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espaço solidario Obra Diocesana de Promoção Social Ano VII . n.º27 . Trimestral . Junho 2012 pessoas a sentirem pessoas CUSTO: 0,01€

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espaçosolidarioObra Diocesana de Promoção SocialAno VII . n.º27 . Trimestral . Junho 2012

pessoas a sentirem pessoas

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Obra em 3D

dignidade,determinaçãoe dinamismo

Obra Diocesana de Promoção Social2

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Ficha Técnica

Administração: Américo Ribeiro, Helena Costa Almeida, Rui Cunha, Manuel Amial e Pedro PimentaDirecção/Redacção: Manuel Pereira AmialPropriedade/Editor: Obra Diocesana de Promoção SocialColaboradores: Américo Ribeiro, Ângelo Santos, António Coutinho, Aurora Rouxinol, Bernardino Chamusca, Chefe Hélio Loureiro, Confhic, Cónego Rui Osório, D. João Lavrador, D. João Miranda, D. Manuel Clemente, D. Manuel Martins, D. Pio Alves, Diana Cancela, Elvira Almeida, Filipa Martins, Frei Bernardo Domingues, João Alves Dias, João Pratas, Luísa Preto, Manuel Amial, Manuel Tavares, Manuela Botelho, Margarida Aguiar, Maria Amélia Rhotes, Maria Albina Padrão, Maria Anjos Pacheco, Maria Barroso Soares, Dra., Maria Isabel Cristina Vieira, Maria Lurdes Regedor, Maria Teresa Carvalho Lobão, Maria Teresa Souza-Cardoso, Monsenhor Victor Feytor Pinto, Mónica Taipa Carvalho, Padre Dr. Américo Aguiar, Padre Jardim Moreira, Padre José Maia, Padre Lino Maia, Padre Mário Salgueirinho, Paulo Lapa, Pedro Pimenta, Pedro Rhotes, Professor Daniel Serrão, Professor Eugénio da Fonseca, Professor Francisco Carvalho Guerra, Ricardo Azevedo, Rosa Maria Seabra, Rute Monteiro e Susana Carvalho. Gráfica - Lusoimpress, Artes Graficas, Lda.; www.lusoimpress.comPeriodicidade (2008): Trimestral; Tiragem 4.000 ex.; NIPC: 500849404; Depósito legal: 237275/06; Marca nacional: 398706; Registo ICS: 124901; Sócio AIC: 262; Sócio APDSI: 1000005; Postos de Difusão Porto: Casa Diocesana de Vilar; Edições Salesianas, Fundação Voz Portucalense, Livraria Fátima, Paulinas Multimédia, Ermesinde-Casa da JuventudeSede: Serviços Centrais da ODPS, R. D. Manuel II, 14, 4050-372 PORTO

Contactos: URL Geral: www.odps.org.pt; Mail: [email protected]; Telef. 223 393 040/ Fax. 222 086 555

04 - Editorial Manuel Amial

05 - Mensagem do Bispo do Porto Sua Revª. D. Manuel Clemente

06 -

Américo Ribeiro

08 - Confhic

09 - Padre Lino Maia

10 - Conselho de Administração

11 - pessoas idosas Professor Daniel Serrão

12 -

D. João Lavrador – Bispo Auxiliar do Porto

14 - João Pratas/Mónica Taipa de Carvalho

15 - Leandro Teixeira

16 - João Ricardo Nunes

18 - João Pratas/Mónica Taipa de Carvalho

22 - Rute Monteiro

23 - João Pratas/Mónica Taipa de Carvalho

24 - Aurora Rouxinol/Isabel Cristina/Maria Albina Padrão

26 - Isabel Cristina Vieira

27 -

Frei Bernardo Domingues, O.P.

28 - Maria Teresa Souza-Cardoso

35 - Aurora Rouxinol

36 -

Pedro Pimenta

38 - Maria Pacheco/António Coutinho

40 -

Pedro Pimenta

44 -

Isabel Cristina Vieira

45 -

Luísa Preto

46 - Elvira Almeida

47 -

Sumário

3Ano VII . n.º27 . Trimestral . Junho 2012

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EditorialAté que alguém nos imponha acabar com o feriado do dia 10 de Junho,

continuaremos orgulhosamente a comemorar o Dia de Portugal, de Camões e das

Comunidades Portuguesas.

País que se construiu a pulso, com denodo, muito sonho e muito sacrifício.

Que teve uma visão estratégica quando conquistou território ou quando se

fez ao mar e descobriu novos continentes.

Sempre, sob o desígnio da Fé!

Sempre, capaz de vencer todos os “adamastores”!

Uma epopeia que inspirou o nosso Maior Poeta e que será para sempre o

nosso orgulho.

Nos dias de hoje essa identidade de povo que se agiganta perante as ad-

versidades continua bem viva e motivadora dentro e fora das nossas fronteiras.

Ora ganhando o pão, ora empenhando-se em gestos solidários e humani-

tários!

De Moçambique a Cuba, da Áustria à Argentina, do Japão ao Caribe, …,

nome de Portugal!

E muitos deles, lá como cá, fazendo do voluntariado uma bandeira, ajudan-

do solidariamente as comunidades onde estão inseridos.

Sem honras nem condecorações, mas com um brilho nos olhos e o orgulho

de pertencer a um grande País!

Manuel Amial

VOLUNTARIADO – UMA BANDEIRA!

Obra Diocesana de Promoção Social4

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Chega o verão, tempo de descanso para al-

guns, mas de atenção mútua para todos.

Para quem tiver mais tempo livre, seja oca-

os amigos e também com Deus, sempre espera da

nossa atenção, para nos conceder “vida em abun-

dância”, como Jesus promete no Evangelho.

Também nos Centros da nossa Obra

Diocesana há de ser assim, com as activida-

des de Verão, alegres, criativas e solidárias.

Na verdade, só podemos estar alegres

quando proporcionamos alegria aos outros, transmi-

tindo vida, atenção e gosto de partilha.

Ganhamos sempre com o que oferecemos verdadeira-

mente aos outros, porque Deus retribui a “cem por um”.

Agradecendo a todos os responsáveis e co-

laboradores da Obra Diocesana pelo trabalho e

dedicação bem demonstrados, desejo a todas

as pessoas que preenchem o dia a dia dos nossos

Centros ou são acompanhadas pelos seus cola-

boradores, um Verão cheio de Luz, Alegria e Paz!

Convosco,

+ Manuel Clemente

Mensagem D. Manuel ClementeBispo do Porto

Ano VII . n.º27 . Trimestral . Junho 2012 5

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Um significado… Uma procura… Um silêncio…

Uma p

Américo RibeiroPresidente do Conselho de Administração da ODPS

A sucessão dos dias consti-

tui um processo dinâmico, empre-

endedor, que acusa e recusa muitas

trajectórias, muitos esforços, muitas

posições… que parecendo de risco,

se afiguram como autênticos reptos

e podem achar a ocasião. Assim,

meticulosa atenção e compreensão

assumem relevância neste processo.

Porém, frequentes vezes, tornam-se

incompletas e insuficientes. Tem de

existir o autoconhecimento, objecto

de investigação epistemológica, ob-

jecto de natureza ética, que provo-

ca impulso na evolução pessoal e,

consequentemente, crescimento nas

diferentes dimensões e a percepção

inteligente e subtil para descodificar

as mensagens, os episódios, as ra-

zões da razão e a nossa relação com

cada um deles.

A ocasião é um significado,

porque tem sentido, paciência, ale-

gria, tem sítio, tem duração, tem linea-

ridade e complexidade, criatividade

e facilidade, mas é preciso descobri-

-lo, atempadamente, para encontrar

o momento oportuno, a circunstân-

cia útil e agarrá-la com certeza e po-

sitividade. Aqui entra a possibilidade

de observação, de criação, de inter-

pretação, do entendimento de tudo

e de todos, do acessível e do com-

plexo, do contemporâneo e do que

está directa ou indirectamente ligado

e já passou, mas deixou e, por isso,

ficou.

A circunstância útil é uma pro-

cura incessante, é uma sensibilidade,

é uma faculdade, é um presente e

um futuro, com previstos e imprevis-

tos substanciais, com características

particulares e gerais, fornecendo co-

nhecimentos e instrumentos que po-

dem conceber, realizar, avaliar e con-

templar numa textura de cor, numa

textura de esperança, numa textura

de fé. É a força do alcance! É o poder

do encontro!

A força do alcance é silêncio,

onde mora a capacidade de meditar,

de voar no pensamento e idealizar o

ideal, de crescer para si e para os de-

mais, de conhecer e de fazer mundo

melhor, de contextualizar os factos,

Momento do Presidente

Obra Diocesana de Promoção Social6

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rocura…Um silêncio…

de fabricar a destrinça entre o es-

sencial e o acessório, de vestir a pele

do outro, nem que seja apenas por

breves instantes, de ponderar sobre

o sofrimento e a indigência, de relem-

brar uma situação agradável, porque

se vai concretizar algo de muito fun-

cional, de muito necessário para de-

senvolver o que devia estar pronto.

A força do alcance é a com-

petência de intervir, a habilidade

de dar e dar-se, sem reservas nem

condicionantes, pois quem oferece,

despretensiosamente, compreende

e interioriza o significado, os signifi-

cados, a procura, as procuras numa

direcção de descoberta, de desco-

bertas…

O poder do encontro é traba-

lhar, é o trabalho de encontrar a reali-

dade com as suas frialdades e singu-

laridades, é fazer uma leitura natural

e espiritual das situações, é acreditar

na certeza de ter Alguém que acolhe

e responde, é credenciar a firmeza e

importância do labor, no seu peculiar

e no seu global… é apreciar e agra-

decer com a energia do espírito.

O poder do encontro investe,

reveste, limpa e cura as manchas da

pequenez, da distracção, da fragilida-

de, da iniquidade…

É realmente salutar viver com

significado, numa busca credível de

servir com serviço, de dar com dá-

diva, de sorrir com oferta, de dizer

com silêncio, de dizer com palavras

doces e ásperas, de mostrar a verda-

de com autenticidade, de cancelar o

que está errado, de abrir olhares na

escuridão, de mostrar os sentimentos

a quem espera uma resposta afirma-

tiva, de querer afirmar-se com alegria

pelo socorrer com sabedoria inspira-

da na Mensagem do Evangelho, na

mensagem de Deus.

Então, tudo é possível, quan-

do o possível concirna a natureza de

construir pelo amor!

Um significado… Uma pro-

cura… Um silêncio…

7Ano VII . n.º27 . Trimestral . Junho 2012

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CONFHICCongregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras Imaculada Conceição

Admiradores ou discípulos?

Cada vez são mais necessárias vidas que revelem o mistério de Deus, em

seu caminho.

Cada vez precisamos mais de olhar e ver o invisível, nos gestos reais de

bem querer e de bem fazer, de quem ouse parar e, inclinando-se sobre o irmão

ferido nas estradas da vida, o acolha em sua estalagem.

por valores superiores e apontaram a medida alta da santidade. Distraídos que an-

damos, esquecemo-nos que eles aí estão, a apontar-nos rotas seguras para o hoje

que parece de alguma desorientação e inconsistência

O mundo pede-nos este corajoso passar da admiração ao seguimento,

convencidos que Deus continua a chamar homens e mulheres capazes de O con-

templar e intuir as reais necessidades do vizinho ao lado; o mundo tem necessidade

de místicos horizontais que o despertem para outras margens, de profetas-místicos

que, cheios Deus, apontem percursos ousados…

A vida dos fundadores é uma clara narração de como a história da salvação

acontece no entrelaçado do ser humano, aberto à graça e à condução de um Deus

A vida dos Fundadores é uma experiência que narra a imensa misericórdia,

com que Deus trata e envolve os Seus chamados e escolhidos, e a vigilância ma-

terna, com que os cuida permanentemente.

Assim foi a vida da Beata Maria Clara que há um ano aplaudíamos no es-

tádio do Restelo e que continua a lançar-nos a provocação de uma Hospitalidade

samaritana.

A contemplação não se improvisa. Centrar-se em Deus, supõe vontade e

esforço, pede tempo para saborear a solidão habitada que despoja de arrogâncias

e ambições.

A solidariedade também não. É o caminho do seguidor de Jesus, habitado

pelo amor e permanentemente chamado a fazer a única coisa necessária: amar.

Este é o caminho alternativo de quem ousa não ceder à tentação de cons-

truir e construir-se sobre areias movediças.

Este é o caminho de quem se sabe e sente habitado por Outro e escolhe

viver com Ele e para todos os outros de porta aberta à fé, na dinâmica cristã do

receber e dar e na franciscana alegria do dar sem receber.

Caminho que pode ser percorrido por todos, porque é um caminho

de Evangelho.

Admirar e seguir não é a mesma coisa. Daqui a pertinência da ques-

tão: Admiradores os seguidores?

Admirar é belo. Seguir é ação

surpreendentemente bela.

Obra Diocesana de Promoção Social8

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Emergência Alimentar

Na concretização do Programa

de Emergência Social e do Protocolo

de Cooperação recentemente assina-

do entre o Estado e as entidades re-

presentativas do sector social (CNIS,

União das Misericórdias e União das

Mutualidades) é reforçada a preocu-

pação da intervenção nas situações

mais vulneráveis e fortalecida a lógica

de proximidade.

Assim, tendo em vista a ma-

ximização dos recursos já existentes,

foi criado um Programa de Emergên-

cia Alimentar, o qual se insere numa

Rede Solidária de Cantinas Sociais,

que permite assegurar às famílias que

mais necessitam o acesso a refeições

diárias gratuitas no sentido de garan-

tir a todas as pessoas uma segunda

refeição. Entrou em vigor no mês de

Março e vigorará até Dezembro, reno-

vando-se sucessivamente pelo perío-

do de um ano.

Consideradas algumas parti-

cularidades que atingem os novos po-

bres e para acautelar alguma privaci-

dade, em regra, a disponibilização das

refeições será para consumo no do-

micílio das pessoas; a permanência e

uso de refeições na Instituição apenas

ocorrerão, excepcionalmente, em res-

postas abertas, como por exemplo,

em centros comunitários, de convívio

ou de alojamento temporário e em co-

munidades de inserção, entre outros.

Apesar da selecção das pes-

soas para disponibilização de refei-

ções ser realizada pelas Instituições,

devem ser atendidos, preferencial-

mente, os idosos com baixos rendi-

mentos, as famílias expostas ao fenó-

mercado de trabalho.

Ainda devem ser considera-

das situações já atendíveis para apoio

social (desde que o apoio atribuído

não seja no âmbito alimentar), situa-

ções recentes de desemprego múlti-

famílias com baixos salários ou com

doenças crónicas e encargos habita-

ou situações de emergência temporá-

-

ma as pessoas utentes da Instituição,

alimentação por via de frequência da

resposta social em que se encontram

inscritos e pessoas já apoiadas por

qualquer estrutura/serviço/resposta

social que preste apoio directo ao ní-

vel da alimentação (tais como banco

alimentar, cantina social, distribuição

directa de alimentos a sem-abrigo,

entre outras).

Há vontade de apoiar, pelo

menos, uma cantina social por conce-

lho, devendo a capacidade e o núme-

de acordo com as características es-

Padre Lino Maia

recursos existentes e tendo como re-

ferencial 50 a 80 refeições diárias por

Instituição, entre almoço e jantar, para

consumo externo, devendo o número

de dias (cinco ou sete) depender do

modelo de funcionamento do equipa-

mento social que lhe dá suporte.

Em 20 de Abril a Obra Dio-

cesana de Promoção Social subs-

creveu um Protocolo de Coopera-

ção pelo qual aderiu ao Programa

fornecer 65 refeições diárias no

feriados), segundo um regulamen-

to adequado.

Para o ano de 2012, a compar-

de valor referencial por refeição, cor-

responderá ao montante unitário de

2,5 €, podendo ser cobrado um valor

por refeição, consoante os rendimen-

tos das famílias, até 1 €, mediante cri-

térios a estabelecer caso a caso.

Conjuntamente com as outras

Instituições que celebrarem acordos

de adesão ao Programa de Emergên-

cia Alimentar, a Obra Diocesana de

Convenção da Rede de Solidarie-

dade de Cantinas.

9Ano VII . n.º27 . Trimestral . Junho 2012

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Um simples gesto

Reconhecimento à Paróquia de Valbom

O Conselho de Administração da Obra Diocesana de Promoção So-

cial manifesta o seu mais vivo reconhecimento a todos quantos aderiram ao

apelo, que consistiu na consignação de 0,5%, aquando do preenchimento do seu

IRS referente ao ano de 2011.

O simples gesto de assinalar a linha: Instituições Particulares de Solidarie-

dade Social ou Pessoas Colectivas de Utilidade Pública (art. 32.º, n.º6) com uma

cruz, no Quadro 9, do Anexo H, e escrever o número de contribuinte desta Institui-

ção, sem quaisquer encargos ou perdas para o declarante, constituiu um importan-

te contributo para a causa que marca a Solidariedade Humana.

A contribuição global auferida ofereceu à Obra Diocesana de Promoção

Social o montante de 17.553,15 € (DEZASSETE MIL QUINHENTOS E CINQUENTA

E TRÊS EUROS E QUINZE CÊNTIMOS), um , o qual faz vida

à vida de muitos semelhantes carenciados e fragilizados.

Ajudar é a mais bela expressão de amor ao próximo!

Muito obrigado!

O Conselho de Administração congratula-se com o gesto altruísta que a

Paróquia de Valbom (São Veríssimo) manifestou com a nossa Instituição, pois de

sua inteira vontade decidiu emitir uma Nota Informativa pelos seus paroquianos

elucidando-os da “Consignação de 0,5% do seu IRS” e incentivando e apelando-os

Social.

Mereceu da parte do CA rasgados e merecidos elogios, sendo um exemplo

na Diocese do Porto.

O CA decidiu reconhecidamente agradecer e enaltecer o gesto altruísta que

a Paróquia de Valbom teve com a nossa Instituição.

Numa mensagem dirigida ao Rev. Senhor Padre Manuel Moreira de Paiva, a

Instituição registou com enorme apreço o empenho na divulgação de um benefício

que traz uma enorme ajuda ao trabalho que a Obra Diocesana desenvolve junto

daqueles que mais necessitam.

Conselho de Administração

Obra Diocesana de Promoção Social10

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Por uma Cidade Amiga das Pessoas Idosas

Professor Daniel Serrão

A Organização Mundial de

Saúde publicou em 2007 um guia glo-

bal das cidades amigas das pessoas

idosas que tem uma edição portugue-

sa de 2009 patrocinada pela Funda-

ção Calouste Gulbenkian.

“Uma cidade amiga das

pessoas idosas estimula o enve-

lhecimento activo através da cria-

ção de condições de saúde, par-

ticipação e segurança, de modo a

reforçar a qualidade de vida à me-

dida que as pessoas envelhecem

Em termos práticos, uma

cidade amiga das pessoas idosas

adapta as suas estruturas e servi-

ços de modo a que estes incluam

e sejam acessíveis a pessoas mais

velhas com diferentes necessida-

des e capacidades”.

Este Guia, extenso e muito

completo, dá todas as pistas para que

que habitamos é amiga das pessoas

idosas ou não.

As áreas a considerar são,

segundo o Guia, as seguintes: trans-

portes, habitação, participação social,

respeito e inclusão social, participação

cívica e emprego, comunicação e in-

formação, apoio comunitário e servi-

ços de saúde, espaços exteriores e

edifícios.

Para objectivar a análise de

cada um destes oito tópicos, foram

criados grupos de discussão que

chegaram a uma consensualização

cada tópico.Com base nestes temas

-

ção das características fundamen-

tais de uma cidade amiga das pes-

soas idosas

Em Portugal a Associação

VIDA iniciou, em 2008, um Projecto

intitulado cIDADES com o objectivo de

apresentar o conceito da OMS e de

realizar um estudo no nosso País so-

bre a “amigabilidade” de Portugal com

base numa investigação a realizar pe-

los municípios inquirindo um número

de 55 anos de idade. As respostas à

pela Associação VIDA para Portugal,

permitirão determinar a “amigabilida-

de” do município

Na lista dos 98 Municípios

aderentes ao Projecto, que recente-

mente vi, apresentada por Paulo To-

más Neves, da Associação VIDA, que

lidera este Projecto de investigação,

pareceu-me que o Município do Porto

não está nela incluído.

Se estou correcto, penso que

a Obra Diocesana de Promoção So-

cial que, com o Município, está ac-

tivamente no terreno a trabalhar na

ajuda social aos idosos, poderá ser

o agente de desenvolvimento do Pro-

-

cadores da “amigabilidade” do nosso

Município face aos idosos que nele

habitam. Tem, a meu ver, as compe-

tências e as pessoas para levar a bom

termo e com a qualidade requerida o

inquérito em pessoas com mais de

55 anos O envolvimento das pessoas

idosas em todas as fases do projecto

é uma tónica salientada no texto do

guia da OMS.

Com este trabalho de investi-

contributo para que a nossa Cidade

entrasse para a Rede mundial das Ci-

dades Amigas das Pessoas Idosas.

– http://www.cidades.projectotio.int/

11Ano VII . n.º27 . Trimestral . Junho 2012

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As crianças merecem melhor qualidade de vida

D. João LavradorBispo Auxiliar do Porto

Acaba de ser publicado um rela-

tório da UNICEF, no qual se refere que,

em Portugal, 27,4% das crianças está

privada das condições desejáveis para

o seu normal desenvolvimento.

Isto vem demonstrar que, ape-

sar de todos os esforços por melhorar a

vida das crianças, ainda estamos muito

longe de alcançar tal objectivo.

Claro que o referido relatório

apoia-se tão só em parâmetros que di-

zem respeito à alimentação, ao acesso

aos livros, ao lazer e às novas tecnolo-

gias.

Mas olhando a criança no seu

todo pessoal, a situação é ainda mais

alarmante. Situemo-nos no direito à

vida, à protecção de uma família está-

vel, constituída por um pai e uma mãe,

às relações seguras de vizinhança e

de colegas, à formação global da sua

personalidade, à proposta de um futuro

feliz, a um ambiente sem violência… En-

tão, reconheceremos que as crianças

merecem melhor qualidade de vida.

Vem-nos à mente o convite de

Bento XVI dirigido ao Congressistas,

em Roma, em 2011, a propósito da edu-

cação das crianças. Diz ele que se fala

hoje de uma grande «emergência edu-

que se encontra em transmitir às novas

gerações os valores-base da existência

-

dade esta que interpela tanto a escola

como a família, e pode-se dizer todos

os outros organismos que se propõem

Numa sociedade e numa cultura

que muitas vezes fazem do relativismo

o seu próprio credo e onde este se tor-

nou uma espécie de dogma, trata-se de

uma emergência inevitável para propor,

com gestos concretos, a bondade da

vida pela qual a criança apreende que o

ser humano é um bem e que se prepara

para corresponder a um compromisso

Reconhecendo que na cultura

actual a educação tende amplamente

a reduzir-se à transmissão de deter-

minadas habilidades ou capacidades

de fazer, enquanto se procura anular

o desejo de autêntica felicidade das

novas gerações, cumulando-as de ob-

efémeras, exige-se que a sociedade, a

família e a escola possam transmitir de

geração em geração algo de válido e de

-

a existência humana, quer como pesso-

as quer como comunidade.

O Arcebispo Tomasi, em 2008,

numa intervenção na 48ª Conferên-

cia Internacional sobre a Educação da

-

das as nações do mundo e as suas

agências especializadas devem com-

prometer-se no “desenvolvimento inte-

gral do ser humano”, no progresso eco-

nómico e social e no desenvolvimento

“Numa sociedade obcecada pela

exploração económica,

e a formação integral

Obra Diocesana de Promoção Social12

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de todos os povos», sublinhava também

que «todas as nações são chamadas a

reconhecer que a pessoa humana é o

sujeito central do processo de desen-

volvimento e que portanto as políticas

para o desenvolvimento devem fazer do

ser humano o principal participante e

Este tipo de abordagem “hu-

mana” e “integral”, segundo o referido

autor, «deveria informar por si mesmo

as políticas e os projectos destinados a

alcançar o segundo dos Objectivos de

Desenvolvimento do Milénio: a educa-

ção primária universal (cf. III, 19)».

Numa sociedade obcecada pela

exploração económica, a centralidade

do ser humano e a formação integral

têm de ser reclamadas, sobretudo no

que toca à formação das crianças que,

dada sua situação de fragilidade mais

precisam de atenção e cuidados.

No Relatório da Comissão Mun-

dial sobre a Cultura e Desenvolvimento

da UNESCO (1996), diz-se num dado

passo, «um desenvolvimento separado

do seu contexto humano ou cultural é

um desenvolvimento sem alma» (nota 3,

pag. 48).

Por isso, no nosso mundo glo-

balizado, o papel-chave da educação

torna-se cada vez mais fundamental,

para tornar possível a coexistência pa-

o representante da Santa Sé na ONU,

em 2011, no Conselho Económico e

Social. E, acrescentava que «a simples

transmissão da informação técnica é

deve estender-se à formação da pes-

soa, à transmissão dos valores, como

o sentido da responsabilidade individual

e social, o trabalho ético e o sentido de

solidariedade para com toda a família

humana».

com um texto do Concilio Vaticano II,

acerca da educação. Aí se refere que

«todos os homens, de qualquer raça,

condição e idade, enquanto partici-

pantes da dignidade da pessoa, têm o

direito inalienável a uma educação que

corresponda à própria vocação, aco-

modada à própria índole, à diferença de

sexo, à cultura e às tradições pátrias e

simultaneamente aberta à união frater-

na com os outros povos, para favorecer

a verdadeira unidade e paz sobre a ter-

ra» (GE, 1).

Ao tratarmos da criança e dos

seus direitos, a educação toma o lugar

central. Mas tomada esta na amplitude

que lhe corresponde, isto é, humana e

integral, atendendo à própria vocação,

índole, diferença de sexo, aberta ao

transcendente, à cultura e às tradições,

orientada para um futuro de fraternida-

de e de promoção da unidade e da paz

entre todos os povos.

a centralidade do ser humano

têm de ser reclamadas...”

13Ano VII . n.º27 . Trimestral . Junho 2012

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Férias com Obra - Páscoa 2012

Ano após ano, as férias da Páscoa proporcionaram às crianças e jovens da Obra Diocesana de Promoção Social uma

atividade plena de diversão e alegria. Esta iniciativa contemplou quase 950 clientes, das respostas sociais de creche, pré-escolar

e ATL.

-

riências, superação dos medos, melhor conhecimento do corpo – foram plenamente atingidos.

João Miguel PratasDirector do Economato, Logística e ManutençãoNutricionista

Mónica Taipa de CarvalhoDirectora dos Recursos Humanos e JurídicosAdvogada

Obra Diocesana de Promoção Social14

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No passado dia 22 de Junho,

pelas 17 horas, os Centros Sociais do

Carriçal e de São Tomé organizaram

uma “Romaria Lusitana”, tema este que

foi desenvolvido ao longo do ano com

o projeto “Na Alma de Portugal – os

Quatro Elementos”.

Todos – crianças, Centros e fa-

mília – tiveram oportunidade de se de-

liciar com o nosso maravilhoso País,

exemplo sublime dos Quatro Elementos.

A festa contou com sete mo-

mentos distintos:

do Hino Nacional no Cruzeiro da “Aldeia

Lusitana” que a todos sempre emociona;

folclore pelas diferentes valências (Cre-

che, Pré-Escolar e CATL) que entusias-

maram sobretudo os Pais;

sogra” e o “fura” que dá sempre algum prémio;

Maio;

dos Pais, verdadeiros mestres na arte de bem assar;

com o tema “Gente da minha terra”;

fazia sentir, subiu bem alto levando as nossas mensagens aos céus.

O lançamento do balão só foi possível realizar com sucesso graças à ajuda

do calor humano existente, verdadeiro corolário da cooperação e participação

de todos os colaboradores, crianças e familiares.

-

sos Diretores de Serviço, Dr. João Pratas e Dr. Carlos Pereira, da afável e sempre

simpática companhia do Sr. Pedro Pimenta e da dinâmica, forte e encorajante pre-

sença do nosso Presidente do Conselho de Administração, Excelentíssimo Senhor

Américo Ribeiro.

Romaria Lusitana

Centros Sociais do Carriçal e de São Tomé

Leandro TeixeiraCoordenadora do Centro

15Ano VII . n.º27 . Trimestral . Junho 2012

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Maus Tratos sobre os Idosos

João Ricardo NunesCoordenador do centro

Centro Social de Fonte da Moura

O Centro Social Fonte da Moura

respondeu com entusiasmo ao desa-

para promover espaços de debate,

que fomentassem a sensibilização da

comunidade para problemáticas bem

presentes na nossa sociedade. A este

repto responderam também: a Junta de

Freguesia de Aldoar, o Contrato Local

de Desenvolvimento Social, a Comissão

de Protecção de Crianças e Jovens, a

Fundação Cupertino de Miranda, a As-

sociação de Ludotecas do Porto e Por-

to Social.

O objectivo central foca-se na

necessidade de informar e sensibilizar

a comunidade para que esta seja um

agente pró-activo e participante da mu-

dança.

No passado dia 27 de Abril

realizou-se nas instalações do Centro

Social de Fonte da Moura uma tertúlia

cujo tema foi: “Violência Sobre Ido-

sos”, que se inseriu em diversas inicia-

tivas que decorreram durante o mês de

Abril – Mês Contra a Violência. Esta teve

como objectivo sensibilizar familiares,

-

volvente para esta problemática.

Tivemos por oradores a Dr.ª

Cláudia Silva e a Dr.ª Catarina Sousa (da

Associação de Apoio à Vitima – APAV),

o Chefe Manuel Fonseca e os Agentes

José Moreira (da Policia de Segurança

Publica - PSP), a Enfermeira Conceição

Guimarães da (Unidade de Cuidados na

Comunidade) e a DR.ª Rita Teles (do-

cente do Instituto Superior de Serviço

Social do Porto e criadora dos Jogos

Didácticos para a Terceira Idade). A mo-

Jornalista Hélder Reis.

Iniciou-se com o visionamen-

to de vídeos trazidos pela APAV que

foram motivadores do despoletar da

discussão, aliados à revelação, por par-

te desta instituição, que todos os dias

pelo menos dois idosos são vítimas de

maus-tratos ou crime, a maior parte dos

quais cometidos no seio familiar pelo

A violência contra a pessoa ido-

sa pode tomar a forma de abandono, e,

a ignorância destas situações impede

que lhe sejam prestados qualquer tipo

de apoios. A negligência, outra forma

de violência, caracteriza-se pela omis-

são ou recusa de cuidados necessários

ao idoso. Ainda se falou sobre abuso

traduzem pelo uso não consentido dos

seus bens.

Discutiu-se ainda as diferentes

patologias existentes na Terceira Idade

salientando a importância de contrariar

as mesmas através de um envelheci-

mento activo a todos os níveis: físico,

intelectual, cultural e social. Para tal,

deve-se estimular as funções cognitivas

através de hábitos de leitura, palavras

cruzadas, participação em debates e

discussões, melhorando assim a me-

mória, a atenção a aprendizagem e o

raciocínio. È importante exercitar o fí-

sico, andar, fazer as tarefas básicas do

-

siológicos, psicológicos e sociais.

Debateu-se também o afasta-

mento cada vez maior de convivência

entre as diferentes gerações em que

cada uma tem o seu espaço exclusivo

no contexto social. Apesar das carac-

terísticas, necessidades e interesses

díspares, torna-se necessário encon-

trar pontos em comum que possibilitem

alargar esses mesmos interesses pois

haverá benefícios para todas as partes.

Obra Diocesana de Promoção Social16

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Nos idosos aumentará o contacto social

com outras gerações, uma actividade

cognitiva constante e uma actualização

nos usos e costumes. Para os jovens

trabalham-se competências na Área de

Formação Pessoal e Social: o respeito

e a tolerância pelo outro e pela diferen-

ça, o altruísmo e o reverter preconceitos

face ao envelhecimento, reconhecendo

a sabedoria que os idosos possuem.

Numa tentativa de reverter situ-

ações de solidão de muitos idosos da

nossa comunidade, foi criado o progra-

ma “Apoio 65” a funcionar na esquadra

do Pinheiro Manso, que auxilia idosos

sempre que estes recorrem à PSP, ou

quando há sinalização de ocorrências

com pessoas com mais de 65 anos.

Este projecto baseia-se num trabalho

de proximidade, realizado diariamen-

te pelos agentes da PSP à população

idosa, garantindo maior segurança e a

prevenção de situações de risco e de

exclusão social. Notou-se que a maioria

dos presentes desconhecia este pro-

grama e que o apreciaram muito favo-

ravelmente.

Seguidamente passou-se a re-

abandono e negligência dos idosos que

poderão ser encontrados, muitas vezes,

no stress a que os cuidadores estão su-

que têm em conciliar o trabalho com a

vida familiar.

Falou-se ainda da importância,

para a comunidade, da existência de

uma Unidade de Cuidados existente

no Centro de Saúde de Aldoar, espe-

cialmente vocacionada para promover

o bem-estar dos idosos e, de alguma

forma, também prevenir o isolamento

social dos mesmos. Esta Unidade de

Cuidados serve como rede de suporte

à comunidade e o ideal seria conseguir-

-se que todas as instituições existentes

participassem nela.

Para além dos apoios institu-

cionais é de extrema importância que a

comunidade esteja informada e alerta,

para que possa, ela própria participar

nesta “rede,” para maximizar o suces-

so deste propósito. Há que revitalizar as

relações de vizinhança que se foram es-

morecendo ao longo dos anos, devido

ritmo de vida frenético da nossa socie-

dade, num clima de inter ajuda que per-

mita a existência de voluntários activos

e atentos, que ajudem os menos válidos

e capazes.

Após as intervenções dos diver-

sos oradores o debate estendeu-se à

assembleia, que activamente levantou

questões pertinentes, que funcionaram

no sentido de esclarecer e/ou aprofun-

dar alguns itens sobre os quais ainda

existiam algumas duvidas. Também se

sentido de agradecer a existência de

alguns dos atrás referidos programas e

o reconhecimento do trabalho meritório

-

vem, no sentido de transformar este,

num mundo melhor.

Resta congratularmo-nos pela

-

ta tertúlia (que nos possibilitou encher

a sala), contribuindo para o sucesso

da mesma, o que nos dá alento para

prosseguir com este tipo de iniciativas,

de ideias, experiências e saberes é enri-

quecedor para todos.

17Ano VII . n.º27 . Trimestral . Junho 2012

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A 25 de Maio, o Porto Palácio

Hotel acolheu, pelo sexto ano conse-

cutivo, o Jantar de Beneficência da

Obra Diocesana de Promoção Social

(ODPS). Reuniram-se quase trezentos

amigos e beneméritos que, numa noi-

te de convívio e comunhão, manifes-

taram o seu apoio e solidariedade à

Instituição.

A concretização do Jantar de

Beneficência resultou de um esforço

conjunto do Conselho de Administra-

ção e da Liga dos Amigos da Obra

Diocesana, presidida pelo Chefe Hé-

João Miguel PratasDirector do Economato, Logística e ManutençãoNutricionista

Mónica Taipa de CarvalhoDirectora dos Recursos Humanos e JurídicosAdvogada

Jantar de Beneficência 2012lio Loureiro e que, desde 2007, patro-

cina este jantar.

A presidir esta noite esteve

o Reverendíssimo Vigário Geral da

Diocese do Porto, Padre Dr. Américo

Aguiar, em representação de Sua Ex-

celência Reverendíssima D. Manuel

Clemente, Bispo do Porto, que infeliz-

mente, por motivos imprevistos, não

pode estar presente, ao contrário do

que era seu desejo.

Este jantar, que já ganhou lu-

gar cativo no calendário anual de ac-

tividades da Obra Diocesana, contou

com a presença de individualidades

como o Professor Eugénio da Fon-

seca, Presidente da Cáritas de Por-

tugal; o Padre Lino Maia, Presidente

da Confederação Nacional das Ins-

tituições de Solidariedade (CNIS) e

Assistente Eclesiástico da ODPS;

representantes da Câmara Municipal

do Porto, da União Distrital das Insti-

tuições Particulares de Solidariedade

Social – Porto e da Cáritas do Por-

to; bem como os ilustres Professores

Doutores Francisco Carvalho Guerra

e Daniel Serrão.

Obra Diocesana de Promoção Social18

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Estiveram igualmente pre-

sentes os membros do Conselho de

Administração e Conselho Fiscal da

Obra Diocesana, fornecedores e co-

laboradores da Instituição.

O Presidente do Conselho

de Administração, Senhor Américo

Ribeiro, dirigiu palavras de agrade-

cimento a todos os presentes, que

confirmam “o seu lugar no percurso

do Bem”. Na sua intervenção apre-

sentou o mais recente projeto da

ODPS – a construção da Residência

Geriátrica de São José, uma visão da

Instituição a concretizar nas antigas

instalações da Oficina de São José.

Reconheceu que este desafio é ainda

um sonho, mas que “tem de voar,

tem de se afirmar, tem de ir em

frente e encontrar fórmulas para

a sua efetivação”.

Referiu ainda que a ODPS

agradece a todos quantos se mani-

festam como amigos e benfeitores,

a quem pediu que continuassem a

acompanhar de perto a sua ação em

prol da população mais carenciada e

fragilizada.

Seguiu-se a intervenção do

Chefe Hélio Loureiro, que a todos deu

as boas vindas. Começou por citar

Jean-Jacques Rousseau que, já no

século XVIII, afirmava: “a fingida ca-

ridade do rico não passa, da sua

parte, de mais um luxo; ele ali-

menta os pobres como cães e ca-

valos”. Apesar de admitir que estas

palavras são duras, reconheceu que

as mesmas se mantêm atuais.

Afiançou que a Liga dos Ami-

gos da Obra Diocesana se recusa a

ser um “exercício de vaidade, onde

19Ano VII . n.º27 . Trimestral . Junho 2012

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humilhamos o pobre a estender a

mão às migalhas de nossa mesa”.

Com base nessa premissa, referen-

ciou que esta noite era vivida com

momentos de alegria, porém sem

exuberância e sem luxo, pois “temos

a certeza que o supérfluo é dispen-

sável”.

Continuou dizendo que “es-

tarmos aqui esta noite, estarmos

dispostos a vir até este hotel, contri-

buir com algum dinheiro, com a nos-

sa alegria e com a nossa presença”

é dizer que vale a pena “fazer sorrir

aqueles a quem a vida, por vezes, foi

e é mais dura”.

Agradeceu aos patrocinado-

res dos vinhos, nomeadamente às

Caves Poças, na pessoa do Eng.º

Pedro Pintão, e à Adega Cooperati-

va de Felgueiras, na pessoa do Eng.º

Casimiro Alves e do Eng.º Rui Madei-

ra Pinto. Elogiou também a Eng.ª Filo-

mena Pires que, com a simplicidade

devida, decorou a sala Porto; assim

como ao Duo Faria pelo acompanha-

mento musical da noite.

O Reverendíssimo Padre Dr.

Américo Aguiar, Vigário Geral da

Diocese, encerrou o momento das

intervenções. Começou por justificar

a ausência de Sua Excelência Reve-

rendíssima D. Manuel Clemente que,

devido a uma sobreposição de agen-

da, não pode estar presente, como

era sua intenção.

Numa agradável intervenção,

o Padre Américo Aguiar agradeceu,

em nome da Diocese do Porto, o

trabalho desenvolvido pela Obra Dio-

cesana ao longo das últimas déca-

das. Relembrou que, desde os anos

Obra Diocesana de Promoção Social20

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60, da boa vontade e da conjugação

de esforços da Diocese do Porto,

da Câmara Municipal do Porto e da

Segurança Social, consegue-se “fa-

zer dia em muitas vidas nos bairros

sociais da cidade”. Neste contexto,

lembrou que “fazemos dia quando

reconhecemos no rosto daqueles

que encontramos verdadeiros Ir-

mãos”.

Prosseguiu desejando “que

homens e mulheres se sintam reali-

zados e que no seu dia-a-dia tenham

aquilo que é elementar para conse-

guirem ir ao encontro dos seus so-

nhos, dos seus desejos e realizarem

as suas vocações” e realçando o pa-

pel importante de cada um, não só

materialmente, mas “sobretudo com

a partilha, o empenhamento e tam-

bém com a oração”.

Mencionou a gratidão da Dio-

cese do Porto ao esforço do Conse-

lho de Administração, liderado pelo

Senhor Américo Ribeiro, frisando que

a ação social é uma das áreas “mais

importantes e fundamentais do dia-a-

-dia do Apostolado”. Terminou com

um agradecimento e reconhecimento

ao Chefe Hélio Loureiro e à sua equi-

pa pelo engenho materializado na

magnífica refeição apresentada.

No fim do jantar, e depois de

uma noite plena de alegria, foi pos-

sível constatar a amizade e generosi-

dade de todos os presentes, que ano

após ano, aceitam de braços abertos

apoiar a Obra Diocesana de Promo-

ção Social.

21Ano VII . n.º27 . Trimestral . Junho 2012

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“Uma Luz de Fé….”

Maio, Mês de Maria, Nossa Mãe

e Padroeira, é sempre um tempo de fé,

De Fé – Por ser um tempo de vi-

ver com mais intensidade esta forma de

estar de todos nós em relação a Nossa

Senhora de Fátima.

Pelos tempos tão

difíceis que todos vamos vivendo quer a

nível individual quer a nível da ODPS. É

tempo de meditarmos e pedirmos à Vir-

gem Mãe que nos proteja, nos ajude e so-

bretudo dê forças para conseguirmos

pessoais e da Obra Diocesana que servi-

mos com toda a dedicação.

Amor – Pela inspiração que rece-

bemos de Maria, pelo Amor ao seu Filho

que nos leva a dedicar, cada vez mais, a

nossa vida ao Amor aos que nos são Queridos e à Instituição que servimos.

No passado dia 15 de Maio, no Centro Social Pinheiro Torres, decorreu uma

atividade que serviu para celebrar e comemorar o Mês de Maria. Contamos com a co-

laboração/disponibilidade do Sr. Padre Domingos (a quem agradecemos pela amizade

que nutre pela Obra Diocesana), que conduziu as cerimónias, e com a presença, sem-

pre simpática, do Sr. Pedro Pimenta, membro do Conselho de Administração.

Acompanhados por alguns colaboradores, os clientes, mesmo os mais debilita-

dos, do Centro de Dia, Centro de Convívio e Apoio Domiciliário, iniciamos uma procissão

“Caminho de Luz e Fé” até à Capela de Santa Ana, que se situa nas proximidades

do Centro. Esta Capela, que está normalmente, encerrada, foi uma agradável surpresa

para alguns de nós que não a conhecíamos, muito simples mas cheia de beleza e fé

que nos transmitiu.

A imagem de Nossa Senhora de Fátima, que todos os dias nos vigia e guarda no

nosso Centro, acompanhou-nos neste momento de devoção à Virgem. Foi um momen-

to repleto de emoção, um misto de sentimentos, onde a Fé que nos une foi iluminada

pelas velas que cada cliente transportava.

Foi com muita alegria e emoção que assistimos ao rezar do terço por alguns

dos nossos clientes e assim, tivemos o privilégio de viver intensamente a fé de todos

os presentes.

Centro Social Pinheiro Torres

Rute MonteiroEducadora Social

Obra Diocesana de Promoção Social22

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Concerto de Beneficência

A Liga dos Amigos da Obra Dio-

cesana de Promoção Social, presidida

pelo Chefe Hélio Loureiro, promoveu um

concerto de música clássica, em benefí-

cio da Instituição.

O concerto realizou-se no passa-

do dia 31 de Março, sábado, pelas 21h30,

na Igreja de São José das Taipas, no Por-

to. O Coro de São Tarcísio e quatro so-

listas interpretaram o Requiem de Fauré.

A Igreja esteve repleta, num claro

sinal de adesão a esta iniciativa, em prol

das crianças, jovens, famílias e idosos

apoiados pela Obra Diocesana.

Gabriel Fauré (1845 – 1924) com-

pôs o seu Requiem em Ré menor, Op.48

entre 1887 e 1890. Esta é uma das obras

mais conhecidas deste autor. Os motivos

que levaram Fauré a compor seu Re-

quiem são incertos. Um impulso possível

pode ter sido a morte do seu pai em 1885

e a morte da sua mãe dois anos depois,

na véspera de Ano Novo de 1887. Em

1924, o Requiem foi interpretado no pró-

prio funeral de Gabriel Fauré.

Sobre o seu Requiem, Fauré disse:

“Não exprime o temor da morte. Alguém o

chamou de canção de embalar da morte.

Mas é assim que sinto a morte: como uma

libertação feliz, uma aspiração à felicidade

no além, mais do que uma tran-sição do-

lorosa. O meu Requiem foi composto para

nada, para o prazer, se ouso dizer. Talvez te-

nha assim, por instinto, procurado fugir aos

convénios, já que há muito tempo acompa-

nho ao órgão serviços de enterro! Disso já

tive até à cabeça. Quis fazer algo diferente.”

Sobre o Coro de São Tarcísio,

pode referir-se que as suas origens re-

montam a Outubro de 1956. Na altura, o

maestro e compositor italiano D. Angelo

Fasciollo passou a desempenhar o cargo

de organista da Igreja da Lapa, no Porto,

a con-vite do Reverendo Padre Luís Ro-

drigues, na altura seu Reitor. Tal corres-

pondeu à inauguração naquela Igreja de

um moderno órgão eletrónico, então con-

siderado como dos melhores da Europa.

Desde logo surgiu a necessidade

de dotar a Igreja de um Coro que corres-

-pondesse ao forte impulso da qualidade

musical provocado pela aquisição do re-

ferido órgão e à presença de tão ilustre

Maestro, Compositor e Organista. Assim

nasceu o Coral Misto Sacro São Tarcísio,

que se apresenta pela primeira vez em

público no dia 3 de Maio de 1957, na Fes-

ta de Nossa Senhora da Lapa.

Em 1984 passa a designar-se

Coro São Tarcísio da Igreja da Lapa e,

ao deixar esta Igreja em Junho de 1997,

mudando para a Igreja da Trindade, no

Porto, adquiriu o atual nome de Coro de

São Tarcísio, gozando de total autonomia

Tem sido preocupação do Coro

dispor de um vasto reportório litúrgico de

todas as épocas. Atualmente são seus

responsáveis artísticos o Pianista Jairo

Grossi e o Barítono Pedro Telles, coadju-

vados pelo Organista José Miguel Oliveira.

Nesta atuação foram solistas Pa-

trícia Quinta (mezzo-soprano), Valter Cor-

reia Mateus (baixo), Jairo Grossi (piano) e

David Baptista Ferreira (piano).

João Miguel PratasDirector do Economato, Logística e Manutenção

Nutricionista

Mónica Taipa de CarvalhoDirectora dos Recursos Humanos e Jurídicos

Advogada

23Ano VII . n.º27 . Trimestral . Junho 2012

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Primavera com FadoOs Centros Sociais da Obra Dio-

cesana de Promoção Social – Pastelei-

ra, Pinheiro Torres e Rainha D. Leonor

– festejaram a chegada da Primavera

com uma tarde de fados destinada aos

seus idosos.

O evento realizou-se no Centro

Social da Pasteleira a 21 de Março, or-

ganizado pelos três centros sociais pertencentes à área de Lordelo do Ouro/Foz, e

quis o Fado (destino) contar com a presença convidada do Centro Social de Fonte

da Moura (pertencente à ODPS), da Casa de Lordelo e do Centro Social da Arrábi-

da, bem como do Sr. Pedro Pimenta em representação do Conselho de Administra-

ção da ODPS e do Dr. Carlos Pereira (Director Técnico da Instituição).

Os fadistas convidados animaram a tarde e foi de forma gratuita que propor-

cionaram a quase 200 idosos uma tarde bem passada, com descontracção, con-

vívio, diversão conseguindo-se recriar um ambiente digno de uma casa de fados.

Aurora Rouxinol Coordenadora do Centro Social da Pasteleira

Isabel Cristina Vieira Coordenadora do Centro Social de Rainha D. Leonor

Maria Albina Padrão Coordenadora do Centro Social de Pinheiro Torres

Obra Diocesana de Promoção Social24

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-

portante para as instituições que servem a população sénior promoverem tardes

diferentes, de cultura, partilha, convívio, colocando em prática valores da nossa

Instituição – a Cooperação e a Inovação.

Indo ao encontro dos interesses desta população conseguimos envolver

não só os idosos da ODPS mas também os idosos da comunidade numa activi-

dade que os motivou a saírem das suas rotinas e a partilhar vivências e saberes.

De realçar o empenhamento do grupo convidado que soube ir ao encontro

do gosto dos idosos, cantando temas

“velhos conhecidos” trazendo-lhes à

memória tempos passados que foram

lembrados com saudade, fazendo em

muitos deslizar uma lágrima pelas suas

rugosas faces.

25Ano VII . n.º27 . Trimestral . Junho 2012

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Dia da Educação Social

Maria Isabel Cristina VieiraCoordenadora do Centro

No dia 18 de Maio de 2012 co-

memorou-se o “Dia da Educação So-

cial”. A Universidade Portucalense assi-

nalou este dia com uma palestra sobre o

tema e uma mostra de trabalhos realiza-

dos pelos idosos das Instituições: Obra

Diocesana de Promoção Social – Centro

Social de Rainha D. Leonor e Fundação

CAIS.

Este convite da Universidade

Portucalense surgiu no âmbito do estágio de uma aluna do 3º ano, neste Centro

Social, com os idosos.

Com esta mostra pretendeu-se dar a conhecer a Instituição que somos –

Obra Diocesana de Promoção Social – e o que fazemos no nosso centro – Centro

Social de Rainha D. Leonor – com a população idosa. Pretendemos divulgar, mas

também fomos vendendo alguns trabalhos realizados pelos idosos.

Nesta mostra empenhou-se uma das idosas que participam diariamente na

vida do centro que foi acompanhada pela sua neta, também ela cliente do centro.

Foi com muita satisfação que acolhemos em representação do nosso Conse-

lho de Administração, o Sr. Pedro Pimenta.

Obra Diocesana de Promoção Social26

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Frei Bernardo Domingues

Aspectos básicos a ter em conta na educação

1. Aprender a ajudar cada um a descobrir as próprias capacidades, a torná-las efectivas, fonte de auto-

outros depende do aturado investimento no presente de todos e cada um.

2. Estimular o esforço pessoal para aprender a ser, a saber e a saber fazer com perfeição; cada vez que

haja um sucesso, este deve ser reconhecido e valorizado para manter o seu ritmo do esforço pessoal e

para eventualmente pedir ajuda lealmente.

3. Valorizar adequadamente a liberdade e responsabilidade de modo a encontrar o seu próprio estilo

humilhar quem eventualmente tenha fracassado.

4. Auxiliar cada pessoa a saborear a alegria de colaborar e partilhar a vida grupal. A participação social

inicia-se e educa-se pela participação nas tarefas em família, na vida escolar e nos jogos colectivos em

que cada um tem uma função a desempenhar.

5. Praticar a solidariedade e a gratuidade na base da amizade; cada um deve tornar-se verdadeiro, compe-

tente, justo e fraterno a partir do exemplo dos adultos que devem ser modelos de verdade, honestidade,

6.

ro do apetecer mas descubra e pratique as regras do viver com sentido vencendo o egocentrismo, o

hedonismo e o consumismo, aprendendo a partilhar com bom senso.

7. Aprender a assumir os resultados das próprias decisões tanto nos sucessos como nos fracassos, de

modo que cada um aprenda a ponderar as decisões prevendo os resultados; em cada situação devem

aprender a medir os riscos e os benefícios, optando pelo bem maior ou o mal menor, nas eventuais

situações negativas.

8.

alternativas possíveis com as consequências de cada uma delas, tentando responder às questões:

“porquê”, “para quê” e “como” para ponderar, discernir e decidir bem e a tempo e horas.

9. Aprender a escutar, a entender e a respeitar os outros nas suas legítimas diferenças, cada um deve ser

treinado para o diálogo leal conclusivo entre todos os intervenientes na vida social, desenvolvendo as

sintonias e as convergências reconhecendo o direito às legítimas diferenças.

10.

do da festa e do lazer.

Em todas as situações é essencial praticar a justiça comutativa e distributiva segundo as regras do bem comum que

deve proporcionar a todas idênticas oportunidades e praticando a equidade, ou seja: exigir de cada pessoa segundo as suas

reais capacidades e ajudar a todos segundo as respectivas necessidades, sem fazer acepção de pessoas.

27Ano VII . n.º27 . Trimestral . Junho 2012

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Maria Teresa de Souza-CardosoEducadora de Infância

CaminhandoHora da Colheita!

A sociedade actual, particularmente a ocidental, super-valorizando os con-

ceitos de beleza e do culto à juventude, tem tendência a viver uma cultura de ex-

clusão do idoso.

Sempre atento às realidades do mundo em que vivemos, S.S. o Papa Bento

XVI vem lembrar-nos que “A atenção aos idosos não é um acto de solidarie-

dade mas de gratidão”.

A Obra Diocesana, verdadeira história de amor, consciente desta realidade,

tem, também, como forte preocupação, procurar estratégias e soluções para as

questões sociais emergentes relacionadas com o envelhecimento, valorizando e

respeitando o idoso e promovendo dinâmicas de aproximação intergeracional, pois

sabe ser a sua prática, um contributo fundamental para a criação de laços fortes

tão necessários numa sociedade cada vez mais fragmentada.

Convido-vos agora, a ver uma panorâmica das inúmeras actividades que se

-

sito de contribuir para que os idosos sejam plenamente reconhecidos, como uma

fonte inesgotável de riqueza, para o crescimento espiritual e humano da sociedade.

Centros Sociais do Carriçal/S. ToméOs Centros Sociais do Carriçal/S. Tomé, têm por objectivo primordial fo-

mentar e desenvolver um verdadeiro trabalho de equipa criança/idoso; assim, são

inúmeras as actividades conjuntas.

No dia mundial do teatro crianças e idosos dramatizaram o poema ‘A Pro-

cissão’ de Antonio Lopes Ribeiro, tão bem recitado por João Villaret.

-

-

famílias, todos dedicaram a Nossa Senhora.

O dia mundial da Família foi também particularmente comovente: crianças, ido-

sos e famílias, todos se juntaram no salão para rezar a oração de S. Francisco adap-

tada à família, com a presença da imagem de Nossa Senhora de Fátima, que estava

No dia mundial da criança os idosos resolveram fazer uma surpresa às

crianças e dramatizaram uma história muito original ‘Quem quer casar com a chi-

nelinha’. Todos adoraram e a interacção entre os dois grupos foi perfeita. Como nos

Obra Diocesana de Promoção Social28

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“É uma história que nos faz voltar ao tempo de criança, adorei.”;

mais felizes com a nossa presença e ao mesmo tempo senti que já fui criança.”;

“É pena que no nosso tempo não valorizavam tanto as crianças e

os idosos; hoje vemos que há uma maior preocupação com o bem-estar

do ‘OUTRO’.”;

”Em primeiro lugar gostei muito de ver as crianças contentes e felizes, a sorrir.

“Adorei. Foi muito ternurento ver tanta criança feliz, valeu o esforço.”

”Gostei de contribuir para uma tarde diferente e cheia de alegria para as crian-

ças, assim como de preparar os adereços e de todo o espírito de grupo entre colegas.

Tudo foi feito com muito amor e carinho.”

São estes pequenos exemplos de como a intergeracionalidade, desenvolve

uma sociedade mais sólida, inclusiva e solidária onde cada pessoa ocupa um lugar,

o seu lugar.

Centro Social do Cerco do Porto-

-se às novas limitações do corpo, mas podendo desfrutar das recompensas e sa-

tisfações que acompanham a maturidade.

Nesse sentido, como nos refere a sua Responsável:

“O Centro Social do Cerco do Porto desenvolve diariamente diversas ac-

tividades, desde: Ginástica, Boccia e ainda passeios pedestres à volta do Centro

de Dia com o objectivo de contrariar o sedentarismo dos clientes e promover a

manutenção das suas capacidades.

Temos ainda a Dança, as Manualidades e os Cantares de Música Popular

Portuguesa.

aniversários de todos os clientes.

-

val, a Páscoa, o Dia do Pai, da Mãe, os Santos Populares e o Natal, são sempre

celebrados e constituem uma mais valia para o grupo que na maior parte das situ-

ações, só conta com estas atenções vindas da nossa parte.

Uma das actividades que este ano lectivo marcou pela diferença, foi a fes-

ta de S. Martinho. A adesão, a alegria e o entusiasmo estiveram presentes du-

rante toda a tarde. O que contribuiu para a dinamização da actividade foi a pronta

colaboração do grupo de cantares ‘Serões da Aldeia’ que gratuitamente animou ao

longo da tarde todos os presentes, desde clientes a colaboradoras. Todos canta-

ram, dançaram, riram e deram largas a momentos de alegria. O lanche oferecido a

-

cado e bem ‘regado’.

-

dos e gratos, salientando o facto, sugerindo-nos e até pedindo-nos que realizasse-

-mos mais actividades deste género.

Outra actividade que também salientamos foi a Comemoração dos Amigos.

29Ano VII . n.º27 . Trimestral . Junho 2012

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questão de comemorar com os nossos ‘avozinhos’.

Celebramos a beleza da amizade entre as pessoas com um baile de gala

onde todos acabamos por nos sentir príncipes e princesas.

Escolhida a valsa, feitos os ensaios…

Chegou o grande dia.

Vestimos os nossos vestidos compridos e os nossos fraques e seguimos

em cortejo até ao centro de dia onde passamos uma tarde inesquecível.

onde a partilha de afectos reinou.”

Centro Social de Fonte da MouraTodos temos consciência que envelhecer é natural, mas todos temos tam-

velhice é apenas, uma nova fase da vida.

Tendo disso consciência plena, o Centro Social Fonte da Moura, na voz do

“No nosso Centro, valência do Centro de Dia, existem variadíssimas activi-

dades, desde espirituais, culturais, lúdico-recreativas, desportivas, informativas…

Todas as actividades são direccionadas e adaptadas para o público-alvo,

-

co para o seu bem-estar. É importante adequarmos as actividades com gestos e

palavras de carinho para com os mais velhos e uma disponibilidade total para os

mesmos.

De entre as actividades de que fazem parte nesta valência, temos a Ses-

são de Relaxamento que serve essencialmente para uma estimulação motora

dos idosos, estimulação cognitiva que trabalhamos desde o raciocínio, memória

entre outros aspectos, passeio pedestre onde fazemos um circuito diário para um

aproveitar do espaço envolvente e um consequente exercício físico, Oração do

Terço onde praticamos o culto, e, também, a expressão plástica e consequente

celebração de épocas festivas. Fazem ainda parte a sessão de cinema, manicure,

expressão musical, informática e costura entre outras.”

Centro Social do LagarteiroTambém o Centro Social do Lagarteiro, sabendo que o envelhecimento é

inexorável, tem plena consciência que é preciso descobrir o que existe de bom,

verdadeiro e belo em cada fase da nossa vida. Assim, conta-nos a sua Responsá-

vel: “O Dia Internacional do Idoso é comemorado anualmente a 1 de Outubro. Este

dia foi instituído em 1991 pela ONU, Organização das Nações Unidas, e tem como

objectivo sensibilizar a sociedade para as questões do envelhecimento e a neces-

sidade de proteger e cuidar da população mais idosa.

Têm um futuro que felizmente se alarga cada vez mais e que exige de todos

nós, seja assegurado com qualidade. Nesse futuro, no futuro, a ideia central é

a da qualidade. -

Obra Diocesana de Promoção Social30

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humanos que trabalham com os mais velhos.

realizar algumas actividades envolvendo as crianças e os idosos do Apoio Domiciliário.

Assim, no dia 30 de Setembro de 2011 comemorou-se o Dia Internacional

do Idoso com uma cerimónia religiosa na Igreja Nossa Senhora do Calvário presi-

dida pelo Senhor Cónego Milheiro, seguida de um almoço convívio no Centro. Os

-

Idosos uma simbólica lembrança realizada pelas crianças das diferentes valências

do Centro Social do Lagarteiro.

Nos Reis, o Centro Social do Cerco presenteou-nos com uma visita dos Ido-

sos da Valência de Centro de Dia para cantar as Janeiras aos nossos meninos. Nesta

troca intergeracional, os mais pequeninos cantaram músicas alusivas à festividade

e os meninos do CATL representaram e dançaram para encanto dos mais velhos!

Numa outra actividade realizada em parceria com o Centro de Saúde de

Campanhã, os meninos dos 5 anos e do CATL participaram na Feira de Saúde

– Envelhecimento Activo e Solidariedade Intergeracional com a participação em

jogos tradicionais, Caminhada pelo Bairro do Lagarteiro e com a demonstração de

uma dança e uma música dos Xutos e Pontapés.”

Centro Social da PasteleiraUm dos objectivos primeiros de uma sociedade moderna é a qualidade de

vida e o reconhecimento da importância da terceira idade é um índice de qualidade.

A terceira idade deve ser uma fase feliz da existência, um momento de transmissão

de experiencias e sabedoria, devendo o envelhecimento ocorrer com dignidade.

O Centro Social da Pasteleira, juntamente com os Centros que lhe estão

próximos, tem disso plena consciência. Como nos explica a sua Educadora Social:

-

tividades, para além das que fazem parte do plano, onde podemos encontrar a

estimulação física, as manualidades, a informática entre outras; contamos também

com a parceria de uma escola local onde um grupo de idosos ensinam às crianças

tradições antigas, e à semelhança do ano passado, participamos num projecto

desenvolvido pelo Pelouro da Cultura da Câmara Municipal do Porto, designado

por ‘ Festas com Tradição’.

O grupo coral deste Centro continua a manter a tradição de cantar as Ja-

neiras nos serviços centrais e instituições locais, desejando a todos um bom ano e

participando também no ‘Concerto de Reis’ onde foi envolvido todo o Centro desde

as crianças aos idosos.

Com o objectivo de manter alguns dos valores que a “Missão 2010”

trouxe até nós, e em parceria com o C.S. Pinheiro Torres e C.S Rainha D. Leonor

temos levado a cabo diferentes actividades que em muito têm alegrado os nossos

idosos, como a festa de Magusto, a Tarde de Fados e algumas outras que ainda

irão surgir ao longo do ano.

Na nossa opinião esta parceria tem sido uma mais valia, algo de muito posi-

tivo que tem permitido ‘dar’ aos idosos tardes diferentes, alegres, de convívio. Tem

sido uma boa experiência que todos desejamos manter.”

31Ano VII . n.º27 . Trimestral . Junho 2012

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Centro Social de Pinheiro Torres Os idosos, como todos, possuem necessidades de expressão e desejam

O Centro Social Pinheiro Torres, tem plena consciência, do papel essen-

cial que os idosos podem e devem ter na vida do dia-a-dia. Como nos diz a

sua Educadora Social: “O Centro Social Pinheiro Torres tem vindo a tentar propor-

cionar aos seus clientes novas experiências que tentam ir de encontro aos interes-

ses e gostos dos mesmos.

Dessa forma, destacamos de todas as iniciativas realizadas durante este

ano, aquelas que premiaram a partilha entre Centros da ODPS (Centro Social Pas-

teleira, Rainha D. Leonor e Pinheiro Torres) proporcionando assim aos nossos clien-

tes momentos de convívio e lazer.

Temos vindo a realizar em conjunto algumas festas, (Dia dos Amigos, S.

Martinho e a Festa da Primavera) para as quais utilizamos o espaço do Centro So-

cial da Pasteleira, visto que tem mais condições.

A última festa em conjunto foi a Festa da Primavera, para a qual foi convida-

do um grupo de Fados da Foz que animou a tarde.

Estas iniciativas só são possíveis graças ao espírito de cooperação e empe-

nhamento das pessoas que contribuem para a realização das mesmas.”

Centro Social Rainha D. LeonorMuitas vezes, à velhice, alia-se a pobreza e a exclusão social, o que vem

agravar seriamente o sentimento de solidão; é, pois, essencial que os idosos

estabeleçam fortes laços de amizade, criem o seu grupo de amigos para que

possam conviver, mantendo uma boa auto-estima. Como nos transmite a Educa-

dora Social do Centro Social Rainha D. Leonor: “Ser idoso nos nossos dias quer

dizer muitas coisas, uma delas é que já trabalharam muito, passaram por tempos

difíceis e agora, querem divertir-se, conviver, conversar, descansar, aproveitando o

melhor possível o tempo que ainda têm pela frente.

No Centro Social Rainha D. Leonor, todos os dias dinamizamos activida-

des de trabalhos manuais, discussão de temas actuais ou trazidos pelos nossos

clientes, conversamos, convivemos estimulando assim a capacidade dos seniores.

Há grupos para todos os gostos, uns gostam de jogar, outros de trabalhos

e decorações, outro que gosta de passear, outro que só gosta de conversar e estar

acompanhado. Há os que gostam de exercício físico. O grupo das novas tecnolo-

gias que é assíduo nas aulas de informática.

Temos um momento de oração por semana, em que prestamos a nossa

são trazidas pelos nossos clientes e por amigos desta casa.

O mais importante é que não se sentem sozinhos, sabem que no Centro

encontram resposta às suas preocupações, têm acompanhamento e sentem-se

bem tratados.”

Obra Diocesana de Promoção Social32

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Centro Social do RegadoO apoio que a Obra Diocesana dá aos seus idosos tem efeitos extre-

-

dos e mais seguros. Como nos refere o Animador Cultural do Centro Social do

Regado: “As Actividades desenvolvidas no Centro são postas em prática indo ao

encontro das necessidades dos seus Clientes tendo como objectivo a promoção

dos seus desenvolvimentos quer eles sejam motores, cognitivos, sensoriais, sociais

ou até afectivos. Para a implementação destes e de outros aspectos são desenvol-

vidas actividades de grupo, actividades de convívio, actividades religiosas, etc. e

são maioritariamente desenvolvidas e aplicadas na sala de actividades do Centro,

sendo criado para esse efeito, mensalmente, um plano de actividades.

Diariamente são realizadas Actividades Manuais, desenvolvendo o lado

mais criativo do idoso, tentando desvendar o seu lado artístico e muitas vezes

consciencioso tentando utilizar materiais de desperdício.

Durante a semana são realizadas Actividades Desportivas (ginástica matinal

3 vezes, Boccia 1 vez e caminhadas, quando o tempo o permite), que desenvolvem

Uma vez por semana juntamo-nos para cantarmos músicas tradicionais

portuguesas que muito contribuem, não para evidenciar dotes vocais, mas para a

socialização e recordações dos tempos de juventude.

Uma vez por mês é realizada uma actividade de culinária que desenvolve e re-

corda aptidões na cozinha. Serve essencialmente para confecção de um bolo para co-

memoração dos aniversários, tendo outro valor e ‘sabor’ sendo feito por eles próprios.

Todas as sextas-feiras de manhã, desloca-se ao Centro de Dia uma Vicenti-

na, pertencente à Paróquia de Paranhos, que voluntariamente dirige uma pequena

oração e dá a hóstia para quem quer comungar. Na primeira sexta-feira de cada

mês, da parte da tarde e também voluntariamente, uma cliente do Centro de Con-

vívio dirige a oração do Terço.

Para além das actividades desenvolvidas no Centro, existem muitas acti-

vidades realizadas no exterior como passeios, visitas, parcerias, nomeadamente

com o Gabinete do Ambiente da CMP com quem estamos a participar no projecto

-

des fazendo com que os Clientes se sintam bem, realizados e felizes. É para isso

que lutamos e trabalhamos diariamente, com e para os Clientes.”

Centro Social de São João de DeusAs acções de intergeracionalidade promovem no idoso, um bem-estar psi-

cológico, animando-o, incentivando-o a realizar novas actividades e a fazer com

que se sinta útil e não abandonado.

As Educadoras, de Infância e Social, do Centro Social São João de Deus

contam-nos um episódio ilustrativo: “No passado dia 24 de Abril os clientes da

Terceira idade e as crianças da sala dos 4 e 5 anos, do centro Social de São João

de Deus, em viatura cedida pela Câmara Municipal do Porto, juntamente com as

respectivas Educadoras e Auxiliar de Acção educativa, foram ao parque infantil do

Amial, comemorar o Dia da Terra.

Usufruíram de um atelier onde crianças e idosos aprenderam a fazer um pás-

saro e um chapéu, tudo feito com material de desperdício neste caso jornais velhos.

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tergeracional.

Na nossa perspectiva como Educadoras, é de extrema importância parti-

lhar e cultivar estes laços de afectividade entre os ‘mais novos’ e ‘menos novos’.

Esta actividade foi muito pertinente, não só pelas actividades realizadas,

como pelo convívio saudável que possibilitou entre diferentes gerações.”

Centros Sociais de São Roque da Lameira / Machado VazNo mundo actual devíamos ter medo era, de não chegar a envelhecer. A

verdade é que temos todas as idades que já tivemos e é na terceira idade que va-

mos colher os frutos do que semeamos nas fases anteriores da nossa vida.

A Responsável dos Centros Sociais de São Roque da Lameira/Machado

Vaz transmite-nos episódios sugestivos:

A construção de um Gigantone, inspirado nos quatro elementos, uma acção

em parceria com a casa das Glicínias, não foi tarefa fácil. Foi necessário muito em-

penho e um verdadeiro trabalho em equipa. Mas o esforço valeu a pena e era visível

várias Instituições pertencentes à freguesia de Campanhã.

A atribuição do segundo prémio foi uma surpresa pois a concorrência era

nosso trabalho ser reconhecido e valorizado.

Passeio à Beira – Mar:

Como diz o ditado: Abril Águas Mil!

Com uma saída programada à beira-mar e com uma semana sempre a

chover, tínhamos os nossos clientes de terceira idade sempre a levantar a questão:

Sair? Com este temporal?

E nós a pensar positivo e a responder motivados: “Relâmpagos no mar é

um espectáculo bonito de se ver”.

No dia marcado, lá fomos cheios de dúvidas... mas a nossa chegada à

praia foi uma bonita surpresa. Um tempo ameno e convidativo esperava por nós, e

tal como crianças aproveitamos para dar umas corridinhas areia fora, na direcção

do mar que nos convidava a entrar. Na falta do fato de banho o que não faltou foi

quem apanhasse búzios e conchinhas para recordação e também já a pensar em

novos trabalhos a realizar no Centro.”

É pois ilustrativo que a Obra Diocesana de Promoção Social, apesar de

saber que para o modelo económico vigente, os idosos já não são uma força pro-

dutiva mas antes uma fonte de preocupação para o Estado, que lhes tem que pagar

as pensões, sabe bem que a velhice é apenas mais uma fase da vida e que é es-

sencial contrariar a cultura de exclusão do idoso, e contribuir para que a sociedade

reconheça o que lhes deve e os valorize e respeite como merecem.

Nesse sentido, a Obra Diocesana de Promoção Social volta a dar ainda

mais uma ajuda, tentando consubstanciar o novo sonho do nosso Presidente, Se-

nhor Américo Ribeiro, na construção da Residência Geriátrica de São José, a con-

A todos nós, a toda a comunidade, compete-nos responder ao seu apelo

de perto a sua acção em prol da população mais carenciada e mais fragilizada.

Obra Diocesana de Promoção Social34

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No dia 22 de Junho, pelas 21

horas, no Auditório do Centro Social da

Pasteleira da Obra Diocesana de Pro-

moção Social, realizou-se o Concerto

de São João, com a participação das

crianças, idosos e colaboradores.

Não sabemos bem que palavras

escolher para descrever o empenha-

mento, a dedicação e a cooperação de

todos quantos participaram na realiza-

ção deste evento.

Quando o dia amanheceu, sen-

timos que algo de diferente aconteceu,

os familiares, colaboradores e até mes-

mo a comunidade (Academia de Dan-

ças e Cantares do Norte de Portugal)

empenharam-se ativamente na cons-

trução dos adereços, na partilha de

conhecimentos, garantindo que se iria

proporcionar um espetáculo inovador

com qualidade.

-

go do ano a nível da expressão musical, demonstrando os conhecimentos adquiri-

dos através do manuseamento de ocarinas, instrumentos de percussão, instrumen-

tos de corda (ukulele) e piano; momentos de dança; e na apresentação de músicas

com letras originais da professora Margarida Almond.

Na palavras do Presidente do Conselho de Administração da Obra Diocesa-

na, Senhor Américo Ribeiro, foi “espetacular ver os nossos idosos a partilhar

destes momentos e lindo ver as nossas colaboradoras a participar ativa e

instrumentalmente no ukulele!”. Referiu ainda que “foi ótimo ver o espaço

de gratidão e reconhecimento pelo espetáculo que foi proporcionado a

todos”.

Acreditamos com responsabilidade nos versos que cantamos

“No meu tapete voador

Posso ir seja aonde for…

No céu azul vou passear,

Um arco-íris procurar…

Mil aventuras, vou viver,

Sem ter medo de me perder…”

Concerto de São João

Centro Social da Pasteleira

Aurora RouxinolCoordenadora do Centro

35Ano VII . n.º27 . Trimestral . Junho 2012

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Um Dia Diferente… Quanta Felicidade!!!

Para nós, CA da Obra Diocesa-

na, é ponto de honra a persecução dos

Nossos Valores e, por isso, sentimos

que a rota traçada por nós é levada à

letra por Todos Aqueles que trabalham

nesta Casa. Sentimo-nos felizes e rea-

lizados.

Esta introdução vem a propósito

do “Convívio na Malafaia”, realizado no

passado de 21 de Maio, e que pela forma como foi vivido pelos presentes nos leva

a dizer – Sim, todos os nossos valores estiveram presentes – Qualidade,

Inovação, Cooperação, Empenhamento, Compromisso, Transparência,

Responsabilidade e Personalização.

Só quem viveu aqueles momentos maravilhosos de alegria e felicidade,

como eu vivi representando o Conselho da Administração, pode descrever o tra-

balho, competência e dedicação dos nossos colaboradores para com os nossos

“Clientes”. A participação dos “Nossos Idosos” em todas as atividades foi espeta-

Pedro PimentaVogal do CA da ODPS

Obra Diocesana de Promoção Social36

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jamais pensavam fazer.

Foi, para mim, uma Tarde Mágica, por ver tanta gente feliz por viver um dia

tão diferente da sua rotina diária.

Isto só foi possível pela excelente organização do Dr. Tiago Veloso da Múl-

tipla Escolha, a quem apresentamos os nossos agradecimentos, mas também ao

trabalho incansável de todos os elementos da ODPS.

Aos nossos clientes dizemos que se preparem e estejam atentos, pois se-

guramente teremos “Novos Dias Diferentes” no futuro.

Por mais palavras que queira acrescentar, nada melhor do que lerem os

testemunhos / opiniões dos nossos

Idosos e responsáveis dos Centros de

Dia e deixarem-se seduzir pelas ima-

gens que fazem parte deste trabalho.

Senti-me realizado por ver Tan-

ta, mas Tanta Gente Feliz.

37Ano VII . n.º27 . Trimestral . Junho 2012

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Dia do Fascínio das Plantas

No dia 18 de Maio, a convite da

Universidade Católica Portuguesa – Es-

cola Superior de Biotecnologia, na pes-

soa da Dr.ª Marta Vasconcelos, os ido-

sos e as crianças da ODPS participaram

numa atividade que lhes proporcionou a

descoberta do mundo das plantas.

Denominado o “dia do fascínio

pelas Plantas”, reuniram-se na univer-

sidade cerca de 334 crianças e 118 ido-

sos numa panóplia de diversão à desco-

berta deste mundo.

O objetivo a que esta atividade

se propunha, era consciencializar as

pessoas para a importância das plantas

nas nossas vidas, e desta forma promo-

ver o seu uso nas diversas vertentes no

dia-a-dia – alimentação, cosmética, pre-

servação da natureza.

Entre as diversas atividades al-

gumas despertaram os nossos sentidos,

como seja, o olfato - na maravilhosa

prova de cheiros, o gosto - na prova de

António Coutinho Enfermeiro

Maria Anjos Pacheco Enfermeira

Obra Diocesana de Promoção Social38

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biológica e prova de produtos confecio-

nados com plantas (gelados, gomas,

azeite), a visão - através da observação

microscópica de fungos ou ainda da pe-

quena horta urbana.

Num gesto de generosidade e

partilha ofereceram aos nossos idosos

e crianças um pequeno pinheirinho para

que também possam ser participantes

ativos na preservação da natureza.

Entre as várias palestras que de-

correram na parte da tarde foram expli-

cadas todas estas interações complexas

entre os humanos e o mundo plantae,

pois é essencial proporcionar às pesso-

as o ensino adequado para que se tor-

nem livres e responsáveis na gestão da

sua própria qualidade de vida.

O nosso Conselho de Adminis-

tração, que gosta de estar próximo das

nossas crianças e idosos, fez-se repre-

sentar pelo Exmo. Senhor Pedro Pimen-

ta que participou de forma ativa nas ati-

vidades.

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Visitas do SADEu vivi a realidade e…. Senti-me feliz!!!

Pedro PimentaVogal do CA da ODPS

“A Todos que sofrem e estão sós, dai sempre um sorriso de alegria. Não lhes proporcioneis apenas os vossos cuidados,

mas também o vosso Coração”

Madre Teresa de Calcutá

Quando há cerca de ano e meio

passei a fazer parte do CA da ODPS fui,

pouco a pouco, conhecendo os “cantos

da Casa”. A integração foi fácil com a

compreensão e ajuda dos meus colegas

do Conselho de Administração, dos Di-

retores de Serviços, Coordenadores de

Centro e demais colaboradores da nos-

sa Instituição.

Mas, a certa altura, comecei a

ouvir falar em SAD para aqui, SAD para

ali e, ainda sem conhecer o seu verda-

parece que esteja em presença de tal.

Não, de facto, não são desportivas mas sim a sigla de um dos nossos mais

prestigiantes serviços: SAD – Serviço de Apoio Domiciliário.

Perante esta realidade e depois de dialogar com os meus pares do CA resolvi,

com a devida anuência do meu caro amigo Presidente Américo Ribeiro, programar

dois dias para acompanhar as nossas equipas SAD que, diariamente, desenvolvem

aquele serviço.

Assim, marcamos 2 dias de visitas para 22 e 28 de Março p.p. contemplando

no primeiro dia os Centros Rainha D. Leonor e Fonte da Moura e no segundo Regado

e Cerco do Porto. Cerca da 08:30 começamos as visitas com as equipas supervisio-

nadas pelos Enfermeiros António (no dia 22) e Maria (no dia 28).

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Foram dias maravilhosos e experiências de vida que nunca esquecerei. Sa-

bem, uma coisa é o que lemos, vemos na TV ou nos contam, mas a realidade é muito

mais triste e cruel…!!!

Diria que em quase 100% as casas visitadas são habitadas por idosos que

vivem sozinhos e que a família, o raio de luz, a alegria é a chegada das nossas colabo-

radoras. Que alegria sentem aquelas pessoas (quase sempre sozinhas e muitas ve-

zes acamadas) quando a porta se abre e se ouve diálogos como este: Colaboradora:

“Bom dia D. Maria, dormiu bem? Está tudo bem? Resposta: Bom dia Menina, ainda

bem que chegou pois hoje sinto muitas dores, etc, etc. Colaboradora e Enfermeiros

António ou Maria: Pois cá estamos nós para tratar de Si e ajudar no que for preciso”.

A ternura com que se beijam, e por vezes abraçam, fazem-me compreender

os Srs. Enfermeiros António ou Maria di-

rigem-se aos idosos dizendo: Trago aqui

uma visita para Si, agora que estamos a

chegar à Pascoa, o Sr. Pedro Pimenta do

CA da Obra Diocesana, vem visitá-la (o),

pode entrar? Resposta com voz de ad-

miração: Pode, se faz favor, mas nunca

pensei que os Senhores da Obra Dioce-

sana se lembrassem de mim.

Dirão que é publicidade nossa, a

vontade de me achar importante ou pie-

guice da minha parte mas, como verão

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nas fotos juntas a este texto, tive a opor-

tunidade de viver momentos de muita

ternura e felicidade, e…senti-me Feliz!!!

E… senti-me Feliz por estas visi-

que tento fazer pelos Outros, tem Senti-

do e Vale a Pena.

E… senti-me Feliz pelo privilégio

de viver estes momentos e ter levado a

alegria e felicidade que tanta falta fazem

a estas pessoas.

E… senti-me Feliz por compre-

as pessoas que vivem tão sozinhas.

E… senti-me Feliz por pertencer à ODPS - Obra Diocesana de Promoção

Social.

E… senti-me Feliz pelo trabalho, carinho e amor que as nossas Colaborado-

-

mente sozinhas.

E… senti-me Feliz por termos Colaboradores como os Enfermeiros António e

Maria que têm um sentido de trabalho e liderança digno de registo.

E… senti-me Feliz e sensibilizado pela receção e total colaboração das (os)

Coordenadores de Centros.

Obra Diocesana de Promoção Social42

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E… senti-me Feliz porque saí destas visitas com a certeza do valor e neces-

sidade deste serviço para a comunidade que servimos.

Fica desde já a promessa de, logo que possível, fazer estas visitas com as

equipas dos restantes Centros.

Antes de terminar, gostaria de me dirigir a todos os nossos Colaboradores,

em particular aos do SAD – Serviço de Apoio Domiciliário (agora nunca mais me

engano), para dizer-lhes que continuem assim, pois não só engrandecem a ODPS

mas também a si mesmos e para pedir-lhes que meditem e coloquem em prática as

palavras de Madre Teresa de Calcutá. Vós que viveis a realidade dia a dia podereis

sempre dizer:

“EU VIVO A REALIDADE E… SINTO-ME FELIZ!!!

“A Grandeza não consiste em

receber Honras, mas em Merecê-

-las”

Aristóteles

Obrigado a Todos Clientes/Uten-

tes e Colaboradores por estes dois dias

de realidade, felicidade e carinho.

43Ano VII . n.º27 . Trimestral . Junho 2012

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Pelas 16h30 do dia 25 de Junho,

no Centro Social de Rainha D. Leonor,

realizou-se a Festa de Final de Ano.

O palco, instalado no recinto

exterior do Centro Social, foi pequeno

para acolher crianças, idosos, pais, fa-

miliares e amigos que entusiasticamen-

te assistiram ao espetáculo. Este palco

foi graciosamente cedido e montado

pela empresa “Alpalco”, sediada em Vila

Nova de Gaia (Madalena).

Para “abrilhantar” a festa conta-

mos com a presença do Senhor Amé-

rico Ribeiro (Presidente do Conselho

de Administração da Obra Diocesana

Promoção Social), Senhor Pedro Pimenta (Vogal desse órgão de gestão), Dr. João

Pratas (Diretor de Serviço) e Dr. Carlos Pereira (Diretor Técnico).

O Senhor Presidente fez a abertura da festa, saudando todos os presentes,

agradecendo às crianças, idosos, familiares e colaboradores, dirigindo uma palavra

de apreço pelo trabalho desenvolvido.

A festa desenrolou-se sob o tema do projeto educativo “Os Quatro Elemen-

Centro Social tem.

Como se de um navio se tratasse, fomos parando de porto em porto e as-

sistindo a diversos números em que os protagonistas foram as crianças e os idosos

numa partilha de alegria e felicidade.

Com espirito de equipa e cooperação todos os colaboradores se uniram

em prol do sucesso da festa, transmitindo a todos os presentes um mensagem de

alegria e felicidade.

Festa de Final de Ano Letivo 2011/2012

Centro Social de Rainha D. Leonor

Isabel CristinaCoordenadora do Centro

Obra Diocesana de Promoção Social44

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amplas instalações do Pavilhão ANI-

MAR assistimos a um belo espetáculo

produzido pelas nossas Colaboradoras

e com a participação ativa e alegre de

todas as “nossas crianças”. De salien-

tar a enorme adesão de Pais, Avós e

demais familiares e amigos dos nossos

“clientes” que superlotaram o espaço atribuído ao público naquele Pavilhão.

Foi uma tarde bem passada por Todos Nós que assistimos à atuação das

crianças que enchiam de orgulho e vaidade Pais e famílias.

ODPS ao colocarem em prática os “Valores da ODPS”.

Foi uma feliz festa de encerramento do ano 2011/2012!

Estamos todos de parabéns!

Festa de Encerramento do Ano 2011/2012

Centro Social do Lagarteiro

Luísa PretoCoordenadora do Centro

45Ano VII . n.º27 . Trimestral . Junho 2012

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Exmo. SenhorPresidente da Obra Diocesana de Promoção Social

Minhas saudações.Fazendo parte da Liga dos Amigos da Obra, continuo a mandar esta pequena ajuda, que diminuiu por motivo de força maior. Sofri um corte pesado na minha Pensão de Reforma de Professora.A idade também é pesada – 90 anos! E não corre nada bem, como é natural…!Prometo, enquanto puder, continuar a contribuir.Um dia apagar-me-ei, mas sempre Bendirei ao Senhor, nosso Deus.Com consideração, meus respeitosos cum-primentos

Maria Teresa Dias Teixeira de Morais, Profª.

Exmo. SenhorAmérico Joaquim Costa RibeiroPresidente da Obra Diocesana de Promoção SocialGostaria de agradecer a V.Exa. o exemplar do Livro “Obra Diocesana de Promoção Social – 40 Anos”, que fez a gentileza de me enviar, bem como os quatro últimos números da Re-vista “Espaço Solidário”, que me mereceram toda a atenção.Aproveito o ensejo para remeter, em anexo, comprovativo da transferência bancária a favor da Obra Diocesana que se destina a colaborar, com essa meritória Instituição, na persecução de seus objectivos.

Maria Fernanda Lemos, Dra.

espaçosolidariomensagens recebidas sobre o novo

Ensaio sobre a nudez

Promovo em mim

a nudez

de coisas inúteis,

ideias soberbas,

preconceitos falsos;

dispo-me das folhas caducas

de Outonos antigos

que os laços do tempo

teceram no meu cabelo …

Quero transpor

de mim para fora de mim

prazeres de conveniência

e abraçar amizades

partilhadas,

saídas das pontas dos dedos

que acolhem e afagam

outras solidões!

E quando

souber viver nessa nudez

pura,

hei-de ver verdes

a envolver o meu olhar inteiro,

azuis a embalar

todos os berços conhecidos

e branco, muito branco

dos gelos eternos,

já derretidos

p’lo calor da força

de homens diferentes,

pelo véu da consciência

e do olhar para o outro.

Elvira Almeida

Senhor Américo

Buscaio caminho do Bemsegui por ele

(Cf.Je.16)

Por motivo de obras em Fátima estivemos 2 dias sem linha telefónica. Daqui a razão do meu atraso em dar resposta às mensagens que só hoje tive possibilidade de abrir.

e também de algumas atividades pastorais esteja a decorrer bem e nos permita também algum repouso depois de um ano de traba-

vida.Quando paro um pouco na corrida diária e nos atropelos de tanto a fazer, penso muito naqueles que lutam por trabalho e por saú-de e este pensar faz-me levantar questões como: . Quem e o que me faz correr. Que espírito me impele a fazer o que faço ?E sinto que este questionamento me motiva a fazer o melhor possível aquilo que é preciso fazer e a estabelecer prioridades e critérios

do tempo e das urgências compulsivas. E dentro, parece-me ouvir a voz: “ andas tão preocupada e atarefada… e uma só coisa é necessária…”Que esta voz nos “obrigue” a poder discernir e saborear a melhor parte.A melhor parte para mim e para os outros, para mim e para os que vivem a meu lado e me batem à porta a desinstalar-me constan-temente…A melhor parte para mim e para os que, no silêncio, ou no turbilhão das notícias, me provocam e despertam a consciência ador-mecida…A melhor parte para mim e para quantos me falam em silêncio ou calam dolorosamente as minhas agressividades…A melhor parte para mim e para a fraternida-de sempre a refazer-se com o meu humano e divino contributo pessoal.O sol de um verão incerto nos aqueça e nos recorde o Sol de Deus que ilumina todas as noites e aquece todos os dias , mesmo os mais frios.Fazendo o que quer que seja mas estando no que fazemos e a dar o melhor de nós, possa-mos cumprir a palavra do profeta:Buscai o caminho do Bem e segui por ele!

Confhic

Exmo. SenhorPresidente do Conselho de Administração da Obra Diocesana de Promoção SocialDiocese do PortoAmérico J.C. Ribeiro

Venho, por meio deste e-mail, agradecer o envio para mim e para a Academia Fides et Ratio do Livro sobre a Obra Diocesana de Promoção Social e a colecção da Revista Es-paço Solidário.Tendo lido, logo após o recebimento, vários dos artigos publicados, quero destacar e elo-

ao magistério da Igreja e seus autores.Não posso deixar de notar, também, a quali-

atraente e fácil.Em nome próprio e no dos membros da Aca-demia Fides et Ratio, ora sob a minha pre-sidência, agradeço o importante material bi-

Vida o ilumine, o guarde e lhe conceda a Paz,

Pe. Aníbal Gil LopesPresidente da Academia Fides et Ratio

Rio de Janeiro, Brasil

Obra Diocesana de Promoção Social46

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47Ano VII . n.º27 . Trimestral . Junho 2012

Amigos em crescendo!

0,5% Consignação de IRS 17.553,15 €Abel Ferreira Ribeiro 100,00 €Alfalarmes, Lda. 50,00 €Américo Joaquim da Costa Ribeiro 250,00 €Anónimo 500,00 €Anónimo 500,00 €Anónimo 30,00 €Anónimo 30,00 €António Arlindo Matos Nunes 75,00 €António Moreira Mil Homens 100,00 €António Vieira Rocha 50,00 €Artur Lima 100,00 €Auto Reparadora de Arnelas 250,00 €Comendador Armindo Rodrigo Vieira Leite 50,00 €Concerto de Beneficência 482,50 €Delfim Adérito Martins Castro 160,00 €Fernando Sousa Dias 60,00 €Francisco Ribeiro da Silva, Prof. Doutor 50,00 €Helen Santos Alves, Dra. 15,00 €Horácio Magalhães 50,00 €Jantar de Beneficência 6.500,00 €

João António Esteves Pratas, Eng. 100,00 €Jorge Filipe Oliveira Costa Ribeiro, Dr. 50,00 €José Alves Pais 50,00 €José António Pedro Almeida, Dr. 150,00 €José Carreto Lages, Dr. 100,00 €Laura Jesus Almeida 10,00 €Luís Leite Soares de Resende, Dr. 50,00 €Luís Libório Santos Guimarães 100,00 €Margarida Aguiar Monteiro, Dra. 50,00 €Maria Albina Dias Padrão, Dra. 50,00 €Maria de Fátima Gonçalves Leite Ferreira, Dra. 300,00 €Maria de Jesus Rodrigues Sousa Góis 50,00 €Maria Fernanda O Magalhães Lemos, Dra. 500,00 €Maria Isabel Pôncio Monteiro, Dra. 50,00 €Maria Odete Gomes da Rocha, Dra. 100,00 €Megavale Informática 100,00 €MMSC 300,00 €MTDTM 100,00 €Peritel - Peritagens Técnicas, Lda. 330,00 €Rui Miguel Moreira Lopes, Dr. 50,00 €

Descrição Contribuição Descrição Contribuição

Liga dos Amigos da Obra Diocesana

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Pode ser Mensal, Anual ou ÚnicoEnvie por cheque à ordem de

OBRA DIOCESANA DE PROMOÇÃO SOCIAL ou através do NIB - 007900002541938010118

Sabia que o seu donativo é dedutível no IRS (Decreto-Lei 442-A/88, art. 56º., nº.2, alínea B e nº. 1 RC (artº. 40º., nº. 3)

Obrigado!

Donativos de 21 . Março a 09 . Julho . 2012

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