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EDUCAÇÃO INFANTIL
Diagnósticos e Diretrizes
Nos últimos anos o cenário da Educação Infantil vem passando por
transformações significativas, nesse contexto, ela constitui-se como um direito social
de todas às crianças até 05 anos, 11 meses e 29 dias, sem nenhuma distinção
proveniente de origem geográfica, etnia, sexo, nacionalidade deficiência física ou
intelectual, nível socioeconômico ou classe social.
O acesso a matrícula não está vinculado à situação trabalhista dos pais ou
responsável, independe de questões sociais.
A Constituição Federal de 1988, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA,
1990) a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9.394/96 com destaque
para as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil (DCNE,2009)define a
Educação Infantil como primeira etapa da educação básica oferecida em creches e pré-
escolas, às quais se caracterizam como espaços institucionais não domésticos que
constituem estabelecimentos educacionais públicos ou privados que educam e cuidam
de crianças de 0 a 5 anos de idade no período diurno, em jornada integral ou parcial,
regulados e supervisionados por órgão competente do sistema de ensino e submetidos
a controle social. É dever do Estado garantir a oferta de Educação Infantil pública
gratuita e de qualidade, sem requisito de seleção.
Essa Lei tem por finalidade promover o desenvolvimento integral de criança
em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social complementando a ação da
família e da comunidade (BRASIL 1996). Na organização político administrativa,
estabelecida na Constituição Federal de 1988, compete aos municípios atuar e manter
prioritariamente o Ensino Fundamental e a Educação Infantil, em regime de
colaboração com o Estado, o Distrito Federal e a União, através da elaboração de
política, implementação de ações e garantia de recursos.
Com base nas Diretrizes Curriculares Nacionais de Educação Infantil – DCNEI
a criança é um suspeito histórico e de direitos que, nas interações, relações e práticas
cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina,
fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra questiona e constrói sentidos
sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura.
Em Aragoiânia-Goiás no âmbito público municipal, o segmento de Educação
Infantil atende crianças com 4 a 5 anos de idade em tempo parcial, totalizando 05
instituições. O ensino de Educação Infantil não está totalmente organizado em escolas
exclusivas para a Educação Infantil. Há 05 (cinco) escolas no município que ofertam
tanto Educação Infantil como os demais segmentos do Ensino Fundamental até o 5º
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ano.
Tabela 01- matricula Educação Infantil de Aragoiânia-Goiás 2010-2013
Fonte CENSO ESCOLAR/MEC/INEP 2010-2013
De acordo com a tabela referente ao total de matricula na Educação
Infantil entre os anos de 2010 a 2013, percebe-se que os dados totais mantém
uma média estável.
Face ao exposto vale reafirmar que o município tem o importante
desafio no que diz respeito a Educação Infantil uma vez que não há creche
disponível. As unidades escolares atendem as crianças de 4 e 5 anos, as quais a
tabela evidencia a totalidade de matrículas do período citado anteriormente.
Vale citar que dentre os desafios existentes em nossa realidade local e
que impossibilita o aumento na efetivação da matrícula de alunos com idade à
pré-escola é a ausência de espaço físico, especificamente de salas de aula
disponíveis.
Portanto há uma urgente necessidade de elaborar e complementar
políticas públicas de financiamento e gestão da educação que garantam a este
segmento criação ampliação e expansão do número de vagas para todas as
crianças com idade de pré-escola (04 e 05 anos) e idade creche (0 a 03 anos).
É preciso desafios referentes à busca de melhoria de qualidade:
alfabetizar todos os alunos de 1º ao 3º ano na idade certa, diminuir
consideravelmente a distorção idade/série e o analfabetismo funcional; à
ampliação da jornada escolar e implantação da educação inclusiva nos distintos
contextos escolares.
O Diagnóstico é peça fundamental para construção do Plano Municipal
de Educação. Os dados sobre a matrícula, aprovação, reprovação, distorção
idade/série, Ideb, poderão nos dar uma visão da situação real em que se
encontra o Ensino Fundamental tanto os anos iniciais quanto finais, em nosso
município. Estes dados servirão de suporte para delimitação de metas e
estratégias para o decênio de 2015 a 2025.
A rede de ensino de Aragoiania-Goiás possui 05 escolas que oferecem
o Ensino Fundamental, sendo 04 na zona urbana e 01 na zona rural, além de
Ano Pré-escola
2010 246
2011 210
2012 212
2013 206
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02 escolas que oferecem o Ensino Fundamental ambas na zona urbana.
ACOMPANHAMENTO DE AVALIAÇÃO DO PME DE ARAGOIÂNIA
O Acompanhamento e conseqüente avaliação do Plano Municipal de
Educação- PME, será mediado pela equipe instituída juntamente com o corpo docente
do Município e a comunidade escolar a cada dois (02) anos.
Tal acompanhamento e avaliação se darão mediante a análise, discussão e
reflexão das estratégias alcançadas ou não e que ações poderão ser tomadas visando
executar as propostas do plano com objetivo de alcançar as metas previstas.
METAS E ESTRATÉGIAS: DO PLANO MUNICIPAL DE ARAGOIÂNIA
META 01 do PME: Universalizar, ate 2016, a educação infantil na pré-escola
para as crianças de 04 a 05 anos de idade e criar a oferta de educação infantil em
creches de forma a atender, no mínimo, 30% das crianças de até 03 anos até o
final da vigência deste PME.
ESTRATÉGIAS:
Em regime de colaboração, construir espaços adequados de instituições de
Educação Infantil em conformidade com padrões arquitetônicos do MEC, respeitando
as normas de acessibilidade, qualidades geográficas e culturais locais.
Assegurar espaços lúdicos de interatividade considerando a diversidade étnica,
de gênero e sócio cultural tais como: brinquedoteca, cantos do faz-de-conta,
bibliotecas infantis e parques infantis.
Garantir que os espaços sejam adequados aos padrões de qualidade e
acessibilidade e mobiliados em conformidade com as especificidades e necessidades
infantis.
Garantir a acessibilidade de espaços, materiais, objetos, brinquedos e
instruções para as crianças com deficiência, transtorno globais de desenvolvimento e
altas habilidades/superdotação.
Assumir mecanismo de colaboração entre setores da educação, saúde e
assistência social na manutenção, administração, controle e avaliação das instituições
de atendimento às crianças de 0 a 5 anos de idade, contemplando as dimensões do
educar e cuidar com participação das comunidades interessadas.
Realizar a chamada pública para matrícula das crianças de 0 a 5 anos
assegurando o controle da freqüência em parceria com o Ministério Público e demais
instituições interessadas.
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Promover, em regime de colaboração, política e programas de qualificação
permanente de forma presencial para os profissionais da educação infantil.
Assegurar a participação das famílias de baixa renda, das crianças matriculadas
na Educação infantil, nos programas sociais.
Garantir o transporte escolar, em regime de colaboração entre União, Estado e
Municípios atendendo aos princípios básicos de segurança exigidos pelo departamento
Nacional de Trânsito (DNT) e as normas de acessibilidades que garantam a segurança
das crianças com deficiência levando em consideração o tempo e permanência e idade
mínima dos alunos e assegurando que cada um assuma suas responsabilidades de
forma a garantir a escolarização dos alunos oriundos da zona rural e urbana quando
houver necessidade.
Executar políticas públicas destinadas a essa etapa da educação básica no
município, visando manter a unicidade entre as propostas do governo federal e
estadual.
Elaborar, executar e avaliar a proposta curricular para a educação Infantil que
respeite a cultura do campo e a diversidade étnica racial, ambiental e de gênero, bem
como o ritmo, as necessidades e especificidades das crianças com deficiências, com
transtornos globais de desenvolvimento ou altas habilidades/superdotação.
Garantir a permanência de profissionais formados na área, para educar e cuidar
das crianças de forma indissociável, conjunta e colaborativa no ambiente educacional
de 0 a 5 anos de idade.
Gerar um setor de Educação Especial, subordinado à Secretaria Municipal de
Educação, a fim de garantir a presença do instrutor de Libras, do professor de Braille e
Equipe Multiprofissional para atender as escolas de Educação Infantil sempre que se
fizer necessário ou solicitado.
Executar as Diretrizes Nacionais da Educação Infantil, a Política Nacional e
demais legislações, políticas, programas e projetos favorecedores do processo
educacional das crianças.
Assegurar as crianças como atores de direito, histórico e de cultura com
personalidade própria e em formação investigadora, por excelência que, nas
interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal
e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra,
questiona e constrói sentidos a natureza e a sociedade.
Implantar e oferecer progressivamente a Educação Infantil em horário integral
em toda rede pública municipal.
Assegurar a implantação de conselhos escolares e outras formas de
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participação da comunidade escolar nas instituições de Educação infantil, a fim de
tornar sua gestão participativa e democrática, bem como para o acompanhamento e
controle dos recursos financeiros recebidos e executados pelas instituições.
Implantar no processo formativo das crianças, elementos favorecedores da
cultura da paz, do campo artístico e estético, do cuidado com o meio ambiente, da
solidariedade, da ética e da justiça.
Oferecer Educação Infantil propiciando vaga mais próxima de sua residência a
partir do dia em que completar 4 (quatro) anos de idade, em jornada escolar ampliada
e integrada, com a garantia de espaços e tempos apropriados às atividades educativas,
assegurando a estrutura física em condições adequadas e profissionais habilitados.
Assegurar a continuidade dos processos conforme os diferentes momentos de
transição vividos pela criança: transição, casa/instituição de Educação Infantil,
transições no interior da instituição, transição creche/pré-escola e transição pré-
escola/Ensino Fundamental.
Realizar, periodicamente, em regime de colaboração, levantamento da
demanda por creche para a população de até 3 (três) anos como forma de criar, ofertar
e verificar o atendimento da demanda manifesta.
Garantir espaço físico adequado as crianças até 5 anos de idade e diferentes
materiais para manuseio e aprendizagem, próprio de brinquedoteca e outros do
universo infantil.
Garantir na matrícula e na organização das respectivas classes escolares o
número de crianças de acordo com a relação crianças/educador: a) 0 a 2 anos – 06 a 08
crianças/01 educador e 01 auxiliar; b) de 3 anos – 15 crianças/01educador 01 auxiliar;
c) 4 a 6 anos – 20 crianças/01 educador e 01 auxiliar
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ENSINO FUNDAMENTAL
Diagnóstico e Diretrizes
A Constituição Federal (1988) estabelece que o Ensino Fundamental constitui
etapa obrigatória de escolarização, sendo o acesso a este nível de escolarização direito
público subjetivo, que pode ser exigido do Estado, pelo titular do direito.
Conforme a Lei de Diretrizes e bases da Educação Nacional – Lei nº 9394/96,
cabe aos municípios, prioritariamente, o atendimento ao Ensino Fundamental.
Aragoiânia nunca houve escolas estaduais que não atendessem a demanda do Ensino
Fundamental.
Com aprovação da Lei nº 11.274/06, que alterou os art. 29,30,32,e 87 da Lei
9394/96, o Ensino Fundamental passa a durar nove anos. No que concerne à nova
demanda criada, o Ensino Fundamental de nove anos já se encontra implantado em
nosso município. é preciso enfrentar os desafios referentes à busca de melhoria de
qualidade: alfabetizar todos os alunos de 1º ao 3º ano na idade certa, diminuir
consideravelmente a distorção idade/série e o analfabetismo funciona: à ampliação da
jornada escolar e implantação da educação inclusiva nos distintos contextos escolares.
O Diagnóstico é peça fundamental para construção do Plano Municipal de
Educação. Os dados sobre matrícula, aprovação, reprovação, distorção idade/série,
IDEB, poderão nos dar uma visão da situação real em que se encontra o Ensino
Fundamental – tanto os anos iniciais quanto finais, em nosso município. Em dados
servirão de suporte para delimitação de metas e estratégias para o decênio de
Aragoiânia 2015 a 2025.
A rede de ensino de Aragoiânia possui 05 escolas que oferecem o Ensino
Fundamental sendo 04 na zona urbana e 01 na zona rural, além de 02 escolas estadual
que oferecem o Ensino Fundamental, ambas na zona urbana.
MATRÍCULAS
A taxa de matrículas no Ensino Fundamental – anos iniciais de 2003 a 2013
sofreu acréscimo considerável nos últimos 4 anos, conforme nos mostra a tabela
abaixo.
Tabela02 – Matrícula no Ensino Fundamental 1º ao 5º ano.
ANO MATRÍCULA TOTAL
2010 777
2011 799
2012 790
2013 850
Fonte: CENSO ESCOLAR/MEC/INEP 2003-2013
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Quanto aos anos finais do Ensino Fundamental nesse mesmo período, há uma
oscilação em relação ao número total da matrícula. Mas em linhas gerais houve um
aumento considerável no ano de 2013 em relação aos anteriores, conforme mostra a
tabela.
Tabela 03 – Matricula inicial – ensino Fundamental – 6º ao 9º ano
ANO MATRÍCULA TOTAL
2010 645
2011 637
2012 635
2013 697
Fonte: CENSO ESCOLAR/MEC/INEP 2003 – 2013
A redução da matrícula não é uma tendência nacional conforme nos mostra a
tabela de evolução da matrícula do Ensino Fundamental no Brasil. Em Aragoiânia,
porém houve um acréscimo gradativo nos anos iniciais. Embora nos anos finais
ocorresse uma oscilação, percebe-se também um aumento considerável no número de
matrículas conforme mostra a tabela abaixo.
Tabela 04 – Matrícula Inicial – Ensino Fundamental – 2010 - 2013
Taxa de Matrícula Inicial – Ensino fundamental – 2010 -2013
ANO BRASIL ARAGOIÂNIA
Anos
Iniciais
Anos
Finais
Anos
Iniciais
Anos
Finais
2010 16.755.
708
14.249.
633
777 645
2011 16.360.
770
13.997.
870
799 637
2012 16.016.
030
13.686.
468
790 635
2013 15.784.
926
13.304.
355
850 697
Fonte: CENSO ESCOLAR- MEC/INEP/QEDU -2010 -2013
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RENDIMENTO ESCOLAR:
Através do diagnóstico do rendimento escolar, podemos ter uma visão clara da
proporção de alunos do Ensino Fundamental com aprovação, reprovação e abandono
escolar em Aragoiânia entre os anos de 2010 – 2013.
Tabela 05 – Rendimento escolar – Ensino Fundamental – Anos Iniciais 2010 –
2013
A
NO
REPROVAÇÃ
O
ABANDONO APROVAÇÃO
2
010
6
,0%
47
reprovações
1
,5%
17
abandonos
9
2,1%
716
aprovações
2
011
5
,0%
40
reprovações
2
,9%
24
abandonos
9
2,1%
736
aprovações
2
012
5
,1%
41
reprovações
1
,4%
12
abandonos
9
3,4%
739
aprovações
2
013
5
,8%
50
reprovações
2
,6%
23
abandonos
9
1,6%
779
aprovações
Fonte: Censo escolar/MEC/INEP/QEDU – 2010 -2013
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META 2: Universalizar o ensino fundamental de 09 (nove) anos para toda
a população de 6 (seis) a 14 (quatorze) anos e garantir que pelo menos 95%
(noventa e cinco por cento) dos alunos concluam essa etapa na idade
recomendada, até o último ano de vigência deste PNE
ESTRATÉGIAS:
2.1 – Garantir a permanência do atual programa de acompanhamento escolar
(reforço contra turno) que possibilite a melhoria do nível de aprendizagem dos alunos,
em toda a Rede Pública Municipal de Ensino expandindo o Sistema e Gestão interada
para todas as escolas, sendo as urbanas e do campo também.
2.2 – Garantir que, a partir da aprovação do PME, todas as escolas de Ensino
Fundamental construam democraticamente seus Projetos Politico-Pedagógicos,
estabelecendo metas de aprendizagem, em conformidade com a organização do
currículo, com observância das Diretrizes Curriculares para o Ensino fundamental a
luz das Diretrizes Nacional e Estadual
2.3 – Ajustar a relação entre o número de alunos e professores, garantindo a
qualidade do processo de aprendizagem, em conformidade com resolução específica
expedida pelo Conselho Nacional de Educação.
2.4 – Criar, em regime de colaboração, Programas de Correção de Fluxo
Escolar, reduzindo as taxas de repetências, evasão e distorção idade ano, em toda a
Rede Pública Municipal de
Ensino.
2.5 – Definir e garantir padrões de qualidade, em regime de colaboração com
os sistemas de ensino, incluindo a igualdade de condições para acesso, permanência e
aprendizagem de todos os alunos do Ensino Fundamental, independente de credo,
religião e gênero.
2.6 – Acompanhar, monitorar e socializar com a comunidade educacional o
desenvolvimento das ações planejadas e executadas pelo Plano de Ações Articuladas –
PAR, mediante as responsabilidades estabelecidas.
2.7 – Garantir em regime de colaboração serviços de apoio a família e
orientação aos estudantes, com fortalecimento de políticas intersetoriais de saúde,
assistência e outros, para que, de forma articulada, assegurem à comunidade escolar,
direitos e serviços da rede de proteção.
2.8 - Promover, em regime de colaboração, programas de qualificação
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permanente para os profissionais que atuam no Ensino Fundamental.
2.9 – Efetivar o acompanhamento técnico e pedagógico no monitoramento do
acesso, da permanência e do aproveitamento escolar dos beneficiários de programas de
transferência de renda, bem como das situações de discriminação, preconceitos e
violências na escola, assegurando condições adequadas para o sucesso escolar dos
alunos, em colaboração com as famílias, comunidades e com órgãos públicos de
assistência social, saúde e proteção à infância, adolescência e juventude.
2.10 – Garantir o transporte escolar, em regime de colaboração entre União,
Estado e Município atendendo aos princípios básicos de segurança exigidos pelo
Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN) e as normas de acessibilidade que
garantem segurança aos alunos com deficiências, levando em consideração o tempo de
permanência e idade mínima dos alunos assegurado que cada ente assuma suas
responsabilidades de forma a garantir a escolarização dos alunos oriundos da zona
rural.
2.11 – Implantar e implementar as Diretrizes e Referências Curriculares
Municipal, a luz das Diretrizes Nacional e Estadual, de maneira a assegurar a
formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos nas diferentes
etapas e modalidades da educação.
2.12 – Inserir no currículo do Ensino Fundamental conteúdos que tratem dos
direitos e deveres das crianças e dos adolescentes, conforme a Lei 11.525/07 que
orienta o estudo do ECA. Assegurar em regime de colaboração recursos necessários
para mobiliar adequadamente os espaços dos alunos de 06 anos e daqueles que são
usuários de cadeiras de rodas do Ensino Fundamental de 09 anos.
2.13 – Implementar projetos que venham fortalecer a relação família /escola
proporcionando a melhoria da aprendizagem, bem como a satisfatória participação
familiar na rotina escolar da criança.
2.14 –Definir diretrizes para a política de formação inicial e continuada de
professores e demais profissionais do Ensino Fundamental, com vista à melhoria e
qualidade da prática docente.
2.15 – Estimular o uso de tecnologias pedagógicas que combinem, de maneira
articulada, a organização do tempo e das atividades didáticas entre a escola e o
ambiente comunitário, a favor da aprendizagem.
2.16 – Fazer chamada pública, promovendo a busca ativa de crianças e
adolescentes fora da escola, em parceria com órgãos públicos de assistência social,
saúde e de proteção à infância, adolescência e juventude.
2.17 – Continuar a oferta dos anos iniciais do Ensino Fundamental para as
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populações do campo na própria comunidade rural, independente do número de
alunos, garantindo-lhes os mesmos direitos e participação dos alunos da rede.
2.18 – Criar, em parceria com Assistência Social e Secretaria Municipal de
Saúde, ações voltadas para diagnosticar e sanar dificuldades físico-motoras e
neurológicas que impossibilitem a aprendizagem do aluno.
2.19 – Inovar práticas pedagógicas nos sistemas de ensino, com a utilização de
recursos educacionais que assegurem a melhoria do fluxo escolar e a aprendizagem
dos alunos.
2.20 – Criar em regime de parceria um setor de Educação Especial, ligado à
Secretaria Municipal de Educação, a fim de garantir a presença do instrutor de Libras,
do professor de Braille e Equipe Multiprofissional para atender as escolas de Ensino
Fundamental sempre que se fizer necessário ou solicitado.
2.21 - Efetivar a avaliação institucional no município, realizando a coleta e os,
transformando-os em objeto de estudo e socialização dos resultados para também
propor políticas públicas de melhoramento contínuo.
2.22- Assegurar a elaboração, publicação e estudo coletivo das propostas
Pedagógicas da Rede em observância das Diretrizes Curriculares Nacional e Estadual
para o Ensino Fundamental e legislação vigente.
2.23- Incluir no Currículo de forma sistemática e disciplinar o resgate das
tradições culturais da região e do município no que diz respeito as danças, credos,
desfiles cívicos e demais manifestações da cultura local.
2.24- Assegurar que toda Unidade Escolar tenha um profissional especializado
em Psicopedagogia, que possa mediar aluno e professor nas práticas educacionais
docente, garantindo os direitos do aluno com dificuldade na aprendizagem.
2.25- Garantir que toda a rede municipal disponha de professores específicos
para as disciplinas de Língua Inglesa e Educação Física visando incluir o aluno
desafios do mundo globalizado, e com total domínio de suas capacidades físico-
motoras.
2.26- Dar continuidade a manifestação literária mais marcante do município
com a realização da Feira Literária, que contribui imensuravelmente com o processo
de aprendizagem do aluno, garante a participação familiar e comunitária e zela pela
auto-estima e sentimento de capacidade por parte do aluno.
2.27- Assegurar a continuidade da Mostra Pedagógica do município, como
marco fundamental que possibilita ao aluno trabalhar todas as suas potencialidades
cognitivas e artísticas, apreciadas e valorizadas por toda a comunidade local e regiões.
2.28-Criar uma Banda Marcial no município, buscando a cooperação dos
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Governos Estadual e Federal, garantindo aos alunos o direito ao desenvolvimento de
seu potencial artístico-musical.
2.29- Adequar e implementar a Biblioteca do Município, consolidando-a num
espaço físico permanente que a privilegie e a divulgue como fonte de leitura e lugar
destinado aos pilares do saber.
2.30- Fomentar as tecnologias educacionais inovadoras das práticas
pedagógicas que assegurem a alfabetização favorecendo a melhoria do fluxo escolar e
a aprendizagem dos alunos, segundo as diversas abordagens metodológicas.
2.31- Promover com especial ênfase, em consonância com as diretrizes do
Plano Nacional do Livro e da Leitura, a formação de leitores e a capacitação de
professores, bibliotecários e agentes da comunidade para atuarem como mediadores da
leitura, de acordo com a especificidade das diferentes etapas do desenvolvimento e da
aprendizagem.
2.32-Estruturar o período de alfabetização de forma articulada com estratégias
desenvolvidas na pré-escola obrigatória, com qualificação e valorização dos
professores alfabetizadores e com apoio pedagógico especíifico, a fim de garantir a
alfabetização de todas as crianças na idade determinada nos documentos legais.
2.33- Selecionar, certificar, divulgar e disponibilizar tecnologias educacionais
para alfabetização de crianças, assegurando conteúdos das Diretrizes e Propostas
Curriculares Nacionais, bem como, o acompanhamento dos resultados nos sistemas de
ensino em que forem aplicadas.
2.34- Garantir a alfabetização bilíngüe (Libras e Língua Portuguesa)aos alunos
surdos e a aprendizagem do Código Braille para os alunos cegos.
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EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Diagnósticos e Diretrizes
Datam do final da década de 1940 as primeiras iniciativas do governo
brasileiro com relação à Educação de Jovens e Adultos – EJA, com a realização da
Campanha de Educação de Adultos. Na década de 1960 surgiu uma nova visão do
problema do analfabetismo que culminou em uma pedagógica de alfabetização de
adultos, referenciada no educador Paulo Freire.
A tentativa mal sucedida de incorporação das orientações freireanas nos
programas oficiais de alfabetização de adultos, mediante a criação do Movimento
Brasileiro de Alfabetização - MOBRAL que, mesmo recebendo uma volumosa
dotação de recursos provindos da loteria esportiva e de deduções do Imposto Renda a
partir da década de 1970, tornou-se desacreditados nos meios políticos e educacionais
sendo extinto em 1985, contribuiu para agravar os efeitos dos déficits do atendimento
no Ensino Fundamental, ao longo dos anos, resultando num grande número de jovens
e adultos que não tiveram acesso ou puderem concluir este nível de ensino.
Por esta razão, a erradicação do analfabetismo conforme preconiza a CF/88 é
um desafio que demanda a integração das ações do poder público e a mobilização de
recursos humanos e financeiros por parte dos governos e da sociedade.
Pela Constituição, a oferta da EJA, no nível Fundamental, é responsabilidade
do Estado e deve ser oferecida gratuitamente a todos os que a ela não tiveram acesso
ou puderam concluir na idade própria.
A Lei de Diretrizes e Bases da educação Nacional LDBN 9394/96, parágrafo
1º, Artigo 37, afirma que os sistemas de ensino assegurarão oportunidades
educacionais aos jovens e adultos, de acordo com suas características, seus interesses,
condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames. Afirma ainda que deva
assegurar a garantia dos direitos à continuidade e conclusão da escolaridade básica a
todas as pessoas que não tiveram acesso ao ensino fundamental na idade própria, ou
ainda não conseguiram alcançar o nível de formação acadêmica necessário à melhoria
de sua atuação na sociedade, para o desenvolvimento de suas atividades profissionais.
A inserção dos jovens e adultos na escola ainda que em idade defasada é
fundamental para garantir o direito de aprender, o que envolve a necessidade de
incorporar na escola ações e estratégias que possibilitam a estes o desejo de continuar
sua vida escolar. É imprescindível despertar no grupo que compõe essa faixa etária, o
desejo pelos estudos, em face da evolução rápida dos conhecimentos em todos os
campos, bem como das transformações que vem atravessando o sistema educacional e
também o mundo do trabalho, que implicam na adoção de novos padrões e novos
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comportamentos.
META 3: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a
população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos e elevar, até o final do período de
vigência deste PME, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85%
(oitenta e cinco por cento).
ESTRATÉGIAS
3.1- Institucionalizar programa nacional de renovação do ensino médio, a fim
de incentivar práticas pedagógicas com abordagens interdisciplinares estruturadas pela
relação entre teoria e prática, por meio de currículos escolares que organizem, de
maneira flexível e diversificada, conteúdos obrigatórios e eletivos articulados em
dimensões como ciência, trabalho, linguagens, tecnologia, cultura e esporte
garantindo-se com apoio do Estado a aquisição de equipamentos e laboratórios, a
produção de material didático específico, a formação continuada de professores e a
articulação com instituições acadêmicas, esportivas e culturais.
3.2 – Pactuar entre União, Estados, Distrito federal e Municípios, no âmbito da
instância permanente de que trata o § 5º do art. 7º desta Lei, a implantação dos direitos
e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento que configurarão a base nacional
comum curricular do Ensino Médio.
3.3 – Garantir a fruição de bens e espaços culturais, de forma regular, bem
como a ampliação da prática desportiva, integrada ao currículo escolar.
3.4 – Manter e ampliar programas e ações de correção de fluxo do ensino
fundamental, por meio do acompanhamento individualizado do (a) aluno (a) com
rendimento escolar defasado e pela adoção de práticas como aulas de reforço no turno
complementar, estudos de recuperação e progressão parcial, de forma a reposicioná-lo
no ciclo escolar de maneira compatível com sua idade.
3.5 – Universalizar o Exame Nacional – ENEM, fundamentado em matriz de
referência do conteúdo curricular do ensino médio e promover sua utilização como
instrumento de avaliação sistêmica, para subsidiar políticas públicas para a educação
básica, de avaliação certificadora, possibilitando aferição de conhecimentos e
habilidades adquiridos dentro e fora da escola, e de avaliação classificatória, como
critério de acesso à educação superior.
3.6 –Fomentar a expansão das matrículas gratuitas de ensino médio integrado à
educação profissional, observando-se as peculiaridades das populações do campo, das
comunidades indígenas e quilombolas e das pessoas com deficiência.
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3.7 – estruturar e fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso e
da permanência dos jovens beneficiários (as) de programas de transferência de renda,
no ensino médio, quanto à freqüência, ao aproveitamento escolar e á interação com o
coletivo, bem como das situações de discriminação, preconceitos e violências,
praticadas irregulares de exploração do trabalho, consumo de drogas, gravidez
precoce, em colaboração com as famílias e com órgãos públicos de assistência social,
saúde e proteção à adolescência e juventude.
3.8 – Promover a busca da população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos fora
da escola, em articulação com os serviços de assistência social, saúde e proteção à
adolescência e a juventude.
3.9 – fomentar programas de educação e cultura para a população urbana e do
campo de jovens, na faixa etária de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos. E de adultos,
com qualificação social e profissional para aqueles que estejam fora da escola e com
defasagem no fluxo escolar.
3.10 – redimensionar a oferta de ensino médio nos turnos diurno e noturno,
bem como a distribuição territorial das escolas de ensino médio, de forma a atender a
toda a demanda, de acordo com as necessidades específicas dos (as) alunos (as).
3.11 – desenvolver formas alternativas de oferta do ensino médio, garantida a
qualidade, para atender aos filhos e filhas de profissionais que se dedicam a atividades
de caráter itinerante.
3.12 – programar políticas de prevenção a evasão motivada por preconceito ou
quais quer formas de discriminação, criando rede de proteção contra formas associadas
de exclusão.
3.13 – estimular a participação dos adolescentes nos cursos das áreas
tecnológicas e científicas.
75
EDUCAÇÃO ESPECIAL
Diagnóstico e Diretrizes
A Educação Especial é uma modalidade de ensino que perpassa todos os
níveis, etapas e modalidades; realiza o atendimento educacional especializado;
disponibiliza os serviços e recursos próprios desse atendimento e orienta os alunos e
seus professores quanto a sua utilização nas turmas comuns do ensino regular.
Nessa perspectiva, o Atendimento Educacional (AEE) tem como
fundamentação os documentos legais vigentes, tais como: Constituição Federal,
LDBEN Nº 9394/96, Convenção de Guatemala (1999), promulgada no Brasil pelo
Decreto nº 3.956/2001, declaração de Salamanca e ainda a Política Nacional de
Educação Especial, na perspectiva da Educação Inclusiva, aprovada em janeiro de
2008.
Os primeiros movimentos em prol do atendimento ao PNE (Portadores de
Necessidades Especiais), surgem no século XIX, na Europa.
A Inclusão teve início no Brasil na década de oitenta, a partir de
experiências e integração social de pessoas portadoras de necessidades especiais.
Dessa forma surgem algumas mudanças em todas as áreas: lazer, esporte, empresas,
etc., para tornar possível a participação ativa do PNE, com direitos iguais e
valorização do indivíduo independente de sua limitação física ou intelectual.
O processo de inclusão tem como objetivo promover um ensino de
qualidade para todos os alunos, adequando os conteúdos, enriquecer as metodologias,
com o manuseio de aparelhos eletrônicos (tecnológicos) para sanar as dificuldades dos
alunos.
Segundo Bianchette (1998), a unidade precisa qualificar seus
profissionais em todas as áreas: deficiente auditivo, TDH, deficiente intelectual, etc.,
para que o indivíduo possa interagir com o meio, decifrar signos e significados, enfim
ser um cidadão ativo.
A rede municipal de ensino de Aragoiânia oferece atendimento aos
alunos com NEE, onde os alunos estão inseridos na rede regular e recebem
atendimento no contra turno, conta com 03 psicopedagogos, 01 fonoaudióloga, e 1
psicólogo.
A Secretaria Municipal de Educação de Aragoiânia, busca alternativas
de melhoria para as crianças, jovens com problemas intelectuais, atendimento com
neurologista, para um diagnóstico preciso.
Necessita de profissionais para desenvolver terapias ocupacionais e
acompanhamento de psicólogos e outros profissionais da área, para atender um
76
alunado carente, que apresentam vários transtornos.
META 4 : Garantir, a população de 4 a 17 anos, o atendimento escolar
aos (às) alunos (as) com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e
altas habilidades ou superdotação, de forma a atingir, em cinco anos, pelo menos
a 60% da demanda e até o final da década a sua universalização nas escolas da
rede regular de ensino, garantindo o atendimento educacional especializado em
salas de recursos multifuncionais, ou em Centros de Atendimento Educacional
Especializado, públicos ou comunitários, confessionais ou filantrópicos sem fins
lucrativos, conveniadas com o poder público.
ESTRATÉGIAS:
4.1 Assegurar o cumprimento dos dispositivos legais constantes na Convenção
dos Direitos da Pessoa com Deficiência (ONU 2006), ratificada no Brasil pelos
Decretos 186/2008 e 6949/2009, na Política de Educação Especial na Perspectiva da
Educação Inclusiva (MEC 2008) e nos marcos legais políticos e pedagógicos da
educação inclusiva.
4.2 Promover ações para garantir o processo de inclusão e do atendimento
educacional especializado a fim de assegurar as condições de acesso, participação e
aprendizagem aos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e
altas habilidades ou superdotação.
4.3 Ampliar a oferta da educação inclusiva para os alunos público alvo da
educação especial de forma a garantir a sua universalização nas escolas da rede regular
de ensino.
4.4 Adotarem regime de colaboração, políticas de expansão e melhoria da
educação inclusiva aos alunos, público da Educação Especial.
4.5 Garantir parcerias com outras secretarias (saúde, esporte e lazer, assistência
social, direitos humanos) para o desenvolvimento de políticas públicas aos jovens,
adultos e idosos, público alvo da Educação Especial.
4.6 Articular parceria com o Sistema (SESI, SENAI, SENAC) e instituições
governamentais e não governamentais para garantir a oferta de qualificação
profissional aos jovens, adultos e idosos, público alvo da Educação Especial, para sua
posterior inclusão no mercado de trabalho.
4.7 Assegurar o atendimento educacional especializado nas salas de recursos
multifuncionais de todo o município, onde houver demanda diagnosticada através de
avaliação psicoeducacional.
4.8 Introduzir uma sistemática de acompanhamento e monitoramento das salas
77
de recursos multifuncional, no que diz respeito à segurança e manutenção dos
equipamentos, a adequação do espaço físico, a utilização apropriada dos recursos e
formação continuada de professores.
4.9 - Assegurar o atendimento educacional especializado nos Projetos Político-
Pedagógicos das escolas da rede regular de ensino.
4.10 – Generalizar o atendimento escolar dos alunos, público alvo da educação
especial desde a Educação Infantil até o Ensino Médio, em regime de colaboração,
respeitando as suas necessidades e especificidades.
4.11 – Estabelecer parcerias com a SEDUC – GO e MEC, através de
universidades e/ou instituições de ensino superior, para implantar e implementar o
Curso de Letras/Libras e Pedagogia Bilíngüe.
4.12 – Introduzir padrões básicos de infraestrutura das escolas da rede regular
de ensino para o recebimento dos alunos, público alvo da Educação Especial.
4.13 – Adaptar os prédios escolares já existentes para atender as normas de
acessibilidade, constantes nos dispositivos legais.
4.14 – Garantir o transporte escolar acessível aos alunos com deficiência que
tem o acesso e a freqüência à escola impedidos por falta de transporte acessível.
4.15 – Implantar gradativamente a oferta de formação em serviço para os
professores da Educação Infantil e Ensino Fundamental que possuem alunos público
alvo da Educação Especial nas salas de Ensino Regular.
4.16 – Assegurar com as instituições de ensino superior, proposta de estudos e
pesquisas em apoio ao atendimento suplementar dos alunos com altas habilidades ou
superdotação.
78
META 5: Alfabetizar todas as crianças no máximo , até o final do 3º
(terceiro) ano do ensino fundamental
ESTRATÉGIAS:
5.1 – Estruturar os processos pedagógicos de alfabetização nos anos iniciais do
ensino fundamental, articulando-os com as estratégias desenvolvidas na Educação
infantil, com qualificação e valorização dos (as) professores (as) alfabetizadores e com
apoio pedagógico específico, a fim de garantir a alfabetização plena de todas as
crianças.
5.2 – Instituir instrumentos de avaliação nacionais periódicos e específicos para
aferir a alfabetização das crianças, aplicados a cada no, bem como estimular os
sistemas de ensino e as escolas a criarem aos respectivos instrumentos de avaliação e
monitoramento, implementando medidas pedagógicas para alfabetizar todos os alunos
e alunas até o final do terceiro ano do ensino fundamental.
5.3 – Selecionar, certificar e divulgar tecnologias educacionais para a
alfabetização de crianças, assegurada a diversidade de métodos e propostas
pedagógicas, bem como o acompanhamento dos resultados nos sistemas de ensino em
que forem aplicadas, devendo ser disponibilizadas, preferencialmente, como recursos
educacionais abertos.
5.4 – Fomentar o desenvolvimento de tecnologias educacionais e de práticas
pedagógicas inovadoras que assegurem a alfabetização e favoreçam a melhoria do
fluxo escolar e a aprendizagem dos (as) alunos (as), consideradas as diversas
abordagens metodológicas e sua efetividade.
5.5-Apoiar a alfabetização de crianças de acordo com a realidade local em que
vivem e com a produção de materiais didáticos específicos.
5.6- Promover e estimular a formação inicial e continuada de professores (as)
para a alfabetização de crianças, com o conhecimento de novas tecnologias
educacionais e práticas pedagógicas inovadoras, estimulando a articulação entre
programas de pós-graduação stricto sensu e ações de formação continuada de
professores (as) para a alfabetização.
5.7- Apoiar a alfabetização das pessoas com deficiência, considerado as suas
especificidades, inclusive a alfabetização bilíngüe de pessoas surdas, sem
estabelecimento de terminalidade temporal.
79
META 6: Oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50%
(cinquenta por cento) das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25%
(vinte e cinco por cento) dos (as) alunos (as) da Educação Básica.
ESTRATÉGIAS:
6.1- Promover com o apoio da
União a oferta de educação básica pública em tempo integral, por meio de atividades
de acompanhamento pedagógico e multidisciplinares inclusive culturais e esportivas,
de forma que o tempo de permanência dos (as) alunos (as) na escola, ou sob sua
responsabilidade, passe a ser igual ou superior a 7 (sete) horas diárias durante todo o
ano letivo, com a ampliação progressiva da jornada de professores em uma única
escola.
6.2- Instituir, em regime de colaboração, programa de construção de escolas
com padrão arquitetônico e de mobiliário adequado para o atendimento em tempo
integral, prioritariamente em comunidades pobres ou com crianças em situação de
vulnerabilidade social;
6.3- Buscar recursos em regime de colaboração junto aos programaS nacional
de ampliação e reestruturação das escolas públicas, por meio da instalação de quadras
poliesportivas, laboratórios, inclusive de informática, espaços para atividades
culturais,bibliotecas, auditórios, cozinhas, refeitórios, banheiros e outros
equipamentos, bem como da produção de material didático e da formação de recursos
humanos para educação de tempo integral;
6.4-Fomentar a articulação a escola com os diferentes espaços educativos,
culturais e esportivos e com equipamentos públicos como: Bibliotecas, praças,
parques, museus, teatros, cinemas e planetários.
6.5-Estimular a oferta de atividades voltadas à ampliação da jornada de alunos
(as) matriculados nas escolas da rede pública de educação básica por parte das
entidades privadas de serviço social vinculadas ao sistema sindical, de forma
concomitante e em articulação com a rede publica de ensino.
6.6- Orientar a aplicação da gratuidade de que trata o art.13 da Lei nº 12.101 de
27 de novembro de 2009, em atividades de ampliação da jornada escolar de alunos
(as) das escolas da rede pública de educação básica, de forma concomitante e em
articulação com a rede publica de ensino;
80
MELHORIA NA QUALIDADE DA EDUCAÇÃO
A melhoria da qualidade da educação á a meta primordial do presente PME,
devendo decorrer do conjunto de metas e estratégias contempladas nos eixos
abordados anteriormente.
O elemento que poderá garantir a efetiva melhoria de qualidade da educação no
município é a realização da avaliação do desenvolvimento do processo de implantação
do presente Plano Municipal de Educação, conforme estabelecido anteriormente na
meta 19, bem como a instituição de ações complementares voltadas ao fortalecimento
e valorização do processo educativo, não só no âmbito das instituições de ensino,
como também no âmbito da comunidade em geral, construindo uma nova cultura de
valorização do conhecimento e dos valores essenciais para a convivência social.
META 7 do PME: Fomentar a construção de uma cultura de valorização e
reconhecimento da qualidade da educação básica em todas as etapas e
modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem, percebendo a
sua importância para a construção da sociedade no âmbito das instituições de
ensino e da sociedade em geral.
ESTRATÉGIAS:
7.1 Buscar o aumento progressivo do investimento público em educação, com
vistas a garantir a oferta de uma Educação Básica de qualidade para todos.
7.2 Associar a prestação de assistência técnica e ênfase de formação às
demandas e projetos contemplados nos PPP das escolas, visando priorizar a melhoria
da qualidade da educação.
7.3 Adotar e incentivar o uso de tecnologias educacionais e de inovação das
práticas pedagógicas, no âmbito da Educação Infantil de do Ensino Fundamental,
visando assegurar a melhoria do fluxo escolar e a aprendizagem dos estudantes, bem
como acompanhar os resultados nos contextos em que estas forem aplicadas.
7.4 Oportunizar e assegurar o acesso à rede mundial de computadores em
banda larga de alta velocidade promovendo a utilização pedagógica das tecnologias da
informação e da comunicação, mediante estabelecimento de parcerias e adesão a
programas do governo estadual e federal.
7.5 Incentivar e apoiar programas e ações que favoreçam a criação de uma
cultura de paz e um ambiente escolar dotado de segurança para a comunidade escolar,
no âmbito dos distintos níveis educacionais.
7.6 Buscar a articulação das políticas e programas na área da educação, com
81
outras áreas como: saúde, assistência social, esporte e cultura, buscando garantir
melhores condições para o aprendizado dos alunos.
7.7 Promover a tolerância e o respeito à diversidade étnica, cultural e religiosa,
assegurando o acesso, a inclusão e a permanência na educação básica.
7.8 Assegurar a inserção curricular da educação ambiental com foco na
sustentabilidade socioambiental e o trato deste campo de conhecimento como uma
prática educativa integrada, contínua e permanente.
7.9 Promover a integração escola-comunidade, visando ampliar as
oportunidades de conhecimento e reflexão da realidade, bem como a vivência de
experiências que contribuam para a busca da solução de problemas sociais.
82
META 8: Elevar a escolaridade media da população de 18 (dezoito) a 29
(vinte e nove) aos, de modo a alcançar, no mínimo, 12 (doze anos de estudo no
último ano de vigência deste Plano, para as populações do campo, da região de
menor escolaridade no País e dos 25% (vinte e cinco por cento) mais pobres, e
igualar a escolaridade média entre negros e não negros declarados à Fundação
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.
ESTRATÉGIAS:
8.1 – Institucionalizar programas e desenvolver tecnologias para correção de
fluxo, para acompanhamento pedagógico individualizado e para recuperação e
progressão parcial, bem como priorizar estudantes com rendimento escolar defasado,
considerando as especificidades dos segmentos populacionais considerados;
8.2 – Implementar programas de educação de jovens e adultos para os
segmentos populacionais considerados, que garantam a continuidade da escolarização,
após a alfabetização inicial;
8.3 – Implementar política públicas de Estado de educação de jovens, adultos e
idosos para os segmentos populacionais considerados, que estejam fora da escola e
com defasagem idade-série, associados a outras estratégias que garantam a
continuidade da escolarização, após a alfabetização inicial;
8.4 – Garantir acesso gratuito a exames de certificação da conclusão dos
ensinos fundamental e médio;
8.5 – Expandir a oferta gratuita de educação profissional técnica por parte das
entidades privadas de serviço social e de formação profissional vinculadas ao sistema
sindical, de forma concomitante ao ensino ofertado na rede pública , para os
segmentos populacionais considerados;
8.6 – Promover, em parceria com as áreas de saúde e assistência social, o
acompanhamento e o monitoramento do acesso à escola específicos para os segmentos
populacionais considerados, identificar motivos de absenteísmo e colaborar com os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios para a garantia de freqüência e apoio à
aprendizagem, de maneira a estimular a ampliação do atendimento desses (as)
estudantes na rede regular de ensino;
8.7 – Garantir na unidade prisional, em articulação com a secretaria estadual
de educação, cultura e esporte, segurança pública ou de administração penitenciária e
com os setores de saúde, trabalho, meio ambiente, assistência social, cultura e lazer, o
ensino público como direito humano, privilegiando a modalidade da EJA integrada à
formação profissional.
83
8.8 – Promover busca ativa de jovens fora da escola pertencentes aos
segmentos populacionais considerados, em parceria com as áreas de assistência social,
saúde e proteção à juventude.
8.9 – Desenvolver políticas intersetoriais que assegurem à educação básica,
bem como à educação básica integrada à educação profissional e o EJA, parceria com
as áreas de saúde e assistência social, o acompanhamento e o monitoramento do
acesso à escola específicos para os segmentos populacionais considerados, identificar
motivos de absenteísmo para a garantia de freqüência e apoio à aprendizagem, de
maneira a estimular a ampliação do atendimento desses (as) estudantes na rede pública
regular de ensino.
8.10 – Realizar censo específico sobre a situação educacional da população de
jovens e adultos considerada, em situação de hospitalização, privação da liberdade em
medidas sócio-educativas.
8.11 – Criar centros de atendimento à modalidade de educação para jovem,
adulto e idoso, com funcionamento em todos os turnos, devidamente orientados para o
reconhecimento do direito humano e cidadão, bem como da diversidade cultural,
lingüística, racial, étnica e de gênero.
8.12 – Garantir a educação especial inclusiva na modalidade EJA, bem como o
atendimento educacional especializado complementar e suplementar, ofertado em
salas de recursos multifuncionais da própria escola, de outra escola da rede pública ou
em instituições conveniadas e centros de atendimento educacional especializados.
8.13 – Promover a elaboração, revisão e/ou adequação do currículo formativo
para EJA, aproximando-o do mundo do trabalho, na perspectiva integral, omnilateral;
da tecnologia, da cultura e cidadania, adequando a organização do tempo e do espaço
pedagógico às características desses estudantes; bem como estratégias pedagógicas
adequadas às faixas etárias da EJA
8.14 – Promover a integração da EJA e educação popular com políticas
públicas de saúde, trabalho, meio ambiente, cultura e lazer entre outros, na perspectiva
da formação integral dos cidadãos.
8.15 – Inserir nos currículos mínimos dos diversos níveis e modalidades do
ensino formal os conteúdos voltados ao processo do envelhecimento, ao respeito e a
valorização do idoso, de forma a eliminar o preconceito e a produzir conhecimento
sobre a matéria, conforme preceitua a Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, que
dispõe sobre o Estatuto do Idoso.
8.16 – Promover estudos para identificar onde melhor se situariam os
adolescentes de 15 a 17 anos, se na EJA ou no Ensino Regular.
84
8.17 – Realizar em parceria com a área da saúde diagnóstico sobre a saúde dos
estudantes, de modo a identificar problemas que afetam o processo de ensino e
aprendizagem bem como a continuidade dos estudos e a necessidade de ampliação das
políticas e assistência ao estudante em todos os níveis e modalidades de ensino.
8.18 – Estabelecer mecanismos e incentivos que integrem os segmentos
empregadores, públicos e privados, e os sistemas de ensino para promover a
compatibilização da jornada de trabalho dos empregados e as empregadas e a oferta da
EJA no ensino fundamental e médio, educação profissional e superior.
8.19 – Dar continuidade à especificidade da merenda escolar para a EJA da
Rede Municipal de Educação de Aragoiânia.
8.20 – Ampliar articulação entre os governos federal, estadual e municipal
para a construção e consolidação de uma PPE de EJA que garanta o acréscimo no
número de oferta de vagas e matrículas na alfabetização, 1º e 2º segmento e ensino
médio, com a inserção da formação profissional como integrante do currículo.
8.21 – Incentivar as IES a desenvolver no currículo escolar dos cursos de
formação inicial a EJA; bem como ações de extensão direcionados á modalidade.
8.22 – Reconhecimento das aprendizagens múltiplas que os alunos adquiram
ao longo da vida, consideradas no âmbito dos currículos e das propostas pedagógicas.
8.23 – Redefinir o calendário escolar da EJA de modo a fazer com que a
duração do tempo da aula e sua organização no ano civil estejam de acordo com a
especificidade do público da modalidade, que, mesmo de forma precária, já ocupa
alguma posição no mercado de trabalho.
8.24 – Superar o preconceito e discriminação, dentro da sala de aula e da
escola, em relação à aprendizagem de pessoas mais velhas e dos jovens ditos
“defasados” em relação ao ensino regular.
85
META 9: Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze)
anos ou mais para 93,5% (noventa e três inteiros e cinco décimos por cento) até
2015 e, até o final da vigência deste PME, erradicar o analfabetismo absoluto e
reduzir em 50% (cinqüenta por cento) a taxa de analfabetismo funcional.
ESTRATÉGIAS:
9.1 – Assegurar a oferta gratuita da Educação de Jovens e Adultos a todos os
que não tiveram acesso à Educação Básica na idade própria.
9.2 – Realizar diagnóstico dos jovens e adultos com Ensino Fundamental e
Médio incompletos, para identificar a demanda ativa por vagas na Educação de Jovens
e Adultos.
9.3 – Implementar ações de alfabetização e jovens e adultos com garantia de
continuidade da escolarização básica.
9.4 – Aderir ao programa nacional de transferência de renda para jovens e
adultos que freqüentarem cursos de alfabetização.
9.5 – Realizar chamadas públicas regulares para Educação de Jovens e
Adultos, promovendo-se busca ativa em regime de colaboração entre entes federados e
em parceria com organizações da sociedade civil.
9.6 – Aderir à avaliação nacional, realizado por meio de exames específicos
que permita aferir o grau de alfabetização de jovens e adultos com mais de 15 (quinze)
anos.
9.7 – Incentivar mecanismos que integrem os segmentos empregadores,
públicos e privados, e os sistemas de ensino, para promover a compatibilização da
jornada de trabalho dos empregados (as) e com a oferta das ações de alfabetização e de
Educação de Jovens e Adultos.
9.8 – Considerar, nas políticas pública de jovens e adultas, as necessidades dos
idosos, com vistas à promoção de políticas de diminuição do analfabetismo, ao acesso
a tecnologias educacionais e atividades recreativas, culturais e esportivas, à
implementação de programas de valorização e compartilhamento dos conhecimentos e
experiência dos idosos e à inclusão dos temas do envelhecimento de da velhice nas
escolas.
86
META 10: Oferecer, no mínimo, 25% das matrículas da Educação de
Jovens e Adultos na forma integrada à Educação Profissional, no Ensino
Fundamental.
ESTRATÉGIAS:
10.1- Expandir as matrículas na Educação de Jovens Adultos garantindo a
oferta pública de Ensino Fundamental e Médio integrado à formação profissional, em
parceiras, de modo a articular a formação inicial e continuada de trabalhadores com a
educação profissional, objetivando a elevação do nível de escolaridade do trabalhador
assegurando condições de permanência e conclusão de estudos.
10.2- Realizar, anualmente, em regime de colaboração com a Unidade
Regional de Educação- URE, a chamada pública da população de 15 a 24 anos que
necessita iniciar ou concluir sua escolarização nas etapas de Ensino Fundamental e
Médio.
10.3- ofertar a educação de jovens e adultos articulada à educação profissional,
de modo a atender às pessoas privadas de liberdade nos estabelecimentos penais,
assegurando-se formação específica dos professores e a implementação do Plano
Municipal de Educação nas prisões em regime de colaboração com a Secretaria de
Estado de Administração Penitenciária e instituições governamentais e não
governamentais.
10.4-Garantir o acesso e permanência a estudantes da EJA no Ensino
Fundamental e Médio, em regime de colaboração, com isonomia de condições às
outras modalidades de educação básica, com possibilidade de acesso à universidade
pública e gratuita.
10.5-Dotar, as escolas que ofertam cursos de Educação de Jovens e Adultos
integrados a educação profissional de infraestrutura, com acesso a rede mundial de
computadores com banda larga de alta velocidade e equipamentos compatíveis com as
especificidades dos cursos ofertados.
10.6- Promover a integração da EJA com políticas de saúde, trabalho, meio
ambiente, cultura, lazer e esporte, entre outros na perspectiva da formação integral dos
cidadãos.
10.7- Acompanhar e monitorar o acesso, a freqüência e o aproveitamento dos
jovens beneficiários de programas de transferência de renda e de educação no Ensino
Fundamental.
10.8- Fomentar a integração da educação de jovens e adultos com a educação
profissional, compatível com as necessidades produtivas e com os planos de
desenvolvimento do Estado e do Município, observando as características do público
87
da Educação de Jovens, Adultos, considerando as especificidades das populações
itinerantes e do campo.
10.9- Estimular a diversificação curricular da Educação de Jovens e Adultos,
articulando a formação a preparação para o mundo do trabalho e estabelecendo inter-
relaçao entre teoria e prática, nos eixos da ciência do trabalho, da tecnologia e da
cultura e cidadania, de forma a organizar o tempo e o espaço pedagógico adequados às
características desses alunos.
10.10-Produzir material didático, desenvolver currículos e metodologias
específicas para a avaliação da aprendizagem, bem como garantir o acesso a
equipamentos e laboratórios.
10.11- Fomentar a formação continuada de docentes das redes públicas que
atuam na Educação de Jovens, Adultos e Idosos articulada à educação profissional.
10.12- Implementar, formas de reconhecimento de saberes dos jovens e adultos
trabalhadores, a serem considerados na articulação curricular dos cursos de formação
inicial e continuada.
88
META 11- Triplicar as matrículas da Educação de Nível Médio e Técnico
assegurando a qualidade da oferta pelo menos 40% (quarenta por cento) da
expansão do segmento público.
ESTRATÉGIAS
11.1. Assegurar política de qualidade do ensino médio, garantindo pluralismo
pedagógico e flexibilidade curricular para atingir níveis satisfatórios de desempenho,
visando a diminuir a evasão e a repetência.
11.2. Estimular a adoção de medidas para universalização progressiva das
redes de comunicação e de informatização para melhoria do ensino-aprendizagem.
11.3. Estimular políticas de padrões de infraestrutura física: dependências
administrativas, salas de aulas, auditórios, bibliotecas, quadras de esportes,
laboratórios, equipamentos de multimídia, telefones e reprodutores de textos, guarda,
monitoramento dos Prédios e entorno.
11.4. Traçar políticas públicas que visem ao atendimento a todos os egressos
do Ensino Fundamental, para melhoria da qualidade do Ensino Médio.
11.5. Estimular melhoria no ensino-aprendizagem, assegurando padrão de
qualidade.
11.6. Apoiar e incentivar as organizações estudantis.
11.7. Incentivar programas de alcance social com vistas a elevar a autoestima
do aluno.
11.8. Propugnar junto ao governo estadual pela expansão gradual do número de
escolas de Ensino Médio para cobrir necessidades da demanda.
11.9. Estimular medidas para criação de mecanismos como conselho ou
equivalente, para incentivar a participação da comunidade na gestão, manutenção e
melhoria das condições de funcionamento das escolas e do Transporte de alunos.
11.10. Garantir a universalização do acesso para o ensino médio;
11.11. Ampliar o número de vagas, inclusive para cursos profissionalizantes;
11.12. Assegurar o atendimento aos padrões adequados de infraestrutura e de
qualidade, estabelecidos no PNE (Plano Nacional de Educação) para o Ensino Médio;
11.13. Assegurar que, em 2 anos, a totalidade das Escolas de Ensino Médio da
cidade disponha de equipamentos de informática, com rede para internet, para apoio à
melhoria do ensino e da aprendizagem, garantindo o acesso aos estudantes;
11.14. Assegurar que, em 5 anos, a totalidade das Escolas de Ensino Médio da
cidade disponha de Laboratórios de Ciências Humanas, Exatas e Biológicas, para
89
apoio à melhoria do ensino e da aprendizagem, garantindo o acesso aos estudantes;
11.15. Estimular, com a participação efetiva da comunidade, a elaboração de
propostas político-pedagógicas no Ensino Médio, de maneira a atender às
necessidades e especificidades locais;
11.16. Estimular a participação democrática da comunidade na gestão,
manutenção e melhoria das condições de funcionamento das escolas, por meio dos
Conselhos Escolares, em todas as Escolas de Ensino Médio da cidade;
11.17. Realizar, no prazo de 2 anos, o mapeamento e caracterização da
demanda para o Ensino Médio, Técnico de Nível Médio e Profissional em Aragoiânia-
Goiás, que subsidie a abertura de novas escolas, bem como a elaboração de novas
políticas públicas;
11.18. Implementar ações de formação continuada para o corpo docente;
11.19. Assegurar que, no prazo de 02 (dois) anos, garanta-se a redução do
número de alunos por turma para 25 por classe;
11.20. Promover a busca ativa pelo poder público (localização e identificação)
da população de 15 a 17 anos fora da escola, em parceria com as áreas da Assistência
Social e da Saúde;
11.21. Garantir que as Instituições de Ensino pública e privada respeitem a Lei
do Piso Nacional;
11.22. Garantir a formação continuada dos docentes, em temas
multidisciplinares nas diferentes áreas do conhecimento;
11.23. Assegurar através de convênios, programas para melhoria da segurança
dentro e fora da escola;
11.24. Assegurar através de convênios com Universidades, a criação de curso
preparatório para o vestibular e ENEM, concomitante ao terceiro ano do Ensino
Médio;
11.25. Constituir equipes multidisciplinares e multiprofissionais em pólos
(fonoaudiólogos, psicólogos e assistentes sociais) que possam dar suporte à prática
educativa;
11.26. Incentivar a pesquisa e a aprendizagem contextualizada.
11.27. Estimular a capacitação contínua e a valorização profissional do pessoal
docente.
11.28. Defender políticas de integração voltadas ao jovem empreendedor
90
META 12- Elevar a taxa bruta de matrícula na Educação Superior para
50%(cinqüenta por cento) e a taxa liquida para 30% (trinta por cento) da
população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade da
oferta e expansão para, pelo menos, 40% (quarenta por cento) das novas
matriculas, no segmento público.
ESTRATÉGIAS:
12.1. Ensejar condições para a ampliação da oferta de vagas na educação
superior na rede pública, buscando garantir um equilíbrio entre a oferta atual do ensino
público de 50% contra 50% do ensino privado;
12.2. Ensejar discussões, por meio de fóruns, sobre a diversificação de cursos
no processo de ampliação de oferta de vagas, de maneira a garantir não só os
condicionantes do mercado, como também as necessidades de desenvolvimento
estratégico local, regional e nacional;
12.3. Promover moções no sentido de ampliar as vagas públicas na educação
superior para a criação de cursos de educação profissional de nível tecnológico;
12.4. Criar políticas públicas que busque ampliar o sucesso do estudante,
proveniente do ensino médio público, para o ingresso no ensino superior, através de
cursos preparatórios para o vestibular;
12.5. Incentivar a criação de mecanismos promotores de intercâmbio entre os
estabelecimentos de educação superior e as escolas públicas de educação básica de
Aragoiânia - Goiás, visando ao desenvolvimento de pesquisa, extensão bem como
programas de formação continuada para a educação básica, conforme as necessidades
diagnosticadas;
12.6. Implementar programas informativos e de incentivo ao jovem do ensino
médio de escola pública sobre cursos e profissões, ofertas e vagas, políticas de amparo
e/ou financiamento ao estudante universitário no que se refere ao acesso e
permanência no ensino superior;
12.7. Estimular a implantação de uma Instituição de Ensino Superior pública
no município;
12.8- Estabelecer sistema interativo de educação a distância, utilizando-o para
ampliar as possibilidades de atendimento nos cursos presenciais, regulares ou de
educação continuada.
12.9-. Estabelecer diretrizes curriculares que assegurem a necessária
flexibilidade e diversidade nos programas de estudos oferecidos pelas instituições de
educação superior de forma a melhor atender às necessidades diferenciais de suas
clientelas.
91
12.10. Diversificar a oferta de ensino, incentivando a criação de cursos
seqüenciais e de cursos modulares, com a certificação, permitindo maior flexibilidade
na formação e ampliação da oferta de ensino.
12.11. Facilitar às minorias o acesso à educação superior, através de programas
de compensação de suas deficiências, permitindo-lhes, desta forma, competir em
igualdade de condições nos processos de seleção e admissão a esse nível de ensino
12.12. Implantar planos de capacitação dos servidores técnico –
administrativos das instituições públicas de educação superior, sendo de competência
das IES definir a forma de utilização dos recursos previstos para esta finalidade.
12.13. Garantir, nas instituições de educação superior, a oferta de cursos de
extensão, para atender às necessidades da educação continuada de adultos, com ou
sem formação superior, na perspectiva de integrar o necessário esforço nacional de
resgate da dívida social e educacional.
12.14-. Preparar o jovem para o mercado de trabalho (primeiro emprego)
promovendo a formação integral, conciliando educação formal, profissional e
habilidades gerais.
12.15-. Incentivar o funcionamento de Escolas Profissionalizantes,
principalmente para jovens menores desempregados.
12.16- Estabelecer, com a colaboração entre o Ministério de Educação, o
Ministério do Trabalho, os CEFETs, as escolas técnicas de nível superior, os serviços
nacionais de aprendizagem e a iniciativa privada, programas de formação de
formadores para a educação tecnológica e formação profissional.
12.17- Implementar políticas públicas de integração da educação tecnológica e
profissional no município.
12.18- Assegurar aos alunos universitários o transporte escolar com assuidade
e segurança.
92
META 13- Elevar a qualidade da Educação Superior e ampliar a
proporção de mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício do
conjunto do sistema de Educação Superior para 75% (setenta e cinto por cento),
sendo, do total, no mínimo 35% (trinta e cinco por cento).
ESTRATÉGIAS
13.1-Incentivar o desenvolvimento junto às Instituições de Ensino Superior de
projetos de Ciência, Tecnologia e Extensão, voltados para a melhoria da qualidade de
vida da população, valorizadas e respeitadas as características e necessidades locais e
regionais;
13.2. Discutir e propor, junto às Instituições do Ensino Superior, a inclusão nas
matrizes curriculares de todos os cursos de formação de docentes, temas referentes à
Educação e direitos Humanos, Educação Sexual, Ética, Educação Ambiental, questões
Étnico-Raciais e Diversidade;
13.3. Estabelecer parcerias, entre as escolas Municipais e Estaduais e as
Instituições de Ensino Superior para a criação de equipes multidisciplinares
(Psicopedagogas, Assistentes Sociais, Fonoaudiólogas, Fisioterapeutas, Terapeutas
Ocupacionais), para o atendimento da Educação Infantil ao Ensino Médio;
13.4. Viabilizar o intercâmbio entre as Instituições de Ensino Superior e
escolas públicas, para a organização de programas que visem a promoção, interação e
estímulo dos alunos, modificando as suas perspectivas, fazendo com que estes se
familiarizem com o ambiente acadêmico.
13.5. Qualificação dos professores, melhorando a qualidade da prática dos
mesmos em sala de aula, além de recursos áudio visuais, dinamizando as aulas com
outros recursos, pesquisa de campo, visita em empresas e outros.
13.6. Institucionalizar sistema de avaliação interna e externa que englobe os
setores público e privado, e promova a melhoria da qualidade do ensino, da pesquisa,
da extensão.
13.7. Instituir programas de fomento para que as instituições de educação
superior constituam sistemas próprios, e sempre que possível articulados, de avaliação
institucional e de cursos, capazes de possibilitar a elevação dos padrões de qualidade
do ensino, da extensão e da pesquisa.
13.8- Estender, com base no sistema de avaliação, diferentes prerrogativas de
autonomia às instituições não universitárias públicas e privadas.
13.9. Diversificar o sistema superior de ensino, favorecendo e valorizando
estabelecimentos não universitários que ofereçam ensino de qualidade e que atendam
93
clientelas com demandas específicas de formação: tecnológica, profissional liberal, em
novas profissões, para o exercício do magistério ou de formação geral.
13.10. Exigir melhoria progressiva da infraestrutura de laboratórios,
equipamentos e bibliotecas, a partir de padrões mínimos fixados pelo Poder Público.
13.11. Incentivar a generalização da prática da pesquisa como elemento
integrante e modernizador dos processos de ensino-aprendizagem em toda a educação
superior, inclusive com a participação de alunos no desenvolvimento da pesquisa.
94
META 14–Elevar gradualmente o numero de matrículas na pós-
graduação stricto sensu, de modo a atingir a titulação máxima de mestres e
doutores.
ESTRATÉGIAS:
14.1-Estimular a ampliação e o desenvolvimento da pós-graduação e da
pesquisa nas Instituições de Ensino Superior e, especificamente, nas Instituições
Privadas, aumentando assim o número de docentes do ensino superior com maior
qualificação;
14.2- Estimular a expansão do Financiamento Estudantil por meio do FIES à
Pós – graduação stricto sensu.
14.3- Estimular a participação das mulheres no Curso de Pós Graduação Stricto
Sensu, em particular aqueles ligados às áreas de Engenharia, Matemática, Física,
Química, Informática e outros no campo da ciência.
14.4- Reivindicar a ampliação da oferta de programas de Pós Graduação stricto
sensu nas Instituições Superior Pública.
14.5. Promover a divulgação e incentivo junto aos professores da educação
básica de informações sobre pós-graduação;
95
META 15: Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados,
o Distrito Federal e os Municípios, no prazo de 1 (um) ano de vigência deste
PME, política nacional de formação dos profissionais da educação de que tratam
os incisos I, II e III do caput do art. 61 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de
1996, assegurando que todos os professores e as professoras da educação básica
possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura
na área de conhecimento em que atuam.
ESTRATÉGIAS:
15.1-Divulgar o Programa Nacional de Financiamento Estudantil para cursos
de licenciatura com avaliação positiva pelo Sistema Nacional de Avaliação de
Educação Superior (SINAES), na forma da Lei nº10.861 de 14 de abril de 2004,
inclusive a amortização do saldo devedor pela docência efetiva na rede pública de
Educação Básica).
15.2- Divulgar programa permanente de iniciação à docência a estudante
matriculados em cursos licenciatura, a fim de aprimorar a formação de profissionais
para atuar no magistério da Educação Básica.
15.3- Divulgar plataforma eletrônica para organizar a oferta e as matrículas em
cursos de formação inicial e continuada de profissionais da educação.
15.4- Aderir a programas específicos para formação de profissionais da
educação Especial.
15.5- Valorizar as práticas de ensino e os estágios nos cursos de formação de
nível médio e superior dos profissionais da educação, visando ao trabalho sistemático
de articulação entre a formação acadêmica e as demandas da Educação Básica.
15.6- Garantir a formação continuada para os (as) profissionais da educação de
outros segmentos que não os do magistério, em regime de colaboração entre os entes
federados.
15.7- Incentivar a iniciação à docência a estudantes de Curso de Licenciatura
através de estágios conveniados de acordo com a necessidade.
96
META 16: Formar, em nível de pós-graduação, 50% (cinquenta por
cento) dos professores da educação básica, até o último ano de vigência deste
PME, e garantir a todos (as) os (as) profissionais da educação básica formação
continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades, demandas e
contextualizações dos sistemas de ensino
ESTRATÉGIAS:
16.1- Expandir o acervo de obras didáticas e também as para didáticas,
literatura e dicionários, acesso a bens culturais, incluindo obras e materiais produzidos
em libras e Braille, sem prejuízo de outros, disponibilizados para os professores das
redes públicas de Educação Básica, favorecendo a construção do conhecimento, da
cultura e da investigação.
16.2 Divulgar e incentivar a utilização do portal eletrônico para subsidiar a
atuação dos professores da Educação Básica, que disponibiliza gratuitamente materiais
didáticos e pedagógicos suplementares, inclusive aqueles com formato acessível.
16.3 Estimular a busca de Cursos de Graduação e Pós-Graduação, Lacto e
Stricto Senso pelos professores, nas diferentes áreas de atuação, através de incentivos
ou bolsa parciais.
16.4 Fortalecer a formação dos professores e das professoras das escolas
públicas de Educação Básica, por meio das ações do Plano Nacional do Livro e
Leitura e do programa nacional de disponibilização de recursos para acesso a bens
culturais pelo magistério público.
16.5- Buscar parcerias para a formação de turmas de pós-graduação aqui no
município, facilitando o acesso aos professores atuantes.
97
VALORIZAÇÃO DO PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO
Diagnóstico:
A formação do educador é fundamental para garantir o direito aos professores
de aprender a ensinar, o que envolve a necessidade de incorporar a formação
continuada no exercício regular da profissão docente. É imprescindível continuar a
formação, até mesmo após concluir o curso superior, em face da evolução rápida dos
conhecimentos em todos os campos. Bem como das transformações por que vem
atravessando o próprio sistema educacional, que implicam na adoção de novos padrões
e novos comportamentos.
A formação continuada do professor é amparada pela Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional – LDB Nº9394/96. Os profissionais têm os seus direitos
garantidos para um aperfeiçoamento educacional, os períodos reservados a estudos,
planejamento e avaliação. Ainda de acordo com a mesma lei, esses direitos se incluem
na carga horária de trabalho. Tanto em sua formação inicial quanto na formação
continuada deve haver a parceria entre a teoria e a prática, é necessário, portanto, estar
em um processo permanente de construção de conhecimento.
A formação profissional não requer somente a conclusão do nível superior. De
acordo com a citada Lei, a prática docente exige aperfeiçoamento, bem como a
necessidade do prolongamento da formação inicial, esperando-se com isso a melhoria
em sala de aula decorrente da melhora na qualidade das aulas relacionada às novas
práticas docente. A LDB Nº 9394/96, também destaca como princípios metodológicos
que se farão presentes nos currículos de formação inicial e conseqüente nos de
formação continuada:
“Art.61- Consideram-se profissionais da educação escolar básica os que, nela
estando em efetivo exercício e tendo sido formados em cursos reconhecidos, são:
Professores habilitados em nível médio ou superior para a docência na
educação infantil e nos ensinos fundamental e médio;
Trabalhadores em educação portadores de diploma de pedagogia, com
habilitação em administração, planejamento, supervisão, inspeção e orientação
educacional, bem como com títulos de mestrado ou doutorado nas mesmas áreas:
Trabalhadores em educação, portadores de diploma de curso técnico ou
superior em área pedagógica ou afim.
Parágrafo único. A formação dos profissionais da educação, de modo a atender
às especificidades do exercício de suas atividades, bem como aos objetivos das
diferentes etapas e modalidades da educação básica, terá como fundamentos:
A presença de sólida formação básica, que propicie o conhecimento dos
98
fundamentos científicos e sociais de suas competências de trabalho;
A associação entre teorias e práticas, mediante estágios supervisionados a
capacitação em serviço;
O aproveitamento da formação e experiências anteriores, em instituições de
ensino e em outras atividades.”
Os princípios orientadores da Valorização dos Profissionais da Educação,
também estão descritos no Artigo 67 da LDB nº 9394/96.
“ Art. 67. Os sistemas de ensino promoverão a valorização dos profissionais da
educação, assegurando-lhes, inclusive nos termos dos estatutos e dos planos de
carreira do magistério público:
Ingresso exclusivamente por concursos públicos de provas e títulos;
Aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive com licenciamento
periódico remunerado para esse fim;
Piso salarial profissional;
Progressão funcional baseada na titulação ou habilitação, e na avaliação do
desempenho;
Período reservado a estudos, planejamento e avaliação, incluído na carga de
trabalho;
Condições adequadas de trabalho”.
As modificações de conceitos das novas demandas vieram acompanhadas de
um grande movimento para a profissionalização dos funcionários de escola e aponta
para a necessidade de ampliação de programas de formação continuada que venha
abranger os Profissionais da Educação não docentes para a qualificação das atividades
educativas nas instituições públicas de ensino.
Além disso, a instituição de formação continuada na rede pública municipal de
ensino, na perspectiva da construção coletiva dos conhecimentos é uma realidade
efetivada no calendário municipal que tem como objetivo a valorização e socialização
das praticas educativas. A melhoria na remuneração foi um avanço muito grande aos
professores de Aragoiânia com atualização do Piso Salarial a partir de 2013.
Vale ressaltar que o educador precisa do aperfeiçoamento profissional
continuado e utilizar adequadamente o período reservado a estudos, planejamentos e
avaliações. Todos esses processos são necessários para que o docente se mantenha
constantemente atualizado e possa dispor do tempo para elaborar de forma mais
detalhada seus materiais de trabalho, bem como planejar todo desenrolar de sua aula
visando o aprendizado do aluno.
Atualmente em Aragoiânia-Goiás existem 58 docentes concursados ativos
99
atuando na Educação Infantil e Ensino Fundamental, são os dados de 2014. Destes, 10
professores já concluíram ou iniciaram um curso superior; 62 já concluíram um curso
superior na área da educação e 50 já fizeram um curso de pós-graduação.
100
META 17: Valorizar os (as) profissionais da Educação da Rede Municipal
de forma a equiparar seu rendimento médio ao dos (as) demais profissionais com
escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de vigência deste PME,
mantendo o Piso Salarial definido em Lei Federal.
ESTRATÉGIAS:
17.1- Atualizar de acordo com os percentuais da União, o Plano de Cargos e
Carreira do município.
17.2- Assegurar recursos financeiros para a valorização dos profissionais da
educação da rede pública Municipal de Ensino.
17.3- Garantir o cumprimento de um período de tempo, a ser definido,
destinado aos trabalhos extraclasse para formação, estudos, planejamento, avaliações e
outros, dos profissionais docentes da rede pública municipal de ensino de Aragoiânia-
Goiás.
17.4- Instituir comissão municipal provisória, com vigência de 02(dois) anos,
podendo ser prorrogada por igual período, formada por 07 (sete) membros, para
subsidiar os órgãos competentes na elaboração, implantação e implementação dos
planos de carreira.
101
META 18: Assegurar, no prazo de 2 (dois) anos, a existência de planos de
Carreira para os(as) profissionais da educação básica e superior pública de todos
os sistemas de ensino e, para o plano de Carreira dos (as) profissionais da
educação básica pública, tomar como referência o piso salarial nacional
profissional, definido em lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da
Constituição Federal.
ESTRATÉGIAS
18.1 Garantir que os cargos dos profissionais da educação não docentes sejam
de provimento efetivo e estejam em exercício nas redes escolares a que se encontrem
vinculados.
18.2 Implantar na rede pública municipal de ensino o acompanhamento dos
profissionais iniciantes, supervisionados por equipe de profissionais experientes, a fim
de fundamentar a prática docente, oferecendo nesse período grupos de estudos na área
de atuação, com destaque para os conteúdos a serem ensinados por cada professor e as
metodologias de ensino de cada disciplina.
18.3 Considerar as especificidades socioculturais das escolas do campo no
provimento de cargos efetivos para essas escolas.
18.4 Basear em critérios técnicos e legais para a transferência ou permuta de
servidores públicos na área da educação observando a função do profissional
remanejado ou transferido.
18.4 Assegurar a permanência do Plano de Saúde vigente do servidor público
municipal, valorizando-o como conquista adquirida e podendo contar com a contra-
partida do município para o referido plano.
18.5 Criar o Centro de Formação de Professores Informatizados, capacitando-
os nas ferramentas da tecnologia.
18.6 Garantir, em regime de colaboração com o governo estadual e o governo
federal, aos profissionais da educação municipal de ensino, o acesso gratuito aos
instrumentos tecnológicos como notebooks, tablets, data-shows e outros equipamentos
necessários aos professores em efetivo exercício.
102
GESTÃO DEMOCRÁTICA
Diagnóstico e Diretrizes
As inúmeras mudanças decorrentes dos avanços tecnológicas, científicos e
sociológicos, ocorridos nas últimas décadas, exigem de todas as pessoas
conhecimento, disponibilidade para querer aprender e também desejo de expor suas
opiniões: questionando, criticando, refutando e propondo soluções aos impasses que
surgem no cotidiano.
No Brasil a educação pública sempre atravessou fases de sérias reflexões,
transformações e contradições que permanecem. Mediante esses fatos a gestão é
apenas um dos integrantes de todo processo que se constrói e reconstrói, a cada
momento. A gestão precisa ser dinâmica, mutável e flexível, assim os atores sociais
começam reconhecer e descobrir suas necessidades e passam a olhar o “outro” nas
suas especificidades.
Fatos e dados históricos demonstram que a educação brasileira sempre foi
marcada pela desigualdade, no que tange o acesso ao conhecimento escolar e a
qualidade de serviços prestados às classes menos favorecidas. O sistema educacional
brasileiro, apesar das normas constitucionais que lhe dão respaldo, desde a década de
trinta, e das reformas de ensino realizadas, não tem conseguido superar suas próprias
deficiências, materializadas em altas taxas de repetência, evasão e um fluxo escolar
emperrado e oneroso. (FILHO apud ATTO, 1999, p.24).
A Constituição Federal de 1988 declara que o Brasil é um Estado Democrático
de Direito que tem dentre seus fundamentos a cidadania (art. 1º, II). Em seu artigo
206, respalda o princípio da gestão democrática como norteador da educação pública.
Tendo em vista esta determinação a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(LDB Nº 9394/96), no seu artigo 3º, no inciso VIII, determina:
“gestão democrática do ensino público na forma desta Lei e da legislação dos
sistemas de ensino”, normas que definem e norteiam a prática escolar. Ainda no seu
artigo 14, dois princípios importantes que não podem ser refutados nas normas
estaduais e municipais que tratam da gestão:
“I – Participação de profissionais da educação na elaboração do projeto da
escola;
II – Participação das comunidades escolares e local e conselhos escolares ou
equivalentes.
O Compromisso Todos pela Educação (Brasil. 2012), decreto que faz parte do
Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), lançado em 24 de abril do ano de
103
2007 pelo Ministério da Educação (MEC), transformou vários temas em pautas
prioritárias. Entre as vinte e oito diretrizes a serem cumpridas por todos os estados e
municípios, estão os artigos “zelar pela transparência da gestão pública na área da
educação, garantindo o funcionamento efetivo, autônomo e articulado dos conselhos
de controle social” e “promover a gestão participativa na rede de ensino”.
A busca efetiva pela melhoria da qualidade educacional são promessas de uma
gestão competente baseada na concepção democrático-participativa.
“[...] A pesquisa e a observação empírica mostram que um dos principais
fatores escolares (se não for o principal) reside nos órgãos diretivos dos
estabelecimentos de ensino. o bom administrador é capaz de organizar um trabalho de
equipe eficaz e tido como competente e aberto e consegue, muitas vezes, introduzir no
seu estabelecimento de ensino grandes melhorias. É preciso, pois, que fazer com que a
direção das escolas seja confiada a profissionais qualificados, portadores de formação
específica, sobretudo em matéria de gestão (DELLORS, 2000, p. 163).”
Mediante o exposto, faz-se necessário o conhecimento sobre o assunto e a
sensibilização dos mesmos no sentido da busca da construção de uma realidade
direcionada ao ideal de democracia. A gestão democrática é principalmente
caracterizada pela participação de pais, alunos e dos profissionais da educação na
gestão da escola. Onde todos começam a se perceber como também responsável pelas
tomadas de decisões.
A escola deve prever tal participação a partir de seus próprios objetivos dentro
do seu quadro organizacional, pois o processo de gestão democrática das instituições
de ensino representa um importante instrumento de consolidação de democracia em
nível de sociedade, tendo em vista que a escola e a sociedade estão dialeticamente
constituídas. Promover a democratização da gestão escolar significa estabelecer novas
relações entre a escola e o contexto social no qual está inserida.
A preocupação e o comprometimento da Secretaria de Educação na construção
do Plano municipal de Educação (PME), 2015 à 2025, como um dos instrumentos que
planeja ações para melhoria da educação, se configura como atitude no campo da
gestão democrática e na direção da universalização de todos os segmentos de ensino,
inclusive aqueles que ainda estão desprovidos de acesso.
Mediante o exposto, não é propósito da Secretaria de Educação através do
PME esgotar a discussão sobre o tema, ao contrário, pretende-se motivar a
comunidade a participar de um contínuo diálogo. Por si só, este documento não
garante a universalização e acesso em todas as etapas da educação, mas, é um
relevante subsídio na busca e no fortalecimento de políticas públicas mais abrangentes,
104
nas tomadas de decisão, na garantia, permanência e sucesso dos indivíduos nas
diversas áreas do conhecimento.
105
META 19: Assegurar condições, no prazo de 2 (dois) anos, para a
efetivação da gestão democrática da educação, associada a critérios técnicos de
mérito e desempenho e à consulta pública à comunidade escolar, no âmbito das
escolas públicas, prevendo recursos e apoio técnico da União para tanto.
ESTRATÉGIAS:
19.1 – Estabelecer cooperação técnica com o Estado que explicitem claramente
os objetivos comuns no atendimento da escolarização básica, na sua universalização,
na qualidade do ensino e na gestão democrática.
19.2 – Estabelecer vínculos e comunicação permanente com representantes dos
conselhos das escolas e de conselhos de outras políticas públicas relacionadas com a
educação para a socialização de informações e a descentralização das tomadas de
decisão a respeito da Educação Básica, contribuindo assim, para o fortalecimento do
controle social.
19.3 – Garantir representação nas discussões decisórias de políticas públicas
educacionais do município, reconhecendo a pluralidade de saberes de modo a refletir a
diversidade dos agentes e sujeitos políticos do campo educacional.
19.4 – Criar e/ou consolidar fóruns consultivos e deliberativos para o
fortalecimento do conselho municipal de educação, conselhos escolares ou
equivalentes, conselhos de acompanhamento e controle do FUNDEB e da
Alimentação Escolar, com representação dos setores envolvidos com a educação e
com as instituições educativas.
19.5 – Ampliar o fortalecimento dos órgãos democráticos das escolas; como os
conselhos escolares, e conselhos municipais de educação, criando estruturas para o seu
funcionamento.
19.6 – Criar uma rede de comunicação contínua entre unidades escolares,
unidades administrativas centrais e descentralizadas buscando a articulação e
racionalização dos trabalhos de cada setor e efetivando a cooperação entre as esferas
públicas.
19.7 – Criar condições efetivas de participação do grupo docente na elaboração
dos Projetos Político-Pedagógicos, currículos escolares, planos de gestão escolar e
regimentos escolares, estabelecendo cronograma e materiais destinados a essas
atividades que envolvem a Secretaria Municipal de Educação e as escolas.
19.8 – Garantir formação continuada sobre as dimensões financeira,
pedagógica, fiscal e contábil, institucional e administrativa para professores, gestores,
supervisores escolares e demais profissionais da escola, a fim de garantir a efetivação
106
da gestão democrática na rede municipal.
19.9 – Promover a gestão democrática no sistema de ensino por meio de
mecanismos que garantam a participação dos profissionais da educação, familiares,
estudantes e comunidade local no diagnóstico da escola, projeto político pedagógico,
plano de aplicação, prestação de contas e acompanhamento dos financiamentos e
programas destinados às escolas.
19.10 – Regularizar a organização e o funcionamento das escolas da Educação
Básica inclusive do campo, considerando suas especificidades.
107
META 20- Ampliar o investimento público em educação pública de forma
a atingir, no mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto
(PIB) do país no 5° (quinto) ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o equivalente
a 10%(dez por cento) do PIB ao final do decênio.
ESTRATÉGIAS
20.1- Garantir o financiamento permanente e sustentável para todos os níveis,
etapas e modalidades da Educação Básica, observando-se as políticas de colaboração
entre os entes federados, em especial as decorrentes do Art.60 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias e do § 1º do art. 75 da Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de
1996, com vistas a atender suas demandas educacionais à luz do padrão de qualidade
nacional;
20.2- Apoiar o aperfeiçoamento dos mecanismos de acompanhamento da
arrecadação da contribuição social salário-educação.
20.3- Destinar a manutenção e desenvolvimento do ensino, em acréscimo aos
recursos vinculados nos termos do art.212 da Constituição Federal, na forma da Lei
específica, a parcela da participação no resultado ou da compensação financeira pela
exploração de petróleo e gás natural e outros recursos, com a finalidade de
cumprimento da meta prevista no inciso VI do caput do art. 214 da Constituição
Federal.
20.4- Fortalecer os mecanismos e os instrumentos que assegurem, nos termos
do parágrafo único do art. 48 da Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000, a
transparência e o controle social na utilização dos recursos públicos aplicados em
educação especialmente a realização de audiências públicas, a criação de portais
eletrônicos de transparência e a capacitação dos membros de conselhos de
acompanhamento e controle social do FUNDEB, com a colaboração entre a Secretaria
Municipal de Educação, Tribunais de Conta da União e do Estado e a Controladoria
Interna do Município.
20.5- Considerar o Custo Aluno Qualidade- CAQ como parâmetro para o
financiamento de educação de todas as etapas e modalidades da Educação Básica, a
partir do cálculo e do acompanhamento regular dos indicadores de gastos educacionais
com investimentos em qualificação e remuneração do pessoal docente e dos demais
profissionais da educação pública, em aquisição de material didático-escolar,
alimentação e transporte escolar.
20.6-Apoiar a regulamentação do parágrafo único do art.23 e o art.211 da
108
Constituição Federal, no prazo de 02 (dois) anos por Lei complementar de forma a
estabelecer as normas de cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, em matéria educacional e a articulação do sistema nacional de educação
em regime de colaboração, com equilíbrio na repartição das responsabilidades e dos
recursos e efetivo cumprimento das funções redistributiva e supletiva da União no
combate às desigualdades educacionais regionais.
20.7-Reivindicar a União, na forma da lei, a complementação de recursos
financeiros ao Município quando não conseguir atingir o valor do CAQi e,
posteriormente do CAQ;
20.8- Cumprir a Lei de Responsabilidade Educacional, assegurando padrão de
qualidade na educação básica aferida pelo processo de metas de qualidades definidas
por institutos oficiais de avaliação educacionais.
20.9- Apoiar e aderir a programas de arrecadação de impostos através da
solicitação de notas fiscais.