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# Estado do Espirito ASSINATURAS NA GA.P1TÀL t»f.i' tri mostro 5$, somesirouS, unho ls$ 'assKINATUHAS FORA })\ CAPITAL Por trimestre OS, semestre 1.0$-, anno 2(1$ POIjHÂ AVULSA DO DIA 200 RS. Orgâo do Partipo constructor Autonomista 11 niicAçóo Por linha 200 rs. ou mediante ajusto' ANNUNCIOS mediante contracto ESCRIPTORIO 10 OFFIGINA.S Rua Domincoá Martins n. 24 -f- ÍNNOXVII1 | Espirito-Santo - Victoria-Domingo, 22 de Outubro de 1899 | NUM. 245 à,i±$L é íiá&W ... ^MSP ARA tirar a semana quo hoje i:M finda o aspecto de insipidoz, W\ pelo qual ella so confunde com todas as outras, tivemos a registrar a nota triste do apparecimento, pela primeira vez, da pente bubônica no Brasil. Suecodido a algumas centenas do léguas (Taqui, o caso aíllige-nos e interessa-nos tanto como si se passara a duas milhas de distancia, Ini é a forca (Posse sentimento que constringe, uns aos outros, os filhos de um mesmo povo, o tal é o horror que ciuisn a simples enunciaçáo do nome d'essa pavorosa opidemia.quepor seus tremendos GÍfeitosvéiu a: chamar-se peste.. .sem mais nada. Ksse nome genérico, servindo para designar uma espécie, pinta com toda elo- queucia o inimigo que nos ameaça., e cuja invasão deve estar alarmando a laboriosa população do vasto entreposto paulista. Peste ella encerra, essa moléstia tre- menda.touos os característicos dos maiores flágellos que têm dizimado as raças hu- manas. Filha do Oriente, a sua primeira appa- rição na Europa deu-se no reinado do grande Imperador' Justiniano.Foi uma de- vastaçáo colossal, ha Itália, na' Gallia, no Império do Oriente, em toda a vasta região oollocada outr'ora soh o jugo dos Romanos. Disem historiadores que pereceram nessa epidemia cerca de com milhões de pes- soas... •lá é matar. Afinal todos nós sabemos que mais dia, menos dias, havemos de pagar esse tri- buto. Morre-se de bubõos, como morre-se de um arranhão, como morre-se de um callo on do uma contusão. Todagento sabe que ha de morrer, mas espera sempro que isso aconteça muito para mais tarde,e tudo quanto venha abalar-nos essa doce illusão collectiva é de nattiresa a estabe- lecer o pânico e o desespero. Entretanto, a avaliar pelas noticias do Porto edo Paraguay, parece que atai bubônica está mais humanisada que outrora. Ja não suecede como nas invasões precedentes em que metade da população de grandes cidades baixava á sepultura, deixando quarteirões inteiros desertos, com as casas de portas abertas á"espera dos moradores partidos para sempre. A civilisação humana se oaracterisapelo augmento constante da bondade, e as pro- prias epidemias parecem, obedecer a essa lei. .Já não temos mais uma peste ãe Áthe- n«s,neui o mal Jos ardenlespemotarentísmo, nem outros flágellos iguaes, que passaram assolando e devastando cidades e nações e deixando na historia o lugubre traço de suas recordações horrorosas. Entre elles alguns houve bem singulares que ficaram marcados na memória dos povos por preconceitos e abusões, de que todos nós na infância ainda partilhámos. Haja vista a tal moléstia nervosa da idade media : Homens que sahião de seus tectos, á horas mortas da noite, marchando como lobos, a quatro pés," para irem aos ce- miterio faser a voltados túmulos,'uivando como cães,espalhando o terror e as supors- tiçôés de que elles próprios erão victimas fazendo novas victimas, que iáo acompa- uhal-qs no mesmo fadariq e traiísmittindo á posteridade esse sentimento de pavor 'liio produz até agora os calefrios que sen- tem os meninos, ao ouvir alguma velha sybilla contar-lhes historias do lobis- homem. Hoje a nossa moléstia correspondente é a neurástheniá: óa novrose do trabalho, da ambição, da politica, da luta social travada na pequena mesa do trnbalho.ondo está o negociante dado aos seus cálculos, o scientista ás suas elocubrações, o polo- mista a encher ás suas tiras, o medico a receitar, o advogado a arrasoar, todos do- minados da febre de produsir, até o caba- lista eleitoral, na,sua faina de laser des- filar pelo papel legiões de eleitores imaginários, que elle conta ver appa- recer, até o dia em que a derrota vem dei- xal-o surumbaiieo, macambusio, irritado contra tudo e contra todos, sem mais ner- vos, sem mais estômago, sem mais ale- grias, mas preso sempre do yirus fatal que hade fasel-o d'ahhipouco tempo recome- çar.a mesma luta, como os doentes do mal de S. Guido a sua dansa macabra e extenuante. Náo vejam os povos da concentração n'esta prosa innocente, a mais leve preten- ç.ão de'diagnosticar o seu caso e isto a propósito da bubônica e outras epidemias. Cautela e caldo de gallinha porém.di- sem que não faz mal a ninguém. Não se exponhão a cansaços inúteis, e a gafeiras èxcusadas. O mestre Cassiano, que dissolveu o Federal, acaba de dissolver a própria sub- stânciade suas entranhas que parecia destinada a substituir o outro. Concentra- ção também não existe. Morreu como tudo mais, e morreu, coi- tadinha; ainda em fraldas, entre o leite de duas mamadeiras, antes mesmo que lhe appárécéssém os bubões. Resta agora vêr si o velho general cam- pineiro, com todos os seus geitos e manhas, consegue resuscitar o outro morto com as injecçóes nutritivas dos seus auxílios á lavoura. -Afigura-se-nos porém que a medicina está muito velha, o Esculapio muito alque- brado, e que todo o seringatorio será por- tanto inútil. Pax Bomini.sit semper illiseum.-* (V COMNEL. -^&MPím à Çr&AÇA! No inverne, montes e rios Ficam brancos, tudo é neve... Mas, passam-se os tempos frios, Volta o sol, e, dentro eni breve, O monte brilha em verdura... A água, que o gelo reteye, O curso antigo procura ; Correndo pelos desvios Tranquillamente murmura... Correm límpidos os rios Que o sol no inverno conteve : Derreteu-se toda a neve... O inverno da nossa ausência Poz-te o coração em gelo... Tem um pouco de clemência I O fogo do meu anhelo, O ardor da minha paixão, O inferno atroz do meu zelo, Movondo-te a compaixão, Acabem-me a penitencia, Abrandem-te o coração ! E de teus olhos clementes, Desçam em doce fu'gor Duas lagrimas trèmentes, Tão ungidas de paixão— Que, vindas cheias de amor, Venham cheias de perdão ! Buenos-Ayres. GutMAEENS Passos. |Í|Íf||il Revoltou intensamente a sua natureza solvagem o avonturosá, aquelie domínio ([uo se iniciava. E, como um grande pássaro ferido que estende us azas numa anciã de voar, de fugir indoniito ò victorioso pelo Infinito, ello tentou vencer aquella fascinação que o perseguia dispertando-lhe íPalma ex- tranhas aspirações jamais sentidas. Muitas vezes, para protojel-o, elle evo- cava todas as paizagens, todas as scenas da sua vida errante cheias de brava emo- tividade, mas, por sobre ellas, numa as- cençáo gloriosa, surgia sempre aquelie mesmo sonho, aquelie mesmo perfil cheio de graça que o avassálaval Então, elle sentia-se muito differente do que sempre fora ; a sua natureza parecia re/elar-lho um thosoiro desconhecido de delicados sentimentos como si o seu coração se abrisse numa grande flor piedosa perfil- mando-lhe a alma de infinita ternura. Dentro om si alguém ficava a pronun- ciar um nome, um único nome, numa con- tricção fervorosa de prece apaixonada e elle todo sentia-se immerso numa quieta- de mystica de crente que visse num bailo divino e vaporoao, apparecer brilhando a sua divindade! Naquella tarde, elle, com o espirito ma- guado d'aquella lueta que não cessava, foi seguindo pelas ruas, destrahido como si nada visse, sem mesmo saber para onde se dirigia...' Muito tempo andou assim, muito tempo, até que lhe appareceu a estremecida cau- sa da sua ciliciosa tortura—Era ella ; 'sem elle mesms saber, os seus passos leva- ram-no para aquelie lado e ella alli es- tava. Tinha nos braços uma creancinlia que beijava docemente, carinhosamente e quando os seus grandes olhos voltaram- se sobre elle illuminados e sorridentesj tanta meiguice revelavam, tanta caricia continham como si houvessem colhido toda a perigrina ternura espalhada pelo oceaso. E á ultima prova d'aquelles olhos qae lhe pousavam na face como duas grandes borboletas negras de azas velttdosas e electrisantes, elle sentio despedaçada a sua ultima resistência, sentio que a sua alma so ajoelhava vencida e apaixonada!.. Louge, pela transparência da noite que se ápproxiinava, subia um som mystico de angelus como si fosse a sua liberdade que se partisse num soluço de despedida e, com um brilho fino de agulhetas de prata, luzião altas e pequeninas as pri- mei ras estrellas... José Mana. Deixai quo eu veja sempre om minha suprema eleita, a suhrancoria infantil dos olhos (1'Ella. Deixai que ou possa, religioso sempre, sempro crédulo, deter-me (ie joelhos di- anto d'Ella, como quem se detém diante. de uma saneta. E Ella é uma saneta. Saneta, sim, porque é a padroeira do meu affecto; é a protectora do meu ideal; é o amparo de minha felicidade ; é a ga- rantia de minha paz. E vós, maldito, na eterna preoecupa- ção de fazer o mal tentais derrubar-me da terra de ouro da minha crença... Quereis derramar sobre minha alma o óleo venenoso que gera o terror e a ma- licia, a vingança e„o ódio... Fugi, miséria. Quereis que eu descreia da pureza de minha eleita, da bondade do seu oihar, da franqueza do seu riso, da honestidade d'a- quella palavra de anjo, suavemente rith- uiica, "rithmicamente bella, que me sabe tão bem, si Ella, a minha serena Eleita, me falia com vóz tremula e delicada, mas festiva e sem temores, clioia de graça e cheia de ternura. Óswiiipb POGGI. ~&$M&&&' Das flores que ha em Maio Nós desejamos colher... ( T1HN1HCTO 1'01'UIíAR ) Mãe do céo, vede minlfalma, Minh'alma que,tanto chora ! Dai-me a luz, o amor, a calma, Bóndicta sejais, senhora ! Ainparae os déslíerdãdos, Mendigos de vossa graça, Assucena dos valhulos, Arca Santa, na desgraça $ Deixai que o nosso queixume, A prece que vos bemdiz, Vos chegue como o perfume Q.ue sobe dos bogaris I Ensopae as nossas dores No mel do vosso conforto! Num açafate de flores Tornai a campa do morto ! Si conservaos, oh I Rainha, O lyrio sempre impolhito, Náo deixeis a criancinha, Outro lyrio, vestir luto ! Para nós, os peccadores, Seja tal vosso carinho, Que o mundo robente em flores, . Nenhuma flor tenha espinho ! Ceará. RoüIUOUKS DK CaKVAI.VO. Kshelta, erguida neste campo imi:, aso, ítalo ti ças a ramagem; E as verdes palmas de pudor se v riam A's caricias (Paragem. No liso tronco, na elevada copa .- Seismas, sonhas talvez; Quem sabe quantos prantos fugitivos Rolaram á teus pés ? I Que braço sobre o enfezado arco Poisou á sombra tua ? I Que mão aqui chorou, rola dós bosques, Pelo clarão da lua ? I ítjalvéz, talvez no tope a flor aberta Balançava sorrindo. Emquanto osechos iam nas floroslas Gemidos repetindo. Ficaste—sim, despida de lembranças, Entre a vida e o pó, Como sem ramos da queimada existem, Troncos no campo só. O sol que desce e te incendeia a coma E' o sol de nossa terra, Vento do sertão do céo sem nuvens, . Desceu daquella serra. Traz saudades, traz vida e traz perfumes do ninho azulado, Ave de luz que as azas d'ouro bato No adejo alvoroçado... Ah ! tu, palmeira, do verdor coberta, ,Sonhas, seismas. talvez ! E vives, vives ! uo invisível livro Do natureza lês! Do possaro a cantar, do vento ao longe, Entendes a harmonia ; E bebes louca os amorosos beijos Do levantar do dia. A' tarde, quando a sombra pardacenta, Passa tremendo e vai, De teus ramos também, vestígios tristes, Alguma flor te cai ! Quem sabe se á raiz te pousão ossos, Se era um deserto aqui ! Se era oceulto mysterio oburburinho Da viração que ouvi ! E' noite, é noite I de tuas verdes palmas O sereno cahiu, ilvez lagrima triste, historia longa De um sonho que fugiu! - Ml José Bonl.fa.eio i0$ffiM% ~<~ ¦f.:, i *L T MÉU I Bi- -K^tJ§S&£* (kaçio a Sataa ( DEMRIO DU AMOR ) Coisas de quem receia que uma sombra comece a escrever- lhe o azul sereno do Futuro. A, FASTAI-VOS. Sacerdote do mal. Deixai que eu gose a mansuetude, a paz ideal dos meus sonhos. Não me tomeis a frente, escurecendo os horisontes do meu pensamento com a ne- grura iudefinivel das vossas azas. Q.ue vos afasteis, eu vos rogo. Procurai os abysmos tenebros do paiz da maldade, em que sois rei, e onde os nocturnos obreiros da desdi a laboram si- uistramente nas oíheinas do crime e do peccado. Fugi, miséria eterna. Não me escureçaes a alma com a vossa perversa tentação. %XX\%m\im+iW» O ABRAÇO . , ²Amamo-nos um dia, Um na vida I Amamo-nos : nascia ²A manhã -rutilante ; Amamo-nos ; brilhava em seu luante ²O sol; na plaga infida Brilhava o sol; amamo-nos ainda ! ²Mas veio a noite e, unidos Nossos rostos, os braços enlaçados; Num longo e intimo abraço contundidos, ²Morremos abraçados. \ ALBERTO DE OLIVEIRA. Ao teu r.obre perfume predilecto Todo eu trescalo, Grande Flor amada I Da penna em myrthos,comod'almaebriada, Sahe-me cheiroso o próprio Verso erecto. E' que vim de deixar, cauto e discreto, A tua estreita ai cova perfumada : , Como eu exhalo e tenho a essência alada De um cantor plumeo,satisfeito e inquieto!... Venho, rompendo captivantes laços, Da cadeia de rosas dos teus braços, Em ti pensando e a tudo o mais extranho ; Sahi do effluvio tépido e fragrante Da tua carne e do teu sangue estuante, Como d'agua .aromatica de um banho % Sln/tá Flor B. Lopes. OV1Z1E —Não derribes meus cedros! murmuràyii o gênio da floresta apparecendo ádeánte d'umvizir--sinão eu juro Punir-te cegamente ! E no entanto o vizir derrubou a santa selva I Alguns annos depois foi eoridemnado ao cutclo do algoz. Quando encostava a cabeça febril ao duro sepo, recuou aterrado:—Eternos deuses I Este cepo éde cedro!—E sobre a terra a cabeça rolou banhada em sangue ! FaiTNDUS VAREIjLA. 0ia>^eo.DB.e®HAP (J. M. HKREDIA ) Sob as vagas, o sol—mysteriosa aurora— Illumina a montanha immensa de coraes, A floresta sem fim de estranrhos vegetaes, Os monstros do Oceano e a esplendente flora. . E tudo aquillo quanto o iodo e o.sal. colora —Algas, anemonaes, musguedos ladiosos, E, rendilfiados faz, em traços sumptuosos, ,.f. No fundo a porejar du branca madrepora. —Brilhando morna luz o esmalte das escamas, Dos outros vegetaes, por entre as verdes ramas, Entre curvas, indolente, um peixe enorme passa ; E, electrico, roçando a luminosa espalda, Súbito, no crystal, com a barbatana traça Um relâmpago de oiro e nacar c esmeralda 1 Ceará. Álvaro Martins. . I i i Uí,íi

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Estado do EspiritoASSINATURAS NA GA.P1TÀL

t»f.i' tri mostro 5$, somesirouS, unho ls$'assKINATUHAS FORA })\ CAPITALPor trimestre OS, semestre 1.0$-, anno 2(1$

POIjHÂ AVULSA DO DIA 200 RS.

Orgâo do Partipo constructor Autonomista11 niicAçóo

Por linha 200 rs. ou mediante ajusto'ANNUNCIOS — mediante contracto

ESCRIPTORIO 10 OFFIGINA.S— Rua Domincoá Martins n. 24 -f-

ÍNNOXVII1 | Espirito-Santo - Victoria-Domingo, 22 de Outubro de 1899 | NUM. 245

à,i±$L é

íiá&W ...^MSP ARA tirar a semana quo hojei:M finda o aspecto de insipidoz,W\ pelo qual ella so confunde comtodas as outras, tivemos a registrar a notatriste do apparecimento, pela primeira vez,da pente bubônica no Brasil.

Suecodido a algumas centenas do léguas(Taqui, o caso aíllige-nos e interessa-nostanto como si se passara a duas milhas dedistancia, Ini é a forca (Posse sentimento

que constringe, uns aos outros, os filhosde um mesmo povo, o tal é o horror queciuisn a simples enunciaçáo do nome d'essa

pavorosa opidemia.quepor seus tremendosGÍfeitosvéiu a: chamar-se peste.. .sem maisnada. Ksse nome genérico, servindo paradesignar uma espécie, pinta com toda elo-

queucia o inimigo que nos ameaça., e cujainvasão deve estar alarmando a laboriosa

população do vasto entreposto paulista.Peste ella encerra, essa moléstia tre-

menda.touos os característicos dos maioresflágellos que têm dizimado as raças hu-manas.

Filha do Oriente, a sua primeira appa-rição na Europa deu-se no reinado do

grande Imperador' Justiniano.Foi uma de-vastaçáo colossal, ha Itália, na' Gallia, noImpério do Oriente, em toda a vasta regiãooollocada outr'ora soh o jugo dos Romanos.Disem historiadores que pereceram nessaepidemia cerca de com milhões de pes-soas...

•lá é matar.Afinal todos nós sabemos que mais dia,

menos dias, havemos de pagar esse tri-buto. Morre-se de bubõos, como morre-sede um arranhão, como morre-se de umcallo on do uma contusão. Todagento sabeque ha de morrer, mas espera sempro queisso aconteça lá muito para mais tarde,etudo quanto venha abalar-nos essa doceillusão collectiva é de nattiresa a estabe-lecer o pânico e o desespero.

Entretanto, a avaliar pelas noticias doPorto edo Paraguay, parece que ataibubônica já está mais humanisada queoutrora. Ja não suecede como nas invasõesprecedentes em que metade da populaçãode grandes cidades baixava á sepultura,deixando quarteirões inteiros desertos,com as casas de portas abertas á"esperados moradores partidos para sempre.

A civilisação humana se oaracterisapeloaugmento constante da bondade, e as pro-prias epidemias parecem, obedecer a essalei. .Já não temos mais uma peste ãe Áthe-n«s,neui o mal Jos ardenlespemotarentísmo,nem outros flágellos iguaes, que passaramassolando e devastando cidades e naçõese deixando na historia o lugubre traço desuas recordações horrorosas.

Entre elles alguns houve bem singularesque ficaram marcados na memória dospovos por preconceitos e abusões, de quetodos nós na infância ainda partilhámos.Haja vista a tal moléstia nervosa da idademedia :

Homens que sahião de seus tectos, áhoras mortas da noite, marchando comolobos, a quatro pés," para irem aos ce-miterio faser a voltados túmulos,'uivandocomo cães,espalhando o terror e as supors-tiçôés de que elles próprios erão victimasfazendo novas victimas, que iáo acompa-uhal-qs no mesmo fadariq e traiísmittindoá posteridade esse sentimento de pavor'liio produz até agora os calefrios que sen-tem os meninos, ao ouvir alguma velhasybilla contar-lhes historias do lobis-homem.

Hoje a nossa moléstia correspondente é

a neurástheniá: óa novrose do trabalho,da ambição, da politica, da luta socialtravada na pequena mesa do trnbalho.ondoestá o negociante dado aos seus cálculos,o scientista ás suas elocubrações, o polo-mista a encher ás suas tiras, o medico areceitar, o advogado a arrasoar, todos do-minados da febre de produsir, até o caba-lista eleitoral, na,sua faina de laser des-filar pelo papel legiões de eleitoresimaginários, que elle conta ver appa-recer, até o dia em que a derrota vem dei-xal-o surumbaiieo, macambusio, irritadocontra tudo e contra todos, sem mais ner-vos, sem mais estômago, sem mais ale-

grias, mas preso sempre do yirus fatal quehade fasel-o d'ahhipouco tempo recome-

çar.a mesma luta, como os doentes domal de S. Guido a sua dansa macabra eextenuante.

Náo vejam os povos da concentraçãon'esta prosa innocente, a mais leve preten-ç.ão de'diagnosticar o seu caso e isto a

propósito da bubônica e outras epidemias.Cautela e caldo de gallinha porém.di-

sem que não faz mal a ninguém. Não se

exponhão a cansaços inúteis, e a gafeirasèxcusadas.

O mestre Cassiano, que já dissolveu o

Federal, acaba de dissolver a própria sub-

stânciade suas entranhas que pareciadestinada a substituir o outro. Concentra-

ção também já não existe.Morreu como tudo mais, e morreu, coi-

tadinha; ainda em fraldas, entre o leite de

duas mamadeiras, antes mesmo que lhe

appárécéssém os bubões.Resta agora vêr si o velho general cam-

pineiro, com todos os seus geitos e manhas,

consegue resuscitar o outro morto com as

injecçóes nutritivas dos seus auxílios á

lavoura.-Afigura-se-nos porém que a medicina

está muito velha, o Esculapio muito alque-

brado, e que todo o seringatorio será por-tanto inútil.

Pax Bomini.sit semper illiseum.-*

(V COMNEL.

-^&MPím

à Çr&AÇA!No inverne, montes e riosFicam brancos, tudo é neve...Mas, passam-se os tempos frios,

Volta o sol, e, dentro eni breve,O monte brilha em verdura...A água, que o gelo reteye,

O curso antigo procura ;Correndo pelos desviosTranquillamente murmura...

Correm límpidos os rios

Que o sol no inverno conteve :Derreteu-se toda a neve...

O inverno da nossa ausênciaPoz-te o coração em gelo...Tem um pouco de clemência I

O fogo do meu anhelo,O ardor da minha paixão,O inferno atroz do meu zelo,

Movondo-te a compaixão,Acabem-me a penitencia,Abrandem-te o coração !

E de teus olhos clementes,Desçam em doce fu'gorDuas lagrimas trèmentes,

— Tão ungidas de paixão—Que, vindas cheias de amor,Venham cheias de perdão !

Buenos-Ayres.GutMAEENS Passos.

|Í|Íf||ilRevoltou intensamente a sua natureza

solvagem o avonturosá, aquelie domínio([uo se iniciava.

E, como um grande pássaro ferido queestende us azas numa anciã de voar, defugir indoniito ò victorioso pelo Infinito,ello tentou vencer aquella fascinação queo perseguia dispertando-lhe íPalma ex-tranhas aspirações jamais sentidas.

Muitas vezes, para protojel-o, elle evo-cava todas as paizagens, todas as scenasda sua vida errante cheias de brava emo-tividade, mas, por sobre ellas, numa as-cençáo gloriosa, surgia sempre aqueliemesmo sonho, aquelie mesmo perfil cheiode graça que o avassálaval Então, ellesentia-se muito differente do que semprefora ; a sua natureza parecia re/elar-lhoum thosoiro desconhecido de delicadossentimentos como si o seu coração seabrisse numa grande flor piedosa perfil-mando-lhe a alma de infinita ternura.Dentro om si alguém ficava a pronun-ciar um nome, um único nome, numa con-tricção fervorosa de prece apaixonada eelle todo sentia-se immerso numa quieta-de mystica de crente que visse num bailodivino e vaporoao, apparecer brilhando asua divindade!

Naquella tarde, elle, com o espirito ma-

guado d'aquella lueta que não cessava,foi seguindo pelas ruas, destrahido comosi nada visse, sem mesmo saber paraonde se dirigia...'

Muito tempo andou assim, muito tempo,até que lhe appareceu a estremecida cau-sa da sua ciliciosa tortura—Era ella ; 'sem

elle mesms saber, os seus passos leva-ram-no para aquelie lado e ella alli es-tava. Tinha nos braços uma creancinlia

que beijava docemente, carinhosamente e

quando os seus grandes olhos voltaram-

se sobre elle illuminados e sorridentesjtanta meiguice revelavam, tanta cariciacontinham como si houvessem colhidotoda a perigrina ternura espalhada pelooceaso.

E á ultima prova d'aquelles olhos qaelhe pousavam na face como duas grandesborboletas negras de azas velttdosas e

electrisantes, elle sentio despedaçada a

sua ultima resistência, sentio que a sua

alma so ajoelhava vencida e apaixonada!..

Louge, pela transparência da noite quese ápproxiinava, subia um som mysticode angelus como si fosse a sua liberdadeque se partisse num soluço de despedidae, com um brilho fino de agulhetas de

prata, luzião altas e pequeninas as pri-mei ras estrellas...

José Mana.

Deixai quo eu veja sempre om minhasuprema eleita, a suhrancoria infantil dosolhos (1'Ella.

Deixai que ou possa, religioso sempre,sempro crédulo, deter-me (ie joelhos di-anto d'Ella, como quem se detém diante.de uma saneta.

E Ella é uma saneta.Saneta, sim, porque é a padroeira do

meu affecto; é a protectora do meu ideal;é o amparo de minha felicidade ; é a ga-rantia de minha paz.

E vós, maldito, na eterna preoecupa-ção de fazer o mal tentais derrubar-me daterra de ouro da minha crença...

Quereis derramar sobre minha alma oóleo venenoso que gera o terror e a ma-licia, a vingança e„o ódio...

Fugi, miséria.Quereis que eu descreia da pureza de

minha eleita, da bondade do seu oihar, dafranqueza do seu riso, da honestidade d'a-quella palavra de anjo, suavemente rith-uiica, "rithmicamente bella, que me sabetão bem, si Ella, a minha serena Eleita,me falia com vóz tremula e delicada, masfestiva e sem temores, clioia de graça echeia de ternura.

Óswiiipb POGGI.~&$M&&&'

Das flores que ha em MaioNós desejamos colher...

( T1HN1HCTO 1'01'UIíAR )

Mãe do céo, vede minlfalma,Minh'alma que,tanto chora !Dai-me a luz, o amor, a calma,Bóndicta sejais, senhora !

Ainparae os déslíerdãdos,Mendigos de vossa graça,Assucena dos valhulos,Arca Santa, na desgraça $Deixai que o nosso queixume,A prece que vos bemdiz,Vos chegue como o perfumeQ.ue sobe dos bogaris IEnsopae as nossas doresNo mel do vosso conforto!Num açafate de floresTornai a campa do morto !

Si conservaos, oh I Rainha,O lyrio sempre impolhito,Náo deixeis a criancinha,Outro lyrio, vestir luto !Para nós, os peccadores,Seja tal vosso carinho,Que o mundo robente em flores, .Nenhuma flor tenha espinho !Ceará.

RoüIUOUKS DK CaKVAI.VO.

Kshelta, erguida neste campo imi:, aso,ítalo ti ças a ramagem;

E as verdes palmas de pudor se v riamA's caricias (Paragem.

No liso tronco, na elevada copa .-Seismas, sonhas talvez;

Quem sabe quantos prantos fugitivosRolaram á teus pés ? I

Que braço nú sobre o enfezado arcoPoisou á sombra tua ? I

Que mão aqui chorou, rola dós bosques,Pelo clarão da lua ? I

ítjalvéz, talvez no tope a flor abertaBalançava sorrindo.

Emquanto osechos iam nas floroslasGemidos repetindo.

Ficaste—sim, despida de lembranças,Entre a vida e o pó,

Como sem ramos da queimada existem,Troncos no campo só.

O sol que desce e te incendeia a comaE' o sol de nossa terra,

Vento lá do sertão do céo sem nuvens,. Desceu daquella serra.

Traz saudades, traz vida e traz perfumesLá do ninho azulado,

Ave de luz que as azas d'ouro batoNo adejo alvoroçado...

Ah ! tu, palmeira, do verdor coberta,,Sonhas, seismas. talvez !

E vives, vives ! uo invisível livroDo natureza lês!

Do possaro a cantar, do vento ao longe,Entendes a harmonia ;

E bebes louca os amorosos beijosDo levantar do dia.

A' tarde, quando a sombra pardacenta,Passa tremendo e vai,

De teus ramos também, vestígios tristes,Alguma flor te cai !

Quem sabe se á raiz te pousão ossos,Se era um deserto aqui !

Se era oceulto mysterio oburburinhoDa viração que ouvi !

E' noite, é noite I de tuas verdes palmasO sereno cahiu,

ilvez lagrima triste, historia longaDe um sonho que fugiu! -

Ml

José Bonl.fa.eio

i0$ffiM% ~<~ ¦f.:, i

*L

TMÉUI

Bi-

-K^tJ§S&£*

(kaçio a Sataa( DEMRIO DU AMOR )

Coisas de quem receia queuma sombra comece a escrever-

lhe o azul sereno do Futuro.

A,FASTAI-VOS. Sacerdote do mal.Deixai que eu gose a mansuetude, a paz

ideal dos meus sonhos.Não me tomeis a frente, escurecendo os

horisontes do meu pensamento com a ne-

grura iudefinivel das vossas azas.Q.ue vos afasteis, eu vos rogo.

Procurai os abysmos tenebros do paizda maldade, em que sois rei, e onde os

nocturnos obreiros da desdi a laboram si-uistramente nas oíheinas do crime e do

peccado.Fugi, miséria eterna.

Não me escureçaes a alma com a vossa

perversa tentação.

%XX\%m\im+iW»

O ABRAÇO . ,Amamo-nos um dia,

Um só na vida I Amamo-nos : nasciaA manhã -rutilante ;

Amamo-nos ; brilhava em seu luanteO sol; na plaga infida

Brilhava o sol; amamo-nos ainda !Mas veio a noite e, unidos

Nossos rostos, os braços enlaçados;Num longo e intimo abraço contundidos,

Morremos abraçados.

\ ALBERTO DE OLIVEIRA.

Ao teu r.obre perfume predilectoTodo eu trescalo, Grande Flor amada IDa penna em myrthos,comod'almaebriada,Sahe-me cheiroso o próprio Verso erecto.

E' que vim de deixar, cauto e discreto,A tua estreita ai cova perfumada : ,Como eu exhalo e tenho a essência aladaDe um cantor plumeo,satisfeito e inquieto!...

Venho, rompendo captivantes laços,Da cadeia de rosas dos teus braços,Em ti pensando e a tudo o mais extranho ;Sahi do effluvio tépido e fragranteDa tua carne e do teu sangue estuante,Como d'agua .aromatica de um banho %Sln/tá Flor

B. Lopes.

OV1Z1E—Não derribes meus cedros! murmuràyiio gênio da floresta apparecendoádeánte d'umvizir--sinão eu juroPunir-te cegamente ! E no entantoo vizir derrubou a santa selva IAlguns annos depois foi eoridemnadoao cutclo do algoz. Quando encostavaa cabeça febril ao duro sepo,recuou aterrado:—Eternos deuses IEste cepo éde cedro!—E sobre a terraa cabeça rolou banhada em sangue !

FaiTNDUS VAREIjLA.

0ia>^eo.DB.e®HAP(J. M. HKREDIA )

Sob as vagas, o sol—mysteriosa aurora—Illumina a montanha immensa de coraes,A floresta sem fim de estranrhos vegetaes,Os monstros do Oceano e a esplendente flora. .

E tudo aquillo quanto o iodo e o.sal. colora—Algas, anemonaes, musguedos ladiosos,E, rendilfiados faz, em traços sumptuosos, ,.f.No fundo a porejar du branca madrepora.

—Brilhando ;í morna luz o esmalte das escamas,Dos outros vegetaes, por entre as verdes ramas,Entre curvas, indolente, um peixe enorme passa ;

E, electrico, roçando a luminosa espalda,Súbito, no crystal, com a barbatana traçaUm relâmpago de oiro e nacar c esmeralda 1

Ceará.Álvaro Martins.

. I i i Uí,íi

*&

<£\ Estado do Espirito SantoTEU-GRaM-M.

(SERVIÇO liSPBcI AI. DO «'li .TADO»)

K.IO.-.1 . (-lh. .|5in. da tarde,)

. ToloüTnmnfn_ do n esidente.,i " _, i\ • t ' Demos pcíiHioriis ias .

de S. INlI... ÇÜ.1Z qj.10 tudo lil- O Sn. Josic Monjahdim:^ Pi'òto£}tp,dica ciuc a peste manifestada °s...ra»iii.oi>i.bahi..is: -si v. i.xa. <jís1 . i soqiie so tratava du ciouçao dosteim

da habilidade com quo nu empregou.-urinarão o dosej.clõ effeito, allm ilc expor?me uo ridículo j ilo lòrmii nlgun.i-liclmit-luci ISl.U |

_ Sr. PróiltleritÇj quando combali o pro-,1'eio o o substitutivo em discussão, dissoque ps suns cl'i..pos|çõcs eram cio clTcitoledn prírcitil porque visavam só punir os'•losenlnflos.oti so nã",crào,afligiria .tam-

. .. ' ! _¦¦.'¦!' .....-¦ ' ,.._,

em Santos\Contra a

mado reg

dom nada.).i'OJei.tadci v •lor-

m(.i*to •!íi can. ar;), naat.Vn a verificação de

iu •-

tosto para aliviai' os dòfros il.ò Estado...O Sn. Josij' (MonmakdiJ!: —Não disse isso.O Sn, li.AMiiip dií lluuios: - V. Kx. disse...O Sn. Jnsi.' Mi;,.,lAUi)iM : - Disse _]lic ora

uma conti' büiçstò li"iiosfa.O .'•Sn. I\'amiu(i db haruos :—... que rnparto relativa a verificação de lrima-conu*ibuiçi.o honesta.

4 ! i. , | í ' . . , U/Sií. Kamii.o db hahis.os :--... que ora

poderes, lalou hoje U''ípUta-.l un. imposto necessário diante do clisficn-do Josó MariaiVriÕ. dio que o Thesouro í.u*ia. (Ha apartes)

/-w | Ai-. _i Ajíora, sr. rrcsicleiitc, clopois do mcupro-O generacurso na C

rèstcléi te da

GJicériój òi.. dismara, pediu ao

p Repu dica quua, pcr.ui ¦<> os governosinll

dos Estados que estivo *em eotielle cití accordo, para que ojanas próximas eleições gai-aní-tida a representação da fr"noria.

(Dp correspoiidente.)

mi

li .o üaiiiou< SESSÃO ORDINÁRIA EM

BRO D li 189910 DE OUTU-

testo', peçqao ..obro colicça a fine*.a dc ro-lira.- as suas exprcsõos ua parte om quo.quiz lái-çar-ine á odiosidade dos amigosdo Dr. ÁíTònso Cláudio...

Os». tI'iSE' Monjardim - dá um aparte.O Su.I.amiuo ai: Barros —... pois nunca

esperava quo o meu collega aproveitassede uma eirciin.tancia ioda accicleiital, paraferir-me tào intiinanioaie...

O Su. Josii' Monjardim :—V. Ex. não. capaz dc apontar aoffonsa.

O Sa. Ramiro bb Barros—.i. nunca po-dia esperar que S. Ex."; ageitasse a pah-vra arrancando applausos, para ferir umsou 'collegai

Mas, Sr. Presidente, eu tenhoíi oiínha consciência tào tranquilla quenão receio do effeito armado , pois o meuconceito a respeito do Dr. Aífonso Cláudioé tal, que, o qne cu m_is sinto, o quo eulamento, é achar-se elle atacado infeliz-»mente de uma enfermidade que o tem s_-parado dc todas as torças activas da po-íitica local, que fatalmente o tem separa-do dos sou . antigos companheiros.Não foraesta iiifoliciiladc,'quc intristece-me a alma,e certamente d Dr. Affonso Cláudio, com'os seus dotes de maiavilhoso talento, depolitico eminente, de republicano distin-cto o sincero, saberia distribuir entre osseus companheiros a devida justiça, sal-variao Estado da extrema pobresa em quese acha, çdntribúlria enifim para que ellese tornasse tão forte c grande, quanioforte e grande deve será Republica Bra-süeir.1.

Ninguém mais pedindo a palavra, é en-cerrada a discussão do art. e emenda.

Posta á votos a emenda substitutiva, éapprovada, ficando prejudicado o art.

E' lido e posto em discusssão o art. 2*que é o seguinte :

«Ari. 2- Sem a prova de haverem obtidoa n ferida liceuça, os funecionarios que estiverem nas condigo s do artigo antece-dente, não receberão do 'hesoureiro osseus vencimentos.»

Ò Sr. .fos«. -Uoi-.tj.-irriiin : — Sr. Pre-sidente, já voiihp á uibuna receioso dasinjustiças do meu c dlcga, o sr, Ramirodc Barros.

S. Ex. viu mais do que todos viram cfoi subjectivista ainda mais do que pare-ce ser; viu mais do que todos viram, porque não ouvi nem vi applausos que nãoprocurei nem se exhibiram no recintodesta casa nem nas galerias tanto maisque o nosso regimento não os permitte.

S. Ex. estudou de mais a minha enticlu-doe tanto .assim que teve o arrouje depenetrar na minha consciência para tirardelia o intuito da querer armar (.licito apopularidade, quando bom sabe que souextremamente modesto e nunca procureiarmar o effeito e faser insinuações nestacasa ; do conti ario, estou inteiramenteconvencido»

S, Kx. que. tão tinquejado na tribuna.o que tem tomado parte nas mais impor-tantes discussões nesta casa.não pode daro cavaco com simples demonstrações deenjliusiasmo dc minha pai".e.

Não lenho motivos para pedir-lhe per.dão ; só muita susceptibilidade de sua par-ie, só um caloiro parlamcutar pode ter(.amanha exallaçâjo ao ponto dcverin&i-nuiições, ao ponto de dizer que procureiarmar effeil.os c procurar popularidadeatirando S. Éx'. a odiosidade publica.

O sr, deputado Ramiro acaba dc faseruma injustiça a si mesmo, aos meus sen-timentos de honrab ao próprioCphgresoO.

O Sr. Ramiro de Barros''...-. "dá uma paitc.O S. José Monjadim : — .. .e err. segundo

logar digo que sou o único magoado inti-mamente por V . Ex.

Quando tomei o direito de exigir de vex. outias provas, de exigir sim. porquev. cx. tem me vistq sempre correcto, sem-pie firme cm meu posto de honra.

( lia apartes.)Já vô V. Ex. que foi muito ferino para

commigo.Sr Presidente, posso concluir, com as

mesmas palavr .s,com que comecei : já ve-nho cheio de terror, receioso. das injus-liças, e è caso de dar pezames á minhasorte porque na sessão passada tive a hon-ra de gozar de sua sympathia, dp seu af^fçeto, recebendo hoje ódios e hostilidades!

O Sn. Ramiro de Barros: — V. Ex. jáesti prevenido.O Sr José Monjardim:—Não; absoluta-

mente, não.Sr. Presidente, quanto apresentei este

meu projecto, S. Ex*. o Sr. Ramiro deBarros, manifestou-se contrario systema-ticamenti', apresentou cm 48 horas umsubstituitivo ao mesmo projecto, e de-P"is nemmais o substitutivo negou-o. Opróprio criador revoltou-se contra amatéria.

Pois bem, Sr. Presidente; apresentoeu agora uma emenda subsjituitiva aoart. 2'. (lê)

Agora venho completar o espirito danossa lei que era omissa. (Ua apartes).

Sr presidente, o fuiiccioiiário aposen-tado que residi- rio Estado não pôde cc-cupar funeções publicas; l"gòj pela mes-ma razão fora dei Estado não poderá exe-cutar as mesmas funções.

Sr, Presidente, concluindo, direi quequando b a tu-me por una causa justa e

,,, 3AHKO- :— que as paia- que viza as interesses geraes, não pro--vras do meu collega Dr. José Monjardim,Icuro effeito, quero simplesmente resul-apesar dos applausos que soube arrancar, tados para o Estado de perfeito accordo

presidência uo Sr. Moreira GoMks(/• Secretario)

;•' ( Continuação )O Si', l.a miro <1«- Itai-ros :--Sr. Pre-

sidente venho átribuna em primeira logarpara allcniler ao chamado do meu nobrecollega, o Sr. José Monjardim, que pediu-me explicações sobre o meu modo de pen-aar contrario á confusa') que S. Ex. fazentre os lunecióriarios ujáciivos civis cos militares, querendo que haja o mesmoparalello entre uns e outros. .-.0 Sr. José' Monjardim :—Perdão, não fiz

confusão' algnma.O Sr. RamiI-Ò oe Barros : —... quando

nós todos sabemos que entre estes se: vi-dores da nação e aquellas funecionarios,a differença e tal que para os militaresexistem leis militares, especiaes, que osregem e para os funecionarios públicossão as leis civis que lhes asseguram ôsidireitos e deveres (IIa apartes) ¦

Por oceasião da primeira discussão des-te projecto eu disse, Sr. Presidente, queos militares reformados não se tornavaminactivos, pele contrario, constituíamuma reserva especial das forças aci.ivasda Nação por isso que, em diversas t mer-gencias, elles eram chamados ao serviçoe volviam ao quadro elfcctivo dessa.--mesmas forças ; o contrario do que so chicom os funecionarios aposentados. 4

Os militares lefcrinados são cm gera'validos e,.para que possam ser chama-dos ao serviço das anuas, é que necess -tam dc licença para residirem fora afimde que os ministérios respectivos saibamonde elles pairam ; netí. por i^so lhes éimposta pena ou imposto algum quandohão queiram morar no local du alojamentodos scus corpos. Os luuceio.i.ànòs apo-sentados, são inactivos. ou inválidos, nãofazem mais falta ao serviço publico, nun-ca serão niobilisados pelo governo, hãotêm por isso necessidade de obter licençapara residirem oiTde queiram•'"'; c-lhes, entretanlCj facultativo voltarão scu seT-viço, nunca, porém, obrigados-.

O Su. José' Monjadeim : — Os funçcionarios aposentados também podem serchamados ao ser\ iço, por esse motivo óque o governo do Estado piecisa saberonde elles calão. Haja vista o a a.-, o entr.nós do Sr. Básbòsa Espindula, novamentechamado em coihiiiissão.

OSn. Ramiro i.k Barros: —Nào ha. amenor paridade enlie o cásõdü militar edo aposentado, que icima !

Um Sr. Ijiíi-uta. o: — Um cidadão n.ili-tar é um cidadão como qualquer outro(Ha outros apartes que interrompem oorador),

O sr. Ramiro de Barhs: — Desta forma,Sr. Presidente, c impossível checarmosa um resultado serio, já me paiecempropositaes tantos apartes.

Explicado o primeiro ponto, posso aosegundo. Respondendo a ultima parte dodiscurso do Sr. José Morjardim, em oqual S. Ex. mui p.foposilãlui.nte quiz ar-mar ..ffeito coirra mim, chamando me áodiosidade, Ul.i apartes) disendo que sutive a intenção de olfender o Dr. Affonso,Cláudio, com a hypothese por mim esta-beiecida quando contrai iava o seu sub.sti-tutivo, lanço um solemne protesto contrasemelhante insinuarão 1 Eu, Sr. 1'resi-dente, que tive a honra de ser um doscompanheiros do Dr. AfToiiso Claudm poroceasião da propaganda republicana, queconquistei a sua amisade e confia ça, quecompartilhei os seus dissabores políticos,que compartilnei intiiuaiiiente da clorprofunda que dou-lhe o maior golpe nasua vida, que sempre sube respeitai-o-;não posso ser tido, com relação ao Ur.Affonso Cláudio, como um explorador,como um inimigo ou trahidor!'¦ Não hade ser contra mim, contia umamigo inseparável como fui, do Dr. AlTon-so Glauciio, contra um scu companheirona' propaganda republicana...

. O Sr Artiiur Tiioj-1'son ; — Nem todospõóem trazer esta bagagem.

O sr. Josk Monjariu.m ( Ao sr. Thomft-son) : — Nem V. Ex.

0 Sr. Ramiro de Barros :— que as pala

f) in os meus sentimentos e eoin a»nlrq.8 ideias. *

( (Muito bem. )Voiii á mczfi, é lida, posta om discus-

são conjuntamente eom o art. a seguintelimenda siiO.ttitnitivxi ao art: 2'

Art. 2*—Os funecionarios aposentadospelos cofres do l stados, que exerceremtüncçòc.. publicas remuneradasfórado Es-tado, perderão os vencimentos durante otempo em que estiverem no exercido•¦'.essas funeções,

Sala das ses-iões cm 10 de outubro dc\m.-)osé (Monjardim.

Por não haver mais quem peça a pala-vra, é encerrada a discussão do projectodo art. e emenda.Posta a votos a emenda, é approvada,

sendo prejudicado o art. do projecto.Ií' .-municiada a discussão do seguinteart. :t* do mesmo projecto.«Art, 2* Revogam se as disposição emcontrario.»

OS., tlosè -I(»ii|:h'«I'iii—usa da pala-lavra para enviar á meza um emenda aoart. ora em discussão.

Vem ámeza.lé lida postac m a cliscusõãoconjuntamente com o art. a seguinte

Emenda substitutiva ao art. yArt. 3* Consid"-se residência fora do

Estado a ausência dello por mais de seismezes.

Sala das sessões, em 10 de outubro dc1899. —José Monjardim.

Ningnem mais pedindo a palavra. 6 en-cerrada a discussão do art. e emenda.

Posta a vntns a emenda substtiuiiva, éapprovada, ficando prejudicado o art.

O Sp. ¦*¦•<-KÍ.I..I11.«- : — Não havendonada mais a tratar-se, marco para, ama-ilha, 11 docorrenie, a seguinte

ORDEM DO DIAIsto á :1" Parte : o que oceorrer.2" Parte*3* discussão do projecto n. 3, deste

anno, dizendo que os funecionarios aposen-tados ou que se aposentarem não pode-rão rozidirfóra do Estado sem previa li-cença da Psesidencia do Estado, sob penade perderem a aposentadoria, c dá outrasprovidencias.

Levanta-se a sessão.

12" SESSÃO ORDINÁRIA, EM 11 DE OUTUBRODE 1899

PRKSIDENCIA DO SR. MOREIRA GOMES

(/¦ Secretario )Ao meio dia, feita a chamada, respon-

dem os Srs. Moreira Gomes, Anlonio Alei-xo, Andrade Silva. Joaquim Lyrio, 0'Reil-ly dc Souza, Gelio Paiva, Pio Ramos, DiasMoreira, Silvino de Faria, Rodrigues Pas-sos, Barbosa Leão, Benigno Vidigal, Si-mão Machado, Araújo Aguirre, ArlhurThompson e \ugusto dc Carvalho.

Abre-se a sessão.Deixam de comparecer com causa jus-

Vificada os Srs. Augusto Calmon, Montei-ro da Gama, Virgílio Silva, Euripedes Pe-drinha, Bernardino de Oliveira, AzevedoSarmento, Antônio Borges, Ramiro deBarros, e José Monjardim.

E' lida, posta em discussão e, sem de-bate approvada, a acta da sessão ante-rior.

Osr. i* secretario—procede a leitura doseguinte

EXPEDIENTERequerimento :De José Freire da Silva, porteiro do

Thesouro deste Estado, solicitando do Con-gresso, para que mande addicionar ao seutempo de serviço como funcionário es-r.adoal o que. na qualidade de guarda háoipnal, prestou a pátria, por oceasião daguerra do Paragnay. — a' Commissâo dejustiça,

ORDEM DO DIA

(1" parte)!'¦ Si'. Ai tliui'Thompson — diz que

estando a Commissâo de Justiça muitosobrecarregada de serviço e ac.hando-.seausente dosla Capiial um de seus mem-bios. o sr. Virgílio Silva, vem pedir anomeação de um substituto.

•i Sp. Presiden le — nomeia para avaga do Sr. Virgílio Silva, o Sr. Rodri-gues Passos.

Si. Gelio Paiva — uza da palavrapara enviar à Mesa um projecto de lei queconcede loterias á Santa Casa de Misèricordia.

Vem á Mesa,é lido» indo a imprimir oseguinte

PROJECTO N. 11

0 Congresso Legislativo do Estado do EspiritoSanto

decreta :• ' .",.';.. '. ''. Vi

Art. íopicâo concedidos á Santa Casa de Mi-sericordia d'esta cidade, loterias até o capital de20:000*. 000.

Art. 2o A extracção d'essas loterias será feitapela Mesa da Santa Casa ou por quem com ellacontractar. N

Art. 3o As loterias do que ti ata a presente leisão isemptas de qualquer imposto estadoál.

Art. 4* Fica revogada a lei n- Tt\ de 22 Ou-tubro de 1898 que concede iguaes favores a mes-ma Santa Casa e todas as disposições em contra-rio.

Sala das sess0es, em 11 de Outubro de 1899.— (Assignado), Gelio Paiva.—Silvino de Faria.—O Reilly de SouMa. —Dias Moreira. — ffodriguosPagsos. Anlonio Aleixo. — Barbosa Leão.—Be-*Íg*o Vidigal. — Joaquim Lyrio.

Nada mais oceorrendo na primeiro, en-tra-se na

2» PARTE DA ORDEM DO DIA

E' lido, poste em 3» discussão e, semdebate, approvado o projecto n.' 3, disendorespeito aos funecionarios estadões apo»sentados, ou que se aposentarem, o qual'é remetiido a Coinnussão de Redacção. |

O Sr. Presidente :—Nada mais has '

- ¦---- ¦¦ ¦¦ -."—-

vendo a tratar-se, marco pura depois d'.manhã, 13 do corrente a seguinte

ORDEM DO DIAI» Parto : 0 que oceorrer.2* Piirio :

t Udiscussílo do projeclo n. 7, deste annoconcedendo a particulares ou companhiaa orgnnisar-sc o p:;vilcgio, por.30 mino-,parti construcçâo dc uma estrada de fer oque, pirtindodo Cachoeiro, vá terminarna Barra do Itapemirim, e dá outras pro-videncias ;

l"dls.ussão do projecto n. 8, de 189c),autorisando <: Governo do Estado a man-dar inscrever o pagar os ve..cimentos dosfunecionarios públicos que cahirem emexercicio findo rio corrente exercício ;

1» discussão do projecton, q, deste annoautorisando o Governo do Estado a au-xiliar com 2:500;$ó00 a' publicação do AUinanack do Estado do Espirito Santo ;

li discussão do projecto n. 10.de 189r),revogando as leis ris. 277, 27g. 287, 288 e296 do anno passado cm que dão auxíliosa diversas munii.iprdidades,

Levanla-sc a sessão.

teiO correio oxpódio honiTÒB-rès paro. o norto sul KstnUo

mai

llontoin á uma hora dn tanlo'éxino. sr. Dr. Presidente do Kstíl(|0visitou o hhIho dè experieneiftg (|ae8;' cola Normal desta capital.

1 •>,--•ir raiüi uo numero deixou 'I** ftinc.'cioiiíir hontem o Congresso Legiòíntli vo do Estado.

Hoje a noite haverá musica noRe.creio da Victoria e jardim Municipal

O exmo. Sr. D. João Nery esytratiferindo sua residência para a maJosé Marcellino, desta cidade.

___«:—-.•_.¦_ 1 1 . —.

COUTE DE JUSTIÇn¦ .._._¦_._—. ¦.. ¦ .,—.—_—-_ — 1,..— —.. __¦ _¦_¦_¦___ . ¦¦ —

CONPIÍRENCIA DO DLV 20 DE SETEM-BRO DE 1899

E, esperado amanhada Capital Fe-rleral o paquete S. Salvador,O Olinda brevemente aqui chegará

cm viagem para o Sul da Republica;

Presidente, o Sr. ministro MendesVelloso; pr •curador geral, o Sr. mi-nistro Barcimio Barretojniz semanárioo Sr. ministro Getulio Serrano, secre-tario, o Sr. Emilio Coutinho.

1'AHTlí JUDICIARIA

PassagensAppellação eivei n.289—Itapemirim.Appellante, o Dr juiz de direito

ex-officio ; appellados,Antônio l.amosde Oliveira e D. Emilia dos Santosl.amos. Do Sr. miristre. Getulio Ser-rano ao Sr. ministro Ferreira Coelho.

DIA PARA JULGAMENTOAppellação cível n. 156 — Capital.

(Embargos ao accordão )_ Appellante,embargantejoige Fran-

cisco Rosa; appellado embargado,Jorge Felix.*

Appellação eivei n.270—Benevente.Appellante Luiz Pinto de Queiroz ;appellados, Victorino Garcia & Filho.

Appellação eivei 11.273—Benevente.Appellante, Lníz Pinto de Queiroz;appellailo, Delfino Pinto Fernandes.

Appellação eivein.27'1—Guarapary.Appellante, Frontino Francisco dn

Rocha Tavares ; appellado o GovernoMunicipal.

Appellação eivei 11. 278 — Piuma.Appellante, Mauuel José-da Câmara

e sua mulher, appelíado Antônio JoséDuarte. 0 t* desimpedido.

JULGAMENTOSHabeas - cor pm preventivo n. 232.Raphael José Francisco Machado,

'¦equerente em seu favor.—Concedema ordem impetrada, por estar provadoque o paciente está ameaçado de con-strangimento illegal, contra os votosdos Srs. ministros Getulio Serrano eDaniel Moiitnrrovos.

Appellação crime 11. 215.— AlegreAppellante, Geraldo de Azevedo

Vianna ; appellado, padre JoaquimMartins Teixeira; relator o Si'.ministro.lontarrovos ; juizes, os Srs.ministros

Getulio .Serrano e Ferreira Coelho.—Julgam nullo o processo por faltas-substanciaes, unanimemente.

Hoje ns 9 horas da noite terá logara posse dos novos funcionários .ía Ir-mandade de N. S. d > Rozario*

| A Corte de Justiça em sua ultimasessão julgou a appelação 11. 215 dacornar.a do Alegre, aiinullniulo o pro-cessado por falta de formalidadessubistancíaes.

Foram condemnados, por não preen-cherem tis esigoncias da liygione escolm,as salas em que funceionam ns escola,dirigidas pelas professoras D, JoannaHítliiags e Rosa Nobre, aotorizniuíb adirectoria de instrução a transferencia oumudança, de Dezembro, em diante, coihtanto que, em Fevereiro dc 1900 cumpra-se ou obsorve-se o quo exig. o regula-mento, que baixou con o decreto 11. 2 de4 -lo junho de 189*2.

Para S. Matheus com escalas por San-ta Cruz sahiu o vapor nacional «Itnpsmi-rim» conduzindo es passageiros çl. CarolinaMaria da Conceição, Pérftli Francisco,Lúcio Alves do Oliveira, Umberto Gtiidet,Domicio Martins da Silva, Manoel SantosPereira, dr. João Gonçalves de Medeiros esua senhora d.Alc-xnndri.-a Santos, d, Ma-ria Santos, João Augusto de Souza, For-tunato A. Azevedo," d. Emdiana NovaesMarins e quatro filhos, Jaaquim MonteiroMoraes José Cardoso, Américo Bittencourt,d. Luiza Silva, ArChurGoes, Manoel Azo-vedo, Luís Dias da Silva, Claii<lomi-0._oi..res Pinto Raymnndo Martins AdolphoTol ed o .

"

INTERESSE LOCAIPela exma. Presidência do Estado

foram fixados os subsídios annuaes aque tem direito cs empregados apo-sentados srs. Antônio /Machado deBíttencout e Mello e Francisco Pereirada Silva Paixão.

Reunem-se hoje ás li horas dodia, 110 seu respectivo consistorio, osirmãos da Confraria de N. S. da BoaMorte.

Devido ao tempo chuvoso o Corpode Policia deixou de fazer exerciciomarcado para hontem.

Hoje as lo horas da manhã se ceie-brará missa na Cathedral deste Bis-ado.

DESOPILANTES

O' Calino, porquo não te empregas ?—Ora, que hei de eu lazer ? Só soi

trabalhar com enxada, machado e foice.—-K porque não o fazes ?—!_' porque a enxada foi o iiitrtuneritp

que matou meu pae; machado ó o nome domedico que o tratou, e afinal o pobre dovelho foi-se,

Uma deputação de operários dirige-se aodoiío da fabrica e expõe-lhe qtions mu-lheros, trabalhando tanto como os homens,elevem ter igual salário.

—Perfeitamente, de acordo, repondeuo fabricante; de segunda-feira em dianteos homens ganharão o mesmo salário daismulheres.

Que desapontamento I

Magdalena enviuvou e está inconsolã-vel.

—Vamos 1 diz-lhe uma amiga. Temvalor !

—Não estou tão abatida como stippões,bem sabes que se me irritam os nervospor qualquer coiza.

Prescripções hygienieas:O visconde ótfio éscripiilòso neste assiim-

pto, que, hontem, quando a filha iapin-tarumã aquarella, recommendou-lhoinsis-tentemente:

—A primeira coiza que tens e fazeré ferver a água.

Ao cabo de dez' annos de aosencia,encontram-se dois amigos.

O quo é feito da Luiza ? pergunta unidelles.

—Por fim encontrou um parvo que ca»sou com ella.

—Coitado ! E conbecel-o ?

—Pois não hei de conhecer ? Sou eu ?T)ona Quindins (mãe de ihms filhas casa-

ioiras):—-Na minha opinião, toda a nieiii-na bem educada deve saber tocar pianohão acha doutor?

Bii.ontra (amável):— Con certeza; e seapezar d.sso ainda encontrar casamento,9 que o noivo a ama realmente.

____________i. ____1

Estado do Espiro Sautito •**¦ ¥%$*

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AVISOS li'<uau»tii ríüi*., j»riii.iUi-.iúii,c;n-

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('.'laimai %.si;38,lt.J , ^<S.B»".*il «lu

AOS SRS. PR0PR1 ET*\R10S TERRITO'PIA RS

Ein execução dos trabalhosreferidos nas alíneas (,« ) (A )o (i) dá cjasula 1° dp contra.-cto colebiMuo <',om o governodo Estado om 11 do Novem-bro <lo J8U(), peço nos Srs.proprietários dos terroiios ine-ditlos e demarcados anterior-menlo a creação do Commis-sanado; que, houverem pago aimportância do taes terrenos,queiram devolver a esto escri-ptôrio a$ circolares que lhestêm sido enviadas, e oxhibiros titulos íjiio possuíremdo taes (errenos nos escripto-rios dos Engenheiros Pre-postos nas sedes dc seus Dis-trictos ou n'esta Repartiçãopara os respectivos láhçamen-tos no registro das torras eplanta geral do Estado.

Escriptorio Central na Vi-ctoria, em 20 de outubro de1899.—O ConimissHrio Geralinterino; Alfredo AméricoVinto Pacca. j

' ^jfíi Hi'«»i i .

Companhia Fspirílo—antens ^

•i•f\íw^m

- Vi •?>«•

o paquete3 cia. salvador

Ksperado do Rio dc Janeiro no d*a23 do corrente, seguirá

depois da preciVõ demorapara os portos do norte da

Republica

LÍNHADO CENTRO-

i

CAIXAJOCORREIO

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de tvaypgaçao a u^por3- CONVOCAÇÃO

Não se tendo reunido nu~mero sufficieutc de accionistaspara podei-em deliberar, sãoco n vo ca cl os os S i\-. acei o n i sta sa reunirem-se nm as-emblôageral èxtranrdíaaria, quinta-feira, 26 de outubro de 1899ao meio dia no salão do BancoEspirito-Santense, para resol-verem sobre a liquidação dacompanhia.

Está assembjéa delibeiará,seja qual fôr a somma doca-pilai representado pelos pre-sentes.

Victoria, 2Í de outubro'de1899.—Pelo presidente ; Fu-gênio WeisQi,director tliespureiro.

João Francisco Lopes?imè'iit.â

rA Sociedade Beneficente

Frauciscana, em sufíragioá alma de seu sócio remido—João F; Lopes Pimenta,faz celebrar uma missa na Ve-neravel Ordem Terceira daPenitencia, quarta-feira, £5do corrente, ás 8 horas damanhã.

Convido, pois, a íamilia d-'»finado, amigos e aos srs. con-socies para assistirem a esseacto de verdadeira homena-gem.

Victoria, 20 de outubro de1899.—O Secretario, J. Siloa.

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