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INSTITUTO POLITÉCNICO DA GUARDA

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO

R E L A T Ó R I O D E E S T Á G I O

MAGDA CATARINA DUARTE MARQUES

RELATÓRIO PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE LICENCIADO EM MARKETING

JUNHO DE 2011

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Relatório de Estágio Final para Obtenção do Grau de Licenciatura em Marketing | i

INSTITUTO POLITÉCNICO DA GUARDA

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO

“Não basta dar os passos que nos devem levar um

dia aos objectivos, cada passo deve ser ele próprio

um objectivo em si mesmo, ao mesmo tempo que

nos leva para diante.”

Johann Goethe

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Relatório de Estágio Curricular

Relatório de Estágio Final para Obtenção do Grau de Licenciatura em Marketing | ii

AGRADECIMENTOS

Agradecer é um acto de gratidão perante quem nos apoia incondicionalmente, quem nos

ajuda e acredita em nós, existindo várias formas de agradecer. Neste relatório pretendo

agradecer a todos aqueles que me ajudaram, apoiaram e participaram na minha vida,

aqueles que sempre acreditaram em mim, na minha força para concretizar este

objectivo. Agradeço ainda àqueles que me colocaram barreiras na concretização deste

sonho, deste objectivo.

Para já ficam os agradecimentos:

À instituição que me acolheu durante estes últimos quatro anos. A todos os professores,

mestres e doutores que me ensinaram.

Aos meus colegas que me receberam, acolheram e apoiaram sempre.

À Câmara Municipal de Aljezur, local onde decorreu o meu estágio. Agradeço ainda à

Sofia Pereira e ao meu supervisor Paulo Oliveira, que sempre tentaram acompanhar-me

da melhor forma. Agradeço também à minha orientadora da Escola Superior de

Tecnologia e Gestão a Prof. Maria Manuela Santos Natário, pela sua disponibilidade,

pela sua orientação e prontalidade em ajudar-me a tirar todas as dúvidas.

A todos os meus amigos e família que sempre me apoiaram para conquistar mais uma

vitória. Agradeço ainda àquela grande amiga que hoje não se encontra entre nós.

Ao meu namorado e aos seus pais que sempre acreditaram em mim. Sobretudo agradeço

ao meu namorado que sempre ficou ao meu lado, que sempre me apoiou e que sempre

me deu força para lutar por este sonho, pela sua concretização.

Aos meus pais, pelos seus esforços e sobretudo pelo seu apoio incondicional. Agradeço

do fundo do meu coração à minha mãe, que tudo por mim faria e em grande parte lhe

devo muito.

E, finalmente, agradeço a todos aqueles que me apoiaram, estimularam e motivaram.

O meu muito obrigado a todos!

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Relatório de Estágio Curricular

Relatório de Estágio Final para Obtenção do Grau de Licenciatura em Marketing | iii

FICHA DE IDENTIFICAÇÃO DO ESTÁGIO

Elaborado por: Magda Catarina Duarte Marques

Número de aluno: 8774

Curso: Licenciatura em Marketing

Instituição: Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico da Guarda

Organização Promotora do Estágio: Câmara Municipal de Aljezur

Professora Orientadora de Estágio: Prof. Maria Manuela Santos Natário

Orientador de Estágio na Organização: Dr. Paulo Tomé Fragoso de Oliveira

Período de Estágio: 20 de Setembro de 2010 a 22 de Dezembro de 2010

Duração do Estágio: 400 horas

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Relatório de Estágio Curricular

Relatório de Estágio Final para Obtenção do Grau de Licenciatura em Marketing | iv

PLANO DE ESTÁGIO CURRICULAR

O Plano de Estágio curricular, foi primeiramente sugerido pela orientadora de estágio

Manuela Natário, Professora no Instituto Politécnico da Guarda, que propôs a realização

de um Plano Estratégico de Promoção e Divulgação do Território de Aljezur.

Seguidamente foi apresentado o Plano de Estágio à Câmara Municipal de Aljezur, a

organização promotora do estágio, o qual foi aceite. No entanto ficou em aberto a

possibilidade de realizar outras actividades e/ou projectos que fossem surgindo ao longo

do período de estágio na Câmara Municipal de Aljezur, assim como foi solicitado a

elaboração de um outro Plano de Marketing para a zona industrial de Aljezur e a

participação na realização de eventos do município.

O Plano de Estágio consistia, então no seguinte:

Elaborar um plano estratégico para divulgação do território;

Elaborar um plano de marketing para a zona industrial do território;

Participação em Eventos Organizados pelo Município;

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Relatório de Estágio Curricular

Relatório de Estágio Final para Obtenção do Grau de Licenciatura em Marketing | v

RESUMO DAS ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS

Durante as 400 horas em que decorreram o Estágio foram desenvolvidas diversas

actividades na área do Marketing em particular aplicado ao território.

As actividades desenvolvidas no decorrer do estágio foram as seguintes:

Organização de eventos, sob formas diversas:

- Participação em reuniões sobre o evento da Batata-Doce;

- Elaboração de vários ofícios e convites;

- Elaboração de uma nota de imprensa sobre o evento da Batata-Doce;

- Elaboração, participação e organização de vários tipos de material;

- Participação na elaboração de cartazes e Outdoors;

- Participação na elaboração de um micro - site;

- Participação na selecção de imagens a passar no recinto do evento;

- Participação na realização do evento da Batata-Doce de Aljezur, fazendo

parte ainda no decorrer do festival do secretariado (fotos, organização de

material, etc);

Atendimento telefónico e funções de secretariado;

Palavras-Chave: Marketing; Plano de Marketing no Território; Plano de Comunicação

no Território;

JEL Classification: M3, M31, M37;

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Relatório de Estágio Curricular

Relatório de Estágio Final para Obtenção do Grau de Licenciatura em Marketing | vi

ÍNDICE GERAL

AGRADECIMENTOS ................................................................................................................. II

FICHA DE IDENTIFICAÇÃO DO ESTÁGIO ................................................................................. III

PLANO DE ESTÁGIO CURRICULAR ......................................................................................... IV

RESUMO DAS ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS ....................................................................... V

ÍNDICE GERAL ....................................................................................................................... VI

ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES ..................................................................................................... VIII

ÍNDICE DE QUADROS ........................................................................................................... VIII

ÍNDICE DE ANEXOS.............................................................................................................. VIII

ÍNDICE DE ABREVIATURAS ................................................................................................... IX

INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................1

Capítulo I – A Vila de Aljezur ................................................................................................3

1.1. A Vila de Aljezur .............................................................................................................3

1.2.História da Vila .................................................................................................................4

1.3. Significado de Aljezur ......................................................................................................5

1.4. Simbologia do brasão de Aljezur......................................................................................6

1.5. Factos de relevância para Aljezur .....................................................................................6

1.5.1. Primeiro Foral Concedido à Vila ...................................................................................6

1.5.2. Obras de reconstrução do Castelo de Aljezur ................................................................7

1.5.3. Geminações ...................................................................................................................7

1.5.4. Aljezur e o concurso das sete maravilhas naturais de Portugal ......................................8

1.6. Lendas sobre Aljezur ........................................................................................................9

1.6.1. Tradições ..................................................................................................................... 10

1.7.Recursos turísticos a nível cultural .................................................................................. 11

1.7.1. Património cultural imaterial ....................................................................................... 12

1.7.2. Recursos turísticos a nível natural ............................................................................... 14

1.7.3. Produtos turísticos/ produtos locais ............................................................................. 15

Capítulo II – Identificação da Instituição .............................................................................. 22

2. Identificação e Caracterização da Instituição .................................................................... 22

2.2. Organograma da Câmara Municipal de Aljezur ............................................................. 23

2.3. Visão, Missão e Valores ................................................................................................. 26

2.4. Estratégias da Instituição ................................................................................................ 27

Capítulo III – Estágio Curricular ........................................................................................... 28

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Relatório de Estágio Curricular

Relatório de Estágio Final para Obtenção do Grau de Licenciatura em Marketing | vii

3.1. Actividades Desenvolvidas ........................................................................................... 28

3.2. Actividades Diversas Efectuadas pela Estagiária ........................................................... 29

3.2.1. Atendimento Telefónico e Funções de Secretariado .................................................... 29

3.2.2. Participação em Eventos Organizados pelo Município................................................ 30

3.2.2.1. Festival da Batata-Doce ............................................................................................ 30

3.3. Elaboração de um plano de marketing para a ZIF ......................................................... 34

3.4. Elaboração de um Plano Estratégico para Divulgação do Território .............................. 35

3.4.1. Processo de Planeamento Estratégico de Marketing Territorial para Aljezur .............. 36

3.4.1.1. Diagnóstico Estratégico para Aljezur ....................................................................... 37

3.4.1.2. Eixos Estratégicos e Objectivos para potenciar Aljezur ........................................... 40

3.4.1.2.1. Do diagnóstico à Formulação da visão Estratégica ................................................ 40

3.4.2. Eixos Estratégicos, Objectivos e Acções de desenvolvimento para Aljezur ................ 41

3.4.2.1. Mapa Mental dos Eixos Estratégicos de Aljezur ...................................................... 41

3.4.2.2. Objectivos mobilizadores para dinamizar o turismo em Aljezur ............................. 52

3.4.2.2.1. Resumo dos objectivos .......................................................................................... 52

3.4.3. Estratégia Segundo uma Óptica Empresarial/ Organizacional ..................................... 53

3.4.3.1. Aljezur Concelho de Turismo .................................................................................. 55

3.4.3.2. Requalificação do património cultural ...................................................................... 55

3.4.3.2.1. Organização da oferta turística .............................................................................. 56

3.4.3.2.2. Qualificação urbanística e comercial de Aljezur ................................................... 58

3.5. A Necessidade de Aljezur adoptar uma perspectiva de marketing territorial.................. 58

3.5.1. Fomento das acções de Marketing em Aljezur ............................................................ 62

3.6. Conclusões da Aplicação do Plano Estratégico .............................................................. 62

CONCLUSÃO .......................................................................................................................... 64

BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................................... 65

REFERÊNCIAS ELECTRÓNICAS ............................................................................................... 67

Anexos .................................................................................................................................. 68

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Relatório de Estágio Final para Obtenção do Grau de Licenciatura em Marketing | viii

ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES

Ilustração 1: Mapa do Algarve ....................................................................................................3

Ilustração 2: Mapa do concelho de Aljezur ..................................................................................3

Ilustração 3: Mapa do Reino de Portugal no século XVI ..............................................................4

Ilustração 4: Brasão de Aljezur ....................................................................................................6

Ilustração 5: Castelo de Aljezur ...................................................................................................7

Ilustração 6: Logótipo do Concurso .............................................................................................8

Ilustração 7: Algumas das Actividades Existentes em Aljezur. .................................................. 14

Ilustração 8: Alguns produtos Turísticos locais .......................................................................... 16

Ilustração 9 e 9a: Unidades de Alojamento ................................................................................ 21

Ilustração 10: Paços do Concelho de Aljezur ............................................................................ 22

Ilustração 11: Paços do Concelho de Aljezur ............................................................................. 22

Ilustração 12: Localização Geográfica de Aljezur ...................................................................... 36

Ilustração 13: Diferenças entre análise SWOT tradicional e análise SWOT cruzada ................. 38

ÍNDICE DE QUADROS

Quadro 1: Diagnóstico Estratégico para Aljezur - análise SWOT cruzada .................... 39

Quadro 2: Elementos potenciadores de atractividade turística de um território ............. 60

ÍNDICE DE ANEXOS

Anexo 1. Organograma da Câmara Municipal de Aljezur ............................................ 23

Anexo 2. Apresentação de cartas enviadas aos participantes do evento (Ficha de

inscrição e normas) ........................................................................................................ 31

Anexo 3. Exemplo de Oficios e Convites enviados para a realização do evento .......... 31

Anexo 4. Nota de Imprensa ........................................................................................... 31

Anexo 5. Exemplo ementas padrão apresentadas para o evento ................................... 32

Anexo 6. Outdoor do Festival da Batata-Doce .............................................................. 32

Anexo 7. Exemplo de Certificados ................................................................................ 33

Anexo 8. Mapa Mental dos Eixos Estratégicos, Objectivos e Acções de

Desenvolvimento para Aljezur ....................................................................................... 42

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Relatório de Estágio Final para Obtenção do Grau de Licenciatura em Marketing | ix

ÍNDICE DE ABREVIATURAS

CCRE – Conselho dos Municípios e Regiões da Europa

CE – Conselho da Europa

CMA – Câmara Municipal de Aljezur

CPLRE – Congresso dos Poderes Locais e Regionais da Europa

DARh – Divisão Administrativa e de Recursos Humanos

DDeP – Divisão de Desenvolvimento Económico e Planeamento

DEAsCD – Divisão de Educação, Acção Social, Cultural e Desporto

DF – Divisão Financeira

DGEMN – Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais

DGuOP – Divisão de Gestão Urbanística e de Obras Particulares

DOmAL – Divisão de Obras Municipais, Ambiente e Logística

DTOU – Departamento Técnico de Obras e Urbanismo

GAC – Grupo de Acção Costeira

GAC´s – Grupos de Acção Costeira

IPPAR- Instituto Português do Património Arquitectónico

PNSACV- Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina

UE – União Europeia

ZIF – Zona Industrial da Feiteirinha

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Relatório de Estágio Curricular

Relatório de Estágio Final para Obtenção do Grau de Licenciatura em Marketing | 1

Introdução

O presente trabalho consiste no relatório de estágio, efectuado como parte integrante e

conclusivo da Licenciatura em Marketing, ministrado no Instituto Politécnico da Guarda

na Escola Superior de Tecnologia e Gestão.

O estágio curricular é uma das principais etapas de preparação para o exercício de uma

profissão, onde colocamos em prática todos os conhecimentos e os conteúdos

apreendidos durante a formação académica.

Assim, no presente relatório pretende-se descrever as actividades desenvolvidas e os

desafios que foram colocados no decorrer do estágio realizado na Câmara Municipal de

Aljezur, durante o período compreendido entre 20 de Setembro a 22 de Dezembro de

2010.

O principal objectivo do estágio centrava-se na divulgação do concelho. Para tal,

tornou-se necessário fazer um diagnóstico do mesmo e identificar os pontos a

potencializar no concelho de Aljezur.

Um plano estratégico é fundamental num território, pois este é uma ferramenta essencial

na organização e na gestão territorial. O planeamento estratégico é um processo para

gerir a mudança e para descobrir os caminhos de um futuro mais promissor, que permite

definir um rumo, constituindo uma imagem aliciante, inovadora, apelativa e eficaz do

território junto dos mercados, no sentido de os persuadir. Um plano estratégico é

essencial para promover um território, segundo Bruce Chatwin (1995:6): “ Uma terra

que não é contada é uma terra morta; se os contos forem esquecidos, a própria terra

acaba por morrer. Deixar que isso acontecesse seria o pior dos crimes…”.

De início, revelou-se uma tarefa mais complicada do que aparentava. Primeiramente foi

necessário pesquisar mais sobre Aljezur, segundo Dave Patten (1985:7) “O primeiro

requisito é investigação e planeamento”. Após reunir as informações necessárias foi

possível desde logo começar a identificar as principais potencialidades e debilidades do

concelho.

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Relatório de Estágio Final para Obtenção do Grau de Licenciatura em Marketing | 2

Assim, este relatório encontra-se estruturado em III Capítulos. No primeiro capítulo,

efectua-se uma apresentação da Vila de Aljezur, conta-se a sua História, o seu

significado e a sua simbologia. Descrevem-se alguns factos importantes para a Vila e

dão-se a conhecer algumas das lendas e tradições do Concelho, assim como os seus

recursos turísticos a nível cultural e natural. Apresentam-se ainda os produtos

turísticos/locais e por último descrevem-se os equipamentos e os seus serviços

turísticos. No segundo capítulo, faz-se a caracterização da Instituição, ou seja, da

Câmara Municipal de Aljezur. Por último, no terceiro capítulo deste relatório,

descrevem-se as actividades realizadas pela estagiária durante o decorrer do estágio.

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Relatório de Estágio Final para Obtenção do Grau de Licenciatura em Marketing | 3

Capítulo I – A Vila de Aljezur1

1.1. A Vila de Aljezur

No Oeste do Algarve situa-se uma das melhores reservas da natureza na Europa, o

parque natural da Costa Vicentina, onde se insere Aljezur – O coração da Costa

Vicentina (Ilustração 1). Terra acolhedora, com uma simpatia contagiante, onde impera

o sossego. Um lugar relaxante, propício para o descanso e apto para praticar os mais

variados desportos, para além de poder usufruir de uma paisagem diversificada, rodeada

por mar e serra. “Percorrer o concelho de Aljezur é, assim, a oportunidade de

reencontrar o silêncio cortado só pelo canto das aves e a melodia das ondas2”.

A vila de Aljezur é a sede do concelho, composta por quatro freguesias Aljezur,

Odeceixe, Rogil e Bordeira (Ilustração 2). A área do concelho total é de 323,5 km2.

Em relação à população total do concelho são contabilizados,

em 2001: 2687 habitantes3. Em Odeceixe existem 927, na

freguesia do Rogil 1182, e na última freguesia do concelho, na

Bordeira existem apenas 492 habitantes.

Em 20094, realizou-se novos estudos para se obter uma

estimativa sobre o total da população residente no concelho de

Aljezur. Estudos estes que demonstraram um aumento

significativo da população, passando o concelho a contabilizar

5333 habitantes.

1 Neste capítulo recorreu-se fundamentalmente as seguintes fontes: www.aljezur-info.de;

www.google.pt; www.wikipedia.pt. 2 http://www.aljezur-info.de.

3 Fonte: INE, Censos 2001.

4 Fonte: INE, Anuário Estatístico da Região Algarve 2009.

Ilustração 1: Mapa do Algarve

Fonte: www.merceariabio.pt/pt/algarve.php

Ilustração 2: Mapa do concelho de Aljezur

Fonte: www.fisicohomepage.hpg.ig.com.br

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1.2.História da Vila5

Aljezur é uma vila portuguesa pertencente ao Distrito de Faro, região e

sub-região do Algarve. O Algarve antigamente era denominando por

“al-Gharb al-Ândalus”6, nome dado pelos muçulmanos. Aljezur é um

concelho habitado desde os tempos pré – históricos, onde ainda hoje

são visíveis os vestígios arqueológicos de todos os povos que por aqui

passaram.

O concelho de Aljezur foi fundado no séc. X pelos árabes que aqui

permaneceram durante cinco séculos até à conquista cristã, que

deixaram as suas marcas bem notáveis.

Foi no século XIII, no reinado de D. Afonso III, que Aljezur foi definitivamente tomada

aos mouros por D. Paio Peres Correia. Após esta conquista, em 1249, Aljezur foi

integrada na coroa portuguesa.

É a 12 de Novembro de 1280, que Aljezur passa a ter foral, este concedido pelo Rei D.

Dinis. A 1 de Junho de 1504, D. Manuel reformou a Carta Diplomática de D. Dinis,

concedendo à vila o título de "Nobre e Honrada".

No séc. XVII, os cristãos que haviam tomado Aljezur, foram atacados pelos corsários

marroquinos. Os atacantes desembarcavam em praias abrigadas pelas arribas, como tal

foram criadas muralhas, estas conhecidas hoje como “os fortes”7 da Arrifana (1635) e

da Carrapateira (1673), exemplos ainda hoje visíveis da resposta militar do Reino (D.

Afonso VI e D. Pedro II) para a protecção destas terras.

Em 1755 Aljezur foi profundamente devastada pelo terramoto sofrendo deste modo

grandes danos. O castelo entre outros monumentos históricos, ficaram muito

danificados, necessitando de ser reconstruídos.

5 Esta informação foi essencialmente recolhida do site: www.wikipedia.pt.

6 Nome dado à região do Algarve e baixo Alentejo durante o domínio muçulmano, significando

"Andaluz Ocidental", pois este era a parte ocidental da Andaluzia muçulmana. 7 Fortaleza (estrutura militar).

Ilustração 3: Mapa do

Reino de Portugal no século

XVI

Fonte: www.wikipedia.org

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Relatório de Estágio Final para Obtenção do Grau de Licenciatura em Marketing | 5

O Bispo D. Francisco Gomes de Avelar mandou construir a Igreja da Nossa Sr.ª D'Alva

em local fronteiro à vila para que os habitantes se transferissem para aquele local e para

ali crescer um novo aglomerado populacional, passando a se chamar a Igreja Nova.

Hoje em dia a Nossa Sr.ª D'Alva, é a padroeira da vila, onde todos os anos é feita uma

festa em sua homenagem.

Aljezur na manhã de 9 de Julho de 1943, assistiu a um combate aéreo travado entre

Alemães e Ingleses, que combatiam na II Guerra mundial. Os alemães combatiam

apenas com quatro aviões. Um deles acabou por se despenhar devido aos confrontos

travados com os aliados. Os sete ocupantes desse avião que se despenhou por terras

aljezurenses, acabaram por morrer e ainda hoje as suas sepulturas se encontram no

cemitério de Aljezur.

A estrutura económica de Aljezur, desde sempre proporcionou a actividade agrícola. A

ribeira ainda hoje existente, foi outrora um porto fluvial, usada essencialmente como um

canal marítimo para comercializar os produtos provenientes da terra e do mar. Hoje a

ribeira de Aljezur permanece, mas no entanto já não é usada como um porto. A

actividade agrícola existe por todo o concelho, e é uma das actividades económicas

essenciais da zona, no entanto Aljezur não depende unicamente da agricultura, pois a

pesca e o artesanato são também importantes. Mais recentemente o turismo tem vindo a

assumir uma importância crescente, contribuindo para um aumento do peso do sector

terciário na economia.

1.3. Significado de Aljezur

Aljezur é uma palavra trissilábica, AL-JE-ZUR, prenunciando-se antigamente Aljaçur.

Como se pode verificar, Aljezur e Algarve, começam por “Al”, assim como muitos

outros concelhos pertencentes ao Algarve. Tal facto provém de origem árabe e traduz-se

“Al” por Deus. Deus triforme, de tríplice aspecto, deus da tríplice luz. Ou três

“ZURES”, os três sóis8, os três fogos de manifestação divina da Luz solar. Aljezur

8 O primeiro dos sóis simboliza o veículo de Deus-Pai, que iluminava e fervorizava o seu

espírito. O segundo, o veículo de Deus-Filho, desenvolvia e expandia a sua mente. O último dos

três sóis, representava o veículo de Deus-Espírito Santo, que nutria e fortalecia o seu corpo.

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Relatório de Estágio Final para Obtenção do Grau de Licenciatura em Marketing | 6

significa ainda o fogo puro, o esplendor eterno, cuja imagem os árabes representaram

Deus.

1.4. Simbologia do brasão de Aljezur

Os nomes das freguesias, localidades, lugares da morada

e de outros locais, reflectem e devem continuar a

reflectir os sentimentos, a personalidade das pessoas e a

homenagear figuras de relevo, épocas, factos históricos,

usos e costumes.

A simbologia usada na composição do brasão da sede do

concelho de Aljezur (Ilustração 4), ainda hoje sugere os

tempos da reconquista, nomeadamente o castelo de

Aljezur, os mouros e os cristãos. Simboliza ainda a

terra e a água, uma vez que este concelho é rodeado

quer por serra/ montanhas, como por mar e ribeira

(água).

1.5. Factos de relevância para Aljezur

1.5.1. Primeiro Foral 9Concedido à Vila

A 12 de Novembro de 1280, no reinado de D. Dinis, Aljezur recebe o seu primeiro foral

de vila.

Em 1 de Junho de 1504, no reinado de D. Manuel I, foi concedido a vila de Aljezur um

9 Um foral original é um documento escrito outorgado unilateralmente pelo rei ou por uma

entidade senhorial que possa dispor de terra em benefício de uma colectividade de pessoas,

correspondendo estes diplomas a uma verdadeira lei orgânica local porque não só demarcavam

os limites geográficos dos novos concelhos como também fixavam aos moradores os direitos,

privilégios e obrigações fiscais (e outras), assim como garantiam as liberdades, a defesa e a

protecção de pessoas e bens contra abusos possíveis que vinham dos grandes senhores e até dos

funcionários do rei. Podiam então ser concedidos pelo rei, às vezes em conjunto com a rainha e

os filhos, por entidades particulares, inclusivamente corpos eclesiásticos, bispos e ordens

religiosas e militares (Marcello Caetano).

Ilustração 4: Brasão de

Aljezur

Fonte: www.cm-aljezur.pt

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Foral novo ou Manuelino. Este foral, constitui um dos mais importantes documentos

emanados das chancelarias régias de toda a idade média portuguesa.

1.5.2. Obras de reconstrução do Castelo de Aljezur

A construção do Castelo de Aljezur é atribuída aos árabes que o terão edificado no

início do Séc. X. O castelo de Aljezur é portanto de origem medieval, mas tal estrutura

foi alterada em 1940, pela Direcção Geral de Edifícios e Monumentos Nacionais

(DGEMN), enquanto factor identitário da cultura nacional no quadro das comemorações

dos centenários.

Durante o século XX, o castelo sofreu obras que alteraram a estrutura histórica do

conjunto muralhado. Estas obras, ocorreram em 1975, 1993, 1996, 2003/2004 e em

2006 e foram promovidas por diversas instituições: DGEMN10

, CMA11

, PNSACV12

e

IPPAR13

. Hoje tem-se em atenção as futuras obras que poderão ali surgir, pois estas

poderão degradar o monumento. Para evitar tal situação, foram tomadas medidas

preventivas de preservação deste património aljezurense.

1.5.3. Geminações

A geminação entre Kürnach (Alemanha) e Aljezur existe desde 10 de Outubro de 1987.

O protocolo desta geminação, foi assinado na altura pelos Presidentes de Câmara,

nomeadamente o Sr. Otto Habermann e o Sr. João Vieira Gonçalves da Silva. Foi

construído um monumento representativo da união dos dois municípios, com a inscrição

do protocolo de geminação nos dois idiomas, que está situado na praceta da Vila de

10

Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais. 11 Câmara Municipal de Aljezur. 12

Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. 13

Instituto Português do Património Arquitectónico.

Ilustração 5: Castelo de Aljezur

Fonte: www.google.pt

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Kürnach em Aljezur.

Também existe um esforço entre o município de Aljezur e o município de Boa

Vista(Cabo Verde) para a obtenção da geminação entre ambos.

1.5.4. Aljezur e o concurso das sete maravilhas naturais de Portugal

O concurso foi realizado para apurar as sete maravilhas

naturais de Portugal de 2010 (Ilustração 6), onde

concorreram muitas localidades de todo o Portugal

continental, assim como as ilhas.

A inspiração surgiu de três conceitos: a vontade de

alertar para a beleza e fragilidade das maravilhas

naturais; o número 7 que, ao longo da história da

humanidade, se tornou o símbolo da perfeição, da vida eterna, da harmonia, da sorte, da

unicidade e ganhou grande significado em pequenas coisas como 7 dias da semana, 7

notas musicais, 7 cores do arco-íris, etc; e da ideia de descobrir o mundo e o meio em

que vivemos através de viagens.

O concelho de Aljezur foi um dos candidatos as sete maravilhas de Portugal, onde

foram apresentadas dez sugestões do concelho, nomeadamente o Parque Natural

Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, a ribeira/estuário de Aljezur, a ribeira de

Seixe14

, a praia de Odeceixe (pré-finalista), praia da Amoreira, praia da Arrifana (pré-

finalista), Pinhal de Bordalete (pré-finalista), praia da Bordeira e por último, sendo

este um dos vencedores das sete maravilhas de Portugal no concelho de Aljezur o

Pontal da Carrapateira (Finalista).

No entanto ainda existem outras maravilhas no concelho que não foram eleitas como

uma das sete maravilhas naturais de Portugal. O concelho de Aljezur está então dotado

de maravilhas naturais únicas (que serão apresentadas mais à frente).

14

Em Odeceixe.

Ilustração 6: Logótipo do concurso

Fonte: www.cm-aljezur.pt

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1.6. Lendas sobre Aljezur

Lenda: A tomada do Castelo de Aljezur15

D. Paio Peres Correa, pretendia conhecer as características do local e os hábitos da

gente de Aljezur, por isso mandou batedores estudar esta situação para que pudesse

elaborar o seu plano de ataque. Após este estudo, D. Paio Peres Correa, era um dos

conhecedores da situação privilegiada da velha fortaleza e da vigilância apertada que os

moiros exerciam no belo castelo de Aljezur.

Conseguiram “aliciar” uma moira de nome Maria Aires, de raro encanto, que lhes

contou, como era costume e hábito muito antigo e ainda observado, que na madrugada

do dia 24 de Junho os habitantes da região iam tomar banho à Praia da Amoreira. Tanto

bastou para que D. Paio arquitectasse o seu plano de ataque, tirando proveito daquela

tradição moirisca. Assim, na noite de 23 para 24 de Junho, as tropas esconderam-se num

vale próximo do castelo que hoje è conhecido pelo Vale de D. Sancho, em honra do

valoroso Monarca D. Sancho II e aguardaram que, com o amanhecer, os moiros

iniciassem o seu ritual. As horas passavam lentas naquela longa espera que os cristãos

aproveitaram para se cobrirem com arbustos, e assim poderem, mais facilmente,

desenvolver a aproximação final. Com o despontar da aurora começou o longo desfilar

dos confiantes moiros, quem sabe se pelo mesmo caminho que ainda hoje lá existe pelo

lado esquerdo do Rio, bordejando o vale, imenso e fértil, formado pelos aluviões da

Ribeira de Aljezur. Assim que lhes pareceu propício e ainda a coberto da semi-

obscuridade, aquele punhado de valentes portugueses iniciaram a aproximação do

castelo, aquela hora já deserto, bem como toda a restante povoação. Eis senão, quando

uma rapariguita, neta de uma velha já cega que havia ficado, afinal, vigilante no castelo,

apercebendo-se dos movimentos das tropas, correu para a avó, alertando-a, na sua

ingénua infantilidade, que as moitas estavam a andar, pois, como já foi referido, os

portugueses tinham tido a preocupação de se camuflarem com arbustos.

15 Texto cedido pela Associação de Defesa do Património Histórico e Arqueológico de Aljezur.

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A ansiã, sem descortinar no logro em que incorria, tentou dissuadir a neta, dizendo-lhe

que tal facto se devia, por certo à aragem que soprava. De repente, porém, e em

catadupas, irromperam os cristãos, pelo portão da fortaleza, dominaram a velha que

esboçou a pretensão de dar o alarme fazendo accionar um sino que estaria colocado na

torre da cisterna, tomaram posições, apreenderam as armas e então, eles próprios, deram

o alarme. Os moiros, céleres e atónitos, regressaram à povoação, sendo complemente

aniquilados à medida a que iam entrando no recinto amuralhado. Aljezur era

Portuguesa. À bela Maria Aires, como recompensa dos serviços prestados e também

pelos seus encantos que teriam favoravelmente impressionado a D. Paio, foi-lhe

poupada a vida e para que não fosse molestada, construíram-lhe uma casa num local

próximo de Aljezur a que ainda hoje, se chama, em sua memória, a daquela bela moira

de lindos cabelos negros, Mareares.

Lenda: As Santas Cabeças

As notícias sobre a antiguidade aljezurense, referem achados arqueológicos do

paleolítico e elementos de cultura mirense (4.000 AC), para além de descobertas de

cerâmica grega. Na Igreja matriz desta vila estão depositadas duas caveiras conhecidas

como Santas Cabeças. “Um pouco de toda a região ali afluem grupos de pessoas,

padecendo de mordeduras de cães e de outros animais, dores de cabeça e de dentes,

males de coração e outros. Procurando a cura.”

As Santas Cabeças são hoje relíquias, veneradas e dizem-nas milagrosas. A história vem

do tempo do Rei D. Manuel I e do Bispo do Algarve D. Fernando Coutinho. Naquele

tempo existiam no espaço geográfico deste concelho dois lavradores, João Galego e

Pedro Galego, pai e filho, reconhecidamente trabalhadores, bondosos e justos. Porém, a

fama deles cresceu quando começou a constar que apenas com o hálito curavam os

doentes que junto deles acudiam. E deles restam a lenda e as Santas Cabeças de Aljezur,

que continuam a ser veneradas.

1.6.1- Tradições

O Banho 29 - O “Banho 29” como ficou conhecido, tornou-se uma tradição entre os

serranos, crentes, de que neste dia de Agosto as águas do mar se encontravam bentas.

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Por isso, a 29 de Agosto, homens, mulheres e crianças banhavam-se no mar, levando

consigo os animais domésticos e nem o gado escapava ao banho.

Desde as praias no concelho de Aljezur, como Bordeira, Carrapateira e Odeceixe,

passando pelos areais de Lagos, Portimão, Quarteira, Manta Rota e Vila Real de Santo

António, a população do campo juntava-se em grupos para cumprir a tradição.

Em tempos remotos, os homens usavam como fato de banho (ceroulas compridas atadas

com nastro aos artelhos), enquanto as mulheres vestiam combinações ou camisas de

dormir compridas de serapilheira.

O primeiro banho era logo tomado às 07H00, altura em que, segundo a tradição, a água

está “benta” (benzida). O segundo banho fazia-se cerca das 10H30 e o último efectuava-

se por volta das 16H00. “Tomar banho neste dia é como tomar nove banhos”, afirmam

os mais velhos com um sorriso matreiro que deixa antever as brincadeiras e partidas

com que se entretinham e pregavam às raparigas.

Com o decorrer dos anos, a tradição e a importância destes banhos foi-se perdendo,

restando agora apenas nos mais velhos uma saudosa memória dos tempos de juventude.

No entanto, perduram as comemorações do 29 de Agosto, feriado municipal, onde estão

incluídas actividades de índole desportiva e recreativa.

Para reavivar os tempos antigos, comemora-se o tradicional ”Banho Santo” com a

concentração de banhistas na Praia da Amoreira e na Praia do Monte Clérigo, todos

vestidos a rigor.

No final da tarde, a tradicional sardinhada e a animação musical à noite, na sede do

concelho, já são uma constante no programa das festas.

1.7- Recursos turísticos a nível cultural

O património cultural é um dos pontos essenciais dos recursos turísticos de Aljezur.

Como já se verificou atrás, Aljezur tem uma componente forte da história portuguesa e

da história algarvia, apesar deste património aljezurense, se encontrar actualmente em

condições bastante degradadas, como é o caso do castelo. Ainda hoje são visíveis

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muitos dos vestígios dos locais onde se travaram ao longo da história momentos

decisivos em prol da soberania nacional. Salientando-se além do castelo, os fortes da

Arrifana (“arribat”) e da Carrapateira, a Igreja Nova ou Igreja matriz de Nª Senhora da

Alva, a igreja da misericórdia, a Igreja paroquial de Odeceixe, a Igreja paroquial da

Bordeira, a Igreja da Carrapateira, a fortaleza da Carrapateira, a adega museu de

Odeceixe, a fonte das mentiras, o museu Antoniano, os moinhos de Odeceixe e do

Rogil, o pelourinho, os miradouros, o museu da arte sacra, a casa museu pintor José

Cercas, o núcleo de arqueologia, o núcleo de etnografia e as ruínas da fortaleza da

Arrifana.

O castelo de Aljezur, é um monumento de referência da vila, integra-se no Parque

Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina16

e está classificado como imóvel de

interesse público, pelo decreto-lei 129/77 de 29 de Setembro. Sugestiona-se, sem tese

definitiva, que ele seja um dos castelos representados na bandeira da república

portuguesa.

1.7.1- Património cultural imaterial

O concelho de Aljezur, em termos do património cultural imaterial, dispõe uma herança

cultural que renasce e se materializa na vivência diária dos seus residentes em

manifestações tão diversas como o artesanato, a gastronomia, a pesca, as feiras, as festas

e as romarias.

A nível do artesanato, encontra-se por todo o concelho produtos diversos e de qualidade

elevada, tais como a cestaria, as rendas, a trapologia (mantas, tapetes e bolsas de

trapos), os trabalhos em vime, os trabalhos em barro, estanho, madeira e latão.

A gastronomia de Aljezur é rica em peixes (sargos, robalos, douradas, linguados, entre

outros) e marisco (perceves, amêijoas, conquilhas, navalheiras, bruxas, mexilhão,

sapateira, santola, lagostins, burgaus, lapas, berbigão, camarão e ouriços do mar).

Aljezur a nível gastronómico, tem para oferecer variados pratos típicos da serra

algarvia, como as papas moiras, o feijão com batata-doce, a galinha de molho, a

algarvia, como as papas moiras, a couvada com carne de porco, a morcela de farinha, o

16 PNSACV.

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chouriço caseiro e a feijoada de batata-doce. Tem ainda outros pratos típicos da zona

como, o arroz de marisco, o arroz de polvo, a caldeirada, as papas de mexilhão, as sopas

de peixe, a massada de peixe, os búzios com feijão, as cataplanas de peixe/marisco, a

salada de polvo com batata-doce e a feijoada de polvo. Ao nível dos doces regionais de

Aljezur, temos a tarte de amêndoa, o pudim, os bolos, as tartes e os pastéis/filhós de

batata-doce, os dom Rodrigo, os figos, os morgadinhos, entre muitos outros

inesquecíveis.

A agricultura é uma das actividades praticada por todo o concelho aljezurense, sendo

esta importante para a economia do concelho. Desta surge a batata-doce, o milho, as

leguminosas secas, o amendoim e a vinha.

Aljezur é hoje a maior e a mais importante região produtora de batata-doce em Portugal

Continental. O clima único, permite o harmonioso crescimento da batata-doce, de raiz e

pele castanho avermelhada com uma deliciosa polpa amarela. Devido ao sol, às terras,

às águas, ao ar limpo e ao clima, as batatas-doces aljezurenses, tornam-se únicas com

um sabor divino, diferenciando-se deste modo das outras regiões. A batata-doce de

Aljezur é reconhecida pela sua qualidade. Deste modo, é-lhe permitido o seu

reconhecimento como um produto com a certificação IGP – Indicação geográfica

Protegida. Também a batata-doce de Aljezur é certificada sob a marca Saberes e

Sabores Vicentinos.

A pesca em Aljezur, tem como variantes a pesca à linha e a pesca submarina. A zona é

rica em mariscos, peixes e os moluscos.

As festas, as feiras e as romarias em Aljezur, são actividades de diversão para os

residentes e visitantes do concelho. Estas fazem parte da cultura, sejam elas festividades

religiosas, populares, festivais, feiras ou mercados. Realizam-se neste contexto, várias

actividades que alegram todo o concelho. São de carácter regular e marcam o concelho

a nível regional e mesmo nacional. As Comemorações do Feriado Municipal a 29 de

Agosto, associadas à tradição centenária com muita expressão na região, o Festival da

Batata-doce que visa promover os produtos locais de enorme qualidade, assim como a

riqueza gastronómica do concelho, a Feira da Filhó e dos Fritos, a Feira da Terra,

dedicada aos produtos locais, a Festa dos Pescadores, na Arrifana, O Festival dos

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“ Prazeres do mar”, a festa da Rainha Santa Isabel, o Festival de Folclore, no Rogil e as

festas populares pelas diversas freguesias, a Festa em Honra de Nossa Senhora da Alva,

padroeira de Aljezur, a feira de Natal, o natal dos 60, os mercados e as feiras anuais, são

alguns dos eventos mais relevantes realizados no município de Aljezur.

1.7.2- Recursos turísticos a nível natural

As condições naturais do concelho de Aljezur, são as ideais para a

prática de algumas actividades ao ar livre e de diversas actividades em

contacto directo com a natureza ou de desportos de aventura

(Ilustração 7). Existe a possibilidade da prática de desportos, como o

surf, bodybord, longbord, pesca, windsurf, mergulho, kayak, kayak

surf, snorkel, remo, kitesurf, skimy, natação, canoagem, asa delta,

paraquedismo, parapente, BTT, caminhadas, percursos pedestres,

equitação, moto4, todo o terreno, orientação, escalada, os passeios e

a animação com os burros - trekking, e para além destas existe ainda as

manobras de cordas.

Aljezur tem muito para oferecer, sendo a sua paisagem natural, um

sítio calmo, que tem ainda muito por explorar. Também os miradouros

existentes por todo o concelho são recursos turísticos, permitindo a

todos uma visualização da magnífica paisagem aljezurense.

As potencialidades para a prática da vertente de turismo da natureza,

decorrem da qualidade ambiental e paisagística do concelho através de

terra e mar. Esta deve ser preservada, assim como a sua rica

biodiversidade, pois constitui um habitat de excelência para diversas

espécies.

Também a fauna e a flora desta região, são muito ricas e variadas,

existindo algumas espécies únicas protegidas.

Ilustração 7: Algumas das

actividades existentes em

Aljezur.

Fonte: www.google, com

montagem própria

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São características desta zona, em relação à fauna, as aves17

, os animais terrestres18

, os

animais marinhos19

e por último o marisco20

. Relativamente à flora, temos a

vegetação21

, os arbustos22

e as árvores23

. A flora apresenta ainda um conjunto de

espécies aromáticas e medicinais, como o rosmaninho, o tomilho, o loureiro, o orégão e

outras, como o tojo ou a urze.

1.7.3- Produtos turísticos/ produtos locais

Os produtos turísticos24

, definem-se como uma mistura de tudo quanto uma pessoa pode

consumir, utilizar, experimentar, observar e apreciar no decorrer de uma viagem. O

conceito de produtos turísticos, na perspectiva do consumidor e na óptica do marketing,

corresponde a um pacote de componentes tangíveis e intangíveis, baseados numa

actividade ou num novo destino, ou seja, os produtos turísticos, constituem respostas

para a satisfação das necessidades dos visitantes.

Neste campo, Aljezur poderá oferecer vários produtos turísticos, quer estes sejam

tangíveis e/ou intangíveis.

17

Como a Gaivota, a Cegonha, a Águia - Sapeira, a Águia - Pesqueira, o Peneireiro, a Perdiz, o

Pisco, o Melro, a Carriça, o Rouxinol, o Cartaxo, o Pato Bravo, a Narceja, a Codorniz, as

Turcas, a Galinha-d’água, o Corvo, o Gavião, o Pardal, o Picanço, a Coruja, o Mocho, o

Pintassilgo, o Guarda-Rios, o Rouxinol dos Caniços, a Garça Branca, a Garça Pequena, o

Trigueirão, o Tentilhão, o Abelharuco e o Pica-Pau. 18

Como a Lontra, a Toupeira, o Rato d’ água, a Rã verde, o Cágado de Carapaça estriada, o

Ouriço -Cacheiro, a Lebre, o Coelho, o Javali, o Techugo, a Doninha, o Saca - Rabos, a Raposa,

o Furão e o Gato-Bravo. 19

Como o Sargo, o Robalo, a Sardinha, a Moreia, o Carapau, a Faneca, o Safio, a Dourada, o

Bodião, o Bezugo, a Salema, a Corvina, o Peixe Porco, a Anchova, o Achegã, Liza, o Bordalo, a

Abrótea, o Badejo, o Rascasso, a Choupa, o Ruivo, o Caboz, a Cavala, o Salmonete, o pargo, a

Bica, a Raia, o Linguado, a Avaria, a Enguia, a Tainha, o Polvo, a Lula, o Choco. 20

Como os Perceves, o Lagostim, a Lagosta, a Santola, a Navalheira, o Lavagante, os Búzios, a

Amêijoa Preta, o Berbigão, o Lingueirão, os Caramujos, as Lapas, o Mexilhão, os Ouriços-do-

mar, as Estrela-do-mar e os Bugaus (caracóis do mar). 21

Junco, Loendro, Tábua – Estreita, Caniço, Silva, Amieiro. 22

Murta, Medronheiro, Espargo, Aroeira, Tojo, Zimbro, Alecrim, Rosmaninho, Esteva. 23

Oliveira, Alfarrobeira, Figueira, Laranjeira, Amendoeira, Sobreiro, Azinheira, Loureiro,

Pinheiro Manso, Pinheiro Bravo, Cipreste, Choupo – Branco, Freixo. 24

Paula Fernandes e José Cepeda (2002): Produtos Turísticos para o Nordeste Transmontano

(http://bibliotecadigital.ipb.pt/bitstream/10198/1013/1/n_5.pdf).

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Os produtos locais comercializados em Aljezur (Ilustração 8) são:

Artesanato (cerâmica, madeira, trapologia – rendas – bordados, gesso e a

bijuteria);

Hortícolas (Batata-Doce, amendoim e a agricultura biológica);

Produtos agro-alimentares (doçaria, mel, vinho, enchidos e o queijo);

Carne;

Pescado;

Marisco.

Ilustração 8: Alguns produtos Turísticos locais

Fonte: www.google.pt – Montagem Elaboração Própria

Com base nos seus recursos endógenos, Aljezur poderá ainda oferecer os seguintes

produtos, de acordo com Fonseca (2006):

Turismo cultural

As relações entre o turismo cultural e a cultura são profundas e têm um duplo sentido: O

turismo como acto cultural e forma de cultura e turismo cultural como forma de permitir

ao homem o acesso a formas de expressão cultural. No primeiro caso, o turismo

entende-se como um instrumento de promoção cultural, enquanto no segundo caso o

turismo é um meio de proporcionar o encontro de culturas já existentes e de estabelecer

relações com valores adquiridos.

O turismo cultural abrange as viagens cujas motivações podem ser incluídas no grupo

das culturais e educativas, o que corresponde a uma oferta bastante variada e

dependente dos valores culturais existentes. Para quem procura a diferença e o

conhecimento de outras culturas, Aljezur tem para oferecer a nível cultural, várias

componentes:

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Património arqueológico, relacionado com a antiguidade da ocupação humana

na região;

Monumentos e imóveis de interesse público, onde se enquadra o castelo de

Aljezur, a fonte das mentiras, as igrejas, os “ribat´s “, os pelourinhos, entre

outros monumentos e imóveis de interesse público;

Museus, de arqueologia e história, etnográficos e antropológicos;

Património etnográfico e artesanato, face a uma mudança nos modos de vida e à

diminuição das comunidades reais, poder-se-á referir que a maioria deste

património tende a desaparecer. Para tal, o concelho aljurense, realiza algumas

manifestações sociais e artísticas com importância reconhecida, dada a sua

originalidade e interesse do ponto de vista estético ou de reencontro com as suas

origens;

As actividades culturais, recreativas e festas populares, que visam a realização

de determinadas iniciativas culturais, recreativas e festas populares, poderão ser

um factor de desenvolvimento turístico, com efeitos no aumento da atracção e da

permanência local;

Feiras comerciais, que têm como objectivo, promover os produtos locais (Feira

do produtos da terra, feira do natal, feira anual, entre outros);

Turismo de saúde

Segundo Fonseca (2006), antigamente o turismo de saúde era visto como algo onde se

curava uma doença, hoje em dia o seu conceito foi alterado. Actualmente, tem-se

conhecimento de outros pontos relacionados com a saúde que são importantes na vida

humana. O conhecimento da importância dos factores psicológicos e dos desequilíbrios

psico-fisiológicos provocados por factores externos à pessoa, que poderão ser

provocados pela vida moderna caracterizada pelo sedentarismo, pela monotonia, pela

concentração urbana e pela agitação e tensão permanente e pelo stress, levaram a alargar

o conceito de turismo de saúde.

Neste sentido, o turismo de saúde poderá definir-se como o conjunto dos produtos, que

tendo a saúde como motivação principal e os recursos naturais como suporte, tem por

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fim proporcionar a melhoria de um estado psicológico ou físico fora da residência

habitual.

Neste sentido, o turismo de saúde de Aljezur é pobre. Tem para oferecer no entanto, o

turismo de saúde a nível físico e psicológico. Neste contexto, o climatismo, é uma das

propostas deste turismo. Em Aljezur existe um óptimo clima, que é composto por

propriedades curativas, onde se realça a qualidade do ar. Este clima é influenciado pela

proximidade do mar, com invernos suaves e verões frescos, não se registando grandes

oscilações de temperatura ao longo do ano. Aljezur é caracterizado como a terra dos 300

dias de sol. A calmia e o clima do concelho de Aljezur, possibilitam os cuidados físicos

e psicológicos para a recuperação física e psicológica de cada um, tendo como objectivo

a eliminação do stress e da fadiga.

Em suma, Aljezur embora com grandes potencialidades é pobre neste tipo de turismo,

pois ainda não soube tirar o proveito de tão valioso recurso natural, nem do ponto de

vista médico, nem do ponto de vista turístico.

Turismo de aventura

Entende-se por turismo de aventura, as actividades que uma região pode oferecer aos

seus turistas (Fonseca, 2006). Aljezur, como já foi referido atrás, tem uma diversidade

de desportos/actividades que podem ser praticados na região. Os desportos náuticos são

as actividades que mais atraem os turistas. Estes proporcionam uma oportunidade para a

divulgação do nome e da imagem aljezurense. A nível dos desportos aéreos, Aljezur

também tem condições para estas modalidades, que também captam a atenção dos

turistas. No entanto, Aljezur divulga pouco estas actividades, apenas os que aqui

residem sabem da sua existência, sendo necessário divulgá-las aos turistas.

Turismo Cinegético

O turismo cinegético, refere-se as actividades da caça e da pesca, estas que existem

desde à muito tempo. Actualmente a caça e a pesca são consideradas como um desporto.

Aljezur tem condições para estas práticas, pois é um local cercado por terra e mar,

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contendo paisagens naturais únicas, condições excelentes com níveis baixos de

poluição.

Turismo sénior

No turismo sénior, os estratos etários idosos, com muito tempo livre, revelam uma boa

apetência pelo ambiente saudável e tranquilo, bem como pelos atractivos históricos e

culturais que Aljezur oferece e que este mercado procura.

Turismo natureza/ecoturismo

O turismo de natureza/ecoturismo é facilitado pela diversidade e qualidade da fauna, da

flora, da qualidade paisagística e ambiental, existentes em Aljezur.

Turismo no espaço rural

O turismo rural realizado em Aljezur, caracteriza-se essencialmente pela sua localização

numa zona rural, pela utilização dos recursos naturais, culturais e sociais que são

próprios da região. A preservação da natureza e da paisagem, a manutenção da

arquitectura típica local e a convivência com a cultura e as tradições próprias do meio

rural, constituem o seu objectivo25

.

Este tipo de turismo é muito procurado. É nestes espaços, que as pessoas pretendem

descansar para além de procurarem o contacto com a natureza. Estas pessoas procuram

o sossego, a paz, a calmia ao som da natureza, sem preocupações do seu dia-a-dia.

Em Aljezur encontram-se boas condições de desenvolvimento, como a ruralidade do

espaço, as tradições etnográficas, a tipologia arquitectónica com respeito pelo traçado26

regional e a existência de edifícios próprios para acolher estas unidades. Este tipo de

turismo surge assim, como um factor de desenvolvimento turístico de valorização do

meio rural e de reequilíbrio económico e social.

25

Decreto-lei nº 256/86. 26

Acção ou efeito de traçar; Plano, projecto; Marcar a localização de alguma coisa; Neste caso

“Traça” consiste em existir um modelo delineado para os edifícios deste género de unidades.

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Turismo residencial

Ainda segundo Fonseca (2006), o conceito de turismo residencial integra

empreendimentos, infra-estruturas e serviços de apoio, serviços de entretenimento e

lazer motivadores da fixação de residentes e incentivadores da permanência de

estrangeiros em Portugal.

Aljezur é uma região com disponibilidade de imóveis e com uma boa integração

urbanística e ambiental das edificações.

Pela análise efectuada, verificou-se que Aljezur apresenta vantagens de diversificação e

diferenciação dos produtos turísticos que oferece. Contudo a procura exige que a região

mantenha a sua identidade e características próprias, pelo que se deve tentar chegar a

um ponto de equilíbrio para o binómio diversidade - especificidade. Uma vez que a

região conhece os seus recursos, produtos e potencialidades, as estratégias devem

direccionar-se para a introdução de aspectos, como a melhoria qualitativa e quantitativa

dos seus recursos. Entre eles estão a imagem e projecção nacional e internacional, assim

como o lançamento de campanhas de marketing turístico27

, através da promoção directa

e também através de cadeias de operadores turísticos. Uma das linhas prioritárias de

actuação passa por uma estreita colaboração do sector privado e do sector público.

Os equipamentos e serviços turísticos existentes num determinado território constituem

um reflexo da dinâmica desse sector, quer em termos de unidades de alojamento, de

restauração, de pontos de informação turística, de estruturas de apoio e da existência de

circuitos e de roteiros.

Relativamente às unidades de alojamento existentes em Aljezur, verifica-se que a oferta

local é bastante variada e enriquecida.

A restauração também é um investimento importante para a região. São os restaurantes

da região que confeccionam os produtos locais, primando sempre pela qualidade. Sendo

a gastronomia local bastante procurada. Os festivais, como o da batata-doce, ajudam a

27

Deverá ter como linhas de orientação: a estratégia de concentração, o desenvolvimento de

novos mercados, adoptar ainda a estratégia de marketing regional, apostando desta forma, numa

estratégia local face ao aumento do turismo interno.

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promover os produtos locais e a sua gastronomia. Estes preparam refeições tipicamente

locais, com o que a terra e o mar tem de melhor para nos oferecer.

A oferta de circuitos e de roteiros turísticos em Aljezur, é considerada pouco evoluída,

embora seja visível os muitos recursos que poderão superar esta debilidade, sejam estas,

ao nível equestre, pedestre ou marítimo.

Relativamente a outras estruturas de apoio à actividade

turística, destacam-se um conjunto de equipamentos/

serviços que são susceptíveis de qualificar a oferta

turística de um território. Em Aljezur, tem-se verificado,

ao longo dos últimos anos, um esforço de qualificação

destes recursos, com vista ao enriquecimento da oferta.

São visíveis estes esforços, no caso das piscinas

municipais, no pavilhão multiusos, na pousada da

juventude, entre outros (Ilustração 9). Ilustração 9 e 9a: Unidades

de Alojamento

Fonte: www.google.pt

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Capítulo II – Identificação da Instituição28

2. Identificação e Caracterização da Instituição

2.1. Identificação

Nome da entidade: Município de Aljezur

Endereço: Rua Capitão Salgueiro Maia

Código - Postal: 8670-005 Aljezur

Nº Contribuinte: 505932512

Telefone: 282990010

Fax: 282990011

E-mail: [email protected]

Site: www.cm-aljezur.pt

28

Informação fornecida por Sofia Pereira e algumas outras recolhidas do site: www.cm-

aljezur.pt

Ilustração 10: Paços do Concelho

Fonte: www.cm-aljezur.pt

Ilustração 11: Paços do Concelho

Fonte: www.pbase.com/diasdosreis/aljezur

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2.2. Organograma da Câmara Municipal de Aljezur29

Um organigrama30

, ou organograma, mostra como estão dispostas unidades funcionais,

a hierarquia e as relações de Hierarquia existentes entre eles.

A Câmara Municipal de Aljezur em 2010, entendeu alterar a sua estrutura de acordo

com o disposto no artigo 7º do Decreto de Lei nº305/2009. O novo organograma

apresentado em anexo 1, ressalta como prioridades estratégicas, promover a

modernização, simplificação da estruturação e funcionamento da administração

municipal. Este visa sobretudo criar condições para o acréscimo da eficiência na

afectação dos recursos públicos e a melhoria qualitativa dos serviços prestados aos

cidadãos.

O organograma apresentado mostra a estrutura hierárquica da Organização, sendo este

um organograma por funções.

A instituição está disposta hierarquicamente pelo presidente, onde este é o chefe

máximo. Sobre o seu comando, existem vários departamentos que constituem a Câmara

Municipal de Aljezur, com funções para cumprir. Estes departamentos são compostos

por oito unidades orgânicas flexíveis e três equipas projecto. Como em qualquer outra

Câmara, o Presidente será sempre o chefe máximo e é ele que comanda todos os

sectores/divisões, é o nível hierárquico superior. Tem ao seu cuidado um Departamento

Técnico de Obras e Urbanismo (DTOU), assim como outras quatro divisões,

nomeadamente a Divisão Administrativa e de Recursos Humanos (DARh), a Divisão

Financeira DF), a Divisão de Desenvolvimento Económico e Planeamento (DDeP) e a

Divisão de Educação, Acção Social, Cultura e Desporto (DEAsCD).

O Organograma, apresenta assim uma estrutura orgânica flexível, onde existem divisões

dependentes do Presidente, nomeadamente a Divisão Administrativa e de Recursos

Humanos (DARh), a Divisão Financeira (DF), a Divisão de (DTOU).

29 A câmara municipal é o órgão executivo colegial de cada um dos municípios de Portugal. Por

extensão, o termo "câmara municipal" também se refere ao conjunto dos departamentos e

serviços da administração municipal. 30

Definição retirada e adaptada do site: www.wikipedia.pt.

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Cada uma destas divisões tem por objectivo, cumprir as competências comuns que lhes

são atribuídas.

A Divisão Administrativa e de Recursos Humanos, tem como missão garantir todo o

serviço de suporte administrativo aos Órgãos Municipais, promovendo a

desburocratização e modernização dos serviços, coordenar a gestão de Recursos

Humanos do Município, de forma a contribuir para uma maior eficiência, eficácia e

qualidade do serviço prestado aos clientes. Esta divisão tem competências específicas na

Administração Geral (apoio aos Órgãos Autárquicos), na Gestão Administrativa Geral,

na Gestão dos Recursos Humanos e na Gestão Informática.

A Divisão Financeira, tem por missão coordenar a gestão dos recursos financeiros do

Município, para assegurar a elaboração dos documentos previsionais, executar e

acompanhar a execução dos mesmos, elaborar a prestação anual de contas e promover

os procedimentos de contratação pública destinados à aquisição de bens e serviços. As

suas competências são variadas sobre as diversas áreas que lhes competem, sobretudo

ao nível do aprovisionamento, do património e da tesouraria.

A Divisão de Desenvolvimento Económico e Planeamento, tem como missão, fomentar

o desenvolvimento económico sustentado, tendo ainda outras actividades específicas

para cumprir.

A Divisão de Educação, Acção Social, Cultura e Desporto, tem a missão de contribuir

para um clima educativo positivo, tendo ainda a missão de promover o desenvolvimento

desportivo, a inclusão social e o bem-estar da população. Como tal, a esta divisão

compete tratar de questões relacionadas com a educação, com a saúde e acção social,

como ainda a cultura, o desporto e tempos livres.

O Departamento Técnico de Obras e Urbanismo (DTOU), encontra-se subdividido. As

áreas que lhe competem, dizem respeito a Gestão Urbanística e as Obras Particulares

(DGuOp) e ainda a divisão de Obras Municipais, Ambiente e Logística (DOmAL).

A missão da divisão de Gestão Urbanística e de Obras particulares, visa contribuir para

o desenvolvimento do concelho, relativamente à gestão e ao ordenamento do território.

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A Divisão de Obras Municipais, Ambiente e Logística, tem como missão, garantir a

adequação das infra-estruturas básicas e dos equipamentos colectivos, às necessidades

da população. Não sendo excepção, as suas variadas competências.

Em suma, todos os presentes no organograma da Câmara Municipal de Aljezur têm

missões, objectivos e competências a serem cumpridas com eficiência, eficácia,

qualidade nos serviços prestados aos cidadãos. As competências comuns a todas

unidades Orgânicas são então:

Assegurar a correcta execução das tarefas dentro dos prazos fixados;

Assegurar a rigorosa execução das decisões dos órgãos municipais, do Presidente da

Câmara, dos vereadores com competência delegada e dos dirigentes das unidades

orgânicas nucleares;

Avaliar e controlar o grau de cumprimento das grandes opções do Plano na respectiva

área de competência, através da elaboração de indicadores de gestão e propor as

medidas de ajuste julgadas necessárias;

Colaborar na elaboração das Grandes Opções do Plano, do Orçamento e

Relatório de Gestão, assim como elaborar o respectivo Plano de Actividades;

Colaborar na elaboração ou alteração do Mapa de Pessoal;

Coordenar as actividades e recursos humanos da unidade orgânica e das

subunidades orgânicas sob sua dependência;

Difundir, de forma célere e eficaz, a informação que produza e se revele

necessária ao funcionamento de outros serviços;

Elaborar e submeter à aprovação superior, propostas, normas ou regulamentos,

julgados necessários para o correcto funcionamento dos serviços;

Promover a boa, devida e eficaz utilização das instalações, dos equipamentos e

meios tecnológicos sob a sua responsabilidade;

Proceder à elaboração das minutas de propostas de deliberação dos órgãos

municipais sobre assuntos que delas careçam;

Promover e manter organizado o arquivo corrente dos respectivos documentos e

processos;

Exercer as demais funções que lhe forem atribuídas.

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2.3. Visão, Missão e Valores31

2.3.1. Visão

A Visão de uma organização ou instituição traduz-se, de uma forma abrangente num

conjunto de intenções e aspirações para o futuro da empresa/ instituição. Esta tem um

papel essencialmente motivador servindo de inspiração, de modo a que todos os

membros da organização tirem o máximo partido das suas capacidades e consigam

níveis mais elevados de excelência profissional.

A Visão da Câmara Municipal de Aljezur assenta em ser um Município solidário, pleno

de oportunidades para todos, que valoriza as potencialidades do Concelho, demarcando-

o pela diferença, no que se refere a Integração social, ao Desenvolvimento Sustentável,

a Educação, Formação e Empreendorismo, a Eficiência de utilização de recursos, assim

como o Ambiente e qualidade de vida.

2.3.2. Missão

A Missão consiste numa declaração escrita que traduz os ideais e orientações globais da

organização. A criação de uma missão visa, em última análise, difundir o espírito da

empresa por todos os seus membros e congregar esforços para a prossecução dos

objectivos gerais.

A missão da Câmara Municipal de Aljezur consiste em garantir o bem-estar social, a

qualidade de vida e o desenvolvimento sustentado do Município.

31

Adaptado do site: www.cm-aljezur.pt; Definições retiradas e adaptadas do site:

www.wikipedia.pt.

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2.3.3. Valores

Os valores representam as convicções e os princípios morais de uma organização ou

instituição. Exprimem qual a lógica emocional e moral que a empresa deve respeitar

para atingir a sua finalidade.

Os serviços municipais pautam a sua actividade pelos seguintes Valores:

Transparência;

Responsabilidade;

Proximidade;

Dedicação;

Honestidade;

Competência;

Legalidade.

2.4. Estratégias da Instituição

Estratégia empresarial32

é a acção básica estruturada e desenvolvida pela instituição

para alcançar de forma adequada e preferencialmente diferenciada, os objectivos

idealizados para o futuro, no melhor posicionamento da entidade frente ao seu ambiente.

A Câmara Municipal de Aljezur tem como prioridades estratégicas, a modernização da

administração municipal, visando dessa forma uma melhor prestação de serviços aos

cidadãos, consubstanciada no princípio da qualidade, eficiência e eficácia, contribuindo

dessa forma para a melhoria das condições de exercício da sua missão.

32

Felgueira, Teresa, 2008/2009, 2ºano/2ºsemestre, “Estratégia Empresarial”.

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Capítulo III – Estágio Curricular

3.1 Actividades Desenvolvidas

O presente estágio foi efectuado na Câmara Municipal de Aljezur, e decorreu no

período compreendido entre o dia 20 de Setembro a 22 de Dezembro de 2010. O estágio

deveria terminar a 27 de Dezembro de 2010, mas foi antecipado uma vez que foram

reduzidas as horas extras efectuadas pela estagiária na realização do evento do festival

da Batata-Doce. No decorrer do estágio, a estagiária efectuou diversas actividades,

nomeadamente:

Atendimento Telefónico e Funções de Secretariado;

Participação em Eventos Organizados pelo Município, sob diversas formas:

A) Participações em reuniões sobre o evento do Festival da Batata-Doce;

B) Elaboração de vários ofícios e convites;

C) Elaboração de uma nota de imprensa sobre o evento;

D) Elaboração, participação e organização de vários tipos de material;

E) Participação na Elaboração de Cartazes e outdoors;

F) Participação na elaboração de um micro-site;

G) Participação na selecção de imagens a passar no recinto do evento;

H) Participação na realização do evento do Festival da Batata-Doce;

Elaboração de um Plano de Marketing para a Zona Industrial do Território;

Elaboração de um Plano Estratégico para Promoção e Divulgação do Território;

Em suma cada um destes pontos exigiu à estagiária um trabalho elaborado e

enriquecedor, que será relatado nos pontos que se seguem. Começa-se por apresentar

um conjunto de diversas actividades efectuadas pela estagiária e posteriormente, pela

dimensão que engloba apresenta-se a actividade: Elaboração de um Plano Estratégico,

assim como um outro Plano de Marketing, que não se encontra neste relatório por ser

um trabalho extenso.

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3.2 Actividades Diversas Efectuadas pela Estagiária

3.2.1 Atendimento Telefónico e Funções de Secretariado

No início do estágio a estagiária foi colocada numa sala junto com uma das assistentes

administrativas da Câmara Municipal de Aljezur. A estagiária tinha então a função de

ajudar, apoiar e executar tarefas administrativas referentes ao serviço de secretariado.

As funções exigidas pelo secretariado são, nomeadamente o atendimento telefónico,

contacto com o público, a marcação de reuniões, a elaboração de documentos, ofícios e

convites, entre muitas outras funções as quais foram solicitadas durante esse período.

A função de secretariado exige rigor, concentração, simpatia e disponibilidade, sendo

sem dúvida um cargo de extrema importância. A estagiária tinha de demonstrar estas

características não só para as pessoas com que se relacionava internamente, como para

com as pessoas que eram reencaminhadas do exterior.

Ser secretária na secção administrativa de uma autarquia requer audácia e rapidez na

execução das tarefas. Este tipo de tarefas requer um trabalho com resultados imediatos e

positivos. A estagiária também entendeu que ali é necessário ter ideias inovadoras, para

o trabalho não ser idêntico a tantos outros, pois uma carta bem apresentada e inovadora,

chama muito mais a atenção, do que uma carta óbvia, sendo a inovação um factor

importante de diferenciação para o concelho. Mas acima de tudo a forma como as

pessoas são atendidas quer directamente, quer indirectamente, é essencial para que o

diálogo possa fluír harmoniosamente, deixando o cliente satisfeito e contente com o

resultado final. A atenção a ser dada ao cliente é uma característica essencial nesta

actividade.

Mas esta actividade pode ser complicada, pois nem sempre é possível realizar alguns

pedidos dos utentes, pelo que foi fundamental a ajuda e colaboração dos colegas que

sempre se mostraram prestativos, ao demonstrarem como realizar e executar

determinadas actividades.

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3.2.2 Participação em Eventos Organizados pelo Município

Uma das grandes preocupações da Autarquia de Aljezur é o bem-estar de toda a

população. Para tal, são desenvolvidos projectos e eventos que lembrem a tradição e as

suas origens não apenas para os residentes mas também para os visitantes do concelho

de Aljezur. Mas na organização destes eventos também está a preocupação de trazer

mais visitantes ao concelho. Trazer mais turistas é um dos maiores meios de sustentação

para algumas das instalações que existem em Aljezur, nomeadamente os restaurantes e

hotéis, não deixando de parte a preocupação do concelho em divulgar e promover o

concelho no exterior. É necessário tornar Aljezur num espaço atractivo para se viver e

visitar. Ao organizar um evento é essencial dar a conhecer as entidades locais, assim

como o que há de melhor na terra, como tal, nos eventos de confecção de alimentos,

espaços entre outros, fica sempre a cargo das empresas do concelho.

Neste sentido, foi solicitada a colaboração da estagiária na preparação dos eventos que

ocorreram durante o tempo de estágio.

3.2.2.1. Festival da Batata-Doce

O festival da Batata-Doce é um evento anual, que decorre entre Novembro e Dezembro.

Este evento depende das condições climatéricas e sobretudo do estado vegetativo da

Batata-Doce. Espera-se assim que esta obtenha o seu grau de qualidade tão requisitada,

ou não seria a Batata-Doce de Aljezur a melhor Batata-Doce de Portugal Continental.

O festival da Batata-Doce 2010, ocorreu durante três dias, nomeadamente do dia 26 a 28

de Novembro. Nesta época é um dos eventos que requer muita atenção e cuidado, por

existir um maior fluxo de adesão de visitantes.

A preparação do evento é da responsabilidade da Câmara Municipal de Aljezur em

conjunto com a associação dos produtores da Batata-Doce.

Foi então solicitado à estagiária a sua participação na realização deste evento, visto que

seria interessante e enriquecedor para ambas as partes a ajuda de alguém da área de

marketing e comunicação.

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A) Participação em reuniões sobre o evento do Festival da Batata-Doce

Neste contexto a estagiária começou desde logo a participar em reuniões para debater

vários assuntos sobre o festival em causa. Era uma novidade para a estagiária e um

desafio. Por conseguinte, teve que se informar mais sobre o processo, o de realizar um

evento desta vergadura. Pela primeira vez, o evento iria estrear num novo espaço.

Inicialmente existiam vários entraves, onde a organização ao trabalhar em conjunto foi

enfrentando cada um destes obstáculos.

B) Elaboração de vários ofícios e convites

Foi solicitada à estagiária ajuda para a preparação do evento e para tratar dos

pormenores para a inauguração do festival, nomeadamente na preparação e envio das

fichas de inscrição em conjunto com as normas de participação (Anexo 2). Estas fichas

enviadas a quem demonstrava interesse em participar, quer entidades que já tivessem

participado em anos anteriores, quer outras entidades. Foi também necessário preparar e

enviar convites e ofícios (Anexo 3). Estes tinham como intuito convidar várias

entidades, como doceiras, expositores, restauração, entre outros, para a sua participação

no evento. Foram assim preparados e enviados convites e ofícios feitos com vários

objectivos, quer para reuniões, quer para outros fins.

C) Elaboração de uma nota de imprensa sobre o evento

Para divulgar um evento é necessário comunicar com o exterior, como tal foi pedido à

estagiária para se ocupar desta tarefa, começando por publicar uma nota de imprensa

(Anexo 4). Esta foi reconhecida como diferente e inovadora, sendo mais tarde enviada

para os diversos meios de comunicação.

D) Elaboração, participação e organização de vários tipos de material

A organização de um evento exige sempre trabalho e esforço para que corra bem.

Quando terminava uma tarefa outras surgiam. Como tal, a estagiária elaborou e

participou noutras tarefas, que consistiam na preparação e organização dos diversos

materiais necessários para a realização do festival referido, tais como crachás de

identificação da organização, dos expositores, entre outros, assim como a elaboração e

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participação na realização de várias placas de indicação do evento, de parque de

estacionamento, na circulação autorizada, placas de identificação dos doces

apresentados no concurso, e ainda a organização do diverso material necessário para o

espaço do evento.

Este evento visava sobretudo mostrar as características da melhor Batata-Doce de

Portugal Continental. Assim o pavilhão em estreia para este evento foi dividido em

stands de produtos da terra incluindo a batata-doce e ainda a parte da sua confecção,

existindo ainda variada animação no recinto. Também neste contexto foi pedido a

estagiária a criação de uma ementa padrão para a área da restauração (Anexo 5). Os

restaurantes teriam de fornecer o menu que pretendiam apresentar no festival

antecipadamente à entidade responsável do evento, nomeadamente a Câmara Municipal.

Esta actividade ficou a cargo da estagiária e correspondia à criação das ementas, para

que estas tivessem em boas condições de apresentação e fossem apelativas aos

consumidores e visitantes.

E) Participação na elaboração de cartazes e outdoors

O apoio prestado como parte integrante da organização baseou-se ainda na participação

de panfletos e na elaboração do outdoor (Anexo 6), onde foi requerida a opinião da

estagiária neste sentido.

F) Participação na elaboração de um micro-site

Também a internet é hoje em dia um dos meios mais importantes de transmitir a

informação aos públicos - alvos, como tal, também foi necessária a colaboração da

estagiária. Neste sentido, a estagiária contribuiu a dar sugestões, onde pequenas coisas

mas fundamentais seriam importantes de acrescentar no micro-site, o trabalho em

equipa permitiu-nos resolver esta falta de informação. O micro-site foi criado com

intuito de informar sobre o festival e sobre a sua causa, assim como as características

principais do centro do evento a Batata-Doce, desde a sua plantação a sua recolha e a

sua confecção. Como tal a estagiária deu o seu contributo (ver resultado final no site:

http://festival-batatadoce2010.cm-aljezur.pt).

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G) Participação na selecção de imagens a passar no recinto do evento

Em conjunto com um dos técnicos a estagiária fez parte da escolha de imagens, a serem

apresentados nos televisores do pavilhão onde ocorreu o evento. Após seleccionadas as

imagens dos vídeos, foi necessário trabalhá-las para montar um vídeo informativo sobre

a zona de Aljezur. Este processo, foi trabalhado num programa dado na unidade

curricular de multimédia, os conhecimentos transmitidos sobre o programa “Premiere

Pro”, foram uma informação preciosa na realização e participação nesta actividade.

H) Participação na realização do evento Festival da Batata-Doce

Poder ajudar na organização deste evento foi deveras estimulante. O ambiente que se

vivia nos dias antecedentes era de pura agitação, onde antecipadamente muitas pessoas

demonstraram estar interessadas em visitar Aljezur e o evento, o que leva a concluir que

a publicidade realizada, obteve resultados imediatos e positivos.

Porém todo o trabalho de realizar um evento não acaba no dia de estreia do mesmo, este

exige um processo de acompanhamento desde o início ao fim da realização, levando

mesmo meses de preparação para o poder realizar. Para além de fazer parte da

organização deste evento, a estagiária participou durante a realização do mesmo,

nomeadamente no sector do secretariado. O papel do pessoal do secretariado, e não só, é

importantíssimo para que corra tudo bem durante o ocorrer do evento. A principal

função do secretariado é apoiar a todos que dele necessitam para as mais variadas

tarefas. No secretariado era necessário estar-se disponível para resolver de imediato,

possíveis problemas ocorrentes no decorrer do festival, para além de estar disponível na

prestação de informações necessárias e solicitadas.

No secretariado eram ainda exigidas também outras tarefas, nomeadamente o apoio aos

participantes do evento, o fornecimento do material, entre outros, procurando sempre a

satisfação e o bem-estar de todos, acompanhando-os durante o evento. Nesta tarefa, a

estagiária colaborou na realização de diversas chamadas, necessárias para o decorrer do

festival. Deu apoio nos concursos realizados durante o festival, assim como a

elaboração de certificados, placas e material em falta (Anexo 7) e a organização do

espaço. Para além disso a estagiária participou na secção de produção fotográfica para

álbuns futuros sobre o tão afamado festival da Batata-Doce de Aljezur, uma vez que

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este não existia em anos anteriores.

Em conclusão um evento necessita de muita concentração e trabalho em equipa, para

além de tempo para que corra lindamente. Situação que se verificou, pois o festival da

Batata-Doce de 2010, foi considerado um dos melhores de todos os tempos, onde mais

de 2000 pessoas aderiram, visitaram e gostaram do resultado final.

3.3. Elaboração de um Plano de Marketing para a ZIF33

Como foi a primeira vez, em que foi acolhida uma estagiária de marketing na

instituição, existiu alguma dificuldade por parte da mesma na elaboração do Plano de

Estágio. A orientadora da Escola Superior de Tecnologia e Gestão a Prof. Maria

Manuela Santos Natário, sugeriu a realização de um Plano Estratégico para promoção e

divulgação do Território. Proposta esta aceite pelo supervisor Paulo Oliveira, que ainda

propôs a elaboração de um outro Plano com base naquilo em que se poderia enquadrar o

Marketing nesta Organização, na sua área urbanística da Zona Industrial da Feiteirinha.

Este plano visava procurar dar resposta a eventuais necessidades nesta área.

A busca da conquista e satisfação contínua do cliente é o factor-chave que mais

contribui para o sucesso e longevidade das empresas/ parque industrial ou Zona

Industrial.

Uma Zona industrial/Parque Industrial,34

designa-se por uma aglomeração planeada de

actividades industriais, cujo estabelecimento visa a prossecução de objectivos de

desenvolvimento industrial. Para a ZIF, um plano de marketing torna-se fundamental,

para equacionar a posição competitiva no passado e no presente, assim como identificar

as melhores oportunidades e abordagens comerciais. Torna-se ainda necessário

estabelecer objectivos, estratégias futuras para reforçar as vantagens competitivas, sempre

na perspectiva de maximizar a satisfação do cliente de forma continuada e sustentada.

O Plano de Marketing assume assim uma relevância estratégica determinante na gestão

das oportunidades e ameaças concorrenciais.

O concelho de Aljezur, sofre de desorganização no ordenamento do território, como tal a

ZIF, tinha como principal objectivo melhorar o seu ordenamento. Todavia, até hoje

33

ZIF - Zona Industrial da Feiteirinha (Parque Industrial de Aljezur). 34

www.wikipedia.pt.

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Plano Estratégico para promoção e divulgação do território | 35

foi uma medida concretizada sem grandes sucessos, onde apenas parte da população

com negócios comerciais da zona ali se instalaram. Existem muitos aspectos a serem

melhorados para a Zona Industrial da Feiteirinha. Foi necessário recolher informações e

analisar cada etapa com precisão e atenção. Esta revelou-se uma tarefa muito trabalhosa.

Como tal, devido a sua extensão não irei apresentar neste relatório. Verificou-se, no

entanto, muitos aspectos para melhorar e reforçar as vantagens competitivas da ZIF.

3.4. Elaboração de um Plano Estratégico para Divulgação do Território

A elaboração de um Plano Estratégico para divulgar Aljezur foi então uma das

principais tarefas desenvolvidas pela estagiária e seguidamente serão apresentadas as

principais etapas que constam neste processo.

O planeamento estratégico é fundamental num território, pois é uma ferramenta

essencial na organização e na gestão territorial. Este surge para formular a estratégia,

que é o conjunto de acções e decisões da organização que, de uma forma consistente,

visam proporcionar aos clientes mais valor que o oferecido pela concorrência. Este

planeamento tem como objectivo conduzir a empresa ao sucesso, enquadrando-o no seu

meio envolvente35

.

Em suma o planeamento estratégico é um processo para gerir a mudança e para

descobrir os caminhos de um futuro mais promissor, que permite definir um rumo para

o desenvolvimento sustentado. Procura melhorar a capacidade competitiva de um

território, divulgando as suas potencialidades, aproveitando os seus recursos endógenos

e a partir daí, tenta debelar as suas fragilidades. Relativamente ao território, o

planeamento estratégico procura formular a estratégia para um território, contemplando

um conjunto de acções e decisões por parte dos decisores locais no sentido de criar mais

valor e atractividade a esse território, conduzindo-o ao sucesso (Fonseca, 2006).

Não existem dois casos iguais no que respeita à execução e à implementação de um plano

estratégico, fruto das especificidades locais de cada território e do próprio carácter

flexível do processo. Não obstante, há três passos estruturantes sem os quais não será

possível implementá-lo: Diagnóstico; Formulação do plano; Formalização ou

implementação do plano.

35 Dossier de Estratégia Empresarial, Prof. Teresa Felgueira, 2008.

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Plano Estratégico para promoção e divulgação do território | 36

3.4.1. Processo de Planeamento Estratégico de Marketing Territorial para

Aljezur

Localização Geográfica de Aljezur

Ilustração 12: Localização Geográfica de Aljezur

Fonte: Elaboração Própria

O concelho de Aljezur situa-se no distrito de Faro, no extremo Noroeste do Barlavento

Algarvio, integrando a Costa Vicentina, e é constituído por 4 freguesias: Aljezur (sede

do concelho), Bordeira, Odeceixe e Rogil. Situa-se a 250 km a Sul de Lisboa, a 110 km

de Faro, capital de distrito e a 30 km da cidade mais próxima - Lagos.

Segundo o Censo de 2001 (INE, 2001), o concelho contabilizava 2687 habitantes,

verificando-se um aumento da população total em 2009 (Anuário do Algarve), onde o

concelho passou a contabilizar 5333 habitantes. É na sede do concelho - Aljezur, que se

verifica um maior número de habitantes em comparação as restantes freguesias.

No entanto, o período compreendido entre Junho e Setembro caracteriza-se por um

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Plano Estratégico para promoção e divulgação do território | 37

aumento significativo da população, que, em média, se estima em 15 mil pessoas.

O concelho de Aljezur em 2009, apresenta uma densidade populacional de 16,5% e

quanto à situação de empregabilidade pode-se referir que no sector primário Aljezur

contabiliza 3%, no secundário 40,8% e no terciário 56,2%.

Além dos factores acima referidos, a conjuntura regional e nacional é um factor crítico

para Aljezur. A carência de oportunidades de emprego, a falta de alguns equipamentos e

serviços (cinemas, centros de comércio, etc), a reduzida visibilidade exterior, são

aspectos penalizadores. O somatório destes factores, traduz-se na inibição do

desenvolvimento de Aljezur. É assim, necessário agir sobre eles para alterar a situação

do concelho, para que Aljezur se destaque e evoluía positivamente.

A implementação de um plano estratégico de marketing, pugna por um projecto de

desenvolvimento territorial de médio/longo prazo. Procura promover um

desenvolvimento económico e social sustentado para o futuro. Este tipo de

planeamento, funciona como uma técnica de gestão territorial, formando uma imagem

eficaz, ou seja, uma imagem apelativa à aquisição do território em causa (Fonseca,

2006). A colocação em marcha de um plano estratégico de marketing afigura-se como

uma alavanca que pode ajudar Aljezur a progredir, que permitirá desencadear um

processo global de desenvolvimento para o futuro, incidente sobre as questões - chave.

3.4.1.1. Diagnóstico Estratégico para Aljezur

Para a elaboração do Plano estratégico de um território é importante começar por

efectuar o seu diagnóstico. Assim, foi necessário procurar e reunir informação sobre as

características e as especificidades de Aljezur. Esta informação baseou-se sobre os seus

factores de actividade e de desenvolvimento (análise interna), mas também foi

necessário efectuar-se uma análise às dinâmicas em curso nos territórios vizinhos

(análise externa). Grande parte da informação necessária para o diagnóstico foi

apresentada no capítulo I, pelo que passou-se de seguida para outra etapa do plano.

Seguidamente, através destas informações foi possível a construção de um diagnóstico

estratégico, ou seja, através das informações recolhidas foi possível realizar-se a análise

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Plano Estratégico para promoção e divulgação do território | 38

SWOT cruzada36

para a região de Aljezur. Este tipo de análise, só é permitido após se

efectuar um diagnóstico interno e externo, ou seja, o desenvolvimento de um território

não depende separadamente de forças internas e de oportunidades externas, mas da

conjugação de ambas. A análise SWOT cruzada é assim diferente do modelo da análise

SWOT tradicional, pois revela maior aptidão na descoberta de vectores de

desenvolvimento e de carências do que a análise SWOT tradicional. A análise SWOT

cruzada, permite deste modo identificar no território:

a) As Vantagens competitivas, ou seja, as forças a que correspondem as oportunidades;

b) As Capacidades de defesa, as forças a que correspondem as ameaças;

c) As Necessidades de reorientação, ou seja, as fraquezas a que correspondem as

oportunidades;

d) As Vulnerabilidades, as fraquezas a que correspondem as ameaças.

As diferenças entre a análise SWOT tradicional e a análise SWOT cruzada, podem se

verificar através da ilustração 13, abaixo mencionada:

Ilustração 13: Diferenças entre análise SWOT tradicional e análise SWOT cruzada

Fonte: Elaboração própria, baseado no site: www.repositorium.sdum.uminho.pt

Na análise SWOT cruzada feita para Aljezur, foi redigida uma síntese que enuncia os

principais pontos fortes e pontos fracos do concelho. No Quadro 1, apresentam-se as

linhas gerais do diagnóstico estratégico, tendo por base os vectores resultantes da

análise SWOT cruzada realizada para este município e a informação apresentada no

Capítulo I deste relatório. 36

Felgueira, Teresa, 2009/2010, 3ºano/1ºsemestre, “Gestão de Produtos e marcas”.

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Plano Estratégico para promoção e divulgação do território | 39

Quadro 1: Diagnóstico Estratégico para Aljezur - análise SWOT cruzada

Vectores Descrição Analítica

Va

nta

gen

s C

om

pet

itiv

as

Qualidade ambiental, ausência de focos de poluição e boa diversidade

cinegética, apta a uma resposta eficaz no domínio do turismo em espaço rural e

do turismo ambiental;

Praias limpas e vigiadas durante a época balnear, onde algumas obtêm a bandeira

azul;

Castelo histórico existente no concelho, assim como variados elementos

patrimoniais;

Gastronomia rica e diversificada que é procurada por muitos turistas;

Variedade e riqueza de recursos turísticos, potenciados pelo factor clima;

Variedade de recursos naturais e paisagísticos de alta qualidade ambiental.

Vu

lner

ab

ilid

ad

es

Quase inexistência de estratégias políticas nacionais ao nível do turismo;

Falta de estratégia local de promoção interna/externa;

Baixo índice de qualidade dos equipamentos/serviços e de animação turística;

Escassez de recursos materiais e humanos (em quantidade e em qualidade)

susceptíveis de despoletar um processo de desenvolvimento e de competir com

outros centros da região;

Deficiência nos Recursos Humanos com falta de formação profissional

adequada;

Deficiente relacionamento entre entidades (locais, regionais, nacionais);

Ideia de que os órgãos públicos devem ser os únicos responsáveis pelo

desenvolvimento;

Baixo índice demográfico, em oposição à dinâmica das regiões mais próximas;

Inexistência do ensino secundário, sendo necessário os alunos deslocarem-se para

fora;

Economia muito terciarizada, com quase ausência de actividades do sector da

transformação.

Com a crise é bem visível os problemas de financiamento, no entanto esta leva

aos turistas portugueses a investir mais nas férias em Portugal, principalmente no

Algarve.

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3.4.1.2. Eixos Estratégicos e Objectivos para potenciar Aljezur

3.4.1.2.1. Do Diagnóstico à Formulação da Visão Estratégica

A síntese do diagnóstico apresentada em formato de análise SWOT cruzada indica,

desde logo, indícios relativamente ao modelo futuro. Aljezur, como já se verificou,

apresenta um desequilíbrio no balanço de potencialidades/debilidades, com maior peso

para as últimas. Este é o resultado das tendências pesadas provenientes do passado e de

âmbito nacional, mas também pelo deficiente aproveitamento dos recursos locais.

O diagnóstico efectuado é uma base, que permite guiar-nos na elaboração deste plano.

Após este estar concluído, procedeu-se à elaboração de um projecto para o futuro,

definindo os domínios prioritários de actuação de forma a tornar Aljezur num território

mais atractivo para visitar, para investir e para se viver, pois esta região tem muitas

Nec

essi

da

des

de

Reo

rien

taçã

o

Necessidade premente em recuperar e dinamizar o património

arquitectónico e cultural de Aljezur;

Degradação do património cultural, nomeadamente do castelo de Aljezur,

que se encontra subaproveitado;

Maior divulgação de incentivos nacionais e comunitários ao

desenvolvimento de projectos, sobretudo, nos sectores do turismo em

espaço rural e cultural;

Organização da oferta turística de Aljezur e implementação de uma

política integrada de marketing territorial, para dar a conhecer as

potencialidades locais.

Ca

pa

cid

ad

es d

e

Def

esa

Existência de recentes projectos aprovados, que reforçarão a rede de

equipamentos turísticos, que poderão dar uma resposta mais consentânea

aos turistas que buscam motivos relacionados com o turismo cultural e com

o turismo em espaço rural, mas também a visitantes (Unidade hoteleira de

qualidade, pousada de juventude, museus históricos com artefactos

arqueológicos, espaços dedicados á história, o espaço multiusos, as piscinas

municipais, entre outros).

Fonte: Elaboração Própria

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potencialidades a serem desenvolvidas, melhorando deste modo as

potencialidades/debilidades do concelho.

3.4.2. Eixos Estratégicos, Objectivos e Acções de Desenvolvimento para

Aljezur

Os Mapas Mentais como Ferramenta de Representação da Informação

Os mapas mentais37

(“mind maps”) possuem diversas vantagens na organização e na

representação de informação, é uma ferramenta fundamental no auxílio da gestão

estratégica de uma empresa ou negócio. Este conceito foi desenvolvido pelo britânico

Tony Buzan, na década de 70, com intuito voltado para a gestão de informações, de

conhecimento e de capital intelectual, permitindo a compreensão e a solução dos

problemas, facilitando a sua percepção e entendimento da informação. Um mapa

representado em forma de um gráfico/diagrama, que permite a facilidade de leitura e de

compreensão com um vasto leque de informações e ideias fundamentais, funciona como

ferramenta de brainstorming (tempestade de ideias).

3.4.2.1. Mapa Mental dos Eixos Estratégicos de Aljezur

Os mapas mentais são uma ferramenta útil, que permite a organização da informação de

fácil memorização. São os mapas mentais, um auxiliar precioso na síntese da

informação, pois só evidenciam os aspectos que interessam.

Por outro lado, a estrutura organizacional de um mapa mental é adequada para

representar a matriz de um plano estratégico, no entanto tem um senão, pois esta

37

Um mapa mental consiste numa ferramenta de organização de ideias por intermédio de palavras-chave,

de imagens e de cores, com base numa estrutura em rede, que irradia a partir do centro. Pode-se recorrer

aos mapas mentais em qualquer situação em que haja uma estrutura de relações, sendo úteis

nomeadamente em: apresentações públicas (palestras, conferências, seminários…), no ensino (preparação

e exposição de matérias), no estudo ou investigação pessoal, no tratamento de informação proveniente de

entrevistas, de brainstormings, de leituras, etc.. O seu campo de aplicação é, pois, muito vasto. A

principal virtude de um mapa mental reside na organização hierarquizada, que permite uma visão global

da informação e das suas conexões. O tema principal converte-se na imagem central, a partir da qual

irradiam ramificações que correspondem aos subtemas ou subtítulos. Estes, por sua vez, podem

desdobrar-se em assuntos de menor importância. Toda esta estrutura nodal é norteada por uma lógica

hierarquizada. A utilização de palavras-chave, de cores e de imagens confere uma atractividade e uma

perspectiva acrescida aos mapas mentais (www.wikipedia.pt).

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Plano Estratégico para promoção e divulgação do território | 42

ferramenta poderá surgir em mais que uma estratégia (repetição de informação) em

alguns sub - objectivos ou acções. Representado graficamente a imagem central de um

mapa mental, corresponde ao grande desígnio, ou seja, ao tema central. Proveniente do

tema central, surge as ramificações principais aos eixos estratégicos, seguidamente as

secundárias aos objectivos e as terminais ligadas às acções. Seguindo esta norma,

procedeu-se à elaboração do mapa mental onde está sintetizada a informação relativa ao

processo de planeamento estratégico de marketing para Aljezur (ver em Anexo 8- Mapa

Mental dos Eixos Estratégicos, Objectivos e Acções de Desenvolvimento para Aljezur).

A concretização do objectivo central, visa a Divulgação e a Promoção de Aljezur. Os

eixos estratégicos de suporte na concretização do objectivo central são quatro: Aljezur

como Vila Histórica de Turismo Cultural, Aljezur como ponto de permanência de

Turistas, Vila com qualificação de oferta turística e por último a divulgação da Vila em

Portugal e no Estrangeiro. Cada um destes eixos estratégicos desmultiplica-se em vários

objectivos em alguns casos em sub - objectivos, e estes, em acções concretas.

Através da leitura do mapa mental, pode concluir-se que, o eixo estratégico comporta

um maior número de objectivos e de acções, que se relaciona com a vertente do turismo

cultural. O turismo nos dias de hoje é muito importante, sendo este, sem dúvida

fundamental para o desenvolvimento de Aljezur. O turismo é uma forma de

reestruturação das actividades económicas tradicionais e das imposições ditadas por

mercados mais amplos, o que permite promover localmente novas políticas de

desenvolvimento, valorizando os recursos locais e a diversificação das suas actividades

rurais. Com isto, pretende-se potenciar o desenvolvimento territorial deste município, de

modo a atrair mais turistas e assim superar alguns obstáculos/ barreiras existentes, que

são um entrave no desenvolvimento de Aljezur. O turismo, como já foi referido atrás,

funciona como uma estratégia de desenvolvimento, sendo por isso assumido, como um

sector com uma maior capacidade para rentabilizar os recursos locais, revitalizando

actividades, como a produção agro-alimentar, o artesanato, entre outros, o que lhe

permite dinamizar a zona rural de Aljezur.

O turismo pode fazer muito por um território, mas este deverá ser planeado, para o seu

contributo ser maximizado. No entanto, o turismo por si só, não pode fazer muito em

prol do desenvolvimento local, se este não for bem aproveitado e devidamente

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Plano Estratégico para promoção e divulgação do território | 43

promovido, corre-se o risco deste trunfo se transformar num ponto fraco. Tal situação

reflecte-se em Aljezur, pois o desenvolvimento do turismo aljezurense está

condicionado por três motivos: a desqualificação física e funcional dos seus elementos;

a falta de promoção e de uma estratégia de marketing; e a desorganização da oferta

turística. São assim, considerados três objectivos estratégicos para revitalizar o sector,

nomeadamente a necessidade de reabilitar o património cultural, a necessidade de

fomentar as acções de divulgação e a aposta em actividades complementares ao turismo

cultural.

A reabilitação de alguns imóveis que se encontram devolutos ou subaproveitados para

albergarem serviços de apoio ao turismo é um dos aspectos mais urgentes a ter em

conta, onde alguns destes fazem parte da oferta turística. Verifica-se assim em Aljezur a

necessidade de se criar um espaço dedicado ao Turismo, com as condições pretendidas,

para que este possa estar aberto ao público. A intervenção no castelo, também é

importante, pois trata-se de um elemento de excelência de Aljezur, devido ao mau

estado de conservação que acusa. A beneficiação física, a limpeza e a dinamização de

actividades na área adjacente são importantes para a sua consumação.

A necessidade de fomentar acções de divulgação é notória, quer ao nível dos recursos

locais, quer ao nível da promoção de Aljezur no exterior. No entanto, as acções a

implementar neste contexto, nem sempre foram as mais adequadas. É necessário um

maior investimento no marketing. O presidente da Câmara Municipal de Aljezur

reconhece esta necessidade, mas isso não significa que recorra indiscriminadamente a

todas as técnicas para o fazer e que se coloque uma grande variedade de produtos no

mesmo “pacote”. É necessário ter um especial cuidado, pois não é sustentável

intensificar as acções de promoção dos recursos turísticos, sem que antes se qualifique o

património e se organize a oferta. Igualmente relevante é a qualificação dos recursos

humanos e dos serviços prestados, que não se coadunem com as exigências dos

“clientes” do turismo cultural. Desta forma é bem visível a necessidade de se realizar

um plano estratégico de marketing para Aljezur.

Aljezur deve saber aproveitar melhor os fluxos turísticos regionais para promover as

suas potencialidades, isto é, aprofundar a integração turística à escala regional. Mas esta

situação não depende somente de Aljezur, deverá ser um trabalho em conjunto entre

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todas as entidades locais e regionais. Tais acções passam pela promoção turística à

escala regional, com funções e ofertas complementares, que trariam benefícios para

todos e ganhos em termos de mercado turístico. No entanto, é notório o esforço feito.

No tocante ao terceiro objectivo, foram apontados diversos “produtos” complementares

ao turismo cultural, devendo ser alvo de uma maior atenção e investimento. São os

casos do turismo em espaço rural e do turismo ambiental, devido à aptidão de Aljezur

para estes segmentos, pois Aljezur é um espaço apto para a calmia, a tranquilidade e a

ruralidade do meio, para a beleza paisagística, a qualidade ambiental, a diversidade

biológica e cinegética e para além destes aspectos, temos ainda a existência de edifícios

de boa traça susceptíveis para serem reconvertidos para o turismo. Também a

dinamização de actividades desportivas e de contacto com a natureza tiveram algum

enfoque.

Os projectos mais recentes, instalados foram a unidade hoteleira de quatro estrelas, as

piscinas municipais, a pousada da juventude, e ainda o pavilhão multiusos, são sem

dúvida um passo importante para Aljezur, sendo necessário ainda efectuar uma boa

promoção preferencialmente integrada e complementar destes recursos, em conjugação

com a oferta principal, e deste modo, promover Aljezur no exterior.

Em Aljezur são ainda visíveis outros produtos culturais, nomeadamente, o artesanato, a

gastronomia e os produtos locais, cuja rentabilidade esta ainda longe do seu ponto de

maximização. Em geral existem poucos pontos de venda, onde estes produtos, possam

ser adquiridos, também deverá existir um investimento na estratégia de promoção, esta

mesmo escassa e de âmbito local. Estes produtos são importantes para a economia local,

são agentes diferenciadores/potenciais produtos turísticos. O seu potencial é grande,

como tal, estes vectores de diferenciação são capazes de conseguir deslocar

visitantes/turistas de longe. É importante criar mais e melhores condições, para a

instalação de locais de venda de artesanato e de produtos locais e o apoio ao artesanato

concelhio (incentivos financeiros, acções de formação, etc.), optar por uma estratégia de

valorização da gastronomia local, que não esqueça a importância dos produtos locais.

Em relação ao segundo eixo estratégico (Aljezur como ponto de permanência de

Turistas), tem como principal objectivo aumentar o tempo de permanência dos turistas

no concelho, devendo para tal, existir apoio ao turismo e ao desenvolvimento local. Este

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objectivo deverá então ser alcançado através da criação de melhores condições,

nomeadamente nas unidades hoteleiras. A diversificação/variedade de oferta tanto das

referidas unidades hoteleiras como da restauração também é um ponto a desenvolver.

Com efeito, não basta possuir bons hotéis, bons restaurantes, etc, para “prender” os

turistas a um local, há que investir em actividades complementares, principalmente no

turismo de espaços rurais e turismo ambiental. Investir em actividades possíveis que

possam levar o turista, o visitante a permanecer na zona e partir para a descoberta dos

recursos da concelho e da região, devido não só, à qualidade do património, mas

também às qualidades ambientais e cinegéticas da zona.

Aljezur possui apenas um parque de campismo, o parque de campismo do Serrão,

referenciado um dos melhores a nível regional. No entanto, foi também referida a

necessidade, da reabertura de um outro parque de campismo/caravanismo, que outrora

funcionava no Vale-da-Telha, para dar resposta a esta procura, principalmente das

faixas etárias mais jovens, que procuram estes meios para pernoitar. Este, antes de ser

encerrado, era bastante requisitado, devido a sua localização. Entretanto foi fechado

pelas autoridades competentes, com intuito de se realizar as obras adequadas, pois

necessitava de melhores infra-estruturas e do saneamento básico. De momento

encontra-se ao abandono e a degradar-se, sem se efectuar o prometido à população.

Também em Vale-da-Telha, na zona dos prédios habitacionais, está desde há muito, um

projecto para ali se realizar, mas onde apenas realizaram um parque infantil com

diversões diversas sem manutenção. Como tal, poderiam prosseguir com este mesmo,

para além de dar um outro aspecto aquele local, também não se corria o risco de alguém

se ali magoar. A Barragem do Vale-da-Telha também poderia ser mais aproveitada, pois

é um local bonito que atrai muitas pessoas, não só a passeio. Ao ser melhor aproveitada,

seria bom de se ver ali actividades náuticas, onde as pessoas pudessem andar de barco a

remo, ou de pedal, para melhor explorar a zona, mas para tal seria ainda necessário

melhorar os acessos, assim como criar um pequeno porto rústico a combinar com o

local.

O terceiro eixo estratégico vai ao encontro da qualificação da oferta turística de

Aljezur. Objectivo que poderá ser alcançado através da recepção e distribuição turística

e da conservação e preservação do património. A primeira assenta em três pontos

fundamentais: fomentação da informação, instalação do Posto de Turismo e

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qualificação dos recursos humanos, assim como a qualificação urbanística e comercial.

A preservação e conservação do património, será efectuada através de manutenções

constantes e adequadas em alguns dos espaços já recuperados e restauros nos espaços

mais degradados.

O quarto e último eixo estratégico assenta na divulgação de Aljezur, a nível nacional e a

nível internacional. É necessário começar a utilizar meios abrangentes de divulgação,

para que a mensagem chegue a um público mais vasto, de forma a conseguir obter uma

maior diversidade de turistas. Neste aspecto poderá ser necessário aderir aos novos

meios de divulgação, a meios de comunicação mais abrangentes e acompanhá-los para a

concretização deste objectivo.

Este eixo contempla ainda a entrada do concelho de Aljezur em novos projectos,

nomeadamente o projecto polis Litoral do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina,

Associação Terras do Infante, o projecto Agenda 21, a Associação Nacional de

Municípios Portugueses, a rede Village Terraneo, o projecto Proder, o projecto

INTERREG, o projecto com o grupo de acção costeira, e projectos com várias revistas

turísticas, nomeadamente a revista Guide du Routard38

, Outdoor Magazine39

, Roteiro

turístico, Routeiro cultural, Travel Guide, Route Reiseführer, entre outras.

Estes projectos ajudam o concelho de Aljezur a progredir no tempo. Estes projectos irão

de seguida ser apresentados.

O programa do Polis litoral do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina intervêm numa

área de 9.500 ha e uma extensão de 150 km de frente costeira, abrangendo vários

concelhos, nomeadamente o concelho de Aljezur.

O Polis integra-se num conjunto de acções a concretizar, no âmbito da política integrada

e coordenada para as zonas costeiras, que visam promover a protecção ambiental e a

valorização paisagística, a par da qualificação das actividades económicas.

38

Revista Francesa com vários destinos turísticos. A sua página na internet pode ser vista em

www.routard.com. 39

Revista Alemã sobre caminhadas de vários destinos turísticos aptos para esta modalidade.

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O programa Polis Litoral sudoeste, tem como objectivos, cumprir os planos de

Ornamento da Orla Costeira (POOC) aplicáveis, visa ainda, a adopção de medidas de

requalificação e valorização de zonas específicas do território litoral consideradas em

risco e de áreas naturais degradadas situadas em domínio público marítimo. O segundo

objectivo a ser seguido pelo programa Polis, visa promover a fruição pública do litoral,

suportada na requalificação dos espaços balneares e do património ambiental cultural.

Tendo por último, o objectivo de potenciar os recursos ambientais como factor de

competitividade, através da valorização das actividades económicas do litoral,

associando-se à preservação da natureza.

A Associação Terras do Infante é uma associação de municípios portugueses. Foi criada

em 2000, pelos municípios de Aljezur, Vila do Bispo e Lagos. Este projecto tem como

objectivo planear, programar e gerir diversas acções nos domínios da cultura, ensino,

informação, saúde, segurança social, entre outros. Este projecto tem como intuito

divulgar Aljezur e os outros concelhos vizinhos a nível local e/ou regional.

A Agenda 21 Local (Aljezur) é um processo através do qual as autoridades locais

trabalham em parceria com os vários sectores da comunidade na elaboração de um

Plano de Acção de forma a implementar a sustentabilidade ao nível local. Trata-se de

uma estratégia integrada, consistente, que procura o bem-estar social e económico,

melhorando a qualidade do ambiente.

O termo deriva da “Agenda 21 – Acções para um Turismo Sustentável”, programa

global para o desenvolvimento sustentável assinado na Conferência das Nações Unidas

sobre Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro em 1992. Este

programa compreende a previsão da realização de acções de sensibilização, a execução

de estudos e um conjunto de projectos de intervenção territorial visando a valorização

do Algarve em termos turísticos e ambientais. Pretende ainda estabelecer as principais

orientações regionais à implementação de Agendas 21 Locais. Neste sentido atribui ao

poder local a responsabilidade de desenvolver uma plataforma de diálogo e criação de

consensos para promover uma estratégia participada de sustentabilidade. A Agenda 21

pretende divulgar Aljezur a nível da sua qualidade ambiental, enquanto concelho

sempre em inovação e preocupado com o meio ambiente, criando deste modo sistemas

sustentáveis para a região.

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Plano Estratégico para promoção e divulgação do território | 48

É a Associação Nacional de Municípios Portugueses ( ANMP), constituída por todos os

municípios portugueses, que tem como fim geral a promoção, defesa, dignificação e

representação do Poder Local e, em especial:

A representação e defesa dos Municípios e das Freguesias perante os órgãos de

soberania;

A realização de estudos e projectos sobre assuntos relevantes do Poder Local;

A criação e manutenção de serviços de consultadoria e assessoria técnico-

jurídica destinada aos seus membros;

O desenvolvimento de acções de informação dos Eleitos Locais e de formação e

aperfeiçoamento profissional do pessoal da administração local;

A troca de experiências e informações de natureza técnico-administrativo entre

os seus membros;

A representação dos seus membros perante as organizações nacionais ou

internacionais.

Um projecto que visa sobretudo promover e divulgar, dando neste contexto apoio aos

municípios aderentes, nomeadamente na comunicação social, nas finanças locais, a

nível jurídico, no meio ambiente, nas relações internacionais e nos sistemas de

informação.

Relativamente às relações internacionais, a ANMP como entidade representativa das

Autarquias Locais Portuguesas, integra dois organismos internacionais que têm por

objectivo a defesa, reforço e desenvolvimento do Poder Local e Regional junto da

União Europeia (UE) e do Conselho da Europa (CE), designadamente o Conselho dos

Municípios e Regiões da Europa (CCRE) e o Congresso dos Poderes Locais e Regionais

da Europa (CPLRE).

Neste contexto, foi desenvolvido o projecto Village Terraneo, que é uma rede de

vilas/cidades mediterrâneas com carácter para um desenvolvimento turístico

sustentável. Se as vilas constituem o alicerce da civilização mediterrânea, as aldeias, e

em particular as localidades isoladas do desenvolvimento urbano moderno, contribuem

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Plano Estratégico para promoção e divulgação do território | 49

fortemente para a identidade das regiões do sul da Europa. No seio da Europa

mediterrânea, primeiro destino mundial, as vilas com carácter suscitam cada vez mais

interesse que se faz acompanhar de um forte desenvolvimento das actividades turísticas.

Desenvolver de modo permanente a indústria turística, assegurando a preservação da

identidade local, é um dos maiores desafios para o futuro de inúmeros pequenos

municípios da bacia do mediterrâneo. Face a esse desafio, a École d'Avignon, parceiro

tradicional de instituições municipais, iniciou a rede VillageTerraneo, no âmbito do

programa europeu de cooperação transnacional INTERREG IIIB "Mediterrâneo

ocidental".

Liderados pela École d'Avignon, 17 municípios de Espanha, França, Itália e Portugal

elaboraram um programa estratégico que visa a criação de condições favoráveis a um

desenvolvimento turístico sustentável que engloba os seguintes objectivos:

Preservar e valorizar o património e garantir uma gestão sustentável dos

recursos.

Elaborar uma política de turismo integrado, inscrita num processo de

sustentabilidade económica, social e ambiental.

Integrar as populações no processo de desenvolvimento local nomeadamente

através de acções de formação.

A rede Village Terraneo, constitui também uma plataforma de intercâmbios de

experiências, a partir de acções inovadoras apresentadas pelos parceiros, para que

possam ser modeladas.

O projecto da PRODER, é um programa de desenvolvimento Rural, que visa

dinamizar as zonas rurais, aprovado pela Comissão Europeia, Decisão C(2007)6159,

em 4 de Dezembro.

A PRODER40

, pretende agir sobre:

A competitividade, nomeadamente na inovação e desenvolvimento

empresarial;

A sustentabilidade do Espaço Rural;

40 Informações retiradas e adaptadas do site: www.proder.pt.

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Plano Estratégico para promoção e divulgação do território | 50

A dinamização das zonas rurais, nomeia a diversificação da Economia e a

Criação de Emprego, com objectivo de promover a diversificação da economia

para actividades não agrícolas e aumentar o emprego nas zonas rurais. Para

atingir este objectivo estabeleceu-se uma intervenção específica nestas zonas,

que contribua para a diversificação e desenvolvimento de actividades

económicas criadoras de riqueza e de emprego permitindo fixar população e

aproveitar recursos endógenos transformando-os em factores de

competitividade;

O conhecimento e as competências é uma forma de contribuir para a inovação

de forma dinâmica e eficaz, privilegiando o recurso a parcerias que incluam os

produtores, as empresas a jusante, as entidades de I&D, os centros tecnológicos

e outros com actividades relacionadas, numa óptica de produto, de sector ou de

território;

O projecto INTERREG tem como medida proteger e valorizar o património natural e

cultural, na gestão da biodiversidade, dos territórios e das paisagens. Tem-se

verificado no desenvolvimento em áreas Naturais protegidas debilidades,

nomeadamente, nas dinâmicas sociais, demográficas e económicas. Sendo o

desenvolvimento de Aljezur um processo difícil, pois este é alvo de acelerados

processos de desertificação humana e consequente abandono e degradação da

qualidade ambiental do território rural. O programa INTERREG conjuntamente com o

município, pretende dinamizar, potenciar a acção dos municípios, criando ferramentas

que contribuam para uma gestão mais eficaz dos territórios.

Os Grupos de Acção Costeira foram criados ao abrigo do PROMAR – Programa

Operacional Pesca 2007-2013, no eixo prioritário 4, “Desenvolvimento Sustentável

das Zonas de Pesca”. Os Grupos de Acção Costeira (GAC’s) pretendem, através de

parcerias público-privadas locais, apoiar e desenvolver projectos que beneficiem as

comunidades locais, tendo em vista sobretudo a valorização das comunidades

piscatórias e o desenvolvimento sustentável da actividade e das zonas de pesca.

O projecto desenvolvido com o grupo de acção costeira (GAC), surge com intenção de

dotar o litoral do sotavento de um tecido económico e empresarial mais diversificado e

competitivo, capaz de proporcionar maiores níveis de rendimento sobretudo às

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Plano Estratégico para promoção e divulgação do território | 51

populações dependentes da pesca, no respeito dos valores ambientais e culturais e da

coesão social.

Assim, foi delineada uma estratégia de desenvolvimento sustentável da zona costeira

que tem como principais objectivos a criação de sistema de incentivos a pequenas

actividades empresariais, assim como a criação de um fundo de apoio a acidentes e

situações de catástrofe natural ou ambiental susceptíveis de criar prejuízos

patrimoniais graves ou de pôr em risco de forma durável a actividade das pescas ou

aquicultura.

O Grupo de Acção Costeira do Barlavento Algarvio, surge com a intenção de dotar o

litoral do Sotavento Algarvio de um tecido económico e empresarial mais diversificado

e competitivo, capaz de proporcionar maiores níveis de rendimento sobretudo às

populações dependentes da pesca, no respeito dos valores ambientais e culturais e da

coesão social.

Em suma, o Grupo de Acção Costeira do Barlavento Algarvio, visa ajudar a população

que vive do mar, de modo a proteger e a preservar a zona costeira, assim como as

espécies em vias de extinção.

Os CIVITAS, são um centro de estudos sobre cidades e vilas sustentáveis. Prestam

serviços de investigação científica e serviços à comunidade.

Relativamente às revistas turísticas, podemos dizer que Aljezur é uma localidade ideal

de férias, com várias actividades ao dispor de cada visitante, no entanto, Aljezur ainda é,

pouco desenvolvida. Neste contexto, Aljezur é inserida em vários guias turísticos,

caracterizada como um espaço calmo/ tranquilo, rural, ambiental, com características

únicas a nível paisagístico. Em Aljezur pode-se desfrutar do mar e das montanhas. É

uma região encantadora, que participou nas sete maravilhas e que destaca-se pela sua

beleza.

“Aljezur é uma simpática e acolhedora vila que está localizada num dos últimos

paraísos costeiros da Europa, no bem preservado Parque Natural do Sudoeste

Alentejano e Costa Vicentina. Esta zona mantém ainda uma autenticidade e costumes

populares difíceis de encontrar num local à beira mar, conjugando um muito desejado

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cenário de praia com um bucólico e contemplativo cenário de campo. Tudo isto num

local com mais de 300 dias de sol por ano”41

.

Aljezur é então referida como o coração da costa vicentina. Aljezur é ainda referida em

vários guias turísticos, como é o caso da revista Guide du Routard, Outdoor Magazine,

Roteiro turístico/ Travel Guide, Roteiro Cultural, Route Reiseführer, entre outras.

3.4.2.2. Objectivos mobilizadores para dinamizar o turismo em Aljezur

O potencial que Aljezur apresenta em termos turísticos, justifica que, no contexto das

medidas para potenciar o desenvolvimento futuro a partir de uma rentabilização dos

recursos endógenos, o turismo detenha uma importância central.

O objectivo global do processo, que sintetiza a visão estratégica, visa potenciar o

desenvolvimento de Aljezur, com base nos recursos próprios e na sua afirmação

exterior, tornando Aljezur num destino mais atractivo para visitar, para investir e para

viver.

3.4.2.2.1. Resumo dos Objectivos

Os Objectivos de Marketing devem constituir um farol de orientação para a actividade a

ser elaborada. Neste caso, pretende-se melhorar o futuro, relativamente à promoção e

divulgação de Aljezur.

Através da análise SWOT cruzada, foi possível definir objectivos para o turismo de

Aljezur para os próximos tempos. Estes objectivos passam então por:

Promover uma oferta cultural diversificada e de qualidade;

Promover e divulgar Aljezur em Portugal e no estrangeiro;

Qualificar e diversificar a oferta turística;

Aumentar o tempo de permanência dos turistas no concelho;

Atrair públicos diferenciados;

Projectar a imagem de Aljezur, através da governância do destino e da

requalificação, diversificação e promoção da oferta turística;

41 www.carpe-vita.com

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Oferecer actividades que vão de encontro à procura das necessidades do turista;

Promover as actividades complementares;

Defender e conservar o património cultural existente no concelho;

Qualificar os equipamentos e os serviços urbanísticos;

Reforçar a economia do conhecimento e reter um conjunto de recursos humanos

qualificados, através da criação/melhoria de infra-estruturas, equipamentos e

serviços de apoio empresarial, e da formação em áreas de especialização

regional, da gestão e da economia do conhecimento (incrementar a qualificação

dos recursos humanos);

Apostar em novos meios de divulgação, ou seja, em novos meios de

comunicação mais abrangentes;

Divulgar a qualidade ambiental, através da valorização e diversificação

ambiental/energética e prevenção de riscos.

3.4.3. Estratégia Segundo uma Óptica Empresarial/ Organizacional

Estratégia42

é a produção de planos para atingir os objectivos previamente definidos. As

estratégias de marketing, são um conjunto de acções desenhadas para atingir os

objectivos de marketing.

Após a definição dos objectivos de marketing deve-se escolher as estratégias de

marketing adequadas à concretização desses objectivos.

As estratégias de marketing numa empresa são divididas em três tipos:

As estratégias de desenvolvimento que visam desenvolver/induzir a procura

global;

As estratégias concorrenciais que pretendem conquistar vendas/obter retorno à

custa de marcas ou produtos existentes;

As estratégias de fidelização que habitualmente são paralelas às estratégias

anteriores e que, para além de visarem a expansão das vendas através do esforço

de captação de novos clientes, preconizam a manutenção do volume de negócios

42

Apontamentos cedidos por: Teresa Felgueira e Ana Oliveira.

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Plano Estratégico para promoção e divulgação do território | 54

gerado pelos clientes actuais, evitando assim que estes sejam seduzidos pela

concorrência.

Com vista a alcançar os objectivos traçados anteriormente para Aljezur, optou-se pelas

três estratégias de marketing, nomeadamente as estratégias de desenvolvimento, as

estratégias concorrenciais e as estratégias de fidelização.

Relativamente à primeira, pretende-se criar, promover, divulgar e qualificar as mais

variadas actividades existentes por todo o concelho, pois como já se referenciou atrás,

Aljezur é um município apto para as mais variadas actividades. Com as actividades

existentes por todo o concelho, pretende-se diversificar a oferta para atrair novos

turistas e aproveitando este facto para atrair mais pessoas a permanecer no local. Deste

modo, adopta-se a estratégica extensiva43

, para alcançar novos turistas, que geram mais

procura, mais receitas e logo um maior retorno para os investimentos realizados.

Estratégia ideal para acordar este mercado de Aljezur, tornando-o mais dinâmico e

atractivo para novos turistas/consumidores/clientes.

A estratégia concorrencial ocorre em simultâneo com a estratégia de desenvolvimento,

pois se existe procura, existirá um retorno, o que leva à concretização de mais

investimentos que geram novos postos de trabalho e posteriormente leva a um aumento

do fluxo migratório de pessoas para o concelho. Através destes movimentos

migratórios, existirá um aumento da população residente e se existe mais pessoas, maior

será a procura de serviços, educação, saúde, etc., e mais postos de trabalho serão criados

(efeito bola de neve44

).

No que diz respeito à estratégia de fidelização, pretende-se com esta conservar os

clientes actuais, aliciando os turistas a aumentar o tempo de permanência no local e a vir

revisitar outras vezes, e posteriormente a recomendar aos seus amigos/conhecidos para

visitar Aljezur como local ideal para passar férias e talvez até para se viver (passa a

palavra/boca a boca).

43

As estratégias de desenvolvimento podem ser conseguidas através da conquista de novos

clientes (estratégia extensiva). 44

Termo figurativo de um processo que começa a partir de um estado inicial de pouco

significado e constrói sobre si mesmo, tornando-se cada vez maior. Género de círculo/espiral

(retirado do site: www.wikipedia.pt).

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Para o futuro, Aljezur deve ir aprofundando cada vez mais estas estratégias, de forma

diversificada e inovadora, de modo a atrair mais consumidores/clientes. Aljezur deverá

aproveitar os seus recursos ao máximo, usando-os como estratégias, como o sol e o mar,

o turismo de natureza, o turismo náutico, a gastronomia e vinhos, a saúde e bem-estar e

o touring cultural e paisagístico.

3.4.3.1. Aljezur, Concelho de Turismo

O eixo estratégico a ser seguido para o Concelho de Aljezur, deverá passar por

transformar Aljezur num destino de referência no domínio do turismo. Conjuntamente

com as outras actividades da região, deveria ser um dos factores de estímulo à economia

local. Deste modo, deverão abrir-se novas portas e fazer de Aljezur um local mais

movimentado, mais jovem e com actividades para todos os nichos de mercado, atraindo

cada vez mais pessoas a esta encantadora região algarvia, ou seja, mais

turistas/consumidores/visitantes. Para tal é necessário Aljezur ser promovido e

divulgado no exterior.

Na elaboração do processo de planeamento estratégico de marketing foi possível definir

três objectivos para potenciar a atractividade turística em Aljezur, no qual se verificou a

necessidade de requalificar o património cultural, a necessidade de organizar a oferta

turística; de implementar uma perspectiva de marketing. A conjugação legitimada

destes três objectivos parece ser indispensável para que Aljezur obtenha benefícios

futuros em termos de investimentos e de receitas/retornos.

3.4.3.2. Requalificação do património cultural

A requalificação do património cultural é um objectivo que pretende reabilitar o recurso

turístico de excelência, quer em termos físicos, quer em termos funcionais. Na

reabilitação física dos elementos patrimoniais analisou-se a necessidade de reabilitação

física das muralhas e dos seus elementos, onde se enquadra a zona histórica aljezurense.

Existe a necessidade constante de dignificar o cartão-de-visita de Aljezur. A

preservação urbanística arquitectónica de Aljezur é uma das acções definidas. Também

a dinamização de actividades de animação, toma um papel importante.

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O artesanato tem um papel importante no concelho, mas esta actividade necessita de

mais apoios e de reconhecimento. O artesanato de Aljezur como em qualquer parte,

corre o risco de desaparecimento. Para superar este obstáculo, é necessário dar formação

na área, nomeadamente aos desempregados e outros interessados. O artesanato do

concelho necessita de apoios, para o fomento de mais iniciativas de promoção como as

feiras, pontos de venda de artesanato, entre outros. Nesta área seria fundamental criar

condições que permitam a instalação de unidades onde os turistas possam apreciar

regularmente esta arte, assim como a gastronomia e a aquisição de produtos

locais/regionais. Tais factos contribuem para a manutenção da identidade cultural, para

além da sobrevivência das tradições locais.

3.4.3.2.1. Organização da oferta turística

Este objectivo pretende clarificar a posição e o papel de um conjunto de elementos e de

entidades na oferta turística de Aljezur. É necessário divulgar esta região, com

potencialidades que são de interesse turístico. A organização da oferta decorre também

da necessidade de se estruturar articuladamente os recursos e os actores ligados ao

turismo de Aljezur, que actuam desarticuladamente. A falta de diálogo entre as diversas

entidades ligadas ao turismo (públicas e privadas), surge como um obstáculo, tornando-

se difícil rentabilizar os recursos e endogeneizar receitas se existir uma marcada

divergência de actuações e de perspectivas. Ao nível local, a cooperação deve assentar

numa plataforma de debate de ideias e projectos, de modo a partilhar responsabilidades

e de criar sinergias ao nível dos serviços, dos equipamentos e das próprias acções de

marketing. Em relação ao nível supra-local (regional), embora dependa de outras

entidades, as orientações devem pautar-se por uma maior integração turística, que se

traduza em acções comuns, com ganhos em termos de massa crítica.

Ao nível local, a organização da oferta turística deve apoiar-se numa estruturação

transversal e integrada de todos os recursos, actividades e os residentes locais que

alimentam e qualificam a oferta de Aljezur. Incluem-se nesta estruturação, não apenas

as actividades eminentemente turísticas como a hotelaria, restauração, animação,

acompanhamento, transporte e informação turística, como outras que qualificam e

diversificam a oferta (artesanato, produtos locais, conservação do património, protecção

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ambiental e ordenação do território, as unidades de comércio tradicional, um local de

entretenimento nocturno como o cinema, etc.). O objectivo é qualificar a oferta turística,

de forma a rentabilizar as diversas actividades, que de momento são reduzidas, ou

mesmo inexistentes.

Para além dos recursos turísticos já existentes em Aljezur, a organização deve também

integrar outros recursos turísticos, alargando o espectro da oferta a outros tipos de

procura, divulgando os seus potenciais no exterior. Deveria existir uma maior

rentabilização, dinamização e divulgação de actividades de contacto com a natureza,

assim como os desportos de aventura e apoios a clubes locais. A existência de trilhos

rurais, a qualidade ambiental e paisagística devem ser melhor aproveitados para a

prática de várias modalidades. A nova piscina municipal de Aljezur, foi referida como

uma oportunidade para atrair visitantes e turistas, restando promovê-la e integrá-la

adequadamente na restante oferta. O mesmo se aplica ao património edificado, podendo

Aljezur afirmar-se mais na fileira do turismo residencial e do turismo rural, tendo em

conta a integridade e a tipologia do edificado. Neste contexto salienta-se o ApartHotel

de quatro estrelas e a pousada da juventude.

Philip Kotler45

, defende a ideia de que: “As cidades são diamantes que têm várias faces

e que podem atrair turistas através de segmentos como o sol e o mar, a natureza, os

negócios, o desporto, a cultura ou a realização de congressos”. Para concretizar essa

ideia é necessário, envolver mais activamente os agentes locais no processo de

desenvolvimento. Cabe a estes levar as pessoas de fora a terem sentimentos de afecto

com o concelho de Aljezur, até porque a opinião externa é a fórmula mais eficaz em

termos promocionais. O sucesso dependerá da criatividade local em reestruturar as

actividades e marcar-se-á a diferença perante outros destinos turísticos.

45

Congresso dado em Portimão sobre o ordenamento do território em 2009/2010.

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3.4.3.2.2. Qualificação urbanística e comercial de Aljezur

A qualificação urbanística e comercial de Aljezur tem como objectivo tornar o espaço

mais atractivo e assumindo-se como uma componente estratégica de marketing local. A

atracção de turistas ou de visitantes torna-se mais difícil se o território não oferecer

qualidade urbanística no seu sentido mais amplo (planeamento urbano, tipologia

arquitectónica, qualidade ambiental e dos espaços públicos, acessibilidades, etc.) ou se

os equipamentos/serviços existentes não tiverem um carácter inovador e apelativo.

É importante dar continuidade às medidas de requalificação urbanística e arquitectónica

que tem vindo a ser implementadas em Aljezur. A concretização de uma boa

requalificação representaria uma melhoria de espaços públicos e do reforço da

integridade arquitectónica do edificado (recuperação de fachadas, correcção da

dissonâncias, etc.). Ao nível da requalificação comercial, compreende-se as

necessidades de modernizar os estabelecimentos e de requalificar os espaços públicos.

A divulgação de incentivos existentes e o investimento na formação e qualificação dos

recursos humanos fazem também parte das acções de revitalização comercial da vila.

Os Recursos Humanos de Aljezur são suficientes para um projecto de desenvolvimento

de atracção que resolveria possíveis carências e funcionaria como retrocesso do êxodo

rural, verificado nas últimas décadas. A população, na sua grande maioria, dedica-se ao

sector primário, ou seja, a agricultura, uma pequena parte da população dedica-se ainda

ao comércio e à indústria, de um modo geral ligada ao turismo, com características

sazonais. Verifica-se uma necessidade permanente de criar atractivos de fixação,

notando-se ainda para a população residente, a necessidade da criação de postos de

trabalho, de uma aposta intermitente na formação contínua de forma a promover a

rentabilização e a valorização do trabalho no concelho.

3.5. A Necessidade de Aljezur adoptar uma perspectiva de marketing territorial

A necessidade de se implementar uma perspectiva de marketing em Aljezur, passa

primeiramente por se verificar que as potencialidades locais não estão devidamente

promovidas. Não existe uma cultura de marketing territorial em Aljezur, facto que

impede a visibilidade dos seus recursos no exterior e trava o seu desenvolvimento. É por

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esta razão que se torna fundamental, uma aposta clara num processo de marketing. O

marketing territorial, é uma das formas de promover e divulgar Aljezur, onde

actualmente esta é feita de um modo desarticulado. Não existem profissionais

qualificados e o investimento canalizado é insuficiente. Aljezur esgrime-se com fortes

dificuldades em captar públicos externos e em rentabilizar os internos. A ausência de

uma perspectiva de marketing só vem agravar as debilidades referidas. No entanto, esta

perspectiva de marketing a nível territorial, não é de exclusiva competência da CMA, é

necessário a intervenção de todos os envolvidos na região, incluindo os residentes locais

que devem cooperar em conjunto com as entidades locais.

Tratando estas questões, torna-se mais fácil traçar o perfil do turista de Aljezur e

recorrer aos meios mais eficazes para os atrair. Em segundo lugar, importa estruturar a

oferta turística de Aljezur em torno dos seus produtos líder – o património

arquitectónico e desenvolver um conjunto de estudos para melhorar a sua oferta. Urge a

necessidade de estruturar a oferta em torno de uma fileira turística e saber dar resposta a

estas questões pertinentes. É importante investir na melhoria dos serviços,

equipamentos e na animação turística.

Passando a uma breve análise dos processos de captação dos principais públicos – alvo

a nível turístico, Aljezur deve centrar os seus esforços na atracção de turistas/visitantes

que buscam motivos culturais, ambientais e de contacto com o meio rural.

A captação de habitantes não é controlada, mas também como já se verificou, são raras

as oportunidades de emprego, o que prejudica a chegada de novos moradores. É

necessário aproveitar todas as componentes que Aljezur tem para oferecer, aproveitar

todos estes segmentos, pois movem um vasto número de adeptos e de curiosos. Porém,

a aposta nos sectores económicos46

, a par de uma promoção centrada na boa qualidade

ambiental e urbana, de um espaço seguro e tranquilo, poderão ser argumentos

apelativos, pelo menos, para alguns estratos sociais.

Uma das dificuldades que Aljezur apresenta, é a atracção de empresas e de investidores,

devido à conjuntura repulsiva regional, até ao momento, pouco mais se fez do que

disponibilizar um parque industrial entre o Rogil e Aljezur. Torna-se e é necessário

46 Primários; Secundários; Terciários;

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promovê-lo em articulação com a posição geo-estratégica, junto dos principais eixos

rodo-ferroviários de ligação. A estratégia de marketing a adoptar, deve oferecer recursos

aliciantes à sua fixação (como o custo do solo ou o espaço disponível), reforçando a

proximidade ao mercado, permitindo ainda uma boa acessibilidade externa.

Uma Câmara Municipal é uma organização bastante diferente de uma empresa que

pretenda vender o seu produto ou serviço. Numa câmara municipal está patente o poder

político, que cada interveniente tenta mostrar. No entanto, esta precisa da perspectiva de

marketing na divulgação e promoção de um território, que visa ajudar na obtenção de

informações dos públicos – alvo, para determinar o perfil deste e assim poder atrair

mais turistas.

Aljezur é um território rico, certificado pela sua qualidade territorial e ambiental. No

entanto, não possuí as infra-estruturas necessárias e não apresenta uma gama de

atracções. Aljezur deverá apostar alguns dos seus recursos, para atrair novos

turistas/visitantes, apostando neste sentido no turismo. As acções de marketing

permitirão promover e valorizar os recursos regionais, de forma integrada e

cooperativamente.

No quadro seguinte, pode-se verificar os elementos potenciadores de atractividade

turística para Aljezur:

Quadro 2: Elementos potenciadores de atractividade turística de um território

Vectores Descrição Analítica

Bel

eza

e

cara

cter

ísti

cas

na

tura

is

Comporta as características do meio físico, que constituem uma mais-valia

em termos de atracção de visitantes, turistas e até de iniciativas

empresariais. A existência de praias, montanhas, reservas cinegéticas,

lagos, barragens, etc., são trunfos que podem trazer proveitos a Aljezur

(sendo igualmente importante a sua protecção). Através destes locais

naturais, surgem associados eventos de natureza desportiva, recreativa e de

contacto com a natureza, como as várias actividades marítimas/náuticas,

aéreas e terrestres.

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Vectores Descrição Analítica A

tra

cçõ

es c

ult

ura

is

A aposta na animação cultural beneficia os próprios moradores, como os

recursos exógenos (turistas e investidores). As atracções culturais podem ser

motivadas pela existência de museus, orquestras, etc. É notório a falta de

instituições de ensino superior, de formação profissional de cursos variados e

atractivos, deveramente importantes para a zona, como a formação no

turismo, este que atrairia um segmento bem determinado que, por

consequência, arrasta consigo outros equipamentos e serviços. Nota ainda a

falta de infra - estruturas de apoio e consulta, como é o caso das bibliotecas,

para além de um espaço de lazer (cinema, etc.).

His

tóri

a, p

atr

imó

nio

edif

ica

do

e e

scu

ltu

ras

Aljezur tem de saber preservar os locais que serviram de pano de fundo a

factos históricos e que reflectem épocas passadas, actuam como um íman

para visitantes e turistas. O património histórico de grande interesse,

funciona como um atractivo que deve ser sempre potenciado, porque encerra

elementos distintivos face a outros territórios.

É um factor que permite destacar Aljezur das restantes localidades, que

consiste na preservação de edifícios, monumentos e esculturas. As pessoas

percorrem longas distâncias para visitar locais interessantes. Em Aljezur é

visitável o castelo, os museus, o ribat, as igrejas, os miradouros, capazes de

atrair alguns turistas curiosos com a história Aljezurense.

Act

ivid

ad

es d

e re

crei

o e

des

po

rto

As áreas recreativas/lazer devem ser oferecidos por todos os territórios aos

seus moradores e, a sua qualidade, pode captar outros do exterior. A panóplia

das actividades de lazer é muito vasta, existentes entre outros, parques de

diversão, discotecas, entre outros existentes em Aljezur. Neste contexto,

deveria existir mais provas de promoção das actividades que aqui se podem

praticar, como o surf, o futebol e todos os outros desportos. Estes conferem

várias vantagens a Aljezur, respectivamente na promoção da imagem, que

faz deslocar milhares de adeptos que recorrem aos serviços de agências de

viagens, hotéis e casas nos espaços rurais, restaurantes, bares, etc. Ajudando

o concelho a desenvolver-se e a ser bem promovido, atraindo novos turistas e

visitantes.

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Fonte: Elaboração própria

Em suma, é preciso aproveitar melhor as capacidades de Aljezur, no sentido de

promover/elevar a imagem do território no exterior.

3.5.1. Fomento das acções de Marketing em Aljezur

Aljezur é dotada de recursos, capaz de oferecer aos turistas diversas actividades, além

da sua paisagem encantadora. No entanto, verificou-se algumas debilidades, como já foi

referido, uma das quais se relaciona com a falta de informação e de divulgação do

património local e regional. Como tal, incrementar a informação turística e a divulgação

dos recursos de Aljezur, seria uma boa estratégia. A quase total ausência de informação

e de promoção deve ser debelada através dos meios e das técnicas mais adequadas.

A instalação de pontos de divulgação e de locais de venda do artesanato e dos produtos

locais, assim como a dinamização de feiras e de exposições em Aljezur, destacam-se

também como medidas importantes de apoio à promoção turística e à sustentação destas

actividades.

3.6. Conclusões da Aplicação do Plano Estratégico

Um território como Aljezur deve (re)qualificar a sua componente social e cultural.

Apesar de Aljezur ser um território cheio de potencialidades, tem-se verificado que

estas potencialidades não estão a ser exploradas devidamente, de modo a ser divulgado

no exterior. O território com as características de Aljezur, devem tornar-se em espaços

de aproveitamento de todas as potencialidades e oportunidades.

Vectores Descrição Analítica E

ven

tos

Os territórios concorrem entre si com afinco de organizarem eventos

especiais, capazes de mover multidões e deste modo atrair novos turistas e

visitantes. Organizam então eventos, como feiras, torneios desportivos,

festivais, festas populares, entre outros. O objectivo destes eventos tem um

único objectivo, incrementar a atractividade local.

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Neste sentido, o contributo da adopção de um processo de planeamento estratégico de

marketing para desenvolver Aljezur pode fazer-se sentir a vários níveis:

Definindo um rumo claro para o desenvolvimento local, bem como estratégias e

acções concretas em constante avaliação;

Imprimir um maior voluntarismo na actuação das entidades;

Rentabilizando os recursos e procurar aliviar os pontos fracos;

Permitindo a implementação de um processo de marketing territorial, totalmente

ausente em Aljezur.

Pela internalização de todas estas mais-valias, o planeamento estratégico de marketing

pode constituir-se num processo decisivo para ajudar Aljezur a ultrapassar os obstáculos

que se têm interposto ao seu desenvolvimento e afirmação externa.

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CONCLUSÃO

O estágio curricular é de grande importância na integração de qualquer estudante na

vida profissional, na medida em que representa, na maioria dos casos, o primeiro

contacto com o mercado de trabalho.

A empresa ou organização em que um estagiário é acolhido é um sítio onde deverá ser

integrado e colocar em prática o que foi aprendido durante o decorrer do curso.

Ao fim de três meses de estágio ficaram as saudades e a vontade de fazer parte daquilo

que, para a estagiária foi a sua primeira experiência profissional.

A estagiária não sabia o que iria encontrar, nem os desafios que iria ter, mas com o

decorrer do tempo abraçou os desafios que lhe deram prazer a realizar. Tudo isto se

deve às pessoas que acompanharam a estagiária durante estes últimos meses, às quais

nunca poderá deixar de agradecer a forma como foi recebida e integrada na organização.

Durante as 400 horas de estágio, a sua evolução foi notória. Mas este não foi só um

período para colocar em prática os conhecimentos adquiridos na licenciatura em

marketing, foi também um período gratificante e enriquecedor, pois no decorrer do

estágio a estagiária adquiriu novos e variados conhecimentos.

De todas as funções que desempenhou foi sem sombra de dúvidas a elaboração do

Plano Estratégico para Potencialização do Território, que mais dificuldade lhe trouxe,

principalmente devido ao facto de não ser acompanhada por nenhum responsável de

Marketing dentro da Câmara Municipal de Aljezur. Mesmo assim, sempre pôde contar

com o apoio de todos os seus colegas e superiores.

Foi assim, uma troca mútua de conhecimentos e experiências que serviram não só para

lançar a estagiária no mercado de trabalho, mas também para a instituição perceber o

quão importante seria ter alguém responsável pela parte do Marketing.

Deste modo, conclui-se que as actividades realizadas ao longo destas 400 horas de

estágio, foram de grande enriquecimento, quer a nível humano quer a nível profissional.

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anual, edição da Câmara Municipal de Aljezur, Dezembro.

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anual, edição da Câmara Municipal de Aljezur.

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Escola Superior de Tecnologia e Gestão – Instituto Politécnico da Guarda.

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www.visitalgarve.pt/visitalgarve/vPT/DescubraARegiao/142/Concelhos/Aljezur/Historia/

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www.aljezur.net

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http://www.anmp.pt/

http://www.cm-silves.pt/NR/rdonlyres/120AAC03-E14D-40C2-BFAC-

95E4078108B2/0/DPTIG_PO_PEA_E.pdf

www.proder.pt

www.turismodoalgarve.pt

http://www.villageterraneo.org/pt/index.php

www.carpe-vita.com

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Anexos

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Anexo 1

Organograma da Câmara Municipal de

Aljezur

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Fonte: Elaboração Própria

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Anexo 2

Apresentação de cartas enviadas aos participantes do evento

(Ficha de inscrição e normas)

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FESTIVAL DA BATATA-DOCE DE ALJEZUR | 2010

26 a 28 de Novembro | Espaço Multiusos

“FESTIVAL DA BATATA-DOCE DE ALJEZUR 2010 - Inscrição”

Entre os dias 26 e 28 de Novembro, terá lugar no novo Espaço Multiusos, mais uma edição do FESTIVAL DA

BATATA-DOCE DE ALJEZUR, uma organização conjunta do Município de Aljezur e da Associação de Produtores da

Batata-doce de Aljezur.

O evento visa promover e divulgar a batata-doce, sob à marca Sabores e Saberes Vicentinos, promovendo não só

a gastronomia, mas também toda a temática ligada às actividades e produtos locais associados a afamada

batata-doce de Aljezur.

Venho pela presente dar conhecimento do mesmo a V. Exa (s). bem como as Normas de Participação. Caso exista

interesse da V/ parte em participarem na edição deste ano, agradecemos o preenchimento da Ficha de Inscrição,

que anexamos, devendo a mesma ser entregue impreterivelmente até às 15:30h do próximo dia 20 de Outubro,

para os seguintes meios:

Por Correio: Câmara Municipal de Aljezur Gabinete de Planeamento e Controle de Gestão Rua Capitão Salgueiro Maia, 8670-005 Aljezur

Por mão própria: Câmara Municipal de Aljezur Gabinete de Planeamento e Controle de Gestão Ed. Antiga Escola C+S de Aljezur, Rua Francisco Sá Carneiro

Por e-mail: [email protected]

Por fax: 282 990 019

Para eventuais esclarecimentos, contactar através do do Tel. 282 990 020 (Sofia Pereira).

Com os melhores cumprimentos,

António José Monteiro Carvalho Vereador

Exmº(s). Sr(s).

Luís José Gonçalves Sequeira - Aguardentes e Produtos

Apícolas

Urb. Silgarmar, Lt. n.º 14

8300 - 051 Silves

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FICHA DE INSCRIÇÃO | 2010

(a) Nome da empresa / instituição / associação / outro (b) Designação a colocar no frontão do stand (até 20 letras por stand)

STAND (expositor)

Nome do responsável Contacto telefónico:

A seguir indicar o número de stands pretendidos (a organização cederá a cada expositor 1 stand, salvo em situações

devidamente justificadas, em que poderá ceder 2 stands, sempre sujeito a disponibilidade de espaço):

1 stand

Outros

N.º de stands

Stand Próprio com __ x __m

Justificação/observações para o caso de pretender mais de 1 stands:

Nº de pessoas previstas para permanecer no stand durante o certame

Tipo de produtos que pretende expor/vender ou serviços representados

Observações:

O expositor declara conhecer e aceitar sem reservas as Normas de Participação e as condições que regem o Festival da Batata-doce de Aljezur 2010.

Aljezur, ___ de _____________de 2010. __________________________________________

(Assinatura)

NOTA: A organização reserva-se ao direito de aceitar ou não a inscrição, em função dos elementos apresentados no momento de análise da candidatura, assim como a disponibilidade de stands.

ATENÇÃO

Pedimos a v/ atenção para o rigoroso cumprimento das normas de participação do festival, que se anexam.

O não cumprimento das mesmas, pode determinar a interdição de participação, em futuros eventos

organizados pela autarquia.

Nome (a)

Lettering (b)

Morada

Código Postal - Localidade

Nº Contribuinte | Estab. aberto ao público Sim Não

Cód. Actividade (CAE)

Telefone: Fax: Telemóvel:

E-mail

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Art. 1º

Âmbito e Objectivos

1. O Festival da Batata-doce de Aljezur 2010 é uma iniciativa conjunta do Município de Aljezur

e da Associação dos Produtores da Batata-doce de Aljezur e tem como finalidade a promoção

dos sabores e saberes tradicionais, com destaque para a gastronomia, onde se incluem pratos

e doces confeccionados com a afamada batata-doce desta região.

2. Esta iniciativa tem como principais objectivos:

a) Promover e divulgar a batata-doce, designadamente nas suas principais vertentes;

b) Promover as actividades económicas associadas, existentes no concelho – agricultura, indústria, comércio, turismo e serviços;

c) Promover as actividades associadas ao artesanato;

d) Dar a conhecer os principais produtos de qualidade do concelho e da região em que nos inserimos;

e) Criar oportunidades de negócios e potenciar novos espaços, meios e canais de comercialização.

Art. 2º

Data, local e horário de realização

1. O Festival da Batata-doce de Aljezur terá lugar no Espaço Multiusos de Aljezur, nos dias 26, 27 e 28 de Novembro de 2010.

2. O Festival decorrerá no seguinte horário:

Sexta-feira: das 18:00h às 24:00h;

Sábado: 12:00h às 24:00h;

Domingo: das 12:00h às 21:00h.

Art. 3º

Direitos e Obrigações da Organização

1. A Organização cederá a cada expositor um stand 3x3, salvo em situações devidamente justificadas.

2. A distribuição / localização dos stands é da inteira responsabilidade da Organização. 3. A segurança geral do pavilhão e do recinto do Festival, durante o período de

encerramento, será da responsabilidade da Organização.

FESTIVAL DA BATATA-DOCE DE ALJEZUR

Normas de Participação | 2010

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FESTIVAL DA BATATA-DOCE DE ALJEZUR Normas de Participação | 2010

4. A organização não se responsabiliza por danos que possam ocorrer no interior de cada stand durante o horário de funcionamento ao público.

5. Cada stand será identificado por um frontão contendo um máximo de 20 letras com o nome do

expositor, devendo o mesmo indicar à Organização o nome desejado. 6. Como serviço de apoio, a Organização manterá um Secretariado desde a montagem dos stands até

à desmontagem dos mesmos. 7. Os contratos com os fornecedores de bebidas e cafés são da responsabilidade da Organização. 8. A Organização fornecerá aos participantes, no dia que antecede o Festival ou no dia da

inauguração, os seguintes elementos (por stand), que deverão ser exibidos durante o período em que decorrer o Festival e devolvidos à organização no final do evento:

a. Crachás com identificação:

i. Expositor - 3; ii. Restaurantes – 10;

iii. Tasquinhas – 8; b. Mobiliário:

i. Expositor – 1 mesa + 1 Cadeira; ii. Doceiras – 2 mesas + 1 cadeira;

iii. Restaurantes – 10 mesas + 20 bancos; iv. Tasquinhas – 8 mesas + 16 bancos;

c. Cartão de Estacionamento: i. Expositor – 1 livre trânsito, com acesso a parque; ii. Restaurantes – 2 Livres trânsito, com acesso a parque;

iii. Tasquinhas – 2 Livres trânsito, com acesso a parque; d. Outros:

i. Aventais 1. Doceiras – 2 unidades; 2. Restaurantes – 10 unidades; 3. Tasquinhas – 8 unidades;

ii. Toalhas 1. Doceiras – 2 Unidades; 2. Restaurantes – 20 unidades; 3. Tasquinhas – 16 unidades;

iii. Capas de Ementas 1. Restaurantes – 10 unidades; 2. Tasquinhas – 8 unidades;

iv. Suporte de Pendão 1. Restaurantes – 1 unidade; 2. Tasquinhas – 1 unidade;

v. Expositor de Ementas 1. Restaurantes – 1 unidade; 2. Tasquinhas – 1 unidade;

vi. Etiquetas de Preço 1. Restaurantes – 10 unidade; 2. Tasquinhas – 10 unidade; 3. Doceiras – 25 Unidades

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FESTIVAL DA BATATA-DOCE DE ALJEZUR Normas de Participação | 2010

e. Identificador de Livro de Reclamações relativo ao evento i. 1 por Stand;

f. Além do material referido neste artigo, não será fornecido pela organização nenhum outro elemento/material de decoração, sendo a decoração do stand obrigatória e da exclusiva responsabilidade do expositor

9. A Organização garantirá a animação durante o período de funcionamento do Festival.

10. Existirá um conjunto de normas de trânsito, cujo não cumprimento implica a anulação da atribuição dos cartões identificativos de viaturas referidos em 8.c);

Art. 4º

Direitos e Obrigações dos Participantes (Expositores)

1. A limpeza do interior dos stands é da inteira responsabilidade dos ocupantes.

2. A segurança dos stands, nomeadamente produtos expostos, valores pessoais, ou outros, durante o período de funcionamento do Festival, serão da responsabilidade dos expositores.

3. Os stands deverão ser ocupados e decorados entre as 08:00h e ás 24:00h de Quinta-feira e

Sexta-feira (no dia de inauguração do Festival), a partir das 08:00h até ás 13:00h, onde existirá segurança no recinto, para salvaguardar o material.

4. Montagem e desmontagem de stands:

a. Toda a montagem deve estar concluída, sob pena de substituição do expositor, até às 13:00 de sexta-feira dia 26;

b. A desmontagem só pode ocorrer após as 21:30 de Domingo (28) e deverá estar concluída até às 13h de segunda-feira (29);

c. É expressamente proibido a montagem ou desmontagem de stands/remoção de equipamentos ou produtos durante o período de funcionamento do festival.

5. Os participantes, bem como os elementos responsáveis pela montagem e desmontagem do stand, deverão identificar-se perante o Secretariado do Festival, quer no dia da montagem, quer no dia da desmontagem.

6. A publicidade de cada expositor deverá ser feita unicamente nos limites do seu stand, não devendo prejudicar a visibilidade de e para os stands ou espaços vizinhos.

7. Todos os participantes deverão exibir o respectivo cartão de identificação. 8. O expositor não pode ceder, a qualquer título, o direito de ocupação do stand. 9. Não são permitidas perfurações nos stands, pelo que o expositor responsabiliza-se pela

salvaguarda do stand que lhe for destinado, nomeadamente, danos decorrentes de marcações de tinta, perfurações, cola, etc..

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FESTIVAL DA BATATA-DOCE DE ALJEZUR Normas de Participação | 2010

10. Os expositores serão obrigados a respeitar o horário diário e o período de funcionamento do Festival, devendo para esse efeito ocupar o respectivo stand 30 minutos antes do horário de abertura ao público e encerrá-lo após o horário estabelecido.

11. A decoração dos stands será da inteira responsabilidade dos seus ocupantes, devendo o

participante, antecipadamente, prever e garantir todo e qualquer material que necessitar para o efeito. Não poderá, contudo, ser modificada a estrutura do stand.

12. É da exclusiva responsabilidade dos participantes o cumprimento das obrigações legais em

vigor, nomeadamente, fiscal, higiene e segurança alimentar e saúde, higiene e segurança no trabalho.

13. Cada participante será responsável pelo seu livro de reclamações.

Art. 5º

Disposições específicas para o sector Agro-alimentar (Doceiras)

1. As doceiras e todo o pessoal adstrito ao sector agro-alimentar deverão estar equipados com bata de cor clara (de preferência branca) e touca branca.

2. É obrigatório o uso de pinças ou luvas descartáveis para manipular os alimentos (doces). 3. Os alimentos (os doces) devem estar devidamente protegidos, de forma a evitar que os

mesmos contactem directamente com o ar. Não cobrir os alimentos com panos. 4. Cada expositor deverá estar arrumado e ter no seu interior um balde de lixo de comando

não manual (com pedal) devidamente equipado com saco de lixo. 5. O armazenamento dos alimentos efectuado em caixas de cartão deve ser feito de forma

cuidada de modo a que os alimentos não contactem directamente com o cartão (ex.: colocar folhas de papel vegetal a cobrir o interior das caixas).

6. Os alimentos expostos devem estar devidamente etiquetados com o respectivo preço. 7. Sempre que o cliente leve alimentos, o vendedor deverá colocar/utilizar caixas de papel

individuais para o efeito. 8. Os vendedores deverão ter os cuidados devidos de higiene, apresentação e arrumação,

quer dos próprios, quer do espaço que lhes foi atribuído. 9. Se os vendedores verificarem que os produtos que irão ser expostos requerem frio,

poderão/deverão levar para o recinto, meios para o efeito (ex. frigorífico). 10. Doceiras que realizem frituras deverão ter atenção ao estado do óleo de fritura. 11. Os resíduos produzidos deverão ser recolhidos selectivamente, designadamente vidro,

papel e cartão e embalagens.

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FESTIVAL DA BATATA-DOCE DE ALJEZUR Normas de Participação | 2010

Art. 6º

Disposições específicas para o sector da Restauração

1. O Festival da Batata-doce de Aljezur contará com espaços destinados a tasquinhas e restaurantes que pretendam participar, ficando porém condicionadas aos seguintes aspectos:

a. Serão 3 os espaços destinados às tasquinhas, somente atribuídos a associações ou colectividades locais;

b. O serviço prestado nos espaços mencionados na alínea anterior constará essencialmente de petiscos;

c. Serão 4 os espaços destinados a restaurantes do concelho;

d. As tasquinhas e os restaurantes deverão primar pela qualidade no serviço

prestado nestes espaços.

e. A organização cederá a cada espaço de restauração, o material para as mesas, respectivamente as toalhas para cobrir ás mesmas.

2. Deverão ser adoptadas as seguintes práticas higio-sanitárias:

a) Os funcionários deverão apresentar-se e ter os comportamentos higio-sanitários

praticados no seu estabelecimento;

b) O pessoal da cozinha deverá estar equipado com bata branca, avental e touca, bem como sapatos apropriados;

c) No interior da cozinha, deverá existir todo o cuidado na manipulação dos alimentos;

d) Sempre que se justifique os vendedores poderão/deverão levar para o recinto

equipamentos que melhorem as suas condições laborais (equipamentos de frio e lavagem de louça);

e) Todos os alimentos, quando expostos, nunca deverão ser ao ar, devendo por isso estar

cobertos (dependendo do tipo de alimento) e, de igual forma, estar devidamente etiquetados com o respectivo preço;

f) No interior da cozinha deverão existir contentores de lixo de comando não manual

(com pedal), devidamente equipados com saco de lixo;

g) A remoção de lixo deve ser efectuada de forma conveniente, evitando a hora de maior fluxo de pessoas e passar com o lixo junto das mesmas;

h) O interior da cozinha deverá, dentro do possível, estar limpo, higienizado e sem

grande desarrumação;

i) O pessoal que serve à mesa deverá utilizar o vestuário que é utilizado no estabelecimento, mais o avental que será cedido pela organização;

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FESTIVAL DA BATATA-DOCE DE ALJEZUR Normas de Participação | 2010

j) Todo o pessoal adstrito ao sector da restauração deverá ter os devidos cuidados de higiene, apresentação e arrumação, quer dos próprios, quer do espaço que lhes foi atribuído;

k) Os resíduos produzidos deverão ser recolhidos selectivamente, designadamente vidro,

papel e cartão, embalagens e óleos usados, sendo proibido o despejo destes últimos nos esgotos das cozinhas.

3. O sector da restauração representado no recinto (tasquinhas e restaurantes) compromete-se a fornecer 20 refeições/cada para a Organização, conforme o seguinte: a) No acto do pedido, deverá ser apresentada uma senha comprovativa, fornecida pelo

Secretariado do evento;

b) A refeição referida na senha consiste numa entrada (pão, manteigas e/ou azeitonas), prato principal e sobremesa, assim como numa bebida (vinho, refrigerante ou água);

c) O vinho referido no ponto anterior refere-se a um copo;

d) O excedente, que não seja o expressamente referido nas alíneas anteriores, será

suportado pelos mesmos.

Art. 7º

Outras Disposições

1. A participação no evento implica a aceitação das presentes normas sem reservas;

2. O não cumprimento das mesmas relevará aquando da avaliação da participação da entidade em futuros eventos, organizados pelo Município;

3. As dúvidas ou os casos omissos, suscitados pela aplicação das normas de participação

vigentes, serão resolvidos pela Organização do Festival, depois de ouvidos os intervenientes;

4. Das decisões tomadas nos termos no número anterior, não cabe recurso.

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Anexo 3

Modelo dos Ofícios e convites enviados para a realização do

evento

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FESTIVAL DA BATATA-DOCE DE ALJEZUR | 2010

26 a 28 de Novembro | Espaço Multiusos

“Reunião - FESTIVAL DA BATATA-DOCE DE ALJEZUR 2010”

Entre os dias 26 e 28 de Novembro, no novo Espaço Multiusos, mais uma edição do FESTIVAL DA

BATATA-DOCE DE ALJEZUR, uma organização conjunta do Município de Aljezur e da Associação de

Produtores da Batata-doce de Aljezur.

Neste contexto, a Organização convoca V. Exa (s). a participar na reunião que se irá realizar no próximo

no dia 14 de Outubro, pelas 12:00h, na Antiga Escola C+S.

A reunião terá como objectivo abordar assuntos relacionados com o Festival da Batata-Doce,

nomeadamente sobre as normas e condições de participação, sendo a v/ presença na mesma,

indispensável para participação no evento.

Para tal, solicitamos que nos confirme a participação de V. Exa (s). na reunião (através do Tel. 282990020

– Sofia Pereira, do Fax nº 282 990 019 ou pelo e-mail [email protected]), até às 15:30h do dia 12 de

Outubro (Terça-feira).

Com os melhores cumprimentos,

António José Monteiro Carvalho Vereador

Exmº(s). Sr(s).

CÉLIA ALMEIDA

Rua dos Bombeiros, Lt. n.º 3 - Igreja Nova

8670 - 084 Aljezur

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Anexo 4

Nota de Imprensa

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26 A 28 DE NOVEMBRO 2010

Novo ESPAÇO MULTIUSOS DE ALJEZUR

Em Aljezur irá decorrer a partir do dia 26 a 28 de Novembro, o

FESTIVAL DA BATATA-DOCE. Iremos festejar uma preciosa

herança deixada pelos nossos antepassados, um verdadeiro

tesouro gastronómico – a Batata-Doce de Aljezur. Venha

festejar connosco num novo espaço e desfrute de um fim-de-

semana diferente, cheio de diversão, com uma paisagem única

e (com)prove o que há de melhor.

O FESTIVAL DA BATATA-DOCE DE ALJEZUR, sob a marca Saberes e Sabores Vicentinos,

pretendem valorizar, promover, preservar e conjugar os saberes das gentes com os sabores

únicos dos produtos oriundos desta terra plantada entre a serra e o mar, de onde resultam

produtos de características únicas, que enriquecem uma rica e diversificada gastronomia

local, onde a Batata-Doce de Aljezur, assume naturalmente um papel de especial relevo.

Aljezur desde sempre esteve ligada a actividades agrícolas, com recurso a técnicas e

métodos tradicionais que subsistiram no tempo, permanecendo imutáveis até aos nossos

dias. A Batata-Doce de Aljezur, é a expressão visível desta imutabilidade, sendo hoje cada

vez mais reconhecida como ex-líbris da nossa identidade cultural. As condições ambientais

únicas permitem o harmonioso crescimento das famosas “raízes de pele castanho

avermelhado e polpa amarela”. O sol, as terras, as águas e o saber dos nossos agricultores

fazem das batatas-doces de Aljezur um produto de qualidade única. Considerado desde há

muito, um alimento completo, permite-lhe entrar numa vasta gama de receitas

gastronómicas, tanto em pratos de carne como de peixe, e num vasto leque de doces. O

segredo desta qualidade, prende-se com a forma tradicional como continua a ser cultivada,

que lhe permitiu recentemente ver atribuído pela comunidade Europeia a certificação de

Indicação Geográfica Protegida(IGP) Batata doce de Aljezur.”

Este festival assume uma forte índole gastronómica, visando promover e divulgar a batata-

doce mas também as demais actividades económicas, bem como o nosso inigualável

património natural.

Venha conhecer Aljezur. Garantimos um fim-de-semana bem passado com muitas actividades

ao seu dispor neste novo espaço Multiusos. Venha e (com)prove que em Aljezur é melhor!

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Anexo 5

Exemplo de ementas padrão apresentados para o Evento

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Restaurante

TABERNA

DO GABRIEL

Pratos

Rojões à moda do chefe com Batata-doce .............................................. 9,25 €

Polvo Guisado com Batata-doce ............................................................. 9,50 €

Jantarinho de Batata-doce com feijão, carne de porco e enchidos ......... 9,50 €

Polvo frito com Batata-doce ................................................................... 9,75 €

Galinha de ensopado com molho de amendoim ..................................... 9,75 €

Ensopado de borrego com Batata-doce ................................................... 10,00 €

Feijoada de Búzios .................................................................................. 11,25 €

26 a 28 NOV | 2010 E

M

E

N

T

A

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Anexo 6

Outdoor do festival da Batata-Doce

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Anexo 7

Exemplo de Certificados

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José Manuel Velhinho Amarelinho

_________________________ Presidente da Câmara Municipal de Aljezur

António Henrique

__________________________

Presidente da Associação de Produtores da Batata-doce de

Aljezur

CCeerrttiiffiiccaaddoo

Aljezur, 27 de Novembro de 2010

Concedido a

Helena Fernandes, pelo 1º PRÉMIO – CONCURSO

DE DOCES DE BATATA-DOCE, realizado no Festival

da Batata-doce de Aljezur que decorreu de 26 a 28 de

Novembro de 2010.

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Anexo 8

Mapa Mental dos eixos estratégicos, objectivos e acções de

desenvolvimento para Aljezur

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