esquizofrenização jurídico-penal e o direito penal brasileiro

1
Faculdade de Direito do Sul de Minas - FDSM ESQUIZOFRENIZAÇÃO JURÍDICO-PENAL E O DIREITO PENAL BRASILEIRO Rodrigo Pedroso Barbosa* Dr. Edson Vieira da Silva Filho** CONSIDERAÇÕES INICIAIS O presente pôster apresenta o resultado da pesquisa dialética sobre a problemática da esquizofrenização jurídico-penal dentro de um contexto do direito penal brasileiro, como um reflexo de sua história, construção e realidade latino-americana. Apesar de ser possível, com relativa certeza, apontar quando o termo “esquizofrenia” foi primeiro utilizado no contexto jurídico-penal na obra de Raul Zaffaroni, qualquer pretensão de se identificar um momento onde este fenômeno começou a ocorrer dentro do saber jurídico é vã, sendo inclusive imaginável que se o primeiro crime nasceu com a primeira lei, talvez também a esquizofrenização possa ter nascido junto com o saber jurídico. E talvez tenha sido até mesmo um dos fatores que ensejaram o desenvolvimento do direito como uma ciência. Apesar desta ser uma afirmação de natureza puramente especulativa, trás em si uma semente de verdade: a paridade com o mundo real é um elemento intrínseco da epistemologia jurídica. Afinal, somente assim é possível se atribuir qualquer pretensão de legitimidade ao direito. Especialmente o direito sancionador, o direito penal, que tutela direitos e liberdades. As teorias de Zaffaroni e sua visão especificamente latino-americana são aplicadas para tentar identificar algumas ocorrências desse processo de esquizofrenização que, como um animal selvagem que pela primeira vez sente gosto de sangue, cada vez com maior frequência ataca o direito penal brasileiro, promovendo um dos papéis mais importantes e, talvez, mais esquecidos da academia: promover o constrangimento epistêmico. OBJETIVOS Refletir sobre o fenômeno da esquizofrenização jurídico-penal dentro do contexto do direito brasileiro, identificar suas diferentes dimensões e consequências. METODOLOGIA A partir das leituras do referencial teórico das obras de E. Raúl Zaffaroni, com a elaboração de uma crítica dialética, envolvendo a leitura da dogmática jurídica posta em uma perspectiva histórica, focando especialmente nos desvios resultantes da sua inadequação ao mundo concreto. DIREITO PENAL E PODER PUNITIVO O direito penal é, no seu ápice, a base de orientação legal, doutrinária e normativa do poder punitivo e, frequentemente, nada mais do que uma justificativa, uma tentativa de legitimação deste. Dentro de um quadro social em que alguns grupos são muito mais vulneráveis do que outros ao poder punitivo, o desencontro entre direito penal – onde todos, formalmente, são iguais perante a lei – e o poder punitivo se torna cada vez maior. Mais do que uma discrepância entre discurso e prática, algo facilmente caracterizado na chamada crise do direito, tem-se em algumas instâncias até mesmo um abandono do discurso justificativo real, ou um discurso tão inconsistente e absurdo, tão fora da realidade, que é como se não existisse. Tem-se assim um processo de esquizofrenização, um direito penal não apenas desconexo do discurso que o fundamenta, como um discurso de fundamentação desconexo do mundo real. Isto é algo diferente de uma crise, quando se tem um discurso válido, porém uma prática em desencontro com o mesmo, ou seja, uma disparidade entre o discurso (direito penal) e a prática (poder punitivo). O que se tem na esquizofrenização é um discurso que se encontra fora do mundo real, baseado em um mundo utópico e, portanto, uma vez que o poder punitivo lida com a realidade, totalmente inadequado e, mais do que dispare, uma situação onde qualquer pretensão futura de paridade se torna impossível. Com isso não é possível mais se ver os problemas do direito penal como algo transitório, mas recuperável mediante um desenvolvimento progressivo, como ocorrido nos países centrais, mas demandando sim uma visão específica, direcionada para a realidade da América Latina, evitando assim a disparidade entre a teoria fundamentadora e o mundo real. Esta arte asquerosa, sem uma fundamentação legítima e arraigada no mundo real resulta em situações absurdas, como um direito penal de justificação reflexiva, onde este é a justificativa para ele próprio, com discursos como “é melhor punir do que não punir” e discursos reacionários de redução de maioridade penal. DESCONFIGURAÇÃO DO DIREITO PENAL Zaffaroni nos alerta para uma questão relativamente mais sutil de separação entre fundamentação e realidade, as realidades marginais e a vulnerabilidade penal de grupos. Este fato é explicado por uma desconfiguração do direito penal que é utilizado, na sua maior parte, não para repressão, sua função precípua. Outrossim, é utilizado como pode positivo, configurador, verticalizador-disciplinar, especialmente sobre os setores mais carentes da sociedade e sobre alguns dissidentes. Praticamente, não existe conduta que não seja objeto de vigilância por parte dos órgãos do sistema penal, sem jamais tocar na resolução do conflito criado, apenas criando um segundo conflito em contraponto ao primeiro. VULNERABILIDADE PENAL Ao introduzir na culpabilidade um novo elemento, da vulnerabilidade penal, Zaffaroni propõe uma ruptura com os antigos modelos deterministas e indeterministas das teorias tradicionais. Tal sensibilidade não é uma garantia de punição às classes mais vulneráveis, nem uma garantia de não punição às classes menos vulneráveis, apesar de se observar claramente que o risco de criminalização é escasso nessa última, e considerável na primeira. Uma visão humanizada do Direito Penal, em face a vulnerabilidade penal, busca quebrar com fundamentações baseadas na realidade do pluralismo cultural dos grupos sociais, algo já apontado por Baratta. Entretanto a revalidação do discurso redutor e selecionador do Direito Penal atual continua, não apenas sendo praticado em sua base de relação de poder, como em sua manifestação enquanto poder punitivo e, ainda, na própria criação legislativa, apresentando-se assim em três dimensões complementares que se sustentam e se recriam, validando os discursos anteriores – sempre discursos racionais; e se racionais são automaticamente corretos – oferecendo legitimidade a si mesmo. DIMENSÃO LEGISLATIVA A esquizofrenização é ampla e irrestrita, podendo ser constatada desde o código penal até as mais recentes leis e estatutos, como a Lei de Crimes Digitais e até mesmo o Marco Civil da Internet, sem qualquer indício de fim ou melhora. Pode, ainda, ser observado mesmo em projetos de leis, como o projeto de reforma do Código Penal Brasileiro, que traz mudanças como o aumento do período depuratório para fins de reincidência de 2 anos para 10 anos. O afastamento do mundo concreto se faz notar com muita clareza no Direito, especialmente em Kelsen, com os postulados de não politização e não sociologização da ciência do Direito, que com sua neutralidade formal se mantinha pura em seu objeto (normativo) e pura como teoria. CONSIDERAÇÕES FINAIS Na modernidade nos firmamos como cientistas neutros. Compreendemos as coisas com o mundo concreto, sem o mundo concreto ou apesar dele. Dobramos as percepções das verdades para que as formulas que nos levam a elas sempre deem certo. Normamos fora do mundo das coisas, a partir de uma razão adjudicadora de verdades que moldam o social adequadamente ao projeto maniqueísta que se instala a partir do modelo liberal individual burguês, excludente em virtude de sua própria essência, dominador por vocação e seletivo por opção. O constitucionalismo contemporâneo pede novas formas de leitura do modo de se exercer minimamente o controle social a partir de um sistema sancionador estatal dotado de legitimidade democrática, mas, afinal de contas, somos modernos. Reproduzimos as verdades da modernidade (ainda) com medo dos traumas do novo. Acreditamos que o modelo antigo funciona e que o que se apresenta para substituí-lo é uma ameaça. Em países de modernidade tardia temos o paradoxo de Bauman (o velho já morreu e o novo ainda não nasceu) levado a uma outra dimensão: não deixamos o velho morrer e o novo, já nascido, é ignorado pelo simples fato de ser novo. REFERÊNCIAS BARATTA, Alessandro. Criminologia Crítica e Crítica do Direito Penal: introdução à sociologia do direito penal. Trad. Juarez Cirino dos Santos. 6. ed. 2. reimp. Rio de Janeiro: Revan, 2014. CASTANHEIRA NEVES, A. Digesta: escritos acerca do direito, do pensamento jurídico, de sua metodologia e outros. Vol 3. Coimbra: Coimbra Editora, 2008 SILVA FILHO, E. V. A Dogmática Penal E Sua Incapacidade De Dar Conta Da Questão Ligada À Maioridade. Disponível em: <http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=11095>. Acesso em: 2 Jul. 2014. VIANNA, Leonardo Lobo de Andrade. Teoria da vulnerabilidade de Zaffaroni: bases sociológicas. Revista Jus Navigandi. Teresina, ano 17, n. 3266, 10 jun. 2012. Disponível em: <http://jus.com.br/artigos/21977>. Acesso em: 18 mar. 2015 ZAFFARONI, E. Raúl; ALAGIA, Alejandro; SLOKUR, Alejandro. Derecho Penal: parte general. 2. ed. Buenos Aires, Argentina: Ediar, 2002. _____. Em busca das penas perdidas. 5. Ed. Rio de Janeiro: Ed. Revan, 2001. * - Aluno de graduação da Faculdade de Direito do Sul de Minas (FDSM). Integrante do grupo de pesquisa Razão Crítica e Justiça Penal. Integrante do grupo de pesquisa Margens do Direito. Email: [email protected]. Lattes: http://lattes.cnpq.br/0229724115574883 ** - Pós Doutor pela UNISISNOS, sob orientação do Prof. Dr. Lenio Luiz Streck; Doutor em Direito pela UNESA. Mestre pela Universidade São Francisco (2002), nestre pela Universidade Federal do Paraná. Graduado em Direito pela PUC Belo Horizonte – MG (1986). Membro do PPGD da FDSM e professor auxiliar da FDSM. Lattes: http://lattes.cnpq.br/2225289002355092

Upload: lenhi

Post on 09-Jan-2017

219 views

Category:

Documents


2 download

TRANSCRIPT

Page 1: Esquizofrenização jurídico-penal e o direito penal brasileiro

Faculdade de Direito do Sul de Minas - FDSM

ESQUIZOFRENIZAÇÃO JURÍDICO-PENAL E O DIREITO PENAL BRASILEIRO

Rodrigo Pedroso Barbosa*Dr. Edson Vieira da Silva Filho**

CONSIDERAÇÕES INICIAISO presente pôster apresenta o resultado da pesquisa dialética sobre a problemática daesquizofrenização jurídico-penal dentro de um contexto do direito penal brasileiro,como um reflexo de sua história, construção e realidade latino-americana. Apesar deser possível, com relativa certeza, apontar quando o termo “esquizofrenia” foi primeiroutilizado no contexto jurídico-penal na obra de Raul Zaffaroni, qualquer pretensão dese identificar um momento onde este fenômeno começou a ocorrer dentro do saberjurídico é vã, sendo inclusive imaginável que se o primeiro crime nasceu com aprimeira lei, talvez também a esquizofrenização possa ter nascido junto com o saberjurídico. E talvez tenha sido até mesmo um dos fatores que ensejaram odesenvolvimento do direito como uma ciência. Apesar desta ser uma afirmação denatureza puramente especulativa, trás em si uma semente de verdade: a paridade com omundo real é um elemento intrínseco da epistemologia jurídica. Afinal, somente assimé possível se atribuir qualquer pretensão de legitimidade ao direito. Especialmente odireito sancionador, o direito penal, que tutela direitos e liberdades. As teorias deZaffaroni e sua visão especificamente latino-americana são aplicadas para tentaridentificar algumas ocorrências desse processo de esquizofrenização que, como umanimal selvagem que pela primeira vez sente gosto de sangue, cada vez com maiorfrequência ataca o direito penal brasileiro, promovendo um dos papéis maisimportantes e, talvez, mais esquecidos da academia: promover o constrangimentoepistêmico.

OBJETIVOSRefletir sobre o fenômeno da esquizofrenização jurídico-penal dentro do contexto dodireito brasileiro, identificar suas diferentes dimensões e consequências.

METODOLOGIAA partir das leituras do referencial teórico das obras de E. Raúl Zaffaroni, com aelaboração de uma crítica dialética, envolvendo a leitura da dogmática jurídica postaem uma perspectiva histórica, focando especialmente nos desvios resultantes da suainadequação ao mundo concreto.

DIREITO PENAL E PODER PUNITIVOO direito penal é, no seu ápice, a base de orientação legal, doutrinária e normativa dopoder punitivo e, frequentemente, nada mais do que uma justificativa, uma tentativa delegitimação deste. Dentro de um quadro social em que alguns grupos são muito maisvulneráveis do que outros ao poder punitivo, o desencontro entre direito penal – ondetodos, formalmente, são iguais perante a lei – e o poder punitivo se torna cada vezmaior. Mais do que uma discrepância entre discurso e prática, algo facilmentecaracterizado na chamada crise do direito, tem-se em algumas instâncias até mesmoum abandono do discurso justificativo real, ou um discurso tão inconsistente e absurdo,tão fora da realidade, que é como se não existisse. Tem-se assim um processo deesquizofrenização, um direito penal não apenas desconexo do discurso que ofundamenta, como um discurso de fundamentação desconexo do mundo real. Isto éalgo diferente de uma crise, quando se tem um discurso válido, porém uma prática emdesencontro com o mesmo, ou seja, uma disparidade entre o discurso (direito penal) ea prática (poder punitivo). O que se tem na esquizofrenização é um discurso que seencontra fora do mundo real, baseado em um mundo utópico e, portanto, uma vez queo poder punitivo lida com a realidade, totalmente inadequado e, mais do que dispare,uma situação onde qualquer pretensão futura de paridade se torna impossível. Comisso não é possível mais se ver os problemas do direito penal como algo transitório,mas recuperável mediante um desenvolvimento progressivo, como ocorrido nos paísescentrais, mas demandando sim uma visão específica, direcionada para a realidade daAmérica Latina, evitando assim a disparidade entre a teoria fundamentadora e omundo real. Esta arte asquerosa, sem uma fundamentação legítima e arraigada nomundo real resulta em situações absurdas, como um direito penal de justificaçãoreflexiva, onde este é a justificativa para ele próprio, com discursos como “é melhorpunir do que não punir” e discursos reacionários de redução de maioridade penal.

DESCONFIGURAÇÃO DO DIREITO PENALZaffaroni nos alerta para uma questão relativamente mais sutil de separação entrefundamentação e realidade, as realidades marginais e a vulnerabilidade penal degrupos. Este fato é explicado por uma desconfiguração do direito penal que é utilizado,na sua maior parte, não para repressão, sua função precípua. Outrossim, é utilizadocomo pode positivo, configurador, verticalizador-disciplinar, especialmente sobre ossetores mais carentes da sociedade e sobre alguns dissidentes. Praticamente, não existeconduta que não seja objeto de vigilância por parte dos órgãos do sistema penal, semjamais tocar na resolução do conflito criado, apenas criando um segundo conflito emcontraponto ao primeiro.

VULNERABILIDADE PENALAo introduzir na culpabilidade um novo elemento, da vulnerabilidade penal, Zaffaronipropõe uma ruptura com os antigos modelos deterministas e indeterministas das teoriastradicionais. Tal sensibilidade não é uma garantia de punição às classes maisvulneráveis, nem uma garantia de não punição às classes menos vulneráveis, apesar dese observar claramente que o risco de criminalização é escasso nessa última, econsiderável na primeira. Uma visão humanizada do Direito Penal, em face avulnerabilidade penal, busca quebrar com fundamentações baseadas na realidade dopluralismo cultural dos grupos sociais, algo já apontado por Baratta. Entretanto arevalidação do discurso redutor e selecionador do Direito Penal atual continua, nãoapenas sendo praticado em sua base de relação de poder, como em sua manifestaçãoenquanto poder punitivo e, ainda, na própria criação legislativa, apresentando-se assimem três dimensões complementares que se sustentam e se recriam, validando osdiscursos anteriores – sempre discursos racionais; e se racionais são automaticamentecorretos – oferecendo legitimidade a si mesmo.

DIMENSÃO LEGISLATIVAA esquizofrenização é ampla e irrestrita, podendo ser constatada desde o código penalaté as mais recentes leis e estatutos, como a Lei de Crimes Digitais e até mesmo oMarco Civil da Internet, sem qualquer indício de fim ou melhora. Pode, ainda, serobservado mesmo em projetos de leis, como o projeto de reforma do Código PenalBrasileiro, que traz mudanças como o aumento do período depuratório para fins dereincidência de 2 anos para 10 anos. O afastamento do mundo concreto se faz notarcom muita clareza no Direito, especialmente em Kelsen, com os postulados de nãopolitização e não sociologização da ciência do Direito, que com sua neutralidadeformal se mantinha pura em seu objeto (normativo) e pura como teoria.

CONSIDERAÇÕES FINAISNa modernidade nos firmamos como cientistas neutros. Compreendemos as coisascom o mundo concreto, sem o mundo concreto ou apesar dele. Dobramos aspercepções das verdades para que as formulas que nos levam a elas sempre deemcerto. Normamos fora do mundo das coisas, a partir de uma razão adjudicadora deverdades que moldam o social adequadamente ao projeto maniqueísta que se instala apartir do modelo liberal individual burguês, excludente em virtude de sua própriaessência, dominador por vocação e seletivo por opção. O constitucionalismocontemporâneo pede novas formas de leitura do modo de se exercer minimamente ocontrole social a partir de um sistema sancionador estatal dotado de legitimidadedemocrática, mas, afinal de contas, somos modernos. Reproduzimos as verdades damodernidade (ainda) com medo dos traumas do novo. Acreditamos que o modeloantigo funciona e que o que se apresenta para substituí-lo é uma ameaça. Em países demodernidade tardia temos o paradoxo de Bauman (o velho já morreu e o novo aindanão nasceu) levado a uma outra dimensão: não deixamos o velho morrer e o novo, jánascido, é ignorado pelo simples fato de ser novo.

REFERÊNCIASBARATTA, Alessandro. Criminologia Crítica e Crítica do Direito Penal: introdução àsociologia do direito penal. Trad. Juarez Cirino dos Santos. 6. ed. 2. reimp. Rio deJaneiro: Revan, 2014.

CASTANHEIRA NEVES, A. Digesta: escritos acerca do direito, do pensamentojurídico, de sua metodologia e outros. Vol 3. Coimbra: Coimbra Editora, 2008

SILVA FILHO, E. V. A Dogmática Penal E Sua Incapacidade De Dar Conta DaQuestão Ligada À Maioridade. Disponível em:<http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=11095>. Acesso em: 2 Jul. 2014.

VIANNA, Leonardo Lobo de Andrade. Teoria da vulnerabilidade de Zaffaroni: basessociológicas. Revista Jus Navigandi. Teresina, ano 17, n. 3266, 10 jun. 2012.Disponível em: <http://jus.com.br/artigos/21977>. Acesso em: 18 mar. 2015

ZAFFARONI, E. Raúl; ALAGIA, Alejandro; SLOKUR, Alejandro. Derecho Penal:parte general. 2. ed. Buenos Aires, Argentina: Ediar, 2002.

_____. Em busca das penas perdidas. 5. Ed. Rio de Janeiro: Ed. Revan, 2001.

* - Aluno de graduação da Faculdade de Direito do Sul de Minas (FDSM). Integrante do grupo de pesquisaRazão Crítica e Justiça Penal. Integrante do grupo de pesquisa Margens do Direito. Email:[email protected]. Lattes: http://lattes.cnpq.br/0229724115574883

** - Pós Doutor pela UNISISNOS, sob orientação do Prof. Dr. Lenio Luiz Streck; Doutor em Direito pelaUNESA. Mestre pela Universidade São Francisco (2002), nestre pela Universidade Federal do Paraná.Graduado em Direito pela PUC Belo Horizonte – MG (1986). Membro do PPGD da FDSM e professorauxiliar da FDSM. Lattes: http://lattes.cnpq.br/2225289002355092