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GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA SECRETARIA ADJUNTA DA RECEITA PÚBLICA ANÁLISE DA RECEITA PÚBLICA - 2011 Anual (jan-dez) Cuiabá Março - 2012

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GGOOVVEERRNNOO DDOO EESSTTAADDOO DDEE MMAATTOO GGRROOSSSSOO SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA

SECRETARIA ADJUNTA DA RECEITA PÚBLICA

ANÁLISE DA RECEITA PÚBLICA - 2011 Anual (jan-dez)

Cuiabá – Março - 2012

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SILVAL BARBOSA Governador do Estado de Mato Grosso

EDMILSON JOSÉ DOS SANTOS Secretário de Estado de Fazenda de Mato Grosso

BENEDITO NERY GUARIM STROBREL Secretário Adjunto Executivo do Núcleo Fazendário - SENF

AVANETH ALMEIDA DAS NEVES Secretária Adjunta do Tesouro Estadual – SATE

MARCEL SOUZA DE CURSI Secretário Adjunto da Receita Pública - SARP

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Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso

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Sumário

Resumo executivo - receita pública ................................................................................................ 7 Aspectos legais ............................................................................................................................. 16 Aspectos metodológicos ............................................................................................................... 17 Códigos das Atividades Econômicas (CNAE´s) .......................................................................... 20

Comportamento da receita tributária ............................................................................................ 26 Gráficos ........................................................................................................................................ 26 Tabelas .......................................................................................................................................... 31 Eficácia Tributária – 2011 ............................................................................................................ 34 Analise do Inconverso .................................................................................................................. 36

Resumos ....................................................................................................................................... 39 Arrecadação de ICMS com Valores Nominais e Corrigidos ........................................................ 42 Modelo econométrico de previsão da arrecadação de ICMS ....................................................... 61

ICMS per capita ............................................................................................................................ 64 Ranking Carga ICMS por Unidade da Federação ........................................................................ 66 Transferências Constitucionais per capita .................................................................................... 70

Transferências Constitucionais e Legais - CIDE .......................................................................... 72 Transferências Voluntárias. .......................................................................................................... 74 Multas, juros e dívida ativa........................................................................................................... 75

Créditos tributários “sub judice”. ................................................................................................. 76 Valores transferidos a fundos. ...................................................................................................... 79

PTA da receita pública – 2008 - 2011 .......................................................................................... 80 Sítios consultados pela Secretaria de Fazenda ............................................................................. 97

Anexos.................................................................................................................................

.........89

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Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso

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EQUIPE DA SECRETARIA ADJUNTA DA RECEITA PÚBLICA - SARP

SECRETÁRIO ADJUNTO DA RECEITA PÚBLICA Marcel Souza de Cursi - Fiscal de Tributos Estaduais

UNIDADE TÉCNICA DE NEGÓCIO DA RECEITA PÚBLICA - UNRP

Nardele Pires Rotherbarth – Fiscal de Tributos Estaduais/Assessor

Marly Aparecida Tavares Pauletti - Agente de Tributos Estaduais

Maira Cristina de Santana Alves – Fiscal de Tributos Estaduais

Paulo César da Silva - Técnico em Processamento

UNIDADE DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA - UPEA

Jonil Vital de Souza – Agente de Tributos Estaduais/Assessor

Eliézer Pereira da Silva - Técnico da Área Instrumental do Governo

Elizeu Gomes de Souza - Técnico da Área Instrumental do Governo

Greice Caroline Guerro - Técnica da Área Instrumental do Governo

Jacildo Souza – Agente de Tributos Estaduais

Emanuel Jesus Daubian Costa – Fiscal de Tributos Estaduais

Luiz Gonçalo Pereira Ormond – Agente de Tributos Estaduais

Paulo Cezar de Souza – Gestor Governamental

Reinhard Ramminger – Gestor Governamental

Valéria Isaac Marques - Técnica da Área Instrumental do Governo

Valdi Simão de Lima - Fiscal de Tributos Estaduais

UNIDADE DE RELAÇÕES FEDERATIVAS FISCAIS - URFF

Lucymar Regina Padoan S.Froés – Agente de Tributos Estaduais

Iara Xavier – Fiscal de Tributos Estaduais

Lucas Elmo Pimentel Filho – Fiscal de Tributos Estaduais

Polyanna Maria de Alcântara Ribeiro Lima – Fiscal de Tributos Estaduais

Thelniza Vieira de Araújo – Agente de Administração Fazendária

Zilanda Sorai de Oliveira – Agente da Área Instrumental do Governo

UNIDADE EXECUTIVA DA RECEITA PÚBLICA - UERP

Alexandre Paulino Monea – Fiscal de Tributos Estaduais

Carlos Henry Dantas de Souza – Fiscal de Tributos Estaduais

Janete Sichoski Ferro – Fiscal de Tributos Estaduais

José Ortega – Fiscal de Tributos Estaduais

Paulo da Silva Nardes – Técnico da Área Instrumental do Governo

Halex Maciel Silva Vieira – Agente de Tributos Estaduais

UNIDADE DE POLÍTICA E TRIBUTAÇÃO - UPTR

Jorge Luiz da Silva – Fiscal de Tributos Estaduais

Carlos Alberto Eitaró Oshiro – Agente de Tributos Estaduais

Edgar Dias Correa – Fiscal de Tributos Estaduais

José Humberto Oliveira de Holanda – Agente de Tributos Estaduais

Moisés de Campos Ferreira – Técnico da Área Instrumental do Governo

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Tayná Jully Ferreira Costa – Estagiária

UNIDADE DE INTEGRAÇÃO DE SISTEMAS DO NEGÓCIO – UISN

Luciney Martins de Almeida Moreira – Fiscal de Tributos Estaduais

José Serra Neto - Fiscal de Tributos Estaduais

Carlos Alberto Eitaró Oshiro - Agente de Tributos Estaduais

Nadir Sumie Yoshida Minakami - Fiscal de Tributos Estaduais

Luciana Martins Dornas - Agente de Tributos Estaduais

PRÓ-FISCO César Henrique Ruivo Gatti – Agente de Tributos Estaduais

Edson Fontana de Oliveira - Fiscal de Tributos Estaduais

APOIO DIRETO AO GABINETE Valéria Cristina Cunha Cintra – Assistente Técnica

Maria Alves da Silva – Agente da Área Instrumental do Governo

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APRESENTAÇÃO

O presente trabalho avalia o comportamento da receita pública do Estado de

Mato Grosso no ano de 2011, cumprindo assim o dispositivo do Art. 12 da Lei de

Responsabilidade Fiscal (LRF). Parte do conteúdo deste documento compara as receitas

efetivamente ingressadas no erário estadual com os montantes de receitas que foram

previstas pela Secretaria de Estado de Fazenda.

Art. 12 As previsões de receita observarão as normas

técnicas e legais, considerarão os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas (LRF, 2000)

As análises da receita visam prevenir riscos futuros, além de permitirem

correções de eventuais desvios das metas legais e econômicas. Desse modo, o esforço

em antecipar as distorções das metas pode ser corrigido em tempo como tentativa de

evitar desequilíbrios das contas públicas.

Uma visão geral de receita como a elaborada neste documento é uma tentativa

de sintetizar informações e evidenciá-las a todos os gestores, possibilitando a estes o

cumprimento da gestão fiscal (acompanhamento e avaliação permanente através de

análises, estudos e diagnósticos da receita) como estabelecido no Art. 67 da LRF, inc.4.

Ao auferir resultados obtidos referentes ao ano anterior pretende-se motivar

todos os gestores públicos a realizarem as receitas cabíveis ao Estado de Mato Grosso

de acordo com os princípios tributários e com o potencial da economia.

Procurou-se identificar o potencial de algumas das Receitas Tributárias e suas

componentes (IRRF, IPVA, ITCD, ICMS e TAXAS) como também, o FETHAB que,

no presente trabalho foram denominadas “receitas analisadas”.

A distância entre a receita realizada e a analisada representa possibilidades de o

Estado avançar na arrecadação sem aumentar alíquotas dos tributos de sua competência.

A diferença entre a arrecadação realizada e a analisada representa também um desafio

para os respectivos gestores dessas contas (IRRF, IPVA, ITCD, ICMS e TAXAS).

Procura-se, assim, contribuir tanto para o aperfeiçoamento das atividades fiscais como

melhorar os mecanismos ou processos para a operacionalização das receitas.

MARCEL SOUZA DE CURSI

Secretário Adjunto da Receita Pública

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RESUMO EXECUTIVO - RECEITA PÚBLICA

Tabela 1 – Código, Especificação e Comparação entre

Receita Prevista e Realizada no ano de 2011 (jan-dez).

A tabela 1 ressalta o peso de três contas na composição da receita. As receitas

Tributárias, de Contribuições e Transferências Correntes responderam no ano de 2011

por 83,73 % de toda a receita estadual.

Receita Patrimonial

A receita patrimonial foi de R$ 93,58 milhões, destacando-se neste grupo as

receitas de valores mobiliários, remuneração de depósitos bancários e outras receitas de

valores mobiliários.

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RECEITA AGROPECUÁRIA

A receita Agropecuária no período foi de apenas R$ 130,4 mil reais,

possuindo pouca representatividade do total das receitas correntes, participando com

apenas 0,001 % do total. As receitas que compõem este grupo são: Receita da produção

animal e derivados e Outras receitas agropecuárias.

RECEITA INDUSTRIAL

A receita Industrial foi de R$ 2,15 milhões , sendo composta

basicamente pela receita da industria de transformação.

RECEITA DE SERVIÇOS

A receita de Serviços foi de 245,82 milhões, representando 2,09 % do

total das Receitas Correntes. Dentre as receitas deste grupo destacam-se os serviços

relativos ao trânsito, saúde e agropecuários.

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Tabela 2 - Especificação da Receita Prevista, Realizada e

Participação Percentual das Receitas no ano de 2011 (em milhões de

reais).

A Receita Pública Total realizada no ano de 2011 foi de R$ 11,75 bilhões,

ficando 5,1% abaixo da prevista na LOA.

A tabela 2 permite verificar que pelo potencial (analisada), a receita pública

total, poderia ter alcançado R$ 11,86 bilhões no período, ou seja, 4,2 % abaixo da

prevista.

A tabela mostra que, com exceção do ICMS e IPVA, as demais receitas

tributárias realizadas no período obtiveram um valor acima do projetado na LOA.

TAXAS Quanto às taxas (Segurança Pública, Serviços Estaduais e Judiciárias),

estimou-se na LOA um montante para o período de R$ 88,48 milhões, no entanto, o

valor realizado foi de R$ 100,73 milhões, ou seja, 13,8 % superior ao previsto.

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IPVA

A previsão de arrecadação do IPVA para o período foi de R$ 315,67 milhões,

sendo realizado 305,7 milhões, ficando 3,2% abaixo do previsto. O valor analisado foi

igual ao arrecadado, o que significa concluir que o IPVA realizou o potencial de

arrecadação.

ICMS

O valor do ICMS projetado na LOA para o período foi de R$ 5,171 bilhões,

sendo realizado R$ 4,925 bilhões, portanto 4,8 % inferior ao previsto, em valores

nominais.

Imposto sobre transmissão Causa Mortis ou Doação de Bens e Direitos

(ITCD)

Houve uma significativa melhoria nos índices de recolhimento do ITCD,

especialmente devido à ação fazendária de vistoria de imóveis sujeitos ao fato gerador.

Anteriormente, o ITCD era recolhido tendo como base o valor cadastral informado

pelas prefeituras e nem sempre esses imóveis tinham seus preços regularmente

atualizados. Agora, há um esforço para recolher o ITCD com base numa avaliação do

imóvel feita por servidor fazendário, o que permitiu uma arrecadação de R$ 26,85

milhões, contra uma previsão de R$ 24,89 milhões, incremento de 7,9 %.

Transferências Correntes (Constitucionais e Legais) Estava prevista uma receita de R$ 3,159 bilhões de transferências correntes

para o período, no entanto, a realização foi de R$ 3,082 bilhões, ficando 2,4% abaixo do

valor orçado.

Multas e juros

Os valores efetivamente recebidos a título de Multas e Juros ficaram abaixo do

valor orçado em 13,0%, totalizando 139,28 milhões ante os 160 milhões previstos na

LOA.

Receita da Dívida Ativa A Receita orçada da Dívida Ativa para o período foi de R$ 32,83 milhões,

realizando-se R$ 38,78 milhões, portanto, 18,1% acima do previsto.

RECEITAS DE CAPITAL

As receitas de capital apresentaram um resultado inferior em relação ao

estimado na LOA para o período, ou seja, estava prevista uma receita de R$ 822,22

milhões, realizando-se, apenas, R$ 264,11 milhões.

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Salientamos que este comportamento pode ser explicado pelo fato de existirem

Operações de Crédito em andamento, principal componente de receita deste grupo, que

só serão liberadas no próximo exercício.

Tabela 3 - Arrecadação ICMS, Nominal e Corrigido, para o Período entre 2002

a 2011 (em Milhões de Reais)

Observando-se o valor do ICMS, no intervalo de nove anos (2002 – 2011 ),

verificamos uma variação nominal de 167 % e corrigida de 33 % na arrecadação do

referido tributo.

Comparando-se em termos nominais os valores arrecadados de jan a dez/2011

com os de jan a dez/2010, observa-se uma variação positiva de 9,1%. Já em termos reais

houve variação negativa de 0,04%.

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Tabela 4 – Tributos (ICMS, IRRF, IPVA, ITCD e Taxas), Valores

Projetados na Lei Orçamentária Anual (LOA) e a Receita Realizada jan a

dez/2011.

Os dados mostram que o montante de arrecadação da receita tributária ficou

2,9% abaixo das projeções iniciais, resultando uma receita inferior à prevista em 171,8

milhões de reais.

A análise do efetivo comportamento da economia no período indica que essa

arrecadação poderia ter sido 1,2 % (R$ 68,8 milhões) maior do que a realizada, o que

indica que há espaço para incremento da receita.

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Tabela 5 - Análise da Receita Projetada e Analisada obtida com o IPVA no

ano de 2011 (jan a dez).

O valor do IPVA previsto na LOA para 2011 foi de R$ 315,67 milhões, no

entanto foi realizado de jan a dez/2011 a importância de R$ 305,69 milhões,

correspondendo ao valor potencial da receita dessa rubrica, haja vista que o valor

analisado ficou igual ao valor realizado.

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Tabela 6 - Transferências Correntes em 2011 (jan-dez).

A tabela acima demonstra as Transferências Correntes para o Estado de Mato

Grosso em 2011. Há que se destacar como positivos as Transferências de: FPE; IPI-

Exp; CIDE; IOF-Ouro; Transf.Comp.Financ; Transf.Rec.Fundo Nacional

Des.Educação; Cota Parte Conc.Prognósticos;– Negativos: Transf.de Recursos SUS;

Contr. Inativos e Pensionistas; Diversas Transf.da União; Transf.do Estado

(Enc.Inat.MS); Transf.Fundeb; Transf.Convênios.

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Tabela 7 – Receita potencial, Inconverso, FETHAB efetivo e índice de Inconverso

para soja, gado, diesel, algodão, e madeira. Valores realizados em 2011 (jan a dez).

Observa-se para o período uma receita potencial de R$ 614,74 milhões para o

Fundo Estadual de Transporte e Habitação (FETHAB). A receita realizada de jan a dez/

2011 foi de R$ 569,47 milhões, sendo destinados R$ 177,97 milhões para a

AGECOPA, transformada em SECOPA e R$ 20,23 milhões para a SECID – Secretaria

das Cidades, para fomentar obras de infra-estrutura visando à Copa do Mundo de 2014.

Quando comparamos o valor efetivo com o valor potencial, em princípio, poderíamos

presumir que as bases econômicas sob as quais incide a contribuição para o Fundo

(Soja, Gado, Diesel, Algodão e Madeira) poderiam gerar um montante de FETHAB

total superior em 7,95%.

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ASPECTOS LEGAIS E METODOLÓGICOS

ASPECTOS LEGAIS

1. DISPOSIÇÕES LEGAIS

Lei de Responsabilidade Fiscal – LC 101/2000

A Lei de Responsabilidade Fiscal determina a realização, a cada dois meses, de

uma avaliação de desempenho da receita.

Uma das vantagens dessa análise é que ela propicia um contexto mais amplo

das causas que estão influenciando o comportamento das receitas. Naturalmente que a

observação das causas permite correção de rumos. Entre as mudanças possíveis,

destaca-se a atuação do aparelho fiscal movido pela necessidade de desdobramento e

cumprimento de metas bimestrais de receitas.

O acompanhamento da arrecadação visa garantir as metas estabelecidas na Lei

de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

Art. 12. As previsões de receita observarão as normas

técnicas e legais, considerarão os efeitos das alterações na legislação,

da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de

qualquer outro fator relevante e serão acompanhadas de

demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da projeção

para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia de

cálculo e premissas utilizadas.

Art. 13. No prazo previsto no art. 8º, as receitas previstas

serão desdobradas, pelo Poder Executivo, em metas bimestrais de

arrecadação, com a especificação, em separado, quando cabível, das

medidas de combate à evasão e à sonegação, da quantidade e valores

de ações ajuizadas para cobrança da dívida ativa, bem como da

evolução do montante dos créditos tributários passíveis de cobrança

administrativa.

Art. 8º Até trinta dias após a publicação dos orçamentos,

nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias, o Poder

Executivo estabelecerá a programação financeira e o cronograma de

execução mensal de desembolso.

Art. 9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a

realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas

de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas

Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato

próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias subseqüentes,

limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os

critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.

§ 1º No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda

que parcial, a recomposição das dotações cujos empenhos foram

limitados dar-se-á de forma proporcional às reduções efetivadas.

§ 2º Não serão objeto de limitação as despesas que

constituam obrigações constitucionais e legais do ente, inclusive

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Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso

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aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, e as

ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias.

§ 3º No caso de o Poder Legislativo e Judiciário e o

Ministério Público não promoverem a limitação no prazo

estabelecido no caput, é o Poder Executivo autorizado a limitar os

valores financeiros segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes

orçamentárias.

§ 4º Até o final dos meses de maio, setembro e fevereiro, o

Poder Executivo demonstrará e avaliará o cumprimento das metas

fiscais de cada quadrimestre, em audiência pública na comissão

referida no § 1º do art. 166 da Constituição ou equivalente nas Casas

Legislativas estaduais e municipais.

(Constituição Federal, art. 166, § 1º... Comissão

permanente de Senadores e Deputados).

A LRF prevê também a prestação de contas periódicas à sociedade das

realizações do Poder Executivo no campo tributário. Trata-se da divulgação do seu

programa de melhoria da arrecadação e de sua política tributária.

Conforme se interpreta o Art. 12 da LRF, caso a receita própria venha mostrar-

se declinante, o Estado poderá:

Adotar medidas para atualização do cadastro de contribuintes;

Focar o aparelho fiscalização para evitar sonegação de tributos;

Rever as isenções concedidas;

Adequar taxas ao custo real dos serviços e outras medidas.

Decidir sobre outras ações recuperadoras de créditos.

Nesse sentido, a LRF estabelece: Art. 58. A prestação de contas evidenciará o desempenho

da arrecadação em relação à previsão, destacando as providências

adotadas no âmbito da fiscalização das receitas e combate à

sonegação, as ações de recuperação de créditos nas instâncias

administrativa e judicial, bem como as demais medidas para

incremento das receitas tributárias e de contribuições.

ASPECTOS METODOLÓGICOS

METODOLOGIA

Projeção da Receita do ICMS

A metodologia de estimativa da receita de ICMS adotada pela SEFAZ/MT, em

março de 2001, considerou a dinâmica macroeconômica atual e futura da base produtiva

do Estado, ao invés da tendência histórica de comportamento da receita. O acelerado

processo de crescimento e transformação produtiva da economia local, a partir da

segunda metade da década de 90, motivou essa decisão. Entendeu-se que o ritmo e a

trajetória do ICMS de hoje não guardava aderência com o verificado nos últimos 10

anos.

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Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso

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Assim, a previsão de receita de ICMS deu-se a partir de informações sobre o

potencial de consumo e de estimativas do comportamento do PIB setorial, em

agrupamentos denominados SEGMENTOS.

Esse agrupamento poderia ser feito sob a ótica do produto ou da sua cadeia

produtiva. Optou-se pelo agrupamento da cadeia produtiva, pois tal procedimento

guarda sintonia com a abordagem adotada pelo Governo do Estado em sua Política de

Desenvolvimento Regional. Além disso, essa estruturação contribui para a padronização

do Sistema de Administração Tributária, em consonância com o modelo de gestão da

SEFAZ/MT e permite maior eficácia na projeção e acompanhamento da receita. Permite

ainda mensurar e avaliar o efeito multiplicador da renda e de tributos decorrentes da

produção.

Apesar desse entendimento, não foi possível enquadrar todos os Segmentos no

conceito de cadeia produtiva, de modo que alguns ainda permanecem sob a ótica do

produto. Adotou-se, portanto, o conceito misto, conforme demonstrado na tabela 8.

Tabela 8 - Segmentos da Economia Mato-Grossense e seu

Respectivo Conceito Misto (sob a Ótica de Cadeia Produtiva e da

Ótica de Produto)

SEGMENTO

CONCEITO MISTO

1. Algodão Produção, Indústria, Comercialização

2. Arroz Produção, Indústria, Comercialização (exclusive comercialização alcançada por outros segmentos)

3. Atacado Exclusive mercadorias contempladas nos segmentos

4. Bebidas Indústria, Distribuição e Comercialização

5. Combustíveis

Diesel, Álcool, Gasolina, GLP, GNV, Querosene

6. Comunicação

Telefonia, Rádio Difusão, TV, TV a Cabo, Correios, Internet

7. Energia Elétrica

Consumo

8. Madeira Extração, Beneficiamento, Indústria Moveleira

9. Medicamentos

Distribuidores e Farmácia

10. Pecuária

Produção, Indústria, Exportação, Comercialização (inclusive frigoríficos, casas de carnes, etc)

11. Soja Produção, Indústria, Exportação e Comercialização Mercado Interno

12. Supermercados

Hiper, Super, Produtos Alimentícios, bebidas, fumos, outros (inclusive substituição tributária)

13. Transportes

Aéreo, rodoviário de cargas e passageiros, ferroviário, fluvial

14. Varejo Exclusive mercadorias contempladas nos segmentos e inclusive substituição tributária

15. Veículos

Automóveis, Motos, Ônibus, Caminhões, Auto-Peças, Pneus e Acessórios

16. Outros Outras receitas de ICMS (inclusive outros produtos agrícolas não alcançados pelos segmentos)

Os critérios para definir produto ou cadeia produtiva como Segmento foram

sua representatividade na receita tributária e/ou na economia do Estado, de modo que o

conjunto dos Segmentos representasse, no mínimo, 90% da arrecadação total.

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Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso

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Para os diversos PIBs setoriais – PIB dos Segmentos - adotou-se a hipótese de

elasticidade unitária PIB - receita tributária, ou seja, para cada ponto de

crescimento/redução no PIB registra-se um incremento/queda de um ponto na receita de

ICMS.

Como Proxy do PIB considerou-se a estimativa do faturamento de cada

Segmento, com base em informações sobre a demanda local, obtida a partir de

indicadores de consumo per capta e do volume de produção do Segmento. Essa

informação permitiu identificar a capacidade contributiva potencial dos agentes

econômicos.

O ICMS potencial, obtido a partir da aplicação da alíquota média do ICMS do

segmento no valor do faturamento, refere-se ao valor da arrecadação em uma situação

ideal (ausência de externalidades na gestão tributária, tais como, renúncia,

inadimplência, medidas judiciais que anulem a obrigação tributária, contencioso

administrativo e sonegação).

A renúncia por segmento foi calculada a partir de levantamento das concessões

de incentivos fiscais isolados (redução de base de cálculo, crédito presumido, crédito

outorgado, isenção, diferimento) e de programas de incentivos fiscais.

O ICMS potencial menos a renuncia, o aproveitamento de crédito é igual ao

ICMS efetivo. O Inconverso por sua vez é composto de quatro variáveis: contencioso

administrativo, contencioso judicial, conta corrente ou inadimplência e um valor

residual configurado como fraude (ver ilustração 1).

ICMS efetivo é obtido com base no registro das receitas recolhidas ao erário.

Essa metodologia permitiu identificar um importante indicador de desempenho da

receita pública, que é o de eficácia tributária, o qual estabelece uma relação entre a

receita efetiva e receita potencial, revelando o espaço ainda existente para avançar em

termos de arrecadação.

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Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso

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Códigos das Atividades Econômicas (CNAE´s) Segm

ento: Algodão

CNAES

Descrição

1321-9/00

Tecelagem de fios de algodão

1311-1/00

Preparação e fiação de fibras de algodão

0112-1/01

Cultivo de algodão herbáceo

4623-1/03

Comércio atacadista de algodão

Segm

ento Arr

oz 1061-

9/02 Fabricação de produtos do arroz

0111-3/01 Cultivo de arroz

4632-0/01 Comércio atacadista de cereais e leguminosas beneficiados

1061-9/01 Beneficiamento de arroz

Seg

mento Atacad

o

0114-8/00 a

1749-4/00

2011-8/00 a

2829-1/01

3050-4/00 a

3329-5/99

4623-1/04 a

4693-1/00

Com 212 atividades

Segmento

Bebidas

1112-7/00 Fabricação de vinho

1033-3/02 Fabricação de sucos de frutas, hortaliças e legumes, exceto concentrados

1033-3/01 Fabricação de sucos concentrados de frutas, hortaliças e legumes

1122-4/01 Fabricação de refrigerantes

1122-4/03

Fabricação de refrescos, xaropes e pós para refrescos, exceto refrescos de frutas

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21

1122-4/99

Fabricação de outras bebidas não-alcoólicas não especificadas anteriormente

1111-9/02 Fabricação de outras aguardentes e bebidas destiladas

1113-5/01 Fabricação de malte, inclusive malte uísque

1122-4/02 Fabricação de chá mate e outros chás prontos para consumo

1113-5/02 Fabricação de cervejas e chopes

1121-6/00 Fabricação de águas envasadas

1111-9/01 Fabricação de aguardente de cana-de-açúcar

4723-7/00 Comércio varejista de bebidas

4635-4/02 Comércio atacadista de cerveja, chope e refrigerante

4635-4/99 Comércio atacadista de bebidas não especificadas anteriormente

4635-4/03

Comércio atacadista de bebidas com atividade de fracionamento e acondicionamento associada

4635-4/01 Comércio atacadista de água mineral

Segmento Bebidas

3520-4/01 Produção de gás; processamento de gás natural

1922-5/01 Formulação de combustíveis

2021-5/00 Fabricação de produtos petroquímicos básicos

1921-7/00 Fabricação de produtos do refino de petróleo

2099-1/99 Fabricação de outros produtos químicos não especificados anteriormente

1922-5/99

Fabricação de outros produtos derivados do petróleo, exceto produtos do refino

1931-4/00 Fabricação de álcool

0600-0/02 Extração e beneficiamento de xisto

0600-0/03 Extração e beneficiamento de areias betuminosas

0600-0/01 Extração de petróleo e gás natural

3520-4/02 Distribuição de combustíveis gasosos por redes urbanas

1910-1/00 Coquerias

4732-6/00 Comércio varejista de lubrificantes

4784- Comércio varejista de gás liqüefeito de petróleo (GLP)

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9/00

4731-8/00 Comércio varejista de combustíveis para veículos automotores

4681-8/05 Comércio atacadista de lubrificantes

4682-6/00 Comércio atacadista de gás liqüefeito de petróleo (GLP)

4681-8/02

Comércio atacadista de combustíveis realizado por transportador retalhista (TRR)

4681-8/03

Comércio atacadista de combustíveis de origem vegetal, exceto álcool carburante

4681-8/04 Comércio atacadista de combustíveis de origem mineral em bruto

4681-8/01

Comércio atacadista de álcool carburante, biodiesel, gasolina e demais derivados de petróleo, exceto lubrificantes, não realizado por transportador retalhista (TRR)

0500-3/02 Beneficiamento de carvão mineral

Segmento: Comunicação 6120-

5/01 Telefonia móvel celular

6130-2/00 Telecomunicações por satélite

6110-8/01 Serviços de telefonia fixa comutada - STFC

6120-5/99 Serviços de telecomunicações sem fio não especificados anteriormente

6110-8/99 Serviços de telecomunicações por fio não especificados anteriormente

6110-8/02 Serviços de redes de transporte de telecomunicações - SRTT

6110-8/03 Serviços de comunicação multimídia - SCM

6120-5/02 Serviço móvel especializado - SME

6190-6/02 Provedores de voz sobre protocolo internet - VOIP

6190-6/01 Provedores de acesso às redes de comunicações

6022-5/01 Programadoras

6190-6/99 Outras atividades de telecomunicações não especificadas anteriormente

6143-4/00 Operadoras de televisão por assinatura por satélite

6142-6/00 Operadoras de televisão por assinatura por microondas

6141-8/00 Operadoras de televisão por assinatura por cabo

6022-5/02 Atividades relacionadas à televisão por assinatura, exceto programadoras

6021-7/00 Atividades de televisão aberta

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Segmento: Energia 3512-

3/00 Transmissão de energia elétrica

3511-5/00 Geração de energia elétrica

3514-0/00 Distribuição de energia elétrica

3513-1/00 Comércio atacadista de energia elétrica

Segmento: Medicamentos 1610-

2/02 Serrarias sem desdobramento de madeira

1610-2/01 Serrarias com desdobramento de madeira

0210-1/09 Produção de casca de acácia-negra - florestas plantadas

0210-1/08 Produção de carvão vegetal - florestas plantadas

0220-9/02 Produção de carvão vegetal - florestas nativas

1622-6/99 Fabricação de outros artigos de carpintaria para construção

3101-2/00 Fabricação de móveis com predominância de madeira

1621-8/00

Fabricação de madeira laminada e de chapas de madeira compensada, prensada e aglomerada

1622-6/02

Fabricação de esquadrias de madeira e de peças de madeira para instalações industriais e comerciais

1622-6/01 Fabricação de casas de madeira pré-fabricadas

1629-3/01 Fabricação de artefatos diversos de madeira, exceto móveis

2219-6/00 Fabricação de artefatos de borracha não especificados anteriormente

0210-1/07 Extração de madeira em florestas plantadas

0220-9/01 Extração de madeira em florestas nativas

0210-1/04 Cultivo de teca

0139-3/06 Cultivo de seringueira

0210-1/03 Cultivo de pinus

0210-1/01 Cultivo de eucalipto

0210-1/05

Cultivo de espécies madeireiras, exceto eucalipto, acácia-negra, pinus e teca

0210-1/02 Cultivo de acácia-negra

4744-0/02 Comércio varejista de madeira e artefatos

4671-1/00 Comércio atacadista de madeira e produtos derivados

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0230-6/00 Atividades de apoio à produção florestal

Segmento: Pecuária 0151-

2/01 032

2-1/99

1011-2/01

1529-7/00

1012-1/02

1012-1/01

4623-1/01

4722-9/01

63 Atividades

Segmento: Soja 1042-

2/00 Fabricação de óleos vegetais refinados, exceto óleo de milho

1041-4/00 Fabricação de óleos vegetais em bruto, exceto óleo de milho

0115-6/00 Cultivo de soja

4622-2/00 Comércio atacadista de soja

4637-1/03 Comércio atacadista de óleos e gorduras

Segmento: Supermercado 4721-

1/02 Padaria e confeitaria com predominância de revenda

4721-1/01 Padaria e confeitaria com predominância de produção própria

4711-3/02

Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios - supermercados

4712-1/00

Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios - minimercados, mercearias e armazéns

4711-3/01

Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios - hipermercados

4724-5/00 Comércio varejista de hortifrutigranjeiros

4637-1/99

Comércio atacadista especializado em outros produtos alimentícios não especificados anteriormente

4639-7/02

Comércio atacadista de produtos alimentícios em geral, com atividade de fracionamento e acondicionamento associada

4639-7/01 Comércio atacadista de produtos alimentícios em geral

4637-1/01 Comércio atacadista de café torrado, moído e solúvel

4621-4/00 Comércio atacadista de café em grão

Segmento: Transporte 4911-

6/00 4950-7/00

5011- 5320-2/02

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4/01

48 atividades

Segmento: Varejo 1932-

2/00

2029-1/00

2869-1/00

3102-1/00

3299-0/04

4615-0/00

4789-0/99

5611-2/01

5620-1/04

168 Atividades

Segmento: Outros

0170-

9/00 a

1811-3/01 a

1830-0/03

0210-1/06 a

0220-9/99

1922-5/02

0311-6/03 a

0322-1/07

2019-3/01 a

2541-1/00

0500-3/01 a

3211-6/01 a

3900-5/00

0710-3/01 a

0729-4/05

4110-7/00 a

4618-4/99

0810-0/01 a

0899-1/99

5211-7/01 a

5920-1/00

0910-6/00 a

0990-4/03

6010-1/00 a

6920-6/02

1099-6/04 a

1340-5/99

7020-4/00 a

7990-2/00

1531-9/02

8011-1/01 a

8800-6/00

1741-9/02

9001-9/01 a

9900-8/00

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COMPORTAMENTO DA RECEITA TRIBUTÁRIA

Gráficos

Gráfico 1 – Total do ICMS, Projeção Inicial, Realizado e Analisado em 2011 (jan

a dez) – Algodão, Arroz, Atacado e Bebidas (em Milhões de Reais)

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27

Gráfico 2 – Total do ICMS, Projeção Inicial, Realizado e Analisado em 2011 (jan

a dez) – Combustível, Comunicação e Energia (em Milhões de Reais)

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Gráfico 3 – ICMS, Projeção Inicial, Realizado e Analisado em 2011 (jan a dez),

segmentos de Madeira, Medicamentos, e Pecuária (em Milhões de Reais)

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Gráfico 4 – ICMS, Projeção Inicial, Realizado e Analisado em 2011 (jan a dez),

segmentos de Soja, Supermercado e Transporte (em Milhões de Reais)

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Gráfico 5 – ICMS, Projeção Inicial, Realizado e Analisado em 2011 (jan a dez),

segmentos de Varejo, Veículos e Outros (em Milhões de Reais).

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TABELAS

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Tabela 9 – Potencial, Efetivo e Eficácia Tributária do ICMS por Segmentos – 2011 (jan a dez).

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Tabela 10 – Comparação entre Receita Projetada, Realizada e Analisada – 2011 (jan a dez).

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Eficácia Tributária

Na última Análise de 2010, a Assessoria Econômica incorporou mudanças

para obter a eficácia da arrecadação de ICMS. Para manter a uniformidade da

série, ajustes parciais foram feitos para os anos de 2007, 2008 e 2009 e os

resultados (juntamente com 2010) estão apresentados na Tabela 11. As referidas

mudanças no procedimento de cálculo da eficácia constam do Quadro 01.

Quadro 01 – Mudanças introduzidas no cálculo da eficácia, antes e depois de

2010.

Eficácia antes Eficácia atual

E =

E =

A eficácia consistia numa divisão entre o ICMS arrecadado e o ICMS potencial.

Soma-se ao ICMS arrecadado, os valores do FESP, FETHAB e FUNGEFAZ.

Motivo: os fundos derivam do ICMS que integram o esforço fiscal de arrecadação. Já a renúncia caracteriza uma escolha de política tributária, portanto, não está ao alcance do erário. O agente arrecadador não tem governabilidade sobre as renúncias e nem sobre os créditos usufruídos já que estes integram a atividade operacional de aquisição de insumos inerente à mediação econômica.

E = eficácia

Como se observa no quadro 01 acima, a eficácia tributária do ICMS é uma

relação entre o ICMS arrecadado e ICMS potencial. A eficácia representa o

percentual de realização que o Estado arrecada em relação àquilo que seria

possível, ou seja, um valor denominado de ICMS potencial. O ICMS potencial é

montante teórico de arrecadação dimensionado num ambiente sem qualquer

desvio tributário.

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Tabela 11 – Eficácias Tributárias por segmentos.

A Eficácia Tributária Realizada em 2011 nos diversos segmentos que compõem o

ICMS ficou em torno de 88,5%.

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Analise do Inconverso

Tabela 12 – Comparação do Inconverso do ICMS entre Original,

Realizado e Analisado por Segmento – 2011 (jan a dez).

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INDICADORES DE QUALIDADE DA DÍVIDA - (Inconverso)

a) Gestão da Redução do Inconverso – 8,39%.

São ações no âmbito da SEFAZ, que utilizam o aparato fiscal e administrativo para

redução do Inconverso. É de nossa governabilidade. Composição: Contencioso Administrativo

(SARE), Contencioso Administrativo (SUIC) e Fraudes autuadas (TAD e NAI).

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b) Gestão da realização do Inconverso – 50,53%

No total de Inconverso apurado, através das análises econômicas, encontramos esse

percentual em nossas bases de dados. Engloba esfera administrativa e judicial. (TADS, NAIS,

Contenciosos, CCF, Ordens Judiciais)

c) Índice de Gestão da rotação do Inconverso – 1,98

Considerando o prazo decadencial da dívida, 5 anos, detectamos o débito em

aproximadamente 2 anos.

d) Dimensão potencial da lacuna do Inconverso – 11,48%

Diferença entre a eficácia de 100% (esperada) e a realizada 88,52%. Essa lacuna

existente é o percentual do Inconverso com relação ao ICMS possível de se arrecadar com base

no potencial de realização da receita.

e) Eficácia tributária de exploração da base – 88,52%

Eficácia atual ao explorar a base tributável, deduzidas as exportações, as Renúncias e

os Créditos Usufruídos.

f) Dimensão potencial da redução da lacuna do Inconverso – 5,8%

Considerando um percentual de detecção do Inconverso de 50,53%, presume-se que,

dos 11,48% de Inconverso, são potencialmente realizáveis, 5,8%, ou seja, o produto de 11,48%

por 50,53%. Esse patamar representa a margem de conversão dos 11,48% em receita do ICMS

tendo como base a detecção 50,53%.

g) Eficácia tributária com Gestão da redução da lacuna – 94,32%

Incorporação da lacuna de redução do Inconverso, 5,8%, a eficácia realizada 88,52%.

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Resumos

Tabela 14 – Resumo

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Tabela 15 - Resumo

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Tabela 16 - Resumo

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Arrecadação de ICMS com Valores Nominais e Corrigidos

Tabela 17 – Arrecadação de ICMS com Valores Nominais e Corrigidos -

janeiro-Dezembro (2005 a 2011 em milhões de Reais)

Nom= nominal, Cor = corrigido

Na tabela 17, comparando jan a dez/2011 com o mesmo período de 2010,

verificamos que os piores desempenhos em termos de arrecadação são atribuíveis aos

segmentos de bebidas, soja e outros. Os melhores desempenhos foram observados em arroz,

atacado, comunicação e varejo

A arrecadação do ICMS de jan a dez/2011 foi de R$ 4,925 bilhões, em valores

nominais, enquanto que no mesmo período de 2010 foi de R$ 4,513 bilhões, registrando uma

variação positiva de 9%. Já em termos reais a variação foi negativa em 0,04%.

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PARTICIPAÇÃO DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS NA RECEITA DO ICMS

Tabela 18 – Segmento Econômico, Faturamento Total, Faturamento Tributável,

Renúncia Fiscal ICMS realizado –2011( jan a dez).

A tabela 18 mostra que não há conversão proporcional do faturamento do

agronegócio em arrecadação de ICMS. São destacados os percentuais referentes à

participação relativa no faturamento e no ICMS efetivo: Agropecuária 30% do faturamento

tributável e 12,1% da arrecadação do ICMS efetivo; comércio 52,3 % do faturamento e 63,6%

do mesmo tributo, já para os segmentos que integram os serviços, esses percentuais são 14,8

% e 22,7%, respectivamente.

Relação entre faturamento e ICMS

Na Tabela 18, observamos que o faturamento total da agropecuária representa

43,5 %, mas a parte que se converte em ICMS é de apenas 12,1 %. Isso ocorre devido à

imunidade dos produtos exportados e ao expressivo valor da renúncia que é concedida para os

segmentos componentes da agropecuária. Uma das maiores renúncia, de 39,1%, está na

pecuária, seguida do combustível com 17,8% e do varejo, com 16,2%. O argumento

justificador da renúncia, geralmente leva em consideração os efeitos multiplicadores dessas

atividades em toda a economia, já que, em termos de arrecadação direta, o ICMS é bem

menor do que em outros segmentos.

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As atividades ligadas ao comércio, embora tenham contribuído com 41,4 % do

faturamento total neste período, apresentaram um peso de quase 63,6% na arrecadação efetiva

do ICMS.

Agrupando-se os segmentos de serviços - comunicação, energia e transportes –

cujo faturamento total representou 12,8% , em termos de participação na arrecadação do

ICMS, tais segmentos contribuíram com 22,7% do total.

Segmentos econômicos

Segmento Algodão

Tabela 19 – Memória de Cálculo do ICMS projetada para o algodão – 2011 (jan a dez).

No segmento algodão, o faturamento tributável realizado foi superior ao previsto na

LOA em 130,5%, pois, foi projetado para o período R$ 2,07 bilhões e o valor efetivamente

realizado foi de R$ 4,78 bilhões. Quanto ao ICMS efetivo, a LOA previu para o período R$

21 milhões, realizando R$ 36 milhões, ou seja, 67,0 % acima.

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45

É verificável também que houve um aumento de 1 ponto percentuais na eficácia

realizada em relação a projetada, ficando em 78% ante a projeção inicial de 77%, bem como

uma redução no mesmo patamar do índice de Inconverso em relação ao original. A renúncia

fiscal refere-se ao Proalmat agricultura, Prodei, Prodeic e remissão/anistia (Lei 9434/2010).

Os créditos usufruídos referem-se à utilização de créditos decorrentes da aquisição de

insumos. Vale ressaltar que a alíquota média analisada foi ajustada para 3% em função do

Decreto 2809/2010, que reduziu a alíquota interestadual para este patamar a partir de julho de

2.010.

Segmento Arroz

Tabela 20 – Memória de Cálculo do ICMS do Arroz – 2011 (jan a dez).

O faturamento no segmento de arroz realizou-se 91,06% acima do previsto na LOA

para o período, em função da entrada de arroz em casca de outras Unidades da Federação.A

eficácia do segmento ficou 8 pontos percentuais menor que a prevista na LOA, enquanto que

o inconverso aumentou na mesma proporção.

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Segmento Atacado

Tabela 21 - Memória de Cálculo do ICMS projetada para o Atacado – 2011 (jan

a dez).

Para o segmento de Atacado previa-se um faturamento de R$ 2,34 bilhões, sendo

realizado R$ 2,63 bilhões em função do aumento do PIB (2,4%) e do IPA-DI (4,12%)

esperado para 2011. A arrecadação do período, R$ 317 milhões, superou a prevista na LOA

em 17,97%. Em função do desempenho do segmento , a eficácia tributária elevou-se em 5

pontos percentuais em relação à previsão, passando para 96%, enquanto que o inconverso

reduziu na mesma proporção.

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Segmento: Bebidas

Tabela 22 - Memória de Cálculo do ICMS do segmento de Bebidas- 2011 (jan a

dez).

O faturamento do segmento de Bebidas previsto na LOA para o período foi de R$

1,3 bilhões, sendo de fato realizado no período o montante de R$ 1,46 bilhões. Apesar da

elevação de 12,45% no valor do faturamento tributável em relação à LOA, o valor de ICMS

efetivamente arrecadado ficou apenas 3,7% acima do previsto. Isso pode ser justificado pelo

alto índice de inconverso, 18% contra 11% da LOA.

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Segmento: Combustíveis

Tabela 23 – Memória de Cálculo ICMS dos Combustíveis – 2011 (jan a dez)

O faturamento tributável no segmento de combustíveis no período obteve uma

variação negativa de 10,69% em relação ao orçado, impactando diretamente na arrecadação.

Foi prevista na LOA uma arrecadação para o período de R$ 1,57 bilhões, realizando-se R$

1,40 bilhões, ou seja R$ 176,68 milhões abaixo (com a composição dos repasses ao fundo

Fethab-diesel). O que justifica a arrecadação ter ficado menor que a previsão foram as

alterações na legislação, que reduziram a possibilidade de arrecadação em 2011 (Simples -

Decreto 2437/10, Cruzamento: Lei 9434/10, Decreto 2683/10, Ato COTEPE 7/11). Todavia

analisando o comportamento do segmento no período, conclui-se que foi arrecadado o

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potencial, o que justifica a alta eficácia tributária de 98% e o baixo índice de inconverso, que

ficou em torno de 2%.

Segmento: Comunicação

Tabela 24 – Memória de Cálculo ICMS de Comunicação – 2011 (jan a dez).

A lei Orçamentária Anual previu para o segmento de Comunicação para o

período uma receita de R$ 451 milhões, sendo realizados R$ 389 milhões, portanto,13,58%

abaixo da previsão. A eficácia tributária realizada ficou 7 pontos percentuais acima da

prevista, ou seja 98% contra uma previsão de 91%. Cabe salientar que estava previsto na LOA

repasses para o Fungefaz , referentes a créditos outorgados às Concessionárias de Serviços de

Comunicação, no valor de R$ 112 milhões e foram realizados R$ 127 milhões. Somando-se

os créditos ao ICMS realizado temos R$ 516 milhões, contra previsão/LOA de R$ 563

milhões, ficando, portanto, 8,22% abaixo do valor orçado.

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Segmento Energia Elétrica

Tabela 25 – Memória de cálculo ICMS da Energia Elétrica – 2011 (jan a dez)

A receita do ICMS deste segmento prevista para o período foi de R$ 502 milhões, efetivando-

se apenas R$ 439 milhões, ou 12,66% abaixo. Convém ressaltar que há parcelamento em

curso por parte das empresas de energia, prejudicando a eficácia tributária realizada, que

ficou em 83%, no período, portanto, abaixo da prevista que foi 89%. Foram, também,

recolhidos ao FESP e ao Fundo de Fomento à Cultura pela Rede Cemat valores que

totalizaram R$ 97 milhões, gerando crédito de ICMS neste valor,enquanto na LOA tais

créditos foram previstos em R$ 106 milhões. A soma dos créditos repassados ao Fesp com o

ICMS realizado totalizaram R$ 536 milhões.

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Segmento Madeira

Tabela 26a – Memória de cálculo ICMS da Madeira – 2011 (jan a dez).

A projeção da Lei Orçamentária para o período, deste segmento, foi de R$ 93

milhões, realizando-se R$ 94 milhões, portanto, praticamente o valor previsto na LOA.

Oportuno observar, que no período analisado, aproximadamente 16,2% da madeira

foi destinada à exportação, portanto, não constitui base de cálculo para o ICMS. Com o

advento do Super Simples muitas empresas migraram para este regime, contribuindo para

redução do valor arrecadado. A análise do segmento no período mostra que o índice de

inconverso, apesar de alto, ficou menor que o previsto inicialmente na LOA.

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Segmento Medicamentos

Tabela 27 –Memória de Cálculo ICMS do Segmento

Medicamentos- 2011 (jan a dez).

O valor do faturamento tributável no segmento de Medicamentos, previsto para o

período, foi de R$ 1,52 bilhões, realizando-se R$ 1,66 bilhões, portanto 9,53% acima. O

ICMS efetivo atingiu R$ 110 milhões, praticamente confirmando o previsto na LOA e na

Análise. A eficácia realizada foi de 76%, ou seja, 8% inferior à prevista na LOA, enquanto

que o índice de inconverso foi de 24%, ficando acima da previsão , que foi de 18%,

comprometendo assim a eficácia do segmento no período.

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Segmento: Pecuária

Tabela 28 – Memória de Cálculo ICMS da Pecuária – 2011 (jan a

dez).

O segmento da pecuária engloba a cadeia produtiva dos bovinos, das aves e dos

suínos. Houve crescimento de 28,41 % no faturamento total, o que possibilitou um aumento

do ICMS efetivo de 14,61% em relação às projeções iniciais.

O crescimento da exportação neste período foi ocasionado principalmente por conta

de uma variação positiva nos preços.

A renúncia de R$ 362 milhões refere-se aos programas de incentivo do Programa de

Desenvolvimento da Política Industrial e Comercial (PRODEIC), do Programa de

Desenvolvimento Industrial (PRODEI) e Crédito Presumido e diferença de estimativa

segmentada – RICMS, art.87-C, § 3º e remissão/anistia (Lei 9434/2010).

A eficácia realizada foi de 76 %, ficando próxima da prevista e idêntica à analisada

em função do desempenho do segmento no período.

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Segmento Soja

Tabela 29 – Memória de Cálculo do ICMS da soja- 2011( jan a dez).

Para 2011 foi previsto na LOA um faturamento total de R$ 12,79 bilhões, no

entanto, o valor realizado atingiu o montante de R$ 16,46 bilhões. Já o ICMS efetivo foi de

R$ 238 milhões, ante um valor previsto de R$ 288 milhões. A renúncia fiscal prevista na

LOA, para o período, foi de R$ 3,6 milhões, no entanto efetivou-se em R$ 378,84 mil. A

eficácia tributária do período foi de 76%, portanto, próxima da prevista na LOA que foi de

75%. A tabela acima demonstra que as exportações realizadas ficaram 38,59% acima da

previsão/LOA e corresponderam a 70 % do faturamento total. A renúncia fiscal refere-se ao

PRODEI e remissão/anistia (Lei 9434/2010).

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Segmento Supermercados

Tabela 30 – Memória de Cálculo do ICMS dos Supermercados- 2011 (jan a

dez).

O faturamento tributável previsto para o período foi de R$ 3,01 bilhões, entretanto,

realizou-se R$ 2,86 bilhões, 4,84% abaixo, afetando com isso o desempenho do segmento. A

eficácia tributária prevista foi de 57%, efetivando-se em 69%, tanto na realizada, quanto na

analisada. O índice de inconverso do segmento, no período, foi elevado, cerca de 31 %.

Houve redução da alíquota média, em função de alterações na legislação que reduziram as

possibilidades de arrecadação em 2011 (Simples-Dec.2437/10, ECF, Dec.297/11). O reflexo

disso é direto e pode ser notado pela realização a menor que o valor consignado na Lei

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Orçamentária em R$ 22 milhões, ou seja, R$ 200 milhões, contra R$ 222 milhões previstos na

LOA.

As compras das famílias permaneceram em forte ascensão demonstrando vigor

apresentado pelas atividades econômicas inseridas neste segmento. Importante registrar as

tendências de altas dos preços em diversos gêneros alimentícios, para as quais concorrem

vários fatores: especulação com as commodities de alimentos nos mercados futuros,

crescimento do consumo das famílias, entre outros.

Segmento: Transporte Tabela 31 - Memória de Cálculo do ICMS do Transportes – 2011 (jan a dez).

No Segmento de Transporte, o faturamento inicial foi de R$ 3,7 bilhões, sendo

realizado o valor de R$ 4,08 bilhões, portanto 9,63 % acima do previsto.

Houve Redução da alíquota média analisada em função de alterações na

legislação, que reduzem as possibilidades de arrecadação em 2011 (Simples -Dec. 2437/10,

EFC: Dec. 297/11).

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O ICMS efetivamente arrecadado foi de R$ 201 milhões, 9,45% acima do

valor previsto, que foi de 183 milhões. O valor do Inconverso, que foi estimado em 126

milhões, realizou-se em 51 milhões, o que permitiu uma eficácia tributária acima da prevista,

80 % ante uma previsão de 59%. A renúncia fiscal refere-se à remissão/anistia (Lei

9434/2010).

Segmento Varejo

Tabela 32 – Memória de Cálculo do ICMS do Varejo – 2011 (jan a dez).

O faturamento tributável previsto para o período foi de R$ 8,44 bilhões, sendo

realizado R$ 8,11 bilhões, 3,84 % abaixo. O ICMS previsto de R$ 805 milhões, efetivou-se

em R$ 819 milhões , acréscimo de 1,75%, correspondendo ao potencial de arrecadação do

segmento. A eficácia tributária efetivou-se em 99%, portanto 5 pontos percentuais acima da

prevista na LOA. Vale ressaltar as diversas ações implementadas pela SEFAZ tanto a nível

administrativo, quanto fiscal , que permitiram o bom desempenho do segmento no período.

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Existem, aproximadamente, 170 atividades com CNAE’s - Código Nacional da

Atividade Econômica inseridas no segmento de varejo, entre elas: lanchonetes, produtos de

limpeza, vestuário, calçados, azulejos, pisos, móveis e material elétrico, que devem

proporcionar um acréscimo de um bilhão de reais no faturamento anual do segmento, em

relação ao ano anterior.A renúncia Fiscal do período refere-se aos programas: PRODEI,

PRODEIC, PRODECIT, Cartão de Crédito (Lei 9.208/2009) e remissão/anistia (Lei

9434/2010).

Segmento Veículos

Tabela 33 – Memória de Cálculo do ICMS do segmento de Veículos -

2011 (jan a dez).

O segmento de veículos mostra percentuais que ratificam um consumo

aquecido, sendo responsável por 8,0% do PIB estadual em 2010 (dados da SEFAZ), e um dos

principais indicadores de que a tendência é o equilíbrio econômico. O faturamento realizado,

de R$ 5,56 bilhões, ficou 1,45% superior ao previsto que foi de R$ 5,48 bilhões.

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A projeção do ICMS deste segmento para o período foi de R$ 409 milhões e

favoravelmente o segmento registrou uma arrecadação de R$ 437 milhões, 6,74 % superior à

previsão.

A estabilidade do mercado, um Inconverso relativamente baixo e uma eficácia de

90%, justificam os bons resultados do segmento no período.

OUTROS

Tabela 34 – Memória de Cálculo ICMS do segmento Outros- 2011 (jan a dez).

A APEA, por orientação da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas

trabalha com a seguinte premissa: quando o faturamento do segmento Outros apresentar um

ICMS cujo percentual ultrapasse 5% do valor do ICMS total, a atividade dentro do segmento

Outros que for identificada pelo desempenho será desagregada e se transformará em novo

segmento. Desse modo o segmento Outros continuará existindo como um resíduo inferior a

5%. No segmento Outros estão inseridas mais de 600 atividades em todo o Estado de Mato

Grosso.

O ICMS efetivo, no período, foi de R$ 91 milhões, ficando 52 % abaixo do

previsto, entretanto, analisando o comportamento do segmento, constatou-se que poderia ter

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sido de R$ 97 milhões. Em função do elevado valor do inconverso, cerca de 35%, a eficácia

tributária do período foi baixa, 65%, ante uma previsão inicial de 93%. Houve redução da

alíquota média analisada em função de alterações na legislação que reduziram as

possibilidades de arrecadação em 2011 (Simples – Decreto 2437/2010). Vale ressaltar que a

renúncia fiscal do segmento refere-se aos programas: Prodeic, Promineração, Prodetur, Proder

,Porto Seco (Trading, Indústria, Comércio), Convênio ICMS 66/2010 e remissão/anistia (Lei

9434/2010).

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MODELO ECONOMÉTRICO DE PREVISÃO DA ARRECADAÇÃO DE

ICMS

No ano de 2003 a Secretaria de Fazenda, visando testar sua metodologia de projeção

da receita do ICMS, contratou a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE para

desenvolver um modelo econométrico de previsão da arrecadação. O relatório foi feito com

base nos valores históricos da receita do ICMS dos anos de 1992 a 2001.

Optou-se por essa alternativa porque, embora os problemas de economia

possam ser analisados de diversas formas, uma das mais importantes dentre elas é a

econometria, que é, segundo a literatura, a aplicação de métodos matemáticos e estatísticos a

problemas de economia.

A econometria é o ramo da Economia que trata da mensuração de relações

econômicas, isto é, das relações entre variáveis de natureza econômica.

O método mais importante da econometria é a análise de regressão. Ela serve para

estimar valores não conhecidos de uma variável dependente (comumente chamada de y) a

partir de uma série de valores conhecidos de uma variável independente (geralmente

denominada x).

Um das técnicas mais difundidas da econometria consiste em encontrar uma equação

que melhor descreva a relação entre os pontos distribuídos num sistema de eixo ortogonais

(uma reta horizontal e vertical). Entretanto, é comum trabalhar com um terceiro eixo, ou seja,

três variáveis independentes. Quando há mais de três variáveis, os cálculos são apenas

algébricos – sem representação gráfica.

As variáveis dependentes são aquelas que recebem influência de outras variáveis, das

independentes. As primeiras também são chamadas de variáveis endógenas, variáveis-efeitos

ou explicativas. O conjunto de variáveis explicativas mais o termo constante (não captado nas

equações) são chamados de regressores.

As etapas metodológicas para a pesquisa em economia com uso de modelos

econométricos são três:

Formulação de hipóteses sobre o comportamento da realidade. Nessa etapa aplicam-

se conhecimentos sobre a teoria econômica e/ou da observação do mundo real. A seguir essas

hipóteses estão reunidas em um modelo matemático, utilizando-se uma função definida, com

o acréscimo de um termo aleatório;

A segunda etapa consiste na coleta de dados estatísticos e estimação dos parâmetros;

A terceira e última etapa é a avaliação. No presente caso, a avaliação foi feita

comparando-se a arrecadação anual resultante da aplicação do modelo com arrecadações já

realizadas em determinado ano (valores previstos x valores observados).

As pressuposições de um modelo de regressão linear, ou seja, as premissas a serem

satisfeitas, foram atendidas no modelo. (São elas: Relação linear entre Y e X; erro aleatório

com média zero; erro aleatório com variância constante - presença de homocedasticidade;

erros aleatórios independentes; variáveis não aleatórias – fixas; os erros apresentaram

distribuição normal, com média zero e variância constante; ausência de relação linear exata

entre as variáveis explicativas).

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RESULTADOS

Tabela 35 – Previsão de Arrecadação Conforme Modelo

Econométrico Desenvolvido pela Fundação Instituto de Pesquisas

Econômicas (FIPE) comparado com o Método da SARP por segmento

econômico- Projeção para 2011.

Como foi mostrado na tabela 35, o ICMS para 2.011, tanto projetado pelo método

econométrico, quanto pelo método SARP, na análise anual de 2011, ficou muito próximo ao

previsto na LOA (R$ 5,171 bilhões). O valor obtido pelo método SARP difere do valor

econométrico da FIPE em apenas 2,6%.

O modelo econométrico é considerado robusto quando a comparação entre os valores

analisados pela APEA e gerados pelo modelo (FIPE) não supere 5%. Então, pode-se

considerar que o percentual de 2,6% assegura uma consistência às previsões para o período

analisado.

Evidente que toda estimativa define variáveis e comportamentos relativamente

estáveis da economia, de modo que, conjunturas e movimentos imprevisíveis podem distorcer

as previsões.

As diferenças geralmente observáveis entre o modelo e as análises devem-se a

fatores que o modelo econométrico não consegue captar como: variações na produção

agrícola; quantidade exportada; flutuação de preços; ajustamentos dos CNAE’s1 e alterações

significativas da eficácia tributária em alguns segmentos. Adicionalmente, convém mencionar

que o Modelo econométrico formulado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas

(FIPE), define a seguinte relação funcional para o ICMS estadual. A relação [(1 + ).(1 + )-

1], onde significa o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) Estadual e (gama) reflete

o IGP-DI acumulado.

1 CNAE – A Classificação Nacional das Atividades Econômicas foi construída para uso federal e amplamente

difundida a partir de 1994 após sua publicação do Diário Oficial. Todos os segmentos econômicos utilizados

pela SEFAZ (16 ao todo) são compostos por inúmeras atividades, e todas essas atividades têm um CNAE

específico. A vinculação das atividades do CNAE a um Segmento não é algo estático, ela muda com o tempo e

conforme a necessidade de atualização da economia. Esses ajustamentos dos CNAE não são padrões que possam

ser mensurados numa variável e, portanto, não é possível inserir seus efeitos no modelo econométrico.

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Quando o PIB do Estado de Mato Grosso aumenta em 1% em termos reais, a

arrecadação do ICMS aumenta nas proporções na coluna c. Quando a inflação medida pelo

IGP-DI se eleva em 1%, as arrecadações nominais de cada segmento (coluna a) aumentam nas

proporções na coluna d.

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ICMS per capita

Tabela 36 – Classificação dos Estados Brasileiros, População, Ranking ICMS per

capita, ( jan a dez/2011).

A tabela mostra que a arrecadação de ICMS média per capita (Estadual) no Brasil no

período analisado foi de R$ 1.554 reais - Como é de se esperar, geralmente as médias tendem

a distorcer os valores extremos, no caso em tela, temos um limite inferior de ICMS per capta

de R$ 519 para o Estado do Rio Grande do Norte e um limite superior de R$ 2.475 para São

Paulo. Outro fator importante é que as médias além de ocultarem as disparidades de uma série

não dizem muito a respeito do quadro econômico e social do Estado. Obviamente que a

avaliação do ICMS per capita sem qualquer outro dado adicional, como por exemplo, a

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qualidade e a quantidade de serviços públicos providos por esses impostos, não favorecem

uma análise mais aprofundada.

O Estado de Mato Grosso está nas primeiras posições em termos de ICMS per capita,

6º lugar, abaixo dos Estados de SP, MS, ES, DF e SC.

Tabela 37 – Classificação PIB per capita

A tabela 37 demonstra que a Renda média per capita anual no

Brasil é de R$ 16.982 mil. O Estado de Mato Grosso classifica-se um pouco acima dessa

média, com R$ 18.877, na sétima posição a nível nacional. O Distrito Federal ocupa a

primeira colocação com R$ 51.159 , enquanto que o Estado do Maranhão ocupa a última

colocação com R$ 6.062 anual.

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Ranking Carga ICMS por Unidade da Federação

Tabela 38 – Ranking Carga ICMS por Unidade da Federação.

A tabela demonstra que a Carga ICMS/PIB no Brasil no período analisado,

tomando-se como base o PIB de 2.009 (última publicação do IBGE), ficou em 9,15%. Os

Estados com percentuais abaixo ou acima dessa participação podem avançar ou regredir na

condução da eficácia de arrecadação do ICMS. Mato Grosso possui a 12ª colocação a nível

nacional no período em análise, com 10,15% de carga.

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Tabela 39 – Ranking do ICMS por Unidade da Federação.

A tabela acima mostra o Estado de Mato Grosso na 13ª posição em relação ao valor

de arrecadação do ICMS a nível nacional. Convém ressaltar que os valores referentes aos

estados de Roraima, Alagoas, Espírito Santo, Santa Catarina, Minas Gerais e Rio Grande do

Norte são provisórios - e são fornecidos pela COTEPE.

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Ranking transferências constitucionais

Tabela 40 – Ranking dos Estados Brasileiros, FPE, IOF, IPI-EXP,

FUNDEB, LC 87/96, CIDE – 2011 (jan a dez).

Considerando todas as rubricas da tabela 40, Mato Grosso foi o vigésimo em

recebimento de FPE, IOF, IPI-EXP, FUNDEB, Lei Constitucional 87/96, CIDE e FEX . Um

esclarecimento adicional deve ser feito quanto ao IPI-EXP. O critério para compor o montante

do IPI-EXP é originado de uma fração de 10% do IPI. Após a apuração desses 10%, os

Estados receberão uma parcela conforme a participação deles na exportação de produtos

industrializados. São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais foram os Estados que mais

receberam essa modalidade de transferência constitucional.

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Tabela 41 – Especificação das Transferências Correntes e sua Comparação

entre o valor previsto na Lei Orçamentária e o Realizado – 2011 (jan a dez).

As Transferências Correntes efetivadas para Mato Grosso em 2.011 ficaram

2,43 % inferior ao valor consignado na LOA para o período.

O Fundo de Participação dos Estados (FPE) e o Fundo de Manutenção e

Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação

(FUNDEB) são os valores mais representativos da Tabela. O FUNDEB realizou-se 2,91%

abaixo da previsão. Já o FPE ficou 10,41% acima do previsto na LOA para o período.

Nota-se que o valor de R$ 1,38 bilhões do FPE recebido por Mato Grosso (conforme

tabela 41) está acima do montante de R$ 1,11 bilhões (conforme tabela 40). Essa diferença

ocorre porque os dados da tabela 40 originam-se da STN e, deles estão deduzidos os 20%

referente aos repasses do FUNDEB, cálculo não efetuado na tabela 41.

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Transferências Constitucionais per capita

Tabela 42 - Transferências Constitucionais per capita – 2011 (jan a dez).

A tabela mostra que as Transferências Correntes no Brasil em 2011 chegaram a R$

101,35 bilhões. Em valores absolutos, São Paulo foi à unidade da federação que recebeu o

maior valor, cerca de R$ 15,38 bilhões. Já em termos per capita, Roraima recebeu R$ 3.314,20

por pessoa, sendo a unidade da federação que recebeu a maior fração per capita das

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transferências. Mato Grosso, com uma população de, aproximadamente, 3 milhões, recebeu

R$ 769,78 por pessoa, ficando na 11º posição do ranking nacional.

As transferências têm por finalidade amenizar as desigualdades regionais, na

busca incessante de promover o equilíbrio sócio-econômico entre Estados e Municípios. Esse

mecanismo provê recursos adicionais aos governos subnacionais, de modo a manter os

serviços públicos sob suas competências. As transferências não constituem fonte primária de

receita, mas alteram a receita disponível dos tesouros subnacionais.

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Transferências Constitucionais e Legais - CIDE

Tabela 43 – Ranking dos Estados e o Percentual da CIDE- 2011

(jan a dez).

A Lei 10.866/2004 acrescentou os artigos 1-A e 1-B à lei 10.336/2001, com o

objetivo de regulamentar a partilha da CIDE com os Estados, o Distrito Federal e os

municípios. A CIDE - Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incide sobre a

importação e a comercialização de petróleo e gás natural, e também se aplica às operações

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realizadas com o álcool etílico. Mato Grosso recebeu em 2011 o total de R$ 48,30 milhões, o

que o coloca na décima segunda posição do ranking nacional no recebimento dessa

modalidade de transferência.

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Transferências Voluntárias.

Tabela 44 – Transferências de Convênios da União – 2011 (jan a dez).

As receitas de Transferências de Convênios estavam previstas para o período em

análise no valor de R$ 215,78 milhões, sendo realizados R$ 138,45 milhões, ou seja, 35,84%

abaixo do previsto na LOA.

Transferências voluntárias são os recursos financeiros

repassados pela União aos Estados, Distrito Federal e

Municípios em decorrência da celebração de convênios,

acordos, ajustes ou outros instrumentos similares cuja

finalidade seja a realização de obras e/ou serviços de interesse

comum às três esferas de Governo. Conforme a Lei de

Responsabilidade Fiscal, entende-se por Transferência

Voluntária a entrega de recursos correntes ou de capital a outro

ente da Federação, a título de cooperação, auxílio ou assistência

financeira, que não decorra de determinação constitucional,

legal ou os destinados ao Sistema Único de Saúde.

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Multas, juros e dívida ativa.

Tabela 45 – Especificação multas e juros: ICMS, IPVA, ITCD,

Taxa Fisc.Vig.Sanitária, Contribuições, Dívida Ativa e Outros Tributos –

2011 (jan a dez).

A receita realizada decorrente de Multas e Juros de ICMS, ITCD, IPVA,

TAXA Fisc.Vig. Sanitária, Contribuições, Dívida Ativa e Outros Tributos alcançou, no

período, o total de R$ 139,28 milhões, ante uma previsão LOA de R$ 160 milhões, ou seja,

12,95 % inferior à prevista.

Dívida ativa

Tabela 46 – Código, Especificação (Receita da Dívida Ativa),

Valor Previsto, Realizado e Analisado – 2011 (jan a dez).

A receita da Divida Ativa no período alcançou o montante de R$ 42,36 milhões, ou

seja, 29,04 % superior ao valor previsto na LOA que foi de R$ 32,83 milhões.

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CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS “SUB JUDICE”.

Tabela 47 – Segmentos, Quantidades de Processos, Processos Analisados (Valor

Econômico e Valor da Operação), Projeção (Valor Econômico e Valor da Operação) e

Participação percentual do Valor Econômico Sobre o Valor da Operação – 2011 (jan a

dez).

Em R$.

Fonte: Coordenadoria Geral de Normas da Receita Pública - Gerência de Controle de Processos Judiciais

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A tabela 47 mostra que os contribuintes ligados aos segmentos de varejo e veículos

foram os que mais questionaram os débitos tributários em 2011, com 236 e 98 processos,

respectivamente. O valor econômico do ICMS atualizado foi de R$ 78,15 milhões.

Tabela 48 – Objetos de Processo Judicial, Quantidades de Processos, Processos

Analisados (Valor Econômico e Valor da Operação), Projeção (Valor Econômico e Valor

da Operação) e Participação percentual do Valor Econômico Sobre o Valor da

Operação- 2011 (jan a dez).

Em R$

Fonte: Coordenadoria Geral de Normas da Receita Pública - Gerência de Controle de

Processos Judiciais A tabela 48 quantifica em 911 a totalidade de processos judiciais no período

analisado. Repetindo situações anteriores, a liberação de mercadorias com 504 processos é o

objeto que tem causado maior quantidade de litígios. A soma de tributos em questionamento

alcança mais de R$ 78,15 milhões em ICMS, cuja base de cálculo foi de R$ 723,64 milhões.

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CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS A RECUPERAR

Tabela 49 – Créditos Tributários a Recuperar (ICMS), Correção Monetária, Juros,

Multas – 2011 (jan a dez).

A tabela 49 mostra, no período analisado, o valor de R$ 90 milhões no c/c fiscal

ICMS a recuperar. Somando-se correção monetária, Juros e Multas (R$ 18 milhões), o valor

atinge R$ 108 milhões acumulados em 2011.

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Valores transferidos a fundos.

Tabela 50 – Valores Transferidos a Fundos (FUNGEFAZ, FUPIS, E FESP),

Previstos e Realizados – 2011 (jan a dez).

Como evidenciado na tabela 50, o FUNGEFAZ realizado em 2011 ficou acima do

previsto na LOA em 13,4%, FUPIS 104,4% acima ,FESP 10,2% abaixo e Fundo da Cultura

1,1% acima do previsto. Vale ressaltar que a receita do Fundo da cultura refere-se às

contribuições das empresas interessadas em participar do programa, podendo deduzir até 30%

do saldo devedor do ICMS, apurado em cada período, os valores efetivamente depositados em

benefício do referido fundo.

A Secretaria de Estado de Fazenda editará portaria para determinar os

segmentos/setores econômicos autorizados a optarem pela efetivação da contribuição ao

Fundo Estadual de Fomento à Cultura . Até que seja editada a portaria, constituirão receita do

fundo os valores advindos de créditos outorgados às concessionárias de energia elétrica, os

quais serão utilizados, exclusivamente, como dedução do valor do ICMS devido ao Estado de

Mato Grosso, conforme percentual já mencionado anteriormente.

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PTA DA RECEITA PÚBLICA – 2009 - 2011

O Plano de Trabalho Anual da Receita Pública – PTA foi elaborado visando atender

ao objetivo proposto no Programa de Gestão da Receita Pública - “Democratização e aumento

da eficiência da gestão pública do Estado e dos municípios e da excelência dos serviços

públicos prestados à sociedade, com base na melhoria da estrutura do Estado e controle

sistemático dos recursos governamentais”.

O PTA (metas, medidas, tarefas e respectivos indicadores) foi construído para

harmonizar-se com as disposições da Lei do Plano Plurianual de Investimentos – PPA, da Lei

das Diretrizes Orçamentárias – LDO e da Lei Orçamentária Anual - LOA.

No triênio 2009/2011 e a área da Receita Pública, com base nos fatores críticos de

sucesso definidos na Política Econômica e Tributária, formulou e promoveu a execução de

medidas voltadas para a eficácia da arrecadação da Receita Pública Estadual.

A Política Econômica e Tributária propõe uma nova forma de gerir a organização.

Tem como foco alcançar os resultados projetados para atender as partes interessadas

(clientes/usuários, fornecedores, servidores, sociedade, etc) e os objetivos de Governo.

Para tanto, foi necessário introduzir mudanças nas práticas de gestão, inclusive, no

que diz respeito às fases de planejamento, que anteriormente estavam direcionadas para a

orçamentação. Atualmente as práticas adotadas consideram possíveis cenários de futuro e elas

estão articuladas em torno de diretivas que abrangem estratégias, atendimento às partes

interessadas e busca de melhoria contínua do desempenho das ações pública.

Neste contexto de significativas reformulações no processo da área da receita pública

descrito acima, foi possível alcançar as metas propostas para o programa nos anos de 2010 e

2011.

As mudanças introduzidas em 2009 estão contempladas em 2010/2011. O

acompanhamento e controle dos indicadores do programa são efetuados em reuniões

sistemáticas de acompanhamento realizadas mensalmente.

A medição é feita por meio do Sistema de Gestão e Acompanhamento da Execução

– SIGPEX, que possibilita o monitoramento dos progressos efetuados na execução do

planejado através do seu conjunto de indicadores: financeiros, clientes, processos internos,

aprendizagem contínua e responsabilidade social. Em seguida, é feito um acompanhamento

das medidas vinculadas ao programa da Receita Pública.

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PROGNÓSTICOS E CIRCUNSTÂNCIAS RELEVANTES

Em relação ao Cenário internacional e o nacional, decidimos reproduzir abaixo as

análises da 164ª Reunião do Comitê de Política Monetária – COPOM realizada em 17 e

18/01/2012.

Sumário dos dados analisados pelo COPOM:

Cenário Internacional

A atividade econômica nos EUA, nos últimos meses, tem apontado uma

recuperação, porém em ritmo ainda lento e de sustentabilidade incerta. O livro Bege reporta

crescimento de modesto a moderado nos doze distritos. Essas perspectivas são endossadas por

indicadores melhores, embora insuficientes, relativos ao mercado de trabalho e à confiança do

consumidor. O Índice de Gerentes de Compras (PMI) da indústria manufatureira atingiu 53,9

pontos em dezembro, nível mais alto em seis meses. No entanto, o balanço de riscos para a

economia dos EUA permanece de baixa, influenciado, entre outros, pelo encerramento dos

estímulos fiscais neste ano, com expectativa de renovação apenas parcial; pela fragilidade do

mercado imobiliário; pela lenta recuperação do mercado de trabalho; e pelo fato de parte

importante do recente aumento do consumo dever-se à redução da taxa de poupança. Na Zona

do Euro, a produção industrial, em novembro, reduziu-se pelo terceiro mês consecutivo, e o

PMI da manufatura referente a dezembro, 46,9 pontos, sugere a continuidade dessa trajetória.

A confiança das famílias e do empresariado segue em patamares reduzidos, influenciada pelo

agravamento da crise da dívida soberana. No Japão, a atividade econômica está estagnada,

reflexo da desaceleração da economia global e da apreciação do iene. O Boletim de Economia

Regional, publicado pelo banco central daquele país, reportou, em janeiro, pausa na atividade

econômica em sete das nove regiões. A produção industrial do país voltou a recuar em

novembro, também influenciada pela interrupção em cadeias de fornecimento de partes para

automóveis e computadores provocadas pelas inundações na Tailândia. Na China, apesar dos

riscos afetos ao cenário externo e àqueles ligados ao setor imobiliário, a atividade econômica

segue em ritmo forte, embora em desaceleração. O PIB cresceu 8,9% no quarto trimestre ante

9,1% registrado no terceiro trimestre, ambos na comparação com iguais períodos do ano

anterior. Em bases trimestrais, com ajuste sazonal, o crescimento do PIB chinês desacelerou

para 2%, de 2,3% no trimestre anterior. Os dados mensais de produção industrial e vendas no

varejo registraram aceleração nas suas taxas de crescimento em dezembro para,

respectivamente, 1,1% e 1,4%, 0,9% e 1,3% em novembro.

Os mercados acionários vêm demonstrando alguma recuperação desde a última

reunião do Copom, consequência de cenário ligeiramente menos incerto em relação à

trajetória da economia dos EUA, da possibilidade de amplo acordo na Europa em torno de

metas fiscais e também da injeção de €489 bilhões em empréstimos de três anos para os

bancos da Zona do Euro. Contudo, os bancos da região seguem preferindo fazer o uso da

linha de depósito overnight do BCE, que por vários dias atingiu valores recordes,

ultrapassando €500 bilhões. O mercado de dívida soberana da Zona do Euro manteve-se

pressionado em razão das perspectivas desfavoráveis para a atividade econômica do bloco e

da incerteza em relação ao cumprimento de metas fiscais em alguns países, apresentando, não

obstante, certa redução nos prêmios cobrados nas emissões soberanas mais recentes. Em 13 de

janeiro, uma agência de classificação de risco comunicou o rebaixamento da nota de crédito

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de nove países da Zona do Euro, inclusive da França, e posteriormente do crédito de longo

prazo do European Financial Stability Facility (EFSF).

Os preços internacionais das commodities apresentaram duas tendências

marcadamente distintas desde a última reunião do Copom, fechando o período em patamares

próximos aos verificados naquela data. Até meados de dezembro, a intensificação da aversão

ao risco nos mercados financeiros e a contínua melhora das condições de oferta nos mercados

de commodities agropecuárias favoreceram a desvalorização desses produtos. A partir de

então, as cotações das commodities inverteram a tendência, influenciadas por adversidades

climáticas na América do Sul, no caso das agropecuárias, por tensões geopolíticas, relativas às

energéticas, e ainda, em termos gerais, pela divulgação de indicadores econômicos melhores

do que o esperado em importantes economias mundiais e pela consequente redução da

aversão ao risco nos mercados financeiros.

A variação anual do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) recuou nos EUA, em

novembro, e na Zona do Euro e no Reino Unido, em dezembro, para, respectivamente, 3,4%,

2,7% e 4,2%, ante 3,9%, 3,0% e 5,0% registrados dois meses antes. No Japão, após três meses

consecutivos de inflação apenas moderadamente positiva, a deflação retornou a partir de

outubro, com a variação anual do IPC atingindo -0,5% em novembro. Entre as economias

emergentes, destaque-se o significativo processo de desinflação na China ao longo do

segundo semestre de 2011, com a variação anual do IPC recuando para 4,1% em dezembro

ante 6,5% em julho. Em meio ao quadro de desaceleração da inflação e do crescimento,

predominou, por parte dos bancos centrais, a postura acomodatícia da política monetária. Os

juros oficiais nas economias desenvolvidas permaneceram em patamares excepcionalmente

baixos, com o BCE promovendo dois cortes sucessivos de 25 p.b. em sua taxa básica em

novembro e dezembro, quando situou-se em 1% a.a. Na reunião de janeiro, o BCE referendou

essa decisão. Houve redução de taxas básicas de juros pelos bancos centrais de Israel,

Tailândia, Austrália, Suécia, Romênia, Chile (em todos os casos 25 p.b.) e da Noruega (50

p.b.), enquanto os da Colômbia e da Hungria elevaram suas taxas em, respectivamente, 25

p.b. e 50 p.b.

Comércio exterior e reservas internacionais

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$3,8 bilhões em

dezembro, resultado de exportações de US$22,1 bilhões e importações de US$18,3 bilhões. O

saldo acumulado em 2011 atingiu US$29,8 bilhões, 47,9% superior ao registrado em 2010,

refletindo aumentos de 26,8% nas exportações e de 24,5% nas importações. A corrente de

comércio cresceu 25,7% no ano, somando US$482,3 bilhões, ante US$383,7 bilhões em

2010.

As reservas internacionais somaram US$352 bilhões em dezembro, com

diminuição de US$61 milhões em relação a novembro. Na comparação com dezembro de

2010, as reservas aumentaram US$63,4 bilhões. No mês, não houve operações do Banco

Central no mercado doméstico de câmbio.

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Cenário Nacional

Inflação e Evolução Recente da Economia

A inflação medida pela variação mensal do Índice Nacional de Preços ao

Consumidor Amplo (IPCA) alcançou 0,50% em dezembro (0,52% em novembro), o que

resultou no terceiro recuo consecutivo da inflação acumulada em doze meses. A inflação

acumulada em 2011 ficou em 6,50% (5,91% em 2010). Dessa forma, pelo oitavo ano

consecutivo, a inflação situou-se dentro do intervalo de tolerância estabelecido pelo Conselho

Monetário Nacional (CMN). A variação dos preços livres em 2011 ficou em 6,63% (7,09%

em 2010), enquanto a variação dos preços administrados alcançou 6,20% (3,13% em 2010).

Em relação aos preços livres, cabe destacar que os preços dos bens comercializáveis

apresentaram variação de 4,41%, enquanto os preços dos não comercializáveis variaram

8,59%, ante 6,87% e 7,28% em 2010, respectivamente. Especificamente sobre serviços, a

inflação nesse segmento recuou em dezembro, para 0,51%, após alta de 0,59% em novembro,

mas encerrou 2011 em patamar elevado, 9,01% (7,62% em 2010). Em síntese, o conjunto de

informações disponíveis sugere tendência declinante da inflação acumulada em doze meses,

mas alguma persistência da alta de preços observada em 2011, que, em parte, reflete o fato de

a inflação de serviços seguir em níveis elevados.

As medidas de inflação subjacente calculadas pelo Banco Central, de modo geral,

apresentaram evolução similar à da inflação plena, com ligeiro recuo na média das variações

mensais, bem como na média da variação acumulada em doze meses até dezembro. O núcleo

do IPCA por médias aparadas com suavização deslocou-se de 0,59% em outubro para 0,55%

em novembro e para 0,58% em dezembro, enquanto o núcleo por médias aparadas sem

suavização passou de 0,44% para 0,42% e para 0,39% no mesmo período. De modo similar, o

núcleo por dupla ponderação, após registrar 0,50% em outubro, avançou para 0,53% em

novembro e para 0,54% em dezembro. Ao mesmo tempo, o núcleo por exclusão, que descarta

dez itens de alimentação no domicílio e combustíveis, recuou de 0,47% registrado em outubro

e em novembro para 0,41% em dezembro; e o núcleo por exclusão de monitorados e de

alimentação no domicílio passou de 0,43% em outubro para 0,45% em novembro e para

0,49% em dezembro. Dessa forma, a média da variação desses cinco núcleos deslocou-se de

0,49% em outubro para 0,48% em novembro e em dezembro. No acumulado em doze meses

até dezembro, a variação média das cinco medidas de núcleo alcançou 6,59%, ante 6,72% em

novembro e 6,82% em outubro.

O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou deflação de

0,16% em dezembro, após avançar 0,43% em novembro e 0,40% em outubro. A queda do

índice em dezembro foi impulsionada por redução expressiva nos preços ao produtor durante

o mês. Dessa forma, o IGP-DI acumulou inflação de 5,00% em 2011, após alta de 11,30% em

2010. O principal componente do indicador, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA),

variou 4,12% em 2011, refletindo alta de 4,46% no IPA industrial e de 3,15% no IPA

agrícola. Na desagregação segundo o estágio da produção, observou-se no ano variação de

5,49% nos preços de matérias-primas brutas, de 3,27% nos preços de bens intermediários e de

3,88% nos preços de bens finais. Já a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor

(IPC), outro componente do IGP-DI, ficou em 6,36% em 2011, ligeiramente acima dos 6,24%

registrados em 2010. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), componente de

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menor peso no IGP-DI, variou 7,49%. Por sua vez, o Índice de Preços ao Produtor/Indústria

de Transformação (IPP/IT), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

(IBGE), não apresentou variação em novembro, após indicar alta de 0,76% em outubro. Em

doze meses, a variação desse índice deslocou-se de 4,68% em outubro para 3,20% em

novembro. De forma geral, a evolução recente dos índices sinaliza redução das pressões

advindas do atacado sobre os preços ao consumidor.

A economia brasileira cresceu 2,1% no terceiro trimestre de 2011, em relação ao

mesmo trimestre do ano anterior, após crescer 4,2% no primeiro trimestre e 3,3% no segundo

trimestre, na mesma base de comparação. Segundo dados dessazonalizados pelo IBGE, na

comparação com o trimestre imediatamente anterior, o Produto Interno Bruto (PIB) ficou

inalterado no terceiro trimestre, após expansão de 0,8% no primeiro e de 0,7% no segundo

trimestre. Assim, a taxa de crescimento acumulada em quatro trimestres recuou de 4,9% para

3,7%, o que confirma que a economia brasileira se encontra em ciclo de crescimento em ritmo

mais condizente com taxas avaliadas como sustentáveis a longo prazo. A moderação no ritmo

de crescimento foi perceptível em todos os componentes da demanda interna, e resultou, em

parte, de ações de política implementadas desde o final de 2010, potencializadas pela

deterioração do cenário econômico global a partir do terceiro trimestre do ano passado.

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) incorpora estimativa

para a produção mensal dos três setores da economia, bem como para os impostos sobre

produtos e constitui, portanto, importante indicador coincidente da atividade econômica.

Considerando os dados ajustados sazonalmente, o IBC-Br registrou crescimento de 1,1% em

novembro, após contração de 0,5% em outubro e de 0,1% em setembro. Dessa forma, a taxa

de variação trimestral entre setembro e novembro ficou em -0,3%. Por outro lado, em relação

ao trimestre encerrado em novembro de 2010, houve crescimento de 0,9%. Já a taxa de

crescimento acumulada em doze meses, que vem desacelerando desde novembro de 2010,

recuou de 3,5% em outubro para 3,0% em novembro. O Índice de Confiança do Setor de

Serviços (ICS), da Fundação Getulio Vargas (FGV), continuou sinalizando uma

desaceleração moderada no setor. Em dezembro, o índice recuou 0,7%, após queda de 0,6%

em novembro. Dessa forma, o nível do indicador no final de 2011 ficou 3,2% abaixo do valor

observado no final de 2010.

Os Indicadores de Condições de Crédito, construídos com base em consulta

trimestral realizada pelo Banco Central com instituições financeiras representativas de cada

segmento do mercado de crédito, apontam, em geral, para condições mais restritivas para o

trimestre de janeiro a março de 2012. Em relação ao crédito às grandes empresas, a análise

sugere cenário mais restritivo. Para micro, pequenas e médias empresas, os indicadores

revelam um cenário similar ao observado no trimestre anterior, com oferta moderadamente

mais restritiva e demanda moderadamente mais forte, mas em níveis inferiores aos do quarto

trimestre de 2011. Para o crédito voltado ao consumo, a expectativa para este trimestre

basicamente aponta estabilidade no percentual de aprovação de créditos em relação ao

verificado no trimestre anterior. Para o crédito habitacional, apesar da oferta mais seletiva por

parte das instituições financeiras, a expectativa de elevação da demanda induz um cenário

com aprovação de novas linhas, neste trimestre, moderadamente superior ao observado no

trimestre anterior.

A atividade fabril avançou 0,3% em novembro, de acordo com a série da produção

industrial geral dessazonalizada pelo IBGE, após queda de 0,7% em outubro e de 1,9% em

setembro. Verificou-se aumento da produção em 18 dos 27 ramos de atividade em novembro,

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sendo que a maior expansão ocorreu no setor de máquinas e equipamentos (4,0%). De acordo

com a média móvel trimestral, houve queda de 0,8% na produção industrial no período de

setembro a novembro, após queda de 0,9% no período de agosto a outubro. Na comparação

com o mesmo mês do ano anterior, a produção recuou 2,5% em novembro, enquanto, no

acumulado em doze meses, houve expansão de 0,6%. Na comparação com dezembro de 2008,

mês de menor medição da produção industrial durante a crise de 2008/2009, o crescimento

acumulado até setembro foi de 22,0%. De acordo com dados da Confederação Nacional da

Indústria (CNI), o faturamento da indústria de transformação registrou crescimento real de

4,6% em novembro, em relação ao mesmo mês do ano anterior, enquanto o número de horas

trabalhadas apresentou recuo de 2,5%.

Entre as categorias de uso da indústria, segundo dados dessazonalizados pelo

IBGE, houve expansão de 1,6% na produção de bens de capital em novembro, de 0,4% na

produção de bens intermediários e de 2,2% na de bens de consumo não duráveis e

semiduráveis. Enquanto isso, a produção de bens de consumo duráveis recuou 0,9%. No

acumulado em doze meses até novembro, a produção de bens intermediários registrou

expansão de 0,5%; a de bens de consumo duráveis, retração de 1,2%; e a de bens não duráveis

e semiduráveis, queda de 0,1%. Na mesma base de comparação, o crescimento da atividade

da indústria de bens de capital foi o maior entre as categorias de uso, com expansão de 3,8%,

refletindo o dinamismo dos investimentos.

A taxa de desemprego nas seis regiões metropolitanas cobertas pela Pesquisa

Mensal de Emprego (PME), sem ajuste sazonal, atingiu 5,2% em novembro (ante 5,7%

registrados em novembro de 2010), depois de alcançar 5,8% em outubro. Após registrar 9,0%

em março de 2009, a taxa observada recuou significativamente e atingiu o mínimo histórico

da série iniciada em março de 2002. Já a taxa de desocupação dessazonalizada pelo Banco

Central recuou de 6,0% em outubro para 5,6% em novembro. Ao mesmo tempo, o nível de

ocupação seguiu tendência de crescimento observada ao longo dos últimos anos e atingiu

novo máximo em novembro (54,3%). Dados divulgados pelo Ministério do Trabalho e

Emprego (MTE), no entanto, indicam desaceleração na criação de novos postos de trabalho.

Em novembro, houve criação de 42,7 mil postos de trabalho formais (ante 138,2 mil postos

gerados em novembro de 2010), com expansão do número de empregos formais em quatro

dos oito setores de atividade econômica. Os setores que mais contribuíram para o aumento do

número de empregos formais no mês foram comércio e serviços. De acordo com a PME, o

rendimento médio real habitual ficou estável em novembro, acumulando variação de 0,7% em

doze meses. Como consequência, a massa salarial real – considerando o rendimento médio da

população ocupada nas seis regiões metropolitanas – cresceu 2,6% em relação a novembro de

2010. Em suma, o conjunto de evidências indica que, embora o mercado de trabalho continue

robusto, há sinais de moderação na margem.

De acordo com dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo

IBGE, o volume de vendas do comércio ampliado cresceu 3,2% em novembro, na

comparação com o mesmo mês do ano anterior, após registrar alta de 1,6% em outubro e de

4,7% em setembro, na mesma base de comparação. Na série com ajuste sazonal, o volume de

vendas do comércio ampliado avançou 1,5% em novembro, após retração de 0,3% em

outubro e crescimento de 0,7% em setembro. Assim, a taxa de crescimento acumulada em

doze meses ficou em 7,7% em novembro (ante 8,8% em outubro e 9,6% em setembro). Nessa

base de comparação, todos os dez segmentos pesquisados mostram expansão no volume de

vendas, com destaque para equipamentos e materiais para escritório, informática e

comunicação (18,6%) e móveis e eletrodomésticos (16,9%). Desde outubro, a FGV, em

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parceria com o Banco Central, também vem divulgando o Índice de Confiança do Comércio

(ICOM). Esse indicador fornece informação adicional importante, na medida em que retrata o

estado atual e sinaliza a evolução da atividade comercial de forma mais tempestiva. O índice

continuou sinalizando desaceleração na atividade do setor em dezembro, a exemplo do que

ocorreu nos dois meses anteriores. Nos próximos meses, a trajetória do comércio continuará a

ser influenciada pelas transferências governamentais, pelo ritmo de crescimento da massa

salarial real, pelo nível de confiança dos consumidores e pela expansão moderada do crédito.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) na indústria de

transformação, calculado pela FGV, sem ajuste sazonal, passou de 84,5% em novembro para

84,1% em dezembro e, assim, ficou 1,6 ponto percentual (p.p.) e 1,2 p.p. abaixo do observado

em novembro e dezembro de 2010, respectivamente. Com o ajuste sazonal, calculado pela

FGV, o Nuci ficou em 83,4% em dezembro – 3,3 p.p. abaixo do máximo da série registrado

em junho de 2008. A utilização da capacidade apresenta-se maior no setor de materiais de

construção (88,6%) e no de bens intermediários (83,8%). Já no setor de bens de capital, o

Nuci ficou em 83,3% e, no setor de bens de consumo, em 82,9%. Segundo dados da CNI,

dessazonalizados pelo Banco Central, o Nuci ficou em 81,4% em novembro, próximo ao

percentual de outubro (81,5%). As taxas de utilização da capacidade instalada têm recuado,

refletindo, em parte, a redução no ritmo de crescimento da produção e a maturação de

investimentos. De fato, a absorção de bens de capital apresentou crescimento de 6,4% no

acumulado em doze meses até novembro (7,5% até outubro), e a produção de insumos para a

construção civil cresceu 4,4% (4,7% até outubro).

O saldo da balança comercial acumulado em doze meses diminuiu de US$31,3

bilhões em novembro para US$29,8 bilhões em dezembro. Esse resultado adveio de

exportações de US$256,0 bilhões e importações de US$226,2 bilhões, ou variações de 26,8%

e de 24,5%, respectivamente, no acumulado em doze meses até dezembro. O déficit em

transações correntes acumulado em doze meses passou de US$47,3 bilhões em outubro para

US$49,3 bilhões em novembro, equivalente a 2,0% do PIB. Por sua vez, os investimentos

estrangeiros diretos totalizaram US$75,4 bilhões em doze meses até novembro, equivalente a

3,1% do PIB, superando a necessidade de financiamento externo.

A economia mundial continua a enfrentar período de incerteza acima da usual,

com deterioração nas perspectivas para a atividade e possibilidade de que ocorram eventos

extremos. Desde a última reunião, sinais pontuais de melhora nos Estados Unidos (EUA),

avanços na governança fiscal europeia e provimento de liquidez pelo Banco Central Europeu

(BCE) foram, em parte, contrabalançados por sinais mais fortes de deterioração em algumas

economias maduras. Os riscos para a estabilidade financeira global continuam elevados, entre

outros, devido à exposição de bancos internacionais às dívidas soberanas de países com

desequilíbrios fiscais, e persistem elevados níveis de aversão ao risco, apesar de uma ligeira

diminuição na margem. Em outra perspectiva, taxas de desemprego elevadas por longo

período, aliadas às necessidades de ajustes fiscais bem como ao limitado espaço para ações de

política monetária e à incerteza política, têm contribuído para redução nas projeções de

crescimento das economias maduras, ou mesmo de seu crescimento potencial, indicando ciclo

econômico mais amplo e volátil. De fato, o indicador antecedente composto divulgado pela

Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), referente a

novembro, reforçou os sinais de inflexão da atividade nas principais economias, com

perspectivas menos favoráveis neste e nos próximos semestres. Em casos específicos,

aumentou a probabilidade de haver recessão, notadamente, na Zona do Euro. Os indicadores

desagregados do Purchasing Managers Index (PMI) de dezembro, referentes à atividade na

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indústria e no setor de serviços, em geral, são consistentes com esse cenário, apesar de

melhora na margem em dezembro. Também tem havido continuada redução nas projeções de

crescimento para importantes economias emergentes. No que se refere à política monetária, as

economias maduras continuaram com posturas acomodatícias e, em alguns casos, com

iniciativas não convencionais de política monetária. Sobre inflação, os núcleos persistem em

níveis moderados nos EUA e na Zona do Euro. Nas economias emergentes, de modo geral, o

viés da política monetária é expansionista.

O preço do barril de petróleo do tipo Brent mostrou-se volátil, mas manteve-se

acima do patamar de US$100. Esse nível de preços é consistente com um quadro de

moderação na demanda global, aliado à maior instabilidade política em alguns países

produtores e às defasagens no processo de retomada da produção. Cabe ressaltar que a

complexidade geopolítica que envolve o setor do petróleo tende a acentuar o comportamento

volátil dos preços, que é reflexo, também, da baixa previsibilidade de alguns componentes da

demanda global e do fato de o crescimento da oferta depender de projetos de investimentos de

longa maturação e de elevado risco. Em relação às demais commodities, destaca-se o

movimento pendular dos preços internacionais das agrícolas, com pequena redução quando

medido pelo Commodity Research Bureau (CRB), e pequena elevação das metálicas. O Índice

de Preços de Alimentos, calculado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e

Alimentação (FAO), que compreende 55 itens, acumulou queda de 11,3% até dezembro,

desde o pico observado em fevereiro de 2011. No passado recente, a alta volatilidade dos

preços das commodities foi fortemente influenciada pela ampla liquidez global, em contexto

no qual os mercados financeiros se ajustam às novas expectativas de crescimento e à

volatilidade nos mercados de câmbio

Atividade econômica

O Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br) registrou elevação de 1,1% em

novembro comparativamente ao mês anterior, acumulando variação de -0,3% no trimestre

encerrado em novembro, em relação ao terminado em agosto, quando declinara 0,4% no

mesmo tipo de comparação, sempre considerados dados dessazonalizados.Em relação a

novembro de 2010, o indicador registrou alta de 0,8%, ante as altas de 0,7% em outubro;

1,3% em setembro; 3% em agosto; e 1,9% em julho. O IBC-Br acumula elevações de 2,8% no

ano e de 3% em doze meses.

As vendas do comércio ampliado, que inclui veículos e materiais de construção,

aumentaram 1,5% em novembro em relação ao mês anterior, de acordo com dados

dessazonalizados da PMC, do IBGE, após queda de 0,3% em outubro e alta de 0,7% em

setembro. Por segmento, houve elevação nas vendas de nove dos dez pesquisados, com

destaque para a expansão de 8,6% em livros, jornais, revistas e papelaria; 6% em

equipamentos e material para escritório, informática e comunicação; e 4,6% em veículos,

motos, partes e peças. Somente o segmento relativo a tecidos, vestuário e calçados registrou

retração mensal de 0,5%. O comércio ampliado decresceu 0,2% no trimestre encerrado em

novembro, relativamente ao terminado em agosto, acumulando alta de 6,9% no ano e de 7,7%

em doze meses. As vendas do comércio varejista registraram crescimento mensal de 1,3% em

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novembro, após estabilidade em outubro e alta de 0,5% em setembro, acumulando elevações

de 1,1% em relação ao trimestre findo em agosto, de 6,7% no ano e de 7% em doze meses.

Considerados dados observados, as vendas do comércio ampliado apresentaram

aumento interanual de 3,2% em novembro, com destaque para as expansões nos segmentos

equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, 28,8%; móveis e

eletrodomésticos, 12,3%; artigos farmacêuticos e médicos, 8,6%; e hipermercados,

supermercados e produtos alimentícios, 6,3%. No período de doze meses encerrado em

novembro, o comércio ampliado registrou crescimento de 7,7%, com ênfase nos aumentos das

vendas de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, 18,6%;

móveis e eletrodomésticos, 16,9%; artigos farmacêuticos e médicos, 10,4%; material de

construção, 10%; livros, jornais, revistas e papelaria, 9%; e veículos, e motos, partes e peças,

8,4%.

As vendas de autoveículos pelas concessionárias, incluindo automóveis,

comerciais leves, caminhões e ônibus, registraram retração mensal de 1,6% em dezembro,

após elevação de 6% em novembro, de acordo com dados da Federação Nacional da

Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), dessazonalizados pelo Banco Central. No

trimestre encerrado em dezembro, houve recuo de 0,2%, ante o terminado em setembro,

quando variara -2,4%. Em 2011, as vendas de autoveículos cresceram 3,4%, resultado de

elevações nos segmentos ônibus, 21,8%; comerciais leves, 14,6%; caminhões, 9,7%; e

retração de 0,1% em automóveis.

O índice de quantum das importações de bens de capital, divulgado pela Fundação

Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex) e ajustado sazonalmente pelo Banco

Central, registrou contração mensal de 7,5% em dezembro. A análise dos dados observados

indicou estabilidade em relação a dezembro do ano anterior e expansão de 12,9% em 2011

ante 2010.

A produção de bens de capital registrou variação de 1,6% em novembro,

acumulando queda de 5,6% no trimestre, relativamente ao finalizado em agosto, de acordo

com dados dessazonalizados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), do

IBGE. A principal contribuição relativa para o desempenho positivo da categoria no mês

decorreu da expansão de 17,7% na produção de equipamentos para fins industriais seriados,

em oposição às quedas respectivas de 16,7% e 5,1% na produção de equipamentos para fins

industriais não seriados e de uso misto.

A produção de insumos típicos da construção civil registrou retração mensal de

0,4% em novembro, acumulando aumento de 1,2% no trimestre, em relação ao finalizado em

agosto, considerados dados dessazonalizados. A produção do segmento aumentou 3,5% em

relação a novembro de 2010, com altas acumuladas de 4,2% no ano e de 4,4% em doze

meses.

Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social

(BNDES) somaram R$130,9 bilhões no período de doze meses encerrado em outubro. A

queda de 23,4% em relação a igual período de 2010 refletiu, sobretudo, o recuo de 51,5% dos

recursos destinados à indústria de transformação, enquanto os setores extrativo e agropecuário

registraram elevações respectivas de 20,6% e de 4,5%. Os desembolsos do BNDES

decresceram 26,6% no acumulado do ano até outubro, em relação a igual período de 2010, em

decorrência, principalmente, da diminuição de 57,1% nos recursos direcionados à indústria de

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transformação. No período, 41% desses recursos foram destinados ao setor de infraestrutura,

seguindo-se as parcelas alocadas à indústria, 31%; ao comércio e serviços, 20%; e à

agropecuária, 8%.

A produção física da indústria geral apresentou elevação mensal de 0,3% em

novembro, de acordo com dados dessazonalizados do IBGE, após variação de -0,7% em

outubro, resultado de expansão de 1,5% na indústria de transformação e de 1,7% na indústria

extrativa. Por categorias de uso, a produção de bens de consumo semi e não duráveis

aumentou 2,2% no mês, seguida pelas elevações respectivas de 1,6% e de 0,4% nas produções

de bens de capital e de bens intermediários, enquanto a produção de bens de consumo

duráveis recuou 0,9%. Das 26 atividades da indústria de transformação consideradas na

pesquisa, dezessete apresentaram crescimento no mês. A produção da indústria recuou 2,2%

no trimestre encerrado em novembro em relação ao terminado em agosto, quando havia

decrescido 0,7%, resultado de retração de 2,7% na indústria de transformação, enquanto a

atividade extrativa registrou expansão de 1,8%, na mesma base de comparação. A evolução

trimestral na indústria de transformação refletiu, em parte, o impacto dos recuos nas

atividades da indústria de material eletrônico e equipamentos de computação, 20,7%; de

fumo, 16,6%; de diversos, 12,8%; de edição, impressão e reprodução, 11%; e de veículos

automotores, 9,4%. Considerados dados observados, a produção física da indústria registrou

retração de 2,5% no mês ante igual período do ano anterior, e aumentos respectivos de 0,4% e

0,6% nos acumulados do ano e de doze meses, favorecidos, sobretudo, pela expansão da

indústria de bens de capital, que variou 3,6% e 3,8%, respectivamente, nos mesmos períodos.

O Nuci da indústria de transformação atingiu 83,4% em dezembro, com elevação

de 0,1 p.p. em relação a novembro, segundo dados dessazonalizados da FGV, mantendo-se

em nível praticamente estável desde agosto. O segmento de bens de consumo apresentou alta

de 1,3 p.p. em relação ao mês anterior, enquanto os indicadores referentes a material de

construção, bens intermediários e bens de capital, registraram recuos respectivos de 1,1 p.p., 1

p.p. e 0,8 p.p. Considerada a série observada, o Nuci recuou 1,2 p.p. em relação a dezembro

de 2010, resultado de decréscimos nos indicadores das indústrias de bens de consumo, 2,2

p.p.; de material de construção, 2,2 p.p.; de bens intermediários, 2,1 p.p.; e de bens de capital,

1,1 p.p.

A produção de autoveículos montados atingiu 262 mil unidades em dezembro,

representando expansão de 5,9% em relação a novembro, de acordo com dados da Associação

Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), dessazonalizados pelo Banco

Central. A produção do setor variou -1% em relação a dezembro de 2010 e 0,7% no volume

acumulado em 2011.

Ainda segundo a Anfavea, o licenciamento de autoveículos nacionais registrou

variações negativas de 14,9% em relação a dezembro de 2010 e de 2,8% no acumulado do

ano. Considerados dados dessazonalizados pelo Banco Central, ocorreram decréscimos de

1,5% no mês e de 1,3% no trimestre. As exportações de autoveículos montados somaram 48,4

mil unidades em dezembro, representando elevação de 53,1% em relação a igual mês do ano

anterior e de 7,7% no acumulado de 2011. Considerada a série dessazonalizada pelo Banco

Central, as exportações variaram -4,9% no mês e 5,4% no trimestre.

De acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do

IBGE, referente a dezembro, a safra de grãos do país deverá totalizar 159,9 milhões de

toneladas em 2011, elevando-se 6,9% em relação à do ano anterior e 0,2% ante a projeção de

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novembro. O resultado reflete aumentos estimados de 19%, 10,9%, 9,2% e 0,1% para as

safras de arroz, feijão, soja e milho, e recuo de 6,5% para a colheita de trigo. O terceiro

prognóstico do instituto para a safra de 2012 indicou que a produção de grãos atingirá 160,3

milhões de toneladas, crescimento de 0,3% em relação a 2011, com retrações respectivas de

11,2%, 11%, 1,9% e 0,9% nas culturas de arroz, trigo, feijão e soja, e elevação de 6,1% na

relativa ao milho.

Expectativas e sondagens

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), considerados dados dessazonalizados

da Sondagem de Expectativas do Consumidor, da FGV, de abrangência nacional, apresentou

elevação de 0,5% em dezembro, em relação a novembro, alcançando 119,6 pontos,

influenciado pelos aumentos de 1% no Índice da Situação Atual (ISA) e de 0,3% no Índice de

Expectativas (IE). Em relação a dezembro de 2010, houve recuo de 1,7% no ICC, resultado de

contrações de 3,6% no ISA e de 0,3% no IE.

O Índice de Confiança do Setor de Serviços (ICS), calculado pela FGV, recuou

0,7% em dezembro, em relação a novembro, atingindo 128 pontos, refletindo essencialmente

retração de 2,5% no IE, enquanto o ISA apresentou elevação de 1,4%, sem ajuste sazonal. O

ICS declinou 3,2% em relação a dezembro de 2010, resultado de contrações de 6% no ISA e

0,5% no IE.

O Índice de Confiança do Comércio (ICOM), calculado pela Sondagem

Conjuntural do Comércio da FGV, atingiu 127 pontos em dezembro, representando

decréscimo de 6,4% relativamente a igual mês do ano anterior. O resultado refletiu retrações

de 10,3% no Índice de Situação Atual (ISA-COM) e de 2,8% no Índice de Expectativas (IE-

COM). No trimestre finalizado em dezembro, o ICOM registrou contração de 6,8%

comparativamente ao mesmo período de 2010, influenciado pelas variações negativas de

9,7% no ISA-COM e de 4,6% no IE-COM.

O Índice de Confiança da Indústria (ICI), considerados dados dessazonalizados da

Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação, da FGV, apresentou alta de 1,1% em

dezembro, em relação a novembro, situando-se em 101,8 pontos, proporcionado pelos

aumentos de 1,9% no ISA e de 0,2% no IE. Em relação a dezembro de 2010, o ICI variou -

10,8%, resultado de retrações de 11,2% no ISA e 10,5% no IE.

O Índice de Confiança da Construção (ICST), calculado pela Sondagem

Conjuntural da Construção, da FGV, atingiu 126,1 pontos em dezembro, representando queda

de 9,7% relativamente a igual mês do ano anterior. O resultado refletiu retração de 12,3% no

Índice de Situação Atual (ISA-ICST) e de 7,3% no Índice de Expectativas (IE-ICST). No

trimestre finalizado em dezembro, o ICST registrou contração de 9,9%, comparativamente ao

mesmo período de 2010, influenciado pelas variações negativas de 12,8% no ISA-ICST e de

7,1% no IE-ICST.

Cenário Estadual

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Em relação à análise para o Cenário Estadual reproduzimos o Artigo abaixo

publicado pela ABRATES- Associação Brasileira Tecnologia de Sementes.

AGRICULTURA

Área de soja deve crescer 5% em Mato Grosso na safra 2011/2012

Previsão do Imea é de um aumento de 320 mil hectares no plantio

A boa relação de troca entre os preços dos insumos e da saca de soja, que é a melhor

para o produtor conforme série histórica do Instituto Mato-grossense de Economia

Agropecuária (Imea), deve incentivar a expansão da área cultivada em Mato Grosso na safra

2011/12. O Imea prevê um aumento de 320 mil hectares (5%) no plantio da oleaginosa, que

começa na segunda quinzena de setembro, assim que encerrar o prazo do vazio sanitário

estabelecido para controle da ferrugem asiática.

O presidente da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja),

Glauber Silveira, é mais otimista e aposta num aumento de 500 mil hectares na área plantada,

que foi de 6,4 milhões de hectares na safra passada.

A boa rentabilidade proporcionada pela colheita da safra recorde de 20,5 milhões de

toneladas e os altos preços obtidos na comercialização deste ano impulsionaram os negócios

relativos à safra 2011/12. Segundo o Imea, os agricultores venderam até maio 18% da

produção, que será colhida no próximo ano, e compraram 80% do fertilizante que será

entregue nas vésperas do início do plantio.

O ritmo de venda antecipada da safra é recorde. Nas compras de insumos feitas por

meio de operações de troca, o preço médio da soja vendida para entrega após a colheita está

em R$ 33/saca, valor 41% acima dos R$ 23 observados nas negociações realizadas nos

primeiros cinco meses do ano passado.

O levantamento do Imea mostra que nas negociações dos produtores com tradings e

revendas de insumos, no acumulado deste ano, a relação de troca ficou em 22,8 sacas de soja

para aquisição do pacote composto por fertilizante, sementes e adubo para o cultivo de 1

hectare. Nos primeiros cinco meses do passado eram necessárias 26,9 sacas de soja para

comprar o pacote.

A alta do preço da soja proporcionou uma melhora de 23% na relação de troca,

apesar do aumento de 8% no preço do pacote de insumos, que passou de R$ 699 de janeiro a

maio do ano passado para R$ 775 no mesmo período deste ano.

O maior aumento de preços dos insumos ocorreu para as sementes, que representam

12% do custo operacional de produção da soja. Segundo o Imea, no acumulado deste ano os

preços das sementes subiram 35%. Os fertilizantes, que têm participação de 45% no custo de

produção, tiveram alta de preços de 15%. Já os preços dos defensivos agrícolas, que

respondem por 25% do custo operacional, caíram 12%.

O diretor executivo da Aprosoja, Marcelo Duarte, afirmou que a expansão da área de

soja deve ocorrer na conversão de pastagens degradadas. Ele calcula que com o custo de

conversão de 26 sacas de soja por hectare e o gasto de 22,8 sacas por hectare com o pacote de

insumos, já no primeiro ano o produtor conseguiria quase empatar o investimento, com a

colheita de 45 sacas por hectare. Ele estima que no terceiro ano de cultivo o saldo seria

positivo.

Um dos fatores que estimulam a conversão de pastagens é a limitação à abertura de

novas áreas, em virtude das restrições ao desmatamento e da dificuldade de se obter licenças

para a derrubada da mata, de acordo com o direito de exploração de 35% da área da

propriedade, estabelecido pelo Código Florestal.

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Duarte diz que a lógica econômica seria a abertura de novas áreas para expandir o

plantio, mas atualmente em Mato Grosso não existe clima para novos desmatamentos, pois os

produtores estão assustados com as ações de controle impostas pelo governo federal, que atua

na região norte com o reforço da Força de Segurança Nacional e do Exército.

A alta dos preços da soja e a melhora na relação de troca também afetou o mercado

de arrendamento de terras. Duarte afirma que há dois anos as terras em áreas consolidadas

eram arrendadas por seis sacas de soja por hectare e no ano passado o valor passou para oito

sacas. Para a próxima safra, no caso dos contratos novos, os proprietários estão pedindo dez

sacas de soja por hectare.

Um dos casos mais comentados em Mato Grosso ocorreu em Campo Novo do

Parecis, onde um produtor arrendou uma área para plantio de algodão e recebeu 20 sacas de

soja por hectare. O aumento do valor do arrendamento é outro fator que deve impulsionar a

conversão de pastagens em áreas de lavouras.

Marcelo Duarte prevê que a boa rentabilidade obtida neste ano proporcionará um

aumento da participação de capital próprio dos agricultores no financiamento da safra. Um

levantamento feito pelo Aprosoja no fim do ano passado mostrou que na safra 2010/11 a

participação de capital próprio dos agricultores correspondeu a 37% do volume total de

recursos utilizados no custeio. Os bancos tiveram participação de 21% e as revendas em

conjunto com fabricantes de insumos financiaram 33%. As tradings, que há dois anos

respondiam por metade do financiamento da safra, no ano passado responderam por apenas

8,7%.

Fonte: Agência Estado

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A N E X O

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GLOSSÁRIO

Alíquota média Alíquota resultante da ponderação de cada alíquota com o respectivo faturamento num mesmo segmento econômico

Analisada (Receita)

Dummy (Variable)

Receita obtida a partir da atualização das hipóteses utilizadas na projeção inicial da receita.

Uma variável que considera as alterações exógenas ou mudanças de inclinação de uma curva numa relação econométrica. Por exemplo: as variáveis dummy podem ser utilizadas para estimação das influências sazonais sobre um conjunto de dados. Administrando a uma dummy o valor 1 para os meses de inverno e “zero” para os demais, ela indicará em que medida uma relação econométrica (preços de produtos agrícolas e quantidades produzidas, por exemplo) se alterará durante o inverno, em relação aos demais meses do ano

Eficácia tributária Relação entre a receita efetiva e a potencial.

Elasticidade Mede a reação/sensibilidade de uma variável a uma mudança em outra, sendo as duas variações expressas em termos percentuais. A elasticidade mede um aumento ou diminuição no ICMS dos segmentos econômicos ocasionados por acréscimo ou redução do PIB.

Evasão Fuga ou subtração do contribuinte ao pagamento do tributo, que lhe é atribuído, usando para isso de meios que evitem a incidência tributária a seu cargo.

Execução Cobrança ajuizada

Faturamento tributável Faturamento do segmento econômico sobre o qual incide a alíquota média

ICMS efetivo

ICMS potencial, menos renúncia, créditos e Inconverso do ICMS.

ICMS potencial Valor obtido a partir da aplicação da alíquota média do ICMS do segmento sobre o valor do faturamento.

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Inconverso

Inconverso do ICMS

Não convertido; inconvertido. ICMS que poderia ser ou ter sido

arrecadado, mas deixou de sê-lo em virtude de contencioso administrativo, contencioso judicial, inadimplência e fraudes.

Índice de Inconverso

Relação entre o Inconverso e o

ICMS efetivo.

Renúncia A renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, isenção de caráter não geral, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que implique redução discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado (LRF, Art. 14, Inciso II, § 1º). Os Programas de incentivos fiscais (PROALMAT, PRODEIC, PROARROZ, etc.) são

Isenção Dispensa legal do pagamento do

tributo. Segmento

econômico/Segmento Produto ou cadeia produtiva com

representatividade na receita tributária e/ou na economia do Estado.

Sonegação Sonegação simples: Falta de

pagamento do tributo sem qualquer malícia, ou sem o emprego de ardil, ou fraude, com que o contribuinte procura furtar-se ao cumprimento da imposição fiscal.

Sonegação dolosa (ou fraudulenta): Decorrente da fraude ou da má-fé do contribuinte, usando meios, manobras ou ardis para se furtar, ou se subtrair ao pagamento do tributo.

PIB – Produto Interno Bruto

Proxy

Valor monetário total de todos os

bens e serviços finais produzidos dentro das fronteiras de uma Nação, mesmo que tenham sido produzidos por estrangeiros.

Variável utilizada para substituir

outra teoricamente mais satisfatória, nos casos

em que não se dispõe de dados para esta última ou estes não podem ser

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obtidos.

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www.imf.org

www.worldbank.org/

www.ibge.gov.br

www.imea.com.br

www.tesouro.fazenda.gov.br

www.famato.org.br

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www.seplan.mt.gov.br www.portaldoagronegocio.com.br

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