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Estatística na pesquisa experimental: Base conceitual, planejamento e análise estatística de experimentos. João Gilberto Corrêa da Silva (e-mail: [email protected]) Amauri de Almeida Machado (e - mail: [email protected]) 1 60ª RBRAS – 16º SEAGRO (20-24/07/2015)

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Page 1: Estatística na pesquisa experimental: Base conceitual ... · Estatística na pesquisa experimental: Base conceitual, planejamento e análise estatística de experimentos. João Gilberto

Estatística na pesquisa experimental:

Base conceitual, planejamento e análise

estatística de experimentos.

João Gilberto Corrêa da Silva(e-mail: [email protected])

Amauri de Almeida Machado(e-mail: [email protected])

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60ª RBRAS – 16º SEAGRO

(20-24/07/2015)

Page 2: Estatística na pesquisa experimental: Base conceitual ... · Estatística na pesquisa experimental: Base conceitual, planejamento e análise estatística de experimentos. João Gilberto

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Objetivo do minicurso:

• Proposta de abordagem racional para o planejamento e a análise estatística de experimentos, baseada em uma sequência conceitual e metodológica racional, completa e coerente.

• Destinada ao ensino-aprendizado de EstatísticaExperimental e sua aplicação na pesquisa científica.

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Parte 1 - Estatística na pesquisa

experimental: Base conceitual,

planejamento de experimentos.

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Destaques no texto:

• Conceitos: Designações/Definições – vermelho/azul.

• Ilustrações – verde.

Ilustração:

• Experimento com animais - suínos.

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1. Conceitos preliminares.

Unidade (sistema) - Conjunto de elementos relacionados,globalmente organizado, relacionado dinamicamente como meio externo e que realiza alguma função.

• Unidade de criação de suínos - sistema de produção que

compreende as propriedades do animal, do ambiente, do

manejo e da mensuração.

População objetivo (população) - Coleção das unidades que são objeto das inferências.

• Conjunto das unidades de criação de suínos do Estado do Rio

Grande do Sul.

Amostra - Conjunto das unidades escolhidas/construídas para representar a população objetivo.

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Variável – Representação simbólica da característica.

Nível – Uma forma de manifestação da característica /um símbolo (valor) particular da variável.• Do animal: sexo - m, f; idade - (0, 180 meses); peso - (0, 180 kg).

População amostrada - Conjunto das unidades do qual a amostra pode ser considerada uma escolha aleatória.

Característica - Propriedade das unidades da população objetivo e da amostra.

• Características: do animal - raça, sexo, idade, peso, sanidade,...;do ambiente - instalações, clima, doenças, pragas,...; do manejo - alimento, água, controles de doenças, pragas,..., colheita; e da mensuração.

Processo de inferência - Duas etapas:

1) Amostra População amostrada: Inferência objetiva.

2) População amostrada População objetivo: Inferência subjetiva.

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Amostra

Pesquisa científica - Investigação sistemática, objetiva e exaustiva de fenômenos com o propósito de descobrir fatos científicos e desenvolver teoria científica.

Pesquisa explicativa – Pesquisa para inferências sobre relações causais de características.

Três classes de características:

- Respostas - exprimem o desempenho das unidades.

- Explanatórias – cujo controle e alteração implicam, supostamente, a melhoria desse desempenho.

- Estranhas- demais características das unidades.

Implementação do método científico para a produção do conhecimento.

Pesquisa é executada em uma amostra da população objetivo.

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Característicasexplanatórias

Característicasestranhas

Causas

Característicasrespostas

Efeitos (confundidos)

Confundimento implica imprecisão e tendenciosidade das inferências sobre efeitos de características explanatórias.

Características respostas expressam efeitos de características explanatórias e características estranhas,que são confundidos.

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Experimento - Método de pesquisa explicativa em que há controle da amostra:• características explanatórias são associadas a unidades da amostra aleatoriamente;

• características estranhas são controladas para diminuiro confundimento e evitar a tendenciosidade.

(1) Estabelecimento do problema.(2) Formulação da hipótese.(3) Revisão da literatura.(4) Planejamento do experimento.(5) Condução do experimento.(6) Inferências - Análise dos resultados.(7) Interpretação dos resultados Conclusões.(8) Difusão dos resultados.

Objetivos do experimento

Processo do experimento:

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2. Objetivos do experimento.

Problema científico – Entrave ao desempenho desejado das unidades da população objetivo.

• Prejuízo da produção de carne decorrente do desenvolvimento

corporal lento do suíno no período de crescimento e terminação.

Hipótese científica - Conjetura de relação causal entre características respostas e características explanatórias que implica a melhoria do desempenho das unidades.

• A produção de carne suína é incrementada por dieta com nível

calórico apropriado.

Problema científico - Hipótese científica

Objetivos do experimento

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3. Planejamento do experimento.

Estabelecimento do plano do experimento – definição das decisões e ações para a execução do experimento.

O experimento é executado em uma amostra da população objetivo, segundo o plano pré-estabelecido..

Material experimental - Amostra, construída na execução do experimento.

• Planejamento do material experimental:

- planejamento das composições e das estruturas das três classes de características, nesta ordem:

1) respostas; 2) explanatórias e 3) estranhas;

- planejamento da relação entre as características explanatórias e as características estranhas.

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3.1. Planejamento das características respostas.

Compreende:

• Listagem das características respostas importantes.

• Identificação das características que devem ser mensuradas diretamente e das expressas por suas relações.

• Definição de variáveis para expressar essas características.

• Identificação da fração do material experimental onde cada característica será mensurada e do instante de sua mensuração.

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• Características respostas importantes:

1 - consumo de ração e conversão alimentar - mensuradas

no boxe periodicamente e agregadas ao final do final do

período experimental;

2 - peso corporal, peso de carcaça, peso de pernil e peso

de lombo - mensuradas no animal ao abate;

3 - peso corporal - mensurada no animal a cada 14 dias do

período experimental (70 a 154 dias).

- Características mensuradas em um instante (1 e 2); em mais

de um instante (3).

- Características mensuradas no boxe (1); no animal - em um

instante (2); em mais de um instante (3).

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3.2. Planejamento das características explanatórias.

• Características explanatórias são definidas pela hipótese científica ou características que possa afetar seus efeitos.

Fator de condição extrínseco ou de tratamento - Níveis são associados a unidades do material experimental por processo aleatório.

Fator de condição - Característica (variável) explanatória no experimento.

Fator de condição intrínseco - Níveis são inerentes a unidades do material experimental e não são passíveis de associação aleatória a essas unidades.

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Condição experimental (condição) - Nível de fator de condição.

Tratamento - Nível de fator de tratamento.

Fator fixo - Níveis da amostra - mesmos da população objetivo ou escolhidos arbitrariamente deste conjunto de níveis.

Fator aleatório - Níveis da amostra - supostamente amostra aleatória do conjunto dos níveis da população objetivo.

Estrutura das condições – Estrutura determinada pelas classificações das condições experimentais que são significativas para os objetivos do experimento.

• Construída pelas classificações sucessivas das condições significativas para os objetivos do experimento, partindo do fator C cujos níveis são as condições individuais até o fator de umúnico nível MC, que expressa o comportamento global das condições.

• Fator MC não é fator de condição.

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Relações de fatores (dois fatores A e B):

Relação cruzada - simbolizada por A*B - Níveis do fator Ase repetem nas combinações com os níveis do fator B.

Relação hierárquica ou aninhada em que A é o fator ninho e B o fator aninhado - denotada por A/B - Níveis do fator B que se combinam com níveis diferentes do fator A são diferentes.

Estruturas de fatores:

Estrutura unifatorial. Estrutura cruzada. Estrutura hierárquica ou aninhada. Estrutura mista.

• Combinação de dois fatores A e B cujos níveis são as combinações dos níveis de A e B , denotada por A^B, também é fator.

• Representação por diagramas de estrutura (diagramas de Hasse).

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Efeito de fatores (dois fatores A e B):

Relação de A e B

Fator Efeito Efeito

- MC MC Constante.

Cruzada:A*B

A AEfeito global de A eliminando o efeito constante –Efeito principal de A.

B BEfeito global de B eliminando o efeito constante –Efeito principal de B.

A B ABEfeito global de A B eliminando os efeitos de A e B e constante – Efeito da interação de A e B.

Aninhada:A/B

A AEfeito global de A eliminando o efeito constante –Efeito de A.

A B ABEfeito global de A B eliminando os efeitos de A e constante – Efeito de B dentro de A.

Efeito de fator da estrutura das condições – Fração do valor observado da variável resposta que é originada desse fator.

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a) para as variáveis mensuradas em um único instante: consumode ração, conversão alimentar, peso ao abate, peso de carcaça,de pernil e de lombo.

- Um fator de condição - D: Dieta - Fator de tratamento.

- Níveis na população: [2400; 3200] kcal/kg.

- Níveis na amostra: {2400, 2800, 3200} kcal/kg.

- D - Fator fixo.

- Condições - tratamentos: níveis do fator D={2400, 2800, 3200}.

• Será avaliado o efeito de dieta com energia metabolizável no intervalo

[2400; 3200] kcal/kg. Os níveis extremos e o intermediário desse

intervalo (2400, 2800, 3200) serão assinalados aos animais por

processo aleatório.

• Identificação dos fatores de condição e da estrutura dascondições depende da variável resposta.

Um efeito é fixo se os fatores que o originam são todos fixos; é aleatório, se pelo menos um desses fatores é aleatório.

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- Representação por diagrama de estrutura:

Efeitos

MC: Efeito global das condições - efeito constante.

D: Efeito global do fator Dieta eliminando o efeito

constante - efeito principal de D.

- Estrutura das condições: unifatorial.

- Representação simbólica: D.

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b) para a variável resposta mensurada em mais de um instante- peso corporal:

- Fator de condição adicional - I: Idade - características doanimal relacionadas com a idade.

- Fator intrínseco.

- Níveis na população: [70; 154] dias.- Níveis na amostra: {70, 84, 98, 112, 126, 140, 154}.

- I - Fator fixo.

- Três fatores de condição:

- D = {2400, 2800, 3200}, I = {70, 84,..., 154} e

D^I= {(2400,70),(2400,84),...,(2400,154),...,

(3200,70),(3200,84),...,(3200,154)}.

- Condições: Níveis dos fatores D, I e D^I .

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- Representação por diagrama de estrutura:

Efeitos

MC: Efeito global das condições – efeito constante.

D: Efeito global do fator Dieta eliminando o efeito

constante – efeito principal de D.

I: Efeito global do fator Idade eliminando o efeito

constante – efeito principal de I.

DI: Efeito global do fator Dieta^Idade eliminando os

efeitos de Dieta e Idade e o efeito constante

– efeito da interação de D e I.

- Estrutura das condições: fatorial cruzada completa.

- Representação simbólica: D*I.

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• Inicia com a descrição das características estranhas por meio de seus grandes agregados e a identificação das características potencialmente relevantes.

3.3. Planejamento das características estranhas.

• Experimento será conduzido em uma instalação de criação de suínos com 24 boxes e 48 animais machos da raça Duroc com idade de 70 dias provenientes de 8 leitegadas de 6 animais. Esses animais serão alocados em duplas a esses boxes que serão assinalados aleatoriamente às três dietas: 2400, 2800 e 3200 kcal/kg de energia metabolizável.

- Agregados das características estranhas:

- animal: sexo, idade, peso, sanidade,...

- ambiente: instalações, clima, doenças, parasitos, ...

- manejo: provisão de alimento, água, controles dedoenças e parasitos, abate,...

- mensuração.

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Erro experimental - Efeito das características estranhas sobre as características respostas.

Erro experimental é confundido com efeitos de fatores de condição.

Imprecisão e tendenciosidade das inferências.

Solução: controle de características estranhas:

Controle do erro experimental.

Controle experimental - Controle do erro experimental para diminuir e tornar não tendencioso seu confundimento com efeitos de fatores de condição.

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Procedimentos de controle experimental:

1 - controle de técnicas experimentais,2 - controle local,3 - controle estatístico e4 - casualização.

Controle de técnicas experimentais - Conjunto das ações de intervenção na amostra para controle do erro experimental.

• Controle de características dos animais, do manejo e da mensuração.

Fração de característica estranha controlada por técnicas experimentais não é incorporada na amostra.

Controle de técnicas experimentais deve ser efetuado até o ponto em que não prejudique a representatividade da amostra.

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Controle local - Classificação das unidades do material experimental em blocos homogêneos e associação das unidades às condições experimentais de modo que efeitos importantes dos fatores de condição não sejam afetados pelo erro experimental entre blocos.

• Classificação dos 24 boxes em 8 blocos de 3 boxes próximos e dos 48 animais em 8 blocos de 6 animais de mesma leitegada e alocação dos blocos de boxes aos blocos de animais de modo que resultem 2 animais por boxe, e

– assinalação dos 3 boxes de cada bloco às 3 dietas.

Controle de características dos boxes e dos animais.

• Controle local também é procedido ao longo do período experimental - técnicas de experimentais que possam implicar efeitos relevantes devem ser executadas bloco por bloco.

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Controle estatístico - Registro dos valores de variável estranha relevante (covariável) e seu uso para ajustar valores observados de variáveis respostas.

• Controle estatístico é efetivado pela análise da covariação.

Pressuposições:• relação linear entre variável reposta e covariável;• ausência de efeitos de fatores de condição sobre a covariável.

Controle local e controle estatístico:

• não afetam a constituição da amostra;• separam do erro experimental que afeta efeitos de fatores de condição os efeitos das características estranhas controladas;

• possibilitam o aumento da precisão das inferências.

• Controle do peso corporal inicial do animal.

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Casualização - Associação aleatória de características estranhas aos tratamentos.

• Casualização dos tratamentos:

- Associação aleatória dos 3 boxes de cada um dos 8 blocos às

3 dietas, separada e independentemente para cada bloco.

Características estranhas são casualizadas entre osboxes dentro de blocos.

Casualização visa tornar não tendencioso o confundimento do erro experimental com efeitos de fatores de condição.

Casualização é restrita por controle local e classificações relevantes do material experimental.

Casualização dos tratamentos – Associação aleatória de unidades do material experimental aos tratamentos.

Casualização de técnicas experimentais - Casualização da ordem da execução de técnicas experimentais nas unidades.

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Classificação das características estranhas segundo os processos de controle experimental que as afetam:

Controladas

Casualizadas

Potencialmente perturbadoras

Irrelevantes - Comportam-se como casualizadas Relevantes - Perturbadoras - Originam viés

controle localcontrole estatísticocasualização

não controladasnão casualizadas

Erro experimental que afeta efeitos de fatores de condição -compreende características estranhas casualizadas e potencialmente perturbadoras.

Pressuposição básica para inferências válidas:

- Ausência de características perturbadoras:

Erro experimental aleatório.

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• Unidade experimental depende do fator de condição.

• Unidade experimental do fator Dieta: boxe e respectivos dois

animais, com as características do material experimental que

lhes correspondem.

• Unidade experimental do fator Idade: fração do material

experimental correspondente a uma idade do animal.

Unidades experimentais dos fatores Dieta e Idade são diferentes.

Unidade experimental - Maior fração do material experimentalque é associada a um nível de fator de tratamento por umaatribuição simples pela casualização ou que manifesta um nívelde fator intrínseco, que lhe é inerente.

Formação de unidades experimentais – Conjunto das unidades experimentais de um fator de condição.

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Repetição de uma condição experimental - Unidades experimentais distintas com essa condição.

Número de repetições de uma condição experimental- Número de unidades experimentais com essa condição.

• 8 boxes para cada dieta (2400, 2800 e 3200): 8 repetições de cada tratamento.

• 1 período para cada idade (70, 84,...,154): 1 repetição de cada idade.

• Há apenas uma repetição para cada nível de fator intrínseco.

Unidade experimental elementar – Interseção das unidades experimentais.

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Unidade de observação –Maior fração do material experimentalonde é efetuada a mensuração individual de uma característicaresposta, ou seja, onde é observado um valor da variável que expressa essa característica.

• Unidade de observação:

1) de consumo de ração e conversão alimentar: boxe ao finaldo período experimental;

2) de peso de carcaça, peso de pernil e peso de lombo:

animal ao abate;

3) de peso corporal: animal ao final de cada intervalo de 14dias do período experimental.

A unidade de observação, assim como a unidade experimental, é usualmente identificada por um seu componente, subentendendo as características do material experimental que lhe correspondem.

•Depende da característica resposta.

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Fator de unidade - Característica estranha que constitui uma classificação relevante das unidades de observação.

Origem: Classificação das unidades de observação nelas próprias ou decorrente de formação de unidades experimentais, controle local e de outra origem que restrinja a casualização.

• Fatores de unidade são geralmente aleatórios.

• Construída pelas classificações sucessivas das unidades de observação, partindo do fator U cujas classes são as unidades de observação até o fator MU que classifica essas unidades em uma única classe e expressa o comportamento global das características estranhas.

• Fator MU não é fator de unidade.

Estrutura das unidades - Estrutura determinada pelas classificações relevantes das unidades de observação.

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• Efeitos são definidos conforme os significados dos fatores, semelhantemente aos efeitos de fatores de condição.

• Como fatores de unidade são geralmente aleatórios, seus efeitos também são geralmente aleatórios.

Erro experimental - efeito das características estranhas sobre as características respostas:

Efeito de um fator de unidade é um componente do erro experimental.

Efeito de fator da estrutura das unidades – Fração do valor observado da variável resposta que é originada desse fator.

Fatores de unidade estratificam o erro experimental.

Seus efeitos constituem estratos do erro experimental.

Page 33: Estatística na pesquisa experimental: Base conceitual ... · Estatística na pesquisa experimental: Base conceitual, planejamento e análise estatística de experimentos. João Gilberto

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• 1) Variáveis respostas mensuradas no boxe.

- Unidade de observação e unidade experimental do fator detratamento Dieta: boxe (com 2 animais).

- Controle local - formação de blocos de 3 boxes com 2 animais.

- Duas classificações das unidades de observação:

- nelas próprias (boxes) e nos blocos.

- Dois fatores de unidade:

- B: Bloco, - C: Boxe - Fatores aleatórios.

• Identificação dos fatores de unidade e da estrutura das unidades depende da variável resposta.

- Boxes de blocos diferentes são distintos.

- Fator C:Boxe é aninhado no fator B:Bloco.

Estrutura aninhada (hierárquica) balanceada.

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- Representação por diagrama de estrutura:

Efeitos

MU: Efeito global das características estranhas –

efeito constante.

B: Efeito global do fator Bloco eliminando o efeito

constante.

B●C: Efeito global do fator Boxe, eliminando o efeito

de Bloco e o efeito constante (efeito de Boxe

dentro de Bloco).

- Representação simbólica: B/C.

- Uma unidade de observação por unidade experimental

elementar – Estrutura de unidades de observações simples.

- Dois estratos do erro experimental: B, B●C.

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• 2) Variáveis respostas mensuradas no animal.

- Unidade de observação: animal.

- Unidade experimental do fator de tratamento Dieta:

boxe (com dois animais).

- Controle local - formação de blocos.

- Três classificações das unidades de observação:

- nelas próprias (animais),

- nas unidades experimentais (boxes) e

- nos blocos.

- Fatores de unidade:

- B: Bloco, - C: Boxe, - A: Animal - Fatores aleatórios.

- Animais de boxes diferentes são distintos e boxes de

blocos diferentes são distintos.

- Fator A é aninhado no fator C e este no fator B.

Estrutura : aninhada (hierárquica) balanceada.

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- Representação por diagrama de estrutura:

Efeitos

MU: Efeito global das características estranhas

- efeito constante.

B: Efeito global do fator Bloco eliminando o efeito

constante.

B●C: Efeito global do fator Boxe eliminando o efeito

de Bloco e o efeito constante (efeito de Boxe

dentro de Bloco).

B●C●A: Efeito global do fator Animal eliminando os

efeitos de Boxe e Bloco e o efeito constante.

- Representação simbólica: B/C/A.

- Duas unidades de observação por unidade experimental

elementar – Estrutura de unidades de observações múltiplas.

- Três estratos do erro experimental: B, B●C , B●C●A.

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• 3) Variável resposta mensurada no animal, repetidamente.

- Unidade de observação: animal.

- Unidade experimental do fator de tratamento Dieta: boxe.

- Controle local - formação de blocos.

- Observações em seis períodos.

- Quatro classificações das observação:

- nelas próprias, - nas unidades experimentais,

- nos blocos e - nos períodos.

- Fatores de unidade:

- B: Bloco - P: Período

- C: Boxe - A: Animal.

- A, C, B e P são fatores aleatórios.

P: Características do ambiente,

do manejo e da mensuração

- Fator A é aninhado no fator C e este no fator B, e fator P é

cruzado com os fatores A, C e B.

Estrutura: mista.

- Representação simbólica: (B/C/A)*P.

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Efeitos

MU: Efeito global das características estranhas– efeitoconstante.

B: Efeito de Bloco eliminando o efeito constante.

B●C: Efeito de fator Boxe, eliminando os efeitos de Blocoe constante (Boxe dentro de Bloco).

B●C●A: Efeito de Animal, eliminando os efeitos de Boxe eBloco e constante.

P: Efeito de Período eliminando o efeito constante.

B●P: Efeito de Bloco^Período, eliminando os efeitos deBloco, Período e constante (interação Bloco e Período).

B●C●P: Efeito de Boxe^Bloco^Período, eliminando osefeitos de Boxe, Bloco, Período e constante (interação período e boxe dentro de bloco).

B●C●A●P: Efeito de Animal^Boxe^Bloco^Período, eliminandoos efeitos de Boxe, Bloco, Período e constante.

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- Representação por diagrama de estrutura:

Observações repetidas no tempo nas unidades de observação

- Estrutura de unidades de observações repetidas.

- Sete estratos do erro experimental: B, B●C, B●C●A, P, B●P, B●C●P, B●C●A●P.

Page 39: Estatística na pesquisa experimental: Base conceitual ... · Estatística na pesquisa experimental: Base conceitual, planejamento e análise estatística de experimentos. João Gilberto

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3.4. Planejamento da estrutura do experimento.

Estrutura do Experimento - Relação entre a estrutura das condições e a estrutura das unidades, determinada pela casualização dos tratamentos e a manifestação dos níveis dos fatores intrínsecos.

Estrutura das Condições

Estrutura das unidades

Estrutura do experimento

Casualização dos tratamentos

Manifestação dos níveis dosfatores intrínsecos.

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Casualização estabelece correspondência entre fatores de condição e fatores de unidade.

• Efeitos de fatores de unidade: Estratos do erro experimental.

• Efeitos de fatores de condição situam-se em estratos do erro experimental:

Erro experimental que afeta esses efeitos.

Estrutura do experimento – Estrutura da amostra:• Base das inferências para a população amostrada:

• Níveis de um fator de unidade são as unidades experimentaisdo fator de condição com o qual se correspondem.

Duas etapas do processo de inferência:

1) Amostra População amostrada: Inferência objetiva.

2) População amostrada População objetivo: Inferência subjetiva.

Page 41: Estatística na pesquisa experimental: Base conceitual ... · Estatística na pesquisa experimental: Base conceitual, planejamento e análise estatística de experimentos. João Gilberto

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Estrutura de experimento é ortogonal, se:• Estruturas de condições e de unidades são ortogonais.• Fatores de condição permanecem ortogonais.• Fatores de condição são ortogonais a fatores de unidade.

Ortogonalidade de dois fatores:• Estrutura aninhada – Fatores são mutuamente ortogonais.

• Estrutura cruzada - Fatores A e B são ortogonais se as proporções dos tamanhos dos níveis de A^B para um mesmo nível de um desses fatores são as mesmas para todos os seus demais níveis.

Estrutura de condições é ortogonal, se:• Fatores de condições são mutuamente ortogonais.

Estrutura de unidades é ortogonal, se:• Fatores de unidades são uniformes - níveis de igual tamanho.• Fatores de unidades são mutuamente ortogonais.

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Relações entre efeitos de fator de condição A e efeitos de fator de unidade B:

• A B (níveis de A são repetidos):

Confundimento parcial de efeitos de A e B: A≅B.

• A≡B (níveis de A não são repetidos): Confundimento total de efeitos de A e B: A≡B.

• A B : níveis de A se combinamcom mais de um nível de B.

• A ≡B : A equivalente a B.

A - fator de condição

B - fator de unidade

Se estrutura do experimento é ortogonal, cada efeito de fator de condição se situa em um único estrato do erro experimental.

Relações entre fatores de condições e de unidades:

Fator intrínseco e fator de tratamento com uma repetição.

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Estratos com confundimento parcial têm dois componentes:- um expressa efeitos de fatores de tratamento confundidos

com erro experimental;- o outro exclusivamente erro experimental.

Estrutura provê inferências sobre esses efeitos defatores de tratamento.

• Inferências válidas (não tendenciosas) requerem que os dois componentes tenham mesma composição de efeitos, salvo pelos efeitos de fatores de tratamento.

• Problema: Efeito de fator de tratamento usualmente não expressa apenas efeitos das características explanatórias que o constituem; está confundido com efeitos de características estranhas veiculadas com os tratamentos.

- Controle de técnicas experimentais deve evitar que esse confundimento seja tendencioso.

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Estratos com confundimento total têm um único componente:

- expressa efeitos de fatores de condição confundidoscom erro experimental.

Estrutura não provê inferências sobre esses efeitosde fatores de condição.

- Salvo em circunstâncias particulares de fatores detratamento sob pressuposição de inexistência decertas interações.

Pressuposição:- Ausência de interação entre fator de condição e fator

de unidade.

Diagrama da estrutura do experimento pode ser construído a partir do diagrama das unidades pela inserção dos fatores de condição que são associados a fatores de unidade.

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Um diagrama da estrutura do experimento pode ser construído a partir do diagrama das unidades pela inserção dos fatores de condição que são associados a fatores de unidade.

• A partir desse diagrama podem ser:

- Listados os efeitos dos fatores de condição e dos fatores de unidade presentes na estrutura do experimento;

- Identificados os confundimentos dos efeitos dessas duas origens;

- Separados os efeitos de fatores de condição confundidos com erro experimental do erro experimental puro;

- Identificados os fatores da estrutura do experimento que são as fontes desses efeitos;

- Construído um esquema da análise da variação.

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• 1) Observações simples - Variáveis respostas mensuradas no

boxe: consumo de ração e conversão alimentar.

Casualização associa os 3 boxes de cada um dos 8 blocos às3 dietas, separada e independentemente para cada bloco.

Cada dieta em 8 boxes 8 repetições de cada dieta.

Dieta e Bloco constituem estrutura cruzada completa.

Estrutura de experimento ortogonal.

Boxes com dietas diferentes são distintos:

Efeito de dieta completamente confundido com o erro

experimental (dentro de blocos).

Mais de um boxe com mesma dieta – repetição:

Erro experimental (dentro de bloco) parcialmente confundido

com efeito de dieta: .

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Erro experimentalque afeta efeitos dofator de condição D.

Inexistência de interação entre efeitos de unidades

e efeitos de condições.

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• 2) Observações múltiplas - Variáveis respostas mensuradasno animal: peso de abate, peso de carcaça, peso de pernile peso de lombo.

Estrutura de experimento - Extensão da anterior que acrescenta

o fator de unidade Animal.

• Fator Animal aninhado nos fatores Bloco e Boxe → Fatores

ortogonais.

• Fator Dieta ortogonal aos fatores Animal, Bloco e Boxe.

Estrutura de experimento ortogonal.

Considerações importantes: mesmas da estrutura anterior.

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• 3) Observações repetidas - Variável resposta mensurada no

animal a cada 14 dias no período experimental: peso corporal.

Estrutura de experimento - Extensão da anterior que acrescenta

o fator de condição Idade e o fator de unidade Período.

• Cada um destes fatores é ortogonal aos fatores Dieta, Bloco,

Boxe e Animal, que são ortogonais.

• Fatores Idade e Período são equivalentesNão são ortogonais.

• Fatores Idade e Período - São ortogonais ao fator Dieta.

Inferências sobre:

• Efeito principal do fator Dieta: mesmas considerações da

estrutura anterior.

• Efeito principal do fator Idade - estrutura não provê inferências;

• Efeito da interação entre Idade e Dieta - provê inferências sob

pressuposição de ausência de interação entre Período e Dieta.

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Requisitos do plano do experimento:

• Estimação do erro experimental que afeta efeitos importantes de fatores de condição.

• Precisão - sensibilidade.• Validade - ausência de viés.•Validade interna – ausência de viés do erro experimental.

•Validade externa – ausência de viés do erro de amostragem.

• Simplicidade.• Manifestação dos efeitos reais dos tratamentos.• Provimento de medida de incerteza.

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Propriedades desejáveis das inferências demandamque o plano do experimento cumpra alguns requisitose a estrutura do experimento satisfaça adequadamenteos princípios básicos do delineamento de experimento.

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Obediência a esses princípios e requisitos permite a geração do delineamento experimental mais apropriado para a consecução dos objetivos do experimento, ou seja:

• O delineamento mais simples e mais eficiente, tanto no sentido estatístico como econômico.

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• Repetição

• Controle local

• Casualização

• Ortogonalidade

• Balanceamento

• Confundimento

Princípios básicos do delineamento de experimento:

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4. Bibliografia.

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http://independent.academia.edu/JgdaSilva

Sistema Galileu de Educação Estatística. Disponível no endereço:

http://www.galileu.esalq.usp.br.