estaÇÃo de tratamento de esgoto da bacia do ribeirÃo anhumas

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ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO DA BACIA DO RIBEIRÃO ANHUMAS SETOR ANHUMAS: SISTEMA DE ESGOTAMENTO E TRATAMENTO DOS ESGOTOS A área urbana do município de Campinas está acentada sobre três bacias hidrográficas. Ao norte e ao leste, a bacia do rio Atibaia; a oste a bacia do riberão Quilombo; e ao sul, a bacia do rio Capivari. Todas as bacias convergem suas águas para o rio Tietê e na sequência para o rio Paraná. Pelo Plano Diretor de Tratamento de Esgoto de Campinas, as três bacias (Atibaia, Quilombo e Capivari) foram divididas em setores de escoamento, cada um contemplando seus sistemas de coleta, afastamento e tratamento dos esgotos domésticos. No âmbito da bacia do rio Atibaia, destaca-se o Setor de Esgotamento Anhumas, onde a infra-estrutura sanitária implantada e prevista, constituída pelos interceptores de fundo de vale, pelas Estações Elevatórias e pela Estação de Tratamento dos Esgotos, está montada sobre a fotografia aérea da cidade, datada de junho de 2001 e fornecida pela EMBRAPA - Monitoramento por Satélite.

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Page 1: ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO DA BACIA DO RIBEIRÃO ANHUMAS

ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO DA BACIA DO RIBEIRÃO ANHUMAS

SETOR ANHUMAS: SISTEMA DE ESGOTAMENTO E TRATAMENTO DOS ESGOTOS

A área urbana do município de Campinas está acentada sobre três bacias hidrográficas. Ao norte e ao leste, a bacia do rio Atibaia; a oste a bacia do riberão Quilombo; e ao sul, a bacia do rio Capivari. Todas as bacias convergem suas águas para o rio Tietê e na sequência para o rio Paraná.Pelo Plano Diretor de Tratamento de Esgoto de Campinas, as três bacias (Atibaia, Quilombo e Capivari) foram divididas em setores de escoamento, cada um contemplando seus sistemas de coleta, afastamento e tratamento dos esgotos domésticos.No âmbito da bacia do rio Atibaia, destaca-se o Setor de Esgotamento Anhumas, onde a infra-estrutura sanitária implantada e prevista, constituída pelos interceptores de fundo de vale, pelas Estações Elevatórias e pela Estação de Tratamento dos Esgotos, está montada sobre a fotografia aérea da cidade, datada de junho de 2001 e fornecida pela EMBRAPA - Monitoramento por Satélite.

 

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 BACIA DO RIBEIRÃO ANHUMAS - ONDE CAMPINAS NASCEU

O Ribeirão Anhumas é um fio que corta o terrítório de Campinas, ligando o passado e o futura da cidade. O "primeiro" campinho, que deu origem ao núcleo urbano original de Campinas (fundada em 1774 como Freguesia de Nossa Senhora da Conceição das Campinas do Mato Grosso), estava localizada às margens do Córrego Proença, que atualmente segue o trajeto da Avenida José de Souza Campos (Via Noret-Sul). O Córrego Proença, junta-se na Chacará da Barra, ao Córrego do Serafim (Orozimbo Maia), para formar o Ribeirão Anhumas, Principal curso de água que se desenvolve pelo distrito de Barão de Geraldo, onde estão localizadas três importantes universidades da região: Unicamp, PUC-Campinas e Facamp, além dos prioncipais centros tecnológicos do estado. Ao longo dos seus 25 km, o Ribeirão Anhumas une, assim, as origens históricas da cidade com sua face mais moderna, à dos centros de estudo e pesquisa. A despoluição do Ribeirão Anhumas pelo tratamento de esgoto representa, portanto a recuperação da história e da paisagem campineira em benefício das atuais e futuras gerações. 

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A MAIOR ETE DE CAMPINAS

A ETE Anhumas - Estação de Tratamento de Esgoto do Setor Anhumas será construída pela SANASA numa área limitada pela Rodovia Dom Pedro I e pelo antigo leito da Companhia Mogiana de Estrada de Ferro (atual Maria Fumaça). A ETE Anhumas terá capacidade de tratar esgoto correspondete a uma população de 250 mil moradores. Quando estiver concluída, será a maior ETE de Campinas e uma das maiores do interior de São Paulo. O Rio Atibaia terá uma melhora significativa na qualidade de suas águas após a conclusão da ETE Anhumas. As cidades de Paulínia, Sumaré, Americana e Piracicaba, localizadas rio abaixo, serão diretamente beneficiadas, uma vez que suas águas captadas para abastecimento público deixarão de receber as cargas poluidoras dos esgotos domésticos de Campinas. 

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ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO DA BACIA DO PIÇARRÃO

SISTEMA DE AFASTAMENTO E TRATAMENTO DOS ESGOTOS DO RIBEIRÃO PIÇARRÃO

Campinas é o 14º município brasileiro em população com 1 milhão de habitantes. Dentro dele existe uma cidade com 200 mil habitantes ocupando uma parte da área urbana formada por 23 bairros que têm em comum uma intensa rede de córregos contribuintes ao Ribeirão Piçarrão. Estamos falando da Bacia Hidrográfica do Ribeirão Piçarrão, que têm os esgotos domésticos do município de Campinas tratados pela Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Piçarrão.A Bacia do Capivari possui uma área de 1.611 km e está localizada na região centro oeste do Estado de São Paulo. Fazem parte dessa bacia 9 municípios : Capivari, Elias Fauto, Louveira, Mombuca, Monte Mor, Rafard, Vinhedo, Campinas e Indaiatuba.Mas para possibilitar o afastamento de esgotos gerados na bacia do Piçarrão e direcioná-los a estação de tratamento, a Sanasa e a Prefeitura Municipal de Campinas desenvolveram a construção dos interceptores marginais ao curso d´água principal e seus afluentes, perfazendo uma extensão de 35 km em tubulações enterradas de grande diâmetro, bem como urbanização do fundo de vale principal, mediante a implantação do sistema viário marginal.Essas obras contemplam também a retificação, o alargamento e revestimento de grandes trechos do ribeirão Piçarrão, ampliando sua capacidade de vazão e reduzindo os riscos das enchentes.A ETE Piçarrão foi inaugurada em Julho/2004 contribuindo com um aumento de 23% no índice de esgoto tratado em Campinas.

 

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ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO DA BACIA DO SAMAMBAIA

A Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Samambaia está localizada na região Sudeste de Campinas numa área de 7,0 hectares. Esta estação tem a capacidade de tratar até 150 litros de esgoto por segundo de uma região onde vivem cerca de 60 mil habitantes. O esgoto é levado até ela, através de mais de 4 mil metros de interceptores. 

A ETE Samambaia, se apresenta estrategicamente localizada, uma vez que o curso d água receptor (Ribeirão Samambaia) é contribuinte do Ribeirão Pinheiros, que por sua vez, desemboca no Rio Atibaia, 2 quilômetros acima da captação de água da Sanasa, responsável pelo abastecimento de 90 porcento da população da cidade.

 Desta forma, os efluentes tratados pela ETE Samambaia possibilitão a recuperação da qualidade da água do trecho do Rio Atibaia que serve como principal manancial de Campinas. 

Como parte do projeto de construção, a ETE Samambaia pode ser ampliada, mediante redefinição do uso da área disponível, construindo-se novas unidades de tratamento complementar ou até substituindo-se as unidades atuais, adequando-a mesmo após o ano de 2020, quando a região deverá atingir um volume de esgoto igual à capacidade de tratamento da estação, 

Além da população de Campinas, as cidades a jusante serão as grandes beneficiadas como Paulínia, Sumaré, Nova Odessa, Americana, Monte Mor, Rafard e Capivari.

 

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ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO DA BACIA DO RIBERÃO QUILOMBO

A Bacia Hidrográfica do Ribeirão Quilombo ocupa uma área de aproximadamente 80 km2 dentro do município de Campinas. O Ribeirão Quilombo tem suas nascentes na parte Oeste do município de Campinas e se desenvolve no sentido Leste-Oeste, atravessando os municípios de Sumaré, Nova Odessa e Americana, indo desaguar no rio Piracicaba. 

A população campineira assentada na Bacia do Ribeirão Quilombo é de aproximadamente 70 mil habitantes. Entretanto, grande parte da sua área se apresenta não edificada, constituindo-se de reservas do Ministério da Defesa, da Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo e de trechos remanescentes da área rural, incluindo a mata de Santa Genebra.

Em território campineiro, o Ribeirão Quilombo recebe a contribuição de dois principais afluentes: o Córrego da Lagoa pela margem direita e o Córrego Boa Vista pela margem esquerda.  Córrego da Lagoa

O córrego de Lagoa lança suas águas, depois de percorrer cerca de 0,5 km, no Ribeirão do Quilombo. Este por sua vez, alcança o rio Piracicaba, depois de percorrer aproximadamente 35 km.

Esse córrego é classificado segundo a Legislação Estadual como de Classe 2; o Ribeirão do Quilombo, por sua vez é pertencente a Classe 3.

O Córrego da Lagoa está sendo despoluído pela Sanasa através da implantação de interceptores que coletam os esgotos de 37 bairros da região Oeste de Campinas, direcionando-os à Estação de Tratamento de Esgoto Santa Mônica. 

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 Estação de Tratamento de Esgoto Santa Mônica

A Estação de Tratamento de Esgoto Santa Mônica, é responsável pelo tratamento dos esgotos da população da sub-bacia Santa Mônica e da sub-bacia Bosque do Barão Geraldo, beneficiando a uma população de mais de 30 mil pessoas, moradoras de 37 bairros. Esta Estação é responsável pelo tratamento de 4% dos esgotos de Campinas, propiciando assim a despoluição da bacia do Ribeirão Quilombo. 

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 Funcionamento

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A ETE Santa Mônica compõem-se, em essência, por elevatória de esgotos brutos, tratamento preliminar e anexos, reatores anaeróbios de manta de lodo, seguidos por sistema de lodos ativados (tanque de aeração e decantador secundário não convencional). O excesso de lodo do sistema aeróbio é recalcado ao reator anaeróbio.

Os lodos produzidos tem sua umidade reduzida em leitos de secagem convencionais, sendo o líquido drenado, recirculado até a entrada do sistema de lodos ativados. Os lodos, descartados do reator anaeróbio, após secagem, são desinfetados com cal.

Os gases coletados no reator anaeróbio são tratados em reator de leito fixo biologicamente (gases exalados na superfície) ou queimados (gases retidos nas calhas coletoras dos reatores anaeróbios).

Além disso, a estação de tratamento de esgotos conta com bloco administrativo, no qual também é incorporada pequena área para usos gerais do pessoal dedicado à operação e manutenção do sistema.

Contudo por exigência posterior da CETESB, foi requisitado que também se incorporasse a essa ETE: sistema de desinfecção e aeração complementar dos efluentes tratados, antes do lançamento no corpo receptor. 

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I - INTRODUÇÃO

Quanto ao sistema de esgotamento sanitário, a Sanasa atende atualmente 88% da população urbana de Campinas com coleta de 210 mil ligações e correspondente a afastamento através de 3112 km de redes, emissários e interceptores. 

Entretanto o grande desafio de Campinas é o tratamento dos esgotos. A grande maioria da carga dos esgotos sanitários, mesmo aquela coletada e afastada pela rede pública vem sendo lançada em córregos e ribeirões que atravessam a área urbana, comprometendo os demais usos da água disponíveis para a população assentada a jusante, e a qualidade ambiental da região.

A partir de um Plano Diretor de Tratamento de Esgoto desenvolvido pela Sanasa, tomando como partido a divisão da área urbana em 3 grandes bacias naturais de drenagem (Atibaia, Quilombo e Capivari), cada uma deles foi subdividida em setores de esgotamento, contemplando cada um com unidades de tratamento, conforme mostrados no mapa e tabela seguintes. 

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