el flamenco 04

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É agosto mais uma vez... De novo se pensa nas tradições populares, nos saberes do povo, suas formas de viver, de resolver a vida e de cantar. Como se fosse possível estabelecer um recorte e fazer desse momento o único momento, o jornal, a TV, as escolas, as pessoas em geral, me pedem para falar sobre o Folclore. É a tentativa de cumprir o calendário e se fazer o dever de casa enfatizando as tradições no mês estabelecido mundialmente como o mês dos saberes do povo. Entretanto, sei que a valorização, reconhecimento e difusão estão intrinsecamente ligados à educação contínua e presente principalmente no período de formação de cada cidadão. É realmente triste perceber que boa parte dos universitários desconhece, ou não se importa com as expressões tradicionais populares específicas de sua comunidade. Mesmo que a procissão passe todo o ano na janela se desconhece, pois a mesma não é vista como uma forma de se ligar ao sagrado estabelecido por sua gente, como deveria. No entanto, estando em viagem em outro país, se bate foto do santo, se emociona e se registra as formas de rezar do chinês, espanhol, japonês, etc., pelo lado exótico e diferente que aquelas formas lhe parecem. Apesar da ênfase, ações, esforço e apoio do governo federal nessa última década para promover e dar visibilidade às diversas expressões culturais tradicionais brasileiras, ainda nos deparamos com distorções principalmente na área educativa. Onde o universo da singeleza, da delicadeza e da simplicidade presente na maioria dessas expressões é preterido por não apresentarem (segundo alguns) aspectos que envolvam a juventude. Nesse mundo louco e rápido em que vivemos, o relacionar-se com o simples pode dar ao homem o momento de respirar, de pisar na terra, de sentir a vida a pulsar no acalanto, na roda mágica da ciranda, na alegria do bate pé do coco. De saborear a rapadura, a tapioca e de fazer o bendito de forma simples e precisa como nos foi ensinado na hora do banho “na hora de Deus virgem Maria amém/esse banhe num faça mal, faça um grande bem” ou ainda antes do almoço “Bendito louvado seja, senhor santíssimo sacramento no céu me dê a glória e na terra o alimento” (ambos ensinados por minha avó a minha mãe, por ela a mim e por mim a minha filha). Valorizar o Folclore, as tradições populares, é valorizar a forma simples de ser e de viver. De encarar a vida aproveitando de maneira prática e sustentável o que a natureza lhe oferece. A dança, a festa, o canto estão sempre presentes, no entanto nunca foram pensadas para multidões, mas para serem saboreadas e compartilhadas na alegria comum de quem se conhece e pode ser abraçado, sentido e visto. Pois somente para isso é que vale a pena estar vivo. Que o olhar para as tradições populares nesse mês do Folclore possa sensibilizar você para essas formas de vida que podem preservar a humanidade naquilo que ela tem de mais singelo e singular. Lourdes Macena - Professora IFCE e Presidente da Comissão Nacional de Folclore Editorial El flamenco Após mais um Curso de Danças Flamencas, ministrado pelo já amigo Marcelo Rodríguez (MG), chegou a vez da nossa primeira produção. Eu já começara a coreografar, timidamente. Decidimos, com o acervo coreográfico que o grupo já possuía, fazer um espetáculo que fosse produzido pelo próprio Grupo. Era 1996, o medo de assumir riscos, de não dar certo ainda nos dominava -como se hoje, com o tempo tivéssemos alguma garantia , então decidimos convidar dois grupos para dividir conosco essa produção: o Grupo de Tradições Cearenses (do qual eu era dançarina), dirigido pela Professora Elzenir Colares, e o Corpo de baile da Academia Monica Luisa, dirigida pela própria. As duas aceitaram pronta e generosamente o nosso convite e, nos dias 03, 04 e 05 de novembro de 1996, apresentamos o espetáculo “ESPAÑA EN FIESTA”, no Teatro Paurilo Barroso (Colégio Christus), para comemorar o terceiro aniversário do Grupo Tablado Flamenco. Nosso elenco era composto por: Ana Luisa, Leo Flores, Francisca Maria, Jorge Queiroz, Rosangela Matos, Graça Martins, Clerton Martins, Silvia Morais e Adriane Barbosa (conforme foto, da esquerda para direita). Graça Martins - Diretora do Grupo Tablado Linha do Tempo Onde Estamos? Colégio Espaço Aberto Av. Dom Luis, 730, Aldeota Contatos: 9951.3788 / 8742.3214 / 8897.7624 Agosto/2012 Nº 4 Grupo de Dança Tablado www.grupotablado.cjb.net

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El Flamenco é um periódico mensal dos Grupos de Dança Tablado e Al Andaluz

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Page 1: El Flamenco 04

É agosto mais uma vez... De novo se pensa nas tradições populares, nos saberes do povo, suas formas de viver, de resolver a vida e

de cantar. Como se fosse possível estabelecer um recorte e fazer desse momento o único momento, o jornal, a TV, as escolas, as

pessoas em geral, me pedem para falar sobre o Folclore. É a tentativa de cumprir o calendário e se fazer o dever de casa enfatizando

as tradições no mês estabelecido mundialmente como o mês dos saberes do povo.

Entretanto, sei que a valorização, reconhecimento e difusão estão intrinsecamente ligados à educação contínua e presente

principalmente no período de formação de cada cidadão. É realmente triste perceber que boa parte dos universitários desconhece,

ou não se importa com as expressões tradicionais populares específicas de sua comunidade. Mesmo que a procissão passe todo o

ano na janela se desconhece, pois a mesma não é vista como uma forma de se ligar ao sagrado estabelecido por sua gente, como

deveria. No entanto, estando em viagem em outro país, se bate foto do santo, se emociona e se registra as formas de rezar do

chinês, espanhol, japonês, etc., pelo lado exótico e diferente que aquelas formas lhe parecem.

Apesar da ênfase, ações, esforço e apoio do governo federal nessa última década para promover e dar visibilidade às diversas

expressões culturais tradicionais brasileiras, ainda nos deparamos com distorções principalmente na área educativa. Onde o

universo da singeleza, da delicadeza e da simplicidade presente na maioria dessas expressões é preterido por não apresentarem

(segundo alguns) aspectos que envolvam a juventude.

Nesse mundo louco e rápido em que vivemos, o relacionar-se com o simples pode dar ao homem o momento de respirar, de pisar

na terra, de sentir a vida a pulsar no acalanto, na roda mágica da ciranda, na alegria do bate pé do coco. De saborear a rapadura, a

tapioca e de fazer o bendito de forma simples e precisa como nos foi ensinado na hora do banho “na hora de Deus virgem Maria

amém/esse banhe num faça mal, faça um grande bem” ou ainda antes do almoço “Bendito louvado seja, senhor santíssimo sacramento no

céu me dê a glória e na terra o alimento” (ambos ensinados por minha avó a minha mãe, por ela a mim e por mim a minha filha).

Valorizar o Folclore, as tradições populares, é valorizar a forma simples de ser e de viver. De encarar a vida aproveitando de

maneira prática e sustentável o que a natureza lhe oferece. A dança, a festa, o canto estão sempre presentes, no entanto nunca foram pensadas para multidões, mas para serem saboreadas e compartilhadas na alegria comum de quem se conhece e pode ser

abraçado, sentido e visto. Pois somente para isso é que vale a pena estar vivo. Que o olhar para as tradições populares nesse mês

do Folclore possa sensibilizar você para essas formas de vida que podem preservar a humanidade naquilo que ela tem de mais

singelo e singular.

Lourdes Macena - Professora IFCE e Presidente da Comissão Nacional de Folclore

Editor ia l

El flamenco

Após mais um Curso de Danças Flamencas,

ministrado pelo já amigo Marcelo Rodríguez

(MG), chegou a vez da nossa primeira produção.

Eu já começara a coreografar, timidamente.

Decidimos, com o acervo coreográfico que o

grupo já possuía, fazer um espetáculo que fosse

produzido pelo próprio Grupo.

Era 1996, o medo de assumir riscos, de não dar

certo ainda nos dominava ­– como se hoje, com o

tempo tivéssemos alguma garantia –, então

decidimos convidar dois grupos para dividir

conosco essa produção: o Grupo de Tradições Cearenses (do qual eu era dançarina), dirigido pela

Professora Elzenir Colares, e o Corpo de baile da Academia Monica Luisa, dirigida pela própria.

As duas aceitaram pronta e generosamente o nosso convite e, nos dias 03, 04 e 05 de novembro de 1996, apresentamos o

espetáculo “ESPAÑA EN FIESTA”, no Teatro Paurilo Barroso (Colégio Christus), para comemorar o terceiro aniversário do Grupo

Tablado Flamenco. Nosso elenco era composto por: Ana Luisa, Leo Flores, Francisca Maria, Jorge Queiroz, Rosangela Matos, Graça

Martins, Clerton Martins, Silvia Morais e Adriane Barbosa (conforme foto, da esquerda para direita). Graça Martins - Diretora do Grupo Tablado

Linha do Tempo

Onde Estamos?

Colégio Espaço Aberto

Av. Dom Luis, 730, Aldeota

Contatos: 9951.3788 /

8742.3214 / 8897.7624

Agosto/2012 — Nº 4

Grupo de Dança Tablado

www.grupotablado.cjb.net

Page 2: El Flamenco 04

Está em todas!

Solange Pincella, ou simplesmente Sol, agora partirá rumo a

Salvador, para participar do XVII Congresso de Física Médica de 08

a 11 de agosto. É isso aí Sol, informação nunca é demais.

Pura Emoção.

No dia 19 de junho (quinta), a comunidade do Pirambu (Fortaleza)

se reuniu na seda da quadrilha junina Avolante, para festejar a

finalização das atividades do grupo junino Cai Cai Balão. Com

esforço e garra dos parceiros e colaboradores, o grupo cumpriu seu

papel de investir na coletividade, transformando pessoas e lugares.

Na ocasião, amigos e parceiros foram lembrados e citados:

Wellington Lima, Marcos Alexandre, Fernandes Frota, Fernando

Eudes, Sra. Rejane e Fábio Galvão.

A surpresa da noite ficou na homenagem prestada ao nosso querido

Fábio Lessa. Ele quase tombou de tanta emoção ao ver

em vídeo o reconhecimento de seu trabalho, por meio dos

depoimentos de alunos, amigos e integrantes do Grupo Tablado,

juntamente com a galerinha de uma das áreas mais críticas do

Grande Pirambu (Praia do Mero), oportunizando arte e afeto, além de contribuindo na transformação da comunidade no seu encontro

com a dança.

Somos muito gratos ao amigo, professor e parceiro Fabinho Lessa,

por nos ensinar a voar.

Do Salão para o Palco!

Semana da Dança a Dois, do Salão para o Palco, de 1º a 09 de

Setembro em Fortaleza. Espetáculos, Mostras Coreográficas,

Oficinas, Residências e Debates. Sabem quem vamos encontrar por

lá? Luis Carlos e Mara Alexandre (nossos alunos da turma de terça e

quinta, às 17h30). Sucesso, meninos! Estaremos prestigiando vocês

sem falta!

Abanicos, parte 2

De acordo o com o tamanho, os abanicos recebem nomes

diferentes como segue:

Pericón = abanicos grandes e com tela larga;

Tradicionales = com raio em torno de 23 cm;

Semi-pericón = intermediário entre tradicionales e pericón;

De bolso = pequenos, em torno de 19 cm de raio.

Os abanicos podem ser lisos ou decorados, sendo este último uma

arte, pois existem artesãos famosos por seus abanicos. As varillas

podem ser lisas ou trabalhadas em recortes e arabescos.

O pericón, semi-pericón e abanicos tradicionales, quando usados

para o baile, acrescenta mais feminilidade à bailaora que, com

desenvoltura e leveza, torna este lindo acessório uma extensão do

seu próprio corpo. Pode ser empregado em vários palos, como

sevillanas, alegrias, carcoles, soleas, etc.

Sol Pincella

Nós em Foco! Dica da Vez...

De Olho na Saúde!

Dançar é Saúde

Nem sempre vista como uma forma de exercício, mas antes uma atividade social, de competição ou de lazer, a dança traz muitos benefícios

para quem a pratica, entre eles: tonificação muscular, emagrecimento, aumento de agilidade, flexibilidade, coordenação motora e da resistência

física e respiratória, corrige má postura e ainda estimula a memória, a criatividade e a imaginação. Como outras formas de exercício, a dança,

como atividade física, libera endorfina, substância relacionada ao prazer – por isso faz tão bem. Ela é uma das atividades mais completas nesse

processo de desenvolvimento e aperfeiçoamento integral do ser humano. Além de trabalhar o físico, podemos desenvolver, por meio da

dança, uma série de valores sociais e morais, como a iniciativa, o entusiasmo, a perseverança, o cavalheirismo e o senso de ordem e disciplina,

assim como o senso de responsabilidade, contribuindo para toda a formação de um caráter.

Se pensarmos no valor cultural que a dança tem podemos ir muito mais longe. Desde o inicio dos tempos, a dança é usada para transmitir

ideias e costumes de uma geração à outra, sobretudo nas formas folclóricas e populares. Na Grécia antiga, as danças abstratas exigiam preparo

intelectual do praticante e eram as preferidas pelas elites. Na idade média a dança foi exaltada graças à sua espiritualidade que serviu à

propaganda religiosa e à difusão das canções dos trovadores da época.

É preciso, somente, tomar alguns cuidados para evitar dores nos joelhos e coluna, principalmente em pessoas acima do peso, já que a atividade

provoca um movimento repetitivo nas articulações. É sempre importante um alongamento, como já falado em edições passadas, normalmente

feito antes das aulas. Se a intensidade da prática de dança for muito grande, exigindo horas de dedicação, é recomendada uma preparação da

musculatura e do condicionamento. Tomando-se esses cuidados, a dança pode ser praticada por todos, pois não existe idade para se começar

a dançar. O leque de opções é vasto: dança de salão, balé, dança contemporânea, jongo, maracatu, frevo, danças flamencas, indiana, do ventre,

hip hop, jazz e axé, dentre outras. Portanto, escolha a dança que mais combina com você, respeitando seu gosto musical e “vamos a bailar”.

Karine Falcão

Page 3: El Flamenco 04

Compartilhando

Começando com o pé direito!

Depois de uma bela temporada no Brasil, nosso querido Fabinho Rodríguez alçará vôos

mais altos. Ele simplesmente foi convidado por Javier Latorre para trabalhar em sua

Compañia, onde já participará da obra “Quijote - Al compás de um sueño”, onde fará

um dos principais papeis do segundo elenco: Sancho Panza. O espetáculo estreará esse

mês de agosto no teatro Coliseo, em Gran Via, e depois seguirá para a China em outra

temporada. Parabéns Fabinho, isso é só pra começar!

Dançando e Cantando

No dia 14 de julho, o Grupo Tablado fez uma participação especial no show da cantora

Fabíola Liper, no Theatro José de Alencar. Tivemos a honra de encerrar o lançamento

do seu novo CD, intitulado Minha Cara. A cantora (no centro da foto) compôs uma

música inspirada na Andaluzia e seus convidados puderam apreciá-la com a participação

do grupo Tablado. Agradecemos o convite e desejamos a Fabíola muito sucesso!

Ficamos sentados e encantados!

Nosso Denilson abrilhantou o palco do

SESC Iracema, neste mês de julho.

A elogiada peça “Um lugar para ficar em

pé”, encenada pelos alunos do curso de

Teatro da UFC, ficou em cartaz durante

todo o mês e não poderíamos deixar de

prestigiá-lo!

Na encenação, diversas histórias foram

contadas com talento e humor dessa turma

de jovens atores e demonstrou a nós mais

um talento desse querido colega. Parabéns,

Denilson!

E o ouro da casa vai pra um coração também

de ouro! Uma pessoa linda (em todos os

sentidos), atenciosa, extremamente

disponível, carinhosa, batalhadora e meiga,

tudo isso multiplicado pelos 2 metros de

altura.

Sim, eu estou falando da nossa querida Livona

ou Lindona, como queiram. Todos que

convivem com ela sabem exatamente do que

eu estou falando. Como é gostoso estar

perto e dividir momentos com ela

(especialmente se rolar aquele bolo de

chocolate)...seja bater um papo, comer uma

pizza, assistir um filme ou ensaiar uma

coreografia, ou se reunir no seu apê para

planejar esse Jornal, sempre é super

agradável desfrutar da presença iluminada

desse exemplo de pessoa.

E é por essas e outras, que ela mora no

nosso coração! Em tempos de Olimpíadas,

Medalha de Ouro para ela,

merecidamente!!!!!

Ouro da Casa Nossos Parceiros:

Contriburam para esta edição:

Alex Hermes, Aloísio Menescal,

Graça Martins, Karine Falcão, Ligênia

Duarte, Lívia Parente, Raissa Martins,

Solange Pincella e Vicente Leite.

Contribua enviando textos, fotos ou

dicas culturais para o e-mail

[email protected]

Esse mês de agosto estará

apagando as velinhas:

Godofredo Arduini (Júnior),

aluno do sábado (dia 22/08)

Cumpleaños Feliz!

AULAS REGULARES:

Segunda e Quarta:

INFANTIL de 16:00 às 17:30h

HOMENS de 17:30 às 19:00h

AVANÇADO de 19:00 às 20:30h

Terça e Quinta:

INTERMEDIÁRIO de 17:30 às 19:00h

INTERMEDIÁRIO de 19:00 às 20:30h

Sábado:

INICIANTE de 9:00 às 10:30h

INTERMEDIÁRIO de 10:30 às 12:00:h

Obs.: Inscrições para as turmas

Homens e Iniciantes por tempo limitado; Novas vagas só em 2013.

Esperamos você!

Page 4: El Flamenco 04

Cantinho do Leitor

O que vem por aí!

As inscrições para a Mostra PRODANÇA continuam até dia 03 de Agosto de

2012. Você, que é artista profissional ou amador, pertencente ou não a grupos, sem

limite de idade ou modalidade – desde que seja cearense ou comprove atuação no

cenário da dança cearense há mais de três anos – não deixe de se inscrever. As

inscrições são gratuitas, participe!

A XI Feira da Música de Fortaleza acontecerá entre os dias 22 e 25 de agosto.

44 bandas locais, nacionais e internacionais ocuparão quatro palcos distribuídos no

Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura. O acesso é gratuito. Então vamos gente!

O Grupo de Tradições Folclóricas Raízes Nordestinas (foto no alto) é um

grupo de pesquisa e produção cultural que, inspirado nos grupos de culturas nativas,

vem trazendo as mais variadas expressões da cultura popular tradicional para uma

linguagem cênica própria da interpretação de suas pesquisas. Desde sua fundação

(agosto de 1996), o Grupo comemora o dia mundial do Folclore, sempre com a

participação de grupos autênticos e de projeção da cidade de Fortaleza. Portanto,

confiram esse evento no dia 22 de Agosto de 2012, a partir da 18h00, no CSU

César Cals – Av. Coronel Matos Dourado (perimetral) 1499, Henrique Jorge.

Obrigado Raízes Nordestinas... Fortaleza agradece!

VI Encontro Folclore de todos os Povos – “Tributo ao Rei do Baião”

O mês de agosto é marcante por comemorarmos o dia internacional do Folclore.

Por esse motivo, a Cia Txai de Danças Populares (foto ao lado) programou uma emocionante atração para surpreender os visitantes e também o público da capital

cearense, todas as quartas feiras, numa homenagem ao eterno rei do baião, Luiz

Gonzaga. Este é apenas um dos diversos eventos alusivos ao seu centenário em

meio às programações do VI Encontro de Folclore de todos os Povos, que será

realizado nas quartas-feiras do mês de agosto, na casa de Show Lúpus Bier

(localizada na Rua dos Tabajaras, nº 340 - Praia de Iracema). Parabéns à Cia Txai de

Dança pela iniciativa. Vamos aplaudir esse evento!

B a i l a o r a

Aspira o ar,

Precisa se energizar.

Concentra-se para o minuto

seguinte,

Entregar-se a si mesma.

Sentir a melodia da música

Fazer de cada nota musical

Um novo gestual de emoções...

Sentir e dançar.

Dançar com o corpo

Dançar com a alma

Sentir, sentir...

Força, vigor, paixão!

Bailaora que trazes contigo?

Um pedaço de mim.

Um traço de desejo

Um laço de amor...

Dança e me encanta

Me faz sentir amor!

Anelizia Maia (publicado em

Recanto das Letras, 08/11/2010)

Oferecida à bailaora Raissa

Martins (Grupo Tablado)

A dança e a alma

A dança? Não é movimento

súbito gesto musical

É concentração, num momento,

da humana graça natural

No solo não, no éter pairamos,

nele amaríamos ficar.

A dança-não vento nos ramos

seiva, força, perene estar

um estar entre céu e chão,

novo domínio conquistado,

onde busque nossa paixão

libertar-se por todo lado...

Onde a alma possa descrever

suas mais divinas parábolas

sem fugir a forma do ser

por sobre o mistério das fábulas

Carlos Drummond de Andrade (Enviado por Ligênia Duarte)

Page 5: El Flamenco 04

Momento UUUIII!

Que a linda Ligênia adora

repassar os passos de dança

minutos antes de subir ao palco,

isso todo mundo já sabe.

Agora, precisava passar os

passos até descalça? Uuuiii! A

loira até sem sapato é charmosa!

Isso sem contar a performance

de samba nos bastidores,

fazendo a alegria de todos!

Click e Arte (Primavera Flamenca - Tablado)