escolar/curso... · web view2017-12-07 · vii - oferta de educação escolar regular para jovens...
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CURSO GESTÃO ESCOLAR
MÓDULO 2
Financiamento na Educação
A atual LDB esclarece o que é manutenção e desenvolvimento de ensino (art. 70)
pontuando o que pode ser considerado como manutenção e desenvolvimento de ensino
(art. 71), para evitar os desvios e controlar a utilização dos recursos.
Conhecer os instrumentos de financiamento da educação e do ensino é
fundamental, para a fiscalização da sua aplicação e transparência no seu uso, questões
consideradas difíceis de serem equacionadas.
A Constituição Federal determina a aplicação pela União de 18%, no mínimo, da
receita resultante dos impostos na manutenção e no desenvolvimento do ensino e os
Estados e Municípios, nunca menos de 25%, anualmente. Estão inclusos, nessa receita,
os impostos repassados da União para os Estados e dos Estados para os Municípios.
As contribuições do Salário-Educação e de outras “instâncias” para a educação não
fazem parte dos 18% e dos 25% citados.
São impostos federais:
a) imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza (IR);
b) imposto sobre produtos industrializados (IPI);
c) imposto territorial rural (ITR);
d) imposto sobre operações financeiras (IOF);
e) imposto de importação (II);
f) imposto de exportação (IE);
g) imposto sobre grandes fortunas (IGF), ainda não cobrado em razão da falta de lei
complementar.
Depois de repassar o FPE (Fundo de Participação dos Estados) aos Estados e FPM (Fundo de Participação dos Municípios) aos Municípios, a União deve usar 18% desses impostos na manutenção e no desenvolvimento do ensino (MDE). Trinta por cento desses 18% o governo federal deve
aplicar na manutenção e no desenvolvimento do ensino fundamental e na erradicação do analfabetismo, o que representa 6% dos impostos federais. (Libâneo, 2003)
São impostos da esfera estadual:
a) imposto sobre circulação de mercadorias e sobre prestação de serviços de
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS);
b) imposto sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA);
c) imposto de transmissão causa mortis e de doação de quaisquer bens e direitos
(ITCM);
Os Estados recebem ainda de transferência da União o FPE, que representa 21,5% sobre o IR e o IPI recolhidos no Estado, e uma alíquota do IOF sobre o ouro recolhido no Estado. Só o ICMS representa 80% das rendas estaduais para a educação. Com o FPE, a alíquota atinge 97% da arrecadação estadual, sendo os outros impostos de pequeno porte e de significância irrelevante para o total a ser gasto na educação em geral. De todos esses impostos, os estados devem aplicar 25%, no mínimo, na manutenção e no desenvolvimento do ensino. (Libâneo,2003)
São os seguintes os impostos arrecadados nos Municípios, devendo ser neles
aplicados:
a) imposto predial e territorial urbano (IPTU);
b) imposto sobre transmissão de bens imóveis (ITBI);
c) imposto sobre venda a varejo de combustíveis líquidos e gasosos (IVVC);
d) imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISSQN).
Os Municípios recebem como transferência da União:
a) o FPM, que representa 22,5% do IR e do IPI;
b) 50% do imposto territorial rural (ITR) arrecadado no Município;
Os Municípios recebem como transferência dos Estados:
a) 50% da arrecadação do IPVA;
b) 25% da arrecadação do ICMS.
Dos impostos municipais e das transferências federais e estaduais, os Municípios devem aplicar 25%, no mínimo, na manutenção e no desenvolvimento do ensino.
Além dos impostos, a educação conta ainda com as contribuições sociais, que constituem um tipo de tributo parafiscal, isto é, “têm como fato gerador a intervenção do Estado no domínio econômico” e são exigidas de grupos sociais, profissionais ou econômicos para o custeio de serviços de interesse coletivo, dos quais esses próprios grupos se aproveitam. Por
exemplo, as empresas que contribuem com o custeio da educação escolar terão uma mão-de-obra mais bem formada.
A principal contribuição social é o Salário-Educação, cobrado mediante a alíquota de 2,5% sobre a folha de pagamento das empresas. Outras contribuições sociais para uso na educação são: a Contribuição de Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Essas contribuições têm definidos os órgãos a que se destinam e as ações em que devem ser usadas. Por exemplo, os recursos do Salário-Educação são destinados ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação e, podem ser usados para a merenda escolar e para pequenos reparos de manutenção das escolas.
Embora sejam significativas por seu uso na educação, as contribuições sociais não fazem parte da vinculação dos percentuais mínimos para a manutenção e o desenvolvimento do ensino, sendo excluídas do orçamento geral. (Libâneo, 2003)
Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - FNDE
Segundo Libâneo ( 2003):
O Fundo Nacional de Desenvolvimento da educação (FNDE) foi criado em
novembro de 1968 e está vinculado ao Ministério da Educação (MEC). A finalidade da
autarquia é captar recursos financeiros para projetos educacionais e de assistência ao
estudante. A maior parte dos recursos do FNDE provém do Salário-Educação, com o
qual todas as empresas estão sujeitas a contribuir.
O Salário-Educação (SE), criado pela Lei 4.462, de 1964, e previsto no art. 212,
parágrafo 5º, da Constituição Federal, é cobrado das empresas vinculadas à Previdência
Social. O cálculo é feito com o percentual de 2,5% aplicado sobre o total da
remuneração paga ou creditada aos empregados durante o mês. O Instituto Nacional de
Seguridade Social (INSS) é o intermediário, cobrando 1% do valor arrecadado como
taxa de administração. A distribuição dos recursos é feita pelo FNDE, observada a
arrecadação em cada Estado e no Distrito Federal.
Pelo sistema do SE, a empresa contribuinte deve oferecer o ensino fundamental a
seus empregados e dependentes. Esse atendimento pode ser feito das seguintes formas:
a) escola própria; b) aquisição de vagas (o valor mensal da vaga é de 21 reais, fixado
desde junho de 1995); c) indenização de dependentes. A indenização de empregados foi
extinta, sendo vedada a inclusão de novos alunos a partir de 1997, em atenção à
modificação da Constituição Federal, por meio da Emenda Constitucional nº 14 de
1996, e à lei do FUNDEF de 1997. O parágrafo 3º do art. 15 da lei do FUNDEF
autoriza a continuidade de atendimento de benefícios da aplicação da indenização aos
empregados e dependentes a quem já tinha o benefício na edição da lei, mas veda a
inclusão de novos alunos, beneficiários da indenização, a partir da lei do FUNDEF que
é de 1997. Nesta modalidade de indenização os empregados ou dependentes recebem o
valor do SE para pagar a mensalidade da escola e a empresa deduz este valor do
montante que deveria depositar no INSS.
Na modalidade da escola própria, podem ser atendidos novos alunos – sejam
dependentes, sejam trabalhadores de empresas pelo Sistema de Manutenção do Ensino
(SME) – desde que não recebam outro benefício com a mesma finalidade e estejam
matriculados e freqüentando regularmente a escola. Na modalidade de aquisição de
vagas, as empresas pagam o valor do Salário-Educação às escolas particulares e devem
comprovar regularidade fiscal perante a União.
Texto Complementar
O que é o FNDE?
O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) é uma autarquia federal
vinculada ao Ministério da Educação (MEC). Isso quer dizer que ele é uma entidade
pública, fiscalizada pelo Estado, mas que possui autonomia para sua gestão.
O que o FNDE faz na Educação Básica?
O FNDE é responsável por executar parte das ações do MEC relacionadas à Educação
Básica, prestando auxílio financeiro e técnico aos municípios e executando ações que
contribuam para uma Educação de qualidade. Ele tem como finalidade captar recursos
financeiros e canalizá-los para o financiamento de projetos de ensino e pesquisa, de
acordo com as diretrizes do planejamento nacional da Educação. A execução de alguns
projetos relacionados à Educação Superior e ao Ensino Técnico também é de
responsabilidade do FNDE.
Quando o FNDE foi criado?
O FNDE foi surgindo aos poucos, com a fusão de vários órgãos do governo, e existe há
mais de 40 anos. Foi criado, oficialmente, pela lei nº 5.537, de 21 de novembro de 1968.
Por que o FNDE foi criado?
Ele surgiu para ser um órgão de excelência na execução de políticas públicas. A função
das secretarias do MEC é pensar as políticas educacionais, já a do FNDE é executá-las.
Como o FNDE funciona?
O papel das secretarias do MEC é cuidar do conteúdo e da avaliação das ações, e o
trabalho do FNDE é executá-las. O órgão trabalha, portanto, em parceria com alguma
secretaria. “Cada uma tem uma linha de ação e o FNDE é o executor”, explicou
Balaban. Além disso, a equipe do FNDE também trabalha diretamente com os
municípios, avaliando os pedidos de recursos que são feitos.
Quais são os projetos do FNDE?
O FNDE é responsável por ações, que vão desde projetos de melhoria da infraestrutura
das escolas à execução de políticas públicas. Entre os programas estão: Alimentação
Escolar, Biblioteca da Escola, Brasil Profissionalizado, Caminhos da Escola, Dinheiro
Direto na Escola, Programa Nacional do Livro Didático, Plano de Ações Articuladas,
Proinfância e Transporte Escolar, por exemplo. Além de realizar esses programas, o
FNDE também é responsável por repassar o FUNDEB para aos estados.
Os programas do FNDE só atendem escolas públicas?
Sim, só são realizadas ações para a rede pública de ensino e para as escolas que mantêm
convênios com as prefeituras.
De onde vem o dinheiro disponível para os programas do FNDE?
O FNDE, neste ano, conta com um orçamento de mais de R$ 30 bilhões. Os recursos
vêm de várias fontes, como dos impostos das loterias e, principalmente, do salário-
educação, um tributo de 2,5% descontado da folha de pagamento das empresas.
Quais são os tipos de transferência de recursos feitos pelo FNDE?
Existem três tipos de repasse de recursos: as transferências diretas, as transferências
voluntárias e a execução direta, que é a transferência do produto e não do dinheiro,
como nos programas do Programa Nacional do Livro Didático e do Programa Nacional
de Tecnologia Educacional (ProInfo).
Qual a diferença entre as transferências diretas e as voluntárias?
As transferências diretas, também chamadas de legais ou constitucionais, são os
repasses determinados por lei ou pela Constituição. Para recebê-las, o município não
precisa pedir, e é responsabilidade do FNDE repassá-las automaticamente todos os
meses. O FUNDEB e os repasses para a merenda escolar são exemplos de transferências
diretas. As transferências voluntárias são aquelas feitas por convênios, em que os
municípios têm que assinar um acordo com o FNDE para receber os repasses. O
programa Caminhos da Escola, o Plano de Ações Articuladas (PAR) e os projetos de
construção de escolas e creches são exemplos dessa modalidade.
O que são os registros de preços disponíveis no site do FNDE?
Além das transferências, o fundo também disponibiliza para os gestores a possibilidade
de adquirir materiais, como o mobiliário e o uniforme escolar, com preço mais barato do
que no mercado e qualidade garantida pelo Inmetro. No site do FNDE, na página
“Adesão a registros de preços”, é possível encomendar os itens, que ficam barateados
pelo forte poder de negociação da entidade.
Quem fiscaliza o FNDE?
A Controladoria Geral da União (CGU) deve acompanhar o que é feito pelo FNDE.
Além disso, todos os anos, as contas da entidade são analisadas pelo Tribunal de Contas
da União (TCU).
Como a sociedade pode acompanhar o que é feito com os recursos do FNDE?
O cidadão pode acompanhar as transações por meio da Câmara Municipal e dos
conselhos do FUNDEB e da Alimentação Escolar (CAE), pois o FNDE envia para esses
órgãos um relatório com a descrição de todos os recursos repassados aos municípios.
Essas informações são divulgadas no site da instituição e pela Central de Atendimento
ao Cidadão (0800 616161).
Qual a estrutura do FNDE?
O FNDE conta com uma presidência; os órgãos seccionais, como a Procuradoria
Federal, Auditoria Interna, Diretoria de Administração e Tecnologia e Diretoria
Financeira; os órgãos específicos singulares, como a Diretoria de Ações Educacionais, a
Diretoria de Programas e Projetos Educacionais, Diretoria de Assistência a Programas
Especiais; e um Conselho Deliberativo, órgão colegiado presidido pelo Ministro da
Educação.
Como é escolhido o presidente do FNDE?
Ele é nomeado pelo Presidente da República, por indicação do Ministro da Educação.
Como é a equipe do FNDE?
Por seus projetos terem uma abrangência muito grande, a equipe do FNDE é composta
por profissionais de diversas áreas, como, por exemplo, engenheiros, arquitetos,
nutricionistas e administradores.
Programas do FNDE
Sobre as Bolsas e Auxílios
O que é?
São programas desenvolvidos para o aperfeiçoamento (teórico e prático) e a atualização
profissional de professores, gestores e funcionários das redes públicas de ensino. No
âmbito desses programas, são pagas bolsas de estudo e pesquisa destinadas a incentivar
a participação de formadores, tutores, coordenadores etc. no desenvolvimento das
atividades de formação continuada.
Os programas de formação continuada aos quais o FNDE paga bolsas são:
Escola da Terra;
Escola de Gestores;
E-tec Brasil;
Formação pela Escola;
Formação de Tutores;
Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC);
Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio;
Rede Nacional de Formação de Profissionais da Educação (Renafor); e
Saberes Indígenas na Escola.
A quem se destina?
A formação continuada destina-se a profissionais da educação básica das redes públicas
de ensino, enquanto as bolsas são pagas majoritariamente aos docentes que ministram e
coordenam os cursos de aperfeiçoamento e atualização ou participam da elaboração de
materiais e conteúdos para essa formação. Em alguns deles, porém, também os cursistas
recebem um auxílio para frequentarem as atividades de formação.
Como acessar?
Para ser bolsista de um programa de formação continuada de profissionais da educação,
o interessado deve atender aos requisitos do programa e da função à qual deseja se
candidatar, ser selecionado em âmbito local e ter seu cadastro enviado ao sistema de
pagamento de bolsas do FNDE, o Sistema de Gestão de Bolsas (SGB), pelas secretarias
gestoras nacionais dos programas no Ministério da Educação.
Sobre o Programa Brasil Carinhoso
O que é?
O Programa Brasil Carinhoso consiste na transferência automática de recursos
financeiros para custear despesas com manutenção e desenvolvimento da educação
infantil, contribuir com as ações de cuidado integral, segurança alimentar e nutricional,
além de garantir o acesso e a permanência da criança na educação infantil.
A quem se destina?
Os recursos são destinados aos alunos de zero a 48 meses, matriculados em creches
públicas ou conveniadas com o poder público, cujas famílias sejam beneficiárias do
Programa Bolsa Família.
O apoio financeiro é devido aos municípios (e ao Distrito Federal) que informaram no
censo escolar do ano anterior a quantidade de matrículas de crianças de zero a 48 meses,
nas características acima mencionadas.
Como acessar?
O programa consiste na transferência automática de recursos financeiros, sem
necessidade de convênio ou outro instrumento congênere. As transferências aos
municípios e ao Distrito Federal são feitas em duas parcelas. O montante é calculado
com base em 50% do valor anual mínimo por matrícula em creche pública ou
conveniada, em período integral e parcial, definido para o Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação
(Fundeb).
Sobre o Caminho da Escola
O que é?
O programa Caminho da Escola objetiva renovar, padronizar e ampliar a frota de
veículos escolares das redes municipal, do DF e estadual de educação básica pública.
Voltado a estudantes residentes, prioritariamente, em áreas rurais e ribeirinhas, o
programa oferece ônibus, lanchas e bicicletas fabricados especialmente para o tráfego
nestas regiões, sempre visando à segurança e à qualidade do transporte.
A quem se destina?
Estudantes da rede pública de educação básica. Gestores educacionais são os
responsáveis pela aquisição dos veículos.
Como acessar?
Existem três formas para entes federativos adquirirem veículos do Caminho da Escola:
assistência financeira do FNDE no âmbito do Plano de Ações Articuladas (PAR),
conforme disponibilidade orçamentária consignada na Lei Orçamentária Anual;
recursos próprios; e linha de crédito do BNDES (exceto para bicicletas).
De qualquer forma, devem aderir à ata respectiva no Sistema de gerenciamento de
Adesão a Registro de Preços – Sigarp (www.fnde.gov.br/sigarpweb).
Sobre o Formação pela Escola (FPE)
O que é?
O Formação pela Escola (FPE) é um programa de formação continuada, na modalidade
a distância, que tem por objetivo contribuir para o fortalecimento da atuação dos agentes
e parceiros envolvidos com a execução, o monitoramento, a avaliação, a prestação de
contas e o controle social dos programas e ações educacionais financiados pelo FNDE.
Gráfico anual sobre quantidade de matrículas do Formação pela Escola desde 2006 até
2016.
A quem se destina?
Destina-se a cidadãos que exerçam funções de gestão, execução, monitoramento,
prestação de contas e controle social de recursos orçamentários dos programas e ações
financiados pelo FNDE, como profissionais de educação da rede pública de ensino,
técnicos, gestores públicos estaduais, municipais e escolares, membros do comitê local
do Plano de Ações Articuladas (PAR) e dos conselhos de controle social da educação
(Conselho Municipal de Educação – CMM; Conselho Escolar – CE; Conselho de
Alimentação Escolar – CAE; Conselho de Acompanhamento e Controle Social do
Fundeb – CACS/Fundeb) que atuem no segmento da educação básica e qualquer
cidadão que tenha interesse em conhecer as ações e os programas do FNDE.
Como acessar?
Antes de acessar, os interessados em participar dos cursos devem assistir a uma das
reuniões de apresentação do Formação pela Escola realizadas no município pela
coordenação estadual ou por um tutor municipal do programa. Em seguida, podem
preencher a ficha de pré-matrícula (disponível nesta página, em Consultas) ou anexa ao
folder distribuído pelo tutor. Após o preenchimento, essas fichas são devolvidas ao tutor
para que ele efetue o cadastro e a matrícula no Sistema de Informação do Programa
Formação pela Escola (Sife). Por último, os nomes dos cursistas são exportados para o
ambiente virtual de aprendizagem (AVA) Moodle e recebem o nome de usuário e senha
de acesso ao curso. Para acessar os sistemas do FPE, clique em:
•Sistema de Informação do Programa Formação pela Escola – SifeWeb
• Sistema de Formação a Distância – Moodle
Sobre o PAR (Plano de Ações Articuladas)
O Ministério da Educação, por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação (FNDE), disponibilizou aos estados e municípios a primeira fase do PAR
2016-2019, Etapa Preparatória e Diagnóstico, onde os entes federados (por meio do
SIMEC) devem fazer um mapeamento da situação educacional atual e elencar suas
necessidades. Esta fase não tem prazo definido para ser finalizada. E desde 1º de
setembro de 2017 o SIMEC está liberado para a fase de planejamento do PAR 2016-
2019. Estados e municípios poderão apresentar suas demandas educacionais, com base
no diagnóstico realizado, e construir seus Planos de Trabalhos para o período. Para ter
acesso à nova fase, é necessário que o diagnóstico tenha sido concluído. Já para enviar o
plano para análise do FNDE, o ente federado não pode ter pendências nas pactuações de
Termos de Compromisso de Obras, bem como na prestação de contas, PNE, Siope,
Habilita e no CACS FUNDEB. Informamos que os estados e municípios que
finalizaram e enviaram o diagnóstico, e por isso estão com o status “em planejamento ”
ou “em elaboração”, no Simec, terão o seu status alterado. O status voltará para a fase
de diagnóstico, sem qualquer prejuízo no preenchimento já realizado. O retorno à fase
de diagnóstico dará a oportunidade aos estados e municípios que não estavam mais
nessa fase de rever com minúcia o seu diagnóstico e, havendo necessidade de ajustes,
proceder com as alterações.
Para mais informações entre em contato através do e-mail: [email protected] ou pelos
telefones: 61 2022-5854 / 2022-5953 / 2022-5382 e 2022-5815.
Sobre o PBLE
O que é?
O Programa Banda Larga nas Escolas (PBLE) foi lançado em 4 de abril de 2008 pelo
governo federal, por meio do Decreto 6424, que altera o Plano Geral de Metas para a
Universalização do Serviço Telefônico Fixo Comutado Prestado no Regime Público
(PGMU).
A quem se destina?
O programa prevê o atendimento de todas as escolas públicas urbanas de nível
fundamental e médio, participantes dos programas E-Tec Brasil, além de instituições
públicas de apoio à formação de professores: Polos Universidade Aberta do Brasil,
Núcleo de Tecnologia Estadual (NTE) e Núcleo de Tecnologia Municipal (NTM).
Como acessar?
O acesso para escolas públicas urbanas é automático e ocorre por meio das informações
do censo da educação básica, onde anualmente a lista de obrigações é atualizada com as
novas escolas elegíveis para atendimento. Fazem parte do programa as operadoras
Telefônica, CTBC, Sercomtel e Oi/Brt.
Sobre o PDDE
O que é?
O Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) destina recursos financeiros, em caráter
suplementar, a escolas públicas da educação básica (e casos específicos) para uso em
despesas de manutenção do prédio escolar e de suas instalações (hidráulicas, elétricas,
sanitárias etc.); de material didático e pedagógico; e também para realização de
pequenos investimentos, de modo a assegurar as condições de funcionamento da
unidade de ensino, além de reforçar a participação social e a autogestão escolar. Os
repasses são feitos anualmente, em duas parcelas iguais. Existem ainda as “Ações
Agregadas ao PDDE”, transferências financeiras para fins específicos classificadas em
três grupos: o Novo Mais Educação, que compreende as atividades de educação integral
em jornada ampliada; o PDDE Estrutura, constituído das ações Água na Escola, Escola
do Campo, Escola Sustentável e Escola Acessível; e o PDDE Qualidade, composto das
ações Atleta na Escola, Ensino Médio Inovador, Mais Cultura nas Escolas e Plano de
Desenvolvimento da Escola (PDE Escola).
A quem se destina?
Escolas públicas de educação básica estaduais, do Distrito Federal e municipais;
unidades de ensino privadas de educação especial qualificadas como beneficentes de
assistência social ou de atendimento direto e gratuito ao público; e polos presenciais do
sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB) que ofertem programas de formação
inicial ou continuada a profissionais da educação básica. Segundo dados do censo
escolar de 2016, são cerca de 145 mil escolas potenciais beneficiárias do PDDE, nas
quais estão matriculados em torno de 39 milhões de alunos. Tomando-se a média dos
últimos três anos, o programa e suas ações agregadas envolveram investimento da
ordem de R$ 2,08 bilhões anuais.
Como acessar?
Requisitos básicos para acesso aos recursos do PDDE:
• As escolas e os alunos da rede pública e privada de educação especial precisam estar
inscritos no censo escolar do ano anterior e a lista de alunos dos polos da UAB deve ser
informada ao FNDE pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino
Superior (Capes);
• As unidades executoras próprias (UEx) e entidades executoras (EEx) devem aderir ao
programa por meio do Sistema PDDEweb (https://www.fnde.gov.br/pdde) até 30 de
junho. Já as entidades mantenedoras (EM) precisam regularizar, até 30 de setembro, os
procedimentos de habilitação estabelecidos em resolução do Conselho Deliberativo do
FNDE;
• As escolas públicas com mais de 50 alunos matriculados têm de criar suas UEx;
• As UEx, EEx e EM devem estar adimplentes com a prestação de contas de exercícios
anteriores.
Atendidos os requisitos acima, a assistência financeira ao público-alvo do programa é
concedida sem a necessidade de celebração de convênio, acordo, contrato, ajuste ou
instrumento congênere.
Sobre o PNAE
O que é?
O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) oferece alimentação escolar e
ações de educação alimentar e nutricional a estudantes de todas as etapas da educação
básica pública. O governo federal repassa, a estados, municípios e escolas federais,
valores financeiros de caráter suplementar efetuados em 10 parcelas mensais (de
fevereiro a novembro) para a cobertura de 200 dias letivos, conforme o número de
matriculados em cada rede de ensino. O PNAE é acompanhado e fiscalizado
diretamente pela sociedade, por meio dos Conselhos de Alimentação Escolar (CAE), e
também pelo FNDE, pelo Tribunal de Contas da União (TCU), pela Controladoria
Geral da União (CGU) e pelo Ministério Público. Atualmente, o valor repassado pela
União a estados e municípios por dia letivo para cada aluno é definido de acordo com a
etapa e modalidade de ensino.
O repasse é feito diretamente aos estados e municípios, com base no Censo Escolar
realizado no ano anterior ao do atendimento. O Programa é acompanhado e fiscalizado
diretamente pela sociedade, por meio dos Conselhos de Alimentação Escolar (CAE),
pelo FNDE, pelo Tribunal de Contas da União (TCU), pela Controladoria Geral da
União (CGU) e pelo Ministério Público. Com a Lei nº 11.947, de 16/6/2009, 30% do
valor repassado pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE deve ser
investido na compra direta de produtos da agricultura familiar, medida que estimula o
desenvolvimento econômico e sustentável das comunidades.
A quem se destina?
São atendidos pelo programa os alunos de toda a educação básica (educação infantil,
ensino fundamental, ensino médio e educação de jovens e adultos) matriculados em
escolas públicas, filantrópicas e em entidades comunitárias (conveniadas com o poder
público). Vale destacar que o orçamento do PNAE beneficia milhões de estudantes
brasileiros, como prevê o artigo 208, incisos IV e VII, da Constituição Federal.
Como acessar?
A escola beneficiária precisa estar cadastrada no Censo Escolar realizado pelo Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC). As escolas
filantrópicas, comunitárias e confessionais, sem fins lucrativos, que atendam aos
critérios estabelecidos na Resolução FNDE nº 26/2013, são consideradas integrantes da
rede pública de ensino.
É importante observar que o cardápio escolar deve ser elaborado por nutricionista,
respeitando os hábitos alimentares locais e culturais, atendendo as necessidades
nutricionais específicas, conforme percentuais mínimos estabelecidos no artigo 14 da
Resolução nº 26/2013.
Sobre o PNATE
O que é?
O Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar (PNATE) consiste na
transferência automática de recursos financeiros para custear despesas com manutenção,
seguros, licenciamento, impostos e taxas, pneus, câmaras, serviços de mecânica em
freio, suspensão, câmbio, motor, elétrica e funilaria, recuperação de assentos,
combustível e lubrificantes do veículo ou, no que couber, da embarcação utilizada para
o transporte de alunos da educação básica pública residentes em área rural. Serve,
também, para o pagamento de serviços contratados junto a terceiros para o transporte
escolar.
A quem se destina?
Os recursos são destinados aos alunos da educação básica pública residentes em áreas
rurais que utilizam transporte escolar. Os valores transferidos diretamente aos estados,
ao Distrito Federal e aos municípios são feitos em dez parcelas anuais, de fevereiro a
novembro. O cálculo do montante de recursos financeiros destinados anualmente aos
entes federados é baseado no censo escolar do ano anterior X per capita definido e
disponibilizado na página do FNDE para consulta. Os estados podem autorizar o FNDE
a efetuar o repasse do valor correspondente aos alunos da rede estadual diretamente aos
respectivos municípios. Para isso, é necessário formalizar a autorização por meio de
ofício ao órgão. Caso não o façam, terão de executar diretamente os recursos recebidos,
ficando impedidos de fazer transferências futuras aos entes municipais.
Como acessar?
O programa consiste na transferência automática de recursos financeiros, sem
necessidade de convênio ou outro instrumento congênere.
Sobre os Programas do Livro
O que é?
Os Programas do Livro compreendem as ações de dois programas: o Programa Nacional
do Livro Didático (PNLD) e o Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE), por
meio dos quais o governo federal provê as escolas de educação básica pública com
obras didáticas, pedagógicas e literárias, bem como com outros materiais de apoio à
prática educativa, de forma sistemática, regular e gratuita.
A quem se destina?
As ações dos programas de material didático destinam-se aos alunos e professores das
escolas de educação básica pública, incluindo estudantes de educação de jovens e
adultos.
Como acessar?
Todas as escolas cadastradas no censo escolar são beneficiadas com o PNBE. Para
participar do PNLD, os dirigentes das redes de ensino municipal, estadual, distrital e das
escolas federais encaminham termo de adesão manifestando seu interesse em receber os
materiais do programa e comprometendo-se a executar as ações do programa conforme
a legislação.
Sobre o Proinfância
O que é?
O Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede
Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância), instituído pela Resolução nº 6, de 24
de abril de 2007, é uma das ações do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) do
Ministério da Educação, visando garantir o acesso de crianças a creches e escolas, bem
como a melhoria da infraestrutura física da rede de Educação Infantil. O programa atua
sobre dois eixos principais, indispensáveis à melhoria da qualidade da educação:
1-Construção de creches e pré-escolas, por meio de assistência técnica e financeira do
FNDE, com projetos padronizados que são fornecidos pelo FNDE ou projetos próprios
elaborados pelos proponentes;
2-Aquisição de mobiliário e equipamentos adequados ao funcionamento da rede física
escolar da educação infantil, tais como mesas, cadeiras, berços, geladeiras, fogões e
bebedouros.
Sobre o ProInfo
O que é?
O Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo) foi criado pelo Ministério
da Educação, em 1997, para promover o uso da tecnologia como ferramenta de
enriquecimento pedagógico no ensino público fundamental e médio. A partir de 12 de
dezembro de 2007, mediante a criação do Decreto n° 6.300, foi reestruturado e passou a
ter o objetivo de promover o uso pedagógico das tecnologias de informação e
comunicação nas redes públicas de educação básica.
A quem se destina?
Estudantes e professores da rede pública de ensino.
Como acessar?
Para adquirir equipamentos do ProInfo, estados e municípios incluem o pedido de
aquisição na adesão ao Plano de Ações Articuladas (PAR). Após a adesão e com a
aprovação do PAR, o FNDE repassa recursos para os entes. Para realizar a adesão a
qualquer Ata de Registro de Preços do FNDE, é necessário que o estado/município
interessado realize um cadastro no Sistema Geral de Ata de Registro de Preços -
SIGARP. São os próprios entes beneficiados que realizam a aquisição do equipamento
diretamente com as empresas vencedoras do pregão.
O que é o Salário-Educação?
O Salário-Educação é uma contribuição social destinada ao financiamento de
programas, projetos e ações voltados para a educação básica pública, conforme previsto
no § 5º do art. 212 da Constituição Federal de 1988.
Como são repartidos os recursos do Salário-Educação?
Os recursos do Salário-Educação são repartidos em cotas, sendo os destinatários a
União, os estados, o Distrito Federal e os municípios, da seguinte forma:
a) 10% da arrecadação líquida ficam com o próprio FNDE, que os aplica no
financiamento de projetos, programas e ações da educação básica;
b) 90% da arrecadação líquida são desdobrados e automaticamente disponibilizados
aos respectivos destinatários, sob a forma de quotas, sendo:
1) quota federal – correspondente a 1/3 dos recursos gerados em todas as Unidades
Federadas, o qual é mantido no FNDE, que o aplica no financiamento de programas e
projetos voltados para a educação básica, de forma a propiciar a redução dos desníveis
socioeducacionais entre os municípios, estados e regiões brasileiras;
2) quota estadual e municipal – correspondente a 2/3 dos recursos gerados, por
Unidade Federada (Estado), o qual é creditado, mensal e automaticamente, em contas
bancárias específicas das secretarias de educação dos estados, do Distrito Federal e dos
municípios, na proporção do número de matrículas, para o financiamento de programas,
projetos e ações voltados para a educação básica (art. 212, § 6º da CF).
Como acessar?
As Quotas-partes do Salário-Educação pertencentes aos estados, ao Distrito Federal e
aos municípios são repassadas de forma automática, sem necessidade de convênio ou
outro instrumento similar, em contas bancárias específicas, abertas, exclusivamente, no
Banco do Brasil, em favor dos entes da Federação (art. 8º, 1º e 2º do Decreto-lei nº
1.805, de 1º de outubro de 1980).
O FUNDEB E A EDUCAÇÃO BÁSICA: LEGISLAÇÃO E CONCEITOS
A CRFB - Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 retrata
Educação em vários artigos. Quanto à Educação como Direito Social, o artigo 6º assim
promulga:
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
Quanto ao papel do Estado na escolarização do cidadão brasileiro, a CRFB / 88
apregoa o seguinte:
Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia
de:
I – educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de
idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram
acesso na idade própria;
II – progressiva universalização do ensino médio gratuito;
III – atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,
preferencialmente na rede regular de ensino;
IV – educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças de até 5 (cinco) anos de
idade;
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística,
segundo a capacidade de cada um;
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;
VII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de
programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e
assistência à saúde.
§ 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.
§ 2º O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou sua oferta
irregular, importa responsabilidade da autoridade competente.
§ 3º Compete ao Poder Público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-
lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela frequência à escola.
O posicionamento do dever do Estado diante da Educação presente na CRFB/88
é refletido na LDB 9.394/96, que, como obrigação da União prevista artigo 22, inciso
XXIV, legisla e delimita os caminhos, os princípios e as prerrogativas da Educação
Nacional.
CRFB /88 - Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre
XXIV - diretrizes e bases da educação nacional.
Com CRFB de 1988 e a LDB de 1996, aconteceram diversas mudanças com
relação às leis anteriores referentes à Educação Brasileira. Uma das principais mudanças
foi a definição de Educação Básica, gratuita e obrigatória, que ampliou o tempo gasto à
formação educacional do brasileiro como responsabilidade do Estado. A definição já
está presente no artigo 208, inciso I, da Constituição Federal, no entanto a LDB
esclarece quanto à sua execução e ainda amplia alguns elementos como a questão da
Educação Infantil, por exemplo. Nessa lei, a Educação Infantil é inserida como a
“primeira etapa da Educação Básica”. Essa discrepância tem gerado alguns entraves,
inclusive de ordem orçamentária.
CRFB/88 -Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a
garantia de:
I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram
acesso na idade própria.
LDB /96 - Art. 21. A educação escolar compõe-se de:
I - educação básica, formada pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio.
Sobre a Educação Básica, Cury (2002) afirma que Trata-se, pois, de um conceito novo, original e amplo em nossa legislação educacional, fruto de muita luta e de muito esforço por parte de educadores que se esmeraram para que determinados anseios se formalizassem em lei. [...]A educação básica é um conceito mais do que inovador para um país que, por séculos, negou, de modo elitista e seletivo, a seus cidadãos o direito ao conhecimento pela ação sistemática da organização escolar.Resulta daí que a educação infantil é a base da educação básica, o ensino fundamental é o seu tronco e o ensino médio é seu acabamento, e é de uma visão do todo como base que se pode ter uma visão consequente das partes.
A educação básica torna-se, dentro do art. 4 º da LDB, um direito do cidadão à educação e um dever do Estado em atendê-lo mediante oferta qualificada.
A Educação Básica como obrigatoriedade está assim definida na lei 9394/96:
- Art. 21. A educação escolar compõe-se de:I - educação básica, formada pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio.[...]
Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em
seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.
Art. 30. A educação infantil será oferecida em:I - creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade;II - pré-escolas, para as crianças de quatro a cinco anos de idade.[...]Art. 32. O ensino fundamental obrigatório, com duração de 9 (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante:[...]Art. 35. O ensino médio, etapa final da educação básica, com duração mínima de três anos, terá como finalidades:[...]Art. 35-A. A Base Nacional Comum Curricular definirá direitos e objetivos de aprendizagem do ensino médio, conforme diretrizes do Conselho Nacional de Educação, nas seguintes áreas do conhecimentoI - linguagens e suas tecnologias; II - matemática e suas tecnologias; III - ciências da natureza e suas tecnologiasIV - ciências humanas e sociais aplicadas§ 1o A parte diversificada dos currículos de que trata o caput do art. 26, definida em cada sistema de ensino, deverá estar harmonizada à Base Nacional Comum Curricular e ser articulada a partir do contexto histórico, econômico, social, ambiental e cultural. § 2o A Base Nacional Comum Curricular referente ao ensino médio incluirá obrigatoriamente estudos e práticas de educação física, arte, sociologia e filosofia. § 3o O ensino da língua portuguesa e da matemática será obrigatório nos três anos do ensino médio, assegurada às comunidades indígenas, também, a utilização das respectivas línguas maternas. § 4o Os currículos do ensino médio incluirão, obrigatoriamente, o estudo da língua inglesa e poderão ofertar outras línguas estrangeiras, em caráter optativo, preferencialmente o espanhol, de acordo com a disponibilidade de oferta, locais e horários definidos pelos sistemas de ensino§ 5o A carga horária destinada ao cumprimento da Base Nacional Comum Curricular não poderá ser superior a mil e oitocentas horas do total da carga horária do ensino médio, de acordo com a definição dos sistemas de ensino§ 6o A União estabelecerá os padrões de desempenho esperados para o ensino médio, que serão referência nos processos nacionais de avaliação, a partir da Base Nacional Comum Curricular. § 7o Os currículos do ensino médio deverão considerar a formação integral do aluno, de maneira a adotar um trabalho voltado para a construção de seu projeto de vida e para sua formação nos aspectos físicos, cognitivos e socioemocionais.§ 8o Os conteúdos, as metodologias e as formas de avaliação processual e formativa serão organizados nas redes de ensino por meio de atividades teóricas e práticas, provas orais e escritas, seminários, projetos e atividades on-line, de tal forma que ao final do ensino médio o educando demonstre: I - domínio dos princípios científicos e tecnológicos que presidem a produção moderna; II - conhecimento das formas contemporâneas de linguagem.
Art. 36. O currículo do ensino médio será composto pela Base Nacional Comum Curricular e por itinerários formativos, que deverão ser organizados por meio da oferta de diferentes arranjos curriculares, conforme a relevância para o contexto local e a possibilidade dos sistemas de ensino, a saber: [...]
Assim sendo, observa-se que a Educação Básica atinge uma população que está
em uma faixa etária de 0 a 17 anos com: a Educação Infantil de 0 a 5 anos (de 0 a 3 -
creche e de 3 a 5 - Pré-Escola), o Ensino Fundamental de 6 a 14 anos (6 a 10 - séries
iniciais e de 11 a 14 - séries finais) e o Ensino Médio de 15 a 17 anos. Abrange ainda a
Educação de Jovens e Adultos que corresponde aos maiores de 18 anos que não
concluíram a Educação Básica na época prevista.
Quanto à função do Estado na Educação Básica dos cidadãos e a obrigatoriedade
de seu oferecimento de forma gratuita, pode-se verificar o posicionamento legal nos
seguintes artigos da LDB/96:
Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Art. 4º O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de:
I – educação básica e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, organizada da seguinte forma:a) pré-escola;b) ensino fundamental;c) ensino médio
II – educação infantil gratuita às crianças até 5 (anos) de idade;
III - atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, transversal a todos os níveis, etapas e modalidades, preferencialmente na rede regular de ensino;
IV – acesso público e gratuito aos ensinos fundamental e médio para todos os que não os concluíram na idade própria;
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um;
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;
VII - oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, com características e modalidades adequadas às suas necessidades e disponibilidades, garantindo-se aos que forem trabalhadores as condições de acesso e permanência na escola;VIII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde; IX - padrões mínimos de qualidade de ensino, definidos como a variedade e quantidade mínimas, por aluno, de insumos indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem.
X – vaga na escola pública de educação infantil ou de ensino fundamental mais próxima de sua residência a toda criança a partir do dia em que completar 4 (quatro) anos de idade.
No entanto, a questão da gratuidade foi estendida em relação ao dever do Estado
que passou a se obrigar pela Educação Básica que, como demonstrado anteriormente,
passa a atingir a faixa etária de 0 a 17 anos no ensino regular e acima de 18 anos para a
Educação de Jovens e Adultos. Desta forma, inclui-se como dever do Estado a
Educação Infantil, o Ensino Médio, a Educação de Jovens e Adultos e a Educação
Especial.
A educação pública, conforme as normas legais vigentes, deve ser cumprida pela
União, pelos estados, pelo Distrito Federal e pelos municípios, que têm a
responsabilidade e competência pela manutenção e expansão de três sistemas de ensino.
Para viabilizar os gastos com esses sistemas, foi estabelecida uma estrutura de
financiamento correspondente. Nesse ponto de vista, a União deve aplicar recursos na
execução de alguns programas/ações próprios, além de poder transferir recursos para os
sistemas estaduais e municipais. Na composição de suas receitas, os estados somam os
recursos recebidos da União aos provenientes de suas fontes, os quais são utilizados na
manutenção e expansão de seus sistemas de ensino. Por sua vez, na composição dos
recursos destinados à manutenção e expansão de suas redes de ensino, os municípios
recebem recursos da União e dos estados, os quais são somados a seus recursos
próprios.
Ou seja, se seguido o estabelecido pela norma legal, o regime de financiamento
entre os entes federados deve se pautar pela colaboração, além do que a ação supletiva e
redistributiva da União e dos estados está condicionada à plena capacidade de
atendimento e ao esforço fiscal de estados, do Distrito Federal e dos municípios. A
estrutura de financiamento da educação é fortemente baseada em impostos, que são
recursos gerais tomados à sociedade. Isso significa que parcela expressiva dos recursos,
principalmente de estados, Distrito Federal e municípios, é proveniente da arrecadação
tributária, sobretudo em razão da vinculação de impostos. Essa forma de financiamento
para a educação – reserva de determinado porcentual do valor arrecadado mediante
impostos – tem sido uma das medidas políticas mais importantes para garantir a
disponibilidade de recursos para o cumprimento do vasto rol de responsabilidades do
Poder Público nesta área.
A área de educação historicamente conviveu com um preceito constitucional
com esse teor, tanto que a Constituição Federal (CRFB) de 1988 aprovou alguns artigos
em defesa dos recursos reservados à educação pública. Dentre os artigos constitucionais
que estabelecem a arrecadação tributária, principalmente os impostos, assim como
define o sistema de composição de recursos a serem aplicados na Educação Brasileira,
pode-se indicar o seguinte artigo:
Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino.
§ 1º - A parcela da arrecadação de impostos transferida pela União aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, ou pelos Estados aos respectivos Municípios, não é considerada, para efeito do cálculo previsto neste artigo, receita do governo que a transferir.
§ 2º - Para efeito do cumprimento do disposto no "caput" deste artigo, serão considerados os sistemas de ensino federal, estadual e municipal e os recursos aplicados na forma do art. 213.
§ 3º A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade ao atendimento das necessidades do ensino obrigatório, no que se refere a universalização, garantia de padrão de qualidade e equidade, nos termos do plano nacional de educação.
§ 4º - Os programas suplementares de alimentação e assistência à saúde previstos no art. 208, VII, serão financiados com recursos provenientes de contribuições sociais e outros recursos orçamentários.
§ 5º A educação básica pública terá como fonte adicional de financiamento a contribuição social do salário-educação, recolhida pelas empresas na forma da lei.
§ 6º As cotas estaduais e municipais da arrecadação da contribuição social do salário-educação serão distribuídas proporcionalmente ao número de alunos matriculados na educação básica nas respectivas redes públicas de ensino.
O sistema administrativo financeiro da Educação no Brasil é consorciativo com
corresponsabilidade dos entes federativos União, Distrito Federal, Estado e Municípios
como pode ser visto no Título IV da LDB/96:
Art. 8º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão, em regime de colaboração, os respectivos sistemas de ensino.§ 1º Caberá à União a coordenação da política nacional de educação, articulando os diferentes níveis e sistemas e exercendo função normativa, redistributiva e supletiva em relação às demais instâncias educacionais.
§ 2º Os sistemas de ensino terão liberdade de organização nos termos desta Lei.
Esta forma de organização gestora financeira da educação explicitada no artigo
214 da Constituição Federal de 1988 que prevê a elaboração de um Plano Nacional de
Educação que norteadora as ações dos entes federados no que diz respeito à Educação
Básica no Brasil.
Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração decenal, com o objetivo de articular o sistema nacional de educação em regime de colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias de implementação para assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis, etapas e modalidades por meio de ações integradas dos poderes públicos das diferentes esferas federativas que conduzam a
I - erradicação do analfabetismo;II - universalização do atendimento escolar;III - melhoria da qualidade do ensino;IV - formação para o trabalho;V - promoção humanística, científica e tecnológica do País.VI - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do produto interno bruto.
Na Constituição Federal está dito que a educação é direito de todos e dever do
Estado. Esse preceito traduz a importância da educação enquanto direito social. Seu
valor para a sociedade é assumido pelo Governo Federal, que vem implantando, a partir
do novo Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), estratégias para uma educação
básica de qualidade para todos. Uma das ações estratégicas do Estado voltadas para este
fim é o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização
dos Profissionais da Educação (FUNDEB), que começou a valer a partir de 1.º de
janeiro de 2007, devendo se estender por 14 anos, até final de 2020, o que o torna um
plano de longo prazo.
O FUNDEB foi criado pela Emenda Constitucional nº 53 de 19 de dezembro de
2006 e regulamentado pela Lei nº 11.494 de 20 de junho de 2007 e pelo Decreto nº
6.253 de 13 de dezembro de 2007.
Aspectos Gerais sobre o FUNDEB
O que é o FUNDEB?
É um fundo contábil de natureza financeira, em que todos os entes da federação
(União, estados, Distrito Federal e municípios) contribuem destinando parte de seus
recursos para sua constituição. Isso quer dizer que o Governo Federal reúne a maior
parte dos recursos que serão destinados à educação básica do País e depois os distribui
de maneira igualitária para os estados, Distrito Federal e municípios de acordo com o
número de alunos matriculados, conforme os dados do censo escolar. São considerados
entre os critérios de distribuição as modalidades (regular, especial, Educação de Jovens
e Adultos – EJA, integral, indígena e quilombola) e os tipos de estabelecimentos de
ensino da educação básica das redes públicas de ensino estaduais e municipais. Desse
modo, busca-se diminuir as desigualdades sociais e econômicas existentes nas diversas
regiões do País, que tanto afetam o desenvolvimento da educação.
Origem dos Recursos
Os recursos que compõem o FUNDEB têm sua origem na própria arrecadação
dos estados, municípios e Distrito Federal. Até sua implementação total a partir de
2009, o Fundo será constituído de 20% de impostos e transferências constitucionais e de
uma parcela de complementação da União para aqueles entes que não conseguirem
alcançar o valor mínimo por aluno, fixado nacionalmente.
Distribuição dos recursos
O Poder Executivo Federal, por intermédio dos Ministérios da Educação e da
Fazenda, deve publicar todo ano, até o dia 31 de dezembro, os valores que comporão no
fundo no ano seguinte, relativos a:
I – previsão da receita total do fundo (quanto o fundo obterá para distribuição aos
estados, Distrito Federal e municípios);
II – valor da complementação da União;
III – o valor que será repassado por aluno em cada estado e no Distrito Federal;
IV – o valor anual mínimo por aluno definido nacionalmente.
Essas informações são importantes para que os conselheiros e demais cidadãos
possam acompanhar a previsão da distribuição dos recursos para o seu estado e
município e podem ser obtidas de forma detalhada na página eletrônica do FNDE na
internet (www.fnde.gov.br). Com isso, o conselho poderá atuar na supervisão da
elaboração do orçamento, no qual são fixadas as despesas com educação básica que
serão realizadas no exercício seguinte.
O Poder Executivo Federal, por intermédio dos Ministérios da Educação e da
Fazenda, deve publicar todo ano, até o dia 31 de dezembro, os valores que comporão o
fundo no ano seguinte, relativos a:
I – previsão da receita total do fundo (quanto o fundo obterá para distribuição aos
estados, Distrito Federal e municípios);
II – valor da complementação da União;
III – o valor que será repassado por aluno em cada estado e no Distrito Federal;
IV – o valor anual mínimo por aluno definido nacionalmente.
Essas informações são importantes para que os conselheiros e demais cidadãos possam
acompanhar a previsão da distribuição dos recursos para o seu estado e município e
podem ser obtidas de forma detalhada na página eletrônica do FNDE na internet
(www.fnde.gov.br). Com isso, o conselho poderá atuar na supervisão da elaboração do
orçamento, no qual são fixadas as despesas com educação básica que serão realizadas
no exercício seguinte.
Inovações
Com relação ao antigo fundo, o FUNDEF – Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério, o FUNDEB
traz as seguintes inovações:
Cobertura da educação básica: a cobertura da educação básica foi ampliada,
alcançando a educação infantil e os ensinos fundamental e médio, dentro dos limites de
responsabilidade de cada ente da federação. As novas etapas da educação básica no
Brasil organizam-se em função da idade e duração de cada uma delas, conforme
apresentamos a seguir:
Coleção Olho Vivo – CGU
Recursos recebidos do FUNDEB
Esses recursos devem ser utilizados exclusivamente na atuação prioritária do
estado, município ou Distrito Federal no setor de educação. Saber o âmbito de atuação
prioritária, ou seja, qual setor de ensino é responsabilidade do estado ou do município é
muito importante no momento de realização das despesas e, também, porque as
transferências de recursos se darão de acordo com as matrículas efetivamente realizadas
na educação infantil, no ensino fundamental e no ensino médio, conforme levantamento
realizado pelo censo escolar. A responsabilidade de cada ente da federação está definida
na Lei n.º11.494/2007 (Lei do FUNDEB), conforme a seguir:
Coleção Olho Vivo – CGU
Estes mecanismos de distribuição estão presentes no art. 211 da
Constituição:Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino.(...)§ 2º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil.§ 3º Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no ensino fundamental e médio.§ 4º Na organização de seus sistemas de ensino, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios definirão formas de colaboração, de modo a assegurar a universalização do ensino obrigatório.§ 5º A educação básica pública atenderá prioritariamente ao ensino regular.
Os recursos do FUNDEB destinam-se ao financiamento de ações de manutenção
e desenvolvimento da Educação Básica pública, seja esta oferecida na modalidade
regular, especial ou de jovens e adultos. O tempo de duração do ensino ou a idade dos
alunos, assim como o turno de atendimento ou a localização da escola são
independentes. Todos que estejam relacionados à Educação Básica pública devem
receber recursos do FUNDEB. O que os diferencia é a vinculação ao ente federado. Esta
vinculação estabelecerá a forma de aplicação dos recursos assim como os mecanismos
de fiscalização desta aplicação.
O FUNDEB é destinado a ações de manutenção e desenvolvimento do ensino na
educação básica, veja o que preconiza o artigo 70 da LDB/96.
Art. 70. Considerar-se-ão como de manutenção e desenvolvimento do ensino as despesas realizadas com vistas à consecução dos objetivos básicos das instituições educacionais de todos os níveis, compreendendo as que se destinam a
I - remuneração e aperfeiçoamento do pessoal docente e demais profissionais da educação;II - aquisição, manutenção, construção e conservação de instalações e equipamentos necessários ao ensino;III - uso e manutenção de bens e serviços vinculados ao ensino;IV - levantamentos estatísticos, estudos e pesquisas visando precipuamente ao aprimoramento da qualidade e à expansão do ensino;V - realização de atividades-meio necessárias ao funcionamento dos sistemas de ensino;VI - concessão de bolsas de estudo a alunos de escolas públicas e privadas,VII - amortização e custeio de operações de crédito destinadas a atender ao disposto nos incisos deste artigo;VIII - aquisição de material didático-escolar e manutenção de programas de transporte escolar.
Fontes Financeiras
Com a nova lei, houve uma ampliação das fontes financeiras que compõem o
FUNDEB. Atualmente, mais três impostos têm sua arrecadação vinculada ao fundo: o
Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), o Imposto sobre
Transmissão Causa Mortis e Doação de quaisquer bens ou direitos a eles relativos
(ITCMD) e o Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR). Os percentuais de
vinculação também serão elevados gradualmente, até alcançarem 20% (vinte por cento)
em 2009.
Complementação da União
Outra mudança muito valiosa foi o compromisso assumido pelo Governo
Federal em relação ao aumento do valor mínimo a ser transferido por aluno e da parcela
relativa à complementação da União, destinada aos estados e municípios que possuem
menos recursos próprios.
O Controle Institucional e o Controle Social
Controlar, segundo Houaiss (2009), significa submeter a exame e vigilância
estritos, fiscalizar, monitorar. Ou na prática, controlar é verificar se a realização de uma
determinada atividade não se desvia dos objetivos ou das normas e princípios que a
regem.
Na Administração Pública, o ato de controlar possui significado similar, na
medida em que pressupõe examinar se a atividade governamental atendeu à finalidade
pública, à legislação e aos princípios básicos aplicáveis ao setor público.
A forma de controle exercida pela própria Administração Pública e por
organizações privadas é chamada de controle institucional. No Governo Federal, é
exercida por órgãos que têm a competência legal para fiscalizar a aplicação dos recursos
públicos. Os artigos 70, 71 e 74 da Constituição Federal Brasileira estabelecem que o
controle institucional cabe essencialmente ao Congresso Nacional, responsável pelo
controle externo, realizado com o auxílio do Tribunal de Contas da União, e a cada
Poder, por meio de um sistema integrado de controle interno.
Desse modo, o controle externo deve ser realizado pelo Poder Legislativo com
auxílio dos tribunais de contas. No caso do Governo Federal, conforme o mandamento
constitucional, o Tribunal de Contas da União – TCU é o responsável por auxiliar o
Congresso Nacional no exercício do controle externo, atividade que deve ser apoiada
pelo sistema de controle interno de cada poder.
Quanto ao controle interno, na esfera federal, a Controladoria-Geral da União –
CGU é o órgão central do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal. À
CGU compete desenvolver funções de controle interno, correição, ouvidoria, além das
ações voltadas para a promoção da transparência e para a prevenção da corrupção.
Outros órgãos públicos também atuam na prevenção, controle, investigação e
repressão da corrupção: o Ministério Público Federal, os Ministérios Públicos
Estaduais, o Tribunal de Contas da União, os Tribunais de Contas dos Estados e dos
Municípios, as Controladorias dos Estados, a Polícia Federal, as Polícias Estaduais, o
Poder Legislativo e o Poder Judiciário, apenas para citar os órgãos mais evidentes.
Coleção Olho Vivo – CGU
Mas, tendo em vista a complexidade das estruturas político-sociais de um país e
do próprio fenômeno da corrupção, o controle da Administração Pública não se deve
restringir ao controle institucional. É fundamental para toda a coletividade que ocorra a
participação dos cidadãos e da sociedade organizada no controle do gasto público,
monitorando permanentemente as ações governamentais e exigindo o uso adequado dos
recursos arrecadados - isso se denomina "controle social".
O controle social pode ser entendido como a participação do cidadão na gestão,
na fiscalização, no monitoramento e no controle das ações da Administração Pública.
Trata-se de importante mecanismo de prevenção da corrupção e de fortalecimento da
cidadania.
No Brasil, a preocupação em se estabelecer um controle social forte e atuante
torna-se ainda maior, em razão da extensão territorial do País e da descentralização
geográfica dos órgãos públicos integrantes dos três níveis federativos – federal, estadual
e municipal. Quando se trata dos municípios, há que considerar, ainda, o seu grande
número.
Assim sendo, a fiscalização da aplicação dos recursos públicos precisa ser feita
com o apoio da sociedade. O controle social é um complemento indispensável ao
controle institucional realizado pelos órgãos que fiscalizam os recursos públicos. Essa
participação é importante porque contribui para a correta aplicação dos recursos
públicos, fazendo com que as necessidades da sociedade sejam atendidas de forma
eficiente.
Pode-se dizer que o controle social realiza-se tanto pela estrutura dos conselhos,
como pelos cidadãos, seja individualmente ou de forma organizada. Cada cidadão ou
grupo de cidadãos pode ser fiscal das contas públicas, verificando se o município e o
estado realizaram, na prática, as melhorias nas escolas conforme demonstrado na
prestação de contas apresentada ou se os valores das notas fiscais dos bens adquiridos
são compatíveis com os preços de mercado; ou, ainda, se os conselhos estão
constituídos conforme a lei e se o FUNDEB vem sendo executado de acordo com o
previsto na Lei n.º 11.494/2007.
O cidadão, no exercício do controle social, pode denunciar as irregularidades
encontradas a diferentes instâncias do poder público, dentre estas, a CGU; o Ministério
Público Estadual; o Ministério Público Federal; os Tribunais de Contas do Município,
do Estado e da União; as Câmaras de Vereadores e Assembleias Legislativas; e os
Conselhos Municipais. Ao denunciar, o cidadão deve atentar para algumas
recomendações básicas:
• formalizar a denúncia, garantindo-lhe maior importância;
• apresentar, com clareza, os fatos verificados e considerados irregulares ou indicadores
de irregularidades, descrevendo aqueles que impliquem em lesão ou ameaça de lesão ao
patrimônio público;
• ilustrar o fato denunciado com a apresentação de imagens (fotografias), se for o caso.
Isto pode ser um indício consistente de irregularidade.
A efetividade dos mecanismos de controle social depende essencialmente da
capacidade de mobilização da sociedade e do seu desejo de contribuir. É muito
importante que cada cidadão assuma a tarefa de participar da gestão governamental, de
exercer o controle social dos recursos públicos. Somente com a participação da
sociedade será possível um controle efetivo dos recursos públicos, o que permitirá uma
utilização mais adequada dos recursos financeiros disponíveis.
A Constituição Federal de 1988, conhecida como "Constituição Cidadã",
reconhece o povo como detentor de todo poder e garante diversas formas de exercê-lo
diretamente. A participação direta da comunidade e do cidadão na definição,
fiscalização, controle e avaliação das políticas e dos recursos públicos constitui-se em
uma das formas de impedir desvios, irregularidades, fraudes e corrupção.
O Conselho de Acompanhamento e o Controle Social do FUNDEB
O normativo que instituiu o FUNDEB (Lei n.º 11.494/2007) determinou a
criação, mediante lei municipal, de um conselho social, cujo nome é Conselho de
Acompanhamento e Controle Social do FUNDEB. Esse conselho tem como missão
ajudar na tarefa de utilizar bem o dinheiro público, realizando o acompanhamento e
controle social sobre a distribuição, a transferência, o planejamento e a aplicação dos
recursos do Fundo. O Conselho não está subordinado ao governo local, portanto, suas
decisões são tomadas de forma independente, em assembleia geral, e registradas em atas
e/ou resoluções, de maneira a garantir que não haja envolvimento político em suas
deliberações.
Outro papel importantíssimo a ser desempenhado pelo Conselho é o incentivo à
melhoria dos índices escolares propostos no Plano de Metas da Educação. Com essa
melhora, as escolas do município têm condições de obter maior participação nas
transferências voluntárias (os chamados convênios) de recursos federais.
A composição do Conselho Municipal do FUNDEB
No município, o conselho será composto pelo menos por 9 (nove) membros,
com mandato de, no máximo, 2 (dois) anos, permitida 1 (uma) recondução por igual
período, sendo:
a) 2 (dois) representantes do Poder Executivo Municipal (Prefeitura), dos quais pelo
menos 1(um) da Secretaria Municipal de Educação ou órgão educacional equivalente;
b) 1 (um) representante dos professores da educação básica pública;
c) 1 (um) representante dos diretores das escolas básicas públicas;
d) 1 (um) representante dos servidores técnico-administrativos das escolas básicas
públicas;
e) 2 (dois) representantes dos pais de alunos da educação básica pública;
f) 2 (dois) representantes dos estudantes da educação básica pública, um dos quais
indicado pela entidade de estudantes secundaristas.
Além desses, integrarão o conselho municipal do FUNDEB 1 (um) representante
do respectivo Conselho Municipal de Educação e 1 (um) representante do Conselho
Tutelar da Criança e do Adolescente, indicados por seus pares, quando houver no
município.
Os membros do conselho elegerão o presidente em reunião do colegiado, de
acordo com as normas definidas em seu regimento interno. Encontra-se impedido de
ocupar a função de presidente o representante do governo gestor dos recursos do Fundo
no âmbito da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. Não há previsão
de remuneração para o conselho. Entretanto, a atuação dos seus membros é considerada
pela lei uma atividade de relevante interesse social, daí a importância do conselheiro
como um verdadeiro representante da comunidade.
Exclusivamente aos conselheiros representantes de professores e diretores ou de
servidores das escolas públicas, a lei garante estabilidade durante todo o período
em que estiverem participando do conselho, da seguinte forma:
a) é vedada a exoneração ou demissão do cargo ou emprego sem justa causa, ou
transferência involuntária (sem que o conselheiro queira) do estabelecimento público de
ensino em que atuam;
b) é proibida a atribuição de falta injustificada ao serviço, em função das atividades
realizadas pelo conselho;
c) também não é permitido o afastamento involuntário e injustificado da condição de
conselheiro antes do término do mandato para o qual tenha sido designado.
Da mesma forma, quando os conselheiros forem representantes de
estudantes em atividades do conselho, no curso do mandato, é vedada atribuição
de falta injustificada nas atividades escolares.
É dever dos conselhos efetivar e manter atualizados os dados cadastrais relativos
à sua criação e respectiva composição no Ministério da Educação.
O controle social no planejamento das ações do FUNDEB
Essa é uma etapa muito importante, pois o orçamento é um instrumento de
planejamento que vai definir a previsão de quanto poderá ser arrecadado e quanto será
gasto com a educação do município durante todo o ano. Portanto, o Conselho Social
deve estar atento ao período de elaboração e apresentação das propostas para poder
acompanhar o planejamento orçamentário anual dos gastos com o FUNDEB, que é
enviado pela prefeitura à Câmara Municipal, anualmente, até 31 de agosto, e discutido
no período de setembro a dezembro, quando o orçamento do município para o ano
seguinte é aprovado.
Nessa fase, o controle social deve procurar:
a) ter conhecimento sobre a origem dos recursos que irão financiar os gastos com a
educação básica, devendo acessar as páginas da internet que disponibilizam tais
informações;
b) saber que os recursos transferidos para os municípios são calculados em função do
número de alunos matriculados (Resolução n.º 01/2007 MEC). Por isso, é muito
importante tanto conscientizar a população sobre a importância de manterem seus filhos
na escola, como também alertar diretores e professores sobre o correto preenchimento
do censo escolar anual realizado pelo INEP –Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira;
c) observar se no orçamento estão adequadamente previstas dotações orçamentárias para
realizar a manutenção e o desenvolvimento das ações da educação básica, como
também para a remuneração dos profissionais que atuam no magistério, pois sem essas
dotações as despesas não poderão ser efetuadas no exercício seguinte.
O controle social na execução das ações planejadas
I) acompanhamento e controle dos recursos arrecadados
Primeiramente, o conselho social deverá acompanhar os repasses dos recursos
do FUNDEB, verificando os créditos que são lançados em conta específica para a
movimentação dos recursos. Os conselheiros têm acesso aos extratos da conta específica
do FUNDEB, pois essas informações não estão protegidas por sigilo bancário, devendo
procurar o gerente da agência do Banco do Brasil ou da Caixa Econômica Federal, onde
a conta é mantida, e solicitar o referido extrato.
As informações sobre os repasses de recursos feitos pelo Governo Federal
também podem ser obtidas por meio da internet, na página do Portal da Transparência e
na página do Banco do Brasil.
II) Remuneração dos profissionais do magistério
Está determinado na lei que criou o FUNDEB que haverá um piso salarial
profissional nacional para os profissionais do magistério. Dessa forma, nenhum
professor da rede pública que atue na educação básica poderá receber menos do que o
valor da remuneração que vier a ser fixada nessa lei federal.
Para determinar o valor a ser gasto na remuneração dos profissionais, o conselho
social deverá estar atento aos recursos repassados ao município, mediante crédito na
conta do FUNDEB, mais o valor dos possíveis rendimentos gerados com as aplicações
de tais recursos, pois 60% (sessenta por cento) desse valor, no mínimo, deverá ser gasto
na remuneração dos professores em efetivo exercício no magistério anualmente.
III) Manutenção e desenvolvimento do ensino básico
Todas as despesas com a educação básica devem ser separadas das demais
despesas realizadas pela prefeitura, destacando-se as vinculadas aos recursos do
FUNDEB.
O conselho deverá atuar no controle das despesas que poderão ser realizadas
com recursos do fundo, conforme as determinações contidas na Lei n.º 9.394/1996 (Lei
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB), arts. 70 e 71. Portanto, o gestor
deverá utilizar os recursos do FUNDEB em despesas EXCLUSIVAMENTE previstas
em lei.
Orientações quanto à aplicação dos recursos do FUNDEB
Além da remuneração dos profissionais da educação, os recursos do FUNDEB
devem ser aplicados em despesas relacionadas à aquisição, manutenção e
funcionamento das instalações e equipamentos necessários ao ensino, uso e manutenção
de bens e serviços, remuneração e aperfeiçoamento dos profissionais da educação,
aquisição de material didático, transporte escolar, entre outros. A Lei n.º 9.394/1996 –
LDB, em seu artigo 70, define quais despesas podem ser consideradas como de
manutenção e desenvolvimento do ensino em relação ao FUNDEB. Essas despesas
devem estar vinculadas à educação básica e dentro do âmbito de atuação prioritária do
estado, DF e município.
A Prestação de Contas
O ato de prestar contas é um mandamento constitucional tão importante quanto à
devida utilização dos recursos. De acordo com a Lei n.º 11.494/2007, é obrigatória a
apresentação ao Conselho do FUNDEB da devida comprovação dos recursos utilizados.
Além disso, o Conselho está incumbido de receber e analisar as prestações de contas do
FUNDEB e elaborar parecer conclusivo sobre a aplicação desses recursos. Dessa forma,
os conselheiros devem atentar para as normas expedidas pelos respectivos tribunais de
contas que regulamentam a forma e o conteúdo das prestações de contas do FUNDEB.
O parecer do conselho deverá ser apresentado ao Poder Executivo em até 30
(trinta) dias antes do vencimento do prazo fixado pelos respectivos tribunais de contas
para encaminhamento da prestação de contas dos recursos do FUNDEB. Para tanto, o
Poder Executivo deverá disponibilizar a prestação de contas ao conselho em tempo
hábil para sua avaliação.
Vale salientar que o não cumprimento das disposições legais relativas ao
FUNDEB acarreta sanções administrativas, civis e até penais aos estados e municípios e
aos chefes do Poder Executivo (prefeitos e governadores), caso a aplicação do recurso
público seja destinada a gastos diferentes dos autorizados ou permitidos por lei. Com
relação aos estados e municípios, podem ser aplicadas as seguintes penalidades:
• rejeição das contas pelo Poder Legislativo, mediante parecer prévio do Tribunal de
Contas;
• impossibilidade de celebrar convênios com a Administração Pública estadual e
federal, quando exigida a apresentação de Certidão Negativa do respectivo Tribunal de
Contas;
• impossibilidade de realizar operações de crédito com instituições financeiras;
• perda da assistência financeira da União (arts. 76 e 87, § 6.º, da LDB);
• suspensão do recebimento de transferências voluntárias, excetuadas as relativas à
educação, saúde e assistência social (art. 25, § 1.º, IV, "b", da LRF);
• intervenção da União no estado e do estado no município, conforme, respectivamente,
o art. 34, VII, e o art. 35, III, da Constituição Federal. Os chefes do Poder Executivo –
governadores e prefeitos – ficam sujeitos às seguintes penalidades:
• abertura de processo penal, caso seja comprovada aplicação dos recursos em
desacordo com o previsto em lei, com pena prevista de 1 a 3 meses de detenção e multa
(Código Penal, art. 315);
• inelegibilidade por cinco anos, caso suas contas tenham sido rejeitadas por
irregularidade insanável e por decisão irrecorrível do órgão competente (Lei
Complementar n.º 64/1990, art.1.º, "g");
Perguntas frequentes - Fundeb - FNDE
hmg.fnde.gov.br/centrais-de-conteudos/.../135-fundeb?...perguntas...fundeb-fev...
A Transparência na Aplicação dos Recursos Financeiros
Os gastos públicos são controlados, primeiramente, pelo Poder executivo através
dos órgãos centrais dos sistemas de planejamento e de orçamento, de administração
financeira do estado, por meio dos departamentos próprios de contabilidade e auditoria.
Gerenciam, controlam e verificam os resultados na aplicação dos recursos. A
Constituição Federal (art. 165, § 3º) e o art. 72 da atual LDB determinam que os
balanços do poder público sejam apurados e publicados a cada bimestre. O que nem
sempre é cumprido.
Os Tribunais de Contas dos Estados e dos Municípios são os órgãos externos
responsáveis pelo controle técnico dos gastos públicos e o Poder Legislativo deve
aprovar ou não os relatórios finais enviados aos parlamentares, representantes da
sociedade civil.
Entretanto, os Conselhos dos Tribunais de contas são nomeados pelo chefe do
Poder executivo e podem ser profissionais de diversas áreas. Como a escolha é política
e não técnica, as ações dos Tribunais de Contas ficam comprometidas.
É imprescindível a atuação da sociedade através de pessoas e grupos organizados
na fiscalização da aplicação dos recursos públicos, principalmente, nos destinados à
Educação.
Além de controlar o uso dos recursos públicos, o poder público precisa agir urgentemente para eliminar a sonegação dos impostos. Grande parte do IR e do ICMS é sonegada, diminuindo assim os recursos para ações sociais importantes em áreas como educação, saúde, segurança. A sonegação, isto é, a falta de pagamento dos impostos, é do conhecimento do poder público, o qual, embora disponha de mecanismos para evitar tal perda, pouco ou nada tem feito nesse sentido. A melhora de muitos serviços públicos depende, em grande parte, da coibição da sonegação praticada por maus brasileiros que acabam acobertados pelo poder público, não apenas por este não fazer uso dos mecanismos de que dispõe, como também pela impunidade dos que são descobertos na fraude. Além das sonegações, há ainda as isenções fiscais, os descontos de impostos que o poder público pode oferecer como forma de incentivo às empresas. Certas isenções podem gerar empregos, possibilitando que a renda circule e ocorra a arrecadação de maior volume de impostos. Caso a isenção não atenda a esse objetivo, mas só a interesses pessoais, é necessário que seja feita a denúncia e o poder público retire a isenção, para que a sociedade, em seu todo, não perca tanto. (Libâneo, 2003).
Parcerias que colaboram para o bom funcionamento da educação
Conectar-se com a comunidade, com empresas privadas e públicas, com ONGs e
com universidades auxilia a escola na missão de ensinar.
Uma escola que busca parceiros para garantir que todos os alunos aprendam
também precisa descobrir os pontos favoráveis que levem ao aperfeiçoamento da sua
rede de ensino e aprendizagem. Inicialmente, a primeira parceria deve ocorrer entre o
gestor e suas equipes; todos devem estar em sintonia quanto aos objetivos da escola.
Essa organização interna e convergência de intenções materializam-se no projeto
político-pedagógico (PPP), pois na elaboração coletiva desse documento, a equipe prevê
as ações institucionais e pedagógicas e em que pontos as parcerias podem ajudar e como
podem colaborar com o desenvolvimento dos projetos na escola.
A década de 90 marcou o início das parcerias público-privadas. Com o aumento
do acesso de maior número de alunos às salas de aulas e da cobrança por qualidade do
ensino público, a sociedade civil começou a se mobilizar: surgiram ONGs ligadas à
Educação e algumas empresas passaram a direcionar investimentos para essa área como
parte de seu trabalho social.
As organizações não-governamentais (ONGs) estão cada vez mais próximas das
escolas públicas, seja para auxiliar na formação de professores, dar uma mãozinha com
aulas de reforço para os alunos, para promover atividades esportivas e de lazer ou para
abordar de forma mais aprofundada assuntos como sexualidade e violência. Apesar de
existirem várias experiências que demonstram como essa parceria pode ser benéfica
para comunidades escolares, o assunto ainda gera debates a respeito da intervenção
dessas organizações dentro de um espaço que é de responsabilidade do Estado.
Primeiramente, a iniciativa privada tinha apenas a intenção de dar dinheiro ou
oferecer o que ela mesma julgava importante - como projetos de alcance limitado (em
áreas como Educação Ambiental, protagonismo juvenil e gestão por resultados, entre
outros). Até mesmo colocando profissionais para substituir professores e gestores em
suas funções. Em contrapartida, as escolas, geralmente, carentes de recursos e de
capacidade para diagnosticar suas reais necessidades, recebiam qualquer ajuda externa
sem nenhum critério. Esse assistencialismo, presente até hoje, leva as escolas a ficar
apenas como receptoras de recursos e, por esse motivo, reféns dos parceiros, sem
conhecimento nem autonomia para se tornar independentes e conseguir andar com suas
próprias pernas.
Felizmente, nos últimos anos, essa perspectiva vem mudando. Empresas e ONGs
se mostram mais abertas a investir em projetos focados em melhorar o desempenho dos
alunos. Algumas empresas percebendo a necessidade de ações mais amplas e de longo
prazo contratam equipes pedagógicas para acompanhar os parceiros enquanto duram os
programas financiados. No entanto, parcerias de longo prazo exigem que a equipe
gestora da escola esteja preparada para ser protagonista, que tenha clareza sobre as
necessidades do grupo, que procure avaliar periodicamente os resultados e que organize
uma estrutura de relacionamento com o parceiro. A melhor atitude é que a escola faça o
diagnóstico de suas necessidades e inclua no projeto político-pedagógico quais ações
necessitam de ajuda externa. O gestor, tornando-se protagonista nesse processo, reforça
seu papel de liderança, distribui o trabalho de forma mais eficiente e encontra aliados na
busca pelos resultados.
Ações para o gestor ser protagonista em uma parceria
1. Levante dados Entreviste a comunidade e analise o desempenho dos alunos para
definir problemas, prioridades e objetivos.
2. Elabore um projeto Escreva uma proposta com as metas, os custos e as
contrapartidas que a escola oferece para o possível parceiro.
3. Escolha o parceiro certo Busque entidades próximas com experiência em educação.
Antes de marcar a reunião, conheça a missão delas.
4. Prepare-se para o encontro Seja claro nas intenções do projeto e evite o
"pedagogês".
5. Invista na avaliação Explicite como serão medidos e divulgados os resultados.
6. Tenha iniciativa Preveja os possíveis problemas e tenha planos para resolvê-los.
Erros mais comuns na implementação de parcerias
Alguns equívocos na postura do gestor e na implementação das ações podem
comprometer o trabalho de parceria. Por isso, deve-se evitar:
Permitir que apenas o parceiro decida o que quer fazer na escola.
Aceitar qualquer tipo de ajuda que não esteja prevista no projeto político-
pedagógico. Priorizar a visibilidade do trabalho social do parceiro.
Tolerar contrapartidas que incluam a comercialização ou a propaganda de
produtos e serviços dentro da escola.
Consentir com serviços e insumos de má qualidade vindos do parceiro.
Deixar-se levar pelo deslumbramento quando o parceiro oferece verbas para
reformas físicas sem associá-las à melhoria da aprendizagem; promovendo
apenas mudanças externas.
É indispensável que todo o processo seja conduzido com transparência,
comunicando periodicamente à comunidade sobre cada etapa, os avanços, os entraves e
o replanejamento. Acredita-se que muitas parcerias fracassam porque professores, pais e
alunos são surpreendidos por iniciativas que surgem de repente e posteriormente não há
mais notícias sobre elas.
Quando feitas com intencionalidade, as parcerias só têm a somar. O parceiro nunca
substitui o estado. Ele deve sempre complementar e apoiar ações e jamais se sobrepor.
A Educação é um direito público, mas, dentro da perspectiva de uma gestão
democrática, que reúne comunidade e sociedade, as parcerias devem ser bem-vindas. As
entidades parceiras devem propor atividades complementares que contribuam para a
formação dos alunos, e não interferir no que é considerado atribuição do Estado.
Devem-se transcender os currículos escolares, com temas que precisam ser abordados e
que não o são de forma satisfatória na escola, como educação financeira, paz,
sexualidade, etc.
https://educacaoeparticipacao.org.br/acontece/10-aspectos-oscs-escolas-parceria-educacao-integral/
EMPREENDEDORISMO NA EDUCAÇÃO
A educação é o melhor instrumento para desenvolver nos indivíduos, de forma
equilibrada, os dois ingredientes fundamentais para a formação de empreendedores de
sucesso: atitude e técnica.
O papel das escolas na formação de empreendedores vai muito além de ensinar
técnicas de gestão apropriadas para implementar novos negócios. Uma boa escola deve
desenvolver a capacidade emocional necessária para empreender, por meio de seu
currículo e do próprio ambiente em que seus alunos estão inseridos. Assim, bons
educadores devem estimular e recompensar seus alunos por comportamentos e projetos
calcados em persistência, disciplina, liderança e criatividade.
É relevante notar que o empreendedorismo deve ser visto como uma atitude
perante a vida e, portanto, quanto mais cedo for estimulada, melhor. Por isso, deveria
ser trabalhado a partir da Educação Infantil e não ser percebido como uma
exclusividade das faculdades de Administração. É claro que o impacto da educação
empreendedora tem limitações no potencial individual de cada aluno, mas é dever da
escola oferecer um ambiente propício para que o espírito empreendedor se desenvolva.
Paixão e perseverança, mais do que a formação acadêmica, fazem os grandes
nomes na área do empreendedorismo, porém a escola consegue passar, de forma
organizada, os ensinamentos que foram forjados de forma desorganizada pelos
empreendedores autodidatas e bem-sucedidos deste país.
As diversas teorias sobre empreendedorismo apontam dois tipos básicos de
empreendedores: aqueles que empreendem por oportunidade e aqueles que empreendem
por necessidade. Na opinião dos empreendedores de sucesso, tanto um tipo quanto o
outro têm uma coisa em comum: a certeza de que o empreendimento deve dar certo. O
ensino acadêmico deve ser valorizado e serve, como uma bússola para os novos
empreendedores, reduzindo as chances de erro e aumentando as possibilidades de
acerto. No entanto, muitos consideram que a perseverança necessária ao sucesso estará
sempre latente - ou não - dentro de cada indivíduo.
O empreendedorismo na Educação relata casos de educadores que aprenderam a
ousar, graças a uma fusão entre duas instituições de ensino que tinham propostas e
valores diferentes. A fusão dessas duas instituições revelou-se uma grande
oportunidade, pois forçou direção, coordenadores e professores das duas equipes a
sentar e discutir algo que passa longe do cotidiano das outras escolas: o que se quer para
colégio daqui a 10 anos? Como fazer para que os alunos de hoje matriculem seus filhos,
na escola, no futuro? A saída é ousar e fazer.
Culturalmente, o brasileiro reage com um excesso de submissão e comodismo às
mudanças. O próprio sistema de ensino educou o aluno para ser dirigido pelo professor.
Se as pessoas com quem você fala imaginam que sua idéia é ruim, logo de saída, torna-
se difícil mudar esse conceito.
Recorrendo ao dicionário podemos constatar que: O Aurélio define empreendedor
como aquele que empreende, é ativo e arrojado. Há muito tempo deseja-se um aluno
ativo e participativo. Nesse sentido, uma grande barreira ao empreendedorismo em sala
de aula cai por terra: não dá para ser contra algo que melhore o desempenho dos
estudantes. Qualquer dúvida que restasse foi sanada pelo Relatório da Comissão
Internacional sobre Educação realizado pela Unesco. Ele identifica quatro
aprendizagens que são os pilares básicos de sustentação da educação nesse século:
Aprender a conhecer
Aprender a fazer
Aprender a viver juntos
Aprender a ser
Para olhar o futuro, é preciso conhecer o passado - temos medo de mudanças,
ainda mais quando essa alteração exige que erremos. Não há outra maneira de ser
empreendedor, é pura tentativa e erro. É preciso apostar. E só há uma maneira de
colocar essa vontade de apostar e de assumir riscos em movimento: estabelecer uma
relação de confiança. É preciso que os estudantes tenham a certeza de que não vão
perder o ano ao cometer erros tentando realizar um projeto, é preciso que os educadores
saibam que não vão ser penalizados ao tentar fazer algo novo em sala de aula. Por muito
tempo as escolas ensinaram que o bom era marcar "x" na resposta "certa", responder a
pergunta com as mesmas palavras que o professor usou. Essa cultura de repetição veio
se arrastando por muito tempo. Não é de se admirar que muitos dos gênios da
humanidade tenham tido dificuldades nos bancos escolares.
É o momento de deixar o ensino-papagaio para trás e adotar o ensino-águia.
Explicando, em vez de só repetir, espera-se que os alunos aprendam como as águias.
Essas aves fazem seus ninhos sempre em lugares altos - topos de montanha, árvores
penduradas em precipícios e similares. Quando a mamãe-águia sente que a penugem de
seus filhotes já está crescida, ela os atira do ninho. Eles têm uns dois ou três segundos
para aprender a voar. A mãe-águia vai atrás, pronta para agarrar aqueles que não
conseguem, e voltar a jogá-los lá de cima. Uma estratégia que exige que os filhotinhos -
ou seus alunos, no caso - utilizem todo seu potencial. E o professor fica assistindo,
pronto para interferir no momento certo.
A partir do momento em que todos em uma instituição possuem essa certeza,
sabem que podem se arriscar à vontade, o empreendedorismo instala-se, de maneira
natural.
No caso descrito pelos autores de Empreendedorismo na Educação, há quatro
passos fundamentais para você fazer o mesmo em sua escola:
→Os conteúdos recebem novo tratamento e são ampliados - O conteúdo, que no ensino
convencional é o objetivo do processo, no novo modelo tornou-se um meio para se
trabalhar as características empreendedoras. Por exemplo, uma ida à biblioteca para
pesquisar um conceito, na verdade é um exercício de busca de informações. Trabalhos
de equipe são ótimos para desenvolver liderança, convivência e organização.
→O tempo na escola muda – Um professor assume uma turma por toda a manhã,
atuando mais como um gerente. O professor assume a função de facilitador do projeto
de auto-aprendizagem, abusando dos jogos empresariais, trabalhos em grupo,
discussões, e outras formas que levem os alunos a descobrir as respostas por si mesmos.
→Vamos para rua - O espaço de aula também mudou. Bibliotecas, fundações culturais,
praças, pátio da escola, empresas, são algumas opções usadas como sala de aula.
→Novo ofício do professor - A função professor-instrutor é alterada para professor-
gestor, facilitador, educador. Seu trabalho é muito maior como planejador do que
executor em sala. Ali, quem atua é o aluno. Da mesma maneira que fará lá fora, em seus
empregos. Ninguém contratará ninguém só para ouvir alguma coisa todo dia. É preciso
fazer.
O nosso talento é a nossa moeda corrente mais importante e poderosa. Todos nós
nascemos com um talento e um potencial empreendedor. A questão é descobri-los e
gerenciá-los. Daí a importância de se ter uma postura e comportamento
empreendedores, para descobrir qual o talento que se tem, e empreender e administrá-lo
como o melhor produto que existe. O empreendedor é aquele que percebe oportunidades
de crescimento e de negócio nas circunstâncias mais comuns. O empreendedor é uma
pessoa que não se abate ao encontrar problemas. Ele fica entusiasmado, pois sabe que se
há algum problema, há solução. Ou seja, ele consegue se entusiasmar mesmo em
momentos de dificuldades.
Algumas características que os empreendedores possuem:
∙ Autoconfiança e Independência - O empreendedor é seguro e capaz de manter seu
ponto de vista, mesmo diante da oposição ou de resultados desfavoráveis. Acredita em
si mesmo, portanto, possui muita iniciativa e busca realizar tarefas desafiadoras. Luta
por suas idéias, abre seus próprios caminhos, também procura ser seu próprio patrão.
∙ Cidadania e Ética - Acredita em valores, que aplica em sua vida, como: ética nos
negócios e relações interpessoais; comprometimento com o meio ambiente; crença no
desenvolvimento sustentável e responsabilidade social.
∙ Coragem - Sabe calcular riscos, diminuindo o seu impacto, e avaliar as possibilidades,
de modo a controlar os resultados esperados. Por isso não teme situações desafiantes ou
riscos moderados.
∙ Comprometimento - Empenha-se na realização de seu sonho. Está comprometido com
a concretização de seus projetos (pessoais e profissionais), mesmo que estes exijam
muitos sacrifícios.
∙ Criatividade - Encontra soluções melhores, às vezes surpreendentes. Produz qualidade
e excelência. Tem por hábitos gerar idéias, desafiar-se constantemente para manter sua
capacidade criativa.
∙ Decisão - Faz tudo o que é possível para não fracassar, não tem medo do fracasso, não
espera que outras pessoas tomem decisões por ele. Toma decisões e assume suas
conseqüências. Seu poder de decisão e comportamento fazem com que ele tenha uma
grande energia e muita disposição para seus projetos e idéias.
∙ Habilidade - Possui habilidades e aptidões e procura aperfeiçoá-las e desenvolver
outras mais. Tem como aptidões: iniciativa, ousadia, visão estratégica, espírito criativo,
entusiasmo, prazer em lidar com pessoas, tem muito prazer naquilo que faz, é
autoconfiante, eficiente e eficaz, entre outras. Tem como habilidades: detectar
oportunidades, trabalhar em equipe, administrar bem o seu tempo e momentos de crise,
ser flexível, efetuar planos de ação e de negócios, perceber a viabilidade econômica de
suas atividades, preocupação com a qualidade de seus serviços e/ou produtos, entre
outras.
∙ Inovação - Procura inovar em seus produtos ou serviços, ou seja, busca sempre um
diferencial ao que oferece. Está sempre atento aos concorrentes e aos outros
profissionais da área para identificar falhas em seus produtos e serviços, para poder
oferecer algo que possa deixar seus clientes (internos ou externos) satisfeitos.
∙ Liderança - Tem capacidade de definir estratégias e objetivos, coordenar e delegar a
realização de tarefas, incentivar pessoas e conquistar adeptos e apoio para as suas idéias.
Ele cria, coordena, mas também acredita no potencial das outras pessoas e nos
resultados que elas podem obter.
∙ Organização - Por ser organizado e saber planejar, não desperdiça tempo, dinheiro e
energia. Tem capacidade para utilizar recursos financeiros, materiais e humanos
cuidadosamente. Estabelece metas específicas, mensuráveis, atingíveis, relevantes e
tangíveis, pois planeja cada passo. É capaz de mudar de planos ao perceber, depois de
análise cuidadosa, que o cenário de seus planos está sofrendo alterações.
∙ Otimismo - Acredita em seu potencial empreendedor, em seus sonhos e nas
oportunidades que o mundo oferece. Para ele os problemas oferecem sempre
possibilidades de solução e crescimento.
∙ Paciência - Como o empreendedor acredita que a concretização de seus objetivos
depende dele mesmo, não se angustia com fatores externos, os quais não pode controlar.
Ele tem bastante discernimento e tranqüilidade para fazer acontecer o seu momento e
influenciar as pessoas e ambiente que estão ao seu redor, para que possa realizar suas
metas.
∙ Persistência - Não desiste diante de um obstáculo. Ao contrário, busca formas de
contorná-lo ou superá-lo, assumindo responsabilidade pelos métodos utilizados para
alcançar suas metas.
∙ Pesquisa - Procura manter-se sempre bem informado. Conhece a fundo seu negócio ou
sua profissão. Pesquisa em livros, publicações, cursos e demais materiais que possam
auxiliá-lo ou qualificá-lo para desempenhar melhor suas atividades.
∙ Talento - Sem dúvida, o talento é a ferramenta para transformar idéias em negócios,
problemas em oportunidades. O seu talento é a sua ferramenta, é a sua arma para
surpreender, é uma inteligência natural. É um dom divino, que todos recebem sem aviso
ou manual de instrução.
O professor gestor necessita de uma visão ampliada da Escola, percebendo sua
importância para além da sala de aula, se percebendo como peça chave de conjunto
maior, consciente de que cada ação sua irá influenciar diretamente em todo o andamento
da escola. O professor gestor tem a competência para a gestão da sala de aula e tem
também a visão do gestor educacional, percebendo a escola como um todo.
AVALIAÇÃO B1
Esta avaliação corresponde a 50% da nota do segundo módulo. Algumas questões podem solicitar respostas subjetivas e opiniões particulares.
Nome: ___________________________________________________________
1- Explique o processo de criação do Fundo de Manutenção da Educação Básica (FUNDEB) e quais suas principais características.
2- Como será constituído o FUNDEB?
3- Por que o Brasil precisa investir mais na Educação?
4- Complete a tabela sobre a Educação Básica – atendimento FUNDEB:
Etapa do Ensino Faixa EtáriaCrechePré-escolaEnsino FundamentalEnsino Médio
AVALIAÇÃO B2Esta avaliação corresponde a 50% da nota do segundo módulo.
Algumas questões podem solicitar respostas subjetivas e opiniões particulares.Nome: ___________________________________________________________
1- Em relação ao FUNDEB:
a) O que é?b) Como é feita a utilização de seus recursos?c) E a sua prestação de contas?d) Quais as atribuições básicas dos Conselhos de acompanhamento e controle
social?
2- Como participar dos programas do FNDE?
3- Quais os programas do FNDE considerados os mais importantes por você? Por quê ?