective tool for the investigation of the cortical organization of visual processing. The results suggest that there is some level of segregation of P and K inputs within V1.

FeSBE 2012

Resumo: 27.017

BRAZILIAN NORMATIVE DATABASE FOR THE MULTIFOCAL VEP AND THE USE OF THIS TECHNIQUE TO IMPROVE THE STUDY OF OPTIC NEUROPATHIES.

Autores

1MOURA, A. L. A.

3, PIERRE, A.

2, SOUZA, G. S.

1, COSTA, T. L.

1, BARBONI, M. T. S.

2,

SILVEIRA, L. C. L. 3, FITZGERALD, M. E.

1, VENTURA, D. F.

1 PSICOLOGIA - USP,

2 NÚCLEO

DE MEDICINA TROPICAL - UFPA, 3 BIOLOGY - CBU

Apoio Financeiro: FAPESP, CAPES-PROCAD, NIH

Resumo Objetivos The visual evoked potentials recorded using the multifocal technique (mfVEP) provide simultaneous recordings from many regions of the visual field. This is a quite recent technique and our objective is to create a Brazilian normative database of this test and compare the diagnostic abilities of this technique with that of the Humphrey Visual Field test. Métodos 28 young subjects (13 males; mean age =28 ± 5.6 yo) were recruited on the campus of Universidade de São Paulo to participate as controls. Exclusion criteria were any type of systemic diseases that could affect the visual system, smoking history and abnormalities in ophthalmologic exam or visual field testing. Three patients with optic neuropathies were also tested in order to assess the validity of the technique in an abnormal situation. mfVEPs were recorded monocularly using VERIS System, with a 80 cd/m2 mean luminance stimulus consisting of a dartboard display with 60 achromatic sectors, corresponding to 44.5o of visual angle. Responses were amplified, exported and analyzed according to a signal-to-noise evaluation protocol developed by our group. # 023/2011 - CEP/NMT Resultados Seven out of the 28 subjects were excluded due to unreliable responses in the mfVEP. Each subject included showed more than 80% reliable responses among the sectors. The waveforms of patient’s mfVEP responses were qualitatively different from those of the control group, in areas corresponding to losses of sensitivity in visual fields. Conclusão Our preliminary normative results are qualitatively comparable to the responses shown in previous studies (Hood & Greenstein, 2003; Fortune et al, 2004). The difference between the results of controls and patients with optic neuropathies, and the agreement with the visual fields defects, enhance the use of this methodology to study optic nerve diseases. Further studies will be necessary to increase the normative group in order to analyze effects of age, sex and race among Brazilian population.

FeSBE 2012

Resumo: 27.018

Validation of a new computerized visual acuity measurement system prototype

Autores

1PEREIRA, J.M.

1, ROCHA, D. M.

2, WIECZYNSKI, W. C.

1, MAIA, A.

1, SALOMÃO, S. R.

1,

BEREZOVSKY, A. 1 Depto. de Oftalmologia - Laboratório de Eletrofisiologia Visual Clínica -

UNIFESP, 2 Desenvolvimento de Sistemas - iWay Brasil

Apoio Financeiro: Recursos Próprios

Resumo Objetivos Purpose: Visual acuity (VA) is acuteness or clearness of vision, which is dependent on the sharpness of the retinal focus within the eye and the sensitivity of the interpretative faculty of the brain. Visual acuity is a measure of the spatial resolution of the visual processing system. VA is tested by requiring the person whose vision is being tested to identify characters (like letters and numbers) on a chart from a set distance. Chart characters are represented as black symbols against a white background (for maximum contrast). The purpose of the study was to validate the performance of the computerized visual acuity measurement system. Métodos Methods: This study was approved by the Committee on Ethics in Research of UNIFESP (CAAE: 02412812.8.0000.5505). Presenting visual acuity (PVA) measurement was recorded in 2 groups: Normal group - 20 Normal volunteers aging from 15-49 years (mean= 32.5±10.8 yrs; median= 29.0; 13 females) and Patient group - 17 patients with visual acuity impairment, aging from 30-87 years (mean= 52.4±15.9 yrs; median= 48.5; 9 females). All subjects were their habitual spectacle correction if used and viewed the acuity tests from a distance of 4 m. Visual acuity was measured in a darkened room at a distance of 4 m from each eye with a ETDRS tumble “E” chart retro-illuminated acuity and with the computerized visual acuity measurement system prototype (iVAS). The prototype consisted of a portable computer, a 21.5 inch 1,920x1,080 resolution LED flat panel secondary monitor and a software programme running within the Objective-c language. Resultados Results: In the normal group PVA (logMAR) measured with the ETDRS chart ranged -0.2 to +0.12 (median= -0.10) and from -0.2 to +0.14 (median= -0.09) using the prototype. In patients PVA ranged -0.02 to +1.78 (median= +0.24) logMAR and from -0.02 to +1.80 (median= +0.22) logMAR with the computerized logMAR. A significant positive correlation between both VA methods was found for the right eye in the normal group (r= 0.90; P=0.00001) was well as in left eye (r=0.79; P=0.00003). Similar results were detected for the patient group for both right(r= 0.99; P=0.00000) and left eyes (r= 0.99; P=0.00000). Conclusão Conclusion: There was a strong correlation between ETDRS Chart and the computerized visual acuity system measurement prototype in this small cohort of normal subjects and patients. This new instrument seems to be an alternative for ophthalmology practice and research.

FeSBE 2012

Resumo: 27.019

Expressão de microRNAs no vítreo de ratos Wistar durante o envelhecimento

Autores 1AKAMINE, P. S.

1, FUZIWARA, C. S.

1, PESSOA, C. N.

1, KIMURA, E. T.

1, HAMASSAKI, D. E.

1 Biologia Celular e do Desenvolvimento - ICB - USP

Apoio Financeiro: FAPESP, CNPq

Resumo Objetivos Os microRNAs são pequenos RNAs não codificantes que atuam em RNAs mensageiros específicos, regulando a expressão gênica. Estudos recentes mostraram que os microRNAs estão presentes não só nas células, mas também em fluidos biológicos. Até o presente, poucos trabalhos descrevem a atuação desses microRNAs na retina e nada foi ainda descrito no vítreo. Com o processo natural de envelhecimento, o vítreo se torna mais aquoso, facilitando o descolamento da retina, formação de moscas volantes e fotopsia. Nesse contexto, existem evidências de que os microRNAs regulam a sobrevivência neuronal e a homeostase durante o envelhecimento. Além disso, foi observado que a expressão desregulada dos microRNAs em diferentes doenças neurodegenerativas, assim como, a perda de certos microRNAs provoca a neurodegeneração em alguns organismos. Assim, a via microRNA parece ser essencial na patologia de doenças neurodegenerativas dependente da idade. Portanto, para compreender melhor as alterações decorrentes ao processo de envelhecimento, o objetivo deste estudo foi avaliar a presença e a expressão de alguns microRNAs (let-7a, let-7f e miR-146b) no vítreo e na retina de ratos neonatos, adultos e idosos por meio de PCR em tempo real. Métodos Aprovado no Comitê de Ética em Experimentação Animal, CEEA protocolo no. 052/05. Foram utilizados ratos Wistar neonatos (P1-P3, n=4 animais), adultos (2 meses, n=3) e idosos (12 meses, n=3). Os animais foram anestesiados, os olhos enucleados e as retinas e vítreos coletados. O RNA total foi isolado através do protocolo do Trizol e a dosagem foi realizada utilizando o Biomate 3 (Thermo Scientific). A expressão gênica dos microRNAs let-7a, let-7f e miR-146b foi avaliada por PCR em tempo real através do uso de cDNA após o processo de transcrição reversa direcionada e específica. Resultados Na dosagem do RNA total, foram obtidos aproximadamente 2218ng, 1050ng e 625ng de RNA total por vítreo em ratos neonatos, adultos e idosos, respectivamente. A expressão dos microRNAs let7-a, let7-f e miR-146b foi maior no vítreo do que na retina em todas as idades investigadas. Além disso, verificou-se que a expressão dos microRNAs let-7a e let-7f é cerca de 4x maior em adultos e 5x maior em idosos do que em neonatos. Esse aumento também foi observado para o miR-146b, de 5 e 10x em adultos e idosos, respectivamente. Conclusão Nossos resultados mostraram que os microRNAs são detectáveis em amostras de vítreo de ratos Wistar. Esses microRNAs podem ser produzidos pelos hialócitos, células presentes em pequeno número no vítreo. No entanto, não podemos descartar a possibilidade de que eles sejam oriundos da retina, visto que os microRNAs investigados também foram detectados nessa estrutura. Os microRNAs let-7a, let-7f e mir-146b apresentaram maior nível de expressão na retina e vítreo de ratos idosos, sugerindo que eles participam de funções biológicas importantes no processo de envelhecimento.

FeSBE 2012

Resumo: 27.020

SWEEP VISUALLY EVOKED POTENTIALS AND VISUAL FINDINGS IN CHILDREN WITH WEST SYNDROME

Autores

1DOTTO-TURUDA, P.

1, CASCAVAN, N. N.

1, BEREZOVSKY, A.

1, SACAI, P. Y.

1, ROCHA, D.

M. 1, PEREIRA, J. M.

1, SALOMÃO, S. R.

1 Oftalmologia - Laboratório de Eletrofisiologia Visual

Clínica - UNIFESP

Apoio Financeiro:

Resumo Objetivos West syndrome (WS) is a type of early childhood epilepsy characterized by tonic-clonic infantile spasmus, disruption of cortical bioelectrical activity and progressive deterioration of neurological development, including vision. Sweep-visually evoked potentials technique (sweep-VEP) is an objective and reliable tool for the follow up of the normal visual pathway maturation in the first years of life. Our objective was to demonstrate the applicability and clinical relevance of the sweep-VEP to estimate grating visual acuity (GVA) and its usefulness to better understand visual aspects in patients with WS. Métodos Best-corrected binocular GVA was measured by sweep-VEP in children with WS. This retrospective study was approved by the Committee on Ethics in Research of UNIFESP (nº 0349/08). Those charts were reviewed and GVA scores were compared to acuity age norms from our own lab. All GVA scores were transformed to logMAR units. GVA deficit (GVAd) magnitude (logMAR) was determined by subtracting GVA score from the median values and then classified as absent (until 0.09 logMAR), mild (from 0.1 to 0.39 logMAR), moderate (0.40 to 0.80 logMAR) and severe (0.81 and above). Resultados Data from 20 children (age from 6 to 108 months – median = 15 months; 12 boys) were analyzed. Overall, there was substantial GVA deficit (median:0.8±0.2 logMAR). All children presented with some degree of visual impairment, as follows: mild in 10%, moderate in 40% and severe in 50%. There were no differences in GVAd due to sex, ocular motility, visual behavior and medication. There was no correlation between GAVd and age in SW patients. Both visual fixation and visual pursuit were absent in 45% of the cases. Poor visual fixation with poor visual pursuit was observed in 20% of the studied sample. Good fixation and pursuit was found only in 35% of participants. Isolated strabismus was present in 45%, with strabismus combined with nystagmus occurring in 35%. Isolated nystagmus was observed in 10%. Approximately half of the children (55%) had a positive history for perinatal complications (hypoxia, prematurity+hypoxia and isolated prematurity). Normal fundus was found in 15 (75%) children. Structural abnormalities were present in 55%, such as corpus callosum dysgenesis, optic nerve pallor, optic nerve atrophy, treated ROP, congenital cataract, iris coloboma and Aicardi’s syndrome. Valproic acid was the main anti-seizure drug in use, in 90%, followed by benzodiazepine and vigabatrine. Conclusão Visual impairment was a remarkable feature in patients with WS. Such impairment confirmed by GAV measured by sweep-VEP was consistent with the poor visual performance assessed behaviorally and could be explained by a possible primary cortical disturbance instead of structural abnormalities. Ocular motility abnormalities might be an indicator of supranuclear involvement probably caused by subcortical spread of the intense bioelectrical cortical discharges that characterizes the underlying disease.

FeSBE 2012

Resumo: 27.021

CONTRIBUIÇÃO DAS VIAS M E P PARA O POTENCIAL CORTICAL PROVOCADO VISUAL NOS DOMÍNIOS DE CONTRASTE E FREQUÊNCIA ESPACIAL

Autores 1ARAÚJO, C. S.

1,2, SOUZA, G. S.

1, GOMES, B. D.

1,2, SILVEIRA, L. C. L.

1,2, SOUZA, G. D. S.

1

Instituto de Ciências Biológicas - UFPA, 2 Núcleo de Medicina Tropical - UFPA

Apoio Financeiro: CNPq, CAPES, FINEP, FAPESPA, UFPA

Resumo Objetivos A influência das frequências espaciais em diferentes contrastes tem sido avaliada na investigação dos potenciais corticais visuais provocados a partir de várias técnicas, porém nenhum estudo deste tipo utilizou estimulação visual gerada por sequências pseudo-aleatórias. O objetivo deste trabalho é avaliar a influência do contraste de luminância e frequência espacial do estímulo no potencial cortical provocado visual gerado por estímulo único modulado temporalmente por sequências pseudo-aleatórias (PRBS-VEP). Métodos Nove sujeitos foram testados (24,1 ± 6,2 anos) com acuidade visual normal ou corrigida. Este trabalho teve aprovação do comitê de ética em pesquisa do Núcleo de Medicina Tropical sob o protocolo 23/2011. O estímulo apresentado foi rede senoidal de contraste de luminância, 8º de ângulo visual, apresentada de acordo com uma sequência binária pseudo-aleatória (2^14-1 elementos) configurada para apresentação reversa do contraste. Seis níveis de contrastes (3,12% a 99%) e sete frequências espaciais (0,4 a 10 cpg) foram usados. O sinal eletroencefalográfico foi registrado por um canal de eletródios (Fp, terra; Fpz, referência; Oz, ativo), amplificado 50.000 vezes, filtrado entre 0,1 e 100 Hz e digitalizado em 1200 Hz. O PRBS-VEP foi filtrado posteriormente abaixo de 50 Hz. As amplitudes pico-linha de base dos componentes da resposta cortical foram analisadas em função do contraste de luminância e frequência espacial do estímulo Resultados A resposta cortical foi encontrada no primeiro slice do kernel de segunda ordem, na qual foram encontrados 3 componentes, N1, P1 e P2. Em alto contraste, o componente N1 teve pico de amplitude média nas frequências espaciais entre 2 e 4 cpg. Em contrastes médios e baixos o componente foi menos frequente e pouco variou de amplitude média nas diferentes frequências espaciais. O componente P1, em alto contraste, teve baixa amplitude média nas frequências espaciais baixas e maiores amplitudes médias em frequências espaciais altas. O componente P1 foi menos frequente quanto menor foi o contraste do estímulo, sendo que em contrastes abaixo de 50% as maiores amplitudes médias deste componente foram encontradas em frequências espaciais mais baixas. Em todos os níveis de contraste o componente P2 teve maiores amplitudes em frequências espaciais baixas. A amplitude média do componente P1 saturou em alto contraste em 0,4 cpg. De 0,8 a 10 cpg, houve um aumento linear da amplitude média de P1 em função do contraste. O componente P2 apresentou a amplitude média aumentando linearmente com o logaritmo do contraste e saturação da amplitude em altos contrastes nas frequências espaciais de 0,4 e 0,8 cpg. Em 2 e 4 cpg, houve um aumento linear da amplitude média em função do log do contraste. De 6 a 10 cpg, a amplitude média apresentou pouca variação em função do contraste. Conclusão Os dados sugerem interação de dois mecanismos de detecção do contraste: um para todas as condições de contraste e frequências espaciais baixas e médias (via M) representado pelo componente P2 e outro sintonizado em altos contraste e frequências espaciais médias e altas (via P) representado pelo componente P1. É possível que ambos os componentes

FeSBE 2012

recebam contribuição de ambas as vias, com prevalência de uma delas de acordo com as condições do estímulo.

FeSBE 2012

Resumo: 27.022

RESPOSTAS CORTICAIS SELETIVAS A MECANISMOS CROMÁTICOS E ACROMÁTICOS OBTIDAS POR ESTÍMULOS CONTROLADOS TEMPORALMENTE POR SEQUÊNCIAS BINÁRIAS PSEUDO-ALEATÓRIAS

Autores

1RISUENHO, B. B. O.

1,2, SOUZA, G. D. S.

1, MIQUILINI, L.

1, LACERDA, E. M.

1, ARAÚJO, C.

1,2, SOUZA, G.

1,2, GOMES, B. D.

1,2, SILVEIRA, L. C.

1 Instituto de Ciências Biológicas - UFPA,

2

Núcleo de Medicina Tropical - UFPA

Apoio Financeiro: CNPq, CAPES, FINEP, FAPESPA, UFPA

Resumo Objetivos Introdução: O potencial cortical provocado visual (VECP) é uma ferramenta útil para a investigação de atividade cortical gerada por estímulos visuais. A literatura mostra que através de métodos convencionais de promediação de respostas, a estimulação reversa provoca resposta com polaridade predominantemente positiva tanto em condições cromáticas como acromáticas, enquanto respostas cromáticas e acromáticas geradas por estimulação onset apresentam respostas com polaridades opostas. Objetivos: Comparar as respostas corticais geradas por estímulos cromáticos e acromáticos modulados temporalmente por sequências binárias pseudo-aleatórias nos modos de apresentação onset e reverso. Métodos Este trabalho teve aprovação do comitê de ética em pesquisa do Núcleo de Medicina Tropical sob o protocolo 23/2011. Doze Tricromatas e quatro dicromatas, 3 protans e 1 deutan, (20,1 ± 1,6 anos de idade) foram testados para estímulos que consistiam de ondas senoidais, 8° de ângulo visual, moduladas por uma sequência-m simulando apresentação onset e reversa, com frequência espacial de 2 cpg e luminância média constante de 20 cd/m². Foram testados quatro diferentes protocolos de estimulação: padrão reverso acromático, padrão reverso cromático, padrão onset acromático, padrão onset cromático. Em todos os protocolos o estímulo e o fundo apresentavam a mesma cromaticidade média. Os registros eletrofisiológicos foram obtidos através de um canal de registro com amplificação de 50.000 vezes e digitalização de 1200 Hz. O sistema Veris foi utilizado para gerar os estímulos, registrar as respostas e extrair os kernels. Resultados As respostas corticais provocadas visuais variaram de acordo com o protocolo utilizado nesse trabalho. Estímulos cromáticos apresentados tanto no padrão reverso quanto no padrão onset geraram respostas marcadas por um

componente negativo (120 ms) com amplitude média de -4,2 V ± 3,4 (onoff) e -2,9 V ± 1,5 (reverso), esse componente

era seguido de um pico positivo (130 ms), que apresentou amplitude média de 3,25 V ± 1,4 (onoff) e 1,4 ± 0,5 V (reverso) . A morfologia da resposta gerada pelos protocolos acromáticos diferiu das respostas cromáticas, sendo caracterizada por um complexo negativo-positivo-positivo. Conclusão O uso de sequências-m para modulação temporal dos estímulos permitiu diferenciar os respostas cromáticas e acromáticas em sujeitos tricromatas e foi seletiva a mecanismos de oponência verde-vermelho devido à ausência da resposta nos sujeitos dicromatas.

FeSBE 2012

Resumo: 27.023

DISCRIMINAÇÃO CROMÁTICA EM CRIANÇAS COM PARALISIA CEREBRAL DO TIPO ESPÁTICA

Autores 1PEREIRA, J. D. C.

1, COSTA, M. F. D.

1 Neurociencias e Comportamento - USP

Apoio Financeiro: CAPES/CNPQ

Resumo Objetivos Entre os nossos sentidos, a visão é um dos canais pelo qual recém-nascidos interagem com o meio ambiente, o qual exerce fundamental influência sobre o desenvolvimento de nossas funções cognitivas, habilidades motoras e comunicação social. Nas crianças com paralisia cerebral além do comprometimento motor apresentado, outras alterações sensoriais podem estar presentes, principalmente aquelas relacionadas à visão. Nosso trabalho teve como principal objetivo avaliar a discriminação cromática em crianças com paralisia cerebral (PC) espástica em idade escolar (média=10,1 anos; DP=2,9), pois dentre tantas funções visuais importantes esta tem sido muito pouco estudada nesta população. Métodos Após aprovação Comitê de Ética do IPUSP (2008/019) avaliamos a visão de cores de 43 sujeitos com PC espástica (5 tetraplégicos, 22 diplégicos e 16 hemiplégicos). Divididos em dois grupos: um grupo de (n=31) possui acuidade visual (AV) (média=1,1 decimal de Snellen; DP=0,3) outro grupo (n=12) possui AV (média=0,4 decimal de Snellen; DP=0,1). Um grupo de crianças (n=53) formou o grupo controle. As crianças dos três grupos estavam equiparadas por idade e foram submetidas aos mesmos testes. Além da comparação entre os limiares de discriminação cromática, buscamos associações e correlações entre AV, sexo, idade, prematuridade, nível de comprometimento motor dado pela escala do GMFCS e etiologia. Estendemos também a avaliação cromática para um grupo de sujeitos adultos (n=41), com idades variando de 18 a 69 anos (média=42,58; DP=14,21). Para os dados com distribuição normal utilizamos os testes paramétricos: ANOVA, enquanto que para os dados com distribuição anormal optamos pelo testes não paramétricos: Kruskal-Wallis e para as correlações, o coeficiente de Spearman. A avaliação da discriminação de cores foi realizada usando o teste psicofísico computadorizado, versão adaptada por Goulart et al. (2008) do original (Cambridge Color Test). Este teste utiliza a versão curta trivector, que mede limiares de discriminação cromática em três eixos de confusão: protan, deutan e tritan. Além disso, o teste apresenta duas posições de localização do estímulo (direita ou esquerda) o que garante condições favoráveis para avaliar crianças com paralisia cerebral. Resultados Os resultados apresentaram diferenças significativas nos eixos protan e deutan ( p < 0,05) no grupo de sujeitos com paralisia cerebral e acuidade visual próxima em relação ao grupo controle. Porém, o mesmo não aconteceu para o eixo tritan, contrariando os achados dos poucos estudos encontrados na literatura. O grupo de sujeitos PCs com acuidade visual reduzida apresentou piores limiares cromáticos para todos os eixos e foram estatisticamente significantes ( p < 0,05), tanto quando comparados com os PCs com acuidade visual normal ou quando comparados com o grupo de sujeitos controle. Entretanto, subgrupos de PCs (diplégicos e hemiplégicos) apresentaram valores semelhantes de limiares cromáticos entre si, atestados pela não diferença estatística, porém os sujeitos tetraplégicos mostraram-se significativamente diferentes dos diplégicos e hemiplégicos ( p < 0,05). Considerando-se os níveis de GMFCS observamos uma correlação positiva e significativa para o eixo protan e deutan, mas não para o eixo tritan, bem como também para as demais variáveis testadas. Conclusão Conclusões: Os resultados mostraram que os sujeitos com PC e AV normal apresentam alterações visuais cromáticas significativas para os eixos protan e deutan quando comparados com sujeitos normais da mesma faixa etária. Ainda, os sujeitos com PC espástica e AV reduzida apresentam alterações em todos os eixos cromáticos, evidenciando alterações não só no sistema de oponência verde-vemelho, mas também no azul-amarelo.

FeSBE 2012