estilos de época - músicas que protestam eventos
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Colégio Estadual Carneiro De Campos
Nome: Max Sandro A. Gerotto
Disciplina: Literatura
ESTILOS DE ÉPOCA
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ESTILOS DE ÉPOCA
Estilo de época é a denominação dada ao conjunto de traços e normas que
orientam e caracterizam a produção artística de um determinado momento histórico.
A identificação de diferentes estilos de época orienta melhor o estudo das
produções artísticas, pois a cada estilo de época corresponde uma escola literária,
ou seja, um conjunto de características formais e de seleção de conteúdos
evidentes na obra de escritores e poetas que viveram em um mesmo momento.
Trovadorismo
Humanismo
Classicismo
Barroco
Arcadismo
Romantismo
Realismo e Naturalismo
Simbolismo
Modernismo
As Escolas Literárias mais estudadas são:
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ESTILOS DE ÉPOCA:
USO DA MÚSICA PARA PROTESTAR
Não importa o momento em que vivemos, existem ditaduras, guerras e
conflitos políticos acontecendo em alguma parte do mundo e elas
deveriam acabar. Existem pessoas sofrendo preconceito, sendo
abusadas, escravizadas e governos trabalhando de maneira corrupta.
Isso tudo existe, mas a cada dia que passa parece que ligamos menos
para isso tudo. Mesmo com a internet, mesmo com satélites e celulares
que nos aproximam cada vez mais e deveriam nos fazer agir melhor.
Alguns artistas ainda insistem em tentar nos fazer abrir os olhos, outros
querem apenas cantar sobre a dificuldade de ser um adolescente de
classe média que não sabe o que vestir.
Não que todo mundo e toda música deva conter temas políticos e sociais,
mas um pouco de realidade é essencial.
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Algumas músicas usadas para protestar:
O Meu País - Zé Ramalho (Lançamento 2000)
Esta canção a voz poderosa de Zé Ramalho aponta as mazelas da nossa nação. A
letra é direta e nos diz que este “... pode ser o país do futebol, mas não é com certeza
o meu país... Pode ser o país do carnaval, mas não é com certeza o meu país.”
Rosa de Hiroshima – Secos e Molhados (Lançamento 1973)
Rosa de Hiroshima é um poema de Vinícius de Moraes, musicado por Gerson Conrad e
gravado pela banda Secos e Molhados em seu disco de estreia, ano de 1973, em plena
ditadura militar. A canção é um grito pacifista e anti nuclear. A letra nos convida a refletir
sobre a barbárie e estupidez das guerras.
"...Pensem nas feridas, Como rosas cálidas, Mas, oh, não se esqueçam, Da rosa, da rosa,
Da rosa de Hiroshima, A rosa, hereditária, A rosa radioativa, Estúpida e inválida..."
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Roberto e Erasmo escreveram esta bela declaração de amor em 1971, em solidariedade a Caetano
Velloso, que havia se exilado em Londres em 1969 por causa da ditadura militar. Roberto sabia das
saudades que o amigo sentia de seu país e a dor e vazio por não poder voltar.
Uma canção política em forma de declaração de amor ao amigo exilado. Durante muito tempo não se
soube desse tom de homenagem.
"...Um dia vou ver você, Chegando num sorriso, Pisando a areia branca, Que é seu paraíso..."
Debaixo dos caracóis dos seus cabelos – Roberto Carlos e Erasmo Carlos
(Lançamento 1971)
Pequena memória para um tempo sem memória – Gonzaguinha (Lançamento 2003)
Em "Pequena memória para um tempo sem memória", Gonzaguinha usa todo seu vigor tecendo
críticas sociais com uma linguagem clara, inteligível e que não deixa dúvidas quanto ao seu
conteúdo e significação da canção.
"São cruzes sem nomes, sem corpos, sem datas. Memória de um tempo onde lutar por seu
direito é um defeito que mata".
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Cálice – Chico Buarque (Lançamento 1978)
Uma obra-prima do jogo das palavras. O cálice mencionado aqui na letra refere-se ao verbo calar (calar-se)
(Pai, afasta de mim esse cálice)
Sintetiza uma súplica por algo que se deseja ver à distância. Boa parte da música faz uma analogia entre a
Paixão de Cristo e o sofrimento vivido pela população aterrorizada com o regime autoritário. O refrão faz uma
alusão à agonia de Jesus no calvário, mas a ambiguidade da palavra “cálice” em relação ao imperativo “cale-se”,
remete à atuação da censura.
(De vinho tinto de sangue)
O “cálice” é um objeto que contém algo em seu interior. Na Bíblia esse conteúdo é o sangue de Cristo, na música
é o sangue derramado pelas vítimas da repressão e torturas.
(Como beber dessa bebida amarga)
A metáfora do verso remete à dificuldade de aceitar um quadro social em que as pessoas eram subjugadas de
forma desumana.
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Pra Não Dizer Que Não Falei das Flores - Geraldo Vandré (Lançamento 1968)
Levou o segundo lugar no “Festival Internacional da Canção”, em 1968, e foi proibida pela
ditadura.
Em 2006 o Governo Federal usou essa música para ilustrar a nossa atual democracia. Fica a
impressão de que, independente do momento político ou econômico, essa música deveria ser
cantada apenas pelo povo e para o povo. Nunca por um governo.
O sucesso da canção, que incitava o povo à resistência, levou os militares a proibi-la, usando
como pretexto a "ofensa" à instituição contida nos versos "Há soldados armados, armados ou
não / Quase todos perdidos de armas na mão / Nos quartéis lhes ensinam uma antiga lição /
de morrer pela pátria e viver sem razão".
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Música: Pra não dizer que não falei das flores – Geraldo Vandré