esquistossomose
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Esquistossomose Naielly Rodrigues da Silva
Schistosoma mansoni
• Agente da esquistossomose intestinal. No Brasil é conhecida como “xistose”, “barriga d’água”, ou mal-do-caramujo.
• A morfologia do S.mansoni deve ser estudada nas várias fases do seu ciclo biológico: adulto (macho e fêmea), ovo, miracídio, esporocisto, e cercácia.
Macho • Mede cerca de 1cm.
• Tem cor esbranquiçada, com tegumento coberto de minúsculas projeções.
• Apresenta o corpo dividido em 2 porções: anterior na qual encontramos a ventosa oral e a ventose ventral e a posterior que se inicia logo após a ventosa ventral.
• Após a ventosa ventral encontramos o canal ginecóforo, que nada mais é do que dobras nas laterais do corpo no sentido longitudinal para albergar a fêmea e fecundá-la.
Fêmea
• Mede 1,5cm. Tem cor mais escura devido ao ceco com sangue semidigerido, com tegumento liso.
• Podemos encontrar na metade anterior a ventosa oral e o acetábulo, logo depois a vulva e o útero, e na metade posterior encontramos as glândulas vitelogênicas e o ceco.
Ovo
• Tem formato oval e na parte mais larga apresenta um espículo voltado pra trás.
• O que representa um ovo maduro é a presença de um miracídio formado, visível pela transparência da casca.
• É a forma usualmente encontrada nas fezes.
Miracídio • Apresenta forma cilíndrica, com células
epidérmicas onde se implantam os cílios que permitem movimentação no meio aquático.
Cercária
• Possui cauda bifurcada, duas ventosas, a ventosa oral apresenta glândulas de penetração.
Ciclo Biológico
• O S.mansoni ao atingir a fase adulta do seu ciclo biológico no sistema vascular do homem e de outros mamíferos, alcança as veias mesentéricas migrando contra a corrente circulatória. As fêmeas fazem a postura de ovos a nível da submucosa onde a maior parte ganha o meio externo.
• Da submucosa chegam a luz intestinal por meio de:
• Reação inflamatória
• Pressão dos ovos que são postos
• Enzimas proteolíticas produzidas pelo miracídio lesando os tecidos.
• Adelgaçamento do vaso por causa da presença do casal em sua luz.
• Perfuração da parede venular, auxiliada pela descamação epitelial causada pela passagem do bolo fecal.
• Os ovos que conseguirem chegar a luz intestinal vão para o exterior junto com o bolo fecal. Alcançando a água, os ovos liberam o miracídio, estimulado pelos seguintes fatores: temperaturas mais altas, luz intensa, e oxigenação da água.
• O miracídio em contato com o molusco, o conteúdo da glândula de penetração é descarregado e as enzimas proteolíticas iniciam sua digestão dos tecidos.
• O epitélio é ultrapassado e a larva se estabelece no tecido subcutâneo.
• Em 48 horas o miracídio transforma-se em um saco com paredes cuticulares, contendo a geração de células germinativas ou reprodutivas que recebe o nome de esporocisto.
• As células germinativas do esporocisto se multiplicam.
• Inicia-se uma migração do esporocisto no molusco e a localização final é na glândula digestiva.
• Após atingido o seu destino final os esporocistos se transformam em cercárias ou então em outros esporocistos para dar origem a outras gerações.
• A migração das cercárias faz-se pelos espaços intracelulares e também pelo sistema venoso do caramujo. A passagem para o meio exterior processa-se pela formação de vesículas no epitélio do manto e pseudobrânquia.
• Com a cercária livre na água, são atraídas pelo hospedeiro e penetram na pele ativamente, e perdem a cauda. Esse processo dura de 5 a 15 minutos.
• Ao penetrarem em um vaso são levadas pelo sistema venoso até os pulmões.
Pulmões
Via sanguinea: levaria os esquistossômulos para o fígado através da pequena circulação e
posteriormente grande circulação.
Via transtissular: Os esquistossômulos perfurariam o
parênquima pulmonar atravessando a pleura e chegando a cavidade peritoneal perfurariam
a cápsula e o parênquima hepático.
• No parênquima porta-hepático os esquistossômulos se alimentos e transformam-se em machos e fêmeas. Daí migram acasalados até a veia mesentérica inferior onde farão a ovoposição.