espaço mariano nº 2 - ano 3

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APRESENTAÇÃO Para manter aquele movimento característico da formação que o Espaço Mariano nos sugere: “Quem é minha mãe” (Mc 3,33), Irmã Monica, oferece uma reflexão mantendo-se dentro do Divino amor envolvente para todas as pessoas criadas. E como Maria, a “bem- dita entre todas as mulheres”, foi apresentada na tradição cristã como alguém que viveu envolvida no amor de Deus, por isso, celebramos sua Assunção = Maria assumida por Deus. Por sua vez, Pe. Mássimo nos conduz com uma maneira típica de missionário, à aproximação do Evangelho de Marcos situado no tempo em que foi escrito e as motivações da época do porque foi escrito. Ele nos apresenta Marcos que acompanha a pequena comunidade cristã da grande e poderosa cidade de Roma. No seu empenho de animar, de encorajar os seguidores de Jesus que passavam por muitas dificuldades devido às ameaças e perseguições dos Imperadores Romanos. Enfim, o autor incentiva as leitoras e leitores ao cultivo da fé e da coragem das primeiras comunidades cristãs, a fim de chegarmos a ser verdadeiros discípulos e discípulas que colaboram para que o Reino de Deus, anunciado por Jesus, continue avançando e se difunda em todas as nações. Temos também a imensa alegria de nos unir à Igreja no Brasil, anunciando e dando a nossa parcela de colaboração na Jornada Mundial da Juventude. Sem dúvida é este um momento de graça, de responsabilidade e de esperança, pois jovens do mundo inteiro olham e se encaminham rumo ao Brasil, Rio de Janeiro, em 2013, para este evento. É significativa a expressão de alguns jovens cariocas em relação à JMJ. Eles consideram um dom de Deus ter a oportunidade de encontrar jovens de diversas culturas, línguas, raças, para celebrar juntos, o entusiasmo e o amor por Jesus Cristo. Como podemos perceber, o objetivo de proporcionar através do Subsídio Espaço Mariano, uma preparação para a Solenidade da Assunção de Nossa Senhora, de acolher com carinho a experiência missionária de um irmão nosso o qual ilumina o compromisso de

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Espaço Mariano das Servas de Maria Reparadoras

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Page 1: Espaço Mariano nº 2 - ano 3

APRESENTAÇÃO

Para manter aquele movimento característico da formação que

o Espaço Mariano nos sugere: “Quem é minha mãe” (Mc 3,33), Irmã

Monica, oferece uma reflexão mantendo-se dentro do Divino amor

envolvente para todas as pessoas criadas. E como Maria, a “bem-

dita entre todas as mulheres”, foi apresentada na tradição cristã

como alguém que viveu envolvida no amor de Deus, por isso,

celebramos sua Assunção = Maria assumida por Deus.

Por sua vez, Pe. Mássimo nos conduz com uma maneira típica

de missionário, à aproximação do Evangelho de Marcos situado no

tempo em que foi escrito e as motivações da época do porque foi

escrito. Ele nos apresenta Marcos que acompanha a pequena

comunidade cristã da grande e poderosa cidade de Roma. No seu

empenho de animar, de encorajar os seguidores de Jesus que

passavam por muitas dificuldades devido às ameaças e

perseguições dos Imperadores Romanos. Enfim, o autor incentiva

as leitoras e leitores ao cultivo da fé e da coragem das primeiras

comunidades cristãs, a fim de chegarmos a ser verdadeiros

discípulos e discípulas que colaboram para que o Reino de Deus,

anunciado por Jesus, continue avançando e se difunda em todas as

nações.

Temos também a imensa alegria de nos unir à Igreja no Brasil,

anunciando e dando a nossa parcela de colaboração na Jornada

Mundial da Juventude. Sem dúvida é este um momento de graça,

de responsabilidade e de esperança, pois jovens do mundo inteiro

olham e se encaminham rumo ao Brasil, Rio de Janeiro, em 2013,

para este evento. É significativa a expressão de alguns jovens

cariocas em relação à JMJ. Eles consideram um dom de Deus ter a

oportunidade de encontrar jovens de diversas culturas, línguas,

raças, para celebrar juntos, o entusiasmo e o amor por Jesus Cristo.

Como podemos perceber, o objetivo de proporcionar através do

Subsídio Espaço Mariano, uma preparação para a Solenidade da

Assunção de Nossa Senhora, de acolher com carinho a experiência

missionária de um irmão nosso o qual ilumina o compromisso de

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sermos discípulas e discípulos de Jesus Cristo no anúncio do

Evangelho, queremos também viver com intensidade o tempo de

graça que nos foi dado, como Igreja no Brasil, de acolher e celebrar

a Jornada mundial da Juventude no próximo ano. E, com a certeza

de que Maria está conosco, como presença atuante desde a Igreja

nascente e condutora de todos/as que seguem seu Filho Jesus,

queremos colaborar para que “Ele seja sempre mais conhecido e

amado” (Madre Elisa Andreoli), por todas as nações!

A Redação

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I QUEM É MINHA MÃE

(Mc 3,33)

ASSUMIDA PELO DIVINO AMOR

Já nos perguntamos sobre a beleza de amar e de ser amados/as,

como saída para soluções da inquietação existencial? Como por

exemplo: o amor de um/a amigo/a pode mudar ou melhorar meu

jeito de ser? Quando eu demonstrar meu carinho para alguém, ele/a

acreditará em mim, mesmo depois da minha definitiva ausência

nesse mundo?

A relação afetuosa é espaço de vida, é gestora de boas

lembranças, é via por onde passa o humano ser na plena expressão

de si. O homem e a mulher criados como presença do Criador

vivem, movem-se, existem amando. E durante sua vida de

interligação, gestam o que a saudade do vivido alimentará o

presente.

Numa antropologia positiva, Jesus de Nazaré, viveu numa

família onde o amor foi experimentado, assimilado e transmitido.

Em Nazaré o amor aprendido, fecundou sua existência de tal

maneira que Ele gestou, no dizer de Elisabeth Johnson, “a

comunidade de iguais”. E foi assim que a mãe do Messias, Maria

de Nazaré, desde o terceiro ao quinto século, foi envolvida por essa

comunidade de iguais, com terno amor de Vida. Isto é, a

comunidade cristã dos primeiros séculos, guardava a afetuosa

memória Daquela cujo foco foi o amado Filho do seu ventre, Jesus!

É dele que Pedro declarou: “Deus o ressuscitou, livrou das

angústias da morte, pois não era possível que ele ficasse detido sob

seu poder” (Atos 2,24).

A comunidade posterior à dos inícios, em continuidade

amorosa, declarava que Ela envolvida nesse Divino ato de não

deixar seus amados deter-se ao poder da morte, transmite o que

Maria foi, às gerações, como vida envolvida no amor de Deus,

afirmação embasada na Boa Nova escrita por Lucas: “... porque

olhou para a humildade da sua serva... todas as gerações me

Page 3: Espaço Mariano nº 2 - ano 3

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proclamarão feliz... o Poderoso fez por mim grandes coisas...” (1,

48-49). E não somente durante sua existência com os amigos de seu

Filho, mas também depois de sua morte, afirmou-se que Maria foi

assumida por seu Deus e Senhor. “Maria da Assunção, escuta a

nossa voz e pede proteção a cada um de nós”!. É possível entender

a morte na afirmação de Coyle Ktatleen, “não como castigo, mas a

morte faz parte da vida

humana que Deus deseja

para a humanidade. E

que na nossa busca pela

imortalidade, muitas

vezes consideramos a

morte um obstáculo a ser

superado” (Maria na

tradição cristã, a partir

de uma perspectiva

contemporânea, Paulus,

p 69).

Uma poetisa dos nossos

dias, assim canta: “Deus

me proteja da sua inveja/

Deus me defenda da sua

macumba/Deus me salve

da sua praga /Deus me

ajude da sua raiva /Deus

me imunize do seu

veneno /Deus me poupe do seu fim/ Deus me acompanhe /Deus me

ampare/Deus me levante /Deus me dê força /Deus me perdoe por

querer /Que Deus me livre e guarde de você” (Letra e música de Rita

Lee e Roberto Carvalho). Em uma entrevista a autora disse que era

uma canção/oração, pois sentia necessidade de orar pela manhã.

Vale a pena pensar um pouco sobre esse pedido. A autora pede a

ação “cuidadora” de Deus só pra ela.

Deus cuida somente de uma pessoa? Ouve, olha, ama, preserva,

salva, assume totalmente em vida e, pós vida somente uma pessoa?

E nesta reflexão, a pergunta é: somente para Maria de Nazaré, a

mãe de Jesus?

4

Sabemos que a experiência de Deus é pessoal, mas Deus não

atua com privilégios. Por isso, nossa formação mariana, a respeito

da Assunção de Maria, deseja dilatar sua experiência de discípulo/a

com a afirmação de pensadoras/teólogas como Coyle Ktatleen. E

cito a afirmação de Elizabeth A. Johnson: “... com o Papa Paulo

VI, com as orientações bíblicas-litúrgicas, com os cristãos do

primeiro século, – acrescento também: com as reflexões pessoais e

dos grupos –, refletir sobre Maria a partir de Deus, com uma visão

unificadora, consiste interpretá-la como amiga de Deus e profeta

dentro do círculo de todos os que procuram Deus, a comunidade

dos santos vivos e mortos” (Nossa verdadeira Irma. Teologia de

Maria na comunhão dos santos, Loyola, p. 173). E confirma Coyle

Ktatleen: “Maria participa da plenitude da ressurreição que Deus

prometeu a todos os povos, quando ressuscitou Jesus dos mortos”

(idem, p, 67).

Tempo silencioso para refletir.

Sugestão:

Acolha... ame... envolva... integre... E a assunção de quem você

ama acontece, e a sua assunção já existe em ato porque você é

pessoa amada. Esse movimento é real porque a pessoa de Jesus

Cristo nos garante “todas as bênçãos” (Ef 1,3). “Nele, Deus nos

predestinou... nos cumulou de toda graça...” (Ef 1,5-6).

♥ Partilhe pontos da reflexão...

♥ Louve, agradeça o amor, divino amor que é ação, ato contínuo.

Irmã Monica Gomes Coutinho, smr

Rio de Janeiro

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Page 4: Espaço Mariano nº 2 - ano 3

II

O DISCIPULADO DE JESUS CRISTO

EM SÃO MARCOS

Marcos quer que a gente conheça e ame a Jesus, como sua

Comunidade o conhecia e o amava. Era difícil seguir o Evangelho

de Jesus naquela época, quando Marcos acompanhava a pequena

Comunidade da grande e poderosa cidade de Roma, Capital do

Império.

Os seguidores de Jesus passavam por muitos problemas,

sobretudo parecia que todos estavam perdendo o entusiasmo

devido às ameaças e perseguições, como a do Imperador Nero, que

incendiou Roma e acusou os cristãos; assassinando Pedro e Paulo,

grandes líderes, martirizados neste período entre os anos de 64 a 67.

Milhares perderam o emprego, outros viram seus bens

confiscados, outros foram mandados ao exílio ou a trabalhos

forçados, centenas de discípulos foram condenados por causa de

seu testemunho cristão.

Infelizmente, diante dessa situação muitos chegavam a desistir

de seu compromisso cristão abandonando a fé; outros se esqueciam

de seu próprio batismo e negavam sua pertença à Igreja; alguns

chegavam até acusar publicamente os irmãos e companheiros de

Caminhada.

O mundo daquela época era muito violento, corrupto e imoral.

As famílias do Império Romano não tinham estabilidade, havia

muito adultério, e a vida dos pobres não valia nada por causa da

escravidão. Quem acreditasse em Jesus, seguisse sua Palavra e

participasse desta Igreja, facilmente era desprezado e discriminado.

Nesta situação começava faltar lideranças e animadores de

Comunidades, pois os melhores estavam presos ou foram

martirizados como Pedro e Paulo. Além disso, alguns começaram a

espalhar dúvidas sobre o ensinamento que se dava nas

Comunidades. Certas pessoas levantavam suspeitas até se Jesus

havia ressuscitado de verdade. Havia um grupo que desprezava a

6

cruz e afirmava que Jesus não podia ser o Salvador, porque quem

fosse condenado à morte na cruz era considerado “maldito de

Deus” (Dt 21,23). Então, como um “maldito de Deus” podia ser o

Messias?

Tudo isso abalava a consciência de muita gente que se

perguntava: Afinal, quem é Jesus? Será que Ele, tão desprezado,

humilhado e sofrido, podia ser realmente o Messias, o Filho de

Deus, o nosso Salvador? Será que a Igreja estava ensinando certo?

Será que os opositores teriam razão em suas acusações?

Além disso, entre as Comunidades já enfraquecidas por tantos

problemas, começou aparecer atitudes de competição, ciúmes,

ambição e outras formas de egoísmo criando divisões entre os

membros da mesma Comunidade.

A situação era muito grave: perseguições de um lado e deboche

de outro; falta de lideranças e muitas dúvidas sobre Jesus e a Igreja.

Como enfrentar tantos desafios e o que fazer diante de muitas

desistências?

Em Roma, cidade de quase um milhão de habitantes, havia

pequenas Comunidades com uns 5.000 cristãos ao todo e, assim

mesmo, humilhados, sofridos, perseguidos. Muitos deles até

enfraquecidos e querendo desistir da caminhada. Foi exatamente

nesta situação, cerca do ano 70, que foi escrito o Evangelho de

Marcos que é o mais curto: são apenas 16 Capítulos. É o primeiro

Evangelho e tinha a urgência de fortalecer os cristãos perseguidos

pelo Imperador Nero, que no ano de 64, acusou os cristãos de

terem incendiado Roma. Depois, para completar, outro Imperador

chamado Vespasiano, no ano 70, mandou destruir a cidade santa de

Jerusalém, da qual tinham uma forte lembrança e grande saudade. Como vimos, por causa de tantas provações muitos discípulos de

Jesus, em Roma e em Jerusalém, estavam para esmorecer. Então,

Marcos com sua Comunidade escreveu este Evangelho a fim de

ajudar o povo de Deus ser perseverante, em Roma e em todo o

Império.

A situação de nossas Comunidades no Brasil, que vivem meio

perdidas nos Bairros imensos das grandes cidades, é bem parecida

com a situação daquela Comunidade de Roma. O Evangelho de

Marcos, portanto, foi escrito também para nós, pois precisamos nos

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Page 5: Espaço Mariano nº 2 - ano 3

fortalecer através da leitura, do estudo, da meditação e

contemplação destas páginas tão atuais, a fim de que todos se

tornem discípulos e discípulas, verdadeiros missionários da Boa

Notícia. De fato, o aprofundamento do Evangelho fortifica nossas

convicções sobre a Pessoa, a missão e a mensagem de Jesus, o

Messias. O Filho de Deus que foi crucificado, ressuscitou e

permanece vivo na Comunidade Cristã, ainda hoje provada por

tantas barreiras e perseguições.

O Evangelho de Marcos convoca aos discípulos de todos os

tempos que tenhamos esta fé inabalável em Jesus Cristo, sejamos

fiéis à Igreja e cumpridores/as desta missão.

Chave de leitura para entender este Evangelho que dá coragem

e perseverança também a nós, hoje, muitas vezes atravessando

momentos complicados:

° Jesus é o Messias, Filho de Deus: (Mc 1,1; 8,29; 14,61;

15,39).

° Jesus é o Servo sofredor: (Mc 8,27-31).

° Jesus é pobre, humilde, corajoso, libertador: (11,1-3).

° Jesus é o Crucificado Ressuscitado: (16,6).

Questionamentos para os discípulos

Mas para chegarmos a ser verdadeiros discípulos/as, precisamos aceitar e colaborar para que o Reino de Deus, anunciado por Jesus

continue avançando ainda hoje em meio a tensões,

dificuldades, conflitos, sobretudo diante do questionamento

fundamental dos discípulos de todos os tempos. Afinal: Quem é

Jesus? (Mc 1,1; 8,29). Quem é Jesus que espalha esta Boa

Notícia? (Mc 1,14; 3,14). Quem é este Jesus que o mundo não

entende? (Mc 3,7; 6,13). Mas, quem é mesmo este Jesus com este

seu jeito diferente de encarar e resolver as coisas? (Mc 6,6; 8,26).

8

A proposta de Marcos para seguir Jesus e entrar no

discipulado

a) Na escuridão da cruz (8,34; 10,52). Jesus, o Mestre se revela

como Messias, Servo sofredor e vencedor. Caminhando na

estrada com Jesus, seguindo o Mestre sem medo de carregar a

cruz, aprende-se a ser discípulos e discípulas.

b) Nos conflitos e na morte (11,1; 13,37). Jesus chega em

Jerusalém onde há choque frontal e sem retorno com os

poderes opressores e corruptos.

► Pessoalmente: Releia a parte sobre os “questionamentos dos

discípulos” e escolha uma citação indicada. Reze e escreva uma

oração agraciada.

► Em grupo: Partilhe o que você descobriu de importante.

Pe. Mássimo Lombardi

Missionário em Rio Branco – Acre

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Page 6: Espaço Mariano nº 2 - ano 3

III

JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE (JMJ)

RIO 2013

A Jornada Mundial da Juventude a ser realizada no Rio de

Janeiro em julho de 2013, há algum tempo, iniciou sua preparação.

Com base no trecho da Palavra do Evangelho de São Mateus,

percebe-se a necessidade de expressar uma referência direta à

imagem de Jesus e ao sentido do discípulo. Neste episódio, Jesus se

encontrou com seus discípulos em uma montanha, após sua

ressurreição. Como símbolo da cidade do Rio de Janeiro, o Cristo

Redentor também se encontra em uma montanha e é um

monumento reconhecido no mundo inteiro. O tema é uma palavra

de ordem proclamada pelo próprio Senhor Jesus, e assim a Sua

imagem possui destaque no centro do símbolo. Os elementos do

símbolo formam a imagem de um coração. Na fé dos povos o

coração assumiu papel central, assim como o Brasil será o centro

da juventude na Jornada Mundial. Também designa o homem

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interno por inteiro, se tornando nesta composição a referência aos

discípulos que possuem Jesus em seus corações. Os braços do

Cristo Redentor ultrapassam a figura do coração, como o abraço

acolhedor de Deus aos povos e jovens que estarão no Brasil.

Representa nossa acolhida, como povo de coração generoso e

hospitaleiro. A parte superior (em verde) foi inspirada nos traços

do Pão de Açúcar, símbolo universal da cidade do Rio de Janeiro, e

a cruz contida nela reforça o sentido do território brasileiro

conhecido por Terra de Santa Cruz. As formas que finalizam a

imagem do coração possuem a cor azul, representando o litoral,

somada ao verde e amarelo que transmitem a brasilidade das cores

da bandeira nacional.

As Irmãs e algumas pessoas da Comunidade “Nossa Senhora

das Dores” participaram, no dia 19 de maio u. p., do Simulado das

Catequeses, na Arquidiocese do Rio de Janeiro, com o tema: Ide e

fazei discípulos entre todas as nações, preparando a acolhida, a

celebração, e cuidar da espiritualidade dos voluntários/as da JMJ.

O encontro constou de três partes:

Acolhida: preparar-nos para ser um povo acolhedor. O ser humano

é um ser social, ele precisa se relacionar... Koinonia. Somos seres

em comunhão. Deus nos dá esta característica por ser Ele

comunhão...

Catequese: Foi-nos proporcionado o aprofundamento de alguns

textos do Evangelho: O Bom Pastor (Jo 10, 1-18). “Eu conheço

minhas ovelhas... As minhas ovelhas me conhecem... O valor do

“conhecer” Jesus para segui-Lo...; A videira e os ramos (Jo 15, 1-17).

O grau de intimidade com Jesus, “videira”... A uva se dá nos

ramos... Os ramos somos nós! Somente em Cristo, “Videira”, nós

damos “frutos”... Acolher esta graça significa acolher os projetos

de Deus em nossa vida. O Sim de Maria ao projeto de Deus (Lc 1,

26-56). O seu serviço a Isabel...; Jesus acolhe os pastores, acolhe os

magos, os discípulos, os pecadores...

Celebração: O encontro encerrou com a Eucaristia concelebrada

por todos os sacerdotes presentes e animada por um número

significativo de jovens e outras pessoas Voluntárias preparando a

Jornada.

Foi uma manhã intensa e orante, caracterizada pelo entusiasmo

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Page 7: Espaço Mariano nº 2 - ano 3

e muita alegria, própria da juventude que animou o encontro. Em

relação à JMJ, alguns jovens assim se expressaram: “Para mim a

Jornada Mundial 2013, significa comunhão, alegria, celebração,

vida, encontro; é um dom de Deus e uma alegria encontrarmos

jovens de diversas culturas, língua, raça, para celebrar juntos, nosso

amor por Jesus Cristo; estamos nos preparando para realizar o

sonho de Deus: “fazer um milhão de amigos”!; é bom este evento

para que o mundo veja que existem muitos jovens católicos que

não se deixam envolver com coisas banais; vai ser uma ocasião

única e ampla para aprofundarmos temas sobre o seguimento de

Jesus Cristo; é importante viver e testemunhar a fé em Jesus Cristo

em comunhão com jovens do mundo todo; onde a Igreja se reúne,

Maria está presente. Portanto, ela acompanha a JMJ; nós não

estamos na Igreja, somos Igreja; assim, como Igreja e, com Maria,

celebramos a JMJ 2013!”.

Este “simulado” foi um passo importante rumo ao evento da

Jornada que se realizará entre 23 e 28 de julho de 2013. O Cristo

Redentor que contemplamos no símbolo da JMJ, cujos braços

ultrapassam a figura do coração, como o abraço acolhedor de Deus

aos povos e jovens que participarão deste evento, representa nossa

atitude de acolhida, nossa fé e nossa caminhada de discípulas e

discípulos missionários que vivem e anunciam os valores do Reino

entre todas as noções.

Que a JMJ não passe, mas, marque nossas vidas!

Reflexão sobre a Jornada Mundial da Juventude:

♣ O que significa para você o convite da JMJ? Qual sua

contribuição para que este evento seja marcante na vida e envolva

aos que convivem e partilham sua vida?

♣ Componha uma oração a Nossa Senhora pela Jornada Mundial

da Juventude.

Poderia entregar por escrito sua oração para as Irmãs do Centro

de espiritualidade, a fim de que seja partilhada com os leitores/as

do Espaço Mariano. Comunidade SMR

Centro de espiritualidade Maria Mãe da Vida

Campo Grande – Rio de Janeiro

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