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www.marx.org/portugues

ESTATUTOSdo Partido Comunista

do BrasilDireito e deveres dos membros do Partido

Preço para todo o Brasil :%

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Data provável: 13 de novembro de 1945

Estatutos do Partido Comunista do Brasil

P R O J E T O D E R E F O R M A DECLARAÇÃO DE PRINCÍPIOS

0 PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL, ff)artido da classe operária, composto principalmente de trabalhadores, luta pela conquista da completa emancipação económica, política e social do B rasil; por conseguir para o povo as garantias da mais anipla e efetiva democracia; por melho­rar as condições de vida, trabalho e cultura da classe ope­rária e de toda a população laboriosa, até chegar a abolir todas as form as de exploração e opressão; e por assegu­rar 0 sempre maior desenvolvimento e progresso do país e de suas forças de produção.

0 PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL trabalhará para pôr termo à exploração do país pelo capital estran­geiro colonizador e pelas forças reaçionáriasi internas — quaisquer que sejam as formas por que se manifeste: sejam monopólios, concessões, privilégios ou empréstimos contrários ao interesse nacional — reivindicando o direito de defender, acima de qualquer outra consideração, os su­premos interesses do povo do Braáil, sua existencia como tal, sua liberdade e seu futuro.

0 PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL realizará, tambem, um trabalho ativo e tenaz para a defesa da paz e da cooperação entre as nações e pelo fortalecim ento da unidade mundial dos povos, mantendo relações fraternair com todos os movimentos de libertação nacional e com ‘ movimento mundial contra as guerras de conquista e a ey ploração colonial.

0 PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL lutará pela exploração da terra por métodos modernos, .pela divisão e entrega gratuita à massa camponesa das terras abando­nadas, principalmente nas proximidades dos grandes cen­tros, pela difusão e ajuda à pequena propriedade agrícola e pela liquidação do regime semi-feudal a que vivem sub­metidos os camponeses, trabalhadores agrícolas, agrega­dos, meieiros, rendeiros, moradores, colonos, peões de es­tancia — defendendo os inter-esses vitais da agricultura brasileira contra a usura e o estado de barbarie e obscu­rantismo reinante no cam po.

0 PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL lutará, por todos os meios ao seu alcance, pela vigência das liberdaàes públicas e das garantias do cidadão, inerentes a todo re­gime autenticamente democrático; lutará pela vitoria e pleno desenvolvimento da democracia; lutará por uma carta constitucional democratica e por que seja rigorosa-'' mente respeitada e cumprida, opondo-se, com tenacidade, e toda tentativa de esmagar ou restringir as liberdadesY ií> lo Q íí 0*1^^ H íí

o PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL lutará peia defesa do lar e da família, trabalhando para que cada lar se veja livre da miséria e das doenças que dizimam a nos­sa população e para que cada fam ília conte com os recur­sos indispensáveis do trabalho bem remunerado para a sua subsistência e uma vida fe liz .

0 PARTIDO COMUNISTA DO B RA SIL lutará, tam­bém, i>ela emancipação da mulher, pelo reconhecimento de todos os direitos que lhe são negados; lutará pela pro- teção à infancia, à velhice e aos inválidos; lutará pela de- esa da juventude, de sua educação, saude e bem-estar; utará pelo desenvolvimento da ciência, da arte e da cul­tura.

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A \

0 PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL lutará por um g-overno genuinamente pqpular, cuja norma de ação seja realizar um prog^rama mínimo de união nacional, en­cabeçando o povo no combate pelo esmagamento político e moral dos remanescentes da reação e do fascismo.

A missão do PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL será 0 prossegnimento da heróica luta revolucionária que o no.sso povo vem realizando pela liberdade e o progresso do ipaís, iniciada no Brasil-Colonia, marcadamente por Ti- radentes, e continuada por muitos outros até nossos dias, para o que trabalhará sem descanso ípela unidade da clas­se operária e peía unidade nacional, visando sempre o progresso e a independencia do Brasil e a liberdade, a cul­tura e o bem-estar do seu povo, no caminho do desenvolvi­mento histórico da sociedade para a abolição de toda ex­ploração do homem pelo homem, com o estabelecimento da propriedade social dos meios de produção.

Para atingir esse fim, o PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL estabelece as normas básicas de sua organização, nos seguintes

E S T A T U T O S CAPÍTULO I

Do nome, da finalidade, do emblema, do domicílio

Art. 1 — 0 PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL, fundado em 25 de março de 1922, no Rio de Janeiro, é umai:^ sociedade civil, que existe por tempo indeterminado, rarai- ficando-se por todo o território nacional. ^

Art. 2 — 0 Partido Comunista do Brasil, vanguardaf política da classe operária, é um só todo organizado, co^ , so i ela disciplina consciente, igualmente obrigatoria pf'~j todos os membros do Partido, e tem como objetivo s? '

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rior organizar e educar as massas trabalhadoras do Bra­sil, dentro do® princípios do marxismo-leninismo.

Art. 3 — O emblema do Partido Comunista do Brasil é constituído pela reipresentação de uma foice e um mar­telo cruzados, no campo de um círculo, acima da legenda inscrita em quarto de coroa: PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL.

Art. 4 — Para os efeitos legais, a sede do Partido Comunista do Brasil será na Capital da República, repre- sentando-o seu Secretário Geral.

Art. 5 — 0& membros do Partido Comunista do Bra­sil não respondem subsidiariamente pelas obrigações Ovssu- midas pelo Partido.

CAPÍTULO II Dos membros do Partido

Art. 6 — Membro do Partido é todo aquele que acei­ta 0 âeu programa, os seus estatutos e a sua disciplina, está incorporado e atua em um de seus organismos, paga as contribuições a que está obrigado e realiza na prática e as resoluções do Partido.

§ 1 — No Partido não pode haver membro inativo, íalvo com autorização do Comité Estadual respectivo, ou do Comité Nacional.

§ 2 — Os membros dò Partido, por motivo de mudan­ça de residencia ou de local de trabalho, serão transfe ri­dos de organismo segundo as normas estabelecidas pelo Comité Nacional.

A rt. 7 — Poderá ser admitido como membro do Par- -■-ido todo cidadão brasileiro, nato ou naturalizado, maior

18 anos, independentemente de sua raça, côr, sexo ou iça religiosa, com a condição de que reconheça o papel

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histórico do proletariado e demonstre comprovada lealda- d-e à classe operária,

§ Único — Os menores de 18 anos poderão ser acei­tos como membros do Partido, desde que vivam do pró­prio trabalho.

A rt. 8 — Para ingressar no Partido, o candidato de- ■'■e ser prqpostu por um membro que tenha, no mínimo, um ano de militancia partidaria. A proposta de admissão, as­sinada por proposto e proponente, será por este encami­nhada ao organismo de base a que pertença, para, discus­são e resolução. 0 candidato aceito paissa a ser considera­do membro do Partido depois de prestar, perante a as­sembleia daquele organismo, o seguinte juram ento:

“ Prometo a mais firm e lealdade e completa dedicação aos sagrados interesses da classe oi>erá- ria e do povo. Prometo, assim, trabalhar ativa- mente pela defesa da democracia e da paz, pela derrota definitiva do fascismo, pelo desapareci­mento de todas a« form as de opressão nacional e de exploração do homem, até o estabelecimento do socialismo. Com este objetivo, juro solenemente permanecer fiei aos princípios do Partido Comu­nista do Brasil; lutar, dentro do máximo de mi­nha capacidade, que -procurarei aumentar sempre, pela sua unidade e- pelo seu crescimento; traba­lhai*, incansaivelmonte, no cumprimento do seu program a.” ’

CAPÍTULO III Dos direitos e deveres dos membros do Partido

A rt. 9 — 0 primeiro dever de todo membro do Par­tido é enquadrar todos os atos de sua vida pública e p‘ *

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•vada dentro dos princípios e do programa do Partido e ajustar estritamente sua conduta partidária à observancia fiel de seus estatutos e regulamentos.

A rt. 10 — Todo membro do Partido tem o dever de zelar, intransigentemente, pela unidade do Partido, de lu­tar, com energia, contra a menor tentativa de ação fra - cionista, ou de cisão, observando, sem vacilações, a disci­plina ipartidaria.

A rt. 11 — Todo membro do Partido é obrigado a per­tencer ao sindicato de sua profissão, ou outra organização de massas relacionadas com seu trabalho ou atividade, de­vendo respeitar as decisões democráticas que alí se tomem e concorrer, por todas as demais form as possíveis, para o fortalecimento e desenvolvimento da organização.

A rt. 12 — Todo membro do Partido, com direito a aufragio, deve alistar-se e votar, em todas as eleições que se realizem, nos candidatos, listas, ou legendas indicados pelo Partido.

A rt. 13 — Nenhum membro do Partido pode manter relações pessoais, familiares ou políticas com trotzkistas ou com outroá inimigos reconhecidos do Partido, da classe operária e do povo.

A rt. 14 — Todo membro do Partido tem o direito e o dever de participar, dentro dos princípios partidários e das normas estatutarias, na elaboração da linha política do Partido e das resoluções do organismo a que pertence.

§ tJnico — Tomada uma resolução, num organismo do Partido, a discussão sobre o assunto a que se refere só poderá ser reaberta por decisão da maioria do mesmo or­ganismo, ou de orgão dirigente superior.

A rt. 15 — Todo membro do Partido tem o direito de ’eg€r e ser eleito para os orgãos dirig-entes do Partido.

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Art. 16 — Todo membro do Partido tem o direito de criticar, em reuniões do Partido, qualquer membro deste.

Art. 17 — Todo membro do Partido tem o direito de exigir a sua participação pessoal sempre que se trate de resolver sobre sua atuação ou conduta.

Art. 18 — Todo membro do Partido tem o direito de apelar de decisão disciplinar a seu respeito ipiara os orgãos superiores, podendo ir, inclusive, até o Congresso Nacio­nal do Partido.

Art. 19 — Os pedidos de licença ou renuncia dos mi­litantes que ocupem cargos de responsabilidade só podem ser concedidos pelo organismo ante o qual são responsá­veis, após consulta aó organismo imediatamente superior.

CAPÍTULO IV Das medidas disciplinares individuais

A rt. 20 — Os membros do Partido çjodem ser puni­dos por violação dos estatutos e regulamentos, por infra- fão à disciplina, por irregularidades financeiras, por con­duta ou atos contra a classe operária, ou que prejudiquemo prestígio e influencia do Partido no seio da classe ope­rária .e do povo. Segundo a responsabilidade e importân­cia do militante e a natureza e gravidade das falsas que tenha cometido, a punição será de censura, de remoção do posto de resiponsabilidade, de censura pública e de ex­pulsão do Partido.

Art. 21 — 0 membro do Partido que, s«m motivo jus­tificado, atrasar-se durante 3 meses no pagamento de suas contribuições ficará privado dos direitos partidários até tornar-se quite.

A rt. 22 — 0 membro do Partido que, sem motivo justificado, atrasar-se durante 5 meses no pagamento de

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suas contribuições dev-e ser, por -escrito, notificalo dos ter­mos do A rt. 23 e convidado a normalizar sua situação fi­nanceira perante a organização.

A rt. 23 — 0 membro .do Partido que, &em motivo jus­tificado, não pagar as suas contribuições durante 6 meses, será .excluido do Partido pela organização de base a que pertence, podendo obter sua readmissão dentro dos 6 me­ses seguintes, desde que, ao solicitá-la, pague as contribui­ções atrasadas e não tenha, nesse periodo, desenvolvido atuação contrária à linha ipolítica do Partido ou aos inte­resses da classe operária e do povo.

A rt. 24 — Qualquer pessoa, pertença ou não ao Par­tido, pode apresentar acusações contra membros deste, en- \âando-as por escrito à célula respectiva, ou a qualquer Comité do Partido. As partes gozarão do mais amplo di­reito de palavra e de prova, inclusive o de invocar teste­munhas e fazer declarações ip-erante Comissões do Par­tido a que tais casos sejam entregues.

Art. 25 — Os membros do Partido que comprovada- mente atraiçoem a classe operária e a confiança neles de­positada, por essa classe e pelo Partido; os realizadores de trabalho de fração; os ebrios contumazes: os que derem prova de degenerescencia moral; os que realizem atos de awnturismo ou de degradação de classe (lum pen); os pro­vocadores, os terroristas, os pregadores e praticamentes da luta de grupo como método de ação do Partido e da classe operária, e, em geral, aqueles que, com sua atitude incorrigivel, vivam prejudicando o Partido e, portanto, a classe qperária e o povo, serão sumariamente afastadas de seus postos, expulsos do Partido e desmascarados pu­blicamente.

A rt. 26 — As medidas disciplinares individuais po­dem ser aplicadas por qualquer dos orgãos dirigentes do

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Partido contra qualquer membro sob sua jurisdição, salvo a de expulsão, que pode ser proposta, discutida e aprovada desde a base do Partido, mas ,só pode ser efetivada depois de sua aiprovação pelo Comité Estadual competente, ou por orgãos superiores.

§ Único — Um membro do Comité Nacional pode ser, por esse orgão, excluído do seu seio ou expulso das fileiras do Partido, somente quando o Comité Nacional Pleno, con­vocado para resolver sobre a aplicação de tal medida, a aprove, por maioria de dois terços de votoa de sua assem- fcjéia.

■ CAPÍTULO V Da estrutura do Partido

Art. 27 — 0 princípio diretor da estrutura org-anica do Partido é o centralismo democrático,-que significa:

a) Carater eletivo, sem exceção, de todos os orgãos dirigentes do Partido;

b) Obrigação dos orgãos dirigentes do Partido de prestarem periodicamente informações sobre sua atividade e conduta ante as respectivas organizações do Partido;

c) Disciplina estrita dé Partido e subordinação da minoria à maioria;

d ) Respeito e subordinação incondicionais, por parte dos organismos inferiores, às resoluções dos organismos superiores;

e) Crítica e auto-crítica em todos os orgãos e orga­nizações do P artido .

Art .2 8 — 0 esquema de organização do Partido Co­munista do Brasil é o seguinte:

a) Orgãos dirigentes nacionais: Congresso Nacio-^> nal. Conferencia Nacional, Comité Nacional; •

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b) Orgãos dirigentes em cada Estado ou Território: Conferencia Estadual ou Territorial. Comité Estadual ou Territorial;

c) Orgãos dirigentes em cada Zona: Conferencia de Zona, Comité de Zona;

d) Orgãos dirigentes em cada Municipio: Conferen­cia Municipal, Comité Municipal;

e) Orgãos dirigentes em cada Distrito: Conferencia Distrital, Comité Distrital;

f ) Orgãos dirigentes em cada empresa ou bairro: Assembléia de célula, Secretariado de célula.

§ Único — Os orgãos dirigentes no Distrito Federal são designados: Conferencia Metropolitana. Comité Me­tropolitano.

Art. 29 — 0 sistema de subordinação, de resonsabili- dade e de apelação das decisões do Partido, é o seguinte: Secretariado de Célula, Assembléia de Célula, Comité Dis­trital, Conferencia Distrital, Comité Municipal, Conferen­cia Municipal, Comité de Zona, Conferencia de Zona, Co­mité Estadual, Conferencia Estadual, Comité Nacional, Conferencia Nacional, Congresso Nacional.

Art. 80 — A Assembléia de Célula elege um Secre­tariado, e as Conferencias e o Congresso elegem Comités que funcionam como seus orgãos executivos, e, assim, di­rigem todo 0 trabalho das- organizações respectivas.

Art. 31 — Dentro das resoluções superiores do Par­tido, cada organização tem o direito de exei*cer uma am­pla e completa iniciativa nos assuntos de sua jurisdição.

A rt. 32 — O Comité Nacional fornecerá a todos os demais orgãos dirigentes do Partido documentos que as-

•«ínalem o ambito de suas respectivas jurisdições.

CAPÍTULO VI Dos orgãos dirigentes nacionais

Art .3 3 — O orgão máximo do Partido Comunista do Brasil é o seu Congresso Nacional. Este Congresso deve reunir-se, ordinariamente, de dois em dois anos, convoca­do pela Comité Nacional, para:

a) Discutir e adotar resoluções sobre os informes do Comité Nacional;

b) Estabelecer a linha geral, política e organica, do Partido e tomar todas as resoluções fundamentais neces­sárias à vida do Partido;

c) Eleger o Comité Nacional do Partido.Art. 34 — Podem reaJizar-se Congressos Nacionais

extraordinários, por iniciativa do Comité Nacional, ou por pedido de um número de organizações do Partido, que ex­prima pelo menos dois terços do total de membros do Par­tido.

Art. 35 — O Congresso Nacional é constituído p-elos delegados eleitos nas Conferencias Estaduais. 0 número de delegados, por Estado, depende do número de membros e da importancia da organização estadual. 0 Comité Na­cional fixa as bases dessa representação.

Art. 36 — Durante os dois meses anteriores a cada Congresso se discutirão, ao mesmo tempo, em todas as or­ganizações do Partido, toda a matéria e problemas impor- tantes que deverão ser debatidos nesse Congresso. Duran­te esse tempo, todas as organizações do Partido têm o di­reito e a obrigação de estabelecer decisões ou observações sobre os projetos de resoluções preparados pelo Comité Nacional para o Congresso. Os membros do Partido, igual­mente, gozam dos mais amplos direitos para reabrir dis­

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cussão sobre qualquer ponto da política do Partido, assim como sobre o trabalho dos Comités dirigentes e sobre sua futura composição.

A rt. 37 — As decisões do C on fesso são definitivas e não podem ser revogadas senão por outro Congresso. Todos os membros e organismos do Partido são obrigados a reconhecer a autoridade de suas decisões e a direção eleita (por e le .

A rt. 38 — 0 Congresso determina o número de mem­bros efetivos e suplentes do Comité Nacional. Só podem ser eleitos para esse Comité membros do Partido que te­nham, pelo menos, três anos consecutivos de atividade par­tidária. Nas reuniões do Comité Nacional Pleno os su­plentes têm direito à voz, porém não a voto. 0 suplente tem direito a voto nas reuniões do Comité Nacional a que compareça em substituição a um membro efetivo ausente.

A rt. 39 — No intervalo entre do is Congressos, o or- gão dirigente máximo do Partido é o Comité Nacional. Ele é responsável pela aplicação dos estututos e tem a obri­gação de pôr em prática a ,política geral adotada pelo Con­gresso do Partido. 0 Comité Nacional representa todo o Partido e tem plenos poderes, entre doi« congressos, para tomar resoluções sobre qualquer problema que se apresen­te ao Partido. Organiza e controla as diferentes comissões,. dirigindo-lhes todo o trabalho político e organizativo; no­meia e remove os dirigentes da imprensa nacional do Par­tido, que trabalham sòb sua orientação e controle; desi­gna os candidatos do Partido aos cargos eletivos em todoo país; organiza e orienta todo o Partido em face dos pro­blemas e empreendimentos de importancia; distribue as forças do Partido e cuida de suas finanças.

A rt. 40 - - 0 Comité Nacional deve r-eunir-se, no mí­nimo, de quatro em quatro meses e ipode, quando o consi-

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dere oportuno, convocar Conferencias Nacionais, auxilia­res do Comité Nacional, e cujas bases de representação se­rão por ele estabelecidas. A Conferencia Nacional será constituída de delegados eleitos em reuniões plenas dos Comités Estaduais. Suas resoluções são válidas somente depois de ratificadas pelo Comité Nacional. A Conferen­cia pode, entretanto, independentemente de aprovação do Comité Nacional, substituir até uma quinta parte dos mem­bros efetivos do Comité Nacional, por suplentes deste, e completar por eleição o número de suplentes.

Art. 41 — O Comité Nacional elege, em seu seio, uma Comissão Executiva e um S-ecretario Geral, e designa os Secretários e Comissões que se tornem necessários para o desenvolvimento eficaz de todo o trabalho de direção.

1 — 0 Comité Nacional fixa o número de membros da Comissão Executiva. Para ser membro dessa Comissão, assim como para poder ser dirigente de qualquer publica­ção nacional do Partido, é necessário haver levado uma vida partidária ativa pelo menos durante 5 ános conse­cutivos .

2 — A tarefa da Comissão Executiva é a de executar as decisões e o trabalho do Comité Nacional, entre duas de suas reuniões. A Comissão Executiva é responsável por todas as suas decisões ante o Comité Nacional.

3 — 0 Secretário Geral do Partido faz parte, por, di­reito próprio, das Comissões a que se refere este artigo.

4 — O Secretário Geral do Partido e os demais secre­tários a que se refere este artigo constituirão o Secreta­riado Nacional, que funcionará como direção operativa diaria do Partido.

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CAPÍTULO VII Das medidas disci-plinnres sohre organizações do Partido

A rt. 42 — O não cumprimento das resoluções do Par­tido, e outras faltas graves, atentatórias da unidade e da disciplina partidarias, por parte de qualquer organização do Partido, serão punidas, em primeiro lugar, com uma advertencia e, se esta não é acatada, com a dissolução da organização.

A rt. 43 — As infrações à disciplina por parte dos Comités e S^retariados do Partido serão punidas com a dissolução desses orgãos, devendo o organismo superior imediato promover a realização de eleições rara reorga­nizá-los .

CAPÍTULO VIII Das finanças em geral

A rt. 44 — Os recursos financeiros do Partido são constituídos pelas contribuições dos seus membros, pelos lucros das empresas do Partido e por outras entradas e rendas eventuais.

A rt. 45 — A Comissão Nacional de Finanças e um Tesoureiro, designados pelo Comité Nacional, e perante' ele imediatamente responsáveis, terão a seu cargo tudo que se relacione com a administração dos fundos do P artido. Os Comités Estaduais, de Zonas, Municipais, Distritais, e os Secretariados de Células, designarão, tambem, seus res­pectivos encarregados de finanças.

A rt. 46 — Os membros do Partido pagarão regular­mente uma mensalidade mínima de Cr$ 2,00, salvo as ex- ceções seguintes:

a) Os trabalhadores do campo, e as mulheres que

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trabalhem exclusivamente como donas de casa pagarão uma contribuição mínima mensal de Cr$ 1,00:

b) Os que percebam um salário que varie entre Cr$ 500,00 e Cr§ 1.000,00 mensais (inclusive), pagarão1 % de seu salario mensal;

c ) Os que percebam um salário que varie entre Cr$1.000.00 e Cr| 2.000,00 mensais (inclusive) pagarão 2% de seu salário mensal;

d) Os que percebem um salario superior a Cr$2.000.00 pagarão 3 % de seu ordenado mensal.

§ Único — Os militantes, que tenham compromisso de contribuições extraofdinarias com o Comité Nacional ou Estadual, ainda assim pagarão a contribuição mínima em seus organismos de base.

A rt. 47 — 0 Comité Nacional reservará, para as des­pesas nacionais do Partido, 60 % dos recebimentos pro­venientes das contribuições ordinárias -e distribuirá os restantes 40 % entre os Comités Estaduais, de Zonas, Mu­nicipais, Distritais, e Secretariados de Células, dentro das normas que sejam estabelecidas.

A rt. 48 — 0 Comité Nacional e, com previa autori­zação do orgão imediatamente superior, os demais orgãos dirigentes, poderão, dentro de suas jurisdições, estabelecer contribuições extraordinárias, em carater provisório, com o fim de suprir determinadas necessidades financeiras.

A rt. 49 — 0 Comité Nacional poderá desenvolver to­das a$ atividades licitas que julgue oportunas, afim de reu­nir fundos para ocorrer às necessidades do Partido.

A rt. 50 — A situação financeira do Partido será con­trolada através do exame e aprovação dos balanços do Co­mité Nacional, dos Comités Estaduais, de Zonas, Munici­pais, Distritais, e dos Secretariados de Células, pelo Con- gi’esso, Conferencias e Assembléias de Células respectivos.

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CAPÍTULO IX

Da reforma ãos -Estatutos

Art. 51 — Estes estatutos poderão ser reformados :a) Por decisão do Congresso Nacional, sempre que

o projeto de reforma tenha sido divulgado na imprensa do Partido e nos* boletins de discussão do Comité Nacional com pelo menos 30 dias de antecedencia sobre a abertura do Cong-rèsso;

b) Mediante resolução do Comité Nacional, quando a reforma tenha como objeto acatar novas leis do país.

A rt. 52 — As reformas que o Comité Nacional levar a efeito serão ipublicadas na imprensa do Partido e vigo­rarão até que o Congresso do Partido resolva em defini­tivo sobre elas.

CAPÍTULO X

Dos regulamentos do Partido

Art. 53 — Com o fim de estabelecer normas e proce­dimentos uniformes para o funcionamento eficaz dos di­versos organismos do Partido, o Comité Nacional ditará, de acordo com os presentes Estatutos, os regulamentos ne­cessários. Estes regulamentos poderão ser modificados, toda vez que o Comité Nacional o considere conveniente, ou quando o Congresso Nacional assim o resolver.

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‘•o r o v o TEKÁ EXFIM O SEU JORNAL,

“ A TRIBUNA POPULAR” QUE RECLAM A-

\ A E DE ONDE PODERÁ EXPOR SUAS

REIVINDICAÇÕES D E J i A T E R "O S -s-

GRAXDES PROBLEM AS NACIONAIS QUE

SÓ ELE PODE DE FATO RESOLVER.”

Luiz Carlos Prestes

LUIZ CAELOS PEESTES