medidas tendência central e dispersão

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Bento Dezembro de 2011 INVESTIGAÇÃO EM EDUCAÇÃO

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INVESTIGAÇÃO EM EDUCAÇÃO. MEDIDAS Tendência central e dispersão. Bento Dezembro de 2011. DISTRIBUIÇÕES. - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: MEDIDAS Tendência central e dispersão

BentoDezembro de 2011

INVESTIGAÇÃO EM EDUCAÇÃO

Page 2: MEDIDAS Tendência central e dispersão

DISTRIBUIÇÕESPara dar sentido ao aparente caos dos

resultados brutos, os investigadores começam por dar uma ordem aos dados. O primeiro passo consiste em formar uma distribuição, isto é, a disposição de qualquer conjunto de resultados por ordem de magnitude.

Page 3: MEDIDAS Tendência central e dispersão

Resultados de QInão ordenados

Distribuição de resultadosde QI

7510010595

1201309590

11585

115100110100110

1301201151151101101051001001009595908575

Page 4: MEDIDAS Tendência central e dispersão

A distribuição permite ao observador perceber as tendências gerais mais rapidamente do que seria capaz com um conjunto de resultados brutos desordenados. Para simplificar ainda mais a nossa inspecção dos dados, podemos apresentá-los como uma distribuição de frequências. Uma distribuição de frequências é uma listagem de cada resultado, alcançado, acompanhada pelo número de indivíduos que obtiveram esse resultado.

X (Resultado bruto) f (frequência de ocorrência)

13012011511010510095908575

1122132111

Page 5: MEDIDAS Tendência central e dispersão

EIXO DO X E EIXO DO Y Para além de apresentarem as distribuições

de frequências sob a forma de tabelas, os estatísticos apresentam frequentemente os dados sob a forma gráfica. Um gráfico tem a vantagem de constituir uma espécie de “imagem” dos dados. É habitual indicar os resultados brutos, ou valores reais da variável, no eixo horizontal, eixo dos X, chamado abcissa. A frequência de ocorrência é apresentada na vertical, ou eixo dos Y, chamado ordenada.

Page 6: MEDIDAS Tendência central e dispersão

Histogramas e polígonos de frequências

Para construir um histograma, é desenhado um rectângulo sobre cada resultado bruto. A altura do rectângulo indica a frequência de ocorrência de cada resultado.

Page 7: MEDIDAS Tendência central e dispersão

Histogramas e polígonos de frequências

Para construir um polígono de frequências, em vez dos rectângulos, utiliza-se um único ponto para designar a frequência de cada resultado. Estes pontos são depois unidos por uma série de linhas rectas.

Page 8: MEDIDAS Tendência central e dispersão

Medidas de tendência central Para nos ajudar a compreender as semelhanças e

as diferenças entre os indivíduos, possuímos algumas técnicas úteis para descobrir a média, ou valor típico, de uma distribuição. Conhecer a média do QI para uma determinada turma pode ajudar-nos a planear o currículo, a decidir o nível a que devem ser ensinados alguns dos temas, ou a escolher livros na biblioteca. A informação acerca do valor típico de uma distribuição permite-nos interpretar de forma mais significativa todos os resultados da distribuição.

Page 9: MEDIDAS Tendência central e dispersão

Os estatísticos têm três métodos para obter o valor típico de uma distribuição, e cada um deles permite, quando utilizado de forma adequada, obter uma imagem tão correcta quanto possível da distribuição. Estes métodos fornecem as chamadas medidas de tendência central, assim designadas porque descrevem o resultado típico, médio ou central de uma distribuição; informam-nos acerca do resultado de um indivíduo médio ou típico. A escolha do método mais adequado pode ser difícil, pois a interpretação dos dados pode variar acentuadamente em função do método utilizado

Page 10: MEDIDAS Tendência central e dispersão

MÉDIA ARITMÉTICASe lhe for dado um conjunto de resultados de

QI, e lhe pedirem para descobrir o valor médio, o mais provável é que calcule a média aritmética. Isto é, que some todos os resultados de QI e divida depois a soma pelo número total de resultados. A média aritmética, geralmente designada apenas por média é certamente a medida de tendência central mais frequentemente utilizada.

X = ∑X/N

Page 11: MEDIDAS Tendência central e dispersão

130120115115110110105 X = ∑X/N = 100100 X =1009595908575______

Page 12: MEDIDAS Tendência central e dispersão

A média é uma medida de tendência central adequada no exemplo precedente porque a distribuição é aproximadamente equilibrada, ou seja, não existem resultados extremos em qualquer direcção. Dado que a média é calculada somando todos os resultados de uma distribuição, não é facilmente influenciada por resultados extremos, a não ser que os resultados extremos se situem todos na mesma direcção. A média é normalmente uma medida estável de tendência central.

PROPRIEDADES DA MÉDIA ARITMÉTICA

Page 13: MEDIDAS Tendência central e dispersão

A interpretação da média pode, por vezes, ser enganadora, especialmente em grupos em que a própria população, ou dimensão da população, se modifiquem. Por exemplo, a média de QI numa turma típica de “caloiros” universitários é habitualmente cerca de cinco pontos mais baixa do que a média da mesma turma quando os alunos mais tarde chegam a finalistas. Será que isto indica que os alunos aumentam os seus QI á medida que

frequentam a faculdade? Não, porque dado que a dimensão da turma de finalistas é quase sempre menor do que a dos “caloiros”, as duas já não constituem uma única população. Os que têm o QI mais baixo da turma de “caloiros” têm tendência a abandonar a faculdade, e a nunca chegar a finalistas.

Page 14: MEDIDAS Tendência central e dispersão

A MEDIANA

Em algumas situações, no entanto, a utilização da média pode conduzir a uma imagem extremamente distorcida do valor típico de uma distribuição. Observemos a distribuição seguinte de vencimentos mensais (em escudos)

Page 15: MEDIDAS Tendência central e dispersão

50 000 000$00 150 000$00 150 000$00 98 000$00 97 500$00 97 500$00 97 000$00 Mediana 96 500$00 95 000$00 92 500$00 90 000$00 90 000$00 88 000$00 _________ 51 242 000$00 X = 3 941 692$30

Page 16: MEDIDAS Tendência central e dispersão

Um dos valores de rendimento (50 000000$00) situa-se tão acima de todos os outros, que a utilização da média dos rendimentos dá uma imagem ilusória de grande riqueza a esta distribuição. Uma distribuição que é desequilibrada devido a uns poucos resultados extremos numa direcção diz-se assimétrica.

Uma representação muito mais exacta da tendência central de uma distribuição assimétrica é a mediana ou ponto central da distribuição.

Embora a média seja de 3 941 692$30, a mediana é 97 000$00, o que constitui um reflexo mais correcto do rendimento típico da distribuição.

Page 17: MEDIDAS Tendência central e dispersão

Dado que as distribuições de rendimentos são habitualmente assimétricas, deve estar-se atento face à possibilidade de sobrestimação dos valores, quando é apresentada a média dos rendimentos. A mediana é geralmente um valor mais adequado quando se trata de descrever rendimentos.

Para calcular a mediana, verifique que os valores estão sob a forma de uma distribuição, isto é, por ordem de magnitude. Depois, conte até metade dos resultados.

No exemplo anterior, há treze resultados na distribuição. Por conseguinte, contamos para baixo seis resultados e o sétimo coincide com a mediana.

Page 18: MEDIDAS Tendência central e dispersão

Se houver um número par de resultados numa distribuição, a mediana é calculada determinando o ponto que se situa exactamente a meio do caminho entre os dois valores centrais, ou seja, 114,5.

120118115 114,5 Mediana114114112____693 X = 115,50 Média

120118115 114,5 Mediana114114 6____587 X = 97,83 Média

Ao contrário da média, a mediana não é afectada pela presença de um resultado extremo em qualquer direcção, como se pode ver no exemplo da direita.

Page 19: MEDIDAS Tendência central e dispersão

Representação gráfica de distribuições assimétricas: (a) negativamente assimétrica; (b) positivamente assimétrica.

________________ _________________ (a) (b)

As distribuições são classificadas de acordo com a direcção da sua “cauda”. Quando a cauda está do lado direito, diz-se que a curva tem uma assimetria positiva.; quando a “cauda” é para a esquerda, tem uma assimetria negativa.

Page 20: MEDIDAS Tendência central e dispersão

QUARTIS De forma análoga à mediana, definem-se duas

outras medidas estatísticas que têm, por vezes, bastante interesse para o conhecimento de uma distribuição estatística – os quartis. A separação da distribuição (ordenada) é feita em três valores: Q1, Q2 e Q3, em que o Q2 é, naturalmente, a mediana.

O valor Q1, que separa os primeiros 25% dos dados ordenados por ordem crescente dos restantes 75%, chama-se 1º Quartil.

O 3º Quartil é o valor Q3 que divide a distribuição em duas partes, sendo 75% dos dados menores ou iguais a Q3 e os restantes 25% maiores ou iguais.

Page 21: MEDIDAS Tendência central e dispersão

O cálculo do 1º e do 3º quartil faz-se de modo análogo ao do cálculo da mediana. Com efeito, uma vez ordenados os dados, o 1º quartil é o valor correspondente à mediana da primeira metade da distribuição e o 3º quartil é o valor mediano da segunda metade.

3 7 8 8 8 9 10 10 10 11 11 11 11 11 12 13 14

QUARTIS

Q1Md

Q3

Q1= 8+8/2 = 8

Q2= Md = 10

Q3= 11+11/ 2 = 11

Page 22: MEDIDAS Tendência central e dispersão

A MODAA terceira medida de tendência central é

denominada moda. A moda é o resultado que ocorre com maior frequência numa distribuição. Num polígono de frequências, a moda é o ponto em que a curva atinge o seu nível mais elevado; num histograma localiza-se na barra mais alta. Algumas distribuições, designadas bimodais, têm duas modas. Distribuições deste tipo ocorrem quando os resultados se agrupam em dois locais separados, ou quando o grupo que está a ser medido se compõe possivelmente de dois subgrupos.

Page 23: MEDIDAS Tendência central e dispersão

Exercício As classificações obtidas por um aluno ao longo

do ano lectivo foram as seguintes:

8 11 15 16 7 12 5 6 9 5

1. Determine a classificação mediana, modal e os quartis

2. Determine a amplitude.

3. Supondo que a média mínima exigida para aprovação nesta disciplina é de 10 valores, qual a situação final deste aluno? Justifique.

Page 24: MEDIDAS Tendência central e dispersão

VARIABILIDADE Do mesmo modo que as medidas de

tendência central nos dão informações acerca da semelhança existente entre as medições, as medidas de variabilidade informam-nos acerca de como os resultados diferem ou variam. As medidas de variabilidade são cruciais em educação, uma vez que nos dão informação vital acerca de um dos temas fundamentais da Psico-pedagogia – as diferenças individuais.

Page 25: MEDIDAS Tendência central e dispersão

A AMPLITUDE Uma forma de descrever a variabilidade em

qualquer distribuição de resultados é calcular a amplitude (A).

A amplitude é a diferença entre o resultado mais elevado e o resultado mais baixo, e constitui uma medida da extensão total da distribuição.

A amplitude é representada por um único valor. Por exemplo, se o resultado mais alto numa

distribuição de QI for 140 e o resultado mais baixo for 60, então A é igual a 80.

Page 26: MEDIDAS Tendência central e dispersão

DESVIO-PADRÃO O DESVIO-PADRÃO (DP): Representa a

essência do conceito de variabilidade. Embora a amplitude seja importante, ao dar algum significado a um conjunto de resultados, tem uma limitação bastante significativa: baseia-se em apenas dois resultados, o mais elevado e o mais baixo. O desvio-padrão, pelo contrário, toma em consideração todos os resultados existentes na distribuição. Por conseguinte, o desvio-padrão é uma medida de variabilidade que indica o grau em que todos os valores de uma distribuição se desviam da média.

Page 27: MEDIDAS Tendência central e dispersão

Quanto maior for o valor numérico do DP, mais os valores se distanciam da média. Quanto mais pequeno o valor do DP, menos os resultados se distanciam da média, agrupando-se mais estreitamente à sua volta.

Uma distribuição com um desvio-padrão baixo diz-nos que o grupo que está a ser medido é homogéneo enquanto uma distribuição com um desvio-padrão elevado descreve um grupo heterogéneo de resultados. O desvio-padrão, ou desvio típico, é sempre expresso por um único valor.

Para se calcular o DP, seguem-se os seguintes passos:

DESVIO PADRÃO

Page 28: MEDIDAS Tendência central e dispersão

X X²

15 225 X = ∑X/N = 72/8 = 9,00

12 144

10 100 DP = √ ∑X²/N - X² = √ 748/8 – 9,00²

9 81

9 81 = √ 93,50 – 81,00 = √ 12,50

8 64

7 49

2 4

__ ___

72 748 DP = 3,535 = 3,54

Page 29: MEDIDAS Tendência central e dispersão

1. Some os X´s para obter ∑X2. Divida por N para obter X3. Eleve ao quadrado cada X para obter X²4. Some esses quadrados para obter ∑X²5. Divida o valor de ∑X² por N e subtraia o

quadrado da média, X².6. Extraia a raiz quadrada para obter o DP

Page 30: MEDIDAS Tendência central e dispersão

PERCENTIS Um percentil é o ponto da distribuição no

qual ou abaixo do qual se situa uma determinada percentagem de casos. Por exemplo, um resultado no percentil 95 significa que 95% dos resultados se situam nesse ponto ou abaixo dele, enquanto um resultado no percentil 5 significa que apenas 5% dos resultados se situam nesse ponto ou abaixo dele.

Page 31: MEDIDAS Tendência central e dispersão

PROPRIEDADES DA MÉDIA, MEDIANA, MODA, VARIÂNCIA E DP

MÉDIAMÉDIA:

• BEM DFINIDA, FÁCILMENTE INTERPRETÁVEL E FÁCIL DE CALCULAR

• PRESTA-SE BEM A TRATAMENTOS ALGÉBRICOS

• PÕES EM JOGO OS VALORES DE TODOS OS DADOS

• MUITO INFLUENCIADA PELOS DADOS EXTREMOS

MEDIANAMEDIANA:

• BEM DEFINIDA, FÁCIL DE INTERPRETAR E DE DETERMINAR

• NÃO É INFLUENCIADA PELOS CASOS EXTREMOS OU ABERRANTES

• NÃO SE CALCULA TENDO EM CONTA TODOS OS DADOS

• NÃO SE PRESTA AO TRATAMENTO ALGÉBRICO

Page 32: MEDIDAS Tendência central e dispersão

Propriedades (Cont.) MODA:MODA:

• FÁCIL DE INTERPRETAR E FÁCIL DE DETERMINAR

• NÃO É INFLUENCIADA PELOS EXTREMOS

• PODE PÔR EM EVIDÊNCIA A HETEROGENEIDADE DUM GRUPO

• NÃO TEM EM CONTA TODOS OS DADOS

• NÃO SE PRESTA A TRATAMENTO ALGÉBRICO

VARIÂNCIAVARIÂNCIA (Média dos quadrados dos desvios)

• É UMA BOA MEDIDA DE DISPERSÃO

• É SEMPRE POSITIVA

• NÃO TEM A MESMA UNIDADE QUE OS DADOS

DESVIO PADRÃODESVIO PADRÃO

• UMA DAS MAIS USADAS MEDIADS DE DISPERSÃO

• É SEMPRE POSITIVA

• TEM A MESMA UNIDADE QUE OS DADOS

Page 33: MEDIDAS Tendência central e dispersão

FIM