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ESTADO DO ESPÍRITO SANTO ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA 1 AVULSOS DA 104ª SESSÃO ORDINÁRIA DO DIA 08.11.2011 ÍNDICE PROPOSIÇÃO PAG. 01) PL 266/11 DEP. LUZIA TOLEDO..............................................................03 02) PL 272/11 DEP. GILSINHO LOPES...........................................................07 03) PL 274/11 DEP. LUCIA DORNELLAS......................................................13 04) PL 280/11 DEP. GILSINHO LOPES...........................................................16 05) PL 249/11 DEP. DA VITÓRIA......................................................................21 06) PL 253/11 DEP. SÉRGIO BORGES..............................................................22 07) PL 282/11 DEP. JOSÉ CARLOS ELIAS.......................................................22 08) PEC 33/11 DEP. JOSÉ CARLOS ELIAS.....................................................23 09) PEC 34/11 DEP. JOSÉ CARLOS ELIAS.......................................................23 10) PL 321/11 DEP. LUCIA DORNELLAS........................................................24 11) PL 329/11 DEP. GILSINHO LOPES.............................................................25 DO ITEM (12) AO ITEM (19), PROJETOS DE DECRETOS LEGISLATIVOS DE ENTREGA DE TÍTULOS DE CIDADÃO ESPÍRITO-SANTENSE DE DIVERSOS DEPUTADOS E DEPUTADAS..............................................26 À 31 20) PR 35/11 DEP. MARCELO SANTOS...........................................................31 DO ITEM (21) AO ITEM (23), PROJETOS DE DECRETOS LEGISLATIVOS DE ENTREGA DE TÍTULOS DE CIDADÃO ESPÍRITO-SANTENSE DE DIVERSOS DEPUTADOS E DEPUTADAS..............................................32 À 33

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ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

1

AVULSOS DA 104ª SESSÃO ORDINÁRIA DO DIA 08.11.2011

ÍNDICE

PROPOSIÇÃO PAG.

01) PL 266/11 DEP. LUZIA TOLEDO..............................................................03

02) PL 272/11 DEP. GILSINHO LOPES...........................................................07

03) PL 274/11 DEP. LUCIA DORNELLAS......................................................13

04) PL 280/11 DEP. GILSINHO LOPES...........................................................16

05) PL 249/11 DEP. DA VITÓRIA......................................................................21

06) PL 253/11 DEP. SÉRGIO BORGES..............................................................22

07) PL 282/11 DEP. JOSÉ CARLOS ELIAS.......................................................22

08) PEC 33/11 DEP. JOSÉ CARLOS ELIAS.....................................................23

09) PEC 34/11 DEP. JOSÉ CARLOS ELIAS.......................................................23

10) PL 321/11 DEP. LUCIA DORNELLAS........................................................24

11) PL 329/11 DEP. GILSINHO LOPES.............................................................25

DO ITEM (12) AO ITEM (19), PROJETOS DE DECRETOS LEGISLATIVOS

DE ENTREGA DE TÍTULOS DE CIDADÃO ESPÍRITO-SANTENSE DE

DIVERSOS DEPUTADOS E DEPUTADAS..............................................26 À 31

20) PR 35/11 DEP. MARCELO SANTOS...........................................................31

DO ITEM (21) AO ITEM (23), PROJETOS DE DECRETOS LEGISLATIVOS

DE ENTREGA DE TÍTULOS DE CIDADÃO ESPÍRITO-SANTENSE DE

DIVERSOS DEPUTADOS E DEPUTADAS..............................................32 À 33

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ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

2

24) PEC 31/11 DEP. THEODORICO FERRAÇO...............................................33

25) PL 327/11 DEP. GLAUBER COELHO.........................................................35

26) PL 332/11 DEP. LUZIA TOLEDO................................................................36

27) PL 333/11 DEP. LUZIA TOLEDO................................................................38

DO ITEM (28) AO ITEM (32), PROJETOS DE DECRETOS LEGISLATIVOS

DE ENTREGA DE TÍTULOS DE CIDADÃO ESPÍRITO-SANTENSE DE

DIVERSOS DEPUTADOS E DEPUTADAS..............................................39 À 41

33) PR 37/11 DEP. GENIVALDO LIEVORE......................................................42

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ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

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PROJETO DE LEI 266/2011

Declara a criação artística dos tapetes de Corpus Christi como patrimônio imaterial do Estado do Espírito Santo.

A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPIRITO SANTO DECRETA:

Art. 1º - Declara os tapetes de Corpus Christi como patrimônio imaterial do Estado do Espírito Santo.

Art. 2º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação

.

Palácio Domingos Martins, 15 de agosto de 2011.

Luzia Toledo

Deputada Estadual- PMDB

JUSTIFICATIVA

Segundo a Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial, aprovada pela Unesco em 17 de outubro de 2003,

"entende-se por ‘patrimônio cultural imaterial’ as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas - junto com

os instrumentos, objetos, artefatos e lugares que lhes são associados - que as comunidades, os grupos e, em alguns casos, os

indivíduos reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural”. A partir de então, o registro e a declaração de bens

imateriais (os bens imateriais não são “tombados”, apenas os materiais) tornou-se prática constante de vanguarda e política

pública cultural contemporânea. No Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN tramitam alguns

procedimentos administrativos para o registro de bens imateriais. Dentre eles estão o Toque dos Sinos de São João Del Rei/

MG e o Festival Folclórico de Parintins dos Bumbás Garantido e Caprichoso/AM. Tais referências culturais são muito

ilustrativas do que se deve entender por bem cultural de natureza imaterial. Lembremos que os agressores do patrimônio

cultural tombado, registrado ou declarado, estão sujeitos às sanções da Le+i 9605 de 1998, especialmente a partir de seu artigo

62.

Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:

........................................................................................................

III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens

naturais notáveis e os sítios arqueológicos;

IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico e cultural;

V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;

Cabe ao Poder Executivo proceder o registro dos bens imateriais e ao Poder Legislativo declarar tais bens. Corpus Christi é

uma festa ao Corpo de Cristo. É uma data adotada na Igreja Católica, para comemorar a presença real de Jesus Cristo no

sacramento da Eucaristia, pela mudança da substância do pão e do vinho de seu corpo e de seu sangue (O Catolicismo declara

que a hóstia, torna-se literalmente em Carne e Sangue do Senhor Jesus). Por ser ainda recente, esta política pública cultural tem

sofrido reformas. Hoje, por exemplo, a tendência é a declaração de práticas culturais como patrimônios imateriais, ao invés de

instituições. A Festa de Corpus Christi em Castelo, município da região sul do Espírito Santo, é uma das mais tradicionais

manifestações de artesãos do Estado. O ponto alto do encontro que sempre acontece no feriado que batiza o evento é a reunião

dos tapetes fabricados ao longo de todo o ano pelos artistas da cidade e das regiões vizinhas. No nosso Estado a comemoração

de Corpus Christi é comemorado em vários municípios como: Aracruz, Cachoeiro, Cariacica, Castelo, Colatina, Conceição do

Castelo, Ibiraçu, Nova Venécia, Santa Maria de Jetibá, Santa Teresa, São Mateus, Vila Velha e Vitória, Viana e outros

totalizando 52 municípios. Os tapetes - confeccionados poucos dias antes da abertura oficial do evento - são colocados um ao

lado do outro e ocupam toda a extensão da principal rua de Castelo. Os artistas locais costumam usar a ocasião para protestar

contra problemas sociais e corrupção através dos desenhos retratados nos tapetes. É esta, sem dúvida, a continuação de um

histórico desta política cultural na qual pesa o valor dado às práticas comuns de grupos sociais, que transcendem religião e

tempo, de forma alguma endeusando a cultura, mas colocando-a como esfera mais ampla das relações humanas. Reconhecer

um patrimônio imaterial é fazer política pública cultural com seriedade e trabalho. Proteger e declarar que uma prática

ultrapassou as barreiras da fé, da denominação religiosa e da história é incluí-la na própria identidade de um povo.

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO

PARECER N.º 395/2011

Parecer do Relator: Projeto de Lei de n.º 266/2011

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ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

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Autora: Deputada Estadual Luzia Toledo

Assunto: “Declarar a criação artística dos tapetes de Corpus Christi como patrimônio Imaterial do Estado do Espírito Santo”.

RELATÓRIO

Trata-se de Projeto de Lei n° 266/2011, de autoria da Deputada Luzia Toledo, que tem como finalidade de “Declarar

a criação artística dos tapetes de Corpus Christi como patrimônio Imaterial do Estado do Espírito Santo”.

O Projeto passou pela Mesa Diretora sem restrições, em 16/08/11. Foi Publicado no Diário do Poder Legislativo do

dia 31 de agosto de 2011. A justificativa faz uma exposição dando conta da necessidade da matéria objeto de análise a ser

submetida na Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação para análise da constitucionalidade.

Designado Relator para a matéria ora em exame, passo a apresentá-lo sustentando o que segue.

É o relatório.

PARECER DO RELATOR - FUNDAMENTAÇÃO

DA ANÁLISE QUANTO AO ASPECTO DA LEGALIDADE E DA CONSTITUCIONALIDADE FORMAL E

MATERIAL

Trata-se de Projeto de Lei de nº 266/2011, de autoria da Deputada Luzia Toledo que “Declara a criação artística dos

tapetes de Corpus Christi como patrimônio imaterial do Estado do Espírito Santo”.

Existem considerações a fazer sobre o Projeto de Lei em comento, para dizer da dificuldade de sustentar a sua

constitucionalidade. Veja o que prescreve a legislação federal:

DECRETO Nº 3.551

DE 04 DE AGOSTO DE 2000

INSTITUI O REGISTRO DE BENS CULTURAIS DE NATUREZA IMATERIAL QUE

CONSTITUEM PATRIMÔNIO CULTURAL BRASILEIRO, CRIA O PROGRAMA NACIONAL

DO PATRIMÔNIO IMATERIAL E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

O Presidente da República, no uso da atribuição que lhe confere o Artigo 84, inciso IV, e tendo em vista o

disposto no Artigo 14 da Lei nº 9.649, de 27 de maio de 1998,

Decreta:

Artigo 1º - Fica instituído o Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial que constituem patrimônio

cultural brasileiro.

§ 1º - Esse registro se fará em um dos seguintes livros:

I - Livro de Registro dos Saberes, onde serão inscritos conhecimentos e modos de fazer enraizados no

cotidiano das comunidades;

II - Livro de Registro das Celebrações, onde serão inscritos rituais e festas que marcam a vivência coletiva

do trabalho, da religiosidade, do entretenimento e de outras práticas da vida social;

III - Livro de Registro das Formas de Expressão, onde serão inscritas manifestações literárias, musicais,

plásticas, cênicas e lúdicas;

IV - Livro de Registro dos Lugares, onde serão inscritos mercados, feiras, santuários, praças e demais

espaços onde se concentram e reproduzem práticas culturais coletivas.

§ 2º - A inscrição num dos livros de registro terá sempre como referência a continuidade histórica do bem e

sua relevância nacional para a memória, a identidade e a formação da sociedade brasileira.

§ 3º - Outros livros de registro poderão ser abertos para a inscrição de bens culturais de natureza imaterial

que constituam patrimônio cultural brasileiro e não se enquadrem nos livros definidos no parágrafo

primeiro deste artigo.

Artigo 2º - São partes legítimas para provocar a instauração do processo de registro:

I - o Ministro de Estado da Cultura;

II - instituições vinculadas ao Ministério da Cultura;

III - Secretarias de Estado, de Município e do Distrito Federal;

IV - sociedades ou associações civis.

Artigo 3º - As propostas para registro, acompanhadas de sua documentação técnica, serão dirigidas ao

Presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN, que as submeterá ao

Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural.

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ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

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§ 1º - A instrução dos processos de registro será supervisionada pelo IPHAN.

§ 2º - A instrução constará de descrição pormenorizada do bem a ser registrado, acompanhada da

documentação correspondente, e deverá mencionar todos os elementos que lhe sejam culturalmente

relevantes.

§ 3º - A instrução dos processos poderá ser feita por outros órgãos do Ministério da Cultura, pelas unidades

do IPHAN ou por entidade, pública ou privada, que detenha conhecimentos específicos sobre a matéria, nos

termos do regulamento a ser expedido pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural.

§ 4º - Ultimada a instrução, o IPHAN emitirá parecer acerca da proposta de registro e enviará o processo ao

Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, para deliberação.

§ 5º - O parecer de que trata o parágrafo anterior será publicado no Diário Oficial da União, para eventuais

manifestações sobre o registro, que deverão ser apresentadas ao Conselho Consultivo do Patrimônio

Cultural no prazo de até trinta dias, contados da data de publicação do parecer.

Artigo 4º - O processo de registro, já instruído com as eventuais manifestações apresentadas, será levado à

decisão do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural.

Artigo 5º - Em caso de decisão favorável do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, o bem será

inscrito no livro correspondente e receberá o título de "Patrimônio Cultural do Brasil". Parágrafo único -

Caberá ao Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural determinar a abertura, quando for o caso, de novo

Livro de Registro, em atendimento ao disposto nos termos do § 3º do Artigo 1º deste Decreto.

Artigo 6º - Ao Ministério da Cultura cabe assegurar ao bem registrado:

I - documentação por todos os meios técnicos admitidos, cabendo ao IPHAN manter banco de dados com o

material produzido durante a instrução do processo.

II - ampla divulgação e promoção.

Artigo 7º - O IPHAN fará a reavaliação dos bens culturais registrados, pelo menos a cada dez anos, e a

encaminhará ao Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural para decidir sobre a revalidação do título de

"Patrimônio Cultural do Brasil". Parágrafo único. Negada a revalidação, será mantido apenas o registro,

como referência cultural de seu tempo.

Artigo 8º - Fica instituído, no âmbito do Ministério da Cultura, o "Programa Nacional do Patrimônio

Imaterial", visando à implementação de política específica de inventário, referenciamento e valorização

desse patrimônio.

Parágrafo único. O Ministério da Cultura estabelecerá, no prazo de noventa dias, as bases para o

desenvolvimento do Programa de que trata este artigo.

Artigo 9º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 4 de agosto de 2000;

179º da Independência e 112º da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

Francisco Weffort

Não podemos deixar de ressaltar que a política de preservação do Patrimônio Imaterial brasileiro é recente, foi

instituída pelo Decreto Federal 3.551 de 2000. Acima exposto, subsidiando o art. 216 da Constituição. Qualquer bem pode vir

a integrar o patrimônio cultural brasileiro, desde que seja portador de referência à identidade, à ação, à memória dos

diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos termos do "caput" do artigo 216.

A ação institucional é pensada na forma de identificação, registro e salvaguarda do bem cultural. Para o escopo

metodológico se requer a delimitação do contexto de pesquisa, sua orientação territorial e temática; assim como a

contextualização socioeconômica, geográfica e histórica.

Considera-se que a realização do inventário só será possível com a anuência, participação e mobilização das

comunidades interessadas e a constituição de equipes adequadas de pesquisa.

As fases do Inventário são constituídas de levantamento preliminar, identificação e documentação do bem

cultural, da seguinte maneira:

a) sistematização de informações disponíveis em material bibliográfico e audiovisual sobre o universo a

inventariar;

b) aprofundamento do conhecimento sobre o bem cultural, por intermédio de pesquisa de campo e

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ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

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c) sistematização, em diferentes suportes e mídias, do conhecimento produzido nas etapas do

levantamento preliminar e da identificação.

Para realização do inventário proposto, se faz necessário a definição do projeto, a constituição da equipe de

pesquisa e as fontes de financiamento de tal empreendimento intelectual.

A equipe de pesquisadores deverá ter caráter multidisciplinar, composta por profissionais das áreas de Ciências

Sociais, História, Arqueologia, Letras, Museologia, Arquitetura e Geografia, sob a coordenação de um profissional de Ciências

Sociais, antropólogo ou historiador.

A título de exemplo em caso semelhante:

A reunião da Câmara do Patrimônio Imaterial que recusou o registro da Ayahuasca como patrimônio

cultural do Brasil alegava, entre outras coisas, que “comidas, bebidas, assim como crenças, filosofias e

teologias, não constituem em si bens culturais passíveis de Registro, mas sim, referências para a produção e

reprodução de processos, representações e práticas culturais”.

Algo semelhante aconteceu com o prosaico bolinho de feijão da gastronomia baiana — acarajé — que

ninguém dúvida que é parte constitutiva da cultura brasileira. Entretanto, o que foi oficialmente

patrimonializado intitula-se Ofício de Baiana de Acarajé e não o delicioso quitute em si. Algo semelhante

também está sendo pensado para a patrimonialização da capoeira.

Da análise do Projeto de Lei em exame, à luz dos dispositivos da Constituição Federal e do Código de

Decreto Federal de nº 3.551/2000, que antes será necessário uma análise por um dos órgãos do Governo

Estadual, para verificar se os “Tapetes de Corpus Christi”, preenchem os requisitos mínimos para ser

declarado patrimônio imaterial do Estado do Espírito Santo, a exemplo do artigo 3º do referido Decreto

Federal, verbis:

“Artigo 3º - As propostas para registro, acompanhadas de sua documentação técnica, serão dirigidas ao

Presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN, que as submeterá ao

Conselho Consultivo do Patrimônio Cultura.

Não afrontando os que pensam diferentes, entendo que se faz necessário a análise de um órgão técnico

estadual, para sobre ele, apresentar o projeto de lei estadual no sentido de declarar patrimônio imaterial do

Estado do Espírito Santo.

Por todo exposto, pelas razões acima, inclusive, com auxlio da justificativa do projeto, concluímos que o Projeto de

Lei nº 266/2011, de autoria da Deputada Luzia Toledo não atende aos pressupostos de constitucionalidade, juridicidade e

legalidade, por falta de um acervo sobre os “Tapetes de Corpus acervo sobre os “Tapetes de Corpus Christi, do município de

Castelo e outros Municípios que tradicionalmente confeccionam seus tapetes religiosos nas datas dos festejos adotados pela

Igreja Católica.”, do município de Castelo e Outros Municípios que tradicionalmente confeccionam seus tapetes religiosos nas

datas dos festejos adotados pela Igreja Católica.

Sendo assim, sugerimos aos demais membros desta douta Comissão a adoção do seguinte:

PARECER N.º 395/2011

A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela

inconstitucionalidade e ilegalidade do Projeto de Lei de n.º 266/2011, de autoria da Deputada Luzia Toledo.

Plenário "Rui Barbosa", 11 de outubro de 2011.

ELCIO ALVARES

Presidente

THEODORICO FERRAÇO

Relator

GILDEVAN FERNANDES

RODNEY MIRANDA

DARY PAGUNG

MARCELO SANTOS

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ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

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PROJETO DE LEI Nº 272/2011

“Altera a legislação do IPVA- Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores para assegurar melhores condições aos

estudantes.”

A Assembléia Legislativa do Estado do Espírito Santo D E C R E T A:

Art. 1º. O Capítulo III da lei 6.999, de 27 de dezembro de 2001, passa a se denominar Capítulo IV.

Art. 2º. Fica introduzido o Capítulo III na lei 6.999, de 27 de dezembro de 2001, que passa a vigorar com os seguintes artigos:

“CAPÍTULO III

DO INCENTIVO À EDUCAÇÃO

Art. 29-A. Os cidadãos que se valham de veículos automotores de passeio, para ter acesso à educação poderão receber os

incentivos previstos nesta lei.

Art. 29-B. Os incentivos poderão ser concedidos nas modalidades de:

I- Parcelamento diferenciado;

II- Redução da base de cálculo com finalidade de compensar as dificuldades de acesso ao local de estudo;

Art. 29- C. O parcelamento diferenciado consiste em prorrogação das quantidades de parcelas iguais e sucessivas mediante as

quais será pago o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores de passeio, em condições diferenciadas às previstas no

art. 16 desta lei.

Parágrafo único: O Regulamento proporcionará que o imposto possa ser parcelado em até, no máximo, 10 (dez) parcelas,

àqueles que preencherem as condições desta lei.

Art. 29-D. A redução de alíquota consiste em um incentivo que não será superior ao percentual de que trata o § 9º do art. 11

desta Lei, conforme for definido em regulamento, e aplicável exclusivamente a carros de passeio denominados “carros

populares”.

§ 1º: O Regulamento poderá escalonar a redução de alíquota conforme o valor do carro de passeio “popular”, podendo ser

deferida a redução a partir do segundo emplacamento, respeitada a redução máxima de 50% (cinqüenta) por cento.

§ 2º: O percentual da redução levará, sempre que possível, em consideração as despesas que o proprietário do veículo tiver com

o pedágio para comparecer à instituição de ensino, em comparação com o valor do Imposto Sobre a Propriedade de Veículos

Automotores.

§ 3º: O Regulamento definirá quais são os veículos automotores de passeio que serão considerados “carros populares”, para

efeito desta lei.

Art. 29- E. Para fazer jus aos incentivos previstos nesta lei, os proprietários de veículos automotores deverão preencher as

seguintes condições, sem prejuízo de outras que forem estabelecidas pelo Regulamento:

I- Assinatura de declaração, sob pena de responsabilidade cível, criminal e administrativa de que para se deslocar entre

o local da residência ou do trabalho até a instituição de ensino precisa conduzir o veículo através de praça de pedágio em

rodovia estadual.

II- Comprovação, mediante documentação hábil, da matrícula perante a instituição de ensino, da freqüência escolar, do

local de residência e de localização do trabalho e da instituição de ensino.

Art. 29- F. Os contribuintes interessados farão requerimento, comprovando o preenchimento dos requisitos desta Lei e os do

Regulamento e optando pelas modalidades de incentivo.

§ 1º: O Regulamento fixará os períodos em que o requerimento será recebido, tanto para fins de proporcionar a comprovação

por parte dos estudantes contribuintes, quanto para que seja possível à autoridade apreciar em tempo hábil o requerimento.

§ 2º: Deferido algum dos incentivos de que trata esta lei, ele será aplicado exclusivamente no ano fiscal posterior, cabendo ao

interessado, a cada ano, renovar o requerimento.

§ 3º: Somente se admitirá a concessão dos dois incentivos de forma concomitante aos proprietários de veículos de passeios

“populares”, tendo em vista que os demais somente poderão fazer jus ao parcelamento diferenciado.

Art. 3º. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos para o ano fiscal posterior à sua publicação.

Sala das Sessões, 16 de agosto de 2011.

DEPUTADO GILSINHO LOPES

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ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

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JUSTIFICATIVA

1. DA INICIATIVA PARLAMENTAR DE LEIS TRIBUTÁRIAS:

Decidiu o Supremo Tribunal Federal que é iniciativa parlamentar dispor sobre matéria tributária:

RECURSO EXTRAORDINARIO 634.999 (743) ORIGEM : ADI - 994092243858 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUAL PROCED. : SAO PAULO RELATORA : MIN. CARMEN LUCIA RECTE.(S) : MUNICIPIO DE

CATANDUVA PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICIPIO DE CATANDUVA RECDO.(A/S) :

PRESIDENTE DA CAMARA MUNICIPAL DE CATANDUVA ADV.(A/S) : MARCIO TARCISIO THOMAZINI

DECISAO RECURSO EXTRAORDINARIO. 1) AUSENCIA DE PREQUESTIONAMENTO: SUMULAS N. 282 E 356

DO SUPREMO TRIBUNAL. 2) LEI DE INICIATIVA PARLAMENTAR QUE DISPONHA SOBRE MATERIA

TRIBUTARIA: INEXISTENCIA DE VICIO FORMAL E DE CONTRARIEDADE AO PRINCIPIO DA SEPARACAO

DE PODERES. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO. Relatório 1. Recurso extraordinário interposto com

base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República contra o seguinte julgado do Tribunal de Justiça de São Paulo:

"1. E ação direta de inconstitucionalidade ajuizada pelo Prefeito do Município de Catanduva, com pedido de concessão de

liminar, visando a suspensão da eficácia da Lei Complementar Municipal n° 490, de 01 de setembro de 2009, oriunda de

proposta da Câmara Municipal, promulgada pelo seu Presidente Sustenta o autor, em síntese, que a lei impugnada, ao alterar o

art. 265, da Lei Complementar Municipal n° 98, de 23 de dezembro de 1998, para dispor sobre os efeitos de reclamação em

face de lançamento tributário, violaria os arts. 5º ["são Poderes do Estado, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o

Executivo e o Judiciário"], 25 ["nenhum projeto de lei que implique a criação ou o aumento de despesa publica será sancionado

sem que dele conste a indicação dos recursos disponíveis, próprios para atender aos novos encargos"] e 144 ["os Municípios,

com autonomia política, legislativa, administrativa e financeira se auto-organizarão por Lei Orgânica, atendidos os princípios

estabelecidos na Constituição Federal e nesta Constituição"], da Constituição do Estado, bem como o art. 67, VI, da Lei

Orgânica do Município de Catanduva. (...) Embora, de ordinário, não haja óbice a iniciativa parlamentar de leis tributarias de

caráter geral (art. 24, §§ 1º e 2º, da CE), este Colendo Órgão Especial tem reconhecido sua inconstitucionalidade quando são de

natureza benéfica já que incontornável o impacto dos benefícios fiscais assim concedidos no orçamento municipal violando de

modo reflexo os arts 165 da CF e 174 da CE estabelecendo expressamente a iniciativa privativa do Poder Executivo para a

legislação sobre o orçamento anual cujos projetos hão de se fazer acompanhar de demonstrativo dos efeitos decorrentes de

isenções anistias remissões subsídios e benefícios de natureza financeira tributaria e creditícia (art. 165, § 6º, da CF e art. 174, §

6º, da CE). (...) Entretanto, o diploma legal aqui impugnado, de iniciativa parlamentar, ao alterar a redação do art. 265, da Lei

Complementar n° 98, de 23 de dezembro de 1998, do Município de Catanduva, dele fez constar que "a reclamação não cessa

encargos de acréscimos como multa, juros e correção monetária, salvo se for julgado procedente o pedido do sujeito passivo ou

recebida em seu efeito suspensivo durante o período que permanecer sob a analise do Poder Executivo até sua decisão de

primeira instancia (fls 15) Nota-se, com efeito, que, embora concernente a matéria tributária, especificamente sobre o

procedimento do lançamento, a alteração legislativa impugnada não poderia causar impacto de redução no orçamento

municipal. Apenas regulou os efeitos de reclamação porventura manejada pelos contribuintes ou responsáveis tributários

contra o respectivo lançamento que permaneceu inalterado dentre as atividades próprias da administração (...) Ora, o

dispositivo legal impugnado, repita-se, nada mais fez que regular os consectários da impontualidade no âmbito do

procedimento administrativo eventualmente instaurado, sem interferência nas atividades do fisco, de modo que não ocorrem o

alegado vício de iniciativa, a violação à separação dos Poderes ou a ingerência indevida nos assuntos administrativos (fls 55 59

grifos nossos) 2. O Recorrente afirma que o art. 265 da Lei Complementar n° 98 do Município de Catanduvas/SP contrariaria o

principio da separação de Poderes, pois "cabe ao Chefe do Executivo estabelecer a ampliação do prazo para impugnação do

lançamento tributário uma vez que a administração da cidade e feita por esse, não por vereadores" (fl. 68). Alega, ainda, que

aquela Lei municipal teria vício de iniciativa, o que contrariaria o art. 67, inc. VI, da Lei Orgânica do Município de

Catanduvas/SP [compete privativamente ao Prefeito VI dispor sobre a organização e funcionamento da Administração

Municipal na forma da lei] o art 144 da Constituição do Estado de São Paulo ["os Municípios, com autonomia política,

legislativa, administrativa e financeira se auto-organizarão por Lei Orgânica, atendidos os princípios estabelecidos na

Constituição Federal e nesta Constituição"] e o art. 29 da Constituição da República. Analisados os elementos havidos nos

autos, DECIDO. 3. Razão jurídica não assiste ao Recorrente. 4. O art. 29 da Constituição não foi objeto de debate e decisão

previstos no Tribunal de origem, tampouco foram opostos embargos de declaração com a finalidade de comprovar ter havido,

no momento processual próprio, o prequestionamento. Incidem na espécie vertente as Sumulas 282 e 356 do Supremo Tribunal

Federal. Nesse sentido: "EMBARGOS DE DECLARACAO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONVERSAO EM

AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSUAL CIVIL. AUSENCIA DE PREQUESTIONAMENTO. INCIDENCIA DAS

SUMULAS 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA

PROVIMENTO. A matéria constitucional contida no recurso extraordinário não foi objeto de debate e exame prévios no

Tribunal a quo Tampouco foram opostos embargos de declaração o que não viabiliza o extraordinário por ausência do

necessário prequestionamento (AI 631 961 ED, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 15.5.2009). 5. Ademais, pela

jurisprudência do Supremo Tribunal, leis de iniciativa parlamentar que disponham sobre matéria tributaria não

contrariam o principio da separação dos Poderes nem tem vicio formal Nesse sentido "Ação direta de

inconstitucionalidade. Medida liminar. Lei 6.486, de 14 de dezembro de 2000, do Estado do Espírito Santo. - Rejeição

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ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

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das preliminares de falta de interesse de agir e de vedação da concessão de liminar com base na decisão tomada na ação

declaratória de constitucionalidade nº 4. - No mérito, não tem relevância jurídica capaz de conduzir a suspensão da

eficácia da Lei impugnada o fundamento da presente arguição relativo a pretendida invasão, pela Assembléia

Legislativa Estadual, da iniciativa privativa do Chefe do Executivo prevista no artigo 61, § 1º, II, "b", da Constituição

Federal, porquanto esta Corte (assim na ADIMEC 2.304, onde se citam como precedentes as ADIN`s - decisões

liminares ou de mérito - 84, 352, 372, 724 e 2.072) tem salientado a inexistência, no processo legislativo, em geral, de

reserva de iniciativa em favor do Executivo em matéria tributaria, sendo que o disposto no art. 61, § 1º, II, "b", da

Constituição Federal diz respeito exclusivamente aos Territórios Federais. Em consequência, o mesmo ocorre com a

alegação, que resulta dessa pretendida iniciativa privativa de que por isso seria também ofendido o principio da

independência e harmonia dos Poderes (artigo 2º da Carta Magna Federal) Pedido de liminar indeferido (ADI 2 392

MC Rel Min Moreira Alves Tribunal Pleno, DJ 1º.8.2003 - grifos nossos). "ACAO DIRETA DE

INCONSTITUCIONALIDADE. LEI N. 8.366, DE 7 DE JULHO DE 2006, DO ESTADO DO ESPIRITO SANTO. LEI

QUE INSTITUI INCENTIVO FISCAL PARA AS EMPRESAS QUE CONTRATAREM APENADOS E EGRESSOS.

MATERIA DE INDOLE TRIBUTARIA E NAO ORCAMENTARIA. A CONCESSAO UNILATERAL DE

BENEFICIOS FISCAIS, SEM A PREVIA CELEBRACAO DE CONVENIO INTERGOVERNAMENTAL, AFRONTA

AO DISPOSTO NO ARTIGO 155, § 2º, XII, G, DA CONSTITUICAO DO BRASIL. 1. A lei instituidora de incentivo

fiscal para as empresas que contratarem apenados e egressos no Estado do Espírito Santo não consubstancia matéria

orçamentária. Assim, não subsiste a alegação, do requerente de que a iniciativa seria reservada ao Chefe do Poder

Executivo (ADI 3.809, Rel. Min. Eros Grau, Tribunal Pleno, Dje 14.9.2007 - grifos nossos). "ACAO DIRETA DE

INCONSTITUCIONALIDADE. LEI Nº 553/2000, DO ESTADO DO AMAPA. DESCONTO NO PAGAMENTO

ANTECIPADO DO IPVA E PARCELAMENTO DO VALOR DEVIDO. BENEFICIOS TRIBUTARIOS. LEI DE

INICIATIVA PARLAMENTAR. AUSENCIA DE VICIO FORMAL. 1. Não ofende o art. 61, § 1º, II, b da Constituição

Federal lei oriunda de projeto elaborado na Assembléia Legislativa estadual que trate sobre matéria tributaria, uma vez

que a aplicação deste dispositivo esta circunscrita as iniciativas privativas do Chefe do Poder Executivo Federal na

órbita exclusiva dos territórios federais Precedentes ADI nº 2 724 rel Min Gilmar Mendes DJ 02 04 04 ADI nº 2 304 rel

Min Sepulveda Pertence DJ 15.12.2000 e ADI nº 2.599-MC, rel. Min. Moreira Alves, DJ 13.12.02 2. A reserva de

iniciativa prevista no art 165 II da Carta Magna por referir se a normas concernentes as diretrizes orcamentárias não

se aplica a normas que tratam de direito tributário como são aquelas que concedem beneficios fiscais Precedentes ADI

nº 724 MC rel Min Celso de Mello DJ 27 04 01 e ADI nº 2 659 rel Min Nelson Jobim DJ de 06 02 04 3 Acao direta de

inconstitucionalidade cujo pedido se julga improcedente" (ADI 2.464, Rel. Min. Ellen Gracie, Tribunal Pleno, Dje

25.5.2007 - grifos nossos). "CONSTITUCIONAL. LEI DE ORIGEM PARLAMENTAR QUE FIXA MULTA AOS

ESTABELECIMENTOS QUE NAO INSTALAREM OU NAO UTILIZAREM EQUIPAMENTO EMISSOR DE

CUPOM FISCAL. PREVISAO DE REDUCAO E ISENCAO DAS MULTAS EM SITUACOES PREDEFINIDAS.

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA NAO LEGISLOU SOBRE ORCAMENTO, MAS SOBRE MATERIA TRIBUTARIA

CUJA ALEGACAO DE VICIO DE INICIATIVA ENCONTRA-SE SUPERADA. MATERIA DE INICIATIVA

COMUM OU CONCORRENTE. ACAO JULGADA IMPROCEDENTE" (ADI 2.659, Rel. Min. Nelson Jobim,

Tribunal Pleno, DJ 6.2.2004 - grifos nossos). Dessa orientação jurisprudencial não divergiu o julgado recorrido. 6. Pelo

exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art. 557, caput, do Codigo de Processo Civil e art. 21, § 1º, do

Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal) Publique-se. Brasilia, 10 de marco de 2011. Ministra CARMEN

LUCIA Relatora

2. DA NECESSIDADE DE CONCEDER MELHORES CONDIÇÕES AOS ESTUDANTES

É uma realidade que, tendo em vista as restrições do transporte coletivo público, muitos estudantes necessitam de veículos para

poderem ao mesmo tempo trabalhar e estudar, ou mesmo para se deslocarem de suas residências para a instituição de ensino.

Acontece que muitos dos estudantes são obrigados a ultrapassarem as Praças de Pedágio das Rodovias estaduais, em especial, a

Praça de Pedágio da Terceira Ponte e de Guarapari.

Isso acontece constantemente quando um estudante trabalha em Vitória e estuda em Vila Velha, ou vice versa. E o pedágio

acaba encarecendo muito e dificultando as condições dos estudantes.

Como não é possível modificar as regras do pedágio, pois as mesmas foram definidas quando da firmatura do contrato de

concessão, a única alternativa viável é possibilitar incentivos no IPVA.

Este Projeto de lei possibilita a concessão de incentivos, e permite grande flexibilidade ao Governo, pois o Regulamento poderá

fixar exigências e condições.

No entanto, é precioso ressaltar que somente poderá fazer jus ao incentivo quem comprovar cabalmente preencher aos

requisitos legais.

3. DOS INCENTIVOS PROPOSTOS

Para compreensão dos incentivos propostos, comparemos a situação atual com a proposta neste Projeto de Lei de incentivo ao

estudo.

I- Situação atual: parcelamento do IPVA: em apenas 2 parcelas.

Situação proposta: parcelamento do IPVA: em até 10 parcelas.

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ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

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II- Situação atual: alíquota de 2% para os carros de passeio, admitindo-se a redução da base de cálculo em 50% somente para o

primeiro emplacamento.

Situação proposta: possibilidade de redução da base de cálculo em até 50% do segundo emplacamento em diante, mas somente

para os carros “populares”, assim definidos pelo Decreto Regulamentador.

III- Possibilidade de cumulação dos dois incentivos apenas aos veículos “populares” e validade do incentivo deverá ser

renovada anualmente, sempre mediante requerimento à SEFA e com prova de preencher os requisitos legais e regulamentares.

4. CONCLAMAÇÃO AOS PARES

Nobres Colegas Deputados, a aprovação desta Lei trará justiça fiscal aos estudantes, sobretudo os de nível médio e superior,

principalmente aqueles que possuem o veículo como um instrumento de trabalho, para que possam pagar por sua educação e

conciliar os horários de estudo. Ou seja, aqueles que precisam trabalhar para sustentar seus estudos. Também queremos ajudar

aqueles que, somente pelo fato de estudarem em outra cidade, são obrigados a pagar pedágio, o que se torna um enorme custo

adicional à educação. O pedágio exerce grande influência restritiva e negativa àqueles que precisam se deslocar pela Rodovia

do Sol, de modo que, aprovada esta norma, daremos melhores condições aos estudantes capixabas.

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO

PARECER N.º 398/2011

RELATÓRIO

O Projeto de Lei n.º 272/2011, de autoria do Senhor Deputado Gilsinho Lopes, objetiva dispor sobre a alteração da

legislação do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores – IPVA (Lei nº 6.999/2001), para assegurar benefícios aos

estudantes, e, para tanto, apresenta outras providências correlatas. O referido Projeto foi protocolizado no dia 16 de agosto de

2011.

Por sua vez, a Proposição Legislativa foi lida na Sessão Ordinária do dia 17 de agosto de 2011 e publicada no Diário

do Poder Legislativo - DPL datado do dia 31 de agosto de 2011, às fls. 4.410 a 4.414. Após, a Proposição recebeu

encaminhamento para esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, conforme dispõe o dispositivo do

art. 41, I, da Resolução n.º 2.700/2009 (Regimento Interno desta Augusta Assembléia Legislativa).

Este é o Relatório.

PARECER DO RELATOR

Conforme acima grifado, Projeto de Lei n.º 272/2011, de autoria do Senhor Deputado Gilsinho Lopes, visa instituir

benefício fiscal na Lei n.º 6.999, de 27 de dezembro de 2001, que passa a vigorar com o “CAPÍTULO III”, denominado de:

“DO INCENTIVO À EDUCAÇÃO”.

Em tal pretenso Capítulo III, o Projeto apresenta o objeto normativo de garantir aos cidadãos, que se valham de

veículos automotores de passeio para ter acesso à educação, o benefício de receber incentivos, conforme modalidades que

especifica. Para fins de adequação, a normatização ainda prevê outras providências, como, por exemplo:

i) Os incentivos poderão ser concedidos nas modalidades de: (i) parcelamento diferenciado e (ii)redução da

base de cálculo com finalidade de compensar as dificuldades de acesso ao local de estudo;

ii) O parcelamento diferenciado consiste em prorrogação das quantidades de parcelas iguais e sucessivas

mediante as quais será pago o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores de passeio, em

condições diferenciadas às previstas no art. 16 da Lei n.º 6.999/2001;

iii) o imposto poderá ser parcelado em até, no máximo, 10 (dez) parcelas, àqueles que preencherem as

condições desta pretensa lei;

iv) A redução de alíquota consiste em um incentivo que não será superior ao percentual de que já trata o art.

11 da Lei n.º 6.999/2001, conforme for definido em regulamento, e aplicável exclusivamente a carros de

passeio denominados “carros populares;

v) Poderá ser escalonada a redução de alíquota, conforme o valor do carro de passeio “popular”, podendo

ser deferida a redução a partir do segundo emplacamento, respeitada a redução máxima de 50% (cinqüenta)

por cento;

vi) O percentual da redução levará, sempre que possível, em consideração as despesas que o proprietário do

veículo tiver com o pedágio para comparecer à instituição de ensino, em comparação com o valor do

Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores;

vii) O Regulamento definirá quais são os veículos automotores de passeio que serão considerados “carros

populares”, para efeito desta pretensa lei;

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ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

11

viii) Para fazer jus aos incentivos, os proprietários de veículos automotores deverão preencher as seguintes

condições, sem prejuízo de outras que forem estabelecidas pelo Regulamento: (a) assinatura de declaração,

sob pena de responsabilidade cível, criminal e administrativa de que para se deslocar entre o local da

residência ou do trabalho até a instituição de ensino precisa conduzir o veículo através de praça de pedágio

em rodovia estadual e (b) comprovação, mediante documentação hábil, da matrícula perante a instituição de

ensino, da freqüência escolar, do local de residência e de localização do trabalho e da instituição de ensino;

ix) Os contribuintes interessados farão requerimento, comprovando o preenchimento dos requisitos

exigidos e optando pelas modalidades de incentivo;

x) Será fixado, por regulamento, os períodos em que o requerimento será recebido, tanto para fins de

proporcionar a comprovação por parte dos estudantes contribuintes, quanto para que seja possível à

autoridade apreciar em tempo hábil o requerimento;

xi) Havendo deferimento de algum dos incentivos, ele será aplicado exclusivamente no ano fiscal posterior,

cabendo ao interessado, a cada ano, renovar o requerimento;

xii) Somente se admitirá a concessão dos dois incentivos de forma concomitante aos proprietários de

veículos de passeios “populares”, tendo em vista que os demais somente poderão fazer jus ao parcelamento

diferenciado;

xiii) Prevê que a pretensa lei entrará em vigor na data de sua publicação, porém com produção de efeitos

para o ano fiscal posterior à sua publicação.

Notadamente, seu escopo é de grande relevância para o interesse público, daí o elevado grau de importância,

principalmente como um bom objetivo para proporcionar melhores meios financeiros, em especial, aos estudantes que

possuírem carros populares. Nessa linha informa a Justificativa do Projeto:

É uma realidade que, tendo em vista as restrições do transporte coletivo público, muitos estudantes

necessitam de veículos para poderem ao mesmo tempo trabalhar e estudar, ou mesmo para se deslocarem de

suas residências para a instituição de ensino.

Acontece que muitos dos estudantes são obrigados a ultrapassarem as Praças de Pedágio das Rodovias

estaduais, em especial, a Praça de Pedágio da Terceira Ponte e de Guarapari.

Diante do mérito, o Projeto apresenta-se apto e adequado aos anseios do interesse social, haja vista que o seu objeto

normativo visa atender e otimizar o acesso a educação. Com esta convergência, o Projeto de Lei ora em apreço possui patente

meritória.

Sob o âmbito jurídico a Justificativa do Autor é rica em demonstrar as manifestações do Excelso Supremo Tribunal

Federal de que não há vício de inconstitucionalidade formal do Projeto, por invasão de iniciativa legislativa privativa do

Governador do Estado, em face da matéria tratada ser de ordem: tributária e de incentivo fiscal. Com esse mister, a

Justificativa colecionou vários julgados que, dentre eles, destacamos: a ADI 3.809, Rel. Min. Eros Grau, Tribunal Pleno, Dje

14.9.2007; e a ADI 2.464, Rel. Min. Ellen Gracie, Tribunal Pleno, Dje 25.5.2007. Quanto a esse ponto da análise, resta

confirmar a não existência de vício de inconstitucionalidade formal.

Entretanto, o objeto normativo do Projeto de Lei n.º 272/2011 produz infringência direta aos comandos endereçados

nos incisos III e VI, do parágrafo único, do artigo 63, da Constituição Estadual. Tal infringência se verifica pela própria

circunstância definida no texto da Proposição Normativa, pois, por ser de autoria de parlamentar, não poderia prever nova

atribuição para Secretaria de Estado, bem como, não poderia definir procedimentos de organização administrativa e de pessoal

da administração do Poder Executivo Estadual.

Em suma, por ser de autoria de Parlamentar Estadual, o Projeto acaba por regulamentar sobre a organização

administrativa e de pessoal do Poder Executivo Estadual e sobre a definição de novas incumbências para órgão público do

Poder Executivo Estadual (in casu a Secretaria Estadual da Fazenda) e, além disso, impõe também ao Poder Executivo a

necessidade de reorganização administrativa e de pessoal daquela Secretaria – como, por exemplo, (1) a necessidade de novos

procedimentos administrativos internos da referida Secretaria para adequar o sistema a nova forma de parcelamento do IPVA

especificado; (2) nova organização estrutural e de pessoal para a realização de novos protocolos de controle dos documentos

das despesas com pedágios, controle de declarações, controle de documentação de matrículas dos alunos motoristas que serão

beneficiados, controle de cada processo de benefício criado em razão do requerimento do pretenso benefício, controle dos

lançamentos confirme cada benefício concedido; e (3) incumbência para a Procuradoria Geral do Estado que terá que adotar

medidas civis, criminais e administrativas em desfavor daqueles que fraudarem os procedimentos para a concessão do

benefício.

Nesse contexto, o Projeto viola diretamente a esfera de Iniciativa Legislativa Privativa do Chefe do Poder Executivo.

Vejamos o que define a Constituição Estadual, in verbis:

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ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

12

Art. 63. A iniciativa das leis cabe a qualquer membro ou comissão da Assembleia Legislativa, ao

Governador do Estado, ao Tribunal de Justiça, ao Ministério Público e aos cidadãos, satisfeitos os requisitos

estabelecidos nesta Constituição.

Parágrafo único. São de iniciativa privativa do Governador do Estado as leis que disponham sobre:

(...)

III - organização administrativa e pessoal da administração do Poder Executivo;

IV - ................................

V - ..................................

VI - criação, estruturação e atribuições das Secretarias de Estado e órgãos do Poder Executivo.

Uníssono a este topoi jurídico, o próprio Supremo Tribunal Federal já se manifestou em casos idênticos e se

posicionou no sentido de preservar incontest os Princípios da Reserva de Administração do Poder Executivo e da

Separação dos Poderes (ADI-MC 776/RS – Órgão Julgador: Tribunal Pleno – Relator: Ministro Celso de Mello –

Julgamento: 23/10/1992. DJ 15-12-2006 PP-00080; ADI-MC 2364 – Órgão Julgador: Tribunal Pleno – Relator: Ministro

Celso de Mello – Julgamento: 23/10/1992. DJ 15-12-2006 PP-00080.

Não obstante, julgando a constitucionalidade de uma Lei do Estado do Espírito Santo, o Excelso Pretório ratificou o

seu posicionamento, inclusive para concluir que nem na hipótese de sanção haveria convalidação do vício de

inconstitucionalidade resultante da usurpação do poder de iniciativa do chefe do Poder Executivo (ADI 2867/ES – Órgão

Julgador: Tribunal Pleno – Relator: Ministro Celso de Mello – Julgamento: 03/12/2003. DJ 09-02-2007 PP-00016).

Se não bastasse, outro gravame ainda decorre do Projeto de Lei ora em análise. Agora, a irregularidade é de natureza

legal e com origem na Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar Federal n.º 101/2000). Vejamos o que determina

expressamente o dispositivo endereçado no artigo 14 da LRF:

Art. 14. A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia

de receita deverá estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que

deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, atender ao disposto na lei de diretrizes orçamentárias e a pelo

menos uma das seguintes condições:

I - demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada na estimativa de receita da lei

orçamentária, na forma do art. 12, e de que não afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo

próprio da lei de diretrizes orçamentárias;

II - estar acompanhada de medidas de compensação, no período mencionado no caput, por meio do

aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou

criação de tributo ou contribuição.

§ 1o A renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, concessão de isenção em

caráter não geral, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que implique redução

discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado.

§ 2o Se o ato de concessão ou ampliação do incentivo ou benefício de que trata o caput deste artigo decorrer

da condição contida no inciso II, o benefício só entrará em vigor quando implementadas as medidas

referidas no mencionado inciso.

A problemática da renúncia de receita proveniente de impostos reside na necessidade dos Autos, de todo e qualquer

Projeto de Lei com este objeto normativo, de ser instruído com o Parecer de Estimativa do Impacto Orçamentário-Financeiro

no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes.

Além disso, tem que atender ao disposto na Lei de Diretrizes Orçamentárias. E, ainda, demonstrar que a renúncia foi

considerada na estimativa de receita da Lei Orçamentária, na forma do art. 12 da LRF, e de que não irá afetará as metas de

resultados fiscais previstas na LDO; ou ser os autos instruídos com as medidas de compensação financeira, por meio do

aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou

contribuição.

Nada disso encontra-se nos autos do Projeto de Lei n.º 272/2011, outrossim, não resta margem ou possibilidade para

arguir a sua legalidade frente a ordem do art. 14 da Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar Federal n.º 101/2000).

Em outros termos, o dito Projeto é ilegal, por desatender o referido comando endereçado no art. 14 da LRF.

Sendo desta forma, perante a análise jurídica, verificam-se do diagnóstico decorrente que, incontestavelmente, a

pretensa normatividade da Proposição Legislativa traz vários pontos de antinomia com os preceitos constitucionais, tanto da

Constituição Federal (por Simetria em razão do Princípio da Federação), quanto da Constituição Estadual, desta maneira, restou

a mesma ser gravada como formalmente inconstitucional e ilegal.

Em conclusão, o Projeto de Lei n.º 272/2011, de autoria do Senhor Deputado Gilsinho Lopes, é formalmente

inconstitucional e ilegal. Ex Positis, sugerimos aos Ilustres Pares desta Comissão a adoção do seguinte:

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ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

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PARECER N.º 398/2011

A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela

inconstitucionalidade e ilegalidade do Projeto de Lei n.º 272/2011, de autoria do Senhor Deputado Gilsinho Lopes.

Plenário "Rui Barbosa", 11 de outubro de 2011.

ELCIO ALVARES

Presidente

RODNEY MIRANDA

Relator

THEODORICO FERRAÇO

GILDEVAN FERNANDES

DARY PAGUNG

MARCELO SANTOS

PROJETO DE LEI Nº. 274/2011

Torna obrigatório o envio cópia do contrato de adesão aos consumidores, por carta registrada na modalidade de AR (aviso de

recebimento).

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO DECRETA:

Art. 1º - Ficam as operadoras de serviços de telefonia móvel, fixa e de transmissão de dados via banda larga, assim como as de

TV por assinatura, obrigadas a enviar aos clientes, no prazo de 15 (quinze) dias corridos, cópia dos contratos de adesão e do

termo de aditamento, em caso de alterações no contrato, por carta registrada na modalidade de AR (aviso de recebimento).

Art. 2° - Aplicar-se-á as disposições contidas nesta lei, aos contratos de adesão formalizados pela internet ou pelo serviço de

telemarketing.

Art. 3º - A inobservância das disposições contidas na presente lei importará, no que couber, a aplicação das penalidades

contidas no artigo 56 da Lei Federal nº. 8078, de 11 de setembro de 1990.

Art. 4º - Aos órgãos de defesa do consumidor do Poder Executivo e do Poder Legislativo, dentro de suas competências legais,

cabe a adoção das medidas necessárias para fiel cumprimento das disposições contidas na presente lei.

Art. 5º - Essa lei entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio Domingos Martins, 15 de agosto de 2011.

Lúcia Dornellas

Deputada Estadual-PT

JUSTIFICATIVA

Várias empresas que prestam serviços de telefonia fixa, móvel, de internet banda larga e TV por assinatura, deixam de enviar

aos clientes cópia do contrato de adesão dos serviços pactuados. A ausência do contrato, que descreve os direitos e obrigações

das partes, tem se tornado um grande obstáculo no momento em que os consumidores cobram das empresas a execução dos

serviços na forma em que foi oferecido, haja vista que a maioria dos serviços são contratados pela central de telemarketing ou

pela internet. O mesmo se aplica quando da alteração ou da migração do plano contratado. Isto porque as empresas também não

encaminham aos consumidores o respectivo Termo de aditamento, contendo as mudanças que foram realizadas. Por outro lado,

quando o consumidor demanda contra a empresa prestadora do serviço no Poder Judiciário, a falta do instrumento legal

(contrato) inviabiliza sobremaneira a solução da lide, uma vez que não tem como comprovar a falha na prestação do serviço. A

ausência de transparência e do instrumento formal, no caso o contrato, acabam por facilitar o artifício da fraude e da má fé no

momento da execução do serviço prestado daquele que foi oferecido. Assim sendo, o presente Projeto de Lei tem como

objetivo obrigar as empresas a disponibilizar o instrumento jurídico necessário na defesa dos direitos dos consumidores.

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ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

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COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO

PARECER N.º 393/2011

Parecer do Relator: Projeto de Lei n.º 274/2011

Autora: Deputada Estadual Lúcia Dornellas

Assunto: Torna obrigatório o envio de cópia do contrato de adesão aos consumidores, por carta registrada na modalidade AR –

aviso de recebimento.

I - RELATÓRIO

1. Cuida-se nestes autos da emissão de parecer quanto à constitucionalidade da proposição legislativa em epígrafe, de iniciativa

da Exma. Deputada Estadual LÚCIA DORNELLAS.

2. A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa em exercício do mero juízo de delibação que lhe impõe o Artigo 1431 do

Regimento Interno – Resolução nº 2.700 de 15 de julho de 2009, publicada no DPL e no DOE de 16 de julho de 2009, proferiu

o despacho de fls. 2 no qual admitiu a tramitação da proposição entendendo, prima facie, não existir manifesta

inconstitucionalidade, por ofensa ao art. 63, parágrafo único, III e VI da CE.

3. A proposição que foi protocolizada no dia 17/08/2011, tendo sido publicada conforme determina a norma regimental.

4. Além do articulado legal da proposição e sua justificativa, o processo não está instruído com outros documentos.

5. Em apertada síntese, são estas as questões de fato e de direito com suporte nas quais passo a emitir o Parecer.

II – FUNDAMENTAÇÃO

EXAME DA CONSTITUCIONALIDADE FORMAL DA PROPOSIÇÃO

6. Consoante o clássico ensinamento de Lúcio Bittencourt, "a inconstitucionalidade é um estado – estado de conflito entre

uma lei e a Constituição" 2.

7. Ocorre que, em nosso ordenamento constitucional vige um complexo sistema de controle da constitucionalidade das leis e

atos administrativos. No plano jurídico o sistema de controle de constitucionalidade adotado admite a existência do controle

preventivo que se realiza no curso do processo legislativo e, o controle repressivo cuja incidência se dá quando a lei se encontra

vigendo.

8. A Constituição Federal de 1988 outorgou o exercício do controle prévio da constitucionalidade ao Poder Legislativo e ao

Poder Executivo3 (quando da emissão de juízo de valor quanto à sanção ou veto do autógrafo de lei aprovado pelo parlamento).

9. Na hipótese em apreço, trata-se do controle preventivo de constitucionalidade no âmbito do processo legislativo, porém

exercido pelo Poder Legislativo. Sua característica fundamental consiste no fato de atuar no momento da elaboração da lei,

com a finalidade de evitar que sua edição seja quanto à forma, seja quanto ao conteúdo ofenda a supremacia da Lei Maior.

10. Outra singularidade no sistema de controle preventivo da constitucionalidade no âmbito do poder legislativo diz respeito

aos agentes legitimados para exercer o controle da constitucionalidade. Assim, quanto a sujeito controlador, a primeira atuação

incumbe aos Procuradores de Estado do Poder Legislativo, cuja atuação oferece o necessário subsídio técnico que irá pautar a

atuação futura da Comissão de Constituição e Justiça.

11. Em suma, em sede do controle preventivo de constitucionalidade, que se desenvolve na fase de elaboração da lei a defesa

da supremacia da Constituição tem início pela atuação da Procuradoria Jurídica e, em seguida, é exercido pelos próprios

agentes participantes do processo legislativo em relação aos projetos de lei e demais proposições de teor normativo.

12. A doutrina e jurisprudência distinguem duas espécies de inconstitucionalidade,conforme leciona o eminente

constitucionalista José Afonso da Silva:

“ (a) formalmente, quando tais normas são formadas por autoridades incompetentes ou em desacordo com

formalidades ou procedimentos estabelecidos pela constituição;

(b) materialmente, quando o conteúdo de tais leis ou atos contraria preceito ou princípio da constituição." 4

13. O exame do controle formal de constitucionalidade deve preferir ao de exame de mérito. A razão dessa prevalência, para

fins da analise decorre da sedimentada jurisprudência do Pretório Excelso, segundo a qual, a existência de vício formal de

inconstitucionalidade fulmina integralmente o ato ou lei.

14. Em decorrência, sendo constatada a existência de vício formal de inconstitucionalidade, torna-se despiciendo qualquer

exame quanto à constitucionalidade material, posto que ante a constatação do aludido vício formal e insanável a lei estará,

irremediavelmente, condenada a ser expungida do mundo jurídico.5

15. Ancorado neste entendimento, passo ao exame da constitucionalidade formal da proposição.

16. Como é cediço, para exame da constitucionalidade do projeto de lei impende que se identifique o cerne da questão jurídica

de que trata a proposição. Para tanto, deve-se examinar a substância das matérias que o projeto pretende legislar.

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ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

15

17. Na hipótese sob exame, dissecando o teor do projeto, desde a sua ementa o resultado autoriza concluir que a matéria versa

sobre direito do consumidor. A proposição tem como destinatários as operadoras de telefonia móvel e TV por assinatura, estes,

são, como se sabe, concessões realizadas pelo governo central. Os contratos são do tipo adesão, sujeito a cláusulas uniformes

regulamentadas e fiscalizadas pelas agências nacionais.

18. Note-se que ao contrário do que possa parecer o manejo de competência concorrente, em tema que verse sobre direito do

consumidor é extremamente complexa. No caso, não vislumbro que a presente proposição contenha regra de comprovada

alcance para o interesse regional, de modo a justificar a edição de lei específica. Além disso, as normas legais em vigor já

asseguram ao consumidor o direito a copia integral do contrato firmado.

19. Por tais razões jurídicas, sou levado a dissentir da interpretação segundo a qual a matéria objeto do presente PL é de

competência da ALES. Bem ao contrário, entendo que o teor da proposição contempla normas de caráter nacional, razão pela

qual falece competência legislativa a ALES.

20. Diante da exegese realizada, no plano da constitucionalidade formal, vislumbro a existência de vício que macula a

proposição em face da incompetência para exercício da competência legislativa exercida pela Assembleia Legislativa em tema

atinente a matéria inserida no projeto.

21. Em suma, a substância do tema veiculado na presente proposição está, a meu sentir, destituída de respaldo constitucional,

configurando autêntica usurpação da iniciativa privativa da União.

22. Isto posto, sob esta ótica da constitucionalidade entendo que a continuidade da tramitação representa risco de afronta a

supremacia formal da Lei Maior.

EXAME DA CONSTITUCIONALIDADE MATERIAL DA PROPOSIÇÃO

23. Quanto ao aspecto material tenho por prejudicado, consoante reiterada jurisprudência do STF, em face da aludida

inconstitucionalidade formal apontada.

III - CONCLUSÃO

Em face das razões expendidas, entendo que a proposição, nos termos em que se acha redigida é inconstitucional,

pois padece do vício de usurpação de competência legislativa da União.

Por tais motivos, sugiro aos ilustres pares a adoção do seguinte parecer:

PARECER N.º 393/2011

A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO opina pela

Inconstitucionalidade da Proposição Legislativa de n.º 274 de autoria da Deputada Estadual Lúcia Dornellas.

Plenário Rui Barbosa, 11 de outubro de 2011.

ELCIO ALVARES

Presidente

GILDEVAN FERNANDES

Relator

THEODORICO FERRAÇO

RODNEY MIRANDA

DARY PAGUNG

___________________________________________ 1 Diz o Art. 143: Art. 143. Não se admitirão proposições:

I - sobre assunto alheio à competência da Assembleia Legislativa;

II - em que se delegue a outro Poder atribuições do Legislativo;

III - antirregimentais;

IV - que, aludindo à lei, decreto, regulamento, decisões judiciais ou qualquer outro dispositivo legal, não se façam acompanhar

de sua transcrição, exceto os textos constitucionais e leis codificadas;

V - quando redigidas de modo a que não se saiba à simples leitura qual a providência objetivada;

VI - que, fazendo menção a contratos, concessões, documentos públicos, escrituras, não tenham sido estes juntados ou

transcritos;

VII - que contenham expressões ofensivas;

VIII - manifestamente inconstitucionais;

IX - que, em se tratando de substitutivo, emenda ou subemenda, não guardem direta relação com a proposição. 2 Carlos Alberto Lúcio BITTENCOURT, O Controle Jurisdicional da Constitucionalidade das Leis, p. 132.

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ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

16

3 Hilda de Souza , em sua obra sobre o processo legislativo afirma:“A Constituição Brasileira optou por atribuir o controle de

constitucionalidade, ao longo do processo legislativo, aos Poderes políticos. Ao Parlamento, pelo exame prévio das

proposições nas Comissões Técnicas (controle interno) e ao Poder Executivo (controle externo), pelo veto” 4 Curso de Direito Constitucional Positivo. 5 De fato, a inobservância dos esquemas rituais rigidamente impostos pela Carta Magna da República gera a invalidade formal

dos atos legislativos editados pelo Poder Legislativo e permite que sobre essa eminente atividade jurídica do Parlamento possa

instaurar-se o controle jurisdicional "A infração ao preceito constitucional sobre a feitura da lei tem o efeito de

descaracterizá-la como regra jurídica.O Poder Judiciário pode verificar se o ato legislativo atendeu ao processo previsto na

Constituição." (RDA 126/117)

PROJETO DE LEI Nº 280/2011

“Isenta do pagamento de taxa de 2ª via de documentos furtados ou roubados.”

A Assembléia Legislativa do Estado do Espírito Santo DECRETA:

Art. 1º. O Estado do Espírito Santo não cobrará taxa de 2ª via para expedição de documentos furtados ou roubados, cuja

expedição seja de competência de seus órgãos.

Art. 2º. A isenção ocorrerá mediante apresentação do termo de ocorrência policial.

Art. 3º. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, 18 de agosto de 2011.

Gilsinho Lopes

Deputado Estadual

JUSTIFICATIVA

DA CONCEITUAÇÃO DE TAXA COMO TRIBUTO, SEGUNDO O CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL:

Dispõe o Código Tributário Nacional:

Art. 5º Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria.

Portanto, não resta dúvida que as taxas são tributos.

DA INICIATIVA PARLAMENTAR PARA DISPOR SOBRE TAXAS. PRECEDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL

FEDERAL EM LEGISLAÇÃO DE INICIATIVA PARLAMENTAR DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO

ESPÍRITO SANTO:

Ao julgar a Ação Direta de Inconstitucionalidade 2672-1, ES, o Excelso Supremo Tribunal Federal decidiu que não há vício de

iniciativa que o parlamentar proponha ação isentando taxas.

INICIATIVA PARLAMENTAR DE LEIS TRIBUTÁRIAS:

Decidiu o Supremo Tribunal Federal que é iniciativa parlamentar dispor sobre matéria tributária. Como vimos acima, taxa é

matéria tributária. Alguns dos muitos precedentes:

RECURSO EXTRAORDINARIO 634.999 (743) ORIGEM : ADI - 994092243858 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUAL PROCED. : SAO PAULO RELATORA : MIN. CARMEN LUCIA RECTE.(S) : MUNICIPIO DE

CATANDUVA PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICIPIO DE CATANDUVA RECDO.(A/S) :

PRESIDENTE DA CAMARA MUNICIPAL DE CATANDUVA ADV.(A/S) : MARCIO TARCISIO THOMAZINI

DECISAO RECURSO EXTRAORDINARIO. 1) AUSENCIA DE PREQUESTIONAMENTO: SUMULAS N. 282 E 356

DO SUPREMO TRIBUNAL. 2) LEI DE INICIATIVA PARLAMENTAR QUE DISPONHA SOBRE MATERIA

TRIBUTARIA: INEXISTENCIA DE VICIO FORMAL E DE CONTRARIEDADE AO PRINCIPIO DA SEPARACAO

DE PODERES. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO. Relatório 1. Recurso extraordinário interposto com

base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República contra o seguinte julgado do Tribunal de Justiça de São Paulo:

"1. E ação direta de inconstitucionalidade ajuizada pelo Prefeito do Município de Catanduva, com pedido de concessão de

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ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

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liminar, visando a suspensão da eficácia da Lei Complementar Municipal n° 490, de 01 de setembro de 2009, oriunda de

proposta da Câmara Municipal, promulgada pelo seu Presidente Sustenta o autor, em síntese, que a lei impugnada, ao alterar o

art. 265, da Lei Complementar Municipal n° 98, de 23 de dezembro de 1998, para dispor sobre os efeitos de reclamação em

face de lançamento tributário, violaria os arts. 5º ["são Poderes do Estado, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o

Executivo e o Judiciário"], 25 ["nenhum projeto de lei que implique a criação ou o aumento de despesa publica será sancionado

sem que dele conste a indicação dos recursos disponíveis, próprios para atender aos novos encargos"] e 144 ["os Municípios,

com autonomia política, legislativa, administrativa e financeira se auto-organizarão por Lei Orgânica, atendidos os princípios

estabelecidos na Constituição Federal e nesta Constituição"], da Constituição do Estado, bem como o art. 67, VI, da Lei

Orgânica do Município de Catanduva. (...) Embora, de ordinário, não haja óbice a iniciativa parlamentar de leis tributarias de

caráter geral (art. 24, §§ 1º e 2º, da CE), este Colendo Órgão Especial tem reconhecido sua inconstitucionalidade quando são de

natureza benéfica já que incontornável o impacto dos benefícios fiscais assim concedidos no orçamento municipal violando de

modo reflexo os arts 165 da CF e 174 da CE estabelecendo expressamente a iniciativa privativa do Poder Executivo para a

legislação sobre o orçamento anual cujos projetos hão de se fazer acompanhar de demonstrativo dos efeitos decorrentes de

isenções anistias remissões subsídios e benefícios de natureza financeira tributaria e creditícia (art. 165, § 6º, da CF e art. 174, §

6º, da CE). (...) Entretanto, o diploma legal aqui impugnado, de iniciativa parlamentar, ao alterar a redação do art. 265, da Lei

Complementar n° 98, de 23 de dezembro de 1998, do Município de Catanduva, dele fez constar que "a reclamação não cessa

encargos de acréscimos como multa, juros e correção monetária, salvo se for julgado procedente o pedido do sujeito passivo ou

recebida em seu efeito suspensivo durante o período que permanecer sob a analise do Poder Executivo até sua decisão de

primeira instancia (fls 15) Nota-se, com efeito, que, embora concernente a matéria tributária, especificamente sobre o

procedimento do lançamento, a alteração legislativa impugnada não poderia causar impacto de redução no orçamento

municipal. Apenas regulou os efeitos de reclamação porventura manejada pelos contribuintes ou responsáveis tributários contra

o respectivo lançamento que permaneceu inalterado dentre as atividades próprias da administração (...) Ora, o dispositivo legal

impugnado, repita-se, nada mais fez que regular os consectários da impontualidade no âmbito do procedimento administrativo

eventualmente instaurado, sem interferência nas atividades do fisco, de modo que não ocorrem o alegado vício de iniciativa, a

violação à separação dos Poderes ou a ingerência indevida nos assuntos administrativos (fls 55 59 grifos nossos) 2. O

Recorrente afirma que o art. 265 da Lei Complementar n° 98 do Município de Catanduvas/SP contrariaria o principio da

separação de Poderes, pois "cabe ao Chefe do Executivo estabelecer a ampliação do prazo para impugnação do lançamento

tributário uma vez que a administração da cidade e feita por esse, não por vereadores" (fl. 68). Alega, ainda, que aquela Lei

municipal teria vício de iniciativa, o que contrariaria o art. 67, inc. VI, da Lei Orgânica do Município de Catanduvas/SP

[compete privativamente ao Prefeito VI dispor sobre a organização e funcionamento da Administração Municipal na forma da

lei] o art 144 da Constituição do Estado de São Paulo ["os Municípios, com autonomia política, legislativa, administrativa e

financeira se auto-organizarão por Lei Orgânica, atendidos os princípios estabelecidos na Constituição Federal e nesta

Constituição"] e o art. 29 da Constituição da República. Analisados os elementos havidos nos autos, DECIDO. 3. Razão

jurídica não assiste ao Recorrente. 4. O art. 29 da Constituição não foi objeto de debate e decisão previstos no Tribunal de

origem, tampouco foram opostos embargos de declaração com a finalidade de comprovar ter havido, no momento processual

próprio, o prequestionamento. Incidem na espécie vertente as Sumulas 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido:

"EMBARGOS DE DECLARACAO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONVERSAO EM AGRAVO REGIMENTAL.

PROCESSUAL CIVIL. AUSENCIA DE PREQUESTIONAMENTO. INCIDENCIA DAS SUMULAS 282 E 356 DO

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. A matéria

constitucional contida no recurso extraordinário não foi objeto de debate e exame prévios no Tribunal a quo Tampouco foram

opostos embargos de declaração o que não viabiliza o extraordinário por ausência do necessário prequestionamento (AI 631

961 ED, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 15.5.2009). 5. Ademais, pela jurisprudência do Supremo Tribunal, leis de

iniciativa parlamentar que disponham sobre matéria tributaria não contrariam o principio da separação dos Poderes

nem tem vicio formal Nesse sentido "Ação direta de inconstitucionalidade. Medida liminar. Lei 6.486, de 14 de

dezembro de 2000, do Estado do Espírito Santo. - Rejeição das preliminares de falta de interesse de agir e de vedação da

concessão de liminar com base na decisão tomada na ação declaratória de constitucionalidade nº 4. - No mérito, não tem

relevância jurídica capaz de conduzir a suspensão da eficácia da Lei impugnada o fundamento da presente arguição

relativo a pretendida invasão, pela Assembléia Legislativa Estadual, da iniciativa privativa do Chefe do Executivo

prevista no artigo 61, § 1º, II, "b", da Constituição Federal, porquanto esta Corte (assim na ADIMEC 2.304, onde se

citam como precedentes as ADIN`s - decisões liminares ou de mérito - 84, 352, 372, 724 e 2.072) tem salientado a

inexistência, no processo legislativo, em geral, de reserva de iniciativa em favor do Executivo em matéria tributaria,

sendo que o disposto no art. 61, § 1º, II, "b", da Constituição Federal diz respeito exclusivamente aos Territórios

Federais. Em consequência, o mesmo ocorre com a alegação, que resulta dessa pretendida iniciativa privativa de que

por isso seria também ofendido o principio da independência e harmonia dos Poderes (artigo 2º da Carta Magna

Federal) Pedido de liminar indeferido (ADI 2 392 MC Rel Min Moreira Alves Tribunal Pleno, DJ 1º.8.2003 - grifos

nossos). "ACAO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI N. 8.366, DE 7 DE JULHO DE 2006, DO ESTADO

DO ESPIRITO SANTO. LEI QUE INSTITUI INCENTIVO FISCAL PARA AS EMPRESAS QUE CONTRATAREM

APENADOS E EGRESSOS. MATERIA DE INDOLE TRIBUTARIA E NAO ORCAMENTARIA. A CONCESSAO

UNILATERAL DE BENEFICIOS FISCAIS, SEM A PREVIA CELEBRACAO DE CONVENIO

INTERGOVERNAMENTAL, AFRONTA AO DISPOSTO NO ARTIGO 155, § 2º, XII, G, DA CONSTITUICAO DO

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ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

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BRASIL. 1. A lei instituidora de incentivo fiscal para as empresas que contratarem apenados e egressos no Estado do

Espírito Santo não consubstancia matéria orçamentária. Assim, não subsiste a alegação, do requerente de que a

iniciativa seria reservada ao Chefe do Poder Executivo (ADI 3.809, Rel. Min. Eros Grau, Tribunal Pleno, Dje 14.9.2007

- grifos nossos). "ACAO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI Nº 553/2000, DO ESTADO DO AMAPA.

DESCONTO NO PAGAMENTO ANTECIPADO DO IPVA E PARCELAMENTO DO VALOR DEVIDO.

BENEFICIOS TRIBUTARIOS. LEI DE INICIATIVA PARLAMENTAR. AUSENCIA DE VICIO FORMAL. 1. Não

ofende o art. 61, § 1º, II, b da Constituição Federal lei oriunda de projeto elaborado na Assembléia Legislativa estadual

que trate sobre matéria tributaria, uma vez que a aplicação deste dispositivo esta circunscrita as iniciativas privativas

do Chefe do Poder Executivo Federal na órbita exclusiva dos territórios federais Precedentes ADI nº 2 724 rel Min

Gilmar Mendes DJ 02 04 04 ADI nº 2 304 rel Min Sepulveda Pertence DJ 15.12.2000 e ADI nº 2.599-MC, rel. Min.

Moreira Alves, DJ 13.12.02 2. A reserva de iniciativa prevista no art 165 II da Carta Magna por referir se a normas

concernentes as diretrizes orcamentárias não se aplica a normas que tratam de direito tributário como são aquelas que

concedem beneficios fiscais Precedentes ADI nº 724 MC rel Min Celso de Mello DJ 27 04 01 e ADI nº 2 659 rel Min

Nelson Jobim DJ de 06 02 04 3 Acao direta de inconstitucionalidade cujo pedido se julga improcedente" (ADI 2.464,

Rel. Min. Ellen Gracie, Tribunal Pleno, Dje 25.5.2007 - grifos nossos). "CONSTITUCIONAL. LEI DE ORIGEM

PARLAMENTAR QUE FIXA MULTA AOS ESTABELECIMENTOS QUE NAO INSTALAREM OU NAO

UTILIZAREM EQUIPAMENTO EMISSOR DE CUPOM FISCAL. PREVISAO DE REDUCAO E ISENCAO DAS

MULTAS EM SITUACOES PREDEFINIDAS. ASSEMBLEIA LEGISLATIVA NAO LEGISLOU SOBRE

ORCAMENTO, MAS SOBRE MATERIA TRIBUTARIA CUJA ALEGACAO DE VICIO DE INICIATIVA

ENCONTRA-SE SUPERADA. MATERIA DE INICIATIVA COMUM OU CONCORRENTE. ACAO JULGADA

IMPROCEDENTE" (ADI 2.659, Rel. Min. Nelson Jobim, Tribunal Pleno, DJ 6.2.2004 - grifos nossos). Dessa orientação

jurisprudencial não divergiu o julgado recorrido. 6. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art. 557,

caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal) Publique-se.

Brasília, 10 de marco de 2011. Ministra CARMEN LUCIA Relatora

DA NECESSIDADE DE ASSEGURAR AO HOMEM HONESTO E TRABALHADOR PROTEÇÃO EM VIRTUDE

DOS PROBLEMAS DECORRENTES DA SEGURANÇA PÚBLICA.

Nobres Deputados! Não resta a menor dúvida de que um cidadão pobre e trabalhador, quando tem seus documentos

furtados ou roubados, terá enormes problemas para tirar uma Segunda Via. Aliás, mesmo para um cidadão abastado já é

extremamente desagradável perder seu tempo com a necessária burocracia, embora necessária, para tirar documentos. Em

primeiro lugar, o trabalhador terá dificuldade para se ausentar do trabalho para tirar segunda via, terá de faltar dia de trabalho e

perder o salário, e somente o deslocamento, a confecção de fotografias, já gera despesas. Justamente em momento de grande

dificuldade, pois geralmente o furto ou roubo de documentos ocorre juntamente com a apropriação de bens da vítima que

geralmente está traumatizada e descontente com a segurança pública. Em segundo lugar, se o trabalhador estiver

desempregado, sem os documentos não conseguirá novo emprego. E isso é situação extremamente injusta, que agravada a

condição social.

DA NECESSIDADE DA RETIRADA DA SEGUNDA VIA EM PROL DA PRÓPRIA SEGURANÇA PÚBLICA

IMPEDIR O USO, POR PARTE DOS DELINQUENTES, DOS DOCUMENTOS APROPRIADOS.

Também é relevante, e deve ser incentivado, que a vítima, furtada ou roubada, providencie imediatamente a segunda

via. Pois é sabido que os delinqüentes geralmente se valem dos documentos apropriados das vítimas para cometer crimes.

Logo, quando se possibilita a retirada da segunda-via, o Estado passa a ter um mecanismo de controle que permite invalidar a

primeira. E, com isso, combater a criminalidade. Pois poderá fazer banco de dados dos documentos furtados ou roubados. De

modo que conclamamos aos pares para que aprovem com urgência esta lei, para o bem da sociedade, e defesa da segurança

pública e do trabalhador honesto e pessoas humildes.

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO

PARECER N.º 399/2011

Parecer do Relator: Projeto de Lei de n.º 280/2011

Autor: Deputado Estadual Gilsinho Lopes

Ementa: “Isenta do pagamento de taxa de 2ª via de documentos furtados ou roubados”.

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ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

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RELATÓRIO

O Projeto de Lei n.° 280/2011, de autoria do Deputado Gilsinho Lopes, dispõe sobre a isenção do pagamento de taxa

de 2ª via de documentos furtados ou roubados, cuja expedição seja de competência dos órgãos do Estado do Espírito Santo,

mediante apresentação do termo de ocorrência policial. O Projeto foi protocolizado no dia 22 de agosto de 2011, lido no

Expediente da 74ª Sessão Ordinária, realizada no dia 23 de agosto de 2011, tendo o Presidente deste Poder, recebido e

distribuído a matéria para as Comissões Permanentes, sendo publicado no Diário do Poder Legislativo do dia 02 de setembro

de 2011. Após cumprir o que dispõe o artigo 120 do Regimento Interno desta Casa, aos autos foi apensado Parecer Técnico da

Procuradoria, às folhas 18 usque 24, e encaminhado a esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, para

exame e parecer quanto à constitucionalidade e legalidade do Projeto, na forma do artigo 41, inciso I do Regimento Interno

(Resolução n.º 2.700/09).

Este é o relatório sucinto.

PARECER

Conforme relatado, o presente Projeto de Lei tem por objeto isentar do pagamento de taxa a expedição de 2ª via de

documentos furtados ou roubados, mediante apresentação do termo de ocorrência policial, desde que esse documento tenha

sido expedido por órgão do Estado do Espírito Santo. Para análise de mérito da matéria, há que se avaliar sua

constitucionalidade sob o aspecto da iniciativa e da natureza de seu objeto. No nosso ordenamento constitucional vige um

complexo sistema de controle da constitucionalidade das leis e dos atos administrativos. No plano jurídico o sistema de

controle de constitucionalidade adotado admite a existência do controle preventivo que se realiza no curso do processo

legislativo e, o controle repressivo cuja incidência se dá quando a lei se encontra vigendo. A Constituição Federal de 1988

outorgou o exercício do controle prévio da constitucionalidade ao Poder Legislativo e ao Poder Executivo (quando da emissão

de juízo de valor quanto à sanção ou veto do autógrafo de lei aprovado pelo parlamento). Na hipótese em apreço, trata-se do

controle preventivo de constitucionalidade no âmbito do processo legislativo, porém exercido pelo Poder Legislativo. Assim,

cumpre-nos evidenciar que é de competência da Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, a análise

quanto ao aspecto da constitucionalidade, diante da Constituição e de outras normas infraconstitucionais. Pela descrição do

Projeto a matéria é de competência estadual, prevista no artigo 25, § 1º da Constituição Federal e artigo 63, § único da

Constituição Estadual, in verbis:

Constituição Federal

“Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os

princípios desta Constituição.

§ 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição”.

(...)

Constituição Estadual

“Art. 63. A iniciativa das Leis cabe a qualquer membro ou comissão da Assembleia Legislativa, ao

Governador do Estado, ao Tribunal de Justiça, ao Ministério Público e aos cidadãos, satisfeitos os requisitos

estabelecidos nessa Constituição”.

Parágrafo único. São de iniciativa privativa do Governador do Estado as leis que disponham sobre:

I - criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta, autárquica e

fundacional do Poder Executivo ou aumento de sua remuneração;

II - fixação ou modificação do efetivo da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar;

III - organização administrativa e pessoal da administração do Poder Executivo;

IV - servidores públicos do Poder Executivo, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade

e aposentadoria de civis, reforma e transferência de militares para a inatividade;

V - organização do Ministério Público, da Procuradoria-Geral do Estado e da Defensoria Pública;

VI - criação, estruturação e atribuições das Secretarias de Estado e órgãos do Poder Executivo.

Não paira dúvida que a proposição em epígrafe não fere a regra constitucional da competência legislativa privativa do

Chefe do Poder Executivo, enquadrando, assim, na competência concorrente, superando, dessa forma, a constitucionalidade da

origem ou iniciativa do agente legiferante. Em virtude da natureza da matéria, que é tributária, fizemos uma breve pesquisa

sobre o entendimento do judiciário, acerca do tema e trazemos à cola a seguinte ementa de julgado do Supremo Tribunal

Federal:

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ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

20

“EMENTA: ADI - LEI N.º 7.999/85, DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, COM A REDAÇÃO

QUE LHE DEU A LEI N.º 9.535/92 - BENEFÍCIO TRIBUTÁRIO - MATÉRIA DE INICIATIVA

COMUM OU CONCORRENTE - REPERCUSSÃO NO ORÇAMENTO ESTADUAL - ALEGADA

USURPAÇÃO DA CLÁUSULA DE INICIATIVA RESERVADA AO CHEFE DO PODER EXECUTIVO

- AUSÊNCIA DE PLAUSIBILIDADE JURÍDICA - MEDIDA CAUTELAR INDEFERIDA.

- A Constituição de 1988 admite a iniciativa parlamentar na instauração do processo legislativo em tema de

direito tributário.

- A iniciativa reservada, por constituir matéria de direito estrito, não se presume e nem comporta

interpretação ampliativa, na medida em que - por implicar limitação ao poder de instauração do processo

legislativo - deve necessariamente derivar de norma constitucional explícita e inequívoca.

- O ato de legislar sobre direito tributário, ainda que para conceder benefícios jurídicos de ordem fiscal, não

se equipara - especialmente para os fins de instauração do respectivo processo legislativo - ao ato de legislar

sobre o orçamento do Estado.” (ADI 724 MC, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, Tribunal Pleno,

julgado em 07/05/1992, DJ 27-04-2001 PP-00056 EMENT VOL-02028-01 PP-00065).

Transposta a fase da competência de iniciativa do Projeto de Lei, passemos ao mérito da constitucionalidade da

matéria, ou seja, sua conformidade com o ordenamento jurídico, constitucional e infraconstitucional. A natureza tributária da

matéria, de pronto, remete a uma análise sistemática de mérito ao princípio constitucional da responsabilidade fiscal e do

equilíbrio orçamentário, presente no Título VI, Capítulo II, que trata das Finanças Públicas da Constituição Federal, insculpido

no § 6º de seu artigo165, que assim dispõe:

“Art. 165. (...)

(...)

§ 6º O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as

receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza

financeira, tributária e creditícia. (GRIFO NOSSO)

(...)”

O princípio da responsabilidade fiscal está materializado no texto da Lei Complementar N.º 101, de 04 de maio de

2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF), editada em cumprimento ao comando do artigo 163 da Constituição Federal.

Tratando do equilíbrio orçamentário, o artigo 14 da Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece:

“Art. 14. A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra

renúncia de receita deverá estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no

exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, atender ao disposto na lei de diretrizes

orçamentárias e a pelo menos uma das seguintes condições:

I - demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada na estimativa de receita da lei

orçamentária, na forma do art. 12, e de que não afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo

próprio da lei de diretrizes orçamentárias;

II - estar acompanhada de medidas de compensação, no período mencionado no caput, por meio do

aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou

criação de tributo ou contribuição.

§ 1o A renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, concessão de isenção em

caráter não geral, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que implique redução

discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado.

§ 2o Se o ato de concessão ou ampliação do incentivo ou benefício de que trata o caput deste artigo decorrer

da condição contida no inciso II, o benefício só entrará em vigor quando implementadas as medidas

referidas no mencionado inciso.”

A análise sistêmica da legalidade do Projeto de Lei em epígrafe nos revela um confronto com dispositivos

constitucionais e infraconstitucionais, que normatizam a concessão de benefício tributário, que é seu objeto. Então, a

problemática de se legislar sobre matéria tributária, não reside apenas em observar a competência da iniciativa, é preciso ir

além, é necessário que o autor atenda aos requisitos contidos no arcabouço jurídico, que confira a necessária legalidade e

eficácia à norma resultante da proposta legislativa. Nesse contexto, não obstante a legitimidade do autor e reconhecer interesse

social na proposição, não podemos concordar com sua materialidade, sem abrir mão de nos posicionarmos da mesma forma em

uma possível proposição equivalente do Chefe do Poder Executivo, pois, no nosso entendimento, nem mesmo este poderá

conceder qualquer benefício, fiscal, tributário ou creditício, que não esteja devidamente justificado e enquadrado nos exatos

termos dos princípios e normas acima invocados. Assim, entendemos que todo e qualquer Projeto de Lei, que como objeto

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ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

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normativo a matéria de que trata a presente proposição, deve ser instruído com o Parecer de Estimativa do Impacto

Orçamentário-Financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes. Além disso, tem que atender ao

disposto na Lei de Diretrizes Orçamentárias. E, ainda, demonstrar que a renúncia foi considerada na estimativa de receita da

Lei Orçamentária, na forma do artigo 12 da LRF, e de que não afetará as metas de resultados fiscais previstas na LDO. Nesse

diapasão, a matéria em exame torna-se inconstitucional, por propor isenção de tributo, o que caracteriza renuncia de receita,

sem demonstrar o impacto sobre as finanças públicas e sem propor a devida medida compensatória, que restabeleça o equilíbrio

orçamentário do Estado. Desta forma, somos de entendimento que, o Projeto de Lei n.° 280/2011, de autoria do Deputado

Gilsinho Lopes, pelas razões aduzidas, é inconstitucional por ferir preceitos da Lei de Responsabilidade Fiscal.

CONCLUSÃO

Em face das razões expendidas, somos por reconhecer que o Projeto de Lei n.° 280/2011, não pode e nem deve

prosseguir sua tramitação, por não contemplar dispositivos infraconstitucionais que preserva o princípio constitucional do

equilíbrio fiscal e orçamentário, o que nos leva sugerir aos Ilustres Pares desta Comissão, a adoção do seguinte Parecer:

PARECER N.º 399/2011

A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela

inconstitucionalidade do Projeto de Lei n.º 280/2011, de autoria do Deputado Gilsinho Lopes.

Plenário "Rui Barbosa", 11 de outubro de 2011.

ELCIO ALVARES

Presidente

CLAUDIO VEREZA

Relator

THEODORICO FERRAÇO

MARCELO SANTOS

DARY PAGUNG

PROJETO DE LEI Nº 249/2011

Declara de Utilidade Pública a Fundação IADE - no município de Colatina.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO DECRETA:

Art. 1º Fica declarada de Utilidade Pública a Fundação IADE - no município de Colatina

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, em 22 de Junho de 2011.

DA VITÓRIA

DEPUTADO ESTADUAL - PDT

JUSTIFICATIVA

A FUNDAÇÃO IADE é uma entidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, tem por objetivo contribuir para a

promoção do desenvolvimento científico, tecnológico, artístico, desportivo, cultural e educacional, da preservação ambiental e

do desenvolvimento sustentável para o aprimoramento, inclusão e bem estar do cidadão, comunidade e sociedade, que visa à

regularização da mesma junto aos órgãos Estaduais. A referida fundação surgiu da necessidade da intervenção direta ou

indiretamente, na Inclusão Social de adolescentes, jovens e pessoas da terceira idade junto à sociedade, proporcionando-os

medidas socioeducativas, garantindo os direitos previstos em lei e contribuindo para o retorno de adolescentes, autores de atos

infrancional, e pessoas da terceira idade para um convívio social como protagonista de sua história, levando-os a

ressocialização no meio em que vivem. O reconhecimento dessa Fundação como de Utilidade Pública possibilitará a ampliação

de sua atuação na comunidade, por isso pedimos o apoio dos pares desta Casa de Leis na aprovação deste Projeto de Lei.

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PROJETO DE LEI Nº 253/11

Declara de utilidade pública a LIRA SANTA CECÍLIA DE GUAÇUÍ-ES

A Assembléia Legislativa do Estado do Espírito Santo Decreta:

Art. 1º Fica declarada de utilidade pública a Lira Santa Cecília de Guaçuí-ES.

Art 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, 01 de agosto de 2011.

SÉRGIO BORGES

Deputado Estadual- PMDB / Vice-Líder do Governo

JUSTIFICATIVA

A Lira Santa Cecília do município de Guaçuí/ES é uma sociedade civil, de direito privado, de caráter beneficente, educativo e

de promoção social, sem fins lucrativos e de duração indeterminada, com atividades de formação de músicos. Conforme a

documentação apresentada, os membros de sua diretoria são pessoas reconhecidamente idôneas e não recebem nenhum tipo de

remuneração pelo exercício de suas funções. A Associação tem por finalidade manter uma escola de música para ensino aos

seus associados, filhos menores destes e órfãos de reconhecida pobreza e ainda mantê-la em condições para abrilhantar as

festividades para as quais for autorizada. A Lira Santa Cecília é uma banda de música que foi criada em Guaçuí em 1960 com o

objetivo de formar músicos para se apresentarem nos eventos e festividades da cidade. Nesses anos de existência, a Lira de

Santa Cecília já formou vários músicos, que depois passaram a reger e a comandar outros corais e bandas locais, contribuindo

para a riqueza musical do município. Atualmente a Lira é formada por 25 músicos e 35 alunos formandos. A concessão do

título declaratório de utilidade pública é de extrema importância para a Banda, pois somente com essa documentação poderá

firmar parcerias com órgãos estaduais, viabilizando seu trabalho com maior facilidade, principalmente para a aquisição de

novos instrumentos, reformas dos que estão danificados, além de uniformes e demais necessidades. Pelo exposto, contamos

com o apoio de nossos pares à aprovação deste projeto.

PROJETO DE LEI Nº 282 /2011

Declara de utilidade pública a União de Amigos e Moradores do Bairro João Goulart, do Município de Vila Velha – ES.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO DECRETA:

Art. 1º. Fica declarada de utilidade pública a União de Amigos e Moradores do Bairro João Goulart – UCAMB João Goulart,

do Município de Vila Velha, neste Estado.

Art. 2º. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, 18 de agosto de 2011.

JOSÉ CARLOS ELIAS

Deputado Estadual - PTB

JUSTIFICATIVA

Esta proposição pretende declarar de utilidade pública a União Comunitária de Amigos e Moradores do Bairro João Goulart –

UCAMB, localizada no Município de Vila Velha-ES. A União de Amigos e Moradores do Bairro João Goulart é uma

associação sem fins lucrativos, que congrega os residentes na localidade com o fim de buscar melhorias para o bairro, bem

como pretende conquistar direitos que beneficiarão a coletividade. A UCAMB João Goulart procura promover a coordenação e

articulação dos recursos sociais e individuais que visem o bem estar da comunidade, estando em primeiro lugar os idosos e as

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crianças. Esta entidade por ser independente, apartidária e sem vínculos com quaisquer movimentos religiosos, raciais ou

políticos, objetiva ainda defender os direitos conquistados, assim como ampliar o conceito de cidadania. Em virtude da referida

instituição preencher os requisitos para ser declarada de utilidade pública, conto com o apoio dos ilustres Pares para aprovação

do presente.

PROPOSTA DE EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 033/2011

Acrescenta parágrafo único ao artigo 11 da Constituição do Estado, relativo à proteção dos direitos do consumidor.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO DECRETA:

Art. 1º O artigo 11 da Constituição Estadual fica acrescido de parágrafo único com a seguinte redação:

“Art. 11 (...)

(...)

Parágrafo único. O Poder Público ao executar e planejar a política de consumo deverá estimular o consumo sustentável.” (NR)

Art. 2º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, 03 de outubro de 2011.

JOSÉ CARLOS ELIAS

Deputado Estadual - PTB

JUSTIFICATIVA

A presente proposta de emenda constitucional pretende por meio de ações promovidas pelo Poder Público estimular o consumo

sustentável. O desenvolvimento sustentável determina novos padrões para o consumo, sendo essencial ampliar na sociedade

modelos de consumo sustentáveis. Consumo sustentável é aquele que prioriza produtos duráveis, recicláveis, reciclados,

biodegradáveis, que não contenham substâncias nocivas à qualidade da vida, produtos que tenham certificação de qualidade

ambiental do processo produtivo, que sejam produzidos com controle de gasto energético, que não sejam feitos por mão-de-

obra escrava ou trabalho infantil, que não esgotam os recursos naturais. Incentivar o consumo sustentável é colocar em prática

o direito à informação, um dos direitos fundamentais do consumidor constante no artigo 6º da Lei nº 8.078/90, o Código de

Defesa do Consumidor. Ressalta-se que é importante para o desenvolvimento sustentável, a educação para o consumo de

produtos que passem por uma ética de sustentabilidade. Em virtude da importância da presente iniciativa, conclamo os ilustres

Pares para aprová-la.

PROPOSTA DE EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 034/11

Acrescenta incisos ao parágrafo único do artigo 186 da Constituição do Estado, dispõe sobre o meio ambiente.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO DECRETA:

Art. 1º. O parágrafo único do artigo 186 da Constituição Estadual do Estado do Espírito Santo fica acrescido de mais dois

incisos com a seguinte redação:

“Art. 186 (...)

Parágrafo único. (...)

XII – fiscalizar e normatizar a produção, o armazenamento, o transporte, o uso e o destino final de produtos, embalagens e

substâncias potencialmente perigosas à saúde e aos recursos naturais;

XIII – preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético contido em seu território, inclusive mantendo e

ampliando bancos de germoplasma, dedicados à pesquisa e preservação de material genético.”

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Art. 2º. Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, 03 de outubro de 2011.

JOSÉ CARLOS ELIAS

Deputado Estadual – PTB

JUSTIFICATIVA

A presente proposta de emenda constitucional pretende ampliar a responsabilidade do Poder Público em proteger de forma

efetiva o meio ambiente. O Estado deve por meio de políticas públicas e procedimentos técnicos controlar e normatizar a

produção, o armazenamento, o transporte de produtos e embalagens e substâncias potencialmente nocivas à saúde, protegendo

a sociedade e o meio ambiente. Não raras vezes é veiculado nos meios de comunicação denúncias de irregularidades e desastres

ecológicos que ocorreram por falta de normatização e fiscalização da Administração Pública, em relação a empresas e

particulares. Assim, diante desta realidade propõe-se que a responsabilização do Estado esteja expressamente estabelecida em

nossa Carta Estadual, com o intuito de que ações eficazes possam ser elaboradas e cumpridas para a proteção do meio

ambiente. No que se refere ao inciso XIII sugerido nesta Proposta de Emenda Constitucional, tem-se a dizer que é importante a

pesquisa científica para a melhoria da produção vegetal e da reprodução animal, porém deve o Estado preservar por meio dos

órgãos competentes a integridade e o patrimônio genético que existe em nosso território. A criação de bancos de germoplasma

(elemento dos recursos genéticos que preserva a variabilidade genética entre e dentro da espécie, com fins de utilização para a

pesquisa em geral, especialmente para o melhoramento genético, inclusive a biotecnologia), favorecerá a preservação de

espécies. Os bancos de germoplasma são unidades conservadoras de material genético de uso imediato ou com potencial de uso

futuro, onde não ocorre o descarte de acessos, o que os diferencia das “coleções de trabalho”, que compreendem aquelas em

que se descarta o que não interessa ao aprimoramento genético. Diante da importância do tema e mediante consulta a técnicos

da área, foi esta proposição elaborada para que a mesma beneficie efetivamente à sociedade, razão pela qual conclamo os

ilustres pares para aprová-la.

PROJETO DE LEI Nº. 321/2011

Regulamenta a oferta de serviços do tipo "couvert artístico" no estado do Espírito Santo, e dá outras providências.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO DECRETA:

Art. 1º - Os estabelecimentos comerciais do tipo restaurantes, lanchonetes, bares e seus congêneres, que oferecem serviços de

“couvert artístico”, deverão fixar em local de visível acesso ao consumidor a descrição clara do preço pago a mais pelo serviço.

§ 1º - Para os fins desta lei, entende-se como “couvert artístico” a taxa pré-estabelecida que o cliente paga pela música, shows

ou apresentações ao vivo de quaisquer natureza cultural e artística, que é repassada integral ou parcialmente ao músico ou

artista, dependendo do acordo feito com o dono do estabelecimento.

§ 2º - O aviso colocado pelo estabelecimento deverá ter as dimensões mínimas de 50 (cinquenta) centímetros de altura e 40

(quarenta) centímetros de largura.

Art. 2º - Fica vedado aos estabelecimentos descritos no artigo anterior a cobrança do serviço de “couvert artístico” ao

consumidor que se encontre no estabelecimento em área reservada ou em local que não possa usufruir integralmente do serviço

sem que o mesmo tenha solicitado.

Parágrafo Único - O serviço prestado em desconformidade com o previsto no caput deste artigo não gerará qualquer obrigação

de pagamento.

Art. 3º - A infração às disposições da presente Lei acarretará ao responsável infrator as sanções previstas no artigo 56, da Lei

Federal nº. 8.078, de 11 de setembro de 1990 - Código de Defesa do Consumidor, aplicáveis na forma de seus artigos 57 a 60.

Art. 4º - Essa lei entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio Domingos Martins, 19 de setembro de 2011.

Lúcia Dornellas

Deputada Estadual – PT

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JUSTIFICATIVA

Considerando às disposições do artigo 24, V e VIII, da CF/88 e artigos 8º e 31, da lei 8.078/1990, e ainda em atendimento à

política nacional de relações de consumo, venho propor o referido projeto de lei com a finalidade de obrigar os

estabelecimentos comerciais do tipo restaurantes, lanchonetes, bares e seus congêneres, que adotam o sistema de “couvert

artístico”, a disponibilizar ao consumidor a descrição clara do preço e da composição do serviço. A Lei Federal nº. 8.078, de 11

de setembro de 1990, assegura ao consumidor o direito básico à informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e

serviços, com especificação correta de preços. Nessa linha, o mesmo diploma legal também afirma que é vedado o

fornecimento de serviços sem solicitação prévia. Hoje, infelizmente, observa-se claramente o desrespeito ao Código de Defesa

do Consumidor por parte de alguns estabelecimentos comerciais, que ofertam serviços de “couvert artístico” de forma

inadequada, causando aos consumidores prejuízos financeiros além de os submeter a constrangimento e desconforto. O fato de

a maioria dos estabelecimentos oferecer o serviço de “couvert artístico” sem qualquer questionamento não garante sua

exigibilidade. Na maioria dos estabelecimentos, o serviço é fornecido de forma inadequada, vez que aos seus consumidores é

impossível sua utilização efetiva ou potencial. Os frequentadores dos estabelecimentos descritos no caput do artigo 1º desta lei,

mesmo estando por sua localização dentro do estabelecimento em área reservada ou em local impossível de se desfrutar

diretamente do serviço, são constrangidos ao pagamento da taxa de “couvert artístico” mesmo não o tendo solicitado. Neste

contexto, não há que se falar em deixar que práticas comerciais abusivas passem a integrar o cotidiano dos consumidores, uma

vez que violam os princípios orientadores da defesa dos direitos do consumidor, na medida em que se configuram como

vantagem manifestamente excessiva, abusiva até, pois é totalmente incompatível com a boa-fé e a equidade que devem permear

as relações consumeristas. Assim, por se tratar de problema de relevante interesse público, cabe-nos o comprometimento com a

defesa dos consumidores. Diante de tal realidade venho como cidadã e representante do povo, apresentar aos Ilustríssimos

Senhores e Senhoras a referida proposição, objetivando determinar que os estabelecimentos comerciais do tipo bares,

restaurantes e congêneres se adequem as disposições do Código de Defesa do Consumidor de forma que passem a propor aos

consumidores um serviço claro, específico e determinado conforme predispõe a legislação vigente.

PROJETO DE LEI Nº 329/2011

Dispõe sobre a responsabilidade pela elevação, sem justa causa, do preço de serviços aos consumidores.

A Assembléia Legislativa do Estado do Espírito Santo DECRETA:

Art. 1º. O fornecedor de serviços cuja natureza permita serem cobrados por fração de tempo, ao optar pela cobrança fracionada

do consumidor em intervalos menores ou maiores daqueles praticados, modificando a forma da cobrança, não poderá elevar

sem justa causa o preço.

Art. 2º. Considera-se elevação sem justa causa do preço dos serviços, dentre outras, as seguintes práticas do fornecedor nas

relações de consumo:

I- O aumento unilateral do valor da cobrança do serviço, a pretexto de instituir cobrança por frações menores ou

maiores daquelas anteriormente praticadas.

II- A imposição de valores desiguais para cada fração de tempo de serviço prestado, de modo que, cada um dos períodos

de idêntico serviço prestado, seja cobrado com valores diferenciados.

Parágrafo único. A hipótese de que trata o inciso segundo deste artigo será considerada abusiva quando, concomitantemente:

I- for praticada posteriormente à opção prevista no art.1º desta lei;

II- implicar elevação do preço do serviço, assim considerada quando o consumidor, para usufruir do mesmo tempo de

serviço anterior, tenha de pagar mais caro.

Art. 2º. A violação a esta lei sujeita o infrator à multa de R$ 1.000,00 (mil reais) por infração cometida e por consumidor

prejudicado, sem prejuízo de reparar o lesado com a devolução dos valores cobrados, corrigidos monetariamente.

§ 1º. Em caso de reincidência, a multa será aplicada em dobro.

§ 2º. A reincidência reiterada implicará na interdição do estabelecimento.

Art. 3º. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, 4 de outubro de 2011.

DEPUTADO GILSINHO LOPES

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ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

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JUSTIFICATIVA

Dispõe a Constituição Federal:

“Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:

V - produção e consumo;

...

VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico,

turístico e paisagístico;

...

§ 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.

§ 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.

§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas

peculiaridades.

§ 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.”

A norma geral federal, o Código de Defesa do Consumidor, dispõe:

“Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas:

...

X - elevar sem justa causa o preço de produtos ou serviços. (Incluído pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994)”

Em proteção ao Consumidor, o Estado deve exercer a sua competência suplementar.

Considerando que a norma geral proibiu a elevação sem justa causa do preço de produtos ou serviços, torna-se necessário

tipificar condutas que se enquadrem na violação legal.

É sabido que vários estabelecimentos comerciais, sobretudo estacionamentos, valem-se do pretexto da cobrança fracionada

pelo serviço prestado para majorarem, sem justa causa, os preços dos serviços.

Essa prática, lesiva ao consumidor, necessita ser rigorosamente coibida, mediante a regulação que possibilite a

responsabilidade pelos danos ao consumidor, permitindo a sua proteção e defesa.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 123/2011

Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. José Francisco Pereira da Costa.

A AASEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO DECRETA:

Art. 1º Fica concedido o Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. José Francisco Pereira da Costa.

Art. 2º Esta Lei entre em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, em 24 de outubro de 2011.

LUCIANO PEREIRA

Deputado Estadual – DEM

JUSTIFICATIVA

José Francisco Pereira da Costa, natural do Rio de Janeiro, 62 anos de idade, pai de 03 filhos, advogado, administrador de

empresas e contador, residindo em Vitória desde 1981. Fundador das concessionárias de veículos no Estado do Espírito Santo,

como Vitoriawagen, CVC, Automobile e Premium, além de passagens pela Fábrica Nacional de Motores. Possui experiência

de 10 anos em indústria automobilística na área comercial e marketing de veículos. Desde 1999 é diretor executivo da

Federação Nacional da Distribuição de Veículos do Espírito Santo – Fenabrave e do Sindicato dos Concessionários e

Distribuidores de Veículos do Espírito Santo – Sincodiv.

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ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

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PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 124/2011

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO DECRETA:

Art. 1º Fica concedido o Titulo de Cidadania Espírito-Santense ao Sr. Sergio Ribeiro da Costa.

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio Domingos Martins, em 25 de Outubro de 2011.

WANILDO SARNÁGLIA

Deputado Estadual – Líder do PT do B

JUSTIFICATIVA

Na forma do Inciso XXXIX, do Artigo 56 da Constituição Estadual e da Lei Nº 7.832 de 2004, esta Casa Legislativa concede o

“Título de Cidadão Espírito-Santense” ao Senhor Sergio Ribeiro da Costa. O Senhor Sergio Ribeiro da Costa é natural de

Coronel Fabriciano - Minas Gerais, casado com a Senhora Nandrea Martins da Costa, com quem tem dois filhos: Felipe 08

anos e Julia de 05 anos. E desde 1985 reside em José de Anchieta, Serra – ES. Sérgio Ribeiro da Costa tem formação em

Técnico de Contabilidade na Escola Aristóbulo Barbosa Leão; Graduou-se em administração de empresas na FABAVI

Faculdade Batista de Vitória; Pós-graduou-se em Gestão Empresarial com conclusão no ano de 2011; Iniciou a carreira

profissional como auxiliar administrativo durante 01 ano; Mais adiante foi consultor de vendas produtos alimentícios por 05

anos e consultor de vendas em caminhões e ônibus por 10anos; Atualmente trabalha como gerente comercial de máquinas

pesadas e equipamentos pela TRACBRAZ, empresa do grupo TRACBEL, para os Estados do Espírito Santo e Minas Gerais.

Assim, acreditando que a presente proposição satisfaz os requisitos legais, estando em condições de ser aprovada por esta Casa

de Leis, contamos com o apoio dos Ilustres Pares para a sua aprovação.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 125/2011

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO DECRETA:

Art. 1º Fica concedido o Titulo de Cidadania Espírito-Santense ao Sr. Maxwell Miranda de Almeida.

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio Domingos Martins, em 25 de Outubro de 2011.

WANILDO SARNÁGLIA

Deputado Estadual – Líder do PT do B

JUSTIFICATIVA

Na forma do Inciso XXXIX, do Artigo 56 da Constituição Estadual e da Lei Nº 7.832 de 2004, esta Casa Legislativa concede o

“Título de Cidadão Espírito-Santense” ao Senhor Maxwell Miranda de Almeida. O Senhor Maxwell Miranda de Almeida é

natural do Estado do Rio do Janeiro, casado com a Senhora Lucimar Rosa de Moura Almeida, com quem tem dois filhos:

Camila Moura Almeida que cursa Engenharia na UFES e Filipe Augusto de Moura Almeida que cursa Engenharia na UCL. O

Sr. Maxwell estudou na EMEF Pedro Álvares Cabral em São João de Meriti-RJ; Cursou ensino fundamental no Centro

Educacional Guararapes em São João de Meriti-RJ; Na EEEFM Bernardino Monteiro em Cachoeiro de Itapemirim -ES

concluiu o ensino fundamental; Cursou o ensino médio no Colégio João Pinto Bandeira em São Mateus e não concluiu,

posteriormente cursou o Ensino Médio na EEEFM Santo Antônio 2011 e está concluindo o Segundo Grau. Trabalhou na Loja

Márcios Magazine em Cachoeiro de Itapemirim-ES no ano de 1978; Na Loja Casa Carvalho, também situada em Cachoeiro de

Itapemirim-ES entre 1979 a 1981. Em 1983 voltou ao Rio de Janeiro onde trabalhou na Viação Itapemirim-Es e exerceu a

função de Auxiliar de Escritório na Filial da Viação Itapemirim, no Bairro Bom Sucesso no Rio de Janeiro. De Volta ao

Espírito Santo em 1985, voltou para Cachoeiro de Itapemirim, onde foi trabalhar na Transportadora Itapemirim. E em 1986,

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ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

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casou-se com a Professora Lucimar Rosa de Moura Almeida e mudou-se para Cariacica-Es, para trabalhar na filial da

Transportadora Itapemirim em Campo Grande Cariacica. Foi também encarregado da Loja da Transportadora Itapemirim,

depois passou pelos Transportes São Geraldo, entre outras. Foi Presidente do PC do B, PSDB, PMDB, em que renunciou o

mandato e em 1988 mudou-se para São Mateus-Es lá e reside até hoje. Assim, acreditando que a presente proposição satisfaz

os requisitos legais, estando em condições de ser aprovada por esta Casa de Leis, contamos com o apoio dos Ilustres Pares para

a sua aprovação.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 126/2011

Concede Título de Cidadã Espíritossantense a Sra .MARGARITA MARTINS GARCIA DE MATEOS

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO DECRETA:

Art. 1º - Fica concedido o Título de Cidadã Espíritossantense a Sra.Margarita Martins Garcia de Mateos.

Art. 2º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, em 25 de outubro de 2011.

LUCIANO REZENDE

Deputado Estadual – PPS

JUSTIFICATIVA

A Sra Margarita Martins Garcia de Mateos é natural da cidade de Madri, na Espanha. Está a 50 anos no Brasil e há 30 anos é

naturalizada brasileira..Formada em Assistente Social, com Especialização em Sexualidade, Saúde da Mulher e Direito

Reprodutivo. È, também, formada em Violência Doméstica pela Universidade de São Paulo/USP. Hoje, atua no Programa de

Atendimento à Vítimas de Violência Sexual/PAVIVIS no Hospital das Clínicas, em Vitória/ES. Desenvolve trabalhos como

voluntária em vários grupos de defesa das mulheres e também com crianças e adolescentes, coordenando-os, por meio

capacitação e palestras.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 127/2011

Concede Título de Cidadão Espíritossantense ao DR. HUGO CESAR GUANGIROLI

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO DECRETA:

Art. 1º - Fica concedido o Título de Cidadão Espíritossantense ao Dr. Hugo Cesar Guangiroli.

Art. 2º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, em 24 de outubro de 2011.

LUCIANO REZENDE

Deputado Estadual – PPS

JUSTIFICATIVA

Sra Graciete de Souza, nascida no Estado do Rio de Janeiro, filha da Srª Pedrina Aurélia de Souza e o Sr. José Fortes Rocha,

nasceu em 13 de Outubro de 1968, e é moradora do Bairro São Pedro I, com grande atuação na região e veio para o Estado em

1983, quando começou suas atividades de liderança comunitária na Comunidade Eclesial de Base – CEB’S em 1985. Foi

Secretária do Movimento Comunitário de São Pedro I, em 1986. Associou-se ao grupo Mulheres Unidas de São Pedro –

MUSP, em 1989, colaborou por meio de várias funções até ser eleita Presidente em 2004. Atualmente, faz parte da Diretoria.

Foi Secretária do Conselho Popular de Vitória – CPV, em 2004, e também diretora da pasta Assuntos da Mulher. Em sua

gestão promoveu a Primeira Conferência Municipal da Mulher, na qual foram eleitos os delegados para representarem o

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Estado. Hoje, atua ainda como Coordenadora Geral da Associação das Mulheres Negras no Estado do Espírito Santo, e a sigla

que representa a citada associação é ABORIN DUDU – Mulher negra no dialeto ORUBÁ.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 128/2011

Concede Título de Cidadão Espíritossantense ao Sr. Antonio Ermelindo Ribeiro Falcão de Almeida

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO DECRETA:

Art. 1º - Fica concedido o Título de Cidadão Espíritossantense ao Sr. Antonio Ermelindo Ribeiro Falcão de Almeida.

Art. 2º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, em 25 de outubro de 2011.

LUCIANO REZENDE

Deputado Estadual – PPS

JUSTIFICATIVA

O Sr. Antonio Ermelindo Ribeiro Falcão de Almeida nasceu em Aimorés, Minas Gerais. Em Belo Horizonte, cursou

Engenharia Elétrica, começando sua vida profissional em Vitória, Espírito Santo no ano de 1984. Até a presente data, atua na

iniciativa privada e seu amor à Terra adotiva levou-o à Presidência do Centro Capixaba de Desenvolvimento

Metalmecânico/CDMEC, o qual busca o desenvolvimento das indústrias capixabas e, assim, oportuniza grandes projetos

industriais. Atualmente, ocupa uma Diretoria no Sindicato Patronal das Indústrias Metalúrgicas e Elétricas do Espírito

Santo/SINDIFER. Esportista nato, jogador de futebol e vôlei, encontrou nas caminhadas o seu ponto de equilíbrio e, também,

cidadãos que tinham o mesmo amor pelos “caminhos”. Em 2005, fundou, junto com outros amigos, o Grupo Andarilhos

Capixabas o qual foi se estendendo pelo interior do Estado e também paralelamente, fora do Espírito Santo em caminhos tais

como: Caminho da Fé, Caminho de Frei Galvão, Caminho da Luz, Caminho dos Anjos, Caminho do Sol e tantos outros. De

2005 até a presente data, mais de 2000 ( dois mil ) andarilhos cadastraram-se no site do Grupo e realizaram 167 (cento e

sessenta e sete) caminhadas dentro do Estado, percorrendo quarenta municípios e, aproximadamente, 3.400 quilômetros de

distância.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 129/2011

Concede Título de Cidadão Espírito Santense a Sr. Firmino Costa Martins.

A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO DECRETA:

Art. 1º Fica concedido a SR. FIRMINO COSTA MARTINS o Título de Cidadão Espírito Santense.

Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio Domingos Martins, em 25 de outubro de 2011

Deputado MARCELO SANTOS

JUSTIFICATIVA

O Padre Firmino Costa Martins, nasceu na cidade de Loreto, Estado do Maranhão, veio para o Estado em 1987, designado para

trabalhar no Centro de Formação do MEPES e colabora nas paróquias de Anchieta, Iconha, Piúma, Itaipava e Itaoca,

Marataízes, Alfredo Chaves, Guarapari, também orientando os exercícios espirituais inaciano, apostolado da oração, cursilho,

encontro de casais com Cristo, encontro de jovens com Cristo e outras atividades quando solicitado. Trabalha no Centro de

Formação do MEPES – Movimento de Educação Promocional do Espírito Santo, entidade não governamental, que tem como

objetivo propiciar a formação integral dos jovens e famílias rurais e a transformação/desenvolvimento de seu meio, que atura

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em 04 setores básicos: educação, saúde, ação comunitária e formação de educadores e lideranças rurais, através do Centro de

Formação, contando com o apoio do Centro Administrativo. Diante ao exposto, para que nossa proposição se concretize,

speramos apoio e aprovação dos Senhores Deputados. Como jesuíta, fui destinado para vir trabalhar no Centro de Formação do

MEPES – Movimento de Educação Promocional do Espírito Santo, entidade não governamental, fundada pelo também jesuíta

Pe. Humberto Pietrogrande sj, em 26/04/68, com o objetivo de propiciar a formação integral dos jovens e famílias rurais e a

transformação/desenvolvimento de seu meio. Atua em 04 setores básicos: educação, saúde, ação comunitária e formação de

educadores e lideranças rurais, através do Centro de Formação, contando com o apoio do Centro Administrativo. O Centro de

Formação tem a função de manter viva a mística, os princípios filosóficos, metodológicos, pedagógicos do Movimento e cuidar

da formação inicial e continuada de todos os seus operadores Cheguei em março de 1987 para fazer parte da equipe, tendo

apenas 03 anos de intervalo (1992,93 e 94) para Formação nos EUA, durante dois anos e um (01) ano de missão no sertão da

Bahia. Exerci diversas funções: tais como: Coordenador Geral, coordenador pedagógico, responsável pela expansão das EFAs

do MEPES, onde,a convite de lideranças locais e/ou movimentos, contando com a prresença de agricultores familiares,

assentados, lideranças rurais e urbanas, movimentos sociais, o poder público municipal (executivo, legislativo e judiciário),

estadual e, às vezes federal discutíamos sobre a relevância da implantação de uma EFA (Escola Família Agrícola) na

localidade. Estes debates e palestras acontecem tanto nas comunidades rurais, como nas sede dos municípios. A partir daí,

então, surgem as EFAs, sobretudo aquelas ligadas ao MEPES, embora não me restrinja, somente a este movimento, pois quem

faz a escolha são todos os envolvidos neste projeto que optam também pela metodologia e a entidade mantenedora, quer seja

pública ou pertencente aos movimentos sociais, enquanto gestora e mantenedora. Nestes últimos 07 anos, já foram criadas três

EFAs do Ensino Médio ligadas ao MEPES, a saber: Castelo, Mimoso e Cachoeiro de Itapemirim. Estão em discussão para o

Ensino Fundamental Superior (5º a 9º ano) ou Ensino Médio: assentamento “17 de Abril”- Muqui, Nova Safra- Cachoeiro de

Itapemirim, Ouro Verde- Muniz Freire, Franquia e Realeza- Ecoporanga, outra de Ensino Médo em Ecoporanga,Água Doce do

Norte, Conceição da Barra, Iuna, Vargem Alta, dentre outras. Minha formação é licenciado e bacharelado em filosofia e

teologia, por isso, fui convidado por alguns movimentos sociais e ecológicos da Alemanha, Itália, França, Portugal e

representantes de organizações não governamentais latino americanas para celebração em comemoração aos 100 anos da

Encíclica Rerum Novarum. Na ocasião, ministrei a palestra “Cuidado para as necessidades humanas básicas e a formação de

organização de auto-ajuda com fins comunitários: MEPES- Movimento de Educação Promocional do Espírito Santo”, como

uma das ações sociais desenvolvidas nestes países. Acredito na formação contínua, por isso, procuro me manter atualizado, ora

estudando, ora assessorando encontros, seminários, fóruns, através da participação em debates, painéis, ministrando palestras

que têm como foco, sobretudo, a educação do campo, a pedagogia da alternância, juventude rural, destinados a educadores,

jovens e lideranças diversas. Para aprofundamento dos meus estudos fiz parte de um grupo de 14 pessoas de 08 países da

América Latina e Central para o “Curso Latinoamericano de Evaluación de Proyectos Educativos y de Acción Social Juvenil”,

realizado em Quito-Equador, de novembro de 1996 a janeiro de 1998, em sistema de alternância, com um mês presencial e 05

de pesquisa, concluindo com apresentação de uma monografia, cujo tema escolhido: “Educar para o exercício da cidadania:

uma proposta pedagógica”, analisando a prática pedagógica das Escolas Famílias de Olivânia e Vinhático – MEPES. Em 1996,

com a tomada de posse do então Governador, Victor Buaiz, a sociedade civil organizada, juntamente como os movimentos

sociais do campo e setores do poder público, organizamos um Seminário para discutir: “os caminhos da educação do campo no

Estado”. Na ocasião, reivindicamos a criação do Conselho Estadual de Políticas Educacionais para o meio rural” que, em curto

espaço de tempo, foi aprovado e publicado no Diário Oficial. Compunha o Conselho: UFES, Secretarias Estaduais de

Educação e Agricultura, Escolas Agrotécnicas Federais, MEPES, MST, CEIER, povos indígenas, dentre outros. Eu

representava o MEPES neste Conselho. Dentre tantas ações importantes desenvolvidas por este Conselho, ressaltamos,

sobretudo, duas: a 1ª refere-se, ao Seminário Estadual em preparação a “Conferência Nacional Por Uma Educação Básica do

Campo”, onde foi escolhida a comissão para participar do evento e eu estava incluso. A 2ª foi a publicação da revista “Campo

Cidade: repensando o ontem, o hoje e o amanhã”, em 2002, na qual fazia parte da equipe de assessores. Neste mesmo ano,

também participei da comissão organizadora do 6° Congresso Internacional da Associação Internacional das Maisons

Familiales Rurales (AIMFR) e o primeiro em solo latino americano, contando com mais de 1000 participantes de diversas

partes do mundo, cujo tema foi: “Escolas Famílias Agrícolas – Formação: Garantia para o mundo rural do futuro”. Em 2003,

fui um dos componente da comissão organizadora do 1º Seminário dos Técnicos em Agropecuária das EFA’s–MEPES, tendo

como titulo: “Desafios e perspectivas da agricultura familiar dentro do mercado globalizado e o papel do técnico em

agropecuária”. Continuei participando da organização destes jovens, através de reuniões, capacitações, Seminários. O Instituto

Souza Cruz, no início do novo milênio, percorreu diversas entidades de todas as regiões do Brasil que atuam no campo,

identificou algumas que têm o foco na juventude e agricultura familiar para uma conversa, na qual fui designado representante

do MEPES, em torno da necessidade e importância da criação de uma REDE. Foi criada, então, a REDE DE JOVENS DO

CAMPO, composta por 06 instituições: MOC – Movimento de Organização Comunitária - BA; Arcafar-Sul – Regional das

Casas Familiares Rurais -RS, PR e SC; CEDEJOR – Centro de Desenvolvimento de Jovens Rurais - RS, PR e SC; SERTA –

Serviço de Tecnologia Alternativa – PE; MEPES – Movimento de Educação Promocional do Espírito Santo – ES; Instituto

Souza Cruz - RJ. É constituída por três ações básicas: A – Jornada Nacional dos Jovens do Campo, com duração de 04 dias,

onde os jovens organizados de todos os Estados do Brasil discutem sobre temas de relevância e necessidades para eles, em

painéis, oficinas, palestras, fazem visita às propriedades de agricultura familiar, apresentam teatro e folclores locais e regionais,

lançamento de livro. Em todas estas atividades, os jovens são os protagonistas. B – Intercâmbio juvenil - articulação feita entre

11 entidades brasileiras, envolvendo 12 jovens de cada entidade para vivenciar e conhecer a agricultura familiar “in loco”,

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convivendo com as famílias (dos jovens),visitando suas propriedades e outras em torno; as organizações, associações e

cooperativas que tenham como foco a agricultura familiar, percebendo a filosofia e metodologia do movimento acolhedor,

identificando a riqueza das diferenças existentes entre os diversos espaços conhecidos, inclusive no que diz respeito as

diversidades culturais locais, estaduais e nacional e buscando se apropriar do que for útil para sua vida pessoal, familiar e

institucional. C – Vivencia profissional – destinada aos educadores para conhecer metodologia(s) exitosa(s) e confrontá-la(s)

com a própria a fim de melhorar a qualidade da prática educativa pessoal, mas sobretudo, institucional. Como padre, colaboro

nas paróquias de Anchieta, Iconha, Piúma, Itaipava e Itaoca, Marataízes, Alfredo Chaves, Guarapari, também orientando os

exercícios espirituais inaciano, apostolado da oração, cursilho, encontro de casais com Cristo, encontro de jovens com Cristo e

outras atividades quando solicitado.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 130/2011

Concede Título de Cidadão Espírito-Santense a Gerso Fogolin.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO DECRETA:

Art. 1º Fica concedido o Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Gerso Fogolin.

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, em 26 de outubro de 2011.

Da Vitória

Deputado Estadual - PDT

JUSTIFICATIVA

O homenageado Sr. Gerso Fogolin, formado em Técnico em Contabilidade, começou a trabalhar aos 15 anos no Banco

Bradesco, aos 36 anos de idade tornou-se gerente, atuou em várias localidades no Rio Grande do Sul, posteriormente foi

transferido para Vitória, estado do Espírito Santo, apaixonado pelo estado reside até os dias de hoje. Casado há 46 anos com a

Sr.ª Kimiko Fukunaga Fogolin, Pai de 6 filhos e avô de 4 netos nasceu na cidade de Lins, São Paulo. O homenageado é

proprietário do tradicional restaurante Galetinho. Portanto, agraciar o Sr. Gerso Fogolin com a concessão do honroso título é

medida oportuna e merecida, e para que nossa proposição se concretize, esperamos apoio e aprovação dos Senhores Deputados.

PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 035/11

Adicionam-se mais parágrafos ao artigo 239 a Resolução nº 2700 de 15 de julho de 2009.

A Assembléia Legislativa do Estado do Espírito Santo Decreta:

Art. 1º - Adiciona-se parágrafos ao art. 239 da Resolução nº 2700 com a seguinte redação:

Art.239. - ......

§ - Os Deputados deverão apresentar emendas para atendimento das audiências Publicas nas matérias referidas no § 3º do

artigo 238.

§ - As Bancadas Parlamentares poderão apresentar emendas nas matérias orçamentarias.

Art. 2º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio Domingos Martins, 03 de outubro 2011.

Deptuado MARCELO SANTOS

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JUSTIFICATIVA

Esta proposta visa introduzir emenda para o cumprimento do §3º do artigo 238 e seus incisos do Regimento Interno desta casa

de Lei: §3º A tramitação do Projeto de Lei do Plano Plurianual – PPA e do Orçamento Anual contará com ampla participação

popular, por meio de realização de audiências públicas em todas as microrregiões do Estado, bem como com todas as

organizações não-governamentais de forma setorial, a fim de que as matérias sejam discutidas e sejam apresentadas sugestões.

§5º Ao final das audiências públicas regionais e setoriais será realizada uma audiência pública geral no Plenário da Assembleia

Legislativa, na qual o relator da matéria apresentará e colocará em discussão com os presentes o pré-relatório referente à

situação das sugestões, e publicadas. Esta emenda dará condições aos deputados de apresentar mais proposta as estas matérias

de estrema importâncias no parlamento pois são elas que afetam diretamente a vida da população do Estado do Espírito Santo,

desta forma os parlamentares poderão exercer mais e melhor suas prerrogativas Constitucionais e Regimentais.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 131/2011

Concede Titulo de cidadania Espírito Santense ao Sr. Francisco Lima Mineiro.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO DECRETA:

Art.1º Fica concedido ao Sr. Francisco Lima Mineiro o titulo de cidadão espírito-santense.

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, em 25 de outubro de 2011.

Atayde Armani

Deputado Estadual

JUSTIFICATIVA

Francisco Lima Mineiro nasceu no Ceará. Em 1968, com 21 anos de idade, mudou-se para a localidade de Povoação, Linhares-

ES; onde inicialmente, exerceu atividades no comércio. Viúvo e pai de três filhos, o homenageado iniciou suas atividades rurais

em 1981; contribuído a mais de 30 anos, para a expansão da participação de Povoação no cenário capixaba de produção

cacaueira. Destacando-se como um produtor empreendedor, pautado pela produção, pela solidariedade do cooperativismo e

responsabilidade social, agregando valor a lavoura cacaueira. Pelas razões expostas é que apresentamos este Projeto de Lei,

contando com a sua aprovação.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 132/2011

Concede Titulo de cidadania Espírito Santense ao Sr. João Mineiro de Lima.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO DECRETA:

Art.1º Fica concedido ao Sr. João Mineiro de Lima o titulo de cidadão espírito-santense.

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, em 25 de outubro de 2011.

Atayde Armani

Deputado Estadual

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JUSTIFICATIVA

João Mineiro de Lima nasceu no Ceará, em 17 de outubro de 1929. Herdou do pai, além das qualidades, o gosto pela terra e

pelo gado. Casou-se com a Sra Leontina Peroba de Lima e, desta união tiveram um filho. João Mineiro sempre foi orgulho e

exemplo para sua família. Residindo a 43 anos na localidade de Povoação, Linhares-ES. Iniciou suas atividades no povoado,

como comerciante e a mais de 30 anos contribui para a atividade cacaueira.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 133/2011

Concede Título de cidadania Espírito Santense ao Sr. Aladim Fernando Cerqueira.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO DECRETA:

Art.1º Fica concedido ao Sr. Aladim Fernando Cerqueira o titulo de cidadão espírito-santense.

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, em 26 de outubro de 2011.

Atayde Armani

Deputado Estadual

JUSTIFICATIVA

Aladim Fernando Cerqueira, Engenheiro Agrônomo, casado e pai de dois filhos; nascido em Belo Horizonte, MG, em 14 de

março de 1966. Em 1978, aos 11 anos mudou-se para Vitória, ES, com a família. Formou-se em Agronomia pela Universidade

Federal do Espírito Santo, Alegre, ES, em 1989. Pós graduou-se como Mestre em Solos, pela Universidade Federal de Viçosa,

em 1996; tendo como objeto de estudo o Desenvolvimento da Agricultura Familiar nos ambientes do município de Venda

Nova do Imigrante, ES. Ingressou na carreira pública na Empresa Capixaba de Pesquisa Agropecuária – EMCAPA, em 1995;

permanecendo no Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural – INCAPER até 2001, como gerente

do Programa de Meio Ambiente. Em 2001, ingressou na Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos -

SEAMA. Após a criação do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos – IEMA, atuou como Subgerente de

Licenciamento de Mineração, Gerente de Controle Ambiental e Diretor Técnico do IEMA. Em 2010, atuou como Diretor

Presidente do Instituto Estadual de Defesa Agropecuária e Florestal – IDAF e atualmente é Diretor Presidente do IEMA.

PROPOSTA DE EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 031/2011

Altera o artigo 187 e o § 2º, do artigo 188 da Constituição Estadual.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO DECRETA:

Art. 1º• - O artigo 187 da Constituição Estadual passa a dispor da seguinte redação:

"Art. 187 - Para a localização, instalação, operação e ampliação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa

degradação do meio ambiente, será exigido estudo de impacto ambiental, na forma da lei, que assegurará a participação da

comunidade em todas as fases de sua discussão.

§ l° Do estudo de impacto ambiental será gerado o relatório de impacto ambiental, ao qual se dará publicidade.

§ 2° Do estudo de impacto ambiental relativo a projetos de grande porte constará obrigatoriamente:

I - a relação, quantificação e especificação de equipamentos sociais e comunitários e de infra-estrutura básica para o

atendimento das necessidades da população, decorrentes da operação ou expansão do projeto;

II - a fonte de recursos necessários à construção e à manutenção dos equipamentos sociais e comunitários e à infra-estrutura.”

Art. 2º• - O § 2º, do artigo 188 da Constituição Estadual passa a vigorar com a seguinte redação:

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"Art. 188 (...)

§ 2º - Suprimido

Art. 3º. - Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data da sua publicação.

Sala das Sessões, em 26 de setembro de 2011.

THEODORICO FERRAÇO

Deputado Estadual

JUSTIFICATIVA

A proposta visa compatibilizar a Constituição Estadual com a legislação federal infraconstitucional relativa ao meio ambiente.

1ª Proposta de alteração.

O art. 187 dispõe atualmente da seguinte redação:

“Art. 187. Para a localização, instalação, operação e ampliação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa

degradação do meio ambiente, será exigido relatório de impacto ambiental, na forma da lei, que assegurará a participação da

comunidade em todas as fases de sua discussão.

§ l° Ao estudo prévio do relatório de impacto ambiental será dada ampla publicidade.

§ 2° Do relatório de impacto ambiental relativo a projetos de grande porte constará obrigatoriamente:

I - a relação, quantificação e especificação de equipamentos sociais e comunitários e de infra-estrutura básica para o

atendimento das necessidades da população, decorrentes da

operação ou expansão do projeto;

II - a fonte de recursos necessários à construção e à manutenção dos equipamentos sociais e comunitários e à infra-estrutura.”

Propõem-se as seguintes alterações:

Art. 187. Para a localização, instalação, operação e ampliação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa

degradação do meio ambiente, será exigido estudo de impacto ambiental, na forma da lei, que assegurará a participação da

comunidade em todas as fases de sua discussão.

§ l° Do estudo de impacto ambiental será gerado o relatório de impacto ambiental, ao qual se dará publicidade.

§ 2° Do estudo de impacto ambiental relativo a projetos de grande porte constará obrigatoriamente:

I - a relação, quantificação e especificação de equipamentos sociais e comunitários e de infra-estrutura básica para o

atendimento das necessidades da população, decorrentes da operação ou expansão do projeto;

II - a fonte de recursos necessários à construção e à manutenção dos equipamentos sociais e comunitários e à infra-estrutura.

As alterações propostas tem por objetivo a adequação da redação da norma constitucional com as expressões EIA – Estudo de

Impacto Ambiental e RIMA – Relatório de Impacto Ambiental, utilizadas as avessas pelo constituinte estadual. Destacam-se da

norma constitucional transcrita as expressões:

(i) do caput: “(...) será exigido relatório de impacto ambiental, na forma da lei (...)”;

(ii) de seu § 1º: “Ao estudo prévio do relatório de impacto ambiental (...)”;

(iii) e de seu § 2º: “Do relatório de impacto ambiental (...)”.

Baralhou o constituinte estadual os vocábulos atribuídos aos instrumentos da Política Nacional do Meio ambiente, que

compõem a Avaliação de Impacto Ambiental. Isto é, reportou-se ao Estudo Prévio de Impacto Ambiental – EIA e ao Relatório

de Impacto Ambiental - RIMA, como se sinônimos fossem. Isso porque, ao contrário do que dispõe o caput, exige-se o EIA – e

não o mero RIMA -, para o licenciamento ambiental de atividades de significativo potencial de degradação ambiental. Ao

RIMA - e não ao EIA, por conter este expressões técnicas, não vulgares, de difícil compreensão ao leigo -, dá-se, em regra, a

ampla publicidade prevista no § 1º. E, por fim, compõe o EIA - e não o RIMA - o detalhamento especificado nos incisos I e II.

Resumidamente, da contradição precitada decorre a imprecisão de se exigir no bojo do RIMA, e não do EIA, as especificações

contidas nos incisos I, e II, do § 2º, do art. 187.

Sobre o RIMA elucida a Resolução do CONAMA n. 1/1986, art. 9:

“Art. 9o O relatório de impacto ambiental - RIMA refletirá as conclusões do estudo de impacto ambiental (...)

Conceito reiterado pela Lei Estadual 4701/1992, art. 76:

“Art. 76 - O Relatório de Impacto Ambiental – RIMA refletirá as conclusões do Estado Prévio de Impacto Ambiental – EPIA e

visa transmitir informações fundamentais do mencionado estudo, através de linguagem acessível a todos os segmentos da

população, de modo que possam entender as vantagens e desvantagens do projeto, bem como, todas as conseqüências

ambientais de sua implementação.”

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Cuja interpretação revela o conteúdo mais sucinto do RIMA em relação ao EIA. Ou seja, enquanto o EIA deve discriminar

analiticamente as atividades que possam causar degradação, e respectivos programas de compensação, inclusive social, do

empreendimento, satisfaz-se o RIMA com as conclusões fundamentais do EIA.

2ª Proposta de alteração.

Quanto ao parágrafo segundo, do art. 188, da Constituição Estadual dispõe atualmente da seguinte redação:

“Art. 188. A autorização para a utilização dos recursos naturais não-renováveis será concedida por prazo determinado,

prorrogável mediante decisão fundamentada, ouvido o órgão técnico responsável e condicionada a novo relatório de impacto

ambiental.

§ l° Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução

técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei.

§ 2° É vedada a atividade mineradora nos espaços territoriais previstos no art. 186, parágrafo único, II.”

Os espaços territoriais previstos pelo art. 186, parágrafo único, II, da Constituição Estadual são as Unidades de Conservação.

Com efeito, o parágrafo segundo veda a atividade mineradora em quaisquer Unidades de Conservação. Ocorre que a Lei

Federal n. 9985/2000, que regulamenta o art. 225, § 1º, da Constituição Federal, define duas categorias de unidades de

conservação: (i) as unidades de proteção integral; (ii) as unidades de uso sustentável. Consoante art. 14, I, da Lei 9.985/2000 as

APA’s – Áreas de Proteção Ambiental compõem as unidades de uso sustentável, cujo objetivo básico, nos termos do § 2º, do

art. 7º, da mesma lei “(...) é compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de parcela dos seus recursos

naturais.”

Nesse mesmo sentido o caput do art. 15, da Lei 9.985/2001:

“Art. 15. A Área de Proteção Ambiental é uma área em geral extensa, com um certo grau de ocupação humana, dotada de

atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das

populações humanas, e tem como objetivos básicos proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e

assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais.”

Referido art. 15 encontra-se regulamentado pelo Decreto 4340/2002, que dispõe em seu art. 25, II:

“Art. 25. É passível de autorização a exploração de produtos, sub-produtos ou serviços inerentes às unidades de conservação,

de acordo com os objetivos de cada categoria de unidade.

Parágrafo único. Para os fins deste Decreto, entende-se por produtos, sub-produtos ou serviços inerentes à unidade de

conservação:

I - aqueles destinados a dar suporte físico e logístico à sua administração e à implementação das atividades de uso comum do

público, tais como visitação, recreação e turismo;

II - a exploração de recursos florestais e outros recursos naturais em Unidades de Conservação de Uso Sustentável, nos limites

estabelecidos em lei.”

Estabelece, portanto, a legislação federal a legalidade da exploração de recursos naturais em unidades de conservação de uso

sustentável, nas quais se inserem as APA’s, desde que observados determinados parâmetros legais. Em decorrência propõe-se

a supressão do § 2º, do art. 188, da Constituição Estadual. A presente alteração constitucional objetiva compatibilizar a

legislação estadual à legislação federal.

PROJETO DE LEI Nº 327/2011

Dispõe sobre limite de tempo para atendimento ao cidadão pelos Cartórios Públicos.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, NO USO DE SUAS ATRIBUIÇÕES

CONSTITUCIONAIS DECRETA:

Art. 1º - Ficam os Cartórios Públicos, estabelecidos no Estado do Espírito Santo, obrigados a atender cada cliente no prazo

máximo de 20 (vinte) minutos, contados a partir do momento em que ele tenha entrado na fila de atendimento.

Parágrafo único. Para efeito desta lei, entendem-se como Cartórios Públicos:

I - os Cartórios de Notas;

II - os Cartórios de Registro Civil de Pessoas Naturais;

III - os Cartórios de Registro Civil de Pessoas Jurídicas;

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ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

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IV - os Cartórios de Registro de Títulos e Documentos;

V - os Cartórios de Registro de Imóveis; e

VI - os Cartórios de Protesto de Títulos.

Art. 2º - Para comprovação do tempo de espera, o cliente apresentará o bilhete da senha de atendimento, onde constará,

impresso mecanicamente, o horário do seu recebimento.

§ 1º O Cartório que ainda não faz uso do sistema de atendimento disposto no caput, fica obrigado a fazê-lo no prazo definido

no regulamento desta lei;

§ 2º O Cartório fica obrigado a fornecer ao cliente o horário do atendimento.

§ 3º Deverá ser afixado pelo Cartório, em local visível ao público, cartaz indicativo ou informações do tempo máximo para

atendimento conforme o previsto nesta lei, bem como seu número e o telefone do PROCON.

Art. 3º - Cabe ao Cartório implantar, no prazo de 120 (cento e vinte) dias, os procedimentos necessários para o cumprimento

desta lei.

Art. 4º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, 03 de Outubro de 2011.

GLAUBER COELHO

Deputado Estadual - PR

JUSTIFICATIVA

Este projeto tem o objetivo dar agilidade ao atendimento nos cartórios, contudo sem prejuízo da qualidade na prestação do

serviço, promovendo o bem estar do cidadão que precisa tirar documentos, fazer procurações, registrar imóveis ou realizar

outro serviço de competência exclusiva dos cartórios. Não há justificativa para as enormes filas e demora no atendimento nos

Cartórios Públicos, visto que se trata de serviço de utilidade pública, sendo inclusive muito bem pagos. Portanto os cartórios

devem se adaptar para prestar um bom atendimento ao cidadão, num prazo razoável de espera.

PROJETO DE LEI Nº 332/2011

Dispõe sobre a Política Estadual de Incentivo à Cultura do Bambu e dá outras providências.

Art. 1º Fica instituída a Política Estadual de Incentivo à Cultura do Bambu, como parte da Política Estadual de

Desenvolvimento Agrícola.

Parágrafo único – A Cultura do Bambu compreende o cultivo agrícola voltado para a produção de colmos e para a extração de

brotos e a valorização do bambu como instrumento de promoção do desenvolvimento socioeconômico regional e integrado do

Estado.

Art. 2º A política instituída nesta Lei tem como objetivo o desenvolvimento da Cultura do Bambu no Estado, por meio de

programas governamentais e de empreendimentos privados.

Art. 3º São diretrizes da Política Estadual de Incentivo à Cultura do Bambu:

I – a valorização do bambu como produto agrícola capaz de suprir necessidades ecológicas, econômicas, sociais e culturais;

II – o desenvolvimento tecnológico do cultivo e das aplicações do bambu;

III – o desenvolvimento de pólos bambuzeiros.

Art. 4º São instrumentos da Política Estadual de Incentivo à Cultura do Bambu:

I – crédito anual;

II – assistência técnica;

III – promoção e comercialização do produto;

IV – certificado de origem e qualidade dos produtos destinados à comercialização.

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ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

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Art. 5º Serão beneficiadas prioritariamente pela política instituída por esta Lei as pequenas e médias propriedades de regiões

com vocação agrícola para a cultura do bambu.

Art. 6º Na implantação da política de que trata esta Lei, o Poder Executivo deverá:

I – incentivar a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico do cultivo e das aplicações dos produtos e subprodutos do bambu;

II – orientar o cultivo para a produção e a extração de brotos para a alimentação;

III – incentivar a utilização do bambu na recomposição de matas ciliares, na recuperação de áreas degradadas e na composição

de sistemas agro-florestais;

IV – incentivar a adoção da cultura e manufatura do bambu na agricultura familiar;

V – estabelecer parcerias com entidades públicas e privadas para maximizar a produção e a comercialização dos produtos

derivados do bambu;

VI – estimular o comércio interno e externo do bambu e de seus subprodutos;

VII – produzir mudas de bambu em viveiros públicos estaduais.

Art. 7º O portador dos Bônus poderá utilizá-los para pagamento de ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e

Serviços -, Imposto sobre Transmissão de Bens “causa mortis”-, e IPVA – Imposto sobre Propriedade de Veículos

Automotores -, até o limite de 20% (vinte por cento) do valor devido a cada incidência do tributo.

Art. 8º O Bônus terá validade para sua utilização de 5 (cinco) anos, a contar de sua emissão, com valor corrigido mensalmente

pelos mesmos índices aplicáveis na correção do imposto.

Art. 9º Será criado o Fundo Especial de Apoio aos Produtores de Bambu no Estado, que deverá ser regulamentado pelo

Poder Executivo.

Art. 10 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio Domingos Martins, 29 de setembro de 2011

Luzia Alves Toledo

Deputada Estadual

JUSTIFICATIVA

O objetivo da implantação de política para a produção dos brotos de bambu é fomentar o artesanato e sua futura

industrialização, atendendo crescentes demandas dos setores de arquitetura, paisagismo, decoração e construção civil. Muitos

países têm encontrado sucesso na exportação de móveis feitos de bambu e esse sucesso se deve a implantação de oficinas

profissionalizantes, auto-sustentáveis, de cunho ambiental econômico e social, com a criação de pólos geradores de trabalho. É

preciso conscientizar a sociedade e dar incentivos ao surgimento de novos artesãos, viabilizando a venda de produtos e

consolidando o bambu no mercado. O incentivo proposto nesta legislação tem por escopo formar pólos bambuzeiros, haja vista

que a industrialização desse material tem ampla aceitação no mercado nacional e internacional, especialmente na arquitetura e

móveis de design. No atual contexto social e produtivo mundial, vemos crises assolando povos de países inteiros. Estes se

vêem à margem da política econômica mundial, e não conseguem criar e manter uma economia própria. Mas existem alguns

países enxergando o bambu como um dos meios alternativos para aumentar a produtividade agrícola, gerar emprego e estimular

a indústria. Assim pensam os governos da China, Nepal, Filipinas e Havaí. A questão ecológica é hoje um assunto muito

discutido. A poluição e sub-produtos decorrentes de uma economia industrial capitalista globalizada geram desequilíbrios por

todas as partes do globo, na terra, água e ar. O bambu é eficaz no combate a muitas formas de poluição nesses recursos

naturais, produzindo oxigênio, reciclando a água de rios e lagoas e limpando o solo de alguns elementos nocivos. É também

material altamente renovável e que pode substituir o uso da madeira (material e combustível), impedindo o corte indevido de

árvores essenciais ao equilíbrio natural. Na América do Sul existem culturas ricas e vibrantes que muito se associaram ao uso

do bambu. É o caso do Equador e da Colômbia, países onde o bambu da espécie Guadua angustifólia, gigante e muito

resistente, é conhecido por todo habitante e é utilizado há milhares de anos pelos nativos. Ele sustenta casas de mais de 100

anos de idade, assim como as casas de uma grande parcela da população. A Costa Rica, na América Central, recentemente

adotou uma estratégia para implementar a construção em massa de habitações populares construídas com bambu. O Brasil é um

dos países com maior número de espécies nativas e maior área de florestas naturais de bambu. Estas espécies nativas, algumas

até endêmicas, são na sua grande maioria desconhecidas. É imperioso elaborar uma política de preservação, propagação e

disponibilização destas espécies que muito têm a nos encantar e oferecer. Pessoas do mundo inteiro se unem em associações e

instituições para divulgar as múltiplas utilizações do bambu, incitar o debate social e desenvolver a pesquisa científica,

tomando como exemplo: IBA, INBAR, ABMTENC, ABS, EBS, ECUABAMBU. O bambu é usado há muitos milênios na

produção de uma miríade de artefatos úteis ou decorativos. Por sua característica tubular o bambu já agrega funções e

adequações inerentes à sua forma. Sendo composto basicamente de longas fibras vegetais, pode ser moldado ou desfiado para

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ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

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novas aplicações. É essencial que se escolha o tipo certo de bambu e o modo correto de tratamento para cada aplicação. O

bambu é reconhecidamente um excelente agente na contenção de encostas ameaçadas de erosão. Sua distribuição subterrânea

de rizomas forma uma malha resistente que reforça a estrutura natural do solo. Para obter bons resultados são utilizados os

bambus de rizomas leptomorfos, que se espalham na área mais rapidamente. O bambu é utilizado na irrigação de solos e

lavouras. É tubular, facilitando o transporte de água da fonte ao local da irrigação. O bambu pode também ser utilizado na bio-

remediação de ambientes molestados pela intervenção humana. Segundo os especialistas da West Wind Technologies, nos

Estados Unidos existem muitas criações de suínos que despejam os restos fiscais dos anmais diretamente no ambiente natural,

contaminando campos e fontes de água. Uma solução para este problema seria despejar os restos em campos de grama, uma

planta que consome largamente o nitrogênio presente nos restos. Mas a grama não tem mercado e é deixada no solo. Com o

tempo o nitrogênio na grama é reabsorvido pelo solo. O bambu é uma grama, e consome muito nitrogênio. Depois pode ser

coletado e vendido como material de construção, levando consigo o nitrogênio. Outro uso do bambu na remediação foi

sugerido em 98 pelo senador americano Duncan Hunter, dirigente da Fundação World Emergency Relief, para despoluir o Rio

Choluteca, que atravessa a capital do México. O projeto propõe que se plante bambu nas beiras do rio, porque agiriam como

agente descontaminante. Este tipo de projeto já foi implantado no Rio Nuevo, Califórnia, e ao norte da cidade de Mexicali,

México. O bambu também é utilizado como combustível e papel, substituindo o uso tradicional e, muitas vezes, irresponsável

de madeiras importantes para os ecossistemas. O carvão de bambu é de excelente qualidade, e seu rápido crescimento equilibra

a relação entre o gás de carbono emitido e o gás de carbono absorvido. O papel de bambu tem a mesma qualidade que o papel

de madeira. O papel é o uso industrial do bambu de maiores proporções no mundo. O bambu oferece seis vezes mais celulose

que o pinheiro que mais rápido cresce. Suas fibras são muito resistentes e tem qualidade igual ou superior à fibra de madeira. O

Brasil é o único país das Américas a ter uma indústria de papel de bambu, com uma grande plantação no Estado do Maranhão.”

PROJETO DE LEI Nº 333/2011

Dispõe sobre a Política Estadual de reciclagem de Materiais.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO DECRETA:

Art. 1º A Política Estadual de reciclagem de Materiais tem o objetivo de incentivar o uso, a comercialização e a

Industrialização de materiais recicláveis, tais como:

I - papel usado, aparas de papel e papelão;

II - sucatas de metais ferrosos e não ferrosos;

III - plásticos, garrafas plásticas e vidros;

IV - entulhos de construção civil;

V - resíduos sólidos e líquidos, urbanos e industriais, passíveis de reciclagem;

VI - produtos resultantes do reaproveitamento, da industrialização e do recondicionamento dos materiais referidos nos incisos

anteriores.

Art. 2º São pertinentes à Política Estadual de reciclagem de material:

I - apoio a criação de centros de prestação de serviços e de comercialização, distribuição e armazenagem de material reciclável;

II - incentivo a criação de distritos industriais voltados para a indústria de reciclagem de materiais;

III – incentivo ao desenvolvimento ordenado de programas municipais de reciclagem de materiais;

IV – promoção de campanhas de educação ambiental voltadas para a divulgação e a valorização do uso de material reciclável e

seus benefícios;

V – incentivo ao desenvolvimento de projetos de utilização de material descartável ou reciclável;

VI – promoção de campanhas de incentivo à realização de coleta seletiva de lixo.

Art. 3º Para o cumprimento do disposto nesta Lei, poderão ser adotadas as seguintes medidas:

I - concessão de benefícios, incentivos e privilégios fiscais;

II - inserção de empresa de reciclagem, em programa de financiamento com recursos de fundos estaduais;

III - criação de área de neutralidade fiscal, com o objetivo de desonerar de tributação estadual, as operações e prestações

internas e de importação, realizadas por empresa cuja atividade se relacione com a política de que trata esta Lei;

IV - celebração de convênio de mútua colaboração com órgão ou entidade das administrações federal, estadual ou municipal;

V - fomentar o sistema cooperativista.

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ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

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Art. 4º Os benefícios de que trata esta Lei, serão concedidos exclusivamente ao usuário, ao produtor e ao comerciante

cadastrados no órgão relacionado ao meio ambiente determinado pelo estado.

Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio Domingos Martins, 05 de outubro de 2011.

Luzia Toledo – PMDB

Deputada Estadual

JUSTIFICATIVA

No mundo atual, onde o aumento populacional é alarmante e se agrava à cada ano, é inegável e inevitável os reflexos deste

“crescimento”. Com o aumento do número de habitantes nas cidades, cresce, também, os detritos orgânicos ou não, produzidos.

Cada dia que passa torna-se cada vez mais grave a destinação do lixo produzido. Eis que soluções surgem, como a

RECICLAGEM ou o REUSO DESSES MATERIAIS. Para que tenhamos uma vaga idéia da gravidade observemos os

indicativos abaixo:

QUANTO E O QUE SE RECICLA NO BRASIL E NO MUNDO

PAPEL: O consumo anual (por habitante) de papel no Brasil manteve-se estável em 1998, situando-se em 38,4 quilos, ainda

distante dos níveis observados em países mais desenvolvidos, como os Estados Unidos (336,5 kg por habitante). No entanto,

estima-se que 35% do papel produzido no país nos últimos dez anos são originados de matéria-prima reciclada. Nos Estados

Unidos, esse número é de 27,6%, caindo para 10,8% no Canadá.

PLÁSTICO: O consumo anual de plásticos no Brasil gira em torno de 19 quilos. O volume é relativamente baixo se comparado

aos índices de outros países, como Estados Unidos (100 kg/hab) e a média na Europa (80 kg/hab.). No campo da reciclagem,

15% dos plásticos rígidos e filme retornam à produção brasileira como matéria-prima, o que equivale a 200 mil t/ano. Nos

Estados Unidos, este número é quase cinco vezes maior.

VIDROS: A indústria brasileira produz 800 mil t/ano de vidros para embalagens, das quais 35% são recicladas, somando 280

mil toneladas por ano. Os Estados Unidos produziram 11 milhões de toneladas em 1997, das quais reciclaram 37%,

correspondendo a 4,4 milhões de toneladas. Índices de reciclagem de vidro em outros países: Alemanha (74,8%), Reino Unido

(27,5%), Suíça (83,9%) e Áustria (75,5%).

LATAS DE ALUMÍNIO E AÇO: Em 1998, o Brasil atingiu o recorde nacional de reciclagem. Foram mais de 5,5 bilhões de

latas recuperadas pela indústria, o que significa uma taxa de 65% sobre o total de latas de alumínios vendidas (8,5 bilhões de

unidades). Os números brasileiros superam países industrializados, como Inglaterra (23%) e Itália (41%). Os Estados Unidos

recuperam 66%, o que equivale a 64 bilhões de latas por ano. O Japão recicla 73%. Quanto às latas de aço, 35% das latas

consumidas no Brasil são recicladas, o que equivale a cerca de 250 mil t/ano. Nos Estados Unidos, 60% das embalagens de

folha de flandres retornaram à produção de aço em 1987. Se o Brasil reciclasse todas as latas de aço que consome atualmente,

seria possível evitar a retirada de 900 mil toneladas de minério de ferro por ano. Pelos motivos acima, eis que urge a

necessidade do Estado do Espírito Santo adotar uma POLÍTICA DE RECICLAGEM DE MATERAIS. O presente Projeto de

Lei é de relevante interesse social e de urgente clamor.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N° 134/2011

CONCEDE TÍTULO DE CIDADANIA ESPÍRITO SANTENSE AO SENHOR WALDIR LOPES MAGALHÃES.

A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESPIRITO SANTO DECRETA:

Art. 1º - Fica concedido o Título de Cidadania Espírito-Santense ao Senhor WALDIR LOPES MAGALHÃES.

Art. 2º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Sala de Reuniões, 01 de Novembro 2011.

MARCELO COELHO

Deputado Estadual – PDT

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ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

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JUSTIFICATIVA

Waldir Lopes Magalhães, diretor presidente da CBC Construtora Base e Comércio Ltda. Empresa instalada em Vila do Riacho

no município de Aracruz e possui uma filial na Chácara Parreiral - Serra/ES. Emprega atualmente 75 trabalhadores e é

considerada uma referência em qualidade nos serviços prestados. Waldir Lopes Magalhães nasceu na cidade de Novo Lima /

MG em 1954, É casado e tem dois filhos. Waldir se consolidou como um grande empresário, que muito colabora com a

economia de Aracruz e do Espírito Santo, consciente das suas responsabilidades sociais e ambientais.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 135/2011

Concede título de cidadania espírito-santense ao Srº Amandio de Jesus Granado

A Assembléia Legislativa do Estado do Espírito Santo D E C R E T A

Art. 1º Fica concedido ao Srº Amandio de Jesus Granado o título de cidadão espírito-santense.

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, 31 de outubro de 2011.

Nilton Baiano

Deputado Estadual – PP

JUSTIFICATIVA

O senhor Amandio de Jesus Granado, tem 66 anos, é natural de Bragança, em Portugal. Veio para o Espírito Santo há 41 anos,

firmou residência no município de Vila Velha, onde exerce a função de comerciante. Casado com Maria Joaquina Conde tem

dois filhos: Carlos Henrique Conde Granado e Eduardo Conde Granado, e um neto Rafael. Por estes motivos, pedimos aos

nobres pares à aprovação deste projeto de decreto legislativo nos termos apresentados, para a concessão do título de cidadão

espírito-santense a este homem que muito contribui para o nosso Estado através de sua atuação profissional.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 136/2011

Concede título de cidadania espírito-santense ao Sr José Alberto Silva de Oliveira.

A Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo D E C R E T A:

Art. 1º Fica concedido ao Sr José Alberto Silva de Oliveira o título de cidadão espírito-santense.

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, 01 de novembro de 2011.

Nilton Baiano

Deputado Estadual – PP

JUSTIFICATIVA

O artista José Alberto Silva de Oliveira, conhecido artisticamente como “BETO KAUÊ”, nasceu na cidade de Almadina (sul da

Bahia), onde aos 13 anos de idade deu inicio a sua carreia de cantor e compositor. Depois de atuar na Bahia como cantor em

algumas respeitadas bandas como a banda EVA, veio para o Espírito Santo há mais 20 anos radicando-se em Vitória para

desenhar a mais bela página de sua história. Integrou a Banda Pizindim e dois anos depois iniciou sua reconhecida carreira

solo. Aqui no Estado gravou 10 CDs e 03 DVDs que registram e divulgam para pessoas dos mais variados cantos do País e do

Mundo, encantadoras imagens do litoral do Espírito Santo. Tratado pela imprensa local como o Rei do Axé do litoral capixaba,

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ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

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não são poucas as matérias de jornais que o reverenciam como o artista que marcou época e continua divulgando o Estado por

onde quer que vá. Depois de figurar por 08 anos consecutivos no VITAL, carnaval fora de época de Vitória, e por 19 anos

consecutivos como uma espécie de “embaixador” do carnaval de Piúma-ES, com um público muitas vezes maior que 100 mil

pessoas, e de levar sua música a quase todas as cidades espírito-santenses, munimo-nos desses motivos, para solicitarmos aos

nobres pares à aprovação deste projeto de decreto legislativo nos termos apresentados, para a concessão do título de cidadão

espírito-santense.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 137/2011

Concede título de cidadania espírito-santense à Srª Maria Joaquina Conde.

A Assembléia Legislativa do Estado do Espírito Santo DECRETA:

Art. 1º Fica concedido à Srª Maria Joaquina Conde o título de cidadã espírito-santense.

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, 31 de outubro de 2011.

Nilton Baiano

Deputado Estadual – PP

JUSTIFICATIVA

A senhora Maria Joaquina Conde, é natural de Bragança, região do Porto, em Portugal. Veio para o Espírito Santo há 41 anos,

firmou residência no município de Vila Velha, onde exerce seus trabalhos no comércio local. Casada com Amandio de Jesus

Granado com quem tem dois filhos: Carlos Henrique Conde Granado e Eduardo Conde Granado, e o neto Rafael, todos

brasileiros. Por estes motivos, pedimos aos nobres pares à aprovação deste projeto de decreto legislativo nos termos

apresentados, para a concessão do título de cidadã espírito-santense a este mulher que muito contribui para o nosso Estado

através de sua atuação profissional.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 138/2011

Concede Título de Cidadão Espírito-Santense a Alexandre Alves Pereira Brum.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO DECRETA:

Art. 1º Fica concedido o Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Alexandre Alves Pereira Brum.

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, em 03 de Novembro de 2011.

Da Vitória

Deputado Estadual - PDT

JUSTIFICATIVA

O homenageado Sr. Alexandre Alves Pereira Brum é filho de Fausto Brum e Luzinete Pereira Brum, é casado com Kellem

Christina Lavagnoli Brum e pai de dois filhos. Nasceu em Belo Horizonte-MG no dia 14 de novembro de 1972, veio para o

Espírito Santo em 1975. Graduado em Administração de Empresas e Ciências Contábeis pela Fundação Educacional Presidente

Castelo Branco e Pós-gadruado em Gestão Empresarial pelo UNESC. É gerente da Agência SICOOB desde 1999 em Colatina

onde reside. Portanto, agraciar o Sr. Alexandre Alves Pereira Brum com a concessão do honroso título é medida oportuna e

merecida, e para que nossa proposição se concretize, esperamos apoio e aprovação dos Senhores Deputados.

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ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

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PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 037/2011

Altera a denominação da Comissão Permanente de Política Antidrogas, criada pela Resolução nº 2.826, de 18 de maio de

2010, que alterou dispositivos do Regimento Interno, aprovado pela Resolução nº 2.700, de 15.7.2009.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO DECRETA:

Art. 1º O artigo 40, inciso XIV, do Regimento Interno, aprovado pela Resolução nº 2.700, de 15.7.2009, passa a vigorar com a

seguinte redação:

Art. 40. [...]

[...]

XIV - de Política sobre Drogas

Art. 2º O artigo 54-A, do Regimento Interno, aprovado pela Resolução nº 2.700, de 15.7.2009, passa a vigorar com a seguinte

redação:

Art. 54-A. À Comissão de Política sobre Drogas compete opinar sobre:

I - assuntos inerentes à política estadual sobre drogas, englobando as medidas para a prevenção do uso indevido, tratamento,

recuperação, reinserção social, redução dos danos sociais e à saúde de usuários e dependentes de drogas;

[...]

Art. 3º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, em 17 de outubro de 2011.

GENIVALDO LIEVORE

Deputado Estadual

JUSTIFICATIVA

O presente Projeto de Resolução objetiva reformular a denominação da “Comissão de Políticas Antidrogas” para “Comissão de

Políticas sobre Drogas”. A Secretaria Nacional Anti-Drogas (SENAD) desenvolveu, em 2004, um processo de realinhamento

da política vigente. Com base em dados epidemiológicos atualizados e na ampla participação social, a partir do Fórum

Nacional sobre Drogas (2004), o prefixo “anti” foi substituído por “sobre”, passando a ser denominada “Política Nacional sobre

Drogas”. A mudança nominal teve sua explicação no fato de que o termo “antidrogas” denota alguns equívocos, desde o

próprio conceito de drogas até sua compreensão e enfrentamento. Nesse sentido, é necessário resgatar que droga é toda e

qualquer substância que introduzida no organismo modifica suas funções, como vários alimentos, medicamentos e bebidas

utilizadas cotidianamente e normalmente pela humanidade (chocolate, cerveja, café, entre outros). Então, compreende-se que o

termo “antidrogas” faz referência ao enfrentamento a todas essas substâncias, e não somente às ilícitas. Isto nos remete ao

entendimento de que o foco do enfrentamento aos problemas relacionados com drogas não deve ser direcionado à

droga/substância em si, mas à relação que o ser humano estabele com esta, como a criminalidade e dependência. Ressalta-se

que o uso de drogas e o tráfico são questões diferentes e possuem especificidades. Desse modo, evidencia-se também que o

prefixo “anti” denota ainda a relação histórica de associação das drogas somente às áreas de segurança pública e justiça, e não

como questão de saúde pública. Pelo adequado andamento do exercício do mandato eletivo dos deputados estaduais,

representantes do Povo do Espírito Santo, proponho o presente projeto, afirmando a necessidade e importância da mudança da

denominação “Comissão de Políticas Antidrogas” para “Comissão de Políticas sobre Drogas”.