el flamenco 05

5
Fortaleza em cena... Fortaleza é a cidade do “já teve”. Tudo que você imaginar, Fortaleza já teve. Em matéria de Arte, então, nem se fala. Arquitetura, Cinema, Teatro, Clubes, tudo Fortaleza já teve do bom, bonito e em quantidade. Em matéria de cinemas, já tivemos: Jangada, Toaçu, Atapu, Araçanga, Familiar, Rex, Arte, Fortaleza, Diogo, Nazaré, Sociedade Cearense de Fotografia e Cinema, São Luiz, Majestic, Moderno, Unibanco e por aí vai. Tenho certeza que esqueci alguns, vocês vão lembrar de muitos outros. Teatros? Todos os bairros da cidade possuíam o seu teatro. Era a época dos Círculos Operários de Trabalhadores Cristãos. “As cidades do interior que centralizavam atividades econômicas também almejavam fazer parte do circuito das companhias de teatro e também fundaram seus teatros”. (SERRA, Hiroldo. Onde Mora a Cena Cearense. SECULT, CE, 2012.) Toda escola confessional tinha o seu teatro, como o Colégio Cearense Sagrado Coração, Patronato N. S. de Lourdes, União dos Moços Católicos, Salão Paroquial Joaquim Távora, Redentoristas, Escola Doméstica São Rafael, N.S. dos Navegantes, entre tantas outras. Aos poucos, sem chamar muito a atenção, foram saindo de cena, fechando as cortinas, apagando as luzes da ribalta e cerrando as suas portas, sendo demolidos e dando lugar ao “progresso”. Felizmente, com a criação dos cursos superiores de teatro e com a procura crescente de locais para ensaios e apresentações, o mercado emergente de teatro e dança, a diversidade e qualidade dos espetáculos, algumas entidades e autoridades, entenderam que um povo sem teatro é um povo sem espelho, não se vê retratado, não reflete, não pensa. É uma sociedade sem autocrítica. Assim é que a SECULTFOR reabriu o Teatro Antonieta Noronha, o shopping Via Sul abriu mão do lucro com mais algumas lojas e teve a coragem de investir num excelente teatro, e o Governo do Estado se prepara para fazer as pazes com a classe artística reinaugurando o excelente Teatro Carlos Câmara, mais conhecido como Teatro da EMCETUR. Deus queira que as companhias de teatro e dança voltem a usar o seu palco, que num passado recente só tinha pauta para “uma certa” indústria de cosméticos fazer as suas convenções e treinamento de vendedoras de perfumes. Cosméticos rendem bem mais que cultura. Está mais que provado que as pessoas compram mais cosméticos do que ingressos para balé ou teatro. Até os artistas usam maquiagem. E para mostrar que nem tudo está perdido, você que procura um espaço para apresentar o seu festival, aqui vai uma relação de equipamentos culturais da cidade de Fortaleza: Anfiteatro Editorial El flamenco Onde Estamos? Colégio Espaço Aberto - Av. Dom Luis, 730, Aldeota Contatos: 9951.3788 / 8742.3214 / 8897.7624 Setembro/2012 — Nº 5 Grupo de Dança Tablado www.grupotablado.cjb.net do Centro Dragão do Mar; Anfiteatro da Volta da Jurema; Anfiteatro do Parque da Liberdade (Cidade da Criança); Anfiteatro do Parque do Cocó; Anfiteatro do CUCA (Barra do Ceará); Teatro Antonieta Noronha (SECULTFOR); Teatro Arena Aldeota; Teatro da Boca Rica; Teatro Celina Queiroz; Teatro do Centro Dragão do Mar; Teatro do Centro Cultural do Banco do Nordeste; Teatro Chico Anizio - Teatro Emiliano Queiroz (SESC); Casa de Juvenal Galeno; Teatro Jardim Waldemar Garcia (Casa da Comedia); Teatro José de Alencar; Teatro Marcus Miranda (Centro Cultural Bom Jardim); Teatro Marista (Faculdade Católica); Teatro das Marias; Teatro Morro do Ouro (Anexo ao TJA); Teatro Nadir Sabóia (Av. Dom Luiz); Teatro Paurilo Barrosa (Colégio Christus); Teatro da Praia; Teatro do SESI (Barra do Ceará); Teatro SESC Iracema (Dragão do Mar); Teatro Universitário Pascoal de Carlos Mágno (CAD); e, eventualmente, quando se monta um palco, também se presta para apresentações de espetáculos a Praça Verde do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura. E assim – com desestímulos, desrespeitos e pouco caso, mas com muito talento e, sobretudo, com dignidade, coragem e esperança – caminha a cena cearense, não mais em busca da rodoviária ou do aeroporto, mas ocupando os espaços da cidade, levando a arte “aonde o povo está”. Walden Luiz Ator, Autor e Diretor Teatral AULAS REGULARES: Segunda e Quarta: INFANTIL - 16:00 às 17:30h; HOMENS - 17:30 às 19:00h; AVANÇADO de 19:00 às 20:30h Terça e Quinta: INTERMEDIÁRIO - 17:30 às 19:00h e 19:00 às 20:30h Sábado: INICIANTE de 9:00 às 10:30h; INTERMEDIÁRIO de 10:30 às 12:00h.

Upload: aloisio-menescal

Post on 07-Mar-2016

226 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

El Flamenco é um periódico mensal dos Grupos de Dança Tablado e Al Andaluz

TRANSCRIPT

Page 1: El Flamenco 05

Fortaleza em cena... Fortaleza é a cidade do “já teve”. Tudo que você imaginar, Fortaleza já teve. Em matéria de Arte, então, nem se fala. Arquitetura, Cinema, Teatro, Clubes, tudo Fortaleza já teve do bom, bonito e em quantidade. Em matéria de cinemas, já tivemos: Jangada, Toaçu, Atapu, Araçanga, Familiar, Rex, Arte, Fortaleza, Diogo, Nazaré, Sociedade Cearense de Fotografia e Cinema, São Luiz, Majestic, Moderno, Unibanco e por aí vai. Tenho certeza que esqueci alguns, vocês vão lembrar de muitos outros. Teatros? Todos os bairros da cidade possuíam o seu teatro. Era a época dos Círculos Operários de Trabalhadores Cristãos.

“As cidades do interior que centralizavam atividades econômicas também almejavam fazer parte do circuito das companhias de teatro e também fundaram seus teatros”. (SERRA, Hiroldo. Onde Mora a Cena Cearense. SECULT, CE, 2012.)

Toda escola confessional tinha o seu teatro, como o Colégio Cearense Sagrado Coração, Patronato N. S. de Lourdes, União dos Moços Católicos, Salão Paroquial Joaquim Távora, Redentoristas, Escola Doméstica São Rafael, N.S. dos Navegantes, entre tantas outras. Aos poucos, sem chamar muito a atenção, foram saindo de cena, fechando as cortinas, apagando as luzes da ribalta e cerrando as suas portas, sendo demolidos e dando lugar ao “progresso”.

Felizmente, com a criação dos cursos superiores de teatro e com a procura crescente de locais para ensaios e apresentações, o mercado emergente de teatro e dança, a diversidade e qualidade dos espetáculos, algumas entidades e autoridades, entenderam que um povo sem teatro é um povo sem espelho, não se vê retratado, não reflete, não pensa. É uma sociedade sem autocrítica.

Assim é que a SECULTFOR reabriu o Teatro Antonieta Noronha, o shopping Via Sul abriu mão do lucro com mais algumas lojas e teve a coragem de investir num excelente teatro, e o Governo do Estado se prepara para fazer as pazes com a classe artística reinaugurando o excelente Teatro Carlos Câmara, mais conhecido como Teatro da EMCETUR.

Deus queira que as companhias de teatro e dança voltem a usar o seu palco, que num passado recente só tinha pauta para “uma certa” indústria de cosméticos fazer as suas convenções e treinamento de vendedoras de perfumes. Cosméticos rendem bem mais que cultura. Está mais que provado que as pessoas compram mais cosméticos do que ingressos para balé ou teatro. Até os artistas usam maquiagem.

E para mostrar que nem tudo está perdido, você que procura um espaço para apresentar o seu festival, aqui vai uma relação de equipamentos culturais da cidade de Fortaleza: Anfiteatro

Edi tor ia l

El flamenco

Onde Estamos? Colégio Espaço Aberto - Av. Dom Luis, 730, Aldeota Contatos: 9951.3788 / 8742.3214 / 8897.7624

Setembro/2012 — Nº 5

Grupo de Dança Tablado

www.grupotablado.cjb.net

do Centro Dragão do Mar; Anfiteatro da Volta da Jurema; Anfiteatro do Parque da Liberdade (Cidade da Criança); Anfiteatro do Parque do Cocó; Anfiteatro do CUCA (Barra do Ceará); Teatro Antonieta Noronha (SECULTFOR); Teatro Arena Aldeota; Teatro da Boca Rica; Teatro Celina Queiroz; Teatro do Centro Dragão do Mar; Teatro do Centro Cultural do Banco do Nordeste; Teatro Chico Anizio - Teatro Emiliano Queiroz (SESC); Casa de Juvenal Galeno; Teatro Jardim Waldemar Garcia (Casa da Comedia); Teatro José de Alencar; Teatro Marcus Miranda (Centro Cultural Bom Jardim); Teatro Marista (Faculdade Católica); Teatro das Marias; Teatro Morro do Ouro (Anexo ao TJA); Teatro Nadir Sabóia (Av. Dom Luiz); Teatro Paurilo Barrosa (Colégio Christus); Teatro da Praia; Teatro do SESI (Barra do Ceará); Teatro SESC Iracema (Dragão do Mar); Teatro Universitário Pascoal de Carlos Mágno (CAD); e, eventualmente, quando se monta um palco, também se presta para apresentações de espetáculos a Praça Verde do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura.

E assim – com desestímulos, desrespeitos e pouco caso, mas com muito talento e, sobretudo, com dignidade, coragem e esperança – caminha a cena cearense, não mais em busca da rodoviária ou do aeroporto, mas ocupando os espaços da cidade, levando a arte “aonde o povo está”.

Walden Luiz Ator, Autor e Diretor Teatral

AULAS REGULARES: Segunda e Quarta:

INFANTIL - 16:00 às 17:30h; HOMENS - 17:30 às 19:00h;

AVANÇADO de 19:00 às 20:30h

Terça e Quinta:

INTERMEDIÁRIO - 17:30 às 19:00h e 19:00 às 20:30h

Sábado: INICIANTE de 9:00 às 10:30h; INTERMEDIÁRIO de 10:30 às 12:00h.

Page 2: El Flamenco 05

Nessa edição falaremos um pouco dos símbolos que legitimam nosso Grupo. A nossa logomarca foi criada em 1994, e carinhosamente batizada de “Conchita”. Ela foi uma criação despretensiosa do cartunista Aluísio Herbert. Amigo de Clerton e Graça Martins, ele desenhou a boneca para a filha dos dois, Raissa Almeida Martins, na época com cinco anos de idade, dizendo o seguinte: “Raissa, vou desenhar sua mãe dançando”. Raissa gostou tanto do desenho que fez o seguinte comentário: “O Aluísio desenha tão bem, que desenha até melhor do que eu!” Imaginem só, Aluísio na época era desenhista profissional e trabalhava no Banco do Estado do Ceará. Clerton e Graça Martins também gostaram tanto do desenho, que decidiram adotar como logotipo do Grupo, pondo as cores representativas da Espanha, vermelho e amarelo.

Em 1996, verificando-se que no Instituto de Marcas e Patentes já existia outro grupo com o nome Tablado Flamenco, nosso Grupo passou então a se chamar: GRUPO DE DANÇA TABLADO, nome que conservamos até hoje. Nesse mesmo ano, um ser iluminado, o poeta e escritor Roberto Barros, ao assistir uma apresentação nossa, escreveu especialmente para o Grupo, num guardanapo de papel, o poema mais significativo que vimos. Um poema tão lindo e tão forte, que dias depois legitimamos como a abertura dos nossos espetáculos, na voz de Melania Silveira. Nunca, alguém enxergou tão de perto, a alma da nossa dança. Eis o poema: Nós somos os filhos do tempo, do infinito, da luz Embaixadores da manhã, do encanto, das cores, Das cores da vida, dos sonhos, da música E das castanholas que riscam os céus do mundo sem fim...

Estamos aqui para mostrar de que Substância são compostos nossos corpos... Tendões de dança, Nervos de dança, Sangue de dança, Da pele até a alma, Dança, dança e dança.

Ah! Trazemos aqui no peito estampadas, as flores de Lorca Verde que te quero verde, e azul e amarelo E todas as mil cores de Salvador Dali E de todos os lugares tão suave movimento Tão belo som dos moinhos de Servantes Escudos, princesas e dragões ou a crueldade da lâmina Nos olhos tristes de Luis Buñuel...

Linha do Tempo

De Olho na Saúde!

Dançar – um ótimo exercício para sua coluna! Dentre as opções de atividade física, a dança tem merecido destaque, pois é um exercício considerado completo. Estudos recentes mostram que dançar, além de uma extraordinária terapia, auxilia na prevenção, administração e tratamento de doenças físicas e mentais.

De todas as vantagens que já vimos em edições anteriores, a dança também promove a integração e fortalecimento de todos os músculos da coluna vertebral, permitindo ao praticante além da melhoria estética da postura, a prevenção de outros problemas. Através da dança podemos evitar osteoporose, dores musculares, formação ou agravamento de hérnias de disco, assim como os conhecidos “bicos de papagaio” (osteófitos).

Os músculos da nossa coluna precisam estar fortalecidos para aguentar o dia a dia, e muitas vezes optamos por uma atividade física não aconselhável ao nosso estado físico de saúde, entretanto a dança é a que menos tem contraindicações. Muitas pessoas temem não estarem aptas a dançar, pois possuem algum dos problemas citados anteriormente. SIM, você pode fazer aulas de dança se tem hérnia de disco. SIM, você pode dançar se tem protusão discal ou escoliose, ou lombalgia.

Claro que, em fase aguda todo e qualquer esforço deve ser evitado, mas após o devido tratamento médico e fisioterápico você estará liberado para dançar – lembrando sempre que alongar também evita muitos dos problemas conhecidos que tanto prejudicam a nossa coluna. E aí, vamos bailar?

Lívia Parente - Fisioterapeuta

Em nossos pés trazemos o mundo livre, solto das amarras nos espaços dos céus sem fim E atravessamos oceanos de além mar Filhos que somos das duas mães que amamos Uma “Brasilis”, terra de fogo a outra España, terra de vida!

Mas agora, agora aqui estamos Chegamos para abrir com um grito E para unir as castanholas ao triângulo, ao zabumba e ao repente Num abraço terno e bom, como em sonhos de amor

Então que você chore em sentir nossa dança Borboletas sem peso Astronautas sem peso Homens sem peso Deuses sem peso Numa dança de estrelas E em chuvas de flores e cores Espalhando o cheiro de vida e força No coração de todos os homens.

Page 3: El Flamenco 05

Um pouco de História do Flamenco

A essência do flamenco se traduz como arte através do sentimento, mistério, sensualidade, força e alma, uma vez que vem de uma mistura de culturas, raças, religiões e costumes, envolvido pelo emocional descritivo da condição de vida dos povos que o originaram – os ciganos do Sul da Espanha. Acredita-se que os ciganos chegaram ao Sul da Espanha vindos de uma região do Norte da Índia chamada Sid, local que tiveram que abandonar devido a uma série de conflitos e invasões, indo para o Egito (de onde também foram expulsos) e depois para a Checoslováquia. Como eram em grande número, as Tribos de Sid se dividiram em três grupos que se espalharam pela Europa. Alguns nomes ciganos foram latinizados, como Sidel = Miguel, András = Andrés, Pamuel = Manuel.

O primeiro documento comprovando a chegada dos ciganos na Espanha é de meados do século XV. Até o final deste século, foram nômades e com profissões de pastoreio e artesãos, época em que os não católicos foram expulsos e se estabeleceram no Sul, na Andaluzia. Pela sua forma nômade de viver, vieram a ter uma cultura acostumada a tomar emprestado as formas musicais de onde passavam e as interpretava segundo seus costumes. A música é parte do seu cotidiano, tanto na rotina diária como nas festas e celebrações. Não precisavam de muito para fazer uma música, somente uma voz e algo para marcar o ritmo como mãos e pés. Os ciganos encontraram na região da Andaluzia um lugar fértil para o desenvolvimento da sua musicalidade, por ser uma região de mescla cultural árabe, judia e cristã. Os principais centros e famílias flamencas eram os locais que serviram de refúgio, cidades como Alcalá, Utrera, Jerez, Sevilla e o bairro de Triana.

Com o passar do tempo, a repressão diminuiu e a música cigana começou a despertar o interesse pelos não ciganos, querendo conhecer e interpretar sua música, e eram então denominados “payos”. A palavra flamenco parece provir de termos árabes “felag” que significa campesino e “mengu” que significa fugitivo. Segundo alguns autores, a partir do século XVIII, a palavra flamenco começou a ser utilizado com sinônimo de cigano andaluz.

Solange Pincella

Dica da Vez...

Esse mês damos parabéns para:

Vanessa Flores (04.09) Al Andaluz Samuel Rodrigues (14.09) Al Andaluz

Elisa Euler (23.09) Al Andaluz

Cumpleaños Feliz!

Aloísio Menescal, Graça Martins, Lívia Parente, Raissa Martins, Solange

Pincella e Vicente Leite.

Contribua enviando textos, fotos ou dicas culturais para o e-mail

[email protected]

“Lindo, tesão, bonito e gostosão!” Esse é o grito de guerra ecoado pelas mulheres, quando ele surge no palco.

E os homens, menos efusivos, porém não menos entusiasmados, lhe têm admiração e respeito.

Do alto dos seus quase 2 metros e 80 e poucos quilos, extremamente bem distribuídos, ele dança com a alma, encanta e surpreende a cada nova performance. Mas não é só isso que o faz ser tão querido e amado.

O que encanta de verdade é o seu cuidado, sua atenção, suas gracinhas e seu abraço apertado. É o que ele é, fora dos palcos, que o faz brilhar tão intensamente, dentro deles. Sim, estamos falando de você, nosso lindo, amado e só nosso, Juju!

Ouro da Casa Contribuíram para esta Edição:

Page 4: El Flamenco 05

Cantinho do Leitor

Compartilhando

• O Grupo Tablado dançou em homenagem que o Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Ceará – SATED fez aos Artistas, no dia do Artista. Todas as linguagens forma contempladas com um dos seus artistas homenageado. A Dança homenageou nossa querida Claudinha Pires, merecidamente!

• Olha só onde foi dança o Grupo Tablado!! No cine teatro Neroly Filgueiras, na cidade de Barbalha, terrinha querida da diretora Graça Martins. O espetáculo foi uma produção da Quitanda das Artes, no Projeto Caravana da Juventude. O Tablado dividiu o palco com a Cia Argumento, o que foi uma honra!

O que vem por aí!

· Mova-se é a primeira mostra de trabalhos coreografados pelos alunos da III Turma do Curso Técnico em Dança, realizado por meio da parceria entre o Instituto de Arte e Cultura do Ceará (IACC)/ Dragão do Mar, Secult e Senac. Itinerantes, os trabalhos abrangem diversos estilos e técnicas de dança, sob uma abordagem contemporânea, e são de autoria dos alunos. Dia 20 de setembro, às 16h, acesso gratuito. · A Companhia Vidança apresenta o espetáculo CATU MACÃ - Guerra Bonita, que revisita através de releitura os cortejos de rua e o maracatu cearense. O espetáculo é um trabalho de criação a partir da ideia de cortejo festivo mas guerreiro, sofrido, onde se percebe a dignidade, a majestade, a beleza, a realeza dos explorados, simbolizada nessa dança dramática de inspiração popular. Dias 20 e 27, às 20h no Teatro Dragão do Mar. 60min. Ingressos R$ 2,00/1,00. Classificação Livre. · O espetáculo Pratativando é uma homenagem à Patativa do Assaré em forma de teatro que propõe revelar o universo do poeta por meio da cultura popular. A Cia. Mais Caras de Teatro tem como proposta a integração de vários segmentos da arte e assim se utiliza de linguagens múltiplas como o reisado, sapateado, música popular nordestina e poesia para compor o espetáculo. Dias 15 e 22, às 19h, no Espaço Rogaciano Leite Filho no Dragão do Mar. Acesso livre. Classificação livre.

Momento UUUIII!

Quando em 2005, depois de um ano de sofrimento intenso pela perda do pai das minhas filhas e pelo sofrimento delas, eu não suportei as dores que absorvi da minha filha mais velha e desabei numa crise de depressão que me renderam 25 dias de internamento hospitalar.

Depois disso recebi o diagnóstico de perda parcial da memória passada e déficit de memória recente, desde o diagnóstico comecei um tratamento intensivo na clinica CEDEPSI onde era acompanhada por uma equipe de especialistas, dentre eles, psiquiatra, psicóloga, assistente social, terapeuta ocupacional e massoterapeuta.

Por essa equipe tenho um imenso respeito e gratidão. Minha amiga Antonia me convidou para ir ver uma aula de dança flamenca com a Mestra Graça Martins, porque sabia da paixão que eu sentia pela cultura espanhola, e eu fui...

Com dificuldade em aprender e memorizar qualquer coisa que fosse, eu apenas iria assistir, tinha certeza que isso me faria um imenso bem e realmente fez. Ao chegar na sala sentei na cadeira e a Grou me convidou para dançar e eu meio desajeitada, quase sempre assim, fui... Gostei tanto que pensei: a dança pode me

ajudar com a minha memória porque é um exercício de memória.

Tive uma melhora muito grande na minha terapia e minha terapeuta me disse: não abandone sua dança, ela lhe faz muito bem. Pois não é que ela estava certíssima! Além dos exercícios de memória que tive e ainda tenho, conheci e conheço pessoas maravilhosas.

Além da dança exercitar minha memória, meu corpo, ela exercita minha alma, porque para mim dança é amor, é o amor que me trouxe de volta, que me traz de volta à vida toda vez que a dor me assola e eu temo cair.

Bendita dança terapêutica, dança flamenca, bendito os que comigo podem partilhar desse amor divino, porque é assim também que sinto Deus na minha vida.

Obrigada Grou, por ser essa pessoa tão maravilhosa na minha vida, porque soube e ainda é paciente comigo, pelo abraço bom que sempre recebo de você e por proporcionar a mim, a arte nata que mora em você, a dança flamenca!

Anelizia Maia − Grupo Al Andaluz

E quem perdeu o show na Assembleia, perdeu muito mais! Enquanto o show não acontecia no palco, foram rolando vários pequenos shows nos bastidores. Shows de humor, é claro! E aí vai uma pontinha dos melhores momentos dessa graça toda. Apresento-lhes o “boca aberta” e a antipática (nem para sair na foto)! O “boca aberta” dispensa detalhes, não é? Já a antipática... Alguém aí arrisca um palpite?

Page 5: El Flamenco 05

Click e Arte (Religare - Tablado)