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espaçosolidarioObra Diocesana de Promoção SocialAno VIII . n.º31 . Trimestral . Junho 2013
pessoas a sentirem pessoas
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Ficha Técnica
Administração: Américo Ribeiro, Helena Costa Almeida, Rui Cunha, Manuel Amial e Pedro PimentaDirecção/Redacção: Manuel Pereira AmialPropriedade/Editor: Obra Diocesana de Promoção SocialColaboradores: A. Pronzato, Américo Ribeiro, Ângelo Santos, António Coutinho, Aurora Rouxinol, Bernardino Chamusca, Carlos Pereira, Chefe Hélio Loureiro, Confhic, Cónego Rui Osório, D. Carlos Azevedo, D. João Lavrador, D. João Miranda, D. Manuel Clemente, D. Manuel Martins, D. Pio Alves, Diana Cancela, Elvira Almeida, Emanuel Cunha, Filipa Martins, Frei Bernardo Domingues, João Alves Dias, João Pratas, Luísa Preto, Manuel Amial, Manuel Tavares, Manuela Botelho, Margarida Aguiar, Maria Amélia Rhotes, Maria Albina Padrão, Maria Anjos Pacheco, Maria Barroso Soares, Dra., Maria Isabel Cristina Vieira, Maria Lurdes Regedor, Maria Teresa Carvalho Lobão, Maria Teresa Souza-Cardoso, Monsenhor Victor Feytor Pinto, Mónica Taipa Carvalho, Padre Dr. Américo Aguiar, Padre Jardim Moreira, Padre José Maia, Padre Lino Maia, Padre Mário Salgueirinho, Paulo Lapa, Pedro Pimenta, Pedro Rhotes, Professor Daniel Serrão, Professor Eugénio da Fonseca, Professor Francisco Carvalho Guerra, Ricardo Azevedo, Rosa Maria Seabra, Rute Monteiro e Susana Carvalho. Gráfica - Lusoimpress, Artes Graficas, S.A.; www.lusoimpress.comPeriodicidade (2008): Trimestral; Tiragem 4.000 ex.; NIPC: 500849404; Depósito legal: 237275/06; Marca nacional: 398706; Registo ICS: 124901; Sócio AIC: 262; Sócio APDSI: 1000005; Postos de Difusão Porto: Casa Diocesana de Vilar; Edições Salesianas, Fundação Voz Portucalense, Livraria Fátima, Paulinas Multimédia, Ermesinde-Casa da JuventudeSede: Serviços Centrais da ODPS, R. D. Manuel II, 14, 4050-372 PORTO
Contactos: URL Geral: www.odps.org.pt; Mail: [email protected]; Telef. 223 393 040/ Fax. 222 086 555
04 - Editorial Manuel Amial
05 - Papa Francisco Conselho de Administração
06 - O nosso reconhecimento a S.E.R. D. Manuel Clemente Conselho de Administração
08 - Amor, Família e Fé Américo Ribeiro
10 - Calem-se as palavras! E falem as Obras! Santo António Confhic
11 - A dignidade dos idosos Padre Lino Maia
12 - A concretude da singularidade Professor Daniel Serrão
14 - João Alves Dias
15 - Peritos em humanidade Cónego Rui Osório
16 - Caminhando Maria Teresa Souza-Cardoso
19 - Audiência com S.E.R. D. Manuel Clemente Manuel Amial
20 - João Pratas / Mónica Taipa de Carvalho
28 - Tardes diferentes Pedro Pimenta
30 - É essencial e urgente o civismo esclarecido e operativo Frei Bernardo Domingues, O.P.
32 - Ano da Fé Centros Sociais
38 - Mónica Taipa de Carvalho
40 - Bernardino Chamusca
41 - Lavandaria Central João Pratas
42 -
43 - Amigos em crescendo
Sumário
3Ano VIII . n.º31 . Trimestral . Junho 2013
EditorialTocou-me de uma forma muito sensível a notícia de que a Áustria lançou re-
centemente uma campanha de angariação de donativos destinada a apoiar crian-
ças de famílias portuguesas carenciadas.
Campanha que, segundo foi dito, é uma forma de retribuir a ajuda que Por-
tugal deu às crianças austriacas depois da Segunda Grande Guerra.
Como é sabido Portugal recebeu mais de cinco mil crianças austríacas,
entre 1947 e 1958, que não tinham condições de sobrevivência no seu país que
estava devastado pela guerra.
As crianças austríacas foram acolhidas por famílias portuguesas, apesar de
Portugal também atravessar um período difícil, num gesto de grande humanismo e
generosidade, que marcou para sempre essas crianças, numa acção patrocinada
pela Cáritas.
Tenho na família um exemplo de acolhimento de duas meninas austríacas,
que guardam memória desse tempo e são uma forte corrente de amizade entre a
Áustria e Portugal.
Este gesto bonito da Áustria é um sinal de solidariedade e de agradecimen-
Manuel Amial
Áustria e PortugalSolidariedade e gratidão
que é justo relevar!
Obra Diocesana de Promoção Social4
“Deus é assim:Ele dá sempre o primeiro passo, Ele move-se para nós.”
“Jesus já não está no passado, mas vive no presente e lança-Se para o futuro: é o ´hoje` eterno de Deus… aceita, então, que Jesus Ressuscitado entre na tua
VIDA!”
“… a graça que pedimos, hoje, é a de vencer com amor. E isto não é fácil, sobretudo quando os nossos inimigos nos fazem sofrer…”
“ O amor foi-nos ensinado pelo Senhor, que nos exortou a amar a todos.”
“Jovens, não tenham medo do compromisso, do sa-crifício e não olhem para o futuro com medo, mante-nham viva a esperança: há sempre uma luz no hori-zonte.”
“Espero que todos nós, nesses dias de Graça, te-nhamos coragem de caminhar na presença do Se-
o sangue do Senhor. Espero que o Espírito Santo e a Virgem Maria nos ajudem a viver isso: caminhar, edi-
“Não é fácil abandonar-se à misericórdia de Deus, porque é um abismo incompreensível. Mas devemos fazê-lo.”
A juventude é o momento onde a vida se faz mais
fazer páscoa cada dia e encher de vida a Vida.”
Papa Francisco
5Ano VIII . n.º31 . Trimestral . Junho 2013
Mensagem/Resposta D. Manuel Clemente
Obrigado, amigo, pedindo a Deus que a ODPS seja sempre e
cada vez mais expressão do amor de Cristo pelos pobres e todas as
pobrezas!
Cordialmente,
+ Manuel Clemente
Sua Excelência Reverendíssima
D. Manuel Clemente
Porto, 18 de Maio de 2013
Foi com enorme júbilo, que recebemos a notícia da nomeação de
Sua Excelência Reverendíssima a Patriarca de Lisboa.
O Conselho de Administração da Obra Diocesana de Promoção
Social (ODPS), pleno de emoção e contentamento, quer apresentar as
suas mais expressivas felicitações e desejar-lhe copioso sucesso na in-
signe missão, que vai encetar, mostrando a toda a Igreja os dons, mar-
cados pelo Espírito Santo, peculiares da sua pessoa e que continuarão a
oferecer contributo valoroso a toda a Humanidade.
Os grandes Homens materializam grandes feitos, pois vêem com
os olhos do coração e sentem com alma de Amor, porque a Sabedoria
Divina opera neles maravilhas.
Cordiais saudações,
Américo Ribeiro
Presidente do CA da ODPS
O nosso reconhecimento a D. Manuel Clemente
Conselho de Administração
Obra Diocesana de Promoção Social6
Amor, Família e Fé
Américo RibeiroPresidente do Conselho de Administração da ODPS
Amor, Família e Fé, três pala-
vras simples, mas que superabundam
de beleza e de substância… formam
uma trilogia perfeita, uma comunhão,
que sustenta espiritualidade, sabe-
doria, alegria, poesia, energia… para
descobrir e redescobrir razão e dire-
ção evolutivas no prosseguir da vida
sob as coordenadas certas, para des-
-
pos, para existir, contemplar, traba-
lhar, sonhar, para cultivar a paz, para
agradecer incessantemente…
O Amor é a essência da vida,
é o encanto e o impulsor da existência
sobre toda a .
amor é entendido como o âmago de
todas as coisas. É o grande aliado do
Bem, envolvendo o homem, a família,
a fé, a verdade e a esperança.
Do ponto de vista conceptual
-
ramente marcantes nas diferentes
dimensões existenciais. Declara-se
como o preceito da relação entre os
que o cosmos, do microcosmo ao ma-
crocosmo, tudo é expressão de amor,
onde o visível, o invisível e o metafísico
se consubstanciam dando lugar à ob-
servação, à exaltação, às inteligências
e ao júbilo, mesmo no meio da tribu-
lação.
Deus é Amor, é Fé, é Família!
Então, não sobram quesitos
nem dúvidas, pois o verdadeiro sen-
tido de um rumo, alegre e seguro, as-
senta nesta base essencial.
O Amor tudo consegue, tudo
sublima, tudo vence, tudo encontra,
-
te, estando sempre pronto a atuar.
Constrói com pouco, no pouco e até
no vazio, clareia a treva, ressoa na
escuridão e na tristeza o hino da sur-
presa abençoada, perdoa e devolve a
serenidade e a capacidade de se ser
livre…
A Fé é uma virtude, um dom,
que Deus nos oferece pelo grande
amor sentido e prometido a toda a
Humanidade. Concede-nos inúme-
ras evidências, para que o descubra-
Momento do Presidente
Deus é Amor,
Obra Diocesana de Promoção Social8
mos. Porém, muitas vezes, não nos
apercebemos de tal e deixamo-las es-
capar. A Fé precisa de atenção, de si-
lêncios, de ser conduzida e alimenta-
da. Possibilita-nos uma visão diferente
de nós próprios, dos outros, de tudo o
que nos rodeia e nos envolve, da vida,
do mundo, dos mundos…
A Fé deve assumir lugar pree-
minente na Família, a qual constitui
núcleo primordial e responsabilidade
acrescida na sua transferência, na
passagem do testemunho, através de
exemplos concretos, através de bons
exemplos em que o Amor, a comuni-
cação, o diálogo, os atos e os com-
portamentos sustêm e defendem os
valores espirituais, cristãos, humanos,
morais, sociais e éticos, não obstante
as imperfeições, os erros, os insuces-
sos… que vão atropelando, mas o seu
surgimento coopera também na cor-
reção e no avançar com segurança,
porque vai alicerçando, com profun-
didade em espaço e contextualização
sólidos e consistentes, aquilo que é
vital para a felicidade.
Pela Fé, o Homem entrega-se
totalmente a Deus e o -
, é o centro e a sinopse da
Fé, porque foi enviado pelo Pai para
revelar o grande projeto de Salvação
envolvendo toda a Humanidade,
mas colocando a liberdade de opção
a cada pessoa.
Deus trinitário: Pai Filho e
Espírito Santo, o inefável mistério,
que se dá a todos, sem medida,
apenas com o objectivo do Amor.
É com esta Fé, apoiada na
verdade e na liberdade, que faz bro-
a Obra Diocesana de Promoção
Social procura assumir, sem hesita-
ções, o seu compromisso de Amor
por todos e por cada um que abraça,
igualmente, como família, pela família
e pela ação geradora de união e de
bem-fazer.
Amor, Família e Fé… Um ca-
minho de luz, que inspira, ilumina e faz
o milagre da Vida!
é Fé, é Família!
9Ano VIII . n.º31 . Trimestral . Junho 2013
Ó Deus!
Senhor da história de todos os tempos,
retoma a nossa vida,
que nem nos apercebemos
que é este pó e cansaço
que precisamos levantar!
Toma-nos pela mão
e orienta-nos nesta desorientação global.
Nenhum vento e maré
desvie a nossa barca do rumo solidário
que teimamos, com abnegação e ternura,
e de porta aberta à fé,
dia após dia, tecer em gestos!
Faz-nos caminhar ao sopro
De uma fé ousada, que há-de sustentar
a obra de Tuas e nossas mãos!
Apesar de todos os obstáculos,
que permaneces a bússola certa
do nosso vaguear incerto!
Dá-nos coragem para ir às raízes
da vida cristã e à voz de Paulo:
prestarmos atenção ao outro,
para nos estimularmos ao amor
e às boas obras ! [Heb 10,24]
Porque…pelas obras nos reconhecerão!
CONFHICCongregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras Imaculada Conceição
Calem-se as palavras! E falem as obras! S. António
Num mundo secularizado, pre-
cisamos de olhar para além do que
se vê. E, simultaneamente, olhar para
aqueles que, ao lado de nós, nos lan-
çam olhares e gritos de preocupação e
angústia!
Os tempos adversos podem
ajudar-nos muito. A adversidade levou,
profundas mudanças!
É oportuno pensar como a gen-
te se vulgarizou… sem nos darmos con-
ta, talvez.
Tudo é rápido e ligeiro. E a fu-
gacidade do tempo não perdoa a dis-
e das palavras.
Esta é, talvez, a hora de in-
o que somos
e o que somos chamados a ser. In-
aquilo que queremos mesmo, de
fundo e em verdade. o
desejo e a vontade que nos hão-de
tornar capazes da missão que nos
espera, nesta travessia de deserto
que parece prolongar-se.
Sabemos e temos consciên-
cia de que, neste tempo de um Deus
“ausente”, porque excluído das nossas
prioridades, somos chamados a revelar
o que não vêem os sentidos e a dizer o
indizível!
Obra Diocesana de Promoção Social10
A dignidade dos idosos
da área do direito, da assistência so-
cial e da saúde têm conhecimento de
maus tratos, de agressões e de outras
formas de violência contra os idosos.
Agressões muitas vezes vistas como
formas de um agir “normal” e “natural”,
lágrimas dos usos, costumes e rela-
ções inter-pessoais.
Num sistema com inspiração
capitalista, temos o factor económico a
ditar regras, onde o humano que deve-
em si mesmo, passa a ser meio de uma
economia desumanizada, transfor-
mando cada um de nós em produtos,
portanto, descartáveis. Vai sendo favo-
recida a ideia de que quem não produz,
quem não domina os avanços da tec-
nologia... logo é excluído e taxado de
ignorante, inútil ou estorvo.
Incentivados por uma comu-
nicação social que aquece o sistema
pensamento de todos nós, sugerin-
do a cada dia que a velhice não tem
lugar existencial no mundo, não é di-
fícil iniciarmos um processo profundo
de rejeição aos idosos, sem sequer
notarmos os equívocos praticados e
por isso mesmo, nem sentimos ver-
gonha, como se nós, praticantes de
tais actos, nunca houvéramos de en-
velhecer. Desde o mundo corporativo,
com seus cruéis processos selectivos,
que excluem os seniores, ao progres-
sivo abandono ou carência na área da
protecção social e demais serviços
que deveriam estar disponíveis e em
pleno funcionamento, constatamos a
inabilidade, tanto no universo privado
quanto público, para acolher o idoso,
e propiciar-lhe, não só infra-estruturas
necessárias, mas também a valoração
e a dignidade pertinente a cada vida.
Como resultado de todo um
processo educacional omisso, que não
trabalha na formação de uma cons-
ciência política, social, económica e
familiar para se viver com maior quali-
dade esta fase tão prevista na história
dos humanos, é frequente a sua subal-
etapa avançada da vida. Tanto o pró-
prio idoso, como os que estão à sua
volta, sentem-se sem recursos nesta
com qualidade e com esperança.
A nossa sociedade deve saber
encarar as suas contradições, pois
quanto maior o número de contradi-
ções menor a qualidade de tudo o que
empreendemos. Como uma grande
catalisadora, pensar em formas cria-
tivas de abrir canais receptivos para
que também o idoso contribua efecti-
vamente com as gerações mais novas
por meio de seu maior património: suas
experiências e vivências adquiridas du-
rante a sua caminhada existencial. O
idoso, com a sua sabedoria adquirida
nos seus muitos anos de vida, torna-se
o transmissor dos valores da cultura
tradicional herdada dos seus antepas-
sados e a progressiva harmonia inter-
Padre Lino Maia
-geracional apenas com o contributo
de todos é possível.
Preservar a autonomia, inde-
pendência e dignidade do idoso, pro-
mover o conceito de comunidades e
instituições amigas dos idosos, implica
em sabermos usufruir da beleza que é
a vida, em todas as fases da sua natural
-
mentos, limitações e possibilidades.
Qualidade de vida pode ser alcançada
a partir de todas as áreas acima rela-
cionadas, mas, acima de tudo, implica
na preservação e na partilha do prazer
em todos os seus aspectos.
Uma família ou uma
sociedade que não
enaltece os idosos
ou os abandona
e maltrata
não merece viver
o seu presente
porque desvaloriza a
ciência e a serenidade
da experiência,
ignora o seu próprio
passado e não constrói
o seu porvir…
11Ano VIII . n.º31 . Trimestral . Junho 2013
A concretude da singularidade
Professor Daniel SerrãoInstituto de Investigação Bioética - UCP
1. Ora aqui está um tema que
o nosso Presidente me enviou para
eu desenvolver nestas intervenções
escritas para este Espaço, que se
deseja solidário. Por isso o vou tratar
numa perspectiva de solidariedade.
Mas não é fácil.
Direi que o que pretende o tí-
tulo – e o Presidente Américo Ribeiro
que o propôs - é saber se a singula-
ridade é, ou pode ser, algo concreto.
Ou seja, algo com visibilidade, com
substância, com “concretude”.
Veio-me ao espírito, olhando
o tema, um texto de Eça de Queiroz
intitulado “Singularidades de uma ra-
pariga loira”. Os que o conhecem sa-
bem que a singularidade desta loira e
elegante rapariga lisboeta era roubar
nas lojas comerciais onde entrava
para ver as novidades da moda, o
que mais lhe agradasse. Por irrepri-
mível impulso de cleptomania.
Então pensei que uma sin-
gularidade será o que, a cada um de
nós, nos fará ser diferentes ou estra-
nhos aos outros.
Um pobre roubar será uma
banalidade esperada; um rico roubar
será uma singularidade inesperada.
E um rico ser solidário com os
que mais precisam será uma singu-
laridade?
2. Nas sociedades moder-
nas, nas quais se transferiu para o
Estado, rotulado de Estado Social,
o monopólio de ajudar os cidadãos
mais necessitados, uma intervenção,
individual ou de grupo, com o objec-
tivo de ajudar quem mais precisa,
será vista como uma singularidade
criticável. Os críticos costumam usar
em sentido pejorativo a nobre palavra
caridade e escrevem, para a ridicu-
larizarem, “caridadezinha”, como se
fosse coisa de crianças. E logo vêm
à baila os Chás de “caridade” em que
as senhoras ricas se entretêm a falar
umas com as outras, sobre coisas
sobras para os “pobres”.
Ora a singularidade cristã,
plena de “concretude”, é a do amor
pelo outro, representado em ac-
tos concretos, nos quais a ajuda de
afectivo, espiritual, é prestada como
homenagem à dignidade do outro,
em nome desse Outro, que é para os
cristãos, a revelação do amor como
caridade.
É uma singularidade que sur-
preendia - como toda a singularida-
de - os romanos no tempo de Pedro
e Paulo, os quais romanos, olhando
“... uma singularidade será o que,
nos fará ser diferentes
Obra Diocesana de Promoção Social12
os actos e a vida dos cristãos, diziam
uns para os outros, com admiração
(ou como crítica ?) “vede como eles
se amam”.
3. É uma grande responsabi-
lidade dos cristãos, neste tempo de
em que tantos não conseguem ter o
mínimo para sobreviverem e andam
pelas ruas pedindo esmola ou comi-
da, fazer com que se manifeste, de
uma forma concreta, a singularida-
de cristã. Não podemos continuar a
dizer: eu já pago os meus impostos
para que o Estado cumpra as suas
funções sociais e, por isso, não dou
mais nada a ninguém. Dizer isto é
pura hipocrisia.
A Paróquia, que é a estrutu-
ra de proximidade dos cristãos, tem
de ser o local da caridade concreta,
mas quase oculta, em que cada cris-
tão se assume como responsável por
todos os outros, em especial pelos
que, pelo desemprego, pela idade,
pela solidão ou pela pobreza, estão,
como o desvalido caído no caminho,
feridos e roubados pelos salteadores
modernos.
O samaritano foi um singular e
a sua singularidade foi concreta: pa-
do desvalido até ao seu regresso. O
levita e o sacerdote acharam que era
uma questão de polícia ou do esta-
do social, mas não deles, que tinham
muita coisa importante a fazer noutro
sítio para onde iam com pressa.
4. Esta é a forma concreta de
os cristãos aparecerão estranhos aos
outros cidadãos. A singularidade do
Padre Américo salvou muitos rapazes
de serem destruídos pela indiferença
do Estado Social, porque ele sabia,
como cristão, que não há rapazes in-
trinsecamente maus. Mas nem todos
os outros cristãos perceberam a con-
cretude da sua singularidade e criti-
caram as suas acções e decisões,
pensando que tirá-los da rua para os
meter na tutoria do Estado social é
que seria a boa solução. Porque eles
já pagavam os seus impostos e não
tinham nada que estar a sustentar a
Casa do Gaiato com esmolas, com a
tal caridadezinha..
A ODPS é uma singularidade
concreta. Sem descurar nem criticar
os apoios públicos, sabe construir a
singularidade concreta de os trans-
formar em gestos de amor; que aju-
dam sem humilhar quem é ajudado.
É UMA OBRA DE CRISTIA-
NISMO AUTÊNTICO.
, a cada um de nós,
s ou estranhos aos outros.”
13Ano VIII . n.º31 . Trimestral . Junho 2013
João Alves Dias
Quando recebi o convite para
viver, na Polónia, dois momentos de
emoção forte e contrastante. O pri-
meiro ocorreu no “campo de concen-
tração de Auschwitz ” em que foram
exterminadas um milhão e trezentas
mil pessoas. Num silêncio de horror,
interroguei-me: como é possível ao
coração humano comportar ódio tão
hediondo? O segundo aconteceu em
Wadowice onde nasceu e brincou um
menino chamado Karol Jósef que,
hoje, conhecemos por Papa João
Paulo II. Aí, o silêncio foi de louvor.
E ao ver, entre as muitas placas que
atapetavam a praça, uma que dizia
“Portugália 1982, 1983, 1991, 2000”,
exclamei: que maravilha! Nesta terra,
perdida no sopé dos Sudetos, nasceu
um coração capaz de amar e ser ama-
do em todo o mundo!
Se, segundo a “teoria dos
opostos” de Heráclito, é a doença que
faz sentir o gosto da saúde, este con-
traste fez-me pensar sobre o enigma
que inquieta o pensamento de todos
os tempos e lugares, pelo menos,
desde o “Homem de Neandertal”: que
animal é este que pode ser um mons-
tro ou um anjo?
No dia 9 de maio, o P. Tolen-
tino de Mendonça ao falar sobre “A
poderá dar sentido e congregar as di-
ferentes sedes que se escondem no
coração dos homens do nosso tempo.
A afirmação da vida
Os dois primeiros capítulos da
Bíblia dizem que Deus (que é Amor),
criou o homem à sua imagem. Mas
como conhecia bem a sua obra, disse:
“Não é bom que o homem esteja só”
e, por isso, deu-lhe a mulher por com-
panheira. E aos “dois numa só carne”,
enchei a terra e submetei-a”. Vemos,
assim, que Deus não criou o homem
como ser solitário, mas deu-lhe, des-
de o início, a necessidade do outro,
e é, em solidariedade, que o homem
esta dicotomia solidário-solitário apa-
rece em vários mitos cosmogónicos
que enriquecem a cultura de muitos
povos.
Realço, apenas, o das Ilhas
Andamão no Oceano Índico: “O pri-
meiro homem chamava-se Jutpu (“So-
litário”). Jutpu sentia-se triste, cansa-
do de viver só. Roubou um pedaço de
barro de um formigueiro e moldou-o
com forma de uma mulher. O barro
tomou vida e a mulher tornou-se sua
esposa. Chamava-se Kot (“Barro”)”.
esta fome que o “eu” sente pelo “tu”.
Sem esquecer “o imperativo
moral” de Kant “age sempre de ma-
neira a tratar a humanidade, tanto na
tua pessoa como na pessoa de qual-
quer outro, sempre e simultaneamente
-
Maggiori: “O homem não é homem
sem os outros. Tal como a criança,
o adulto está ligado ao outro, ligado
numa teia de relações que o situam e
que lhe fornece uma linguagem, im-
põe ou propõe códigos, direitos, de-
veres, valores”.
-
peitar, em si e nos outros, a pessoa
como valor absoluto, na sua singula-
ridade e originalidade, dotada de au-
tonomia, que se abre ao outro e dele
se aproxima como o “bom samarita-
no” da parábola evangélica. Foi com
este espírito e para que as popula-
ções mais marginalizadas da cidade
tivessem “vida em abundância”
(Jo 10,10) que D. Florentino criou, em
1964, a “obra dos Bairros”.
Este é o lema que anima
quem serve a Obra Diocesana.
“... respeitar, em
si e nos outros,
a pessoa como
valor absoluto, na
sua singularidade
e originalidade, ...”
Obra Diocesana de Promoção Social14
-
cano, que a prática do bem é o lugar onde crentes em Deus e ateus se podem
encontrar. A prática de boas obras não é um exclusivo cristão.
Quem dá prioridade à dignidade de cada pessoa, à promoção do bem
comum, às práticas da solidariedade e da subsidiariedade, à sustentabilidade
da justiça e da paz, e à integridade de toda a criação, pratica o bem e semeia a
bondade. Fazem isso aqueles que se dedicam a trabalhos humanitários, sejam
crentes – Deus queira que haja muitos e sejam mensageiros e construtores de um
mundo novo – sejam ateus.
de homens e mulheres de boa vontade que apostam no triunfo da verdade, da
justiça, da liberdade e do amor, metas indispensáveis para alcançarmos o desen-
volvimento integral de cada homem e mulher e solidário de todos os homens e
mulheres.
O mundo seria bem mais pobre sem os trabalhos humanitários da Madre
Teresa de Calcutá e de Sérgio Vieira de Mello, sem as ações da Cruz Vermelha e
das Nações Unidas, sem os testemunhos dos atores Sean Penn e Angeline Jolie,
sem a voz e a música de Bono, líder dos U2, e sem a benemerência do multimi-
lionário Bill Gates.
Felizmente, os trabalhadores humanitários no mundo têm-se multiplicado
como cogumelos para socorrer as vítimas de desastres naturais, da fome ou da
violência das guerras. Os mais vulneráveis são as pessoas mais pobres. Atual-
mente, há cerca de 27 milhões de pessoas deslocadas internamente e 10 milhões
de refugiados no mundo. Uma em cada seis pessoas sofre de fome crónica.
Entendem a grandeza e a beleza dos trabalhos humanitários aqueles que,
nas mais pequenas e nas grandes realidades da sua vida, vencem o egoísmo
que, a vingar, fecharia e isolaria as pessoas, e dão largas à fantasia da justiça e
da caridade.
Os cristãos, praticantes do mandamento novo que Cristo deixou em tes-
tamento, poderiam e deveriam ser peritos em humanidade, interagindo com ho-
mens e mulheres de boa vontade, crentes ou não crentes.
O pior dos males é que os cristãos cedam à tentação do exclusivismo,
sua mensagem libertadora e salvadora.
Privatizar Jesus Cristo, não esqueçam, é invocar o santo nome de Deus
em vão!
Peritos em humanidade
Cónego Rui OsórioJornalista e pároco da Foz do Douro
O pior dos males é que os cristãos cedam à tentação do exclusivismo, como se eles e só eles tivessem direito a
Jesus Cristo e com a sua mensagem libertadora e salvadora.
15Ano VIII . n.º31 . Trimestral . Junho 2013
Maria Teresa de Souza-CardosoEducadora de Infância
CaminhandoUm sorriso na Cidade do Porto
“Senhor,
Fazei de mim um instrumento de vossa paz!
Ó Mestre,
Obra Diocesana de Promoção Social16
A Oração de São Francisco, tão bela e sempre tão actual, merece, agora,
particular relevo com a escolha do nome Francisco pelo novo Papa que traduz,
certamente, a escolha de um estilo pastoral, lado a lado com a gente comum, com
os mais pobres.
Naturalmente que a sólida formação na Companhia de Jesus constitui, para
o novo Papa, um precioso património, mas é a especial atenção ao sofrimento dos
doentes, à fome dos pobres e ao desamparo dos idosos, dos marginalizados e
E a melhor maneira de Lhe seguir o exemplo em prol dos mais pobres e dos
mais esquecidos, é conseguirmos criar uma verdadeira cultura de solidariedade e
caridade verdadeiramente cristã segundo uma lógica de gratuidade.
O apelo de D. Manuel Clemente, o nosso novo Cardeal Patriarca, e que
saudades nos vai deixar, é também neste sentido: “ Temos de ser todos. Estamos
numa situação social, no campo das empresas, dos serviços públicos, das famílias,
numa situação de tal necessidade e de emergência que temos de dar o melhor de
nós próprios e constantemente, para além daquilo que precisamos e que é justo
que tenhamos. O voluntariado hoje é transversal”.
É pois nesta linha de pensamento que o Conselho de Administração da
Obra Diocesana de Promoção Social resolveu pôr em prática o Projecto “Fazer
sorrir a solidão”, que consiste, fundamentalmente, no apoio incondicional aos
clientes seniores da Obra Diocesana nas horas pós-laborais.
E foi um sorriso que foi alastrando, tornando-se, muitas vezes, no maior
passou a abraçar este voluntariado.
E é triste presenciar como vivem, na sua grande maioria, os nossos senio-
políticos, os nossos governan-
tes e os senhores deste mundo, que hoje consideram as pessoas muito menos
importantes que o lucro,
meios carenciados onde a Obra Diocesana actua para, longe das câmaras e
frágeis neste Portugal, nesta Europa tão ufana da sua solidariedade.
(e é preciso realçar, especial-
mente, o grupo de auxiliares de acção directa) que, após um dia de trabalho,
normalmente esgotante, as forças voltam a aparecer, e ser com grande motivação e
alegria que todos os voluntários se dirigem a casa dos seus queridos clientes mais
-
madas e felizes quando ouvimos uma idosa dizer quando chegamos que,
.
E é já uma agradável rotina ver partir as carrinhas que levam os voluntários a
casa dos seus clientes e verem alguns deles, ansiosos, a espreitarem atrás de uma
cortina de uma janela, à espera da nossa chegada.
Os nossos clientes do voluntariado fazem já parte das nossas vidas, da
nossa família; apercebemo-nos, então, fácil e claramente de como há tanta gente
17Ano VIII . n.º31 . Trimestral . Junho 2013
a queixar-se de coisas sem importância, a desperdiçarem tanto em bens materiais,
mas, também, a desperdiçarem tanto carinho e amor.
“Fazer sorrir a solidão”, tendo por
principal objectivo levar o sorriso, a atenção, o carinho e o cuidado ao outro, nos
faz, também a nós, sorrir e nos enche de felicidade.
O voluntariado, estando assim ao serviço dos indivíduos, das famílias e da
-
de de vida e do bem-estar da população.
O carácter de eminente interesse social e comunitário, realizado de forma
desinteressada que o voluntariado possui, encontra, também em Portugal, como
um dos seus maiores expoentes, .
O Papa Francisco aprovou a 28 de Março, apenas 15 dias após a Sua elei-
ção, o decreto que reconhece as suas virtudes heróicas, passando a ter o título de
Venerável. É de realçar a importância da acção caritativa da Tia Sílvia, da sua entre-
ga ao serviço dos pobres, dos doentes, das crianças e dos idosos, encarnando o
espírito do verdadeiro voluntário.
Foram inúmeras as Obras Sociais e de evangelização que fundou e outras
que impulsionou, ajudando a fundar, de norte a sul do país.
A Tia Sílvia faleceu em 1950, na Casa da Torre em Paços de Ferreira, cidade
onde se ergue desde há muito, estátua em sua homenagem.
São pois exemplos como este, de pessoas que verdadeiramente se preo-
cupam com a sorte dos outros, mobilizando-se de corpo e alma para ajudar, prote-
ger e amar os mais necessitados, que precisamos, cada vez mais, nos dias de hoje.
A Obra Diocesana de Promoção Social é, também, um excelente exemplo
de voluntariado de proximidade, tão importante numa sociedade em que os proble-
mas sociais se têm, extraordinariamente, agudizado.
A gratuidade, a generosidade e a solidariedade, princípios enqua-
dradores do voluntariado, são os princípios que nortearam, desde sempre,
fronteiras, e dando ao mais necessitado, ao mais desprotegido, uma aten-
ção redobrada, é o lema do seu orgulhoso corpo de voluntários.
E partindo da promessa de Nossa Senhora de Fátima, de que o Seu imacu-
lado coração será o nosso refúgio e o caminho que nos conduzirá a Deus, partilha-
mos o tema que o Santuário de Fátima adoptou para este ano pastoral e que S.S.
o Papa João Paulo II não se cansava de repetir:
Não tenhais medo!
Obra Diocesana de Promoção Social18
Sua Excelência Reverendíssima D. Manuel Clemente recentemente nomea-
do, por Sua Santidade o Papa Francisco, Patriarca da Diocese de Lisboa, cuja pos-
se está prevista para o próximo dia 7 de Julho, está a ultimar as suas despedidas
da Diocese do Porto.
Assim, no passado dia 14 de Junho, recebeu em audiência os membros do
Conselho de Administração da Obra Diocesana de Promoção Social.
O Presidente da ODPS, Senhor Américo Ribeiro, que estava acompanhado
pelos demais membros do Conselho, secretária Dra. Helena Almeida, tesoureiro
Rui Cunha e vogais Manuel Amial e Pedro Pimenta, traçou uma panorâmica da
situação actual da instituição, reiterando que a mesma está a cumprir a sua missão
D. Manuel Clemente mostrou-se muito satisfeito com o desempenho da
ODPS e transmitiu o seu agrado como a mesma está a responder às necessidades
D. Manuel Clemente recebeu em audiência de despedida o Conselho de Administralção da ODPS
Manuel Amial
cada vez mais prementes da sociedade
especialmente dos mais carenciados.
Uma entrega de lembranças e
votos de felicidade para o novo cargo
selaram este acto de despedida sim-
bólico, tendo D. Manuel Clemente agra-
decido a colaboração dos membros do
Conselho de Administração, dos restan-
tes órgãos sociais e dos colaboradores
que dia a dia fazem da ODPS uma Ins-
tituição de referência na sociedade por-
tuense.
19Ano VIII . n.º31 . Trimestral . Junho 2013
Jantar de Beneficência 2013
João Miguel PratasDiretor do Economato, Logística e Manutenção
Mónica Taipa de CarvalhoDiretora dos Recursos Humanos e Jurídicos
O mês de Maria do ano de 2013
acolheu a sétima edição do Jantar de
Promoção Social (ODPS). Assim, no
passado dia 23 de Maio, o Porto Pa-
lácio Hotel recebeu cerca de duzentos
e cinquenta amigos e beneméritos da
Instituição, os quais exaltaram a sua
solidariedade e incessante apoio à
Obra Diocesana, numa noite de parti-
lha, comunhão e convívio.
Como é habitual, a materializa-
Obra Diocesana de Promoção Social20
ção deste evento derivou de diligências
partilhadas pelo Conselho de Adminis-
tração e pela Liga dos Amigos da Obra
Diocesana, dirigida pelo Chefe Hélio
Loureiro, o qual patrocina este jantar
desde 2007.
O jantar foi presidido por Sua
Excelência Reverendíssima D. João
Lavrador, Bispo Auxiliar do Porto. Num
gesto de reconhecimento, esteve igual-
mente presente o Secretário de Estado
da Solidariedade e Segurança Social,
Dr. Marco António Costa.
Este evento, já fortemente an-
corado no calendário anual de ativida-
des da Obra Diocesana, contou com
a presença de individualidades como
a Dr.ª Ana Venâncio, Diretora-Adjunta
do Centro Distrital do Porto do Institu-
to da Segurança Social; o Padre Lino
Maia, Presidente da Confederação Na-
cional das Instituições de Solidarieda-
de (CNIS) e Assistente Eclesiástico da
ODPS; o Dr. Manuel Pizarro, candidato
à Presidência da Câmara Municipal do
Porto; representantes da União Distrital
das Instituições Particulares de Solida-
riedade Social – Porto e da Associação
Comercial do Porto; bem como os ilus-
tres Professores Doutores Francisco
Carvalho Guerra e Daniel Serrão, o
Eng.º Belmiro de Azevedo e o Comen-
dador Rodrigo Leite.
Estiveram igualmente presen-
tes os membros do Conselho de Admi-
nistração e Conselho Fiscal da Obra
21Ano VIII . n.º31 . Trimestral . Junho 2013
Diocesana, fornecedores e colabora-
dores da Instituição.
O Presidente do Conselho de
Administração, Senhor Américo Ribei-
ro, dirigiu palavras de agradecimento
aos convidados, pois a sua presença
testemunhava a solidariedade de to-
o homem!” e que é “a ação solidária,
que o engrandece e lhe confere o sta-
tus de ser superior”.
Na sua intervenção dirigiu uma
sentida mensagem de reconhecimento
e felicitações a Sua Excelência Reve-
rendíssima D. Manuel Clemente, pela
sua honrosa nomeação a Patriarca de
Lisboa. Frisou que a ODPS elogia to-
dos os amigos e benfeitores da Institui-
ção, pois a sua ajuda é motor da ação
social que esta realiza junto dos mais
frágeis e carenciados. Precisamente
-
riedade estava concentrada naquela
sala de hotel e que esta “não é mais
do que colocar o mundo das ideias ao
serviço dos outros, não é mais do que
colocar o alcance cognitivo no amor ao
próximo”.
Seguiu-se a intervenção do
Chefe Hélio Loureiro, que a todos deu
as boas vindas.
Começou por frisar que “esta-
mos à volta da mesa em convívio”, o
que representa para os cristãos um
“grande lugar”, relembrando que é “à
volta da mesa que se partilha e faz
Obra Diocesana de Promoção Social22
mensagem”.
Felicitou D. Manuel Clemente
pela sua elevação ao Patriarcado de
Lisboa, esperando que este nunca se
esqueça do Porto. Desejou que “estas
terras de Santa Maria sejam abençoa-
das com um novo Bispo”, tendo em
conta as suas necessidades evangeli-
zadoras e organizativas. Elogiou ainda
o papel único e meritório do Senhor
Américo Ribeiro, enquanto Presidente
do Conselho de Administração.
Agradeceu aos patrocinadores
dos vinhos, nomeadamente ao Eng.º
Casimiro Alves da Cooperativa Terras
de Felgueiras, ao Eng.º Mário Sérgio
Nuno da Quinta das Bageiras e às Ca-
ves Poças, na pessoa do Eng.º Pedro
Poças Pintão. Enalteceu identicamente
a Eng.ª Filomena Pires que, de uma for-
ma elegante e singela, decorou a sala
Porto; e o Duo Faria pelo acompanha-
mento musical da noite.
Terminou lembrando todos os
convidados que “amor e verdade são
fontes de vida e que uma vida sem
amor não é vida”. Dirigindo-se a estes,
salientou que a sua “partilha é um ser-
viço aos irmãos e um verdadeiro ato de
amor”.
-
go do Dr. Marco António Costa. Iniciou
com um louvor à Obra Diocesana pela
qualidade de serviço que diariamente a
Instituição presta, tornando “mais sau-
dável, mais confortável e mais solidá-
23Ano VIII . n.º31 . Trimestral . Junho 2013
ria” a vida de muitas pessoas.
Agradeceu, em nome do Go-
verno de Portugal, o convite formulado
para participar neste jantar. Nesse con-
texto, alertou para a imensa importân-
cia da Economia Social e Solidária, se-
tor da sociedade que só recentemente
começa a ganhar o devido e merecido
destaque enquanto força motriz da
economia e fonte de emprego para
que esta é uma economia “que se vira
para as pessoas, para servir o próximo
e prestar um serviço solidário”.
Continuou com um reconhe-
cido agradecimento à Igreja Católica
pelo “extraordinário trabalho que esta
desenvolve no plano social, através
das mais diversas frentes de atuação e
modelos de intervenção institucional”.
Desta forma, aclamou o trabalho “ex-
-
tente e solidário” de todas as institui-
ções católicas.
O Bispo Auxiliar do Porto, D.
João Lavrador, encerrou o momento
das intervenções. Começou por diri-
gir uma palavra de elogio ao trabalho
desenvolvido pela Obra Diocesana, re-
conhecendo a “coragem, espírito de fé
e valentia” que todos os elementos da
Instituição, com um especial destaque
para o Senhor Américo Ribeiro, assu-
mem diariamente.
-
ra de Sua Excelência Reverendíssima
Obra Diocesana de Promoção Social24
D. Manuel Clemente, designadamente
a sua dedicação ao Porto e à sua Dio-
cese e a “doação plena e total das suas
forças, inteligência e capacidades” ao
serviço da Igreja. Lembrou que o no-
meado Patriarca de Lisboa tinha “uma
particular ligação às realidades sociais
da Diocese”.
Num outro raciocínio, salientou
que a Igreja tem uma visão integral do
ser humano e como tal o trabalho quo-
tidiano da Obra Diocesana deve mere-
cer a simpatia de todos, precisamente
pela sua capacidade de olhar para o
Homem na globalidade.
ODPS, à semelhança das outras insti-
tuições de solidariedade, não é imune
ao atual cenário de crise que assola o
nosso país e no qual aumenta o núme-
ro de pessoas que precisam de apoio.
intervenção salientado o importante
papel que a Obra Diocesana desem-
penha na sociedade do Porto, bem
como a sua interligação e implicação
contínua com todos os elementos da
cidade.
Ao encerrar o jantar, naquela
que foi uma noite repleta de alegria,
bem patente a amizade e generosidade
de todos os presentes, que comungam
da missão de apoiar a Obra Diocesana
de Promoção Social.
25Ano VIII . n.º31 . Trimestral . Junho 2013
Boa noite!
Sejam bem-vindos.
Para todos, uma saudação mui-
to afetuosa e incluo nela também aque-
las pessoas, aqueles amigos, que que-
riam fazer grupo connosco, aqui, mas
motivos inopinados contrariaram essa
possibilidade e esse desejo.
Em nome do Conselho de Ad-
ministração e em nome pessoal agra-
decemos, com alegria e emoção, tanta
disponibilidade e tanta generosidade
evidenciadas repetidas vezes e, por isso
mesmo, já habituais para que se registe
mais um encontro convívio deste forma-
to e a Obra Diocesana de Promoção
Social constitua o objeto fulcral da cir-
cunstância.
À Câmara Municipal do Porto
um obrigado com interpretação espe-
cial, dado ser parceira presente e dili-
gente nas diferentes responsabilidades
e competências.
Ao Amigo Hélio Loureiro e Pre-
sidente da Liga dos Amigos da Obra
Diocesana um gesto grato, nosso, pelos
gestos oferecidos e inscritos no âmbito
do altruísmo e da vontade de fazer.
Permito-me também dar enfo-
que nos nossos agradecimentos, às
pessoas da Exma. Senhora Eng.ª Filo-
mena Pires
deste salão, e do Duo Faria, que nos
deliciarão com as suas músicas.
O nosso Obrigado!
Agradecemos, profundamente,
a comparência do Excelentíssimo Se-
nhor Secretário de Estado da Solidarie-
dade e da Segurança Social, Senhor Dr.
Marco António Costa, pois ela reforça a
nossa motivação e encorajamento de
continuarmos a guardar visão e convic-
ção otimistas no prosseguir dos propó-
sitos, que visam o melhor possível para
esta causa admirável e indispensável.
Um peculiar acolhimento e reco-
nhecimento, a Sua Excelência Reveren-
díssima, D. João Lavrador, pois a pre-
do Patrono da nossa Instituição.
Atua sempre como forte incen-
tivo, independentemente de sabermos
que podemos contar com a mesma,
entrando nela a função, que lhe foi con-
É impossível não exaltar, neste
momento e emotivamente, a nomeação
de Sua Excelência Reverendíssima D.
Intervenção do Presidente do Conselho de Administração
Américo Ribeiro
Obra Diocesana de Promoção Social26
Manuel Clemente a Patriarca de Lis-
boa. Um acontecimento indizível numa
data também assinalada pela alegria e
pela história de um Papa, que marcou
o Mundo. No dia 18 de Maio, dia da no-
meação, também dia de aniversário de
nascimento do Papa João Paulo II.
Todos nos rejubilamos com esta
escolha e temos a certeza plena de que
é a pessoa certa para desempenhar,
com grau de excelência, a missão de
evangelizar e dinamizar a Igreja com os
requisitos da contemporaneidade. O
Amar e Servir.” Para ele as nossas
mais calorosas felicitações.
Todos de pé, por favor, uma
salva de palmas.
Talvez em redor de uma mesa,
saboreando uma refeição e abrindo
ocasião a bons momentos de relaxa-
mento e de companheirismo, tão apete-
cidos, se entrelacem laços de amizade
e de afetividade e se encontrem motivos
para sorrir, para pensar positivamente,
para compartilhar recordações traduto-
ras de felicidade e de alegria.
Talvez se revigorem e se exor-
tem situações, contextos, episódios, vi-
vências… onde os valores universais
no agir…
A solidariedade está nesta
sala, está à volta da mesa e não é mais
do que colocar o mundo das ideias ao
serviço dos outros, não é mais do que
colocar o alcance cognitivo no amor ao
próximo…
A ação solidária é uma capaci-
dade optativa dos humanos, mas tam-
bém é uma necessidade essencial da
qual depende o conhecimento, o auto-
conhecimento e a vontade. Traz como
se ter sido útil e mar-cante para o outro,
para os outros, de se ter conseguido
dar algo de si próprio, de se ter conquis-
tado serenidade, paz interior, de se ter
dado mais luz à vida.
-
mem! É a ação solidária, que o en-
grandece e lhe confere o status de
ser superior.
A expressão da vida correspon-
de inteiramente à estrutura de valores,
de valores absolutos, isto é, sustenta-
dos na doutrina de Deus, que estão
interiorizados e que na hora adequada
entram em atividade, fecundando a
existência de cada pessoa.
A Obra Diocesana de Promo-
ção Social integra esses valores e abre
-
canto de os perceber bem, de os expe-
em cada passo, em cada atitude…
De facto, o montante social
e humano, que gera em torno de si é
chega para as carências comprovadas.
Contudo, continua cheia de entusiasmo
e de esperança… promovendo, enalte-
uma sociedade mais equitativa e mais
fraterna.
Ela trabalha para muitos com
peculiaridades bastante sensíveis e,
como tal, precisa de muitos, precisa de
O Se-
nhor, de que o Bom Deus defenderá
acerrimamente a sua causa e conce-
derá condições para que o seu objeti-
vo principal encontre, sempre, o sol da
consecução.
Muito Obrigado pela vossa pre-
sença e participação.
27Ano VIII . n.º31 . Trimestral . Junho 2013
Todos sabemos o quanto neces-
sitam de carinho, de amor, de atenção
os nossos Clientes no seu dia a dia. Por
vezes, na voracidade do tempo e ocu-
pações, nem nos damos conta de que
um simples gesto, um carinho, uma
palavra amiga são como um bálsamo
para a grande maioria das pessoas mais
velhas.
É por isso que eu acho impor-
tante que Todos os Centros tentem,
-
dades. A rotina em qualquer idade mas
sobretudo na velhice pode ter conse-
quências muito nefastas na forma de
estar dos nossos Clientes. Não conse-
guiremos grandes resultados se, sema-
nalmente, proporcionarmos sempre as
mesmas atividades, mesmo que por
vezes com roupagem diferente.
Por isso, foi com muito gosto
e prazer, que aceitei o convite da Sr.ª
Dr.ª Rosa Maria e do animador social
Ângelo Santos para no dia 24 de Abril
passar boa parte da tarde com os nos-
sos Idosos e também alguns jovens
para lhes falar sobre a Revolução do
25 de Abril e também sobre o Porto
Antigo.
Foi extremamente interessan-
te avivar a memória dos mais velhos
(com auxilio a meios audiovisuais) so-
bre os tempos vividos, intensamente,
recordando os momentos em que tudo
aconteceu. Foi ainda muito importante
a presença de alguns jovens que segui-
ram com muita atenção tudo o que se
via e falava e, com grande satisfação
minha, nos questionavam, constante-
mente, sobre factos de que tinham ouvi-
do vagamente falar e que agora tinham
condições de melhor compreender.
Este foi um bom exemplo de
Clientes.
Tardes diferentes
Pedro PimentaVogal do CA da ODPS
Nada pode ser exigido daqueles a quem nada se dá…Henry Fielding
Obra Diocesana de Promoção Social28
No dia 10 de Maio a convite da
Sr.ª Dr.ª Lurdes Regedor estive presen-
te na festa de Homenagem a Todas as
Mães daquele Centro. Vivemos uma tar-
de diferente e animada que contagiou
de alegria os nossos Clientes. A tarde
foi abrilhantada pela Tuna Feminina da
Faculdade de Nutricionismo da USP
que nos deliciou com as suas músicas
tradicionais portuguesas que também
serviram para o sempre esperado e
tão do agrado pé de dança.
Foi encantador ver como os
nossos Clientes participaram, quer
acompanhando as canções quer ainda
dançando algumas delas. Gostaria de
realçar a alegria e os sorrisos estam-
pados nos seus rostos por estarem a
participar numa atividade diferente da
sua atividade diária. A tarde terminou
com um lanche de confraternização dos
Clientes com a Tuna Académica.
Não poderia terminar esta nar-
rativa sem agradecer a presença amiga
e graciosa da Tuna da Faculdade de
Nutricionismo da USP.
Por ventura dirão alguns nes-
te momento – o que é que têm de
comum atividades tão díspares?
TUDO. Como atrás referi o importante
é, sempre que possível, proporcionar-
mos coisas novas, surpresas… para
que a rotina diária não se torne numa
monótona receita médica para não dei-
xar adormecer os nossos Clientes.
Por isso não se esqueçam do
pensamento de abertura – Nada pode
ser exigido daqueles a quem nada
se dá…
Finalizo referindo a minha satis-
fação em participar nestas atividades e
a minha total disponibilidade para sem-
pre colaborar com os Centros em inicia-
tivas deste tipo.
29Ano VIII . n.º31 . Trimestral . Junho 2013
Frei Bernardo Domingues
É essencial e urgente o civismo esclarecido e operativo
1. As pessoas normais, esfor-
çadamente, tornam-se virtuosas e bem
educadas que assumem as boas manei-
ras de modo habitual, para com todas as
pessoas e em todas as situações, cons-
cientes de que todos o ser humano tem
dignidade intrínseca a respeitar e tendo
também em conta a respectiva idade e
-
cias”. As pessoas normais não vivem se-
gundo “inclinações” mas por decisões e
2.
atenção devemos saudar todos
aqueles que encontramos no nos-
so quotidiano, com palavras e gestos
de cortesia, de acolhimento e eventual
despedida, tendo em conta a sua idade,
estatuto social e a saúde. Em todas as si-
tuações há que ter uma consciência mo-
ral bem informada e formada; é essencial
também ter bom senso e sentido positivo
respeitando as diferentes culturas, cos-
tumes e atitudes das pessoas diferentes.
O bem comum deve prevale-
cer sobre os interesses particulares.
É dever comum praticar a bioética e a
ecologia respeitando a terra, a água, o ar
e a higiene social.
3. Mesmo que se trate de ques-
tões de justiça, tal como comprar um
jornal ou solicitar em café, é pertinente
pedir “por favor” e agradecer com
“obrigado”, despedindo-se até à pró-
xima vez.
Se for possível e oportuno deve
acolher quem pede uma informação ou
pretende estabelecer um diálogo even-
tualmente possível e útil.
4. Devemos pois assumir per-
tinentemente as regras de boa con-
duta ética, moral e cívica nos modos
de conduzir e na utilização dos espaços
públicos, tendo sempre em conta o bem
comum e as circunstâncias ocorrentes
que precisem de especial cuidado e aju-
da, sem estragar a natureza na “casa
comum” da comunidade e a cuidar
especial atenção aos monumentos, que
são a história dos povos.
5. Algumas regras de condu-
ta variam, consoante as culturas, os
ambientes familiares e regionais, mas
a atitude de acolhimento, de respeito po-
sitivo, com disponibilidade para o apoio
ajustado, é para todas as circunstâncias,
e com um sorriso acolhedor e aberto,
sabendo adaptar-se correctamente a
cada situação, sem trair a verdade e a
equidade que são um direito e um dever
comum.
6. Porque o tempo é gratuito,
mas uma responsabilidade a assumir e
aproveitar, é essencial aprender a bem
gerir a vida, apurando o que é essencial
e secundário, dispondo de oportunida-
des para cuidar dos descuidados, sem
pressa nem agressividade, educando-os
para a verdade na vida pelo testemunho
pessoal permanente e mesmo “pedindo”
desculpa, quando for caso disso. Procu-
re documentar-se para pensar com lógi-
ca, ética e estética em função de fazer o
bem feito e respeitador da comunidade.
7. Em cada dia devemos assu-
mir o respectivo papel e função, ,as
sem “empurrar” ou passar à frente
dos que encontramos na roda da
eventualmente poderemos ceder
a própria vez com discrição solidária e
educativa para os desnorteados e gros-
seiros inaptos. Procure exercer a lideran-
ça do exemplo de bem servir a tempo e
horas cumprindo o dever de ser e viver
com a possível qualidade.
8. Se não é surdo, não fale e,
sobretudo, não comente comporta-
mentos impróprios de terceiras pes-
soas ou, pior, revelando indevidamente
opiniões ou segredos que envolvem
questões de justiça e respeito devido à
família humana, especialmente aos insu-
-
ser rigorosamente respeitado.
9. Aprenda a apreciar a verda-
de e o esforço dos outros, elogiando
e estimulando os eventuais sucessos e
o realismo ajustado às capacidades pes-
soais. É essencial caminhar para o reco-
meço e o realismo ajustado às capaci-
dades pessoais a desenvolver; transmita
Obra Diocesana de Promoção Social30
a mensagem de ser em si e por si, com
verdade, honestidade, competência e
solidariedade ajustada a cada situação..
10. Ocupando o respectivo
lugar na perspectiva do bom de-
sempenho, procure ser sistematica-
mente pontual e empenhado em colec-
tivamente conseguir bons resultados e
aprender a partilhá-los com discrição
outros naquilo que é seu deve assumir
para isso têm capacidade aferidas. Dar
cobertura a quem não cumpre é parti-
cular no mal.
11. É essencial desenvolver
a curiosidade sadia para bem saber
mas
é essencial bem guardar os segredos na-
dever de lealdade e justiça equitativa. A
fazemos.
12. É sensato interpretar as
arriscar comunica-las, sobretudo se
não desprestigiantes e, pior ainda, se
as pessoas referidas estão ausentes e
não podem esclarecer o que pode tor-
nar-se boato criminoso.
13. As pessoas inseguras,
cleptómanas e desonestas tendem
dando ense-
devemos escutar com atenção mas sem
se meter onde não é chamado e cum-
prindo lealmente e sempre o que for
prometido, sem manipulação ou opor-
tunismo.
14. É insensato opinar facil-
mente sobre assuntos que não co-
seria pateta não pedir
informações conscientes e avaliar a cre-
dibilidade dos respectivos argumentos
para nos tornarmos competentes e ho-
nestos na utilização dos saberes que são
um bem, uma honesta forma de poder
para bem servir.
15. Respeite os que seguem à
sua frente com idênticos objectivos
mas, se for oportuno e com bons modos,
esclareça quem transgride as regras da
justiça e do respeito recíproco, mas sem
agressão desproporcionada, respeitan-
do as normas justas e adequadas à si-
tuações emergentes.
16. Todos poderemos dar
oportunidade aos outros de se tor-
narem corteses e simpáticos, a partir
das próprias atitudes correctas e de ser-
viço a quem precisa; os bens exemplos
continuados ensinam e convertem, não
desistindo de bem servir.
17. Na situação da vida familiar,
durante o dia, evi-
te cair na rotina e no desleixo, mas
tenha cuidado, nas palavras e atitudes,
para ser pessoa verdadeira, justa, dis-
creta, bem educada, amável e solidária,
eventualmente pessoa sensatamente
criativa.
18. Aprenda a acolher as pes-
soas e a descobrir os respectivos
aspectos positivos e a acompanhá-
-las até à porta, com gestos e palavras
de estimulação positiva para enfrentarem
a vida optimismo e a persistência escla-
recida.
19. Não recorra a desculpas
-
-
é pertinente pedir desculpa e
-
sos assumidos buscando atingir os ob-
jectivos recorrendo à metodologias per-
tinentes e adequadas ao objecto e aos
objectivos.
20. É essencial tornar-se uma
pessoa esclarecida e competente
com consciência moral progressi-
vamente bem informada e formada,
para assumir a verdade de fazer o bem
feito, a tempo e horas; sendo o que devo
ser para bem servir, com entusiasmo,
bom humor humildade alegre e, esfor-
çadamente, com critérios de verdade e
compaixão operativa capaz de pertinen-
tes recomeços em vista do bem maior ou
eventualmente do mal menor em situa-
ções sofridas.
31Ano VIII . n.º31 . Trimestral . Junho 2013
Centro Social do Cerco
Partilha do Pão
Em representação simbólica da
partilha que Jesus fez com os apósto-
los, o nosso centro promoveu durante
a semana santa a atividade “Partilha do
Pão”.
Esta atividade organizada pelo
nosso Centro contou com a colabora-
ção de todas as valências e teve como
convidados principal o Exmo. Senhor
Pároco Milheiro da Paróquia de Nossa
Senhora do Calvário.
Tivemos ainda a honra de con-
tar com a presença do Exmo. Senhor
Américo Ribeiro, presidente da ODPS
e do Exmo. Senhor Pedro Pimenta em
representação do Conselho de Admi-
nistração.
A dinamização desta atividade
permitiu vivenciar o verdadeiro espírito
de partilha e amor pelo próximo, teste-
munhando assim a mensagem deixada
por Jesus.
A nossa intenção visou sensibi-
lizar os “mais novos” e apelar à dispo-
nibilidade dos mais velhos em partilhar
o que cada um tem e assim contribuir
para uma comunidade mais sustentá-
vel, justa e equilibrada.
Neste sentido, o salão poliva-
lente foi previamente decorado com
espigas de trigo e velas. Tendo como
música de fundo “Esta luz pequenina”
cantada por todos os participantes, as
crianças e idosos em representação de
cada valência percorreram um trajeto
delineado por velas pequeninas e colo-
caram os cestos com o pão numa mesa
preparada para o efeito.
Após este momento, o Senhor
Padre Milheiro proferiu algumas pala-
vras e convidou todos os presentes à
como a partilha e a amizade. De segui-
da, ao som da música “Sementinha de
Trigo”, o pão foi distribuído por todas as
crianças e adultos. Finalizamos com a
e vive procurando sempre luz do sol,
que tal como nós devemos viver ilumi-
nados pela luz de Deus.
Com a participação ativa de
crianças, idosos e colaboradores, a
“Partilha do Pão” resultou da coope-
ração, empenho, vontade e esforço
partilhados por todos na concretização
deste evento.
Centro Social de Fonte da Moura
-
nacional da Família
No âmbito das Comemorações
do Ano da Fé, o Centro Social Fonte da
Moura organizou uma missão que teve
como objetivo reforçar o valor da famí-
lia no desenvolvimento humano.
Inspirados na simbologia da
Sagrada Família propusemos uma re-
no Amor e transmitir a Fé em Família”
e aos Serviços Centrais da O.D.P.S.,
possibilitando a todos e a cada um,
momentos de introspeção com a sua
Obra Diocesana de Promoção Social32
própria Fé.
Promovemos a passagem do
oratório da Sagrada Família e do livro
da nossa Instituição, e o seu regresso
a Fonte da Moura para a comemoração
do Dia Internacional da Família, dia 15
de Maio de 2013, no Auditório Paro-
quial de Aldoar.
Contamos com a presença de
inúmeros convidados; Diretores dos
Serviços Centrais da O.D.P.S., Coorde-
nadores dos Centros Sociais e respe-
tivos utentes do setor sénior, famílias,
parceiros educativos, colaboradores e
as nossas crianças.
O programa do evento incluiu
uma palestra, a atuação das crianças
em palco, uma exposição de trabalhos
realizados pelas famílias e um lanche
convívio.
Como oradores convidados
estiveram presentes a Sr.ª Dr.ª Olívia
de Carvalho, docente da Universidade
Portucalense, o Sr. Padre Lino Maia,
Pároco de Aldoar, e o Sr. Pedro Pimen-
ta, vogal da O.D.P.S. em representação
do Concelho de Administração.
O provérbio chinês “É preci-
so toda uma cidade para educar uma
criança” deu o mote para a intervenção
da Dr.ª Olívia, que abordou a importân-
cia da família como o primeiro agente
de proteção da criança e o papel de
todos aqueles que têm responsabilida-
des para com as crianças e a sua Edu-
cação, na promoção de uma parenta-
lidade positiva, centrada no respeito
pelos direitos da criança e na preven-
ção de comportamentos de risco.
Usou como estratégia, alguns
momentos de interação com o públi-
co mais jovem (grupo de crianças do
A.T.L.), apresentando diapositivos com
imagens e propondo que as crianças
as interpretassem e dessem a sua opi-
nião pessoal.
Reforçou também a vinculação
das relações que se estabelecem por
proximidade de objetos, por oposição
a estilos de vida em que as preocupa-
ções materiais se afastam das relacio-
nais.
O Sr. Padre Lino Maia centrali-
zou a sua intervenção na importância
da proximidade das gerações, nomea-
damente o convívio entre crianças e
os avós. Referiu o papel da transmis-
são dos ensinamentos, das conversas
e afetos em família, e do respeito que
deve ser dedicado aos “cabelos bran-
cos”.
Fez um elogio ao trabalho de-
senvolvido pela O.D.P.S. no apoio soli-
dário aos mais desprotegidos nos dias
que correm.
O Sr. Pedro Pimenta, abordou a
questão da real dimensão das Famílias
atuais e o respeito pelos mais velhos.
Referiu ainda a importância dos
“mais velhos” e do valor que estes po-
dem trazer para as famílias e para as
crianças com a transição dos seus co-
nhecimentos e experiencias.
O Dr. João Nunes, na qualidade
de Coordenador do Centro, encerrou
a palestra/evento, agradecendo a pre-
sença dos oradores e dos convidados,
de animação realizada pelas crianças
do A.T.L., e a atuação dos grupos do
-
ção da Família” enquanto projetadas
fotos de todas as famílias.
Seguiu-se a visita à exposição
de trabalhos e um lanche convívio com
todos os participantes.
Salientamos a satisfação senti-
da pela nossa equipa, que se envolveu
nesta Missão na expetativa de engran-
decer ainda mais a proximidade entre a
grande família que é a O.D.P.S. e todas
as outras pessoas que se cruzam con-
nosco.
33Ano VIII . n.º30 . Trimestral . Março 2013
Centro Social da Pasteleira
Maria”
No âmbito do Ano da Fé o Cen-
tro Social da Pasteleira realizou no pas-
sado dia 16 de Maio no Auditório uma
cerimónia a Maria, Mãe de Jesus.
partilhado pelos idosos de todos os
Centros da ODPS, crianças do Centro
Social da Pasteleira e colaboradores.
Estiveram ainda presentes o Vogal do
Conselho de Administração o Senhor
Pedro Pimenta, os diretores de serviços
Dr.ª Mónica Taipa, Dr. João Pratas, Dr.
Carlos Pereira e os coordenadores dos
Centros Sociais: Cerco do Porto, Rega-
do, Pinheiro Torres, Rainha D. Leonor,
S. Tomé, S. João de Deus, psicóloga
Dr.ª Diana e o Enfermeiro António.
Neste reencontro com o ano da
dos idosos, uma vez que o auditório se
encontrava repleto.
A cerimónia teve inicio com pa-
lavras proferidas pela Coordenadora
do Centro e presidida pelo Sr. Padre
Domingos da paroquia de Lordelo do
Ouro.
Foi realizada ao som do cânti-
co introdutório “ Um dia perfeito”, uma
procissão de entrada com o objetivo de
levar a todos os presentes, a luz, a pala-
vra sagrada e a Virgem Maria. À medida
que a imagem da Virgem passava en-
tre os convidados sentia-se a emoção
dos presentes perante tão imponente
palavras de apreço a Maria, não só para
embelezar, mas também para A home-
nagear.
O Sr. Padre de seguida realizou
saudações aos presentes, valorizando
o encontro entre gerações, desde a
criança mais nova ao idoso mais velho
elogiando a Instituição como uma famí-
lia cristã, que proporciona iniciativas de
cariz religioso, levando aos seus utentes
palavras de conforto, fé e esperança.
Ao longo da cerimónia, um coro
constituído por crianças e idosos deste
centro, entoaram cânticos com letras
da autoria da professora Margarida Al-
monde.
Com o objectivo de conseguir a
participação de todos os Centros nesta
celebração, propusemos que cada um
deles decorasse contas, que serviram
para elaborar um belíssimo terço. Este
-
chet por uma idosa do nosso centro de
dia. Num momento da cerimónia, esta
mesma idosa, ao som da música Nos-
sa Senhora do Sim e acompanhada por
representantes de cada valência (cola-
borador/ cliente) ofereceram o terço e
Para recordar a cerimónia, foi
elaborada pelas crianças, idosos e co-
laboradores, uma pequena lembrança
alusiva a Maria que foi entregue por um
representante das diferentes categorias
serviços e pelas crianças do grupo de
5 anos.
O ato da entrega das lembran-
ças foi um momento tão bonito que co-
moveu muitos dos presentes ao som do
Sr. Pedro Pimenta e a Coordenadora
do Centro agradeceram a idosos, crian-
ças e colaboradores o empenhamento,
compromisso e dedicação, não esque-
cendo a disponibilidade e cooperação
do Sr. Padre Domingos e da professora
Margarida Almonde na preparação e
concretização desta iniciativa.
Esta Festa, quis externar o ca-
rinho que sentimos pela Mãe de Jesus
e nossa Mãe. Não se trata de uma de-
voção vazia de sentido, e nem mesmo
a consideramos uma deusa pois Maria
mas é sinal. A Sua missão é sempre
apontar-nos Jesus, Ela é aurora que an-
que é Cristo.
Se todos ouvissem a Deus
como Maria o fez, teríamos pessoas
mais felizes e convivência humana mais
saudáveis.
“ Felizes são aqueles que ouvem
a palavra de Deus e a põem em prática”
(Lc 11,28).
Centro Social da Pasteleira
Aurora Rouxinol
Obra Diocesana de Promoção Social34
Centro Social Rainha D. Leonor
Via Sacra
Neste Ano de Fé, a época Pas-
cal foi assinalada no nosso Centro com
a celebração da Via Sacra, rezando e
partilhando as 14 estações desta, no
dia 22 de Março.
Presidida pelo Sr. Padre Do-
mingos Oliveira, sempre disponível e
sempre presente no nosso dia-a-dia, foi
uma celebração de Fé, vivida intensa-
mente, com leituras, cânticos e espirito
de união.
Contamos com a presença e
participação dos outros Centros da
colaboradores e clientes, tendo estes
participado ativamente na celebração,
pois cada estação da Via Sacra tinha
um texto e estes foram distribuídos pe-
los Centros, que os partilharam durante
a celebração.
Em representação do CA da
ODPS, tivemos a sempre simpática pre-
sença do Sr. Pedro Pimenta, também
com participação ativa na cerimónia, len-
do o texto da 1ª estação. Salientou ainda
a 11º estação da Via Sacra que fala da
doentes presos ao seu leito de dor há
muitos anos e mostrando solidariedade
para com estes e suas famílias.
Uma realidade que a ODPS
acompanha de perto, nomeadamente
no serviço de apoio domiciliário.
-
-se o lanche, partilhado e animado,
-
zando assim uma tarde que foi de Fé,
oração, partilha e convívio.
35Ano VIII . n.º30 . Trimestral . Março 2013
A importância da família em
comunhão com a nossa sociedade
Desde o início do “Ano da Fé”,
em 11 de Outubro de 2012, que o Centro
Social de São João de Deus, respeitan-
do os valores veementes da Instituição,
aprofundou o seu testemunho de carida-
de, partilha, envolvendo todos os seus
colaboradores, Clientes, familiares dos
Clientes e abertura a toda a comunidade
envolvente ao Centro.
Desta forma e dando seguimen-
to a outras atividades já realizadas, no
passado dia 17 de Maio, celebrou-se no
Centro Social de São de Deus uma Euca-
ristia, dirigida pelo Exmo. Sr. Padre Diz da
Paróquia da Areosa, que mais uma vez e
de forma muito amável e disponível nos
proporcionou uma celebração de partilha
e de envolvência de toda a comunidade
que assistiu.
Esta celebração foi inserida tam-
-
tes do mês de Maio: a semana aberta à
família e o mês dedicado a Maria, Mãe
de Jesus.
O Centro fez questão de enalte-
que teve a Eucaristia como ponto alto,
tendo estando presentes Idosos de to-
dos os Centros da Obra Diocesana de
Promoção Social bem como pais e fa-
miliares de Idosos e das Crianças que
frequentam diariamente o Centro de São
João de Deus.
A emoção e a alegria foram mui-
tas, enriquecidas com a presença do
Exmo. Sr. Pedro Pimenta, membro do
Conselho de Administração da Obra Dio-
cesana de Promoção Social e do Diretor
Técnico da Instituição, Dr. Carlos Pereira,
além da presença de alguns Coordena-
dores de outros Centros.
O Sr. Pedro Pimenta fez questão
de agradecer a presença do Sr. Padre Diz
e toda a sua disponibilidade, bem como
referir como é importante este tipo de
atividade para a união das famílias em
comunhão com a Igreja, numa Instituição
Una e Católica, onde estas atividades
população envolvida.
Todo o trabalho, carinho e moti-
vação evidenciados na preparação desta
celebração foram também referidas pelo
Sr. Pedro Pimenta, nomeadamente de to-
dos os colaboradores do Centro de São
João de Deus e de todos os outros Cen-
tros presentes, valorizando estas ativida-
des como caminho de motivação e de
causa para que a Obra Diocesana como
Instituição Cristã, realce todos os seus
valores, que poderão apoiar e preencher
muitas das necessidades que cada vez
mais se assumem como fundamentais.
Pão”
No passado dia 22 de Março
de 2013 o Centro Social de São João
de Deus vivenciou uma celebração
da Quaresma, a “Partilha do Pão”, em
memória da última Ceia que Jesus vi-
veu com os Apóstolos.
Esta celebração envolveu na
sua preparação e na sua vivência, as
crianças da Creche e Pré-escolar, os
Obra Diocesana de Promoção Social36
idosos do Centro de Dia, Centro de
Convívio e Apoio Domiciliário, e ido-
sos convidados de todos os Centros
da Obra Diocesana.
A Celebração foi presidida
pelo Exmo. Sr. Padre da paróquia da
Areosa, Sr. Padre Diz, conduzindo de
forma inesquecível e de envolvência
com todos os grupos de pessoas pre-
sentes.
Esta celebração teve o prazer
de contar com a presença do Exmo.
Sr. Presidente do Conselho de Admi-
nistração da Obra Diocesana de Pro-
moção Social, Sr. Américo Ribeiro,
bem como da presença do Exmo. Sr.
Pedro Pimenta, vogal do Conselho de
Administração.
Estiveram também presentes
os Coordenadores dos Centros So-
ciais da Obra Diocesana, que junta-
mente com os idosos de cada Centro
tornaram esta celebração memorável.
O início da Celebração coin-
cidiu com a simbolização da fé das
crianças, que percorreram um cami-
nho iluminado em direção à cruz onde
colocaram as suas luzes e candeias
no altar, altar este idealizado como
a Barca do “Ano da Fé”, onde estava
-
lha, momentos devidamente acompa-
nhados por cânticos de alegria e de
comemoração.
Ao longo da celebração pu-
demos também escutar leituras e o
evangelho singelamente escolhidos
pelo Exmo. Sr. Padre Diz, que depois o
desenvolveu com a sua disponibilida-
de e simpatia com todos os presentes,
importância do amor ao próximo.
O momento central da celebra-
ção foi a Partilha do Pão antecipada
pela música “Pai Nosso”, em que de-
pois de cantado e rezado permitiu a
partilha do Pão por todos os presen-
tes.
Após este momento de comu-
nhão o Exmo. Sr. Presidente Américo
Ribeiro, usou da palavra para mostrar
evidenciado a importância da Obra
Diocesana, como sendo uma Institui-
ção católica e o poder que tem para
evidenciar diariamente toda a sua fé ,
dado que é uma instituição “…una e
a viver intensamente o Ano da Fé…”,
através de atividades que envolvam
todos os clientes.
Agradeceu também a presen-
ça de todos os convidados bem como
todo o envolvimento na celebração da
equipa de trabalho do Centro Social
de São João de Deus.
Este envolvimento foi reforça-
do pelo agradecimento também feito
pelo Coordenador de Centro, refor-
çando toda a motivação evidenciada
pela equipa de trabalho, relembrando
também que estas atividades são rea-
-
ção de toda a comunidade de clientes
da Obra Diocesana .
-
bém de partilha, com a entrega de
uma ramo de espigas, símbolo do Pão,
ao Exmo. Sr. Padre Diz, que presidiu à
cerimonia bem , e também ao Conse-
lho de Administração da Obra Dioce-
sana e aos coordenadores de Centro
Presentes, como forma de agradeci-
mento pela presença nesta atividade
que permitiu ao Centro Social de São
João de Deus, sentir a importância
destas atividades para toda a comu-
nidade de clientes da Obra Diocesana
de Promoção Social.
37Ano VIII . n.º30 . Trimestral . Março 2013
A Obra Diocesana de Promo-
ção Social, enquanto entidade forma-
dos últimos anos, inúmeras ações de
os seus colaboradores.
no seu contexto geral, entende-se um
conjunto de atividades que visam a
aquisição de conhecimentos, capaci-
dades, atitudes e formas de compor-
tamento exigidos para o exercício das
em qualquer ramo de atividade eco-
nómica. Esta tem particular relevo em
contextos humanistas como o da ação
social, plano em que se desenvolve a
missão da Obra Diocesana de Promo-
ção Social.
A ODPS pretende, com a forma-
colaborador e da Instituição nas mais
variadas competências. Tem sempre
como referência o triângulo dos sabe-
res nomeadamente as competências
psicossociais e sócio-afetivas, que
permitem desenvolver as atitudes co-
municacionais e os efeitos comporta-
mentais; as competências cognitivas,
que se situam ao nível do desenvolvi-
mento intelectual; e as competências
psicomotoras, para o desenvolvimento
das capacidades manuais, situadas ao
nível do saber-fazer.
A atual legislação laboral ape-
la à obrigatoriedade das entidades
patronais proporcionarem a formação
-
Formação na Obra Diocesana
-
cumprido com esta obrigação legal e transformado o investimento na formação
-
ciente e precedida de um diagnóstico de necessidades junto dos colaboradores,
produtividade. Por outro lado, a formação leva também a que a própria Instituição
conheça melhor os seus colaboradores.
A gestão da formação, na Obra Diocesana, é partilhada pela Direcção de
colabo-radora da Instituição de há longo tempo, e pela Direcção de Recursos
Humanos e Jurídicos que operacionaliza, coordena e supervisiona a execução
da formação.
Novas Oportunidades
No âmbito do Programa Novas Oportunidades, a Obra Diocesana desen-
-
cadas inseridas em dois cursos distintos – “Agente em Geriatria” e “Técnica de
Ação Educativa” –, que conferiram equivalência ao 9º e 12º anos de escolaridade,
respetiva-mente.
Ambas as ações decorreram nas instalações do Centro Social da Paste-
leira, que dispõe de uma sala de formação devidamente apetrechada e mobilada
Paralelamente a este projecto de formação modular composto por unida-
des de formação de componente de base e por unidade de formação de compo-
nente tecnológica nas áreas de geriatria e técnicas de acção educativa, decorreu
em vista a obtenção dos graus de escolaridade acima referidos.
Nos dois cursos participaram mais de 40 colaboradores, tendo predomi-
de ação directa, trabalhadora auxiliar e ajudante de cozinheira.
Formação para a inclusão
A Formação para a Inclusão decorreu no âmbito de uma medida do Pro-
grama Operacional Potencial Humano (POPH) que pretendia aumentar as quali-
-
Mónica Taipa de CarvalhoDiretora dos Recursos Humanos e Jurídicos
Obra Diocesana de Promoção Social38
A Obra Diocesana promoveu 25 itinerários. Estas acções decorreram nos
Centros Sociais de Fonte da Moura, Pasteleira, São João de Deus e São Tomé.
Os temas abordados foram muito variados, sempre na vertente do desen-
volvimento social, pessoal e humano, tendo em conta o expectativas dos forman-
dos. De destacar os seguinte módulos:
• Alimentação saudável e higiene pessoal,
• Cidadania, direitos e igualdade,
• Comunicação e relacionamento interpessoal,
• Construção de projectos pessoais,
• Cuidados básicos com crianças,
• Educação ambiental,
• Educação para a parentalidade,
• Educação para a saúde e sexualidade,
• Educação para os afectos,
• Gestão doméstica e económica,
• Prevenção da violência doméstica,
• Prevenção do alcoolismo e toxicodependência,
• Técnicas de confecção de alimentos.
Formação Interna
A nível interno, ao longo do ano de 2012, a Obra Diocesana promoveu
-
nais de ajudante de ação direta e ajudante de ação educativa, com os seguintes
módulos:
• Animação em lares e centros de dia,
• Prevenção e primeiros socorros,
• Psicologia da velhice,
• Saúde da pessoa idosa – prevenção de problemas e cuidados básicos,
• Velhice – ciclo vital e aspetos sociais,
• Animação – conceitos, princípios e técnicas,
• Atividades pedagógicas com crianças com necessidades educativas
especiais,
• Acompanhamento de crianças – técnicas de animação,
• Modelos psicológicos e fases do desenvolvimento da criança,
• Prevenção de doenças e acidentes na infância,
Paralelamente, decorreram outras formações, algumas das quais trans-
• Cozinheiras e ajudantes de cozinheira – higiene e segurança alimentar
(sistema HACCP),
• Ajudantes de ação direta –
transporte coletivo de crian-
ças,
• Todas as categorias – am-
biente, segurança, higiene e
saúde no trabalho; primeiros
socorros; primeira interven-
ção no combate a incêndios.
Até 2014, continuarão a decor-
rer os seguintes itinerários de forma-
ção, que constituem a grande aposta
formativa da Instituição para presente
biénio:
– cuidar de crianças com idade até aos
12 anos durante as suas atividades
quotidianas e de tempos livres, garan-
tindo a sua segurança e bem-estar e
promovendo o seu desenvolvimento
adequado.
Assistente Familiar e de
– prestar cui-
dados de apoio direto a pessoas no
domicílio ou em situações de interna-
mento ou semi-internamento em es-
tabelecimentos e serviços de apoio
social, respeitando as indicações da
equipa técnica e os princípios deonto-
lógicos.
39Ano VIII . n.º31 . Trimestral . Junho 2013
Associação Católica do Porto: 140 anos de espaço e espírito de diálogo
A Associação Católica do Porto
(abreviadamente, ACP) é, nos termos
dos seus actuais Estatutos, aprovados
em 2011, uma associação privada de
-
ração, entre outros, de Francisco de
Azeredo Teixeira de Aguilar, 2º Conde
de Samodães, e de Roberto Guilherme
Woodhouse, seu primeiro presidente
da Direcção. Os Estatutos tiveram su-
cessivas versões em 1887, 1896 e 1929
e agora em 2011.
“Visa a divulgação da doutrina
da Igreja Católica, bem como da cul-
tura católica, nomeadamente na pers-
dos direitos humanos e dos valores pe-
renes do Cristianismo, aplicando nas
estruturas civis a mundividência cristã
e procurando «enformar a ordem tem-
poral com o espírito cristão”.
A ACP tem personalidade jurí-
dica, canónica e civil, nos termos dos
artigos 10º e 11º da Concordata entre a
Santa Sé e o Estado Português.
A sede da Associação situa-se
na cidade do Porto, na Rua de Pas-
sos Manuel, nº 54, em edifício de que
é proprietária, construído, ao que se
pensa, na década de vinte ou trinta do
século XX.
A entrada faz-se por uma es-
cadaria nobre que se divide em dois
tramos de escadas que conduzem ao
salão nobre, espaço polivalente, dota-
do de um palco, que recebe luz de uma
clarabóia central que ilumina o salão e
as galerias que lhe estão sobranceiras,
sendo a estrutura construída em ma-
deira.
O conjunto é dominado pela
máxima «Laetetur cor quaerentium do-
minum», versículo 3 do salmo 104 (ou
105 nas Bíblias actuais), o que, em lín-
coração dos que procuram o Senhor»,
lema que a ACP tem procurado seguir
ao longo dos seus 140 anos de vida.
Tendo a ACP vocação para
congregar todos os católicos, bem
como as respectivas associações,
movimentos, paróquias e demais ex-
pressões colectivas da fé e da cultu-
ra católica, foi introduzida nos actuais
singulares, também aquelas poderem
associar-se na ACP. Registe-se que a
ODPS é a pessoa colectiva associada
nº 1 da ACP, estando em marcha uma
campanha pela obtenção de novos as-
sociados.
Nas palavras de D. Manuel Cle-
mente, então Bispo do Porto e agora
Patriarca de Lisboa, que inúmeras ve-
zes esteve na ACP com o seu saber
e a sua simpatia (nomeadamente nas
sessões «Ecce Homo»), palavras que
encimam a versão actual dos Estatu-
tos da ACP, “a Associação Católica do
Porto representa na cidade e no país
muito do que o catolicismo português
quis e quer fazer desde há século e
meio. Quando os seus fundadores -
com especial realce para o Conde de
Samodães - a lançaram em 1872, pre-
tendiam reunir esforços de vários cren-
tes, especialmente leigos, para que o
inevitável diálogo com a sociedade li-
beral da altura decorresse com profun-
didade e se manifestasse em cidadania
activa.”
E acrescenta Dom Manuel:
«Nos seis anos em que tive a graça de
integrar a Igreja diocesana do Porto, a
Associação Católica sempre me pro-
porcionou o espaço e o espírito para
continuar nesse sentido. Com tantos
e tantos outros que participaram em
quase meia centena de sessões Ecce
Homo, senti que os fundadores da As-
sociação Católica estavam contentes
no céu com o que prosseguíamos na
terra.»
É neste rumo que a ACP pre-
tende fazer caminho.
Bernardino Chamusca
Obra Diocesana de Promoção Social40
Uma das estruturas centrais da
Obra Diocesana de Promoção Social é
a Lavandaria Central, que constitui uma
face menos visível, mas não menos im-
portante, no quotidianos da ação social
que a Instituição presta à população
mais carenciada da cidade do Porto.
Esta Lavandaria foi criada em
2005, tendo sido inaugurada a 1 de
Junho pelo então Bispo do Porto, D.
Armindo Lopes Coelho. Funciona num
edifício próprio, construído de raiz pela
Obra Diocesana, que engloba também
outros dois servi-ços – o Armazém Cen-
tral e a Central de Costura.
Esta instalação resultou da con-
centração das quinze lavandarias que
anteriormente existiam nos diversos
Centros Sociais da Instituição e que
progressivamente foram encerradas.
Com este projeto, pretendeu atingir-se,
entre outros, os se-guintes objetivos:
centralização de todo o tratamento da
roupa; libertação de espaço nos Cen-
tros Sociais; padronização e melhoria
de todos os processos associados; e
economias de escala (designadamen-
te a nível de recursos humanos, água,
energia e consumíveis).
Na Lavandaria Central são pro-
cessadas todas as roupas e outros ar-
tigos têxteis próprios dos Centros So-
ciais (toalhas de mesa, lençóis, babetes,
edredões e respetivas capas, batas,
aventais, etc.).
Paralelamente, a Lavandaria é
também responsável pelo tratamento
da roupa dos clientes das respostas
Lavandaria Central da Obra Diocesana
sociais de terceira idade da Obra Dio-
cesana – Serviço de Apoio Domiciliário,
Centro de Dia e Centro de Convívio.
Em alguns dos casos mais dramáticos,
passa pela Lavandaria Central toda a
roupa pessoal (roupa interior, camisas,
saias ou calças, roupa de dormir, etc.),
toda a roupa de cama (lençóis, mantas
e cobertores), mas também outros arti-
gos como cortinas e tapeçari-as. Esta é
a via humana para promover a dignida-
de nas habitações de clientes totalmen-
te desprovidos de retaguarda familiar e
para quem este serviço constitui a única
possibilidade de manter uma merecida
e desejada higiene.
Diariamente, a roupa é recolhida
em todos os Centros Sociais e trans-
portada para a Lavandaria. Aí, e numa
primeira etapa, sofre uma triagem, após
a qual é conferida (quantidade e tipo de
artigos). Algumas das roupas dos clien-
tes carecem de uma pré-lavagem ou
de outros cuidados especiais, em virtu-
de do seu nível de sujidade. Após este
processo, dá-se início à lavagem e pos-
terior secagem. Seguidamente a roupa
é engomada e devidamente embalada.
Finda esta etapa, a roupa é devolvida,
também diariamente, ao Centro Social
ou ao cliente. Ao longo de todo o pro-
cessamento, a roupa é acompanhada
do Centro Social ou do cliente, de modo
a minimizar possíveis trocas.
A Lavandaria Central funcio-
na durante todos os dias úteis do ano.
Atualmente, processa quase 2000 kg
este valor equivale a cerca de quinhen-
tas toneladas de roupa.
Para assegurar o tratamento de
toda esta roupa, existem quatro má-
quinas de lavar, duas das quais com
uma capacidade para 55 kg de roupa.
A nível de secadores, funcionam seis
máquinas, com capacidades distintas
e adequadas às necessidades de seca-
gem. Todos os detergentes são dosea-
dos automaticamente, sendo que o seu
fornecimento às máquinas é totalmente
mecanizado, dispensando qualquer in-
tervenção humana.
O funcionamento da Lavandaria
é assegurado por sete lavadeiras. É gra-
ças a este equipa coesa, determinada,
dedicada e empenhada que, oito anos
após a sua inauguração, é possível di-
zer que esta foi mais uma aposta ganha
pela Obra Diocesana.
João Miguel PratasDiretor do Economato, Logística e Manutenção
41Ano VIII . n.º31 . Trimestral . Junho 2013
Senhor Presidente,
Recebi com muito gosto o exemplar do nº. 30 da Revista Espaço Solidário.
Nas suas páginas tive ocasião de apreciar
Diocesana de Promoção Social, com tanta dedicação, continua a promover na Diocese do Porto.
Agradecendo a gentileza da oferta, cor-dialmente apresento a expressão da minha consideração na alegria do Senhor Ressus-citado.
+ Rino Passigato
Núncio Apostólico
SER BOM E AMAR
Quem é bom, dá para que quem vive, viva melhor,
Quem ama, vive para servir gratuitamente;
Quem é bom, suporta as ofensas com coragem,
Quem ama, tenta esquecer e recomeçar o relacionamento;
Quem é bom, compadece-se de quem precisa ou sofre,
Quem é bom, começa e acaba a tempo e horas,
Quem ama, começa para não mais acabar de bem ajudar;
Quem é bom, faz o que pode esforçadamente,
Quem ama, consegue até o que parece impossível;
Quem é bom, perdoa os erros e ofensas sofridas,
Quem ama, se possível, não deixa errar e não desiste de emendar;
Quem é bom, ajuda quem está perto e faz-se próximo,
Quem ama, está sempre perto para ajudar oportunamente;
Quem é bom, também ama os outros como eles são,
Quem ama, sempre é bom e progride na perfeição;
Quem é bom, atende as necessidades de quem precisa,
Quem ama, tem necessidade de atender, acolher e estimar;
Quem é bom, não faz mal a ninguém voluntariamente,
Quem ama, faz o bem até a quem lhe quer mal;
Quem é bom, estuda as condições para dar oportunamente,
Quem ama, dá sem condições e com generosidade;
Quem é bom, é como Deus o criou auto actualizando-se,
Quem ama, faz como Deus quer que se seja, viva e actue;
Quem é bom, cansa-se e às vezes desanima,
Quem ama, nunca descansa de ser bom e fazer o bem;
Quem é bom, vê a pessoa que pede e precisa,
Quem ama, vê na pessoa Deus que pede e pratica a liberdade a tempo e horas, com alegria e esperança.
E eu? Sou bom? Amo? …
Fr. Bernardo, o.p.
Exmo. Senhor
Presidente do Conselho de Administração da
Encarrega-me Sua Excelência o Ministro da Solidariedade e da Segurança Social de acu-sar a recepção da carta, data de 01 de Abril
-vista “Espaço Solidário”
Com os melhores cumprimentos
Gabriel Osório de Barros, Dr.
Exmo. Senhor
Américo Ribeiro
Presidente do Conselho de Administração da
Meu caro amigo,
Quero, por isso, dar-lhes os mais sinceros parabéns. Numa época conturbada como a que atra-vessamos, é muito importante sentir que o Porto pode contar com uma Instituição como a vossa.
Com os melhores cumprimentos
Manuel Pizarro, Dr.
Exmo. Senhor
Américo Ribeiro
Presidente do Conselho de Administração da
Respeitosos cumprimentos.
Agradeço o amável convite para participar
23 do corrente mês de Maio. Não me será possível marcar presença nesse Jantar de
compreensão.
Contudo, não posso deixar de lhe dizer o quanto admiro a obra extraordinária de pro-moção social que tem realizado e certamente continuará a realizar em prol dos mais neces-sitados. Bem haja. Que Deus o ajude e lhe dê sempre essa força de vontade em suavizar a vida daqueles que mais precisam.
…
Reiterando os meus cumprimentos e agrade-cendo o amável convite,
António Rocha e Balsamina Valente
Santa Maria da Feira
espaçosolidariomensagens recebidas sobre o novo
Obra Diocesana de Promoção Social42
Exmo. Senhor
Américo Joaquim da Costa Ribeiro
Social
Exmo. Senhor Presidente,
Encarrega-me o Presidente da Comissão Europeia, Dr. José Manuel Durão Barroso, de agradecer a carta que V. Exª. quis fazer o favor de enviar a 1 de Abril, pela qual lhe transmite o nº. 30 da Revista “Espaço Solidá-rio”, que reteve toda a sua atenção.
Com os meus melhores cumprimentos,
Raquel Lucas
Boa tarde Amigo Ribeiro,
Antes de mais quero felicitar-te pelo êxito do
pessoas presentes, que por si só já é muito representativo, mas pelo que se pôde sentir, o “sentimento de solidariedade” que esteve presente em todo o evento.
parte desta “família” e uma vez mais os meus parabéns.
José António Braga, Dr.
Porto
Bom e caro amigo Américo Ribeiro,
Quero uma vez mais agradecer-lhe e felicitá--lo pelo seu empenho e altruísmo, tão raro nos dias de hoje. Sinto-me sempre mal pelo tão pouco que faço e tanto que é preciso fazer, mas disponha de mim como bem en-tender.
…
mim deposita e abraço-o com uma amizade
Hélio Loureiro
Porto
Liga dos Amigos da Obra DiocesanaJá se fez Amigo da Liga?
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igad
o!
Alunos EMRC (Educação Moral e Religiosa Católica) 1 000,00 €Américo Joaquim da Costa Ribeiro 500,00 €Ângela Maria Pereira Santos, Dra. 50,00 €Anónimo 5,00 €Anónimo 50,00 €António Alves Carvalho Machado 100,00 €António Moreira Milhomens 50,00 €António Vieira da Rocha 150,00 €Armanda Maria da Silva Castro 25,00 €Artur Lima 100,00 €Associação para o Diálogo Multicultural 50,00 €Auto Reparadora de Arnelas, Lda. 100,00 €Cáritas Diocesana do Porto 50,00 €Cláudia Cristina Vieira Mena, Dra. 50,00 €Distribui - Comércio e Distribuição de Produtos Alimentares, Lda. 100,00 €EGA 1 500,00 €Gonçalo Furtado de Mendonça 50,00 €
Horácio Magalhães, Lda. 50,00 €Instituto Missionário Filhas de São Paulo 62,00 €Jantar de Beneficência 6 100,00 €Jorge Filipe Oliveira Costa Ribeiro, Dr. 75,00 €José Alves Pais 50,00 €José António Pedro de Almeida, Dr. 100,00 €José Augusto Gomes Azevedo 100,00 €José Ferreira da Silva Santos 300,00 €JPFPV 700,00 €Júlio Tavares Rodrigues 100,00 €Márcia Cristina Correia Resende, Dra. 50,00 €Margarida de Aguiar Monteiro, Dra. 50,00 €Maria Emília de Jesus Moura 40,00 €Maria Teresa Pais Quelhas Lima de Souza-Cardoso, Dra. 50,00 €Megavale - Informática, Lda. 150,00 €Padaria São Pedro 100,00 €
Amigos em crescendo!
Descrição Contribuição Descrição Contribuição
Donativos de 23 de Março a 19 Junho de 2013
43Ano VIII . n.º31 . Trimestral . Junho 2013