manual esterilizacao e conservacao rev.2

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INDICEIntroduo................................................................................................................................................ Os Instrumentos e sua Fabricao................................................................................................................ Conhecendo os Instrumentos Cirrgicos e sua Matria-Prima........................................................................... Anlise Qumica do Ao AISI 304............................................................................................................... Anlise Qumica do Ao AISI 420............................................................................................................... Ao Inoxidvel. O que isso significa?............................................................................................................. Os Instrumentos e sua conservao.............................................................................................................. A gua..................................................................................................................................................... Detergentes.............................................................................................................................................. Detergentes Inicos................................................................................................................................... Detergentes Enzimticos............................................................................................................................. Desincrostantes......................................................................................................................................... Limpeza.................................................................................................................................................... Consideraes gerais quanto ao processo de Limpeza..................................................................................... Limpeza Manual......................................................................................................................................... Limpeza por Ultra-Som............................................................................................................................... Limpeza por Lavadora Termodesinfectadora.................................................................................................. Enxge................................................................................................................................................... Secagem.................................................................................................................................................. Inspeo................................................................................................................................................... Revitalizao / Lubrificao......................................................................................................................... Precaues e Advertncias.......................................................................................................................... Manuteno.............................................................................................................................................. Esterilizando os instrumentos Consideraes gerais sobre esterilizao........................................................... Mtodos de Esterilizao - Esterilizao por vapor Saturado/Autoclaves............................................................. Esterilizao Rpida (Flash)...................................................................................................................... Calor Seco................................................................................................................................................ Radiao Ionizante..................................................................................................................................... Plasma de Perxido de Hidrognio................................................................................................................ Sistema Automatizado com cido Peractico.................................................................................................. Vapor de Baixa Temperatura e Formaldedo Gasoso........................................................................................ xido de Etileno......................................................................................................................................... Glutaraldedo............................................................................................................................................. Identificando e Resolvendo Problemas.......................................................................................................... Manchas Superficiais.................................................................................................................................. Corroo................................................................................................................................................... Bibliografia................................................................................................................................................ Normas de Garantia................................................................................................................................... Pg 03 Pg 04 Pg 04 Pg 04 Pg 05 Pg 05 Pg 06 Pg 06 Pg 06 Pg 06 Pg 06 Pg 08 Pg 08 Pg 09 Pg 09 Pg 10 Pg 10 Pg 11 Pg 11 Pg 11 Pg 12 Pg 12 Pg 13 Pg 13 Pg 14 Pg 16 Pg 18 Pg 18 Pg 18 Pg 19 Pg 19 Pg 19 Pg 20 Pg 20 Pg 21 Pg 22 Pg 23 Pg 24

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INTRODUOOs instrumentos cirrgicos representam um investimento elevado. Portanto espera-se que estes sejam durveis, e cumpram a funo a que se destinam. Porm, estes aspectos podem ser comprometidos se o instrumento cirrgico for manuseado de forma inadequada, tanto durante sua utilizao, quanto no seu reprocessamento (limpeza, esterilizao e acondicionamento). Com o intuito de oferecer esclarecimentos e recomendaes que tem como objetivos preservar a integridade e aumentar a vida til do instrumental cirrgico, a ABC Instrumentos Cirrgicos LTDA apresenta a 2 edio do seu Manual de Esterilizao e Conservao de Instrumentos Cirrgicos.

Simbologia utilizada neste guia de Esterilizao e Conservao de instrumentos cirrgicos:

Ateno: consultar manual de instrues. Ler atentamente as instrues. Ateno: Dano potencial ao equipamento e s suas partes.

Ateno: Riscos potenciais para as pessoas.

Equipamento Esterilizvel em Autoclave.

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OS INSTRUMENTOS E SUA FABRICAO MATRIA-PRIMAA grande maioria dos instrumentos cirrgicos de melhor qualidade fabricada em ao inoxidvel. Especificaes oriundas de normas tcnicas internacionais como as normas DIN (Deutsches Institut fr Normung), norteiam tanto o processo de fabricao do ao nas usinas siderrgicas, quanto o de fabricao dos instrumentos cirrgicos. Porm, isto no significa que todas as empresas fabricantes de instrumentos cirrgicos sigam estas normas. Atualmente, existe uma ampla variedade de aos inoxidveis, mas as alternativas disponveis para fabricao dos instrumentos so muito restritas, devido condio a que os mesmos sero submetidos para que possam ser utilizados. Em funo disto, a ABC Instrumentos Cirrgicos LTDA realiza testes e anlises, em laboratrio credenciado pertencente Rede Reblas/ANVISA, para confirmao das especificaes qumicas, com isso, garante-se a utilizao de ao inoxidvel AISI 304 e 420 para a confeco de cada produto, visando um maior controle da matria-prima.

CONHECENDO OS INSTRUMENTOS CIRRGICOS E SUA MATRIA PRIMAA maioria dos instrumentos cirrgicos so fabricados em ao inoxidvel, como os instrumentos cirrgicos exigem condies especiais de utilizao e esterilizao, os tipos mais utilizados de ao so: AISI-304 e AISI-420. Tendo como referncia as Normas Internacionais vigentes, segue abaixo a composio qumica dos aos inoxidveis mais utilizados:

ANLISE QUMICA DO AO AISI-304Carbono Cromo Silcio Mangans Fsforo Enxofre Nquel C Cr Si Mn P S Ni menor ou igual a 0,07% 17,0 a 19,0% 1% ( mximo ) 2% ( mximo ) 0,045% ( mximo ) 0,030% ( mximo ) 8,00 a 11,0%

Dureza mxima Limite de escoamento Limite de resistncia Alongamento

92 (HRB) 205 MPa (mnimo) 515 MPa (mnimo) 40% (mnimo)

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ANLISE QUMICA DO AO AISI-420TIPO CLASSE CARBONO420 420 420 420 A B X C B C D 0,16 0,26 0,36 0,42 a a a a 0,25 0,35 0,41 0,50

MANGANS FSFORO ENXOFRE SILCIO MX. MX MX MX1,00 1,00 1,00 1,00 1,25 0,04 0,04 0,04 0,04 0,06 0,030 0,030 0,030 0,030 0,20 a 0,34 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00

CROMO12,00 12,00 12,00 12,50 a a a a 14,00 14,00 14,50 14,50

OUTROS ELEMENTOSNi 1,00 Mx Ni 1,00 Mx Ni 1,00 Mx Ni 1,00 Mx Cu 0,60 mx Ni 0,50 mx

420 F

0,30 a 0,40

12,50 a 14,00

Dureza na escala Rockwell 48 a 52 (RC) Dureza mxima 96 (HRB) Limite de resistncia 690 MPa (mnimo) Alongamento 15% (mnimo)

AO INOXIDVEL. O QUE ISTO SIGNIFICA? muito comum a idia de que o ao inoxidvel um metal inaltervel, totalmente indestrutvel, assim grande parte dos usurios de instrumentos cirrgicos considera que no h necessidade de maiores cuidados com este tipo de material, deixando a manuteno dos mesmos num plano secundrio. Desta forma, muitos ficam surpresos ao descobrir que seus instrumentos de ao inoxidvel no so to inoxidveis quanto imaginavam, aps os mesmos terem sido submetidos a ataques de ordem fsica, trmica ou qumica. Este fato est relacionado prpria composio qumica deste tipo de ao: - uma liga a base de ferro, carbono, cromo, mangans, silcio, molibdnio, enxofre e fsforo. Os trs primeiros so elementos base da liga. O ferro o elemento base da liga, ou seja, o elemento predominante, o cromo o elemento que confere a inoxidabilidade ao ao, e em geral, quanto maior a sua quantidade na liga, maior ser a resistncia corroso. Por sua vez o carbono reduz a resistncia corroso. O carbono necessrio em funo da necessidade de dureza e propriedades mecnicas requeridas pelo instrumental, j que estes necessitam de bordos extremamente afiados ou uma perfeita justaposio de serrilhas. Infelizmente, as ligas mais apropriadas para a fabricao de instrumentos cirrgicos contm baixo teor de cromo e alto teor de carbono, ou seja, so menos resistentes as corroses. Procurando reduzir a probabilidade de corroso nestas ligas de ao inoxidvel, so utilizados alguns processos especiais durante a fabricao do instrumental: Passivao (Eletropolimento): Neste processo o instrumento submetido a um tratamento eletroqumico, onde solues cidas agem sobre sua superfcie, promovendo um pr-polimento e uma ativao da camada superficial de xido de cromo, dando assim a resistncia corroso ao ao inoxidvel. Polimento: Atravs de polimento mecnico, so removidas reas de possvel ataque de corroso, ao produzir-se uma superfcie extremamente lisa e brilhante, proporcionando uma camada contnua e uniforme de xido de cromo. Em superfcies que no apresentem polimento correto, a corroso aparecer primeiramente nestas reas, conseqentemente os instrumentos foscos so os mais propensos a apresentarem corroso em sua superfcie. Instrumentos oxidados, sem brilho, com

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manchas ou que apresentem corroso (ferrugem) mostram indcios de precariedade no cuidado de conservao, e pode ser o indicativo de matria-prima no adequada. Na realidade esses problemas no podem ser totalmente eliminados, porm podem ser minimizados. DA PARTE DO FABRICANTE: Utilizando a melhor e mais adequada matria-prima, e uma atualizada tecnologia na fabricao dos instrumentos.

DA PARTE DO USURIO: Utilizando os instrumentos especificamente para a funo a que se destinam, e conservando-os de maneira correta.

OS INSTRUMENTOS E SUA CONSERVAOA padronizao dos procedimentos de limpeza e esterilizao dos instrumentais, busca dentre outros aspectos garantirem uma maior durabilidade dos mesmos. Seguindo este objetivo, abordaremos orientaes a respeito de cuidados e procedimentos que, so dirigidas aos profissionais evolvidos no reprocessamento e utilizao do instrumental cirrgico.

Lembre-se: uma autoclave no limpa, somente esteriliza.

A GUAEste um item crtico no processo de limpeza do instrumental cirrgico em razo da procedncia e do tipo de tratamento que a mesma submetida, uma vez que esta pode apresentar uma grande concentrao de cloreto de sdio, elementos particulados, desequilbrio do pH. Estes fatores combinados podem acelerar o processo de deteriorao do instrumental ou favorecer a incrustao de precipitados minerais provocando corroso. O on cloro age no ao inoxidvel reduzindo sua resistncia corroso, ocasionando pontos localizados denominados pites, alm de favorecer o surgimento de fissuras em reas tensionadas, acarretando rompimento do instrumental. Temos ainda a presena de ons de metais pesados, tais como, ferro, cobre, mangans, etc., que podem depositar-se sobre a superfcie dos instrumentos provocando o aparecimento de manchas coloridas, marrons, azuladas ou com as cores do arco-ris. Esta alterao superficial no se constitui imediatamente em um processo de corroso, mas poder vir a s-lo. A gua empregada nos processos de limpeza e esterilizao deve apresentar-se dentro de certos limites, a fim de assegurar a reduo da corroso. O ideal a utilizao de gua desmineralizada, deionizada ou destilada (DDD), ou a instalao de filtros de gua e vapor na rea de reprocessamento e esterilizao do material.

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gua desmineralizada: isenta de substncias minerais/ salinas gua destilada: isenta de substncias inicas, salinas e minerais. gua deionizada: isenta de substncias inicas

Deve-se secar imediatamente os instrumentais para evitar manchas e corroso.

Ateno: O on cloro age no ao inoxidvel reduzindo sua resistncia corroso, ocasionando pontos localizados denominados pites, alm de favorecer o surgimento de fissuras em reas tensionadas, acarretando rompimento do instrumental.

DETERGENTESSo solues qumicas que tm a propriedade de umidificar substncias que so insolveis ou que possuem baixa solubilidade, auxiliando a remoo da sujidade. Eles podem ser inicos (detergentes comuns) ou enzimticos.

DETERGENTES INICOSAgem basicamente sobre as gorduras, tendo pouco efeito sobre protenas e polissacardeos, que so componentes abundantes da matria orgnica. Como estes detergentes possuem pouca atividade sobre a matria orgnica, exige-se uma escovao rigorosa dos artigos, tornando o processo de limpeza demorado, expondo os usurios a riscos ocupacionais, alm de acelerar o processo de oxidao dos artigos.

DETERGENTES ENZIMTICOSSo detergentes neutros no irritantes que possuem na sua composio substncias qumicas denominadas enzimas, surfatantes e solubilizantes que tem a capacidade de decompor a matria

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orgnica (pus, fezes, sangue, gordura) presente nos artigos em curto espao de tempo e sem causar danos aos artigos e ao meio ambiente. As enzimas existentes no detergente enzimtico so basicamente de trs tipos: - proteases: decompem as protenas; - amilases: decompem os polissacardeos; - lipases: decompem as gorduras.

Ateno: A utilizao de substncias inicas (cidas ou alcalinas) para a limpeza de instrumentais, pode causar deteriorizao, seja por oxidao ou por desgaste qumico. Nunca utilizar hipoclorito de sdio (gua sanitria) nos instrumentais, pois este produto o maior agente causador de oxidao em materiais de ao inoxidvel.

DESINCROSTANTESSo substncias abrasivas, altamente inicas, com elevado teor de cloreto, uma vez que a propriedade detergente destas solues resulta de uma estrutura molecular onde um radical orgnico est ligado ao on cloro. Atuam revitalizando o instrumental removendo ferrugem, crostas, manchas de oxidao, ou seja, devolvendo ao instrumental a aparncia de novos. Estes produtos embora possam provocar oxidao so s vezes necessrios. Visando minimizar a ao nociva destes produtos devem-se seguir risca as instrues de utilizao fornecidas pelo fabricante.

LIMPEZAA limpeza consiste num banho em soluo de detergente com gua aquecida, to logo os instrumentos deixem de ser utilizados. O detergente deve ser utilizado na concentrao e tempo indicados pelo fabricante. A gua no deve ultrapassar a temperatura de 60 C, uma vez que acima desta ocorre coagulao de protenas contidas no sangue, secrees e resduos tissulares, dificultando assim, o processo de remoo das mesmas. O principal objetivo desta operao a remoo de resduos orgnicos (sangue, pus, gordura), substncias qumicas (gua oxigenada, lcool, ter, iodo), e outras secrees. Independentemente do processo de limpeza utilizado, este deve ser realizado o mais precocemente possvel, pois quanto mais tempo demorar para ser iniciado, maior ser a dificuldade para remover os resduos existentes nos instrumentos.

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Os instrumentos novos, que nunca foram utilizados, devem ser lavados e inspecionados antes de serem conduzidos esterilizao. O processo de limpeza pode ser realizado de trs maneiras: - limpeza manual; - limpeza por ultra-som; - limpeza por lavadora termodesinfectadora (limpeza automatizada).

CONSIDERAES GERAIS QUANTO AO PROCESSO DE LIMPEZA- separao dos instrumentos. Os instrumentos devem ser separados por grau de delicadeza e espcie, visando sua preservao alm de evitar acidentes. Os instrumentos delicados devem ser lavados separadamente. Os leves devem ser acondicionados na cuba de lavagem sobre os pesados. A separao por espcie realizada tambm com o objetivo de facilitar a limpeza. - manuseio dos instrumentos. Manusear pequenas quantidades de material de cada vez, garantindo um tratamento delicado, evitando presses desnecessrias.

- abrir instrumentos articulados. Tesouras, pinas, porta-agulhas, ou seja, instrumentos com articulao devero ser colocados em posio aberta. As peas dos instrumentos desmontveis, devem ser submetidas a limpeza isoladamente.

- padronizao dos procedimentos de limpeza. Os procedimentos de limpeza devem ser padronizados, a fim de garantir que este processo seja executado da mesma maneira, reduzindo tempo, danos aos instrumentais e exposio ocupacional, alm de garantir a qualidade do processo.

LIMPEZA MANUALOs procedimentos de limpeza devem ser realizados utilizando-se EPIs (Equipamentos de Proteo Individual - culos, mscara, gorro, botas, avental impermevel de mangas longas e luvas de borracha). Os instrumentos que apresentam reas crticas de limpeza e de difcil acesso, podem reter tecidos orgnicos, secrees ou outras substncias, impossibilitando uma remoo eficaz destes.

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Realiza-se a escovao individual do instrumental, pea a pea, sob gua morna corrente, utilizandose sabo neutro ou detergente enzimtico. A escovao das partes serrilhadas deve seguir a linha da serrilha. Deve-se tambm limpar atentamente as articulaes e cremalheira, pois estes locais so propensos a um acmulo de sujidade. As escovas utilizadas devem possuir cerdas macias (nylon), visando preservar a integridade fsica do instrumental. Nunca se deve utilizar materiais abrasivos na limpeza do instrumental, tais como, palhas ou espojas de ao, pois alm de marcar e ocasionar microfissuras no instrumental, estes provocam a remoo do filme passivo protetor do substrato metlico, favorecendo o aparecimento da corroso.

Ateno: Nunca utilizar materiais e produtos de limpeza abrasivos, como palhas ou esponjas de ao, para que no danifiquem os instrumentais.

LIMPEZA POR ULTRA-SOMNo processo de limpeza ultra-snica, ocorrem micro-exploses das molculas de ar deslocando a sujidade das superfcies que esto em contato com a soluo de limpeza. Para garantir a qualidade, os instrumentais devem ser submetidos a uma limpeza prvia, eliminando os resduos grosseiros de sujidade, principalmente nas partes serrilhadas e articulaes, evitando que o processo torne-se ineficaz ou ineficiente. Todo artigo deve entrar em contato com a soluo de limpeza, inclusive os lmes e canais. Normalmente, 3 a 5 minutos de imerso, numa freqncia de 25 a 40 kHz o suficiente para promover a limpeza do instrumental. A concentrao elevada de resduos na cuba do ultra-som comprometer a eficincia da limpeza. Outro fato a ser observado com ateno especial deve-se ao detergente utilizado, uma vez que este dever possuir pH neutro e produzir a menor quantidade de espuma possvel. Os instrumentos delicados devem ser colocados com cuidado, evitando-se o contato entre si, uma vez que as vibraes podem acarretar o desgaste prematuro.

LIMPEZA POR LAVADORA TERMODESINFECTADORAOs processos automticos de limpeza so realizados por equipamentos especficos que executam as diversas etapas do processo de limpeza do instrumental cirrgico, como pr-lavagem, detergncia, enxge, desinfeco, enxge e secagem, garantindo um processo padronizado, alm de reduzir a exposio dos profissionais a agentes infectantes ou contaminantes.

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Os instrumentos que sero submetidos limpeza devem ser separados por peso, tamanho, tipo de sujidade acondicionando-os em cestos apropriados. O carregamento da cmara com os cestos e a escolha do ciclo de limpeza depende da sujidade do instrumental e deve seguir especificaes do fabricante e normas da instituio.

ENXGEAps a completa limpeza dos instrumentos, atravs de lavagem manual ou ultra-snica, deve-se realizar um enxge de modo a remover completamente qualquer resduo de espuma, substncia detergente. Visando um melhor enxge dos instrumentos articulados, estes devem ser abertos e fechados diversas vezes durante este processo. Recomenda-se a utilizao de gua DDD a uma temperatura em torno de 40 a 60C para facilitar a secagem.

SECAGEMAps o enxge os instrumentos devem ser totalmente secos com tecido de algodo macio e absorvente, ou jato de ar comprimido. Deve-se evitar que os instrumentos sequem ao natural, j que neste caso elementos da composio da gua podero agregar-se superfcie do instrumento. Quanto aos instrumentos articulados deve-se dar ateno especial articulao, buscando remover a totalidade da gua do seu interior.

Ateno: Nunca deixar o instrumental secar de forma natural evitando-se assim manchas e corroso.

INSPEOAps a limpeza e antes da esterilizao, deve-se proceder a um minucioso exame individual de cada pea. Materiais com presena de sujidade: encaminh-los para novo processo de limpeza;

Materiais danificados: encaminh-los para conserto na assistncia tcnica recomendada pelo fabricante; Materiais com vestgios de corroso: encaminh-los assistncia tcnica evitando que o processo de corroso se espalhe aos demais instrumentos.

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Os materiais que durante a inspeo apresentarem condies ideais de uso devem ser submetidos ao processo de revitalizao.

REVITALIZAO / LUBRIFICAOUtiliza-se um produto neutro, hidrossolvel que age atravs da formao de uma pelcula protetora sobre a superfcie do instrumental favorecendo a maleabilidade e prevenindo o surgimento de pontos de oxidao sobre estes. Deve ser atxico e permevel ao vapor, portanto no h necessidade de sua remoo antes do processo de esterilizao. A utilizao de vaselina no recomendada, pois esta forma uma fina camada na superfcie do instrumental, sob a qual esporos podem resistir esterilizao. Aps o processo de revitalizao, os instrumentais so enviados para acondicionamento e esterilizao.

Ateno: No recomendado o uso de banho do instrumental no lubrificante, pois o recipiente da soluo do lubrificante pode conter determinadas bactrias. Um pulverizador de lubrificante o mais recomendado, pois so mais seguros, custam menos, alm de garantir que no haver contaminao do instrumental.

PRECAUES E ADVERTNCIAS

Ateno: Este item do Guia para Conservao, Limpeza e Esterilizao de Instrumentais Cirrgicos contm informaes extremamente importantes para garantir a integridade dos instrumentos. O no cumprimento destas instrues pode resultar em danos graves para os instrumentais e paciente. Leia com ATENO!

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MANUTENOInstrumentos que porventura necessitem e/ou permitam reparos, devem ser enviados manuteno em empresa recomendada pelo fabricante, pois pessoas no credenciadas/habilitadas podero alterar as caractersticas do instrumento, fazendo com que as responsabilidades por parte do fabricante, inclusive a garantia do produto seja interrompida. No recomendada a solda de instrumentos, pois o aquecimento provoca alteraes microestruturais que comprometero a sua vida til, podendo vir a causar inclusive novas quebras.

ESTERILIZANDO OS INSTRUMENTOS CONSIDERAES GERAIS SOBRE ESTERILIZAOO processo de destruio de todas as formas de vida microbiana (bactrias, fungos, vrus e esporos) chamado de esterilizao. A escolha do processo de esterilizao deve ser adequada ao tipo e rotatividade do material, considerando ainda a sua praticidade, segurana ao paciente, recursos humanos que manipulam, os riscos ao meio ambiente e o custo do processo. Para a esterilizao de artigos hospitalares, dispe-se de vrios mtodos, no entanto deve-se lembrar que a esterilizao jamais ser atingida com instrumental sujo. As recomendaes do fabricante do aparelho esterilizador quanto a volume e a disposio da carga dentro do mesmo devero ser levadas em considerao. No aconselhada a esterilizao de instrumentos de ao inoxidvel juntamente com material cromado, uma vez que pode ocorrer a formao de uma pelcula escura sobre o instrumental de ao inoxidvel, alterando o aspecto visual, alm da possibilidade de influir no comportamento mecnico do mesmo. Pode haver a formao de um depsito eletroltico sobre a superfcie do instrumental de ao inoxidvel devido contaminao por parte do instrumental cromado se este possuir fissuras na sua superfcie.

Ateno: A esterilizao no substitui a limpeza, e jamais ser eficaz se o material conter impurezas.

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Ateno: O contato entre diferentes tipos de metais durante a esterilizao, como ao inoxidvel e material cromado, pode induzir a processo de corroso no instrumental. Assim, recomenda-se que seja evitada a esterilizao, em uma mesma operao, de instrumentais produzidos com materiais distintos.

Exemplo de Equipamento Esterilizvel em Autoclave.

O processo de esterilizao pode ser fsico, qumico ou fsico-qumico. MTODOS DE ESTERILIZAO ALTERNATIVAS Vapor Saturado/Autoclaves Mtodos Fsicos Calor Seco Raios Gama/Cobalto Glutaraldedo Mtodos Qumicos Formaldedo cido Peractico Esterilizadoras a xido de Etileno (ETO) Plasma de Perxido de Hidrognio Mtodos FsicoQumicos Plasma de gases (vapor de cido peractico e perxido de hidrognio; oxignio, hidrognio e gs argnio) Vapor de Formaldedo

MTODOS DE ESTERILIZAO ESTERILIZAO POR VAPOR SATURADO/AUTOCLAVES indicado para esterilizao de instrumental termo-resistentes, e que permitam a penetrao do vapor, contudo a autoclave a vapor oferece um ambiente bastante agressivo uma vez que envolve calor, presso e umidade.

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A esterilizao se d pela termocoagulao das protenas bacterianas que ocorre pela exposio dos artigos ao vapor num determinado tempo e temperatura dependendo do equipamento. A esterilizao a vapor realizada em autoclaves, cujo processo possui fases de remoo do ar, penetrao do vapor e secagem. A remoo do ar diferencia os tipos de autoclaves. Os ciclos de esterilizao so orientados de acordo com as especificaes do fabricante. Um ciclo de esterilizao do tipo "Flash" pode ser realizado em autoclave, com qualquer tipo de remoo do ar.

Ateno: A autoclavagem um processo seguro para esterilizao. Entretanto, se no houver controle nos parmetros operacionais, pode acarretar danos ao instrumental, pois a umidade + alta temperatura + oxignio, juntos, podem provocar corroso, que no futuro pode gerar micro-fissura, trinca e posteriormente sua quebra.As autoclaves podem ser divididas segundo os tipos abaixo: TIPOS O vapor injetado forando a sada do ar. A fase de secagem limitada uma vez que no possui capacidade para completa remoo do vapor. Desvantagem: pode apresentar umidade ao final pela dificuldade de remoo do ar. GRAVITACIONAL As autoclaves verticais so mais indicadas para laboratrios. Venturi O ar removido atravs de uma bomba. A fase de secagem limitada uma vez que no possui capacidade para completa remoo do vapor. Desvantagem: pode apresentar umidade pelas prprias limitaes do equipamento de remoo do ar. Introduz vapor na cmara interna sob alta presso com ambiente em vcuo. mais seguro que o gravitacional devido a alta capacidade de suco do ar realizada pela bomba de vcuo. O ciclo pr-programado para um tempo e temperatura especficos, baseado no tipo de autoclave e no tipo de carga (para outros ciclos se assume que a carga contm materiais porosos). De forma geral, o ciclo dividido em duas fases: remoo do ar e esterilizao. Embora possa ser programado uma fase de secagem, esta fase no est includa no ciclo flash. Os materiais em geral so esterilizados sem invlucros. A menos que as instrues do fabricante permitam. Assume-se que sempre estaro midos aps o processo de esterilizao. Devem, portanto, ser utilizados, imediatamente, aps o processamento, sem ser armazenados. Este ciclo no deve ser utilizado como primeira opo em hospitais. Indicadores qumicos, fsicos e biolgicos (B. stearothermophillus).

ALTO VCUO

ESTERILIZAO RPIDA (FLASH)

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EXEMPLOS DE PARMETROS PARAESTERILIZAO A VAPOR

EXEMPLOS DE TEMPOS MAIS COMUNS DEEXPOSIO

Tipo de Autoclave

Temperatura 121 a 123o.C

Tempo de Exposio depende da orientao do fabricante depende da orientao do fabricante depende da orientao do fabricante

Temperatura

Tempo do Ciclo

121 a 123o.C 15 a 30 min 132 a 135o.C 10 a 25 min

Gravitacional 132 a 135o.C 132 a 135o.C Pr Vcuo 141 a 144 .C 121 a 123o.C Vcuo Fracinado 132 a 135o.C 141 a 144o.Co

132 a 135o.C

3 a 4 min

121 a 123o.C 20 min

132 a 135o.C

3 a 4 min

ESTERILIZAO RPIDA (FLASH) O ciclo pr programado para um tempo e temperatura especficos baseado no tipo de autoclave e no tipo de carga (para outros ciclos se assume que a carga contm materiais porosos). De forma geral o ciclo dividido em duas fases: remoo do ar e esterilizao. Embora possa ser programado uma fase de secagem, esta fase no est includa no ciclo "flash". Os materiais em geral so esterilizados sem invlucros a menos que as instrues do fabricante permitam. Se assume que sempre estaro midos aps o processo de esterilizao. Devem, portanto, ser utilizados imediatamente aps o processamento, sem ser armazenados.

OBS.: Este ciclo no deve ser utilizado como primeira opo em hospitais.

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Exemplos de tempos mnimos de exposio em esterilizao tipo "flash Tipo de Autoclave Tipo de Carga Temperatura Tempo do Ciclo 3 min

- Metais, tens no porosos, sem lumes. GRAVITACIONAL - Metais com lumes, tens porosos (plsticos, borrachas). - Metais, tens no porosos, sem lumes. PR VACUO - Metais com lumes, itens porosos (plsticos, borrachas). - Metais, itens no porosos, sem lumes. - Metais com lumes, itens porosos (plsticos, borrachas).

132o.C

132o.C 132o.C

10 min 3 min

132o.C 132o.C a 135o.C

4 min 3 min

VCUO FRACIONADO

141o.C a 144o.C

2 min

Alm dos cuidados referentes qualidade da gua abordada anteriormente, recomenda-se: - Limpeza sistemtica da esterilizadora removendo sujeiras e excesso de xido de ferro (ferrugem) preferencialmente atravs de tcnicos treinados e autorizados pelos fabricantes. A autoclave no deve ser aberta prematuramente, pois isto permite a entrada de ar frio no interior da autoclave, resultando em uma rpida condensao do vapor que ir depositar resduos sobre a superfcie do instrumental, ocasionando o surgimento de manchas e fissuras em razo da mudana brusca de temperatura. O tecido de algodo que utilizado como embalagem neste processo de esterilizao deve ser submetido a um enxge rigoroso no seu processamento, uma vez que resduos de detergente, alvejantes e outras substncias podem provocar manchas ou oxidao nos instrumentais. Os instrumentais que possuem peas desmontveis devero ser esterilizados desmontados, permitindo a penetrao do vapor. Os instrumentos articulados devem ser esterilizados na posio aberta, evitando o fenmeno corroso-tenso, especialmente em reas vulnerveis como articulao, serrilha e hastes.

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CALOR SECOA esterilizao ocorre pela desidratao e coagulao dos microorganismos. As recomendaes quanto temperatura e tempo de exposio dos materiais diferem muito. Os parmetros mais utilizados so:

Temperatura171C 160C 149C 141C 121C

Tempo60 minutos 120 minutos 150 minutos 180 minutos 720 minutos

Este processo de esterilizao embora ainda usado em algumas instituies, s deve ser utilizado como ltima escolha devido dificuldade de garantir a esterilizao pela variao da temperatura no interior da cmara e tambm pela sua agressividade ao material.

RADIAO IONIZANTEO processo de esterilizao ocorre pela alterao da composio molecular das clulas as quais sofrem ionizao. empregada basicamente a nvel industrial devido ao alto custo e necessidade de controle da Comisso Nacional de Energia Nuclear, uma vez que utiliza o cobalto 60 (raio gama) e o iodo 135 (raio beta). indicado para materiais termosensveis e peas cromadas.

PLASMA DE PERXIDO DE HIDROGNIOA esterilizao ocorre pela desestruturao das membranas celulares. Tem ao bactericida, esporicida, fungicida e virucida. A temperatura varia de 40 a 55C e o tempo de ciclo de 58 a 74 minutos. As embalagens utilizadas (tivek, mylar e manta de polipropileno) e os materiais e artigos (aparelhos eletrnicos, endoscpios, serras e instrumentais) devem ser compatveis com o processo. um processo atxico, seguro, rpido, utiliza baixa temperatura e atinge amplo espectro bacteriano.

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SISTEMA AUTOMATIZADO COM CIDO PERACTICOA esterilizao ocorre pela ao oxidante, atuando na parede e interior da clula, danificando o sistema enzimtico e destruindo o microorganismo. O sistema opera com temperatura de 50 a 56C e o tempo de processamento varia de 30 a 45 minutos. O material deve ser utilizado imediatamente aps o trmino do processo, visto que os cestos utilizados para o seu acondicionamento no so hermeticamente fechados. O cido peractico por ser um produto corrosivo, deve apresentar um inibidor de corroso na sua formulao.

VAPOR DE BAIXA TEMPERATURA E FORMALDEDO GASOSOA esterilizao ocorre pela coagulao das protenas do citoplasma por meio de temperaturas que variam de 50 a 60C com exposio de 180 a 330 minutos. A embalagem (papel grau cirrgico e combinao de filme plstico e papel) e os artigos devem ser compatveis com o processo.

XIDO DE ETILENOEste mtodo de esterilizao ocorre pela alquilao dos componentes celulares bsicos. Utiliza temperaturas entre 50 e 60C, o processo varia de 3 a 7 horas, acrescido de uma aerao forada para remoo do gs e seus derivados txicos residuais de 8 a 12 horas. Salienta-se que h necessidade de aguardar a liberao dos testes bacteriolgicos (bacillus subtillis) em 48 horas, para confirmar se o processo de esterilizao foi eficaz. As embalagens utilizadas o papel grau cirrgico, combinao de papel com filme plstico, papel crepado e TNT (tecido no tecido) Possui amplo espectro microbiano, boa penetrabilidade, no corrosivo e no danifica objetos, mas pela sua toxidade, efeitos carcinognicos, mutagnicos, neurotxicos e teratognicos alm de ser inflamvel e explosivo o mesmo recomendado somente para materiais que no possam ser submetidos a outros processos.

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GLUTARALDEDOA esterilizao ocorre pela alquilao alterando a sntese de protenas, o RNA e DNA. O processo de esterilizao exige imerso total dos artigos e efetua-se em 8 a 10 horas, de acordo com orientao do fabricante, o que torna o processo demorado. Por ser um produto txico e altamente corrosivo s indicado para artigos termosensveis quando no houver outro mtodo de esterilizao disponvel. Os artigos devem ser esterilizados imediatamente antes do seu uso. O enxge rigoroso e a secagem devem ser realizados com tcnica assptica. Os instrumentos cirrgicos representam um elevado investimento, tanto em hospitais como clnicas e se manuseados de maneira inadequada podem ter sua durabilidade afetada, comprometendo sua vida til, causando prejuzos ao comprador. Todos os detalhes devem ser minuciosamente levados em conta, para que o instrumento tenha uma vida til de acordo com a garantia dada pelo fornecedor, desde seu acondicionamento at sua limpeza e esterilizao. Neste manual, desenvolvido pelo Departamento Tcnico da empresa ABC Instrumentos Cirrgicos LTDA, oferecemos esclarecimentos e recomendaes de como conservar os instrumentos por mais tempo, fazendo com que sua performance permanea a mesma, independente do seu tempo de utilizao, desta forma, o profissional de Centro Cirrgico consegue identificar e resolver quaisquer problemas que vierem a aparecer.

IDENTIFICANDO E RESOLVENDO PROBLEMASA seguir sero abordados os problemas que ocorrem com maior freqncia no instrumental cirrgico, como manchas e corroso, suas causas e possveis solues. De modo geral, estas podem ocorrer em funo de: contato prolongado com iodo, sangue, restos de tecidos, cloreto de sdio, bicloreto de mercrio, ou ainda, um longo espao de tempo entre a utilizao do instrumental e o incio do processo de limpeza; lavagem insuficiente; utilizao de gua que no seja destilada, desmineralizada ou deionizada. agregao de produtos de limpeza ou desinfeco; utilizao de detergentes agressivos ao ao inoxidvel; permanncia prolongada em solues desincrostantes ou esterilizantes;

desrespeitar as instrues de utilizao dos produtos de limpeza, desinfeco ou conservao dadas pelo fabricante;

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m qualidade do vapor da autoclave; secagem inadequada; temperatura elevada e tempo prolongado na estufa; esterilizao simultnea de instrumentos cromados com os de ao inoxidvel;

A seguir trataremos especificamente dos tipos de manchas e corroso mais comuns.

MA CHAS SUPERFICIAISProblema: Aurolas de colorao superficial sem contorno definido, lembrando cores do arco-ris. Causas: a) ons de metais pesados ferro, mangans, cobre na gua de lavagem ou autoclave.

b) alta concentrao de substncias minerais, como clcio, ou presena de substncias orgnicas na gua de lavagem ou autoclave. Soluo: Para evitar estas manchas a gua de enxge e da autoclave dever ser destilada, desmineralizada ou deionizada. Problema: Resduos amarelos ou marrom-escuro. Encontram-se principalmente nos lugares difceis de limpar. No devem ser confundidos com oxidao (ferrugem). Causas: a) resduos proticos que j estavam incrustados nos instrumentos antes da lavagem;

b) uso repetido de detergente com gua suja, onde resduos em suspenso se agregam aos instrumentos; c) resduos depositados em solues qumicas desinfetantes no renovadas.

Soluo: Manter sempre Limpos os depsitos ou cubas de lavagem e desinfeco.

Problema: Colorao amarelada em todo o corpo do instrumento. Causa: Superaquecimento no processo de esterilizao. Soluo: Realizar aferio peridica do aparelho de esterilizao.

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Problema: Manchas cinza-azuladas. c) Causas: Utilizao de substncias degermantes a frio.

Soluo: Certas substncias quando utilizadas por um tempo prolongado tornam-se corrosivas. A soluo degermante dever ser trocada freqentemente e observado o tempo recomendado pelo fabricante ou substitu-la por um processo de esterilizao.

CORROSOProblema: Pontos de corroso por pites. a mais freqente. Progride rapidamente e causa, em pouco tempo, a deteriorao total do instrumento. Causas: Provocada normalmente por ons halgenos que atuam na superfcie do instrumental. Estes ons provm de solues salinas, cloreto, iodo, resduos de secrees, detergentes, desincrostantes, ou solues desinfetantes sujas. Soluo: Caso o contato direto dos instrumentos com solues que contenham ons halgenos se faa necessrio, deve-se providenciar a imediata lavagem destes aps o uso. Problema: Fissuras por tenses internas ou externas. No confundir com rachadura por esforo. Causas: a) utilizao ou manipulao inadequada do instrumento;

b) tenses produzidas pelo brusco aumento ou diminuio de temperatura durante a esterilizao; c) d) presena de ons de cloro na gua; esterilizao dos instrumentos com a cremalheira fechada, especialmente em autoclaves.

Soluo: Manter os instrumentos sempre abertos durante os processos de lavagem e esterilizao e utilizar os instrumentos apenas para a funo a que se destinam. Problema: Corroso nas articulaes de pinas, porta agulhas e tesouras. Causas: Limpeza insuficiente em razo da dificuldade de se atingir a parte interna da articulao. Soluo: Lubrificar periodicamente os instrumentos articulados

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BIBLIOGRAFIACeribelli, M.I.P.F.: Problemas e limitaes da esterilizao por xido de etileno no mbito hospitalar. Enfoque, v. 1, p. 8-13, 1996 Graziano, K.U., Castro M.E., Moura, M.L.: Detergentes enzimticos: um recurso adicional para limpeza dos artigos odonto-mdico-hospitalares. Lifemed. acesso em 06.10.02

Meeker, M. H., Rothrock, J. : Alexander Cuidados de Enfermagem ao Paciente Cirrgico. RJ. 10 Edio, Ed. Guanabara Koogan SA, 1997Silva, M. A. A., Rodrigues, A. L., Cezaretti, I. U. R.: Enfermagem na Unidade de centro Cirrgico. SP. Ed. EPU, 1992NBR 13911:2010 NBR 13402:1997 NBR 13851:1997 NBR 13852:1997 NBR 14174:1998 NBR 14332:1999

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NORMAS DE GARANTIAA ABC Instrumentos Cirrgicos LTDA oferece garantia de 10 anos contra defeito de fabricao, excluindo o mau uso do instrumento. So considerados provveis defeitos de fabricao: Mau funcionamento; Desalinhamento do instrumento; Presena de oxidao; Presena de trinca ou fissura no corpo do instrumento; Presena de arestas ou rebarbas; No esto includos na garantia: Trinca, fissura, quebra, oxidao, mau funcionamento/desalinhamento ou outros danos causados por uso inadequado ou uso de materiais abrasivos (esponjas e escovas de ao, etc); Uso de produtos qumicos em desacordo com as recomendaes do fabricante; Uso de produtos corrosivos ao ao ou base de cloreto; Esterilizao fora dos padres de tempo, temperatura, qualidade da gua e condies de acondicionamento recomendados para instrumentos cirrgicos; Queda do instrumento; Estocagem incorreta; Perda de fio em instrumentos cortantes; Desgaste natural por uso do instrumento. Outros defeitos apresentados pelo instrumento devero ser analisados pelo Departamento Tcnico da ABC Instrumentos Cirrgicos LTDA, no havendo a constatao de problemas de fabricao, emitiremos um laudo tcnico indicando a(s) causa(s) de danos ao funcionamento no instrumento. Acaba a garantia, se o instrumento for modificado, montado, recuperado ou se tiver nossa marca (que vai gravada na pea) apagada por terceiros. Dentro do comprovadamente imediatamente. perodo de garantia, os instrumentos cirrgicos da marca ABC, que apresentarem defeitos de fabricao sero reparados ou substitudos

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A garantia de 10 anos vlida a partir da data da aquisio do produto, constantes na data de emisso da nota fiscal de compra. Todos os nossos produtos so aprovados e registrados no Ministrio da Sade, conforme determina a ANVISA (Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria). Vale a pena ressaltar que, a ABC Instrumentos Cirrgicos LTDA no esteriliza os seus produtos, portanto o ato de esterilizar os mesmos de total responsabilidade dos seus clientes. No efetuamos servios de manuteno nos instrumentos, como: afiao de tesouras e de peas cortantes, colocao de wdea, banho de ouro (dourado), etc. Para obter maiores informaes sobre esterilizao, limpeza e manuseio dos instrumentais, siga as orientaes da NBR 14332 de junho de 1999, disponvel na A.B.N.T. (Associao Brasileira de Normas Tcnicas). Nosso Manual de Esterilizao foi elaborado por pessoas altamente capacitadas da rea tcnica, tendo como objetivo, oferecer aos nossos clientes os devidos esclarecimentos, de como esterilizar e conservar melhor os seus instrumentais cirrgicos. Sendo assim, caso ainda persista alguma dvida ou necessite de esclarecimentos adicionais, envienos um e-mail: [email protected]

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