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Este livro é dedicado a todos os que enxergam

a mão de Deus em todas as coisas, inclusive

nas curas físicas e emocionais.

E a todos os que buscam e estão prontos

para compreender o mistério da

conexão divina entre todos os seres vivos.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO Lições do outro lado 9

PARTE I: O CÉU

CAPÍTULO 1 Foi um acidente... ou não foi? 22

CAPÍTULO 2 Minha jornada no Céu 30

PARTE II: AS 8 LEIS ESPIRITUAIS DA SAÚDE

CAPÍTULO 3 A Lei da Conexão 48

CAPÍTULO 4 A Lei da Fé 65

CAPÍTULO 5 A Lei da Força Vital 78

CAPÍTULO 6 A Lei do Grounding 96

CAPÍTULO 7 A Lei do Templo do Corpo 107

CAPÍTULO 8 A Lei da Positividade 125

CAPÍTULO 9 A Lei do Amor-próprio 138

CAPÍTULO 10 A Lei do Propósito 154

CAPÍTULO 11 O grande momento 172

PARTE III: TRANSFORMADO

CAPÍTULO 12 De volta à Terra 176

CAPÍTULO 13 A recuperação 185

CAPÍTULO 14 A queda 191

CAPÍTULO 15 A vida como o Novo Tommy 205

POSFÁCIO Verdades do Céu e da Terra 218

MANEIRAS DE AUMENTAR A VIBRAÇÃO 220

AGRADECIMENTOS 225

REFERÊNCIAS 228

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INTRODUÇÃO

LIÇÕES DO OUTRO LADO

Uma dor aguda e constante no quadril me forçou a sentar logo que saí do salão de conferências. Eu tinha acabado de fazer

uma palestra para uma grande plateia em Saint Petersburg, Fló-rida, sobre um método de cura vibracional chamado grounding (também conhecido como telurismo). Era outubro de 2010.

Eu havia passado por uma cirurgia para a colocação de uma prótese no quadril quatro meses antes e fiquei pensando que a dor devia ser uma consequência normal da cirurgia ou que talvez ti-vesse ficado em pé tempo demais naquele dia. De qualquer forma, acreditava que ela iria embora sozinha.

Tentei manter uma atitude positiva, mas a dor não diminuiu. Pelo contrário: quando me levantei para ir até a sala dos forne-cedores de produtos de medicina alternativa, a dor piorou tanto que quase desmaiei. Sentei-me num banco e praticamente gritei para a multidão que passava por mim: “Alguém tem serrapepta-se?” A serrapeptase é um anti-inflamatório que também ajuda na cicatrização e no combate a placas, coágulos e cistos.

Para minha surpresa, uma mulher se aproximou e disse que ti-nha o medicamento. Fiquei pasmo. Nas conferências, geralmente você encontra amostras de serrapeptase nos estandes dos repre-sentantes de suplementos, e não na bolsa dos participantes.

Um homem robusto que a acompanhava se aproximou. Eles se apresentaram como Tommy e Michelle Rosa e comentaram que tinham adorado minha apresentação. Conversamos por alguns

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minutos. Em seguida, Michelle pediu licença e foi ao quarto no hotel buscar o medicamento.

Comentei com Tommy que estava sentado ali por causa da dor.Ele olhou para mim e, sem hesitar, disse:– Você está com uma infecção por estafilococo no quadril di-

reito, adquirida recentemente, quando fez uma cirurgia na região.Fiquei atônito. Como um estranho poderia saber que eu tinha

feito uma cirurgia no quadril direito? Impossível.– Como você pode saber tudo isso só de olhar para mim?Ele simplesmente deu de ombros e murmurou:– Um espírito me contou.Fiquei espantado com o fato de alguém que não era médico

descobrir um problema tão sério por intuição.Apenas três semanas antes, eu tinha feito uma biópsia em

lesões no rosto que poderiam ser câncer – decisão provavel-mente tomada na hora errada, considerando que havia acabado de implantar uma prótese metálica e ainda me encontrava em período pós-operatório. A bactéria Staphylococcus aureus vive na pele e pode entrar na corrente sanguínea através de um corte. Além disso, qualquer metal no corpo é um verdadeiro ímã para atrair micróbios.

Assim, o estafilococo pode se instalar em feridas cirúrgicas e provocar infecções no sangue, nos ossos e na pele, inclusive le-vando à morte. A bactéria pode sofrer mutações e resistir aos antibióticos. Milhares de casos assim ocorrem todos os anos nos hospitais.

Não fosse pelo encontro “casual” com Tommy, nem posso imaginar o que teria acontecido comigo por causa da infecção não tratada. Se alguém me dissesse que uma pessoa que assistiu a uma de minhas palestras seria capaz de fazer esse diagnóstico, eu não acreditaria. Mas, ao contrário de muitos médicos, eu acredito que tudo acontece por alguma razão.

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Michelle não demorou a voltar com a serrapeptase. Ela contou que, quando estava fazendo a mala para ir à conferência, recebeu uma “mensagem” para colocar um pequeno frasco do remédio na bagagem. Fiquei intrigado e tive certeza de que algo estava acontecendo e que eu precisava conhecer melhor aquelas pes-soas. Houve uma imediata conexão entre mim e Tommy. Essa conexão se transformou numa amizade muito especial e nos le-vou por um caminho de descobertas que nos transformaria – e mudaria por completo minha forma de enxergar a vida e o que acontece depois dela.

O que Tommy não revelou naquela hora foi que, anos antes, ele tinha sido atropelado num acidente muito grave. Chegou a estar morto por vários minutos, mas foi reanimado e ficou em coma durante semanas. A experiência que viveu com esse trauma foi transformadora. Durante sua “morte”, ele aprendeu lições que o tornaram um poderoso conselheiro espiritual em sua nova vida.

Conforme nossa amizade crescia, Tommy me contava mais so-bre uma experiência que havia guardado para si por muitos anos: durante o coma, ele foi transportado por um túnel de luz até o Céu, onde encontrou um Mestre espiritual e recebeu informações sobre saúde e cura. Fiquei espantado e, ao mesmo tempo, fasci-nado. Sou um cientista, mas também uma pessoa espiritualizada, portanto não foi difícil acreditar em seu relato. Ali estava eu, ao lado de um homem que não era médico mas conversava comigo sobre medicina como se tivesse estudado o assunto a vida inteira.

Tommy passou pelo que chamamos de experiência de quase morte (EQM). Ao longo da história da humanidade, todas as re-ligiões têm compartilhado um importante elemento em comum: a crença de que a vida não termina após a morte do corpo. Di-versos relatos das especulações sobre a existência da alma datam do tempo do filósofo grego Sócrates (469-399 a.C.) e de seu dis-cípulo Platão. Conta-se que Sócrates ficou bastante tranquilo em

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seu leito de morte e atribuiu essa calma ao fato de acreditar que estava indo para um lugar melhor. Platão relatou conversas de soldados gregos que “morreram” no campo de batalha e voltaram à vida. Segundo ele, “toda a sabedoria terrena não passa de um ensaio para o grande despertar que acontece com a morte”.

Conheço bem o fenômeno da EQM. Por muitos anos, traba-lhei em emergências de hospitais, UTIs gerais e coronarianas e laboratórios de cateterismo cardíaco, onde pacientes já sem os sinais vitais eram reanimados. Ouvi quase 20 relatos de EQM de sobreviventes de ataques cardíacos que, depois de visitarem o outro lado, se tornaram pessoas mais intuitivas, realistas, ge-nerosas, amorosas e desapegadas de bens materiais. Resumindo, parecia que tinham mudado de personalidade. Algumas disse-ram que foram “enviadas de volta” porque sua hora ainda não havia chegado. Outras, que voltaram por causa de alguém ou para realizar algo significativo.

Posso citar, por exemplo, a história de Myrtle. Amazona e violinista talentosa, ela era uma pessoa encantadora. Quando me procurou pela primeira vez em busca de ajuda, tinha 70 e poucos anos.

Seus médicos não tinham sido precisos e cuidadosos o bastan-te quando ela começou a se queixar. Assim, ela pediu a seu ma-rido, Harvey, que a levasse a meu consultório para uma consulta de emergência. Myrtle já havia feito cirurgia de ponte de safena na artéria coronária e estava apresentando novos e persistentes sintomas. Por isso os dois estavam bastante preocupados.

Quando a examinei, percebi de cara que o caso era grave. Ao fazer a auscultação, detectei algo estranho na carótida direita, na altura do pescoço. O fluxo sanguíneo para o cérebro estava com-prometido. Um colega meu de uma cidade próxima concordou em examiná-la no mesmo dia. Quando saiu o resultado, ele cons-tatou um bloqueio importante na artéria e ela foi imediatamente

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encaminhada para a sala de cirurgia. Um cirurgião competente restaurou a circulação no cérebro, mas Myrtle teve uma parada cardíaca durante o procedimento.

Dois meses depois, ela me contou a história do que aconteceu durante a operação.

Enquanto era reanimada, ela sentiu que tinha saído do corpo e que flutuava no centro cirúrgico acompanhada de seres an-gelicais. Observou os médicos e as enfermeiras desesperados tentando reanimá-la, mas percebeu que Harvey não estava ali. Depois de 40 anos de um casamento feliz, Harvey era seu com-panheiro, parceiro, sócio e melhor amigo. Quando entendeu o que estava acontecendo, Myrtle pensou: “Ah, não! Não vou a lu-gar nenhum sem me despedir do Harvey!”

De repente, ela se viu de volta no próprio corpo. Enquanto es-tava fora, conscientemente concluiu que não estava pronta para morrer. Havia se esforçado muito para permanecer viva até ali, e a jornada que tinha começado naquele momento não parecia “certa”. Então, decidiu voltar.

Em 2007, meu filho, Step, teve uma rara combinação de doen-ça metabólica, endócrina e autoimune que o fez definhar e ficar à beira da morte. Nessa época, houve um dia em que ele estava tão mal que saiu do corpo e foi para o outro lado, onde conversou com os avós já falecidos, que lhe deram informações que ele não teria como saber. Seu avô por parte de mãe – que chamávamos de W. B. – estava zangado com Step por ele ter tratado mal a mãe durante a adolescência. W. B. fez Step dar a “palavra de escoteiro” para jurar que passaria a tratá-la bem.

Tempos depois, Step me perguntou:– O W. B. foi escoteiro? Ele usaria a expressão “palavra de

escoteiro”?– Sim, usaria – respondi, perplexo, pois Step não sabia que o

avô tinha sido escoteiro.

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Durante a EQM, Step também conversou com meu pai, que me mandou o seguinte recado: “Diga a seu pai (eu) que lamento não ter ido assistir à última luta greco-romana dele no ensino médio.”

Mais uma vez, meu filho não tinha como saber que o avô havia perdido essa luta.

Relatos de EQM podem parecer estranhos, mas acredito que são evidências relevantes contadas ao longo de séculos e que fornecem uma perspectiva educativa na busca pelo sentido da vida.

Antigamente, dizia-se que as EQMs eram fruto da imaginação ou pura invenção, mas hoje em dia os cientistas as estudam mais a sério. Uma pesquisa publicada no The Lancet e no Journal of the American Medical Association – dois dos periódicos médicos mais importantes e respeitados do planeta – concluiu que as EQMs são eventos que merecem estudos científicos mais profundos.

Alguns anos atrás, Tommy e eu fomos a Montreal para uma conferência que contava com palestras dos profissionais mais proeminentes nesse assunto. Um deles era Pim van Lommel, um cardiologista holandês que havia entrevistado 344 pacientes car-díacos e publicado suas descobertas no The Lancet em 2001. Na apresentação, van Lommel relatou quais eram os cinco elementos típicos de uma EQM:

1. Experiência extracorpórea. Pessoas que passam por uma EQM sentem que saem do corpo físico. Elas veem o que está acontecendo, mas é como se estivessem no papel de ob-servadoras, capazes de perceber o ambiente à sua volta, os esforços feitos para reanimá-las ou a cirurgia pela qual es-tão passando. Podem ver e escutar as pessoas vivas, mas não conseguem se comunicar com elas. Com seus corpos não fí-sicos, elas podem atravessar paredes e se teletransportar para qualquer lugar apenas com a força do pensamento. Segundo

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van Lommel, “a experiência extracorpórea é importante do ponto de vista científico porque os médicos, os enfermeiros e os parentes podem confirmar as percepções relatadas por quem passa pela EQM”.

2. Retrospectiva da vida. As pessoas se lembram de ver a vida inteira passar diante de seus olhos, inclusive atos e pensa-mentos que estavam guardados no fundo da memória.

3. Encontro com parentes falecidos ou com seres de luz. Muitas vezes, quem vivencia uma EQM se lembra de encon-trar parentes mortos ou mesmo um ser de luz, que pode ser um anjo ou um guia espiritual. Toda a comunicação é feita sem palavras, apenas por pensamentos.

4. Retorno ao corpo. Alguns pacientes contam que voltaram ao corpo físico depois que o ser de luz ou o parente falecido disse que ainda não era a hora deles ou que ainda tinham uma tarefa a realizar.

5. Fim do medo da morte. Muitas pessoas que passaram por uma EQM perdem o medo de morrer. Isso acontece porque sua experiência é tão profunda e real que elas passam a ter certeza de que o espírito continua vivo mesmo depois da morte física.

Ficamos boquiabertos com o que escutamos na conferência. Tommy tinha vivenciado quatro dos cinco elementos da EQM descritos por van Lommel.

Além disso, o especialista contou que os pacientes costumam relatar fortes recordações de experiências celestiais, mesmo quan-do seu cérebro estava clinicamente morto. Concluiu dizendo que

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a consciência não se encontra no corpo físico e continua a existir após o término da vida na Terra. Em outras palavras, a morte pode ser o fim do corpo físico, mas não é o fim de quem somos. O espírito continua vivo, e foi exatamente isso que Tommy ouviu no Céu.

Sempre me interessei por relatos de experiências intensas vi-vidas em outra dimensão, quando o cérebro, em tese, não se en-contra em atividade. Estudei muito o tema em meu consultório. Esse fascínio de longa data me levou a formular perguntas di-versas e mais profundas sobre a vida, a morte e o que acontece quando morremos: somos mortais ou imortais? Será que alguma coisa acontece além da nossa percepção – uma experiência fora dos limites da vida que conhecemos – quando os monitores não registram mais nenhum sinal vital? Será que fui eu mesmo que reanimei aquelas pessoas, que as trouxe “de volta para casa”? Ten-do em vista que tanta gente sobrevive à quase morte e tem uma experiência celestial, onde de fato é a nossa “casa”?

Por acreditar nas EQMs, recebo críticas consideráveis – em grande parte de pessoas escandalizadas porque eu, um psicotera-peuta e cardiologista respeitável, levo a sério um fenômeno que ainda não tem comprovação científica.

Essa atitude não me surpreende. Como médico, sei que, na minha profissão, o consenso é achar que essas experiências são sonhos, interrupções nos circuitos cerebrais, alucinações ou mes-mo invenções descaradas. No entanto, como muitos dos meus pacientes reanimados se lembravam de fenômenos parecidos e inexplicáveis pela ciência, acabei aceitando as EQMs como uma verdade. Mesmo assim, nunca vi um caso como o de Tommy, que voltou da morte com muitos conhecimentos sobre o corpo e seu misterioso funcionamento.

Tudo o que Tommy me contou sobre os princípios básicos da saúde que aprendeu no Céu fez muito sentido para mim, prova-

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velmente porque já fazia décadas que eu vinha agindo de acordo com teorias semelhantes. Muitos anos atrás percebi que, para ser um médico melhor, eu precisaria descobrir maneiras de não ape-nas tratar a doença, mas de preveni-la. Ao ouvir Tommy, tive a sensação de estar diante de uma revelação revolucionária e, ao mesmo tempo, óbvia.

Existe uma razão simples para eu ser um médico tradicional, adepto de técnicas modernas e intervenções cirúrgicas: elas fun-cionam. Mas eu também sempre soube que a missão de salvar e curar deveria envolver mais do que apenas o heroísmo médico. Ela também deve explorar todas as alternativas possíveis para manter as pessoas fortes e saudáveis.

Minha abordagem fez com que eu me interessasse pela re-lação entre as doenças e as características pessoais dos pacien-tes – como é o caso das pessoas competitivas, empreendedoras, esforçadas, agressivas, impacientes, que acreditam que pensar é mais importante do que sentir. Pessoas assim têm mais chance de desenvolver problemas cardíacos, pois se empenham muito em ser bem-sucedidas mas não se sentem satisfeitas ou plenamente realizadas. Assim, negam ou suprimem o cansaço, a exaustão, a tristeza, a solidão e até os desconfortos físicos no peito, que po-dem ser sintomas iniciais de uma doença cardíaca.

Para alcançar a saúde e o equilíbrio, é preciso integrar o físico, o mental e o emocional – e este se tornou o foco da minha car-reira como médico e psicoterapeuta. Na verdade, isso exige com-prometimento, esforço e conhecimento por parte do paciente. É preciso saber o que faz bem e o que faz mal – o que hoje em dia é uma tarefa bastante desafiadora, sobretudo quando nos compa-ramos com os primeiros seres humanos, que viviam da caça e da coleta e não precisavam ir à academia para se exercitar. Eles pas-savam o dia correndo, fazendo escaladas, coletando alimentos e fugindo de perigos, como os predadores.

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Atualmente nossos perigos são menos visíveis e óbvios, mas estão por toda parte e são cada vez mais numerosos: alimentos processados e pobres em nutrientes; organismos geneticamen-te modificados (OGMs); poluição da água e do ar; exposição a metais pesados (como mercúrio, chumbo e cádmio), inseticidas, produtos químicos, telefones sem fio, torres de transmissão, etc. A vida moderna e as tecnologias vêm inundando nosso organis-mo com produtos artificiais e tóxicos e frequências de onda pre-judiciais, que provocam inflamações silenciosas, mas mortais.

Com todos esses problemas, passei a estimular meus pacientes a tomarem medidas preventivas e a se protegerem dessas influên-cias externas. Por exemplo, eu os aconselho a escolher alimentos não modificados geneticamente, saudáveis e sem adição de açúcar, como a linhaça dourada orgânica, o azeite extravirgem, as frutas vermelhas orgânicas e peixes como o salmão e a sardinha. Além disso, sugiro que passem a ingerir mais gorduras saudáveis, como as do tipo ômega-3, e outros suplementos que melhoram o fun-cionamento do coração e a saúde em geral. Para quem costuma sentir fraqueza e dores osteomusculares, recomendo uma dieta parecida e peço que pare de consumir cafeína, bebidas alcoólicas e alimentos com corantes e que evite campos magnéticos, elétricos ou eletromagnéticos (de celulares, computadores e outras tecno-logias modernas). Estes últimos podem afetar os batimentos car-díacos e causar outros problemas de saúde.

O mais incrível é que a maioria dessas informações foi revela-da a Tommy no Céu. Na verdade, minhas três descobertas mais importantes em 40 anos de prática foram validadas pelas lições que ele aprendeu lá. A primeira é que podemos restaurar o co-ração doente por meios naturais; a segunda, que podemos pro-teger o corpo das doenças ao criar ligações físicas com o campo energético da Terra; e a terceira é que existe uma relação entre decepções amorosas e doenças cardíacas.

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Fiquei tão emocionado com a experiência de Tommy que con-fessei a ele que trocaria todas as minhas realizações por um único dia no Céu. Acho que nesse momento Tommy percebeu que eu acreditava nele.

O que aconteceu com Tommy foi uma experiência extraordi-nária, uma interação com entidades divinas que levou a revela-ções profundas, verdadeiras e universais sobre a saúde e a cura. O mais incrível é que as leis reveladas são específicas e se relacio-nam ao que eu vinha dizendo a meus pacientes havia anos.

Entre essas leis estava a necessidade de aprender a ter fé e a deixar o medo de lado. Tommy descobriu que estamos todos co-nectados e que tudo o que fazemos de bom ou de ruim tem efeito multiplicador. Aprendeu que tudo é energia, que nossas ações de-terminam o futuro da Terra, que precisamos cuidar do corpo, que nossos pensamentos são poderosos, que temos anjos da guarda, que devemos deixar nossos sentimentos aflorarem e que a única coisa que importa na vida é o amor incondicional. Essas são as lições e mensagens que guiaram o retorno de Tommy à vida.

Nós dois compartilhamos esse material com médicos, tera-peutas, amigos e familiares. Todos ficaram encantados, sentiram vontade de mudar suas vidas e passaram a se valer dessas infor-mações sagradas, o que nos fez perceber que precisávamos ofe-recer ao mundo esse presente em forma de conhecimento sobre a cura. Concluímos que a melhor maneira seria por meio de um livro que alcançasse um grande público. E assim começou a par-ceria que nos trouxe até aqui. Conversamos muito sobre a EQM de Tommy e sobre minhas experiências como cardiologista, que legitimavam o que ele dizia. Resolvemos estruturar os capítulos explicando como se deu a revelação das 8 leis espirituais no Céu e depois mostrando como a ciência valida essas informações com base em artigos publicados em periódicos de renome. Além disso, incluímos as ações, afirmações e exercícios que você pode come-

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çar a implementar imediatamente para alcançar os objetivos do capítulo. Com isso, você aprenderá a evitar problemas de saúde, a curar os que aparecem e a permanecer saudável durante seu pe-ríodo na Terra. Entre outros temas, tratamos aqui de alimentação, saúde, cura, amor, medo e o caminho em busca de um propósito.

Com o conhecimento das 8 leis espirituais da saúde e suas apli-cações, você será capaz de descobrir e utilizar toda a sua energia espiritual. Leia este livro com a mente aberta e sua vida será mais plena e saudável.

Dr. Stephen T. Sinatra

PARTE I

O CÉU

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CAPÍTULO 1

FOI UM ACIDENTE... OU NÃO FOI?

Foi de repente.Por volta das 9 horas de uma noite fria em março de 1999,

eu estava voltando para casa depois de comprar uma bisnaga numa padaria a alguns quarteirões do meu prédio. Eu fazia aque-le trajeto todos os dias havia dez anos. Sempre precisava comprar uma coisa ou outra e gostava de caminhar à noite para relaxar depois de trabalhar por 12 horas (sou bombeiro hidráulico). A padaria ficava aberta até as 10 da noite, então era o lugar perfei-to para ir quando eu queria espairecer. As ruas eram seguras e não costumavam ter assaltos, embora às vezes alguns motoristas apressados furassem sinais vermelhos e não respeitassem as pla-cas de sinalização.

Eu me considero uma pessoa bastante observadora. Estou sempre andando pelo meu bairro, geralmente a pé. Tinha o há-bito de olhar para os dois lados na hora de atravessar a rua, mas naquela noite foi diferente. Talvez eu estivesse com a ca-beça na lua, pensando no trabalho que precisaria fazer no dia seguinte. Para ser franco, não me lembro nem da caminhada em si. Quando percebi o que estava prestes a acontecer, já era tarde demais.

Eu estava no meio-fio, pronto para atravessar a rua, quando um carro com os faróis apagados surgiu do nada e me acertou em cheio. Quando caí, arrastei pernas, tronco, ombros e cabeça

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pelo asfalto. O atrito dilacerou minha pele e meus músculos a tal ponto que os ossos ficaram praticamente expostos.

Eu tinha 40 anos. E morri.

Até esse terrível acidente, eu tinha uma vida normal. Minha fa-mília era católica praticante. Cresci em Riverdale, região de ir-landeses e judeus do Bronx. Frequentei uma escola católica e fui um bom estudante. Depois das aulas, saía para me divertir com os amigos. Com poucas atividades organizadas e sem os pais em cima, nós brincávamos à vontade na rua: andávamos de bicicleta e jogávamos beisebol, futebol e hóquei.

Minha família morava num prédio ao lado de um terreno bal-dio onde eu vivia brincando com os amigos. Riverdale era um ótimo lugar para crianças.

Eu ficava na rua até as 5 da tarde, hora em que meus pais me queriam em casa para jantar. Minha mãe era e ainda é uma ex-celente cozinheira que adora preparar as refeições para a família. Ela vivia dizendo: “Raspe o prato. Eu ralei muito na cozinha para fazer essa comida.” Na época eu tinha o tipo de corpo que as pes-soas chamam de “robusto”, maneira educada de dizer “gordo”.

No verão, meus pais me inscreviam na colônia de férias da escola católica. Mas eu fugia. Não gostava de regras. Preferia passar o tempo no clube do bairro, onde havia uma piscina olímpica. Meus amigos tinham a chave para abrir o lugar, então eu nadava depois que ele fechava. Competi em provas locais e até ganhei algumas medalhas de ouro. Eu me sentia à vontade na piscina. Na água você é mais leve e se sente menor do que quando está fora dela.

Sempre fui um garoto esforçado, pois gostava de ter meu di-nheiro e queria economizar para um dia comprar um carro. Aos 11 anos, comecei a entregar jornais nas portas das casas.

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Consegui uns 60 ou 70 clientes. Eu era confiável, por isso recebia boas gorjetas. Precisava me levantar às cinco e meia da manhã para preparar os jornais, então me acostumei a ter um horário de trabalho rigoroso ainda jovem. Os jornais tinham de estar nas portas até as sete. Aprendi a trabalhar duro e rápido, fazendo as entregas de bicicleta e, às vezes, a pé.

O dono da distribuidora era um alcoólatra que bebia tudo o que ganhava. Frustrada, certa vez sua mulher me pediu que recebesse o dinheiro dos clientes e o guardasse comigo. Fiz o que ela me pediu e passei a dar a ele apenas 50 dólares por semana. Eu me tornei o guardião do dinheiro da família porque ela confiava em mim.

Depois de cumprir minha rota diária, eu corria para casa e me arrumava para ir à escola. Todas as manhãs, fazia uma longa viagem de ônibus e costumava usar esse tempo para terminar os deveres de casa.

No inverno, o clube onde eu nadava se transformava numa pista de patinação. Foi lá que, aos 14 anos, consegui meu segundo emprego. Sempre adorei trabalhar, e aprendi todo o necessário para cuidar bem de uma pista de patinação. Dirigia a máquina de raspar gelo – o que era muito divertido –, ajudava as pessoas com os patins alugados e vendia pizza e refrigerante no estande.

A pista era o ponto de encontro mais popular da região. Famí-lias do bairro todo a lotavam nos fins de semana. Era a década de 1970, e as pessoas iam para lá se divertir e deixar as preocu-pações de lado. Na época, Nova York e seus arredores estavam em decadência, sofrendo cortes nos serviços que proporcionam qualidade de vida, como segurança, lazer e educação. Também era comum haver blecautes, deixando milhões de pessoas no es-curo. Com isso, havia muitos roubos e diversos edifícios foram incendiados.

Ali descobri que gostava de trabalhar com pessoas. Sou um sujeito sociável: nunca fui tímido, então puxava conversa com

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desconhecidos, e sou assim até hoje. Portanto, logo passei a co-nhecer quase todo mundo que aparecia para patinar.

Meus pais se esforçavam muito para poupar dinheiro e me transmitiram uma ética de trabalho e um senso de independên-cia muito fortes. Compravam tudo à vista e me ensinaram a agir da mesma forma. Eu economizava todo o dinheiro da entrega de jornais, mas sabia que, se quisesse mesmo aumentar minha poupança para comprar o carro dos meus sonhos, precisaria con-tinuar entregando jornais e trabalhando na pista de patinação.

Funcionou. A poucas semanas de tirar carteira de motorista, comprei o carro que tanto queria à vista com o dinheiro que eco-nomizei dos dois trabalhos. Fiquei orgulhoso de mim mesmo. Desde então tive muitos outros automóveis, mas até hoje aquele Mercury Cougar ano 1976 é meu predileto.

Usei o carro por um tempo, mas acabei dando-o para o meu pai, pois ele não tinha automóvel. Meu pai ia trabalhar de ônibus todos os dias, sem reclamar. Eu me senti muito bem comigo mes-mo quando lhe dei o carro de presente.

Não tínhamos muitas coisas, mas nunca me senti pobre. No Natal tínhamos ceia e trocávamos presentes, e de vez em quando viajávamos nas férias. Olhando em retrospectiva, fico maravilha-do com o que meus pais conseguiam fazer com salários tão baixos.

Quando não estava estudando ou trabalhando, eu ajudava em casa. Meus pais dependiam de mim. Nunca dei trabalho e sem-pre me considerei um “bom garoto”.

Quando terminei o ensino médio, chegou a hora de arranjar um emprego de verdade. Nunca cheguei a ir para a faculdade. Es-tava tão ocupado tomando conta das coisas em casa que não tive tempo nem oportunidade de continuar os estudos. Houve uma fase em que achei que deveria ser padre. No fim, decidi fazer um curso profissionalizante de bombeiro hidráulico, pois conhecia vários na região e eles pareciam viver bem. Eu tinha habilidades

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manuais e gostava de pessoas, qualidades importantes para esse trabalho, então essa acabou se tornando minha profissão.

Depois de um tempo como autônomo, montei um negócio com um velho amigo. Eu fazia as propostas e o planejamento das obras, e com isso comecei a ganhar bem. É claro que, se você está prospectando trabalhos, precisa lidar com alguns comportamen-tos inadequados, mas eu cumpria a minha parte com correção e gostava do que fazia. Era um bom bombeiro hidráulico – um cara normal tentando fazer seu trabalho da melhor maneira pos-sível, além de ajudar as pessoas.

Por sorte, consegui morar perto dos meus pais e estava orgu-lhoso de poder tomar conta deles, já que ambos estavam envelhe-cendo. Quando eu tinha 23 anos, minha avó me deu um terreno, então eu construí uma casa para ela. Ela morou lá por apenas três semanas antes de morrer. Foi triste, mas me senti realizado por ter conseguido dar a ela uma nova casa.

Minha criação teve uma influência positiva sobre mim. O bairro, as ruas e meus empregos ajudaram na minha formação. Eram tempos em que a família vinha em primeiro lugar, a hones-tidade era uma grande qualidade e os valores fundamentais eram o trabalho duro e o cuidado com o próximo. Tudo em torno disso remete a uma lembrança, a uma vida pela qual tenho apreço.

Então eu morri e fui levado para o Céu.

Não me recordo do que aconteceu naquela caminhada fatídica e, claro, não me lembro do atropelamento. Essas lacunas foram preenchidas tempos depois por outras pessoas. Segundo quem já passou por experiências como essa, é normal esquecer o que acontece pouco antes de ir para o Céu.

Durante o tempo que passei no outro lado, eu me encontrei com pessoas queridas e com anjos, vi Deus de relance e aprendi

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lições celestiais. Eu sabia que tudo aquilo era verdade, e não um sonho ou uma alucinação, mas sentia que as pessoas me consi-derariam louco se eu lhes contasse o que vi e vivi lá. Na verdade, eu até contei para minha mãe, mas ela revelou tudo ao padre, que disse que eu havia enlouquecido. Portanto, guardei a experiência por muitos anos. Eu nem sequer sabia por que tinha sido escolhi-do, pois me considero uma pessoa comum em todos os aspectos.

No entanto, hoje sei que Deus quer que eu compartilhe essa história para que você saiba não só o que esperar depois da morte, mas também como ter boa saúde em vida, começando hoje mesmo. Vou descrever tudo o que vi da melhor forma possível, mas quem já passou por uma EQM vai dizer que não existem palavras capazes de descrever a sensação de estar no Céu.

Depois de contar como é o outro lado, vou apresentar as 8 leis espirituais da saúde que me foram reveladas. Uma revelação é algo (ou um aspecto de algo) que talvez sempre tenha sido evi-dente, mas que poucas pessoas percebem ou entendem. Às vezes é uma verdade inspiradora ou um conhecimento recebido de uma fonte divina, como aconteceu comigo.

A essência dessas leis e as recomendações do Dr. Sinatra con-firmam que o corpo, a mente e o espírito são feitos da mesma energia. Albert Einstein já havia dito isso, mas no campo da física quântica: todas as coisas são feitas de energia vibracional.

Com um microscópio é possível ver que tudo é feito de um aglomerado de vibrações – energia em movimento – na forma de átomos. E isso vale para tudo: pessoas, animais, plantas, alimen-tos, rochas, pensamentos, emoções, etc.

Essas vibrações transmitem sensações diferentes, que podem ser boas ou ruins. Às vezes, andando na rua, você sente uma vibração. Um aumento na vibração pode transformar a depres-são em felicidade, o medo em fé, a doença em saúde. A energia emocional de uma pessoa, lugar ou coisa provoca vibrações que

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podem ser sentidas como positivas ou negativas. Às vezes você tem uma “sensação” boa ou ruim quando está perto de determi-nada pessoa. As vibrações anunciam quem somos e como nos sentimos em determinado momento.

A vibração, portanto, tem lugar especial em praticamente to-dos os aspectos de nossa vida, sobretudo na saúde – um princípio que foi revelado a mim no Céu e que é um dos fundamentos da abordagem do Dr. Sinatra. Para ser mais saudável, é preciso au-mentar a vibração por meio de ações e escolhas. Uma vibração mais alta é um ímã para resultados positivos, enquanto uma vi-bração baixa atrai resultados negativos.

Cada coisa vibra numa “frequência”, que é o número de vezes que algo percorre um trajeto em determinado período – por exem-plo, quantas vezes por minuto um pêndulo balança. Cada ida e vinda conta como uma vibração. Quanto mais rápida a vibração, mais alta a frequência, que é medida em hertz (Hz). Assim, 1 Hz significa uma vibração por segundo.

Alguns cientistas mediram a frequência dos órgãos do corpo humano. Segundo Mark Mincolla em seu livro Whole Health (Saúde integral), um cientista e inventor americano chamado Royal Raymond Rife mediu diversas frequências vivas nos anos 1920 e 1930. O coração, por exemplo, vibra supostamente a uma frequência de 67 a 70 Hz; os pulmões, de 58 a 65 Hz; e o cé-rebro, de 4 a 30 Hz. Um corpo humano saudável tem frequência média de 62 a 72 Hz. Rife e outros cientistas da época acharam que, com a queda da frequência, o sistema imunológico ficava vulnerável à invasão de patógenos – como parasitas, bactérias, vírus e fungos –, agentes que não só afetam o funcionamento do corpo, mas depositam toxinas prejudiciais na corrente sanguínea.

Muitos cientistas e médicos estão começando a acreditar que é possível eliminar patógenos de forma segura com medidas que aumentem a vibração. Segundo o relatório de 2002 do periódico

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Townsend Letter for Doctors and Patients, pesquisas com huma-nos provaram que a exposição a frequências de 20 Hz a 50 Hz pode ajudar no crescimento e na regeneração de ossos quebra-dos, além de deixá-los mais fortes.

Certas intervenções no corpo e na mente podem aumentar a vibração. É o caso, por exemplo, do pensamento positivo. Por ou-tro lado, o pensamento negativo pode diminuí-la. Assim, é possí-vel mudar os pensamentos e sentimentos para estimular a saúde.

O maior desafio é se comprometer a pensar sempre positivo. Desde a infância, muitas pessoas são programadas para sentir baixa autoestima, falta de confiança, medo, carência, etc. No en-tanto, aumentando a vibração é possível sentir melhora na saúde, evolução espiritual, perspectivas mais positivas, etc. É isso que eu vou lhe ensinar a fazer. Essa técnica produz diversos benefícios: elimina a energia negativa, permite que o corpo cure a si mesmo e reprograma o subconsciente para agir com mais positividade. Você passa a acreditar em si, a achar que merece ser feliz e ter saúde e a sentir que é capaz de realizar qualquer coisa.

Como chegar a esse ponto?A resposta está nas 8 leis espirituais deste livro e nas práticas

médicas que as validam. As leis – e suas aplicações na vida real – mostrarão como entender, aumentar e usar a vibração para me-lhorar sua saúde e, com isso, sua vida.

Apesar de essas verdades terem sido reveladas a mim, elas ser-vem para todos. Portanto, vamos ver juntos como é o Céu – nos-so verdadeiro lar.

Espero que essa jornada seja tão transformadora para você quanto foi para mim.

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