esterilizacao do equipamento

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Esterilização do Equipamento DEQ – 0524 Engenharia Bioquímica Docência Assistida: Cynthia Kérzia C. Araújo Docente: Prof. Dr. Everaldo Silvino dos Santos

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  • Esterilizao do

    Equipamento

    DEQ 0524 Engenharia Bioqumica

    Docncia Assistida: Cynthia Krzia C. Arajo

    Docente: Prof. Dr. Everaldo Silvino dos Santos

  • Esterilizao Por que???

    Penalidade econmica alta se faltar esterilidade;

    Muitas fermentaes precisam estar absolutamente desprovidas deorganismos estranhos;

    Vacinas precisam ter somente vrus inativados (mortos);

    Em alguns processos biotecnolgicos industriais, a eliminao parcial dapopulao microbiana dos equipamentos garante a qualidade que se deseja

    no produto.

  • Esterilizao

    Processo fsico ou qumico que destri ou inativa TODAS as formas de vidapresentes em um material (bactrias, fungos tanto em suas formas

    vegetativas como esporuladas e vrus).

    Possui significado absoluto, no existe parcialmente estril.

  • Esterilizao x Desinfeco

    Processo menos rigoroso de eliminao de microrganismos, geralmente comuso de agente qumico (desinfetante ou germicida).

    No necessariamente elimina todos os microrganismos, sendo direcionadaaos mais prejudiciais.

  • Modo de ao dos agentes esterilizantes

    Agentes fsicos calor seco, calor mido, radiao ultravioleta e ultra-som.

    Agentes qumicos lquidos ou gases (hipoclorito, fenis, formaldedo, xidode etileno, oznio, dixido de enxofre, etc).

    Induzem, por diferentes mecanismos, a formao de substncias qumicasletais no interior das clulas, levando morte do microrganismo.

  • Agentes Esterilizantes

    CALOR MIDO

    Esterilizao por vapor sob presso (autoclaves):

    Temperatura

    elevada

    Alto grau de

    umidade

    Desnaturao

    irreversvel de

    protenas

    Transferncia de calor rpido

    aumento de temperatura

    Aumento do nvel de hidratao no

    Interior das clulas coagulao

    das protenas

  • Agentes Esterilizantes

    APLICAO DE CALOR MIDO

    Reatores bioqumicos e tubulaes;

    Processamento de produtos de fermentao bombas, filtros, centrfugas, misturadores, separadores, etc.

    Material de laboratrio autoclaves e fornos (calor seco)

    Meios de cultura

  • Agentes Esterilizantes

    CALOR SECO

    Destruio dos microrganismos oxidao de seus constituintesqumicos

    Transferncia de calor muito lenta e nvel de hidratao das clulas diminui(proteo s protenas)

    Dependncia da quantidade de gua na clula

  • Agentes Esterilizantes

    CALOR SECO X CALOR MIDO

    Calor mido favorece a desnaturao de protenas;

    Esterilizao por calor seco mais lenta e menos eficaz;

    Calor mido o agente de uso mais frequente;

    Calor seco utilizado para materiais sensveis ao calor mido.

  • Agentes Esterilizantes

    IRRADIAO POR LUZ ULTRAVIOLETA (UV)

    Efeito letal proporcional dose de radiao aplicada

    Regio do espectro de UV com ao esterilizante de 220 a 300 nm Regioabitica (sem vida)

    Fatores que podem influenciar na sensibilidade microbiana a UV pH,estado fisiolgico das clulas e a constituio gentica

  • Agentes Esterilizantes

    RADIAO IONIZANTE

    Principais: alfa, beta, gama, raios X, prtons, eltrons e nutrons de altaenergia

    Alvo principal: molcula de DNA

    Morte celular resulta da formao de uma cadeia de ionizao em umaporo significativa do DNA.

    A sensibilidade dos diferentes organismos varia com o volume de DNA

  • Agentes Esterilizantes

    XIDO DE ETILENO (EtO)

    ter cclico que mata as clulas, agindo com agente alquilante

    Gs inodoro, incolor, inflamvel e explosivo- Poderoso agente esterilizantecom ao bactericida, fungicida devido a sua capacidade de interferir na

    sntese protica.

    Reao de alquilao bloqueio dos grupos ativos das molculas

  • Agentes Esterilizantes

    XIDO DE ETILENO (EtO) - Vantagens

    Esteriliza materiais sem danific-los, promovendo um aumento da sua vidatil e proporcionando economia na reposio;

    utilizado para materiais termossensveis;

    Em muitas aplicaes substitui o calor seco ou vapor;

    um gs altamente penetrante, com grande capacidade de difuso esolubilidade.

  • Legislao Brasileira

    (Portaria n 482/99 e resoluo n 30/06 da ANVISA).

    Estabelece condies mnimas de instalao e operao de processos de esterilizao a EtO que em resumo so:

    Dispor de reas e processos adequados quanto ao risco de exploso do gs;

    Dispor de sistemas de tratamento dos resduos do gs de forma a no poluir o ar ou osistema de esgotos;

    Dispor de sistemas de ventilao e Aerao alm de EPIs adequados quanto aos riscosbiolgicos do gs;

    Limite de Tolerncia para Exposio de funcionrios:1ppm ou 1,8mg/m3 ( 8 horas por dia)

    5ppm ou 9 mg/m3 (15 minutos por dia)

  • Esterilizao de reatores por calor mido

    Vapor obtido em caldeiras e distribudo por dutos de ao galvanizado ou ao inoxidvel,isolados termicamente.

    Considerado estril (altas temperaturas e presses nas caldeiras).

    Esterilizao de reatores vazios:

    Injeo de vapor no interior e expulso do ar presente;

    Fechar reator e injetar vapor at T e P adequadas (121C e 1 atm);

    Novas injees s para manter T e P;

    Fechar a entrada de vapor e injetar ar esterilizado para evitar que o resfriamento e acondensao do vapor presente no interior gere vcuo;

    Aps resfriamento e estabilizao da presso interna, o meio de cultura esterilizadoexternamente pode ser carregado.

  • Esterilizao de reatores por calor mido

    Esterilizao de reatores com meio de cultura:

    Agitao mnima deve ser fornecida ao meio de cultura durante todo oprocesso.

    1 etapa: Circula-se vapor pela serpentina ou camisa at que o meio atinja 96a 97 C, sendo que a cabea do tanque deve receber vapor fluente para

    expulsar o ar do interior; Vapor fluente tambm deve ser usado para

    esterilizar vlvulas, filtros e tubulaes de entrada e sada do reator;

  • Esterilizao de reatores por calor mido

    Esterilizao de reatores com meio de cultura:

    2 etapa: Injetar vapor diretamente no meio de cultura at 100 C . Fecharreator e injetar vapor at T e P adequadas (121 C e 1 atm) e corta-se a

    injeo direta de vapor controlando T e P atravs da serpentina 20 a 40

    min (reator em bom estado)

    3 etapa: Para o resfriamento, circular gua fria nas serpentinas at 100 C einjetar ar esterilizado para evitar formao de vcuo pela condensao do

    vapor

  • Esterilizao de reatores por calor mido

    Esterilizao de reatores com meio de cultura:

    2 etapa: Injetar vapor diretamente no meio de cultura at 100 C . Fecharreator e injetar vapor at T e P adequadas (121 C e 1 atm) e corta-se a

    injeo direta de vapor controlando T e P atravs da serpentina 20 a 40

    min (reator em bom estado)

    3 etapa: Para o resfriamento, circular gua fria nas serpentinas at 100 C einjetar ar esterilizado para evitar formao de vcuo pela condensao do

    vapor

  • Esterilizao de reatores por calor mido

    Esterilizao em autoclaves:

    Reatores de at 30 L,

    Vidrarias,

    Meio de cultura

  • Esterilizao de reatores por calor mido

    Esterilizao em autoclaves:

    Erlenmeyers com meio de cultura, pipetas, tubos de ensaio, etc, soesterilizados por 15 a 30 min.

    Reatores 40 min a 1 h (no so agitados durante a esterilizao e o seucentro demora para atingir a temperatura adequada)

  • Esterilizao de reatores por calor mido

    Reator de 10 L

  • Esterilizao de reatores por calor mido

    Esterilizao em autoclaves:

    Etapa de resfriamento:

    Somente abrir a autoclave aps a temperatura chegar prxima do ambiente,

    j que uma despressurizao brusca pode provocar danos aos sensores

    colocados no interior dos reatores.

  • Esterilizao de reatores por calor mido

    Linha de exausto de gases com filtro esterilizante adequado;

    Linhas de inoculao, amostragem e esgotamento devem tambm seresterilizadas pela passagem de vapor saturado.

    Manuteno peridica: limpeza e eventual substituio de todas as vlvulasque tenham contato direto com o reator ou com linhas esterilizadas (ar,

    inculo, amostragem, exausto, descarga, etc)

    Verificao de vazamentos na serpentina: gua circulando sob presso por 24h aparecimento de gua no interior do reator

  • Esterilizao e desinfeco por agentes

    qumicos Germicidas qumicos

    Utilizados quando equipamentos de operaes unitrias ou componentes de uma instalao industrial no admitem esterilizao pelo vapor de gua

    saturado;

    Agem a temperatura ambiente;

    Precisam de tempos maiores de contato;

    Capacidade ligada fortemente s propriedades fsicas do material a ser tratado (plstico ou metlico, liso ou rugoso, porosidade) e s caractersticas qumicas

    do ambiente;

  • Esterilizao e desinfeco por agentes

    qumicos

    Ciclo de desinfeco /esterilizao qumica de um equipamento:

    1) Desmontagem do equipamento (se for o caso);

    2) Limpeza dos componentes, removendo-se todo o tipo de resduos de meiode cultura, biomassa e produtos usando detergentes (se necessrio);

    3) Lavagem dos componentes com gua para remoo de detergentesutilizados;

    4) Montagem do equipamento e introduo da soluo aquosa do germicida,propiciando o tempo de exposio preestabelecido para a ao germicidarequerida;

  • Esterilizao e desinfeco por agentes

    qumicos

    Ciclo de desinfeco /esterilizao qumica de um equipamento:

    5) Drenagem da soluo germicida do sistema;

    6) Remoo dos resduos de germicida atravs de circulao cuidadosa de gua

    ou outro fluido estril.

  • Esterilizao e desinfeco por agentes

    qumicos

    Condies de tempo de esterilizao:

    Agente qumico utilizado

    Depende

    Das caractersticas da populao microbiana

    remanescente (tipo e nmero de microrganismo)

  • Esterilizao e desinfeco por agentes gasosos

    No o mtodo de escolha em indstrias de fermentao para esterilizaode equipamentos (muito rara);

    Assepsia de salas e laboratrios comumente realizada com vapores deformaldedo;

    Os mais importantes: xido de etileno, xido de propileno, formaldedo ebetapropriolactona.

  • Esterilizao e desinfeco por agentes gasosos

    xido de Etileno usado em itens hospitalares, artigos plsticos delaboratrio etc. dentro de cmaras especiais semelhantes a autoclaves;

    xido de propileno esterilizao de alimentos;

    Vapores de formaldedo e betapropiolactona desinfeco de cmaras, salase ambientes onde assepsia desejvel.

    A resistncia de bactrias vegetativas e esporuladas, vrus e fungos aos mtodos de

    esterilizao por gases bastante varivel, e depende do agente utilizado, sua

    concentrao, umidade relativa do ambiente e temperatura do processo.

  • Controle de contaminaes microbianas em

    processos fermentativos

    Esterilizao no h grau - /no estril;

    Desinfeco industrial implica que o material deve ser tratado, a fim deeliminar ou reduzir a carga microbiana patognica, mas no implica quetodos os microrganismos viveis tenham sido inativados;

    Problema do contaminante:

    1) Desviar a transformao das matrias primas fermentescveis para outras substncias que no o produto desejado;

    2) Destruir por decomposio o produto final, ou atravs de enzimas indesejveis, ou pela modificao das condies ambientais.

  • Controle de contaminaes microbianas em

    processos fermentativos

    Fermentao - contaminao indesejvel!!

    Operao de fermentao contnua - mais fcil de haver contaminao que na descontnua;

  • Alternativas para o processo

    Utilizar microrganismos fermentadores que crescem em temperaturas prejudiciais aos contaminantes: Lactocobacillus delbrueckii que cresce entre 45C e 50C;

    Trabalhar com microrganismos que suportem elevadas presses osmticas impedindo desta forma que contaminantes cresam;

    Introduo de grandes quantidades de inculo para proteger indiretamente de contaminantes pela lei de antagonismo (diminuio de pH rapidamente tornando o meio no propcio para o crescimento do contaminante - ex. fermentao ctrica com baixa de pH a 2 2,5).

  • Referncias

    Schmidell W, Lima UA, Aquarone E, Borzani W. Biotecnologia Industrial -Engenharia bioqumica. Volume II, So Paulo, Ed. Edgard Blcher LTDA,

    2001. Captulo 3