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ESTADO DO AMAP ASSEMBLIA LEGISLATIVA

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR N 0005/10-GEAAutor: Poder Executivo Dispe sobre o Estatuto dos Militares do Estado do Amap em consonncia com as disposies do art. 142, 3. Inciso X e art. 42, 1, da Constituio Federal e d outras providencias.

A Assemblia Legislativa do Estado do Amap decreta: TTULO I GENERALIDADES Art. 1. O presente Estatuto dispe sobre a situao, obrigaes, deveres, direitos, garantias, prerrogativas e atribuies dos Militares do Estado do Amap. Art. 2. A Polcia Militar, instituio permanente, fora auxiliar e reserva do Exrcito Brasileiro, organizada com base na hierarquia e disciplina militares, subordina-se ao Governador do Estado do Amap, tem atribuio de realizar policiamento ostensivo fardado, a preservao da ordem pblica e outras previstas em lei. Art. 3. O Corpo de Bombeiro Militar, instituio permanente, fora auxiliar e reserva do Exrcito, organizado com base na hierarquia e disciplina militares, subordina-se ao Governador do Estado do Amap e tem como atribuio os servios de preveno e extino de incndio, proteo, busca e salvamento, bem como socorro de emergncia, coordenao da defesa civil, fiscalizao dos servios de segurana contra incndio e pnico no Estado, e outras previstas em Lei. Art. 4. Os integrantes da Polcia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, em razo da destinao constitucional, constituem uma categoria especial de servidores pblicos Estaduais, denominados Militares Estaduais. 1. Os Militares Estaduais encontram-se numa das seguintes situaes: I - na ativa: a) os servidores militares de carreira; b) os alunos dos Cursos de Formao; c) os componentes da reserva remunerada quando convocados. II - na inatividade: 1

a) os militares na Reserva Remunerada, porm sujeitos, ainda, prestao de servio ativo mediante convocao; b) os reformados, quando, tendo passado por uma das situaes anteriores, estejam dispensados, definitivamente, da prestao de servio na ativa, mas continuam a perceber remunerao. 2. Os Militares Estaduais de carreira so os que, no desempenho voluntrio e permanente do servio militar tm estabilidade assegurada ou presumida. Art. 5. O servio Policial e Bombeiro Militar consistem no exerccio das atividades inerentes sua Instituio, compreendendo todos os encargos e atribuies previstas na legislao em vigor. Art. 6. A carreira militar caracterizada por atividade continuada e inteiramente devotada s finalidades precpuas, denominada atividade militar. 1. A carreira do militar estadual privativa do pessoal da ativa, iniciando-se com o ingresso nas Instituies e obedece seqncia de graus hierrquicos previstos nesta Lei. 2. A carreira de Oficial Militar Estadual privativa de brasileiro nato. Art. 7. So equivalentes as expresses: na ativa, em servio ativo, da ativa, em servio na ativa, em servio, em atividade ou em atividade militar, conferidas aos militares estaduais no desempenho de cargo, comisso, encargo, incumbncia ou misso, servio ou atividade militar, ou assim considerados, nas organizaes militares, como em outros rgos da Unio, Estados ou Municpios, quando previsto em lei ou regulamento. Art. 8. A condio jurdica dos militares estaduais definida pelos dispositivos constitucionais que lhes forem aplicveis, por esta lei e pela legislao que lhes outorguem direitos, garantias e prerrogativas e lhes imponham deveres e obrigaes. Art. 9. O disposto nesta lei, aplica-se no que couber aos militares estaduais da Reserva Remunerada e aos Reformados. Captulo I DO INGRESSO NA CARREIRA MILITAR Art. 10. O ingresso na carreira militar facultado a todos os brasileiros, mediante aprovao em concurso pblico, observadas as condies estabelecidas neste Estatuto e que preencham os seguintes requisitos: I - estar em dia com as obrigaes militares e eleitorais; II - estar no gozo de seus direitos civis e polticos; III - possuir, no ato da matrcula em curso de formao, nvel superior em estabelecimento de ensino reconhecido pelo MEC; IV - idade mnima de 18 (dezoito) anos e mxima de 30 (trinta) anos para os Quadros de praas e oficiais Combatentes e, para os demais Quadros, a idade limite ser fixada em legislao especfica;

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V - ter no mnimo 1,65m (um metro e sessenta e cinco centmetros) de altura, se masculino e 1,60m (um metro e sessenta centmetros) de altura se feminino; VI - no estar cumprindo pena privativa de liberdade em razo de sentena criminal condenatria transitada em julgado; VII - no ter sido isentado do servio militar por incapacidade fsica definitiva; VIII - ser aprovado nos exames intelectuais e ter aptido para a carreira militar, aferida atravs de exames mdicos, odontolgicos, fsicos e psicolgicos, que tero carter eliminatrio. 1. Para os Quadros de Oficiais de Sade e Complementar, o candidato dever apresentar diploma de curso de nvel superior, na especialidade exigida dentro de cada Quadro, emitido por instituio regulamentada pelo MEC. 2. Para o Quadro de Praas de Sade, o candidato dever apresentar diploma de curso de nvel superior e certificado de curso tcnico em enfermagem emitido por instituio regulamentada pelo MEC. 3. Para o ingresso no Quadro de Praas Msicos, alem dos requisitos previstos neste captulo, o candidato ser submetido a Exame de Aptido Tcnica. Art. 11. Para matrcula nos estabelecimentos de ensino militar, alm das condies estabelecidas no artigo anterior, necessrio que o candidato no possua antecedentes policiais ou criminais que o desqualifique para o cargo, e seja possuidor de boa conduta social e moral. Pargrafo nico. No caso de no aproveitamento e falta de freqncia no curso, exigidas em normas especficas do estabelecimento de ensino, ser o aluno desligado do curso de formao e excludo das respectivas Instituies. Captulo II DOS QUADROS Art. 12. As instituies militares sero compostas pelos seguintes quadros: I - Quadro de Oficiais: a) Quadro de Oficiais Combatentes (QOC); b) Quadro de Oficiais de Sade (QOS); c) Quadro de Oficiais da Administrao (QOA); d) Quadro Complementar de Oficiais (QCO); e) Quadro de Oficiais Msicos (QOM); f) Quadro de Oficiais Capeles (QOCP). 1. O Quadro de Oficiais Combatentes ser formado pelos Militares que tenham concludo com aproveitamento o curso de Formao de Oficiais PM/BM, nas academias de Polcia e Bombeiro Militar, e o respectivo estgio probatrio como Aspirante-a-Oficial de no mnimo seis meses, iniciando com o posto de 2 Tenente, 3

podendo alcanar o posto de Coronel, obedecendo aos critrios de promoo de Oficiais, regulados em Lei especfica. 2. O Quadro de Oficiais de Sade ser formado pelos profissionais de curso superior nas reas de sade, com reconhecimento do MEC, inscrito no Conselho Regional respectivo de sua rea, aprovados em concurso pblico e nomeados pelo Governador do Estado, iniciando com a nomeao no posto de 2 Tenente Estagirio para realizao de estgio probatrio, classificatrio para fins de antiguidade, aps seis meses sendo promovido ao posto de 1 Tenente, podendo alcanar o posto de Coronel, obedecendo aos critrios de promoes do quadro de Oficiais de Sade. 3. O Quadro de Oficiais de Administrao ser formado pelos 2 Tenentes, 1 Tenentes e Capites, cujo acesso ao primeiro posto ser entre os Subtenentes Combatentes e Msicos, estes ltimos oriundos do que prescreve o art. 137, que tenham ou no o Curso de Habilitao de Oficiais da Administrao, obedecendo aos critrios de promoo regulados em Lei especifica. 4. O Quadro Complementar de Oficiais ser formado por profissionais com curso superior nas diversas especialidades de acordo com a necessidade das Instituies regulamentadas em lei, com reconhecimento do MEC, inscrito no Conselho Regional respectivo de sua rea, aprovados em concurso pblico e nomeados pelo Governador do Estado, iniciando com a nomeao no posto de 2 Tenente Estagirio para realizao de estgio probatrio, classificatrio para fins de antiguidade, aps seis meses sendo promovido ao posto de 1 Tenente, podendo alcanar o posto de Coronel, obedecendo aos critrios de promoes do quadro Complementar de Oficiais. 5. O quadro de oficiais msicos ser formado pelos Subtenentes que tenham concludo com aproveitamento o curso de regncia Musical, iniciando com o posto de segundo Tenente podendo alcanar o posto de Capito, obedecendo aos critrios de promoo regulados em Lei especifica. 6. O quadro de oficiais capeles ser formado por sacerdotes catlicos apostlicos romanos e pastores evanglicos com curso superior, aprovados em concurso publico e nomeados pelo Governador do Estado, iniciando com a nomeao de 2 tenente Estagirio para realizao de estagio probatrio, classificado para fins de antiguidade, aps seis meses sendo promovido ao posto de 1 tenente, podendo alcanar o posto de capito, obedecendo aos critrios de promoes do quadro de oficiais capeles. II - Quadro de Praas: a) Quadro de Praas Combatentes (QPC); b) Quadro Especial de Praas (QEP); c) Quadro de Praas de Sade (QPS); d) Quadro de Praas Msicos (QPM). 1. O Quadro de Praas Combatentes ser formado pelos Militares que aprovados em concurso pblico, concludo com aproveitamento o curso de Formao de Soldado PM/BM e o respectivo estgio probatrio, que ter a durao de no mnimo 06 (seis) meses, a partir da data de concluso do curso e realizado em Unidades Operacionais, iniciando com a graduao de Soldado, podendo alcanar a 4

graduao de Subtenente, obedecendo aos critrios de promoo de praas, regulados em Lei especfica. 2. O Quadro Especial de Praas ser formado pelos Cabos, 3 Sargentos, 2 Sargentos, 1 Sargentos e Subtenentes, cujo acesso a primeira graduao, ser entre os soldados egressos do quadro combatente, que preencham os requisitos da legislao especfica. 3. O Quadro de Praas de Sade ser formado pelos militares aprovados em concurso pblico que possuam curso de nvel superior e curso tcnico nas reas de sade, reconhecido pelo MEC, inscritos nos respectivos conselhos regionais de sua rea e que tenham concludo com aproveitamento o Curso de Formao de Sargentos do Quadro de Sade PM/BM, de carter probatrio, eliminatrio e classificatrio, iniciando com a graduao de soldado do quadro de Sade, podendo alcanar a graduao de subtenente, obedecendo aos critrios de promoes de Praas. 4. O Quadro de Praas Msicos ser formado pelos militares aprovados em concurso pblico que possuam curso de nvel superior e curso tcnico na rea Musical, reconhecidos pelos competentes Conselhos e que tenham concludo com aproveitamento o estgio probatrio de carter eliminatrio e classificatrio, iniciando com a graduao de Soldado Musico, podendo alcanar a graduao de Subtenente Musico, obedecendo aos critrios da Lei de Promoo de Praas. Captulo III DA HIERARQUIA E DISCIPLINA MILITAR Art. 13. A Hierarquia e a Disciplina constituem a base institucional das Instituies e devem ser mantidas em todas as circunstncias da vida dos militares. A autoridade e a responsabilidade crescem com a elevao do grau hierrquico. 1. A hierarquia a ordenao da autoridade, em nveis diferentes dentro da estrutura da Instituio Militar, por postos ou graduaes. Dentro de um mesmo posto ou graduao, a ordenao se faz pela antiguidade nestes, sendo o respeito a hierarquia consubstanciado no esprito de acatamento a seqncia da autoridade. 2. A disciplina a rigorosa observncia e o acatamento integral das leis, regulamentos, normas e disposies que sustentem as instituies militares e coordenam seu funcionamento regular e harmnico. 3. A disciplina e o respeito hierarquia devem ser mantidos em todas as circunstncias pelos servidores militares em atividade ou na inatividade. Art. 14. Os crculos hierrquicos so mbitos de convivncia entre os militares da mesma categoria e tm a finalidade de desenvolver o esprito de camaradagem, em ambiente de estima e confiana, sem prejuzo do respeito mtuo, objetivando uma melhor estruturao na cadeia hierrquica e do exerccio de cargos e funes nas Instituies Militares. Pargrafo nico. A diviso da escala hierrquica em crculos hierrquicos, no veda a freqncia de militares em crculos diferentes, respeitandose os princpios da hierarquia e disciplina. 5

Art. 15. Os crculos e a escala hierrquica nas instituies militares estaduais so os fixados no Quadro e pargrafos seguintes: CRCULO DOS OFICIAIS OFICIAIS SUPERIORES CORONEL TENENTE-CORONEL MAJOR OFICIAIS INTERMEDIRIOS CAPITO OFICIAIS SUBALTERNOS PRIMEIRO-TENENTE SEGUNDO-TENENTE CRCULO DE PRAAS SUBTENENTES E SARGENTOS SUBTENENTE PRIMEIRO-SARGENTO SEGUNDO-SARGENTO TERCEIRO-SARGENTO CABOS E SOLDADOS CABO SOLDADO PRAAS ESPECIAIS FREQUENTA O CRCULO DE OFICIAIS SUBALTERNOS ASPIRANTE-A-OFICIAL EXCEPCIONALMENTE OU EM REUNIES SOCIAIS TEM ACESSO AO CRCULO DE OFICIAIS ALUNO-OFICIAL PRAAS EM SITUAO ESPECIAL EXCEPCIONALMENTE OU EM REUNIES SOCIAIS TM ACESSO AO CRCULO DE SUBTENENTES E SARGENTOS ALUNO DO CURSO DE FORMAO DE SARGENTOS FREQUENTA O CRCULO DE CABOS E SOLDADOS ALUNO DO CURSO DE FORMAO DE CABO E SOLDADO 1. Posto o grau hierrquico do Oficial, conferido por ato do Governador do Estado e confirmado pela Carta Patente e Apostilas. 2. Graduao o grau hierrquico da Praa, conferido pelo Comandante Geral da Instituio. 6

3. Os alunos de Curso de Formao de Oficial so denominados Praas Especiais. 4. Sempre que o militar da reserva remunerada (RR), ou reformado (RF), fizer uso do posto ou graduao, dever faz-lo com as abreviaturas respectivas de sua situao. Art. 16. A precedncia hierrquica regulada: I - pelo posto ou graduao; II - pela antiguidade no posto ou graduao, salvo quando ocorrer precedncia funcional estabelecida em lei. Art. 17. A antiguidade no posto ou graduao ser regulada: I - pela data da promoo; II - pela precedncia sucessiva dos graus hierrquicos anteriores; III - pela data de ingresso na corporao; IV - pela data de nascimento; V - pela antiguidade dos quadros. 1. Nos casos de nomeao de Oficial, de promoo graduao de terceiro Sargento, de cabo e de incorporao de soldado, prevalecer para efeito de antiguidade, a ordem de classificao obtida no respectivo curso de formao. 2. Para efeito de antiguidade dos Oficiais formados no mesmo ano e em diferentes Academias Militares, ser considerada a mdia final obtida nos respectivos cursos. 3. Em igualdade de posto ou graduao, os militares da ativa tm precedncia sobre os da inatividade. 4. Em igualdade de posto ou graduao, a precedncia entre militares da ativa e os da reserva remunerada, quando convocados, definida pela data de promoo. 5. A Antiguidade entre militares do mesmo posto ou graduao, mas de quadros distintos, ser definida pelo prescreve o caput deste artigo. 6. A Antiguidade sucessivamente, a seguinte: a) Quadro de oficiais: 1. Quadro de Oficiais Combatentes (QOC); 2. Quadro de Oficiais de Sade (QOS); 3. Quadro de Oficiais de Administrao (QOA); 4. Quadro Complementar de Oficiais (QCO); 5. Quadro de Oficiais Msicos (QOM); 6. Quadro de Oficiais Capeles (QOCp); b) Quadro de Praas: 1. Quadro de Praas Combatentes (QPC); 7 entre os quadros das corporaes ,

2. Quadro Especial de Praas (QEP); 3. Quadro de Praas de Sade (QPS); 4. Quadro de Praas Msicos (QPM). 7. Os alunos oficiais tem precedncia hierrquica sobre os subtenentes. 8. Os alunos dos Cursos de Formao de Sargento tero precedncia hierrquica sobre os cabos. 9. Os alunos do curso de formao de Cabos tero precedncia hierrquica sobre os soldados. Art. 18. As Instituies Militares mantero registro de todos os dados referentes ao pessoal da ativa e reserva remunerada, organizados em Almanaque, dentro dos respectivos quadros e escalas numricas. Pargrafo nico. Os Almanaques, um para Oficiais e outro para Subtenentes e Sargentos, contero, respectivamente, a relao nominal de todos os Oficiais, Subtenentes e Sargentos, em atividade, de acordo com seus postos, graduaes e antiguidade, dentro de suas respectivas instituies. Art. 19. Os alunos concluintes dos Cursos de formao de Oficiais sero declarados Aspirantes-a-Oficial nos respectivos Estabelecimentos de Ensino, e aps a realizao de Estgio Probatrio, sero nomeados ao primeiro posto do oficialato, por Ato do Governador do Estado, de acordo com regulamentao especfica. Pargrafo nico. A nomeao a que se refere este artigo independe de data de promoo. Captulo IV DO CARGO E DA FUNO MILITAR Art. 20. Cargo militar aquele que s pode ser exercido por servidor militar da ativa. 1. O cargo militar a que se refere este artigo o que se encontra especificado nos Quadros de Organizao das Corporaes Militares. 2. A cada cargo militar corresponde um conjunto de atribuies, deveres e responsabilidades que constituem as obrigaes do respectivo titular. 3. Os cargos militares devem ser providos e/ou exercidos por Militares pertencentes s Instituies do Estado, de graus hierrquicos e qualificao compatveis com as exigncias e atribuies inerentes aos mesmos. 4. A ocupao de cargos ocorrer unicamente no quadro a que pertencer o militar. Art. 21. O provimento de cargo militar se faz por ato de nomeao ou designao expressa da autoridade competente. Pargrafo nico. Consideram-se autoridades competentes, para fins deste artigo, o Governador do Estado e o Comandante Geral. 8

Art. 22. O cargo militar considerado vago a partir de sua criao e at que o militar nele tome posse, ou desde o momento em que o militar exonerado, ou que tenha recebido determinao expressa da autoridade competente, o deixe e at que outro militar nele tome posse de acordo com as normas de provimento previstas no artigo anterior. Pargrafo nico. Considera-se tambm vago o cargo militar, cujo ocupante tenha: I - falecido; II - sido declarado extraviado; III - sido considerado desertor. Art. 23. A funo militar o exerccio das obrigaes inerentes ao cargo militar. 1. So considerados no exerccio da funo militar, os Militares Estaduais ocupantes dos seguintes cargos: I - os especificados no Quadro de Organizao a que pertenam; II - os de instrutor ou aluno de estabelecimento de ensino militar, no Brasil e no Exterior, ou civil, desde que no interesse das instituies militares a que pertenam; III - os previstos em Lei de Organizao Bsica das Instituies Militares Estaduais; IV - os considerados por ato do Governador do Estado, como de natureza Policial-Militar. Art. 24. Os cargos de Comandante-Geral da Policia Militar e o do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Amap so de livres nomeao e exonerao pelo Governador do Estado do Amap, observados os preceitos deste artigo. Pargrafo nico. Podero concorrer ao Cargo de Comandante-Geral da Policia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar Oficiais do Quadro de Combatentes, pertencentes ao ltimo posto. Art. 25. Os Cargos de Chefes do Gabinete de Segurana Institucional e dos Gabinetes Militares sero designados pelo Governador do Estado, escolhidos entre os Oficiais Superiores do Quadro de Combatentes da ativa. Art. 26. O Militar Estadual ocupante de cargo ou funo, provido em carter efetivo ou interino, faz jus remunerao correspondente e a outros direitos previstos em lei. Art. 27. As obrigaes que, pela generalidade, peculiaridade, durao, vulto ou natureza, no forem catalogadas como posies titulares em Quadros de Organizao, ou outro dispositivo legal, so cumpridas como encargo, comisso, incumbncia, servio, ou atividade militar, ou ainda considerados de natureza militar. Pargrafo nico. Aplica-se, no que couber, a encargo, incumbncia, comisso, servio ou atividade, militar ou de natureza militar, o disposto neste Captulo para Cargo militar.

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Art. 28. Os Militares Estaduais que forem nomeados para cargo no especificados neste captulo, sero considerados em exerccio de atividade de natureza civil. TTULO II DAS OBRIGAES E DOS DEVERES MILITARES Captulo I DAS OBRIGAES MILITARES Seo I DO VALOR MILITAR Art. 29 - So manifestaes essenciais do valor militar: I - o sentimento de servir comunidade traduzido pela vontade inabalvel de, cumprir o dever e pelo integral devotamento preservao da manuteno e dedicao ao valoroso mister de que so aladas; II - o civismo e o culto s tradies histricas; III - a f na elevada misso de que so destinatrios; IV - o esprito de corpo, o orgulho pela instituio onde serve; V - o amor profisso militar e o entusiasmo com que exercido; VI - o aprimoramento tcnico-profissional. Seo II DAS OBRIGAES E DA TICA MILITAR Art. 30. O sentimento do dever, a dignidade da funo militar e o decoro da classe impem, a cada um dos integrantes das Instituies Militares, conduta moral e profissional irrepreensveis, com observncia dos seguintes preceitos da tica militar: I - amar a verdade e a responsabilidade como fundamentos da dignidade pessoal; II - exercer com autoridade, eficincia e probidade as funes que lhe couberem em decorrncia do cargo; III - respeitar a dignidade humana; IV - cumprir e fazer cumprir as leis, os regulamentos, as instrues e as ordens das autoridades competentes; V - ser justo e imparcial no julgamento dos atos e na apreciao do mrito dos subordinados; VI - zelar pelo aprimoramento e preparo moral, intelectual e fsico de forma individual e coletiva, sempre visando o fiel cumprimento da misso comum; VII - praticar a camaradagem e desenvolver permanentemente o esprito de cooperao;

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VIII - ser discreto em suas atitudes, maneiras e em sua linguagem escrita e falada; IX - abster-se de tratar, fora do mbito apropriado, assuntos de carter sigiloso; X - respeitar os representantes dos poderes constitudos, acatando suas orientaes sempre que tal procedimento no acarrete prejuzo para o servio da corporao ou em desacordo com os preceitos legais; XI - cumprir seus deveres de cidado; XII - proceder de maneira ilibada na vida pblica e particular; XIII - observar as normas de boa educao; XIV - garantir assistncia moral e material ao seu lar e conduzir-se como chefe de famlia exemplar; XV - manter uma conduta idnea quer na ativa, quer na inatividade, de forma a no serem prejudicados os princpios da disciplina e do decoro militar; XVI - zelar pelo bom nome da Instituio Militar a que pertena, bem como de cada um de seus integrantes, obedecendo e fazendo-se obedecer aos preceitos da tica militar; XVII - abster-se de fazer uso do posto ou graduao para obter facilidades pessoais de qualquer natureza ou para encaminhar negcios particulares ou de terceiros; XVIII - Zelar pelo bom nome das Instituies militares e de cada de seus integrantes, obedecendo e fazendo obedecer aos preceitos da tica militar. Art. 31. Ao Militar Estadual da ativa, ressalvado o disposto no 2 deste artigo, vedado comerciar ou tomar parte na administrao ou gerncia de sociedade ou dela ser scio (a) ou participar, exceto como acionista ou quotista em sociedade annima ou por quotas de responsabilidade limitada. 1. Os Militares Estaduais da reserva remunerada, quando convocados, ficam proibidos de tratar nas organizaes militares e nas reparties pblicas civis, de interesses de organizaes ou empresas privadas de qualquer natureza. 2. Objetivando desenvolver a prtica dos Militares Estaduais do Quadro de Sade, a eles permitido desenvolver o exerccio da atividade tcnicoprofissional, no meio civil, desde que esta prtica no venha acarretar prejuzo no atendimento do militar estadual e seus dependentes. Captulo II DOS DEVERES DOS MILITARES ESTADUAIS Art. 32. Os deveres dos Militares Estaduais emanam de vnculos nacionais e normas que os ligam comunidade e a sua segurana, e compreendem, essencialmente: I - a dedicao integral ao servio policial e bombeiro militar e fidelidade a Instituio a que pertencer; 11

II - o culto aos smbolos nacionais; III - a probidade e a lealdade em todas as circunstncias; IV - a disciplina e o respeito hierarquia; V - o rigoroso cumprimento das obrigaes e ordens; VI - a obrigao de tratar o subordinado dignamente e com urbanidade; VII - a integral observncia da tica militar. Seo I DO COMPROMISSO MILITAR Art. 33. Todo cidado, aps ingressar na carreira militar do Estado, prestar compromisso de honra, no qual firmar a sua aceitao consciente das obrigaes e dos deveres de sua funo militar. Art. 34. O compromisso de que trata o artigo anterior ter carter solene e ser prestado na presena da tropa, to logo o militar tenha adquirido o grau de conhecimento compatvel com o perfeito entendimento de seus deveres como integrante da Polcia Militar ou Corpo de Bombeiros Militar, proferindo os seguintes dizeres: Ao ingressar na Polcia Militar ou no Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Amap, prometo regular minha conduta pelos preceitos da moral e da lei, respeitar a dignidade da pessoa humana, cumprir rigorosamente as ordens das autoridades a que estiver subordinado e dedicar-me inteiramente, com lisura e determinao, ao dever militar que me conferido, mesmo com o risco da prpria vida. 1. O compromisso do Aspirante-a-Oficial prestado no Estabelecimento de Ensino Militar de Oficiais, onde tenha concludo com aproveitamento o Curso de Formao de Oficiais. 2. Ao ser nomeado ao primeiro posto, o Oficial prestar o compromisso, em solenidade especialmente programada, e proferir os seguintes dizeres: "Perante a Bandeira do Brasil e pela minha honra, prometo cumprir os deveres de Oficial da Polcia Militar ou Corpo de Bombeiros Militar do Amap e dedicar-me integralmente ao servio policial militar ou bombeiro militar, preservao da ordem pblica e segurana da sociedade, mesmo com o risco da prpria vida. Seo II DO COMANDO E DA SUBORDINAO Art. 35. O Comando a soma de autoridade, deveres e responsabilidades de que o militar investido legalmente, quando conduz homens ou dirige uma Organizao Militar. O Comando vinculado ao grau hierrquico e constitui uma prerrogativa impessoal, em cujo exerccio o servidor militar se define e se caracteriza como chefe. 1. Compete ao Comando das Instituies militares, planejar e dirigir o emprego das Corporaes. 12

2. Aplica-se direo e chefia de Organizao Militar, no que couber o estabelecido para o Comando. Art. 36. O Oficial preparado ao longo da carreira para o exerccio do Comando, da chefia e da direo das Organizaes Militares, dentro de seus respectivos quadros. Art. 37. Os Subtenentes e Sargentos auxiliam e complementam as atividades dos Oficiais, quer no treinamento e no emprego dos meios, quer na instruo, na administrao ou na execuo de atividades militares. Art. 38. Os Cabos e Soldados devem ser empregados prioritariamente na execuo das atividades policial e bombeiro militar e pautarem-se pelo conhecimento das normas necessrias realizao dos servios e das misses que lhes forem atribudas. Art. 39. Aos Alunos dos rgos de formao, habilitao e aperfeioamento cabe a rigorosa observncia das prescries dos regulamentos que lhes sejam pertinentes, exigindo-Ihes inteira dedicao ao estudo e ao aprendizado tcnico-profissional. Captulo III DA VIOLAO DOS DEVERES E DAS OBRIGAES Seo I DAS DISPOSIES GERAIS Art. 40. A violao das obrigaes ou dos deveres militares constituir crime, contraveno penal ou transgresso disciplinar, conforme dispuserem a legislao ou regulamentao especfica. Pargrafo nico. A violao dos preceitos da tica, das obrigaes e dos deveres militares mais grave quanto mais elevado for o grau hierrquico de quem a cometer. Art. 41. A inobservncia dos deveres especificados nas leis e regulamentos ou a falta de zelo no cumprimento dos mesmos, acarreta para o militar a responsabilidade funcional, pecuniria, disciplinar ou penal, nos termos da legislao vigente. Pargrafo nico. A apurao da responsabilidade funcional, pecuniria, disciplinar ou penal poder concluir pela incompatibilidade do militar com o cargo ou pela incapacidade para o exerccio das funes a ele inerentes, sendo assegurado o contraditrio e a ampla defesa, de acordo com a legislao especfica. Art. 42. O Militar Estadual que, submetido a processo administrativo disciplinar por suposta incompatibilidade ou incapacidade com o cargo, ser afastado deste em carter cautelar, sendo garantida a ampla defesa. 1. So competentes para determinar o afastamento do cargo ou impedimento do exerccio da funo: a) o Governador do Estado;

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b) o Comandante Geral da Instituio Militar, na conformidade da legislao ou regulamentao. 2. O Militar Estadual afastado do cargo, nas condies mencionadas neste artigo, ficar privado do exerccio de funo militar, at a soluo do processo ou das providncias legais cabveis. Art. 43. So proibidas quaisquer manifestaes coletivas, tanto sobre atos superiores, quanto s de carter reivindicatrios ou polticos. Seo II DOS CRIMES MILITARES E DA PERSECUO CRIMINAL Art. 44. Aplicam-se, no que couber, aos Militares Estaduais, as disposies estabelecidas no Cdigo Penal Militar e no Cdigo de Processo Penal Militar. Seo III DAS TRANSGRESSES DISCIPLINARES Art. 45. O Cdigo de tica e Disciplina dos Militares do Estado do Amap especificar as transgresses disciplinares e estabelecer as normas relativas aos procedimentos administrativos disciplinares, amplitude e aplicao das sanes disciplinares, classificao do comportamento militar e interposio de recursos contra as penas disciplinares. 1 Aos alunos de cursos de formao, habilitao, aperfeioamento e adaptao militar aplicam-se, tambm, as disposies disciplinares previstas no estabelecimento de ensino onde estiverem matriculados. 2. A sano disciplinar no poder ultrapassar o perodo de 30 (trinta) dias. Seo IV DOS CONSELHOS DE JUSTIFICAO E DISCIPLINA Art. 46. O Conselho de Justificao previsto em legislao prpria destinar-se- a julgar a capacidade do oficial de permanecer ou no, na ativa nas Instituies. Art. 47. Poder tambm ser submetido ao Conselho de Justificao o oficial da reserva remunerada, presumivelmente incapaz de permanecer na inatividade. Art. 48. O Conselho de Disciplina previsto em legislao prpria destinar-se- a julgar a capacidade de permanecer ou no na ativa o Aspirante-aOficial e a praa com estabilidade assegurada. Art. 49. Poder tambm ser submetida ao Conselho de Disci-plina a praa da reserva remunerada, presumivelmente incapaz de permanecer na inatividade. TTULO III 14

DOS DIREITOS E DAS PRERROGATIVAS DOS MILITARES ESTADUAIS Captulo I DOS DIREITOS

Art. 50. So direitos dos servidores militares: I - a garantia da patente, em toda a sua plenitude, com as vantagens e prerrogativas a ela inerentes, quando Oficial; II - a percepo de remunerao ao ser transferido para a inatividade; III - nas condies e limitaes impostas na legislao ou regulamentao especfica: a) a estabilidade, quando Praa, com cinco anos de tempo de servio efetivo; b) o uso das designaes hierrquicas; c) a ocupao de cargo correspondente ao posto ou a graduao; d) a percepo de remunerao com a devida progresso; e) outros direitos previstos em lei especfica de remunerao dos Militares do Estado; f) a penso por morte, aos seus dependentes, correspondente ao ganho integral do militar falecido; g) a qualificao e certificao profissional; h) a promoo; i) a transferncia para inatividade com ganhos integrais relativos ao posto e graduao ou proporcionais ao tempo de servio; j) as frias, os afastamentos temporrios do servio e as licenas; l) a demisso a pedido e o licenciamento voluntrio; m) o registro e o porte de arma; n) a remunerao do servio extraordinrio obrigatrio; o) ser transferido por interesse prprio, para a mesma localidade, onde o cnjuge ou companheiro tenha sido transferido por necessidade do servio. Art. 51. O militar que completar vinte e nove anos e seis meses de servio ser promovido ao posto ou graduao imediatamente superior, independentemente de interstcio e vaga.

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1. O militar promovido de acordo com este artigo permanecer no servio ativo, na condio de agregado e quando completar trinta anos de servio ser transferido para a reserva remunerada ex-ofcio. 2. O militar feminino poder optar pela incidncia da regra deste artigo a partir dos 25 anos de servio, sendo promovida ao posto ou graduao imediatamente superior independentemente interstcio e vaga e ser transferida exoficio para a Reserva Remunerada ao completar seis meses a contar da data da promoo. 3. O militar quando investido do Cargo de Comandante-Geral, preenchido os requisitos do art. 51, ser transferido para a reserva remunerada quando for exonerado do Cargo. 4. O militar, quando investido no cargo de Comandante Geral, preenchidos os requisitos do art. 51, ser transferido para a Reserva Remunerada, quando for exonerado do cargo. Art. 52. O servidor militar que se envolver no atendimento de ocorrncia, mesmo no estando de servio, ser considerado para todos os efeitos legais como se em servio estivesse. Art. 53. So alistveis como eleitores todos os servidores militares. Pargrafo nico. Os militares alistveis so elegveis, atendidas as condies previstas na Constituio Federal e na legislao eleitoral vigente. Seo I DA REMUNERAO Art. 54. A remunerao dos servidores militares compreende Subsdio, indenizaes, proventos e outros direitos, sendo devidos nas bases estabelecidas em Lei especfica. Art. 55. O militar da ativa que for nomeado para exerccio de cargo ou funo pblica de natureza civil, acumular a remunerao de seu posto ou graduao com o respectivo percentual da gratificao correspondente ao cargo ou funo da administrao pblica. Art. 56. A remunerao irredutvel e no est sujeita penhora, seqestro ou arresto, exceto se estiver previsto em lei. Art. 57. O valor do provento do servidor militar da reserva remunerada, do reformado e a penso igual ao subsidio do servidor militar da ativa do mesmo grau hierrquico, ressalvados os casos previstos em lei especifica. Art. 58. O provento a remunerao do servidor militar na Inatividade a partir da data de seu desligamento do servio ativo, em razo de: I - transferncia para a reserva remunerada; II - reforma; III - retorno a Inatividade aps convocao ou designao para o servio ativo, quando j se encontrava na Reserva Remunerada.

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Art. 59. Suspende-se temporariamente o direito do militar a percepo dos proventos na Reserva Remunerada, na data da sua apresentao a Organizao Militar competente, quando, na forma da legislao em vigor, retornar a ativa, for convocado ou designado para o desempenho de cargo ou comisso na sua Corporao Militar. Art. 60. Cessa o direito a percepo de proventos na Inatividade na data: I - do falecimento do militar; II - do ato que declara a perda da patente do Oficial e graduao da praa; III - do ato da excluso a bem da disciplina, para a praa. Art. 61. Os proventos de inatividade sero revistos na mesma proporo e na mesma data, sempre que se modificar a remunerao dos servidores militares da ativa. Pargrafo nico. Os proventos da inatividade dos servidores militares estaduais no sero inferiores aos vencimentos percebidos nos mesmos postos e graduaes na ativa. Seo II DAS PROMOES Art. 62. A promoo um ato administrativo que visa o preenchimento anual seletivo dos claros existentes nos postos e nas graduaes superiores, com base nos efetivos fixados para os diferentes quadros, obedecendo s datas estabelecidas para as promoes, reguladas em legislao especfica. 1. A promoo buscar sempre o fortalecimento do servio arregimentado em unidades operacionais, em unidades de apoio ou no exerccio de funes tcnicas de suas especialidades em qualquer organizao policial ou bombeiro militar, conforme estabelecido no quadro de distribuio de efetivo. 2. As datas de promoes da Polcia Militar sero efetuadas anualmente, por antiguidade ou merecimento, nos dias 21 de abril, 25 de agosto e 25 de dezembro, para as vagas abertas e publicadas oficialmente at os dias 1 de abril, 05 de agosto e 05 de dezembro, respectivamente, bem como para as vagas abertas decorrentes de promoes. 3. As datas de promoes do Corpo de Bombeiros Militar sero efetuadas anualmente, por antiguidade ou merecimento, nos dias 19 de maro, 02 de julho e 15 de novembro, para as vagas abertas e publicadas oficialmente at os dias 1 de maro, 12 de junho e 26 de outubro, respectivamente, bem como para as vagas abertas decorrentes de promoes. 4 Ressalvada a passagem dos soldados do Quadro de Praas combatente para o Quadro Especial de praas, dos Cabos do Quadro de Praas combatentes existentes nas corporaes at a data de publicao desta Lei para o Quadro Especial de Praas e dos Subtenentes do Quadro de Praas Combatentes para o quadro de Oficiais Administrativos, a promoo ocorrer somente dentro do

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respectivo quadro a que pertencer o militar e exclusivamente quando houver vaga, vedada, em qualquer hiptese a transposio de quadros. Art. 63. O planejamento para a carreira dos militares dever assegurar um fluxo regular e equilibrado, a fim de permitir o acesso gradual e sucessivo. Art. 64. As promoes sero realizadas pelos critrios de: I - Antiguidade; II - Merecimento; III - Por ato de bravura; IV - Ps-mortem; V - Por tempo de servio. Pargrafo nico. Poder haver promoo em ressarcimento de preterio. Seo III DAS FRIAS E DE OUTROS AFASTAMENTOS TEMPORRIOS DO SERVIO Art. 65. As frias so afastamentos totais do servio, anual e obrigatoriamente concedidas aos servidores militares, a partir do ltimo ms do ano a que se referem, tomando-se por base sua data de ingresso na Corporao e durante todo o ano seguinte. 1 O servidor militar tem direito de gozar 30 (trinta) dias de frias . remuneradas, acrescidos de at 15 (quinze) dias adicionais, conforme regulamentao dos Comandos das Instituies; 2. Compete ao Comandante Geral da Instituio Militar a regulamentao da concesso das frias anuais; 3 os perodos de frias escolares dos alunos de curso de formao . so considerados como frias anuais. Art. 66. Durante as frias o militar ter direito a todas as vantagens do seu cargo. Art. 67. S ser permitida acumulao de frias, at o prazo mximo de 02 (dois) anos, no caso de imperiosa necessidade de servio. Art. 68. Os servidores militares tm direito ainda, aos seguintes perodos de afastamento total do servio, obedecidas as disposies legais e regulamentares, por motivo de: I - npcias: 08 (oito) dias; II - luto: 08 (oito) dias; III - instalao: at 10 (dez) dias; IV - trnsito: at 20 (vinte) dias. 1 O afastamento do servio por motivo de npcias ser concedido, . quando solicitado, por antecipao data do evento autoridade a qual estiver subordinado o militar; 18

2 O afastamento do servio por motivo de luto ser concedido to . logo a autoridade a qual estiver subordinado o militar tome conhecimento do bito; de pais, sogros, irmos, cnjuges e filhos. 3 Instalao o perodo de afastamento total de servio concedido . ao militar, aps o trmino do trnsito, quando de sua apresentao na Organizao Militar para onde foi transferido. 4 Trnsito o afastamento total do servio concedido ao militar, . cuja movimentao implique, obrigatoriamente, mudana de sede e destina-se aos preparativos decorrentes da mudana. 5 As frias e outros afastamentos mencionados nesta Seo sero . concedidos com a remunerao total e sero computados como tempo de efetivo servio, para todos os efeitos legais. Seo IV DAS LICENAS Art. 69. Licena a autorizao para o afastamento total do servio em carter temporrio, concedido ao militar, obedecidas s disposies legais e regulamentares. 1 A licena pode ser: . I - especial; II - para tratar de interesse particular; III - para tratamento de sade de pessoa da famlia; IV - para tratamento de sade do militar; V - maternidade; VI - adotante; VII - paternidade; VIII - para acompanhar o cnjuge. Art. 70. A licena especial a autorizao para afastamento total do servio, relativa a cada qinqnio de tempo de efetivo servio prestado, concedida ao servidor militar que requerer, sem que implique em qualquer restrio para sua carreira. 1. A licena especial tem a durao de 6 (seis) meses, a ser gozada de uma s vez; quando solicitado pelo interessado e julgado conveniente pela autoridade competente, poder ser parcelada em 2 (dois) ou 3 (trs) meses. 2. O perodo de licena especial no interrompe a contagem de tempo de efetivo servio. 3 Os perodos de licena especial no-gozados pelo militar so . computados em dobro para fins exclusivos de contagem de tempo para a passagem inatividade e, nesta situao, para todos os efeitos legais.

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4. A licena especial no prejudicada pelo gozo anterior de qualquer licena para tratamento de sade e para que sejam cumpridos atos de servio, bem como no anula o direito quelas licenas. 5. Uma vez concedida a licena especial, o militar ser dispensado do cargo e do exerccio das funes que exercer e ficar disposio do rgo responsvel pelo controle de pessoal da instituio. 6 Uma vez concedida licena especial, o servidor militar ser . exonerado do cargo ou dispensado do exerccio das funes que exerce, e ficar disposio do rgo responsvel pelo pessoal da Instituio Militar. 7 A concesso da licena especial regulada pelo Comandante . Geral, de acordo com o interesse do servio. 8 Os perodos de licena especial j adquiridos e no gozados pelo . servidor militar que vier a falecer, sero convertidos em pecnia, equivalente a sua remunerao mensal por cada ms correspondente, em favor dos beneficirios da penso. Art. 71. A licena para tratar de interesse particular a autorizao para afastamento total do servio, concedida ao servidor militar que contar com mais de 10 (dez) anos de efetivo servio, no podendo exceder 02 (dois) anos. 1. A licena de que trata este artigo ser sempre concedida com prejuzo da remunerao e da contagem de tempo de efetivo servio. 2. A concesso da licena para tratar de interesse particular regulada pelo Comandante Geral, de acordo com o interesse do servio. Art. 72. A licena para tratamento de sade de pessoa da famlia a autorizao para afastamento total do servio e ser concedida ao militar que a requerer com a finalidade de acompanhar seus familiares em tratamento de sade, regulado em legislao especfica. Art. 73. A licena de que trata o artigo anterior ser concedida sem prejuzo da remunerao do cargo efetivo, at 90 (noventa) dias, podendo ser prorrogada por mais 90 (noventa) dias, mediante parecer da Junta Mdica Militar. Art. 74. Licena para tratamento de sade do servidor militar a autorizao para afastamento total do servio e/ou instruo, concedida ao militar que foi julgado pela Junta Mdica Militar de Sade, incapaz temporariamente para o servio ativo. Art. 75. A licena maternidade a autorizao para afastamento total do servio e/ou instruo concedida a militar sem prejuzo da remunerao e ter a durao de 06 (seis) meses. 1. A licena poder ter incio no 1 (primeiro) dia do 9 (nono) ms de gestao, salvo antecipao por prescrio mdica. 2. No caso de natimorto, decorridos 30 (trinta) dias do evento, a servidora militar ser submetida a exame mdico e, se julgada apta, reassumir o exerccio da sua funo. 3. No caso de aborto atestado por mdico especialista e ratificado pela Junta Mdica Militar, a servidora militar ter direito a 30 (trinta) dias de repouso remunerado. 20

4. Para amamentar o prprio filho at a idade de 06 (seis) meses, a militar lactante ter direito, durante a jornada de trabalho, uma hora de descanso, que poder ser parcelada em 02 (dois) perodos de (meia) hora. Art. 76. A servidora militar que adotar ou obtiver a guarda judicial de criana de at 01 (um) ano de idade, ter direito a 90 (noventa) dias de licena, sem prejuzo da remunerao. Pargrafo nico. No caso de adoo ou guarda judicial de criana com mais de 01 (um) ano de idade, o prazo de que trata este artigo ser de 30 (trinta) dias. Art. 77. Pelo nascimento, adoo ou obteno de guarda judicial de filhos de at 01 (um) ano de idade, o servidor militar ter direito licena paternidade de 15 (quinze) dias consecutivos. Art. 78. A licena especial e a licena para tratar de interesse particular podero ser interrompidas: I - em caso de mobilizao, estado de defesa, grave perturbao da ordem pblica, estado de sitio e interveno federal; II - para cumprimento de sentena que importe restrio da liberdade individual; III - para cumprimento de punio disciplinar; IV - em caso de denncia, pronncia em processo criminal, a juzo da autoridade que efetivar a pronncia. Art. 79. A concesso das licenas constantes desta Seo ser regulada pelo Comandante-Geral. Art. 80. Ser concedida licena ao militar para acompanhar o cnjuge ou companheiro(a) militar que for deslocado para outro ponto do territrio nacional ou exterior designado para cursos de formao, habilitao e especializao de interesse das instituies, sem prejuzo da remunerao, nos seguintes termos: I - 30 (trinta) dias, para cursos com durao de 06 (seis) meses a 01 (um) ano; II - 60 (sessenta) dias, para cursos com durao superior a 01 (um) ano; III - 90 (noventa) dias, para cursos com durao superior a 02 (dois) anos. Pargrafo nico. O servidor poder gozar da licena de forma integral ou parcelada, de acordo com a necessidade do militar, nos perodos previamente aprovados pelas corporaes. Seo V DA PENSO MILITAR Art. 81. A penso militar destina-se a amparar os beneficirios do servidor militar falecido ou extraviado e ser paga conforme o disposto em Lei especfica.

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Art. 82. A penso militar definida em processo de habilitao tomando-se por base a declarao de beneficirios preenchida em vida pelo contribuinte, sempre comprovada a dependncia econmica. Captulo II DAS PRERROGATIVAS Art. 83. As prerrogativas dos servidores militares so constitudas pelas honras, dignidade e distines devidas aos graus hierrquicos e cargos. Pargrafo nico. So prerrogativas dos servidores militares: I - o uso de ttulos, uniformes, distintivos, insgnias e emblemas da Polcia Militar e Bombeiro Militar do Estado do Amap, correspondente ao posto ou graduao; II - honras, tratamento e sinais de respeito que lhes sejam asseguradas em leis e regulamentos; III - cumprimento da pena privativa da liberdade em unidade da respectiva corporao, ressalvados os casos previstos em lei; IV - julgamento nos crimes militares em foro especial. Art. 84. Somente em caso de ordem judicial ou de flagrante delito, o servidor militar poder ser preso por autoridade policial, ficando esta obrigada a entreg-lo, imediatamente, autoridade militar mais prxima, s podendo ret-lo na delegacia ou posto policial, durante o tempo necessrio lavratura do flagrante. Art. 85. Os servidores militares, da ativa, no exerccio de funes Policiais e Bombeiros Militares, so dispensados do servio de jri, na justia civil, e do servio na Justia Eleitoral. Art. 86. Os Comandantes Gerais da PM e CBM tm direitos, honras e prerrogativas de Secretrio de Estado. Art. 87. O militar tem direito a ser escoltado por fora militar estadual, comandada por oficial ou praa mais antigo ou superior. Captulo III DO USO DOS UNIFORMES Art. 88. Os uniformes da Polcia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, com seus distintivos, insgnias e emblemas so privativos dos policiais e bombeiros militares e representam o smbolo da autoridade policial e bombeiro militar, com as prerrogativas que lhes so inerentes. Art. 89. O uso dos uniformes, distintivos, insgnias, emblemas, peas, acessrios e outras disposies, so estabelecidas em regulamento peculiar. 1 proibido ao servidor militar o uso de uniformes: I - em reunies, propagandas e qualquer outra manifestao de carter poltico partidrio ou de carter comercial;

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II - na inatividade, salvo para comparecer a solenidade militar e quando autorizado, s cerimnias cvicas e comemorativas de datas nacionais ou atos sociais solenes oficiais; III - no estrangeiro, quando em atividades no relacionadas com a misso do militar, salvo quando expressamente determinado ou autorizado. Art. 90. O militar fardado tem as obrigaes correspondentes ao uniforme que usa e aos distintivos, emblemas e outras insgnias que ostentar. Art. 91. vedado a qualquer cidado civil ou organizao civil usar uniforme ou ostentar distintivos, equipamentos, insgnias ou emblemas que possam ser confundidos com os adotados na Polcia Militar e no Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Amap. TTULO IV DAS DISPOSIES DIVERSAS Captulo I DAS SITUAES ESPECIAIS Seo I DA AGREGAO Art. 92. A agregao a situao na qual o servidor militar da ativa deixa de ocupar a vaga na escala hierrquica do seu Quadro, nela permanecendo sem nmero. 1. O servidor militar deve ser agregado quando: I - for nomeado para cargo no previsto nos quadros das Organizaes (QO); II - aguardar transferncia ex-ofcio para a Reserva Remunerada, por ter sido enquadrado em quaisquer dos requisitos que a motivaram; III - for afastado, temporariamente, do servio ativo por motivo de: a) ter sido julgado incapaz, temporariamente, aps dois anos contnuo de tratamento; b) ter sido julgado incapaz, definitivamente, enquanto tramita o processo de reforma; c) haver ultrapassado dois anos contnuo de licena para tratamento de sade prpria; d) haver ultrapassado seis meses contnuos em licena para tratamento de sade de pessoa da famlia; e) haver ultrapassado seis meses contnuos em licena para tratamento de interesse particular; f) haver sido esgotado o prazo que caracteriza o crime de desero previsto no Cdigo Penal Militar, se Oficial, ou Praa com estabilidade assegurada;

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g) como desertor, ter se apresentado voluntariamente, ou ter sido capturado e reincludo, a fim de se ver processar; h) ter sido considerado, oficialmente extraviado; i) ter sido condenado pena restritiva da liberdade superior a seis meses em sentena passada em julgado, em quanto durar a execuo, ou at ser declarado indigno ou incompatvel de pertencer a Polcia Militar ou Corpo de Bombeiros Militar; j) ter passado disposio de outro rgo da Unio ou de outros Estados, do Distrito Federal e municpios, para exercer funes de natureza civil; l) ter sido nomeado para qualquer cargo pblico civil temporrio, no eletivo, quer seja da administrao direta ou indireta; m) ter se candidatado a cargo eletivo, desde que conte dez ou mais anos de efetivo servio; IV - O militar da Ativa que sofrer alguma leso fsica e for julgado pela Junta Mdica, incapaz de exercer servios operacionais permanen-temente, ser agregado ao respectivo quadro, sem prejuzo da ascenso funcional e passar a exercer servios compatveis com a sua deficincia, de acordo com o parecer mdico da junta; a) a ascenso de que trar este inciso, ser processada apenas por tempo de efetivo servio ou interstcio regulamentado em lei. 2. O servidor militar agregado, de conformidade com o inciso I do pargrafo 1, no contar tempo de servio arregimentado para fins de promoo. 3. o servidor militar agregado, de conformidade com o inciso II do 1 continua a ser considerado para todos os efeito s, como em servio ativo. , 4. A agregao do servidor militar a que se refere o inciso II e as alneas j e l do inciso III, ambos do 1 conta da a partir da data de posse no novo , cargo at o regresso a corporao ou transferncia ex-oficio para reserva remunerada. 5. A agregao do servidor militar a que se referem s alneas a, c,d e e do inciso III, do 1 contada a p artir do primeiro dia, aps os , respectivos prazos, e enquanto durar o evento. 6. A agregao do servidor militar a que se refere o inciso II e alneas b, f, g, h e i do inciso III, do 1 contada a partir da data indicada , no ato que torna pblico o respectivo evento. 7. A agregao do servidor militar a que se refere a alnea l do inciso III, do 1 contada a partir da data do registro como candidato at sua , diplomao, ou seu regresso Corporao, se no houver sido eleito. 8. O servidor militar agregado ficar sujeito s obrigaes disciplinares concernentes s suas relaes com outros servidores militares e autoridades civis e militares, salvo quando ocupar cargo que lhe d precedncia funcional sobre os outros servidores militares mais antigos. 9. A ascenso que trata este artigo ser processada apensas por tempo de servio ou interstcio, regulamentada em lei especifica. 24

Art. 93. O militar agregado ficar adido, para efeito de alteraes e remunerao, Organizao Policial Militar e Bombeiro Militar que lhe for designada, continuando a figurar no lugar que ento ocupava no Almanaque ou Escala Numrica, com a abreviatura AG e anotaes esclarecedoras de sua situao. Art. 94. A condio jurdica de agregado se perfaz na incidncia do que prev o Art. 92 e Art. 93, formalmente ou com a realizao das condies de fato a eles relativas. Seo II DA REVERSO Art. 95. A reverso ato pelo qual o servidor militar agregado retorna ao respectivo Quadro, to logo cesse o motivo que determinou a sua agregao, voltando a ocupar o lugar que lhe competir no respectivo Almanaque ou Escala Numrica, na primeira vaga que ocorrer. Pargrafo nico. Em qualquer tempo poder ser revertido o militar agregado, exceto nos casos previstos nas alneas a, b, c,f, g, h, i e m do inciso III do 1 do art. 92 desta lei. Art. 96. A reverso ser certificada pelo setor de pessoal da respectiva corporao, mediante comprovao do retorno do militar as atividades tpicas do seu quadro. Seo III DO EXCEDENTE Art. 97. Excedente a situao transitria que automaticamente passa o militar em virtude de: I - ter cessado o motivo que determinou sua agregao, reverte ao respectivo Quadro, estando este com efetivo completo; II - ter sido promovido por bravura; III - ter sido promovido indevidamente; IV - ser o mais moderno da respectiva escala hierrquica, ultrapassa o efetivo de seu quadro, em virtude de promoo de outro servidor militar em ressarcimento de preterio; V - ter cessado o motivo que determinou sua reforma por incapacidade definitiva, retorna ao respectivo quadro, estando este com seu efetivo completo. 1. O servidor militar cuja situao a de excedente, salvo o indevidamente promovido, ocupa a mesma posio relativa, em antiguidade, que lhe cabe hierarquicamente, com a abreviatura EXD, e receber o nmero que lhe competir, em consequncia da primeira vaga que se verificar. 2. O servidor militar na situao de excedente considerado como em efetivo servio, para todos os efeitos e concorre, respeitando os requisitos legais, em igualdade de condies e sem nenhuma restrio, a qualquer cargo de servidor militar e promoo. 25

3. O servidor militar promovido por bravura, sem que haja a respectiva vaga, ocupar a primeira vaga aberta, deslocando o princpio da promoo a ser seguida para a vaga seguinte. 4. O servidor militar promovido indevidamente s contar antiguidade e receber o nmero que lhe competir na escala hierrquica quando a vaga que dever preencher corresponder ao critrio pelo qual deveria ter sido promovido, desde que satisfaa os requisitos para a promoo. Seo IV DO AUSENTE E DO DESERTOR Art. 98. considerado ausente o servidor militar que, por mais de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas: I - deixar de comparecer a sua Organizao Policial Militar ou Bombeiro Militar, sem comunicar o motivo de impedimento; II - ausentar-se, sem licena, da Unidade onde serve, ou do local onde deve permanecer. Pargrafo nico. Decorrido o prazo mencionado neste artigo, sero observadas as formalidades previstas em legislao especfica. Art. 99. O servidor militar considerado desertor nos casos previstos na legislao penal militar. Seo V DO DESAPARECIMENTO E DO EXTRAVIO Art. 100. considerado desaparecido o servidor militar da ativa que, no desempenho de qualquer servio, em viagem, em operaes militares, ou em casos de calamidade pblica, tiver paradeiro ignorado por mais de oito dias. Pargrafo nico. A situao de desaparecimento s ser considerada quando no houver indcio de desero. Art. 101. O servidor militar que, na forma do artigo anterior permanecer desaparecido por mais de 30 (trinta) dias, ser oficialmente considerado extraviado. Captulo II DO DESLIGAMENTO OU EXCLUSO DO SERVIO ATIVO Art. 102. O desligamento ou excluso do servio ativo da Polcia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar feito em conseqncia de: I - transferncia para a Reserva Remunerada; II - reforma; III - demisso; IV - perda do posto e patente; V - licenciamento; VI - excluso a bem da disciplina; 26

VII - desero; VIII - falecimento; IX - extravio. Pargrafo nico. O desligamento do servio ativo ser processado aps a expedio do ato do Governador do Estado do Amap, ou da autoridade a qual tenham sido delegados poderes para esse fim, a contar da data do ato que iniciou o processo de desligamento. Art. 103. O desligamento do servidor militar dever ser feito aps a publicao, em Dirio Oficial do Estado, do ato oficial correspondente, e no poder exceder a trinta dias da data dessa publicao. Seo I DA TRANSFERNCIA PARA RESERVA REMUNERADA Art. 104. A passagem do militar situao de inatividade mediante transferncia para a reserva remunerada se efetua: I - a pedido; II - ex-ofcio. Art. 105. A transferncia para a reserva remunerada a pedido ser concedida mediante requerimento do servidor militar. 1. No caso do militar haver realizado qualquer curso ou estgio com durao superior a 06 (seis) meses, por conta do Estado, sem haver decorridos 24 (vinte e quatro) meses do seu trmino, a transferncia para a reserva remunerada a pedido s ser concedida mediante a indenizao de todas as despesas decorrentes com a realizao do referido curso ou estgio. 2. No ser concedida transferncia para a Reserva Remunerada, a pedido, ao Militar que estiver: I - respondendo a inqurito ou processo em qualquer jurisdio; II - cumprindo pena de qualquer natureza. Art. 106. A transferncia para a reserva remunerada ex-ofcio verificarse- sempre que o servidor militar: I - atingir sessenta anos de idade; II - for, quando Oficial, considerado no habilitado para o acesso em carter definitivo, no momento em que vier a ser objeto de apreciao para o ingresso em Quadro de Acesso; III - ultrapassar 02 (dois) anos contnuos, ou no, em licena para tratar de interesse particular; IV - ultrapassar 02 (dois) anos contnuos em licena para tratamento de sade de pessoa da famlia; V - for empossado em cargo pblico permanente estranho sua carreira, ressalvado o previsto na Constituio Federal;

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VI - ultrapassar 02 (dois) anos de afastamento, contnuos ou no, agregado em virtude de ter sido empossado em cargo pblico civil, temporrio, no eletivo, inclusive de administrao indireta; VII - ser promovido por tempo de servio em virtude do previsto no art. 51 deste estatuto. VIII - ser diplomado em cargo eletivo, de acordo com as condies previstas na Constituio Federal e na legislao eleitoral vigente; 1. A transferncia para a Reserva Remunerada processar-se- medida que o servidor militar for enquadrado em um dos incisos deste artigo. 2. A nomeao do servidor militar para os cargos pblicos, de que tratam os incisos V e VI, somente poder ser feita: a) quando o cargo for de alada federal, pela autoridade competente, mediante requisio ao Governador do Estado do Amap; b) pelo Governador, ou mediante sua autorizao, nos demais casos. 3. O servidor militar, enquanto permanecer no cargo de que trata o inciso VI deste artigo: a) somente poder ser promovido por antiguidade, desde que possua tempo mnimo de servio arregimentado; b) ter o tempo de servio contado apenas para a promoo por antiguidade e para a transferncia para a inatividade, sendo depois de dois anos de afastamento, contnuos ou no, transferido para reserva remunerada. Seo II DA REFORMA Art. 107. A passagem do servidor militar situao de reformado ser sempre ex-ofcio e aplicada ao mesmo desde que: I - atinja as seguintes idades-limites de permanncia na Reserva Remunerada: a) para Oficiais Superiores: 62 (sessenta e dois) anos; b) para Oficiais intermedirios e subalternos: 62 (sessenta e dois) anos; c) para Praas: 62 (sessenta e dois) anos. II - seja julgado incapaz, definitivamente para o servio da Polcia Militar ou do Corpo de Bombeiros Militar; III - for condenado pena de reforma por sentena passada em julgado prevista no Cdigo Penal Militar ou a reforma administrativa em Conselho de Justificao; IV - sendo Aspirante-a-Oficial ou Praa com estabilidade assegurada, e for condenado pena de reforma em julgamento do Conselho de Disciplina, cuja deciso tenha sido confirmada, em grau de recurso, pelo Governador do Estado.

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Pargrafo nico. O servidor militar reformado, na forma dos incisos III e IV, s poder readquirir a situao anterior, por reviso criminal ou administrativa, conforme o caso. Art. 108. Anualmente, no ms de fevereiro, o rgo de pessoal da Instituio Militar organizar a relao dos militares que tiverem atingido a idadelimite de permanncia na reserva-remunerada, a fim de serem reformados. Art. 109. A incapacidade definitiva do servidor militar pode sobrevir em conseqncia de: I - ferimento recebido na regular prtica de atividade militar da Instituio a que pertena, ou enfermidades contradas nessa situao ou que nela tenha a sua causa e efeito; II - acidente em servio; III - doena, molstia ou enfermidade adquirida, com relao de causa e efeito s condies inerentes ao servio ou em razo deste; IV - tuberculose ativa, alienao mental, neoplasia maligna, perda total da viso, Hansenase refrataria ao tratamento, paralisia irreversvel incapacitante, cardiopatia grave, mal de Parkinson, pnfigo, espondiloartrose, nefropatia grave, SIDA e outras molstias que a lei indicar com base nas concluses da medicina especializada; V - acidente ou doena, molstia ou enfermidade sem relao de causa e efeito com o servio. 1. Os casos de que tratam os incisos I, II e III deste artigo, sero provados por atestado de origem, ou inqurito sanitrio de origem, sendo os termos de acidente, baixa hospitalar, pronturio mdico e os registros de baixa, os meios necessrios para subsidiar o esclarecimento da situao. 2. As Juntas de Sade, nos casos de tuberculose, devero basear seu julgamento, obrigatoriamente, em observaes clnicas acompanhadas do respectivo exame subsidirio, de modo a comprovar com segurana, a atividade da doena aps acompanhar a sua evoluo at 03 (trs) perodos de 06 (seis) meses de tratamento clnico-cirrgico metdico atualizado e, sempre que necessrio, nosocomial, salvo quando se tratar de formas "grandemente avanadas" no conceito clnico e sem possibilidade de regresso completa, as quais tero parecer imediato de incapacidade definitiva. 3. O parecer definitivo a adotar, nos casos de tuberculose, para os portadores de leses aparentemente inativas, ficar condicionado a um perodo de consolidao extranosocomial, nunca inferior a 06 (seis) meses contados a partir da poca da cura. 4. Considera-se alienao mental todo caso de distrbio mental ou neuromental grave persistente, no qual, esgotados os meios habituais de tratamento, permanea a alterao completa ou considervel na personalidade, destruindo a autodeterminao do pragmatismo e tomando o indivduo total e permanentemente impossibilitado para qualquer trabalho. 5. Fica excluda do conceito de alienao mental a epilepsia assim julgadas pela Junta Mdica de Sade.

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6. Considera-se paralisia irreversvel e incapacitante todo caso de neuropatia grave e definitiva que afete a motilidade, sensibilidade, troficidade e demais funes nervosas, no qual esgotados os meios habituais de tratamento, permaneam distrbios graves, extensos e definitivos que tornem o indivduo total e permanentemente impossibilitado para qualquer trabalho. 7. So tambm equiparados s paralisias os casos de afeces steo-msculo-articulares graves e crnicas (reumatismos graves e crnicos ou progressivos e doenas similares), nos quais esgotados os meios habituais de tratamento, permaneam distrbios extensos e definitivos, quer steo-msculoarticulares residuais, quer secundrios das funes nervosas, motilidade, troficidade ou demais funes que tomem o indivduo total e permanentemente impossibilitado para qualquer trabalho. 8. So equiparados perda total da viso no s os casos de afeces crnicas progressivas e incurveis que conduziro a esta perda, como tambm os de viso rudimentar que apenas permitam a percepo de vultos, no susceptveis de correo por lentes, nem removveis por tratamento mdicocirrgico. 9. Nos casos que tratam os incisos IV e V deste artigo dever ser comprovado, atravs de Inqurito Sanitrio de Origem, que a doena ocorreu aps o ingresso na Instituio Militar. 10. Os portadores de sorologia positiva para HIV, sem manifestaes clnicas da doena (SIDA), no sero julgados incapazes definitivamente para o servio militar. 11. Os portadores de neoplasia de baixo grau de malignidade e os portadores de carcinoma in situ no so considerados incapazes definitivamente para o servio policial militar ou bombeiro militar, desde que a capacidade laborativa do inspecionado no tenha sido prejudicada pela doena ou pelos efeitos colaterais do tratamento. 12. As juntas de inspeo de sade faro o enquadramento de incapacidade definitiva por hansenase nos inspecionados que: a) permanecerem com sinais de atividade clnica aps completarem dois anos de ininterrupto tratamento e apresentarem deformidades decorrentes desta patologia; b) tiverem a ocorrncia de atividade clnica aps a alta, isto , recidiva; Art. 110. O militar da ativa julgado incapaz definitivamente por um dos motivos constantes do artigo anterior far jus a proventos correspondentes ao grau hierrquico imediatamente superior. 1. Considera-se, para efeitos deste artigo, grau hierrquico imediato: a) o de Coronel para Tenente Coronel; b) o de Tenente Coronel para Major; c) o de Major para Capito; d) o de Capito para 1 Tenente; e) o de 1 Tenente para os 2 Tenentes, Aspirantes Oficial e Alunos oficiais; 30

f) o de 2 Tenente para os Subtenentes, 1, 2 e 3 Sargentos; g) o de 1 Sargentos para Cabos, Soldados e alunos soldados; Art. 111. O servidor militar reformado por alienao mental, enquanto no ocorrer designao judicial do curador, ter sua remunerao paga aos seus beneficirios, desde que sob sua guarda e responsabilidade e lhe dispensem tratamento humano e condigno. 1. A interdio judicial do militar reformado por alienao mental dever ser de iniciativa do beneficirio, parentes ou responsveis, at 60 (sessenta) dias a contar da publicao do ato da reforma. 2. A interdio judicial do servidor militar e seus internamentos em instituio apropriada, militar ou no, devero ser providenciados pela Corporao, quando: a) no houver beneficirios, parentes ou responsveis; b) no forem satisfeitas as condies de tratamento exigidas neste artigo. 3. Os processos e os atos do registro de interdio do militar sero instrudos por laudo proferido por Junta Mdica Pericial Militar e ter andamento na forma da lei. Seo III DA DEMISSO, DA PERDA DO POSTO E DA PATENTE, E DA DECLARAO DE INDIGNIDADE OU INCOMPATIBILIDADE COM O OFICIALATO Art. 112. A demisso exclusivamente aos Oficiais, se efetua: I - a pedido; II - ex-ofcio. Art. 113. A demisso a pedido ser concedida mediante requerimento do interessado: I - sem indenizao aos cofres pblicos, quando contar mais de oito anos de Oficialato; II - com indenizao das despesas relativas sua preparao e formao, quando contar menos de oito anos de Oficialato. 1. No caso do Oficial ter feito qualquer curso ou estgio, de durao igual ou superior a 06 (seis) meses e inferior ou igual a 18 (dezoito) meses, por conta do Estado e, no tendo decorrido mais de 02 (dois) anos de seu trmino, a demisso s ser concedida mediante indenizao de todas as despesas correspondentes ao referido curso ou estgio, acrescidas, se for o caso, daquelas previstas no inciso lI, deste artigo, e das diferenas de vencimentos. 2. No caso do Oficial ter feito qualquer curso, ou estgio, de durao superior a 18 (dezoito) meses por conta do Estado, aplicar-se- o disposto no das Corporaes Militares, aplicada

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pargrafo anterior, se ainda no houver decorrido mais de cinco anos de seu trmino. 3. O clculo das indenizaes, a que se referem o inciso II deste artigo e seus 1 e 2, ser efetuado pelo rgo competente da Corporao. 4. O Oficial demissionrio, a pedido, no ter direito a qualquer remunerao sendo a sua situao militar definida pela Lei do Servio Militar. Art. 114. O Oficial da ativa empossado em cargo pblico permanente, estranho sua carreira, ser, imediatamente, mediante demisso ex-ofcio, transferido para a Reserva, onde ingressar com o posto que possua na ativa, no podendo acumular qualquer provento da inatividade com a remunerao do cargo pblico permanente, exceto para os cargos de magistrio e de sade. Art. 115. O Oficial, que houver perdido o posto e a patente, ser demitido ex-ofcio, sem direito a qualquer remunerao ou indenizao, tendo a sua situao militar definida pela Lei do Servio Militar. Art. 116. O Oficial perder o posto e a patente se for declarado indigno do Oficialato, ou com ele incompatvel, por deciso do Tribunal competente, em decorrncia de julgamento a que for submetido. 1. O Oficial da Polcia Militar ou Corpo de Bombeiros Militar condenado por Tribunal, civil ou militar, pena restritiva da liberdade individual superior a 2 (dois) anos por sentena condenatria passada em julgado, ser submetido ao Conselho de Justificao. 2. o Oficial declarado indigno para o Oficialato, ou com ele incompatvel, condenado perda de posto e patente, s poder readquirir a situao de servidor militar anterior, por outra sentena do Tribunal mencionado, e nas condies nela estabelecidas. Art. 117. Fica sujeito declarao de indignidade para o Oficialato, ou de incompatibilidade com o mesmo, o Oficial que: I - for condenado por Tribunal Civil ou Militar, pena restritiva de liberdade individual superior a dois anos, em decorrncia de sentena condenatria transitada em julgado; II - incidir nos casos previstos em lei especfica que motivem o julgamento por Conselho de Justificao, e neste for considerado culpado, com a conseqente declarao, por tribunal competente, da perda da patente e do posto; III - houver perdido a nacionalidade brasileira. Seo IV DO LICENCIAMENTO Art. 118. O licenciamento do servio ativo, aplicado somente as Praas, se efetua: I - a pedido; II - ex-ofcio. 32

1. O licenciamento a pedido ser concedido: a) sem indenizao aos cofres pblicos, quando contar mais de cinco anos de servio; b) com indenizao das despesas relativas sua preparao e formao, quando contar menos de cinco anos de servio. 2. No caso de ter feito qualquer curso ou estgio, de durao igual ou superior a 06 (seis) e inferior ou igual a 18 (dezoito) meses, por conta do Estado e, no tendo decorrido mais de 02 (dois) anos de seu trmino, a demisso s ser concedida mediante indenizao de todas as despesas correspondentes ao referido curso ou estgio, acrescidas, se for o caso, daquelas previstas no inciso II, deste artigo, e das diferenas de vencimentos. 3. No caso de ter feito qualquer curso ou estgio, de durao superior a 18 (dezoito) meses, por conta do Estado, aplicar-se- o disposto no pargrafo anterior, se ainda no houver decorrido mais de 05 (cinco) anos de seu trmino. 4. O clculo das indenizaes a que se referem o inciso II deste artigo e seus 2 e 3 ser efetuado pelo rgo competente da Instituio Militar. , 5. O licenciamento ex-ofcio ser aplicado as Praas: a) a bem da disciplina; b) ter se alistado como candidato a cargo eletivo, desde que conte com menos de 10 (dez) anos de servio; c) por concluso de tempo de servio. 6. O servidor militar licenciado no ter direito a qualquer remunerao e ter sua situao militar definida pela Lei do Servio Militar. 7. O licenciado ex-ofcio, a bem da disciplina, receber o certificado de iseno do servio militar definida pela Lei do Servio Militar. 8. O licenciamento ex-ofcio, alnea a do 5 des te artigo, ser , precedido de processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa e o contraditrio. Art. 119. Os praas empossados em cargo pblico permanente, estranho sua carreira, sero imediatamente licenciados ex-ofcio, sem remunerao, e tero a sua situao definida pela Lei do Servio Militar, exceto para os cargos de magistrio e de sade.

Seo V DA EXCLUSO DAS PRAAS A BEM DA DISCIPLINA

Art. 120. A excluso a bem da disciplina ser aplicada ex-ofcio ao Aspirante-a-Oficial ou s Praas com estabilidade assegurada: I - quando houver se pronunciado o Conselho Permanente de Justia, por haverem sido condenados, em sentena julgada por aquele Conselho ou 33

Tribunal Civil, pena restritiva de liberdade superior a 02 (dois) anos, sobre o que tenha o Tribunal competente, se pronunciado acerca da perda da graduao; II - quando houverem perdido a nacionalidade brasileira; III - que incidirem nos casos que motivaram o julgamento pelo Conselho de Disciplina previstos na legislao especfica. Pargrafo nico. O Aspirante-a-Oficial ou a Praa com estabilidade assegurada que houver sido excluda a bem da disciplina, s poder readquirir a situao militar anterior por deciso administrativa decorrente de recurso, antes de esgotados os prazos prescricionais previstos em lei, em sede de reviso administrativa. Art. 121. da competncia do Comandante Geral o ato de excluso a bem da disciplina, do Aspirante-a-Oficial, bem como das Praas com estabilidade assegurada. Art. 122. A excluso da Praa, a bem da disciplina, acarreta a perda do seu grau hierrquico e no o isenta da indenizao dos prejuzos causados Fazenda Estadual ou a terceiros, nem das penses decorrentes de sentena judicial. Pargrafo nico. A Praa excluda bem da disciplina no ter direito a qualquer indenizao ou remunerao, e sua situao militar ser definida pela Lei do Servio Militar. Seo VI DA DESERO Art. 123. A desero do servidor militar acarreta interrupo do servio, com a conseqente demisso ex-ofcio para o Oficial ou excluso do servio ativo para a Praa. 1. A demisso do Oficial ou excluso da Praa com estabilidade assegurada, processar-se- aps 01 (um) ano de agregao, se no houver captura ou apresentao voluntria antes desse prazo. 2. A praa sem estabilidade assegurada ser automaticamente excluda, aps oficialmente declarada desertora. 3. O servidor militar desertor que for capturado ou que se apresente voluntariamente depois de ter sido demitido ou excludo, ser reincludo no servio ativo e a seguir agregado para que possa ser processado. 4. A reincluso em definitivo do servidor militar, de que trata o pargrafo anterior, depender de sentena do Conselho de Justia.

Seo VII DO FALECIMENTO E DO EXTRAVIO Art. 124. O falecimento do servidor militar da ativa acarreta interrupo do servio, a partir da data da ocorrncia do bito.

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Art. 125. O extravio do servidor militar da ativa acarreta interrupo do servio, com o conseqente afastamento temporrio do servio ativo, a partir da data em que o mesmo for oficialmente considerado extraviado. 1. O desligamento do servio ativo ser feito 6 (seis) meses aps a agregao por motivo de extravio. 2. Em caso de naufrgio, sinistro areo, catstrofe, calamidade pblica ou outros acidentes oficialmente reconhecidos, o extravio ou desaparecimento do servidor militar da ativa ser considerado como falecimento, para os fins previstos nesta lei, to logo sejam esgotados os prazos mximos de possvel sobrevivncia, ou quando se dem por encerradas as providncias de salvamento. Art. 126. O reaparecimento do servidor militar extraviado ou desaparecido, j desligado do servio ativo, resulta em sua reincluso e nova agregao, enquanto se apuram as causas que deram origem ao seu afastamento. Pargrafo nico. O servidor militar reaparecido ser submetido ao Conselho de Justificao ou a Conselho de Disciplina, por deciso do Governador do Estado ou do Comandante Geral, respectivamente, se assim for julgado necessrio. Captulo III DO TEMPO DE SERVIO Art. 127. Os servidores militares comeam a contar tempo de servio a partir da data de sua incluso, matrcula em rgo de formao militar ou nomeao para postos ou graduao das Instituies Militares. 1. Considera-se como data de incluso, para os fins deste artigo, a do ato de incluso em uma Organizao Militar, a de matrcula em qualquer rgo de formao de Oficiais ou Praas, ou a de apresentao para o servio em caso de nomeao. 2. O servidor militar reincludo recomear a contar seu tempo de servio na data de sua reincluso. Art. 128. Na apurao do tempo de servio do servidor militar ser feita a seguinte distino entre: I - tempo de efetivo servio; II - anos de servio. Art. 129. Tempo de efetivo servio: o espao de tempo computado, dia a dia, entre a data de incluso e a data do desligamento do servio ativo, mesmo que tal espao de tempo seja parcelado. 1. Ser tambm computado como tempo de efetivo servio: a) o tempo de servio prestado s Foras Armadas ou em outras Instituies Militares;

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b) o tempo de servio prestado nas Guardas Territoriais em atividades Policiais Militares, pelo pessoal selecionado para o ingresso na Polcia Militar e no Corpo de Bombeiros Militar; c) o tempo passado, dia a dia, nas Organizaes Militares, pelo servidor militar da Reserva da Corporao convocado para o exerccio de funo militar. 2. No sero deduzidos do tempo de efetivo servio, alm dos afastamentos do Art. 68, os perodos em que o servidor militar estiver afastado do exerccio de suas funes em decorrncia de gozo de licena especial. 3. Ao tempo de efetivo servio, de que trata este artigo e seus pargrafos, apurado e totalizado em dias, ser aplicado o divisor de 365 (trezentos e sessenta e cinco) para a correspondente obteno dos anos de efetivo servio. Art. 130. Ano de Servio: a expresso que designa o tempo de servio a que se refere o art. 129, com os seguintes acrscimos: I - tempo de servio pblico federal, estadual, municipal ou na atividade privada, prestado pelo servidor militar, anteriormente a sua incluso, matrcula, nomeao ou reincluso nas Corporaes Militares; II - tempo relativo a cada licena especial no gozada, contado em dobro. 1. Os acrscimos a que se referem os incisos I e II deste artigo, s sero computados no momento da passagem do servidor militar situao de inatividade e para esse fim especfico. 2. No computvel, para efeito algum, o tempo: a) que ultrapassar o perodo de 01 (um) ano, contnuo ou no, em licena para tratamento de sade de pessoa da famlia; b) passada em licena para tratar de interesse particular; c) passado como desertor; d) decorrido em cumprimento de pena de suspenso do exerccio do posto, graduao, cargo ou funo, por sentena transitada em julgado; e) decorrido em cumprimento de pena restritiva da liberdade, por sentena transitada em julgado, desde que no tenha sido concedida suspenso condicional da pena, quando, ento, o tempo que exceder ao perodo da pena ser computado para todos os efeitos, caso as condies estipuladas na sentena no o impeam. Art. 131. O tempo que o servidor militar passou, ou vier a passar, afastado do exerccio de suas funes, em conseqncia de ferimentos recebidos em acidente quando em servio, na preservao da ordem pblica, em operaes militares, ou de molstia adquirida no exerccio de qualquer funo militar, ser computado como se ele estivesse em efetivo exerccio daquelas funes. Art. 132. A data-limite estabelecida para final de contagem dos anos de servio para inatividade ser a prevista no art. 51, 1 desta lei, ocasio na qual o militar ficar adido ao Departamento de Pessoal, para fins de anotaes e remunerao, aguardando apenas do ato de desligamento. 36

Art. 133. Na contagem dos anos de servio no poder ser computada qualquer superposio de tempo de servio pblico federal, estadual ou municipal, nem com o tempo de servio computvel aps a incluso em Organizao Militar, ou nomeao para posto ou graduao nas Instituies Militares.

CAPTULO IV DAS RECOMPENSAS E DAS DISPENSAS DO SERVIO Art. 134. As recompensas constituem reconhecimento dos bons servios prestados pelos servidores militares. 1. As recompensas de que trata este artigo consistem em: I - prmio de Honra ao Mrito; II - condecoraes por servios prestados; III - elogios, louvores e referncias elogiosas; IV - dispensa do servio. 2. As recompensas sero concedidas de acordo com a forma estabelecida nas leis e regulamentos em vigor. Art. 135. As dispensas de servio so autorizaes concedidas aos servidores militares para afastamento total do servio, em carter temporrio. Art. 136. As dispensas de servio podem ser concedidas aos servidores militares: I - como recompensa; II - para desconto em frias; III - em decorrncia de prescrio mdica. Pargrafo nico. As dispensas de servio sero concedidas com a remunerao integral e computadas como tempo de efetivo servio. TTULO V DAS DISPOSIES GERAIS E TRANSITRIAS Art. 137. Os integrantes da banda de msica da Polcia militar que se encontrarem no exerccio de suas funes na data da publicao desta lei, concorrero s promoes at ao ltimo posto do quadro de oficiais de administrao. Art. 138. Aos militares que, na data da publicao desta Lei, j tiverem contado trinta anos ou mais de servio, dever ser aplicado regra estabelecida no art. 51, 1, sendo promovidos ao posto ou graduao imediatamente superior, independentemente de interstcio e vaga, permanecendo no servio ativo, na condio de agregado at seis meses, sendo, ento, transferido para a reserva remunerada ex-Oficio.

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Art. 139. Os interstcios dos Quadros de Oficias e de Praas podero ser reduzidos at a metade, por ato do Governador do Estado do Amap, mediante proposta do Comandante Geral da Corporao. Art. 140. A assistncia religiosa aos servidores militares ser regulada em legislao especfica. Art. 141. vedado o uso, por parte de organizao civil, de designaes que possam sugerir sua vinculao Polcia Militar e ao Corpo de Bombeiros Militar. Pargrafo nico. Excetuam-se das prescries deste artigo as associaes, clubes, crculos e outras entidades que congreguem membros da Polcia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar e que se destinem, exclusivamente, a promover intercmbio social e assistencial entre os servidores militares e seus familiares e, entre esses e a sociedade civil local. Art. 142. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicao. Macap - AP, 08 de julho de 2010.

PEDRO PAULO DIAS DE CARVALHO Governador

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