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ESTE MATERIAL É PARTE INTEGRANTE DO CURSO ONLINE “APRENDA A DANÇAR FLAMENCO” DA EDUK (WWW.EDUK.COM.BR) CONFORME A LEI Nº 9.610/98, É PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL E PARCIAL OU DIVULGAÇÃO COMERCIAL DESTE MATERIAL SEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA E EXPRESSA DO AUTOR (ARTIGO 29)

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ESTE MATERIAL É PARTE INTEGRANTE DO CURSO ONLINE “APRENDA A DANÇAR FLAMENCO” DA EDUK (WWW.EDUK.COM.BR) CONFORME A LEI Nº 9.610/98, É PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL E PARCIAL OU DIVULGAÇÃO COMERCIAL DESTE MATERIAL SEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA E EXPRESSA DO AUTOR (ARTIGO 29)

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O Flamenco Muitos se questionam sobre se, para dançar, tocar ou cantar flamenco, é necessário nascer na Espanha, mais precisamente na região da Andaluzia, terra onde nasceu o Flamenco. Entretanto, a história dessa arte está tão obscura e cheia de influências, que fica quase impossível dizer que o flamenco é unicamente da An-daluzia! No século XVIII, começam as primeiras manifestações de baile flamenco. Em um período em que muitos povos brigavam e ocupavam a Espanha (árabes, judeus, ciganos, gregos, cristãos, persas e outros). As navegações aconteciam a todo vapor, tanto para o Oriente, que influenciou fortemente a vestimenta e acessórios usados no flamenco, tais como Leque (abanico, pericón), Xale (mantón), entre outros.Na América, a música influenciou muito o flamenco. Diversos ritmos, da Colômbia a Cuba, foram levados para a Espanha, e lá se desenvolveu e aflamencou-se. Entre eles: Colombianas, Guajiras, Tangos (lembrando que todo sufixo “ango” vem da cultura Afro-Americana). Ritmos aos quais chamamos de ida y vuelta. Os ciganos chegaram na Espanha, vindos da Índia, no século XV. Sofreram intensamente as dores da Inquisição, mas, após 300 anos vivendo na Espanha, suas profissões já estavam consolidadas no país. Entretanto, o mais comum eram profis-sões como ferreiros, canasteiros (que faz cestas), entre outras. O flamenco começou a se manifestar fortemente entre eles. Nessa época, a França era o país que ditava a moda! Havia uma dança que se contrapunha ao ballet clássico ítalo-francês, que eram os bailes de punteras, que se dançava de sapatos, com saias longas, num ritmo que se assemelhava ao de uma valsa. Os espanhóis resolveram levar essa arte para seu país, porém colocaram sua personalidade “maja”. Os braços subiram acima da cabeça e a expressão ficou mais forte. O canto muitas vezes virou lamento, de dor, de saudade, com seus melismas árabes. Alguns ritmos se influenciaram de cantes de outras regiões da Espanha, como Galícia, Astúrias, etc. Um baile popular, dançado nas ruas, em festas particulares, nascimentos, fu-nerais etc. Depois de um século começou sua época de apresentações. Primeiro as apresentações se davam nos Cafés Cantantes (idade de ouro), depois para Óperas (Falla, García Lorca). Passado algum tempo o baile se tornou mais teatral, até o re-nascimento do flamenco, em meados do século passado, quando grandes nomes e personalidades do flamenco, começaram a ficar conhecidas. Na década de 60, aparecem figuras como Antonio, El Bailarín, Vicente Escu-dero, a grande Juana Maya, que eleva o nível do Baile Flamenco com muito virtuo-

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sismo. Um dos grandes difusores do Flamenco, foi o payo, Paco De Lucia. Levou o flamenco para as quatro partes do planeta, e mostrou que era uma arte que merecia muito respeito. Hoje, o baile vive uma cena com mestiçagem com outros tipos de música, como o Jazz, as músicas étnicas etc. O flamenco é uma arte intimista, no baile, no cante e na guitarra, basta uma reunião com poucas pessoas para que o “duende” se manifeste. Nas juergas, madru-gada afora é possível, num ambiente descontraído, entender o aire e o soniquete do Flamenco. Uma de suas características são as palmas: um recurso fundamental para manifestar essa arte. Se dividem em dois tipos: Sordas e Vivas (abertas, bril-hantes, harmônicas etc). Aprenderemos mais detalhes ao longo da apostila.

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Ritmos (palos) vistos neste primeiro curso: aprenda a dançar flamenco

Técnica e consciência corporal

Muito do que foi usado e pesquisado para a primeira aula, ma qual falamos de técnica e consciência corporal vem de materiais usados no Liang Gong. O Lian Gong em 18 Terapias é uma prática corporal elaborada na década de 70 pelo Dr. Zhuang Yuan Ming, médico ortopedista da Medicina Tradicional Chinesa que vive em Shangai, na China. Essa prática foi escolhida pelo governo de Shangai para ser amplamente divulgada para a população e o Dr. Zhuang, o seu criador, recebeu o prêmio de “Pesquisa Científica de Resultado Relevante”. Doutor Zhuang, uniu conhecimentos da MTC – Medicina Tradicional Chinesa e a Moderna Medicina Ocidental, com as artes guerreiras e os antigos exercícios terapêuticos.2

O objetivo principal do Lian Gong em 18 Terapias é a de tratar e prevenir dores no corpo, inúmeros problemas osteomusculares, articulações, etc., hoje tão frequente nas condições da vida moderna, além de atuar nas disfunções dos órgãos internos e problemas respiratórios. São exercícios preventivos e curativos, cuja pratica põe em movimento o “Chi” (energia vital) em especial ao “Zhen Chi” ou “Chi Verdadeiro” no organismo. Termos estes que são encontrados nos fundamentos da MTC medicina tradicional chinesa, que diz o seguinte: “Quando o Zhen Chi está pleno no interior do corpo humano, os fatores negativos não podem invadir”. Ajuda na circulação do sangue, dissolve aderências e inflamações dos tendões. Restaura a movimentação natural, melhorando a resistência e a vitalidade do or-ganismo. Outras técnicas indicadas para consciência corporal são: • Técnica de Laban • Martha Grahan • Yoga • Danças clássicas indianas etc.

2Fonte: http://www.liangongbrasil.com.br/oque_e.htm

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TangosRitmo leve, versátil, muito usado nas festas e juergas flamencas. É um ritmo com muito suingue. Utiliza-se o quadril em movimentos sinuosos, e possibilita brinca-deiras com o corpo, percussão corporal, o uso de acessórios diversos. Mesmo sen-do um ritmo que provavelmente veio da América, é um dos preferidos dos ciganos andaluzes.

Seu compasso é assim:

Outra típica palma de Tangos:

Variação para mais de uma palma:

O compasso dura 8 tempos. O cierre (corte, fim de algum elemento ou todos da coreografia) acontece no terceiro tempo da segunda metade do compasso.

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Sevilhanas É um baile folclórico da região de Sevilha dançado em pares (parejas). O rit-mo conta, em 4 versos (coplas), o romance de um casal: Na primeira Sevilhana, dá-se o encontro. Na segunda, começa o galanteio, a paquera. Na terceira acontece um desentendimento. Cada um vai para um lado, na dança isso se reproduz com barulho (sapateado) e o casal se separa. Na quarta, o casal se reaproxima, e o encontro acontece de maneira delicada e bela, representada na dança pelos Careos , Valsa.O ritmo é como o dos Fandangos, por três.

Acento no um e cierre no um também.

Alegrias A alegrias é um ritmo de praia, suas letras fazem alusões ao mar. Sua marcação é de 12 tempos.

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Farruca

Compasso como o do Tangos, entretanto há um compasso, ou uma frase de Farruca, dura 16 tempos (4x4). É mais lento, porém o baile pode ser terminado com uma energia mais “para cima” com Tangos, ritmo mais rápido.

Soleá de bulerías

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Seguiryia

BuleríasO ritmo mais típico é aquele baseado na forma de Bulerias. Cada compasso tem 12 batidas, com intervalos não regulares entre os acentos. A velocidade das bati-das chega a 300 batidas por minuto, ou seja pode ficar muito rápido.

1 2 [3] 4 5 [6] 7 [8] 9 [10] 11 [12]

ou

1 2 [3] 4 5 6 [7] [8] 9 [10] 11 [12]

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A Hispanoteca disponibiliza o seguinte material sobre as Bulerias:

“Algunos emparentan “bulería” con “burlería”, cante de burla. Según otros, se derivaría de “bulo”, un canto de chufla o charanga. Pero la historia de la bulería muestra exactamente lo contrario: las primeras bulerías son de una seriedad y sen-cillez admirables. La bulería nació en Jerez a finales del XIX y es el prototipo de cante gitano festero. El cante por bulería tiene compás propio y sus letras coinciden métricamente con las de la soleá, de la que se desarrollaron y con la que siguen emparentadas, a veces son tristes. Su compás es de los más difíciles de tocar a la guitarra. Las bul-erías fueron desde un principio un cante bailable y caen dentro del ámbito de los cantes festeros o por fiesta, aunque manifiestan una gran tendencia hacia los cantes serios. La bulería procede directamente de la soleá, su punto de arranque no fue otro que el estribillo con que era costumbre rematar la soleá. Soleá por bulerías y bul-erías por soleá suelen llamar los aficionados a esa vieja modalidad, que no es más que una sola y misma cosa en el fondo. Las bulerías siguieron una evolución que no es otra que la de las cantiñas. Hay dos clases de bulerías: bulerías al golpe o para cantar (próximas a la soleá) y bulerías ligadas o para bailar. Según la diferenciación geográfica, hay la bulería sevillana, la jerezana y la gaditana. Grandes maestros de la bulería fueron Antonio Mairena, Manoco Caracol y La Niña de los Peines.” Fonte: Hispanotecahttp://www.lameiraflamenco.com/uploads/3/4/6/6/3466541/estela_zatania_carta_de_amor_al_compas_de_la_buleria_sevilla_flamenca-bulerias.pdf

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Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/transcoded/8/8d/Flamenco_Com-pas.theora.ogv/Flamenco_Compas.theora.ogv.360p.webm

Dicionário: http://www.flamencoexport.com/flamenco-wiki/diccionario-flamenco.html

Os ritmos de acordo com os compassos

Compassos de 12 tempos:Soleares (Soleares, Caña, Polo, Alborea)Alegrías/Cantiñas (Alegrías, Romeras, Caracoles, Mirabras)Bulerías Soleares por Bulería Peteneras Bamberas

Compassos de 12/5 tempos:Siguiriyas/Saetas (Siguiriyas, Liviana, Serrana, Cabales)

Compassos de 3 temposFandangos Verdiales Malagueñas Granaina Tanguillos

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Compassos de 4 temposTangos/Tientos Garrotín Farruca Taranto

Fonte: http://www.patioflamenco.com.br/flamenco-palos.php

INDICAÇÕES DE LEITURA COMPLEMENTAR

INTERNET

Flamencopolishttp://www.flamencopolis.com/

Portal del Flamenco y Universidadhttp://flun.cica.es/

Centro Andaluz de Documentación del Flamenco, Junta de Andalucíahttp://www.juntadeandalucia.es/cultura/centroandaluzflamenco/

Universidad de Cádiz http://www.uca.es/es/Videos da Universidad de Cádiz no youtube: http://www.youtube.com/user/videosUCA/videos

El arte de vivir el Flamenco http://www.elartedevivirelflamenco.com/presentacion.html

Pie flamenco – Plataforma independiente de estúdios flamencos modernos y contemporá-neoshttp://www.pieflamenco.com/

Horizonte Flamencohttp://www.horizonteflamenco.com/

Toma flamenco – recursos gratuitos para flamencos http://tomaflamenco.com/es/

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Letras flamencas http://canteytoque.es/letras.html

Flamenco en red http://flamencoenred.tv/en/

Vaivenes Flamencos – Revista de actualidad flamenca http://vaivenesflamencos.blogspot.com.br/JuanVergillos

Flamenco em tus manos http://www.flamencoentusmanos.es/

Papeles flamencoswww.papelesflamencos.com

Ravenna Flamencohttp://ravennaflamenco.com/

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Dois poemas do escritor pernambucano João Cabral de Melo Neto3

1Dir-se-ia, quando aparecedançando por siguiriyas,que com a imagem do fogointeira se identifica.

Todos os gestos do fogoque então possui dir-se-ia:gestos das folhas do fogo,de seu cabelo, sua língua;gestos do corpo do fogo,de sua carne em agonia,carne de fogo, só nervos,carne toda em carne viva.

Então, o caráter do fogonela também se adivinha:mesmo gosto dos extremos,de natureza faminta,

gosto de chegar ao fimdo que dele se aproxima,gosto de chegar-se ao fim,de atingir a própria cinza.

Porém a imagem do fogoé num ponto desmentida:que o fogo não é capazcomo ela é, nas siguiriyas,

de arrancar-se de si mesmonuma primeira faísca,nessa que, quando ela quer,vem e acende-a fibra a fibra,

que somente ela é capazde acender-se estando fria,de incendiar-se com nada,de incendiar-se sozinha.2Subida ao dorso da dança(vai carregada ou a carrega?)é impossível se dizerse é a cavaleira ou a égua.

Ela tem na sua dançatoda a energia retesae todo o nervo de quandoalgum cavalo se encrespa.

Estudos para uma Bailadora Andaluza

Isto é: tanto a tensãode quem vai montado em sela,de quem monta um animale só a custo o debela,

como a tensão do animaldominado sob a rédea,que ressente ser mandadoe obedecendo protesta.

Então, como declararse ela é égua ou cavaleira:há uma tal conformidadeentre o que é animal e é ela,

entre a parte que dominae a parte que se rebela,entre o que nela cavalgae o que é cavalgado nela,

que o melhor será dizerde ambas, cavaleira e égua,que são de uma mesma coisae que um só nervo as inerva,

e que é impossível traçarnenhuma linha fronteiraentre ela e a montaria:ela é a égua e a cavaleira.

3Quando está taconeandoa cabeça, atenta, inclina,como se buscasse ouviralguma voz indistinta.

Há nessa atenção curvadamuito de telegrafista,atento para não perdera mensagem transmitida.

Mas o que faz duvidarpossa ser telegrafiaaquelas respostas quesuas pernas pronunciam

é que a mensagem de quemlá do outro lado da linhaela responde tão séria

nos passa despercebida.

Mas depois já não há dúvida:é mesmo telegrafia:mesmo que não se percebaa mensagem recebida,

se vem de um ponto no fundodo tablado ou de sua vida,se a linguagem do diálogoé em código ou ostensiva,

já não cabe duvidar:deve ser telegrafia:basta escutar a dicçãotão morse e tão desflorida,

linear, numa só corda,em ponto e traço, concisa,a dicção em preto e brancoda sua perna polida.

4Ela não pisa na terracomo quem a propiciapara que lhe seja levequando se enterre, num dia.

Ela a trata com a durae muscular energiado camponês que cavandosabe que a terra amacia.

Do camponês de quem temsotaque andaluz caipirae o tornozelo robustoque mais se planta que pisa.

Assim, em vez dessa aveassexuada e mofina,coisa a que parece sempreaspirar a bailarina,

esta se quer uma árvorefirme na terra, nativa,que não quer negar a terranem, como ave, fugi-la.

Árvore que estima a terrade que se sabe família

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e por isso trata a terracom tanta dureza íntima.

Mais: que ao se saber da terranão só na terra se afincapelos troncos dessas pernasfortes, terrenas, maciças,

mas se orgulha de ser terrae dela se reafirma,batendo-a enquanto dança,para vencer quem duvida.

5Sua dança sempre acabaigual como começa,tal esses livros de iguaiscoberta e contracoberta:

com a mesma posiçãocomo que talhada em pedra:um momento está estátua,desafiante, à espera.

Mas se essas duas estátuasmesma atitude observam,aquilo que desafiamparece coisas diversas.

A primeira das estátuasque ela é, quando começa,parece desafiaralguma presença interna,

que no fundo dela própria,fluindo, informe e sem regra,por sua vez a desafiaa ver quem é que a modela.

Enquanto a estátua final,por igual que ela pareça,

que ela é, quando um estilojá impôs à íntima presa,

parece mais desafioa quem está na assistência,como para indagar quema mesma façanha tenta.

O livro de sua dançacapas iguais o encerram:com a figura desafiantede suas estátuas acesas.

6Na sua dança se assistecomo ao processo da espiga:verde, envolvida de palha;madura, quase despida.

Parece que sua dançaao ser dançada, à medidaque avança, a vai despojandoda folhagem que a vestia.

Não só da vegetaçãode que ela dança vestida(saias folhudas e crespasdo que no Brasil é chita),

mas também dessa outra floraa que seus braços dão vida,densa floresta de gestosa que dão vida a agonia.

Na verdade, embora tudoaquilo que ela leva em cima,embora, de fato, sempre,continui nela a vesti-la,

parece que vai perdendoa opacidade que tinha

3: João Cabral viveu e trabalhou como diplomata por muitos anos na Espanha. Conheceu profundamente a cultura e a língua espanhola.

MELO NETO, João Cabral. Estudos para uma bailadora andaluza. In: Educação pela pedra. Rio de Janeiro: Obje-tiva, 2008. pp. 23-31.

Disponível em:http://setesortes.blogspot.com.br/2007/07/estudos-para-uma-bailadora-andaluza.html

Lido pelo próprio poeta no youtube:Estudos para uma Bailadora Andaluza (1 a 4) – João Cabral de Melo Netohttps://www.youtube.com/watch?v=2jVwF97qhl4

e, como a palha que seca,vai aos poucos entreabrindo-a.

Ou então é que essa folhagemvai ficando impercebida:porque terminada a dançaembora a roupa persista,

a imagem que a memóriaconservará em sua vistaé a espiga, nua e espigada,rompente e esbelta, em espiga.

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Dois poemas do escritor pernambucano João Cabral de Melo Neto3

1.1.Se diz a palo secoo cante sem guitarra;o cante sem; o cante;o cante sem mais nada;

se diz a palo secoa esse cante despido:ao cante que se cantasob o silêncio a pino.

1.2.O cante a palo secoé o cante mais só:é cantar num desertodevassado de sol;

é o mesmo que cantarnum deserto sem sombraem que a voz só dispõedo que ela mesma ponha.

1.3.O cante a palo secoé um cante desarmado:só a lâmina da vozsem a arma do braço;

que o cante a palo secosem tempero ou ajudatem de abrir o silênciocom sua chama nua.

1.4.O cante a palo seconão é um cante a esmo:exige ser cantadocom todo o ser aberto;

é um cante que exigeo ser-se ao meio-dia,que é quando a sombra fogee não medra a magia.

2.1.O silêncio é um metalde epiderme gelada,sempre incapaz das ondasimediatas da água;

A palo seco

A pele do silênciopouca coisa arrepia:o cante a palo secode diamante precisa.

2.2.Ou o silêncio é pesado,é um líquido denso,que jamais colaboranem ajuda com ecos;

mais bem, esmaga o cantee afoga-o, se indefeso:a palo seco é um cantesubmarino ao silêncio.

2.3.Ou o silêncio é levíssimo,é líquido e sutilque se ecoa nas frestasque no cante sentiu;

o silêncio pacientevagaroso se infiltra,apodrecendo o cantede dentro, pela espinha.

2.4.Ou o silêncio é uma telaque difícil se rasgae que quando se rasganão demora rasgada;

quando a voz cessa, a telase apressa em se emendar:tela que fosse de água,ou como tela de ar.

3.1.A palo seco é o cantede todos mais lacônico,mesmo quando pareçaestirar-se um quilômetro:

enfrentar o silêncioassim despido e poucotem de forçosamentedeixar mais curto o fôlego.

3.2.

A palo seco é o cantede grito mais extremo:tem de subir mais altoque onde sobe o silêncio;

é cantar contra a queda,é um cante para cima,em que se há de subircortando, e contra a fibra.

3.3.A palo seco é o cantede caminhar mais lento:por ser a contrapelo,por ser a contravento;

é cante que caminhacom passo paciente:o vento do silênciotem a fibra de dente.

3.4.A palo seco é o canteque mostra mais soberba;e que não se oferece:que se toma ou se deixa;

cante que não se enfeita,que tanto se lhe dá;é cante que não canta,cante que aí está.

4.1.A palo seco cantao pássaro sem bosque,por exemplo: pousadosobre um fio de cobre;

a palo seco cantaainda melhor esse fioquando sem qualquer pássarodá o seu assovio.

4.2.A palo seco cantama bigorna e o martelo,o ferro sobre a pedrao ferro contra o ferro;

a palo seco canta

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aquele outro ferreiro:o pássaro arapongaque inventa o próprio ferro.

4.3.A palo seco existemsituações e objetos:Graciliano Ramos,desenho de arquiteto,

as paredes caiadas,a elegância dos pregos,a cidade de Córdoba,o arame dos insetos.

4.4Eis uns poucos exemplosde ser a palo seco,dos quais se retirarhigiene ou conselho:

não o de aceitar o secopor resignadamente,mas de empregar o secoporque é mais contundente.

MELO NETO, João Cabral. A palo seco. In: Educação pela pedra. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008. pp. 67-72.

Disponível em:http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2010/11/palo-seco-joao-cabral-de-melo-neto.html

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El alma trémula y sola Padece al anochecer: Hay baile; vamos a ver La bailarina española.

Han hecho bien en quitar El banderón de la acera; Porque si está la bandera, No sé, yo no puedo entrar.

Ya llega la bailarina: Soberbia y pálida llega; ¿Cómo dicen que es gallega? Pues dicen mal: es divina.

Lleva un sombrero torero Y una capa carmesí: ¡Lo mismo que un alelí Que se pusiera un sombrero!

Se ve, de paso, la ceja, Ceja de mora traidora: Y la mirada, de mora: Y como nieve la oreja.

Preludian, bajan la luz, Y sale en bata y mantón, La virgen de la Asunción Bailando un baile andaluz.

Alza, retando, la frente; Crúzase al hombro la manta: En arco el brazo levanta: Mueve despacio el pie ardiente.

El alma trémula y sola - José Martí

Repica con los tacones El tablado zalamera, Como si la tabla fuera Tablado de corazones.

Y va el convite creciendo En las llamas de los ojos, Y el manto de flecos rojos Se va en el aire meciendo.

Súbito, de un salto arranca: Húrtase, se quiebra, gira: Abre en dos la cachemira, Ofrece la bata blanca.

El cuerpo cede y ondea; La boca abierta provoca; Es una rosa la boca; Lentamente taconea.

Recoge, de un débil giro, El manto de flecos rojos: Se va, cerrando los ojos, Se va, como en un suspiro...

Baila muy bien la española, Es blanco y rojo el mantón: ¡Vuelve, fosca, a un rincón El alma trémula y sola!

Publicado no livro:Versos sencillos, José Martí

Disponível em: http://www.poemas-del-alma.com/el-alma-tremula-y-sola.htm#ixzz3XNrIXldu

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A mudez cantada, a mudez dançadaClarice Lispector

“Quase não era canto, no sentido em que este é aproveita-mento musical da voz. Quase não era voz, no sentido em que esta tende a dizer palavras. O canto flamenco é antes da voz ainda, é fôlego humano. Uma palavra ou outra às vezes escapava, revelando de que era feita aquela mudez cantada: de história de viver, amar e morrer. Essas três palavras não ditas eram interrompidas por lamentos e modulações. Modulações de fôlego, primeiro estágio de voz que capta o sofrimento no seu primeiro estágio de gemido. E de grito. E mais outro grito, este de alegria por se ter gritado. Em torno, a assistência aconchega-se escura e suja. Depois de uma das modulações que de tão prolon-gada morre em suspiro, o grupo esgotado como o cantor murmura um Olé em amém, última brasa. Mas há também o canto impaciente que a voz apenas não exprime: então um sapateado nervoso e firme o entrecorta, o Olé que o irrompe a cada instante não é mais amém, é incitamento, é touro negro. O cantor, de dentes quase cerrados, dá à voz a cegueira da raça, mas os outros exigem mais e mais, até conseguirem o instante espasmo: Espanha.Ouvi também o canto ausente. É feito de um silêncio cortado de gritos da assistência. Dentro da clareira de silêncio, em semente ardente, um homem pequeno, seco, escuro, de mãos nas ilhargas, cabeça atirada para trás, marca com o duro taco dos sapatos o ritmo incessante do canto ausente. Nenhuma música. E nem é uma dança. O sapateado é antes da dança organizada – é o corpo manifestando-se, pés transmitindo até a ira em linguagem que Espanha entende. A assistência se concentra em fúria no próprio silêncio. De quando em quando a provocação rouca de uma cigana, toda de carvão e trapos vermelhos, em que a fome se tornou dor e ameaça. Não era espetá-culo, não se assistia: quem ouvia era tão essencial como quem batia os pés em silêncio. Até a exaustão, comuni-cam-se durante horas através dessa linguagem que, se algum dia teve palavras, estas foram se perdendo pelos séculos – até que a tradição oral passou a ser transmitida de pai para filho apenas como ímpeto de sangue.E vi o par da dança flamenca. Não sei de outra em que a rivalidade entre homem e mulher se pusesse tão a nu. Tão declarada é a guerra que não importam os ardis: por momentos a mulher se torna quase masculina, e o homem a olha admirado. Se o mouro em terra espanhola é o mouro, a moura perdeu diante da aspereza basca a moleza fácil; a moura espanhola é um galo até que o amor a trans-forme em Maja.A conquista difícil nessa dança. Enquanto o dançarino fala com os pés teimosos, a dançarina percorrerá a aura do próprio corpo com as mãos em ventarola: assim ela se imanta, assim ela se prepara para tornar-se tocável e

intocável. Mas, quando menos se espera, sua botina de mulher avançara e marcará de súbito três pancadas. O dançarino se arrepia diante dessa crua palavra, recua, imobiliza-se. Há um silêncio de dança. Aos poucos o homem ergue de novo os braços e, precavido – com temor e não pudor -, tenta com as mãos espalmadas sombrear a cabeça orgulhosa da companheira. Rodeia-a várias vezes e por momentos já se expões quase de costas para ela, arriscando-se quem sabe a que punhalada. E se não foi apunhalado é que a dançarina de súbito lhe recolheu-lhe a coragem: este então é o seu homem. Ela bate os pés, de cabeça erguida, em primeiro grito de amor: finalmente encontrou seu companheiro e inimigo. Os dois recuam eriçados. Reconheceram-se. Eles se amam.A dança propriamente dita se inicia. O homem é moreno, miúdo; obstinado. Ela é severa e perigosa. Seus cabelos foram esticados, essa vaidade da dureza. É tão essencial essa dança que mal se compreende que a vida continue depois dela: este homem e esta mulher morrerão. Outras danças são a nostalgia dessa coragem. Esta dança é a cor-agem. Outras danças são alegres. A alegria desta é séria. Ou a alegria é dispensada. É o triunfo mortal de viver o que importa. Os dois não riem, não se perdoam. Com-preendem-se? Nunca pensaram em se compreender, cada um trouxe a si mesmo como único estandarte. E quem foi vencido – nessa dança os dois são vencidos – não se adoçará na submissão, terá aqueles olhos espanhóis, secos de amor e raiva. O esmagado – os dois serão esmaga-dos – servirá vinho ao outro como um escravo. Embora nesse vinho, quando vier a paixão do ciúme, possa estar o veneno da morte. O que sobreviver se sentirá vingado. Mas para sempre sozinho. Porque só esta mulher era sua inimiga, só este homem era seu inimigo, e eles se tinham escolhido para a dança.”

Disponível:http://farruco-s.blogspot.com.br/2009/01/espanha-cla-rice-lispector.html

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Livros de temática espanhola• Federico García Lorca.Toda a sua obra é importante para o estudo da cultura espanhola e também da Andalu-zia e do Flamenco.Um vídeo, Federico Garcia Lorca e a Argentina:https://www.youtube.com/watch?v=kcexu5LSM_E

• Sombras da Romanzeira, de Tarik AliTema: O período em que a Andaluzia era domínio árabe e a Inquisição.

• Carmen, de Prosper Merimée

• Don Quijote de la Mancha, Miguel de Cervantes

• La gitanilla, Miguel de Cervantes

• Último judeu, de Noah GordonTema: Judeus na Espanha.

• La Reina Descalza, de Ildefonso FalconesTema: Chegada dos negros na Espanha, o flamenco e os ciganos.

• El Cid, de Inge OttTema: Cavaleiro espanhol da Idade Média, que passeia por toda Andaluzia.

Autores recomendados de livros sobre o Flamenco:

• Juan Vergillos• Felix Grande• Jose Maria Esteban• Miguel Mora• Domingo Manfredi Cano• Ángel Álvares Caballero• Andrés Rodriguez SanchezEtc.

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Alguns vídeos e filmes

De Bigas Luna (1946 – 2013)• La teta y la luna (1994)

De Carlos Saura (1932 - )• Bodas de sangre (1981), de Carlos Saura (baseado na obra homônima de Federico García Lorca)https://www.youtube.com/watch?v=f9-eGw9QFf0

• Carmen (1983), de Carlos Saurahttps://www.youtube.com/watch?v=-csly3dWYTU

• Amor brujo (1986), de Carlos Saurahttps://www.youtube.com/watch?v=7joI6-grpfc

• Sevillanas (1992)https://www.youtube.com/watch?v=3VljOe_DxsA

• Flamenco (1995), de Carlos Saurahttps://www.youtube.com/watch?v=plRZarZj6JE

• Flamenco, flamenco (2010), de Carlos Saurahttps://www.youtube.com/watch?v=DZ9HpvUfl08

De Pedro Almodóvar• Todos os filmesInteressante entrevista, com sua mãe:https://www.youtube.com/watch?v=ObNvdwN3emg

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Música• Paco de LucíaToda a obra do guitarrista, entre elas o último trabalho, que ficou três anos em turnê.Com participações do bailarino Farruco, do baixista cubano Alain Perez, do cantaor Duquende, entre outros.

Vídeos:Paco De Lucia - Live At 31st Leverkusener Jazztage 2010https://www.youtube.com/watch?v=mYYDdn1rRKs

DOCUMENTAL - PACO DE LUCIA - FRANCISCO SANCHEZ - 9/10https://www.youtube.com/watch?v=dBjRt9g1HgY

Paco de Lucía Concierto Aranjuez – Adagio (com o Maestro Joaquin Rodrigo)https://www.youtube.com/watch?v=e9RS4biqyAc

Guitarra:

• Vicente Amigohttps://www.youtube.com/watch?v=0cp-Y362hqA

• Vicente Amigo, bailehttps://www.youtube.com/watch?v=-JWooFR8njs

• Manolo Sanlucarhttps://www.youtube.com/watch?v=BvzEtFKyYqA

• Rafael Riquenihttps://www.youtube.com/watch?v=7BgfUOxvzKw

• Agustin Carbonell, El Bolahttps://www.youtube.com/watch?v=oeZNxz4FZ6o

• Tomatitohttps://www.youtube.com/watch?v=Nq2hlOGP70k

• Flávio Rodrigueshttps://www.youtube.com/watch?v=EPLNYO2dWBg

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• Niño Ricardohttps://www.youtube.com/watch?v=xGILmDdIW5E

• Camarón de la IslaToda a sua obra.

Vídeos:Camaron de la isla & Paco de lucia – Buleriashttps://www.youtube.com/watch?v=VKtAhJPZS6o

Camaron de la isla su entrevista mas bonitahttps://www.youtube.com/watch?v=pdXo6zmEkYg

Especial 20 años sin Camarónhttps://www.youtube.com/watch?v=U_qCZK8E89Y

Paco de Lucia e Alejandro Sanzhttps://www.youtube.com/watch?v=DXXxCTj-y0w

camaron-soy gitano (tango)https://www.youtube.com/watch?v=PJ7yr6seQ_Q

camaron inedito tangos con paco cepero,paco de lucia y turronero 1972 (tango)https://www.youtube.com/watch?v=zSGIZty-lMo

Camaron de la Isla-Vamonos pa casa (sevillanas)https://www.youtube.com/watch?v=z_yRSayJ1A0 Canto

• Duquendehttps://www.youtube.com/watch?v=VW2kKeU0FrE

• Diego el Cigalahttps://www.youtube.com/watch?v=JhyX2-905TU

• Mayte Martínhttps://www.youtube.com/watch?v=oA9CE2QUW3Q

• Paquera de Jerezhttps://www.youtube.com/watch?v=-dW-uFO1AIQ

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• Remedios Amayahttps://www.youtube.com/watch?v=EUELEhW-dB8

• Família Montoya / Lole Montoyahttps://www.youtube.com/watch?v=soC9dSB4UvY

• Carmen Linareshttps://www.youtube.com/watch?v=b62JOWXNl3U

• Niña Pastorihttps://www.youtube.com/watch?v=gQ1zRTCBivc

• Estrella Morentehttps://www.youtube.com/watch?v=4mJNccERZSI

• Miguel Povedahttps://www.youtube.com/watch?v=M7WFwh2FPT8

• Niña de los Peineshttps://www.youtube.com/watch?v=gQ2uqBdwYYU

• Lola Floreshttps://www.youtube.com/watch?v=QEFvAvgH_PE

• Potitohttps://www.youtube.com/watch?v=pZiOkbjWzAw

• Perla de cadizhttps://www.youtube.com/watch?v=Q4sty2Yht2Y

• Concha Buika: Entrevistahttps://www.youtube.com/watch?v=dOYI4ZF-z5M

• Pericón de Cadizhttps://www.youtube.com/watch?v=Q7jS00Z5VCU

• Vários Artistas, Fiesta por Buleríashttps://www.youtube.com/watch?v=nFvhsu0IqE0

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Baile

• Carmen AmayaToda a sua obrahttps://www.youtube.com/watch?v=FCca6d2ceI0Documentário sobre Carmen Amayahttps://www.youtube.com/watch?v=eB8Rl0xWbCs

• Família FarrucoToda a sua obra.

Farruquito en el espetáculo Improvisao, São Paulo, 24/11/2014 (Video I)https://www.youtube.com/watch?v=jMd3d6K6dgE

Paco de Lucía Farruco y el Carpetahttps://www.youtube.com/watch?v=nlbjH7BOVDI

CASA PATAS, FLAMENCO EN VIVO 110 - LA FARAONAhttps://www.youtube.com/watch?v=rskpRmkkUVc

Familia Farruco - Bodas de Gloria - Parte 6https://www.youtube.com/watch?v=dq5jW3q3IVo

Farru de pequeñohttps://www.youtube.com/watch?v=6v-8jr8pdMc

• Matilde Corral e a Escola Sevillana de Bailehttps://www.youtube.com/watch?v=wvTGSjjs1H4

• Eva la Yervabuenahttps://www.youtube.com/watch?v=egRNsOYPBAY

• Juan PAredeshttps://www.youtube.com/watch?v=2-6Zh463aFw

• Juana Mayahttps://www.youtube.com/watch?v=GXSKxjmc83I

• Israel Galvánhttps://www.youtube.com/watch?v=mTajNRtrZDM

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https://www.youtube.com/watch?v=Hgtu_dLEF1k

• Concha Jareñohttps://www.youtube.com/watch?v=oA9CE2QUW3Q

• Sara barashttps://www.youtube.com/watch?v=OQ-ie12Eqck

• Pastora Galvánhttps://www.youtube.com/watch?v=k2SBUcrJgeQhttps://www.youtube.com/watch?v=KXaE9bZ9Ahw

• Torombohttps://www.youtube.com/watch?v=t8_PmiL3A2U

• La Lupihttps://www.youtube.com/watch?v=lu6FQh_i4XI

• Rafaela Carrascohttps://www.youtube.com/watch?v=sRKuHjfWEVE

• Rocio Molinahttps://www.youtube.com/watch?v=ZYaY4zZgTashttps://www.youtube.com/watch?v=3fHU3gtl3Ew

• Manuela Rioshttps://www.youtube.com/watch?v=c2SfJYYj3Mo

• Milagros Menjibarhttps://www.youtube.com/watch?v=y0vTTZmlX9c

• La Argentinitahttps://www.youtube.com/watch?v=8m8_f5yEdis

• Vicente Escuderohttps://www.youtube.com/watch?v=7n0VYbYaaiMhttps://www.youtube.com/watch?v=44VxrW7NpTc

• Antonio El Bailarinhttps://www.youtube.com/watch?v=-IRTEGGyRlg

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• Eli la Trucohttps://www.youtube.com/watch?v=x6QeyqrmTfk

• Flamenco en la Cueva- Granada, bairro de Sacromonte - Soleá por Buleríashttps://www.youtube.com/watch?v=njJOX4TIaCE Piano

• Chano Dominguezhttps://www.youtube.com/watch?v=ylEAW7A8Arc

• Doranteshttps://www.youtube.com/watch?v=Qdl7TpVNnIc

• Michel Camilohttps://www.youtube.com/watch?v=LOBsQbg3t2U

Com música indiana

• Anoushka Shankarhttps://www.youtube.com/watch?v=7a1zU0yxk6c

• Com a bailadora URSULA Corrêahttps://www.youtube.com/watch?v=almBsoR5bvk

• Kathakhttps://www.youtube.com/watch?v=LDXLq8Ii868

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Otros aires

• Latcho Drom-Caminho Bom ( caminho dos ciganos, na música e na dança, da Índia até a Espanha.)https://www.youtube.com/watch?v=RbWNJVVbGTI

• Miles Davishttps://www.youtube.com/watch?v=ez-Kefu4vvU

• John Coltranehttps://www.youtube.com/watch?v=wr5BotYA3U8

• Avishai Cohen, baixista israelense, muito influenciado pelo flamencohttps://www.youtube.com/watch?v=o8CVU17OWK4https://www.youtube.com/watch?v=JKcilrO36MMhttps://www.youtube.com/watch?v=9HQsUxb_iUA&list=PLFD780CA1DFFEC4BD

• Bobby Mcferrin, cantor-terapeuta, usa voz como terapia com o grande pianista Chick Coreahttps://www.youtube.com/watch?v=_o2RS8WfcbY

• Al Jarrou, Spainhttps://www.youtube.com/watch?v=kWpre_VWXPg

• Kathak in Varanasihttps://www.youtube.com/watch?v=bqfQsILe7AM

• Isadora Duncan

• Liang gonghttps://www.youtube.com/watch?v=FgQkYSAmJ6o

• Djavan , Oceano, participação especial : Paco de Luciahttps://www.youtube.com/watch?v=fGm9ENB3SG8

• Cassia Eller, Soy Gitano, Camarón de la Islahttps://www.youtube.com/watch?v=Mt3MMUjFSxw