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ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA EMESCAM CAMILA ARESI COTTICA TAUHANA SILVA SANTOS PERFIL DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM: EMPREGABILIDADE E APRIMORAMENTO PROFISSIONAL VITÓRIA 2016

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ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA – EMESCAM

CAMILA ARESI COTTICA TAUHANA SILVA SANTOS

PERFIL DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM: EMPREGABILIDADE E APRIMORAMENTO PROFISSIONAL

VITÓRIA 2016

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CAMILA ARESI COTTICA TAUHANA SILVA SANTOS

PERFIL DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM: EMPREGABILIDADE E APRIMORAMENTO PROFISSIONAL

Trabalho de conclusão de curso apresentado

à Escola Superior de Ciências da Santa

Casa de Vitória como requisito parcial para

obtenção do grau de bacharel em

Enfermagem.

Orientadora: Prof. Sara Martins de Barros

Maestri

VITÓRIA

2016

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CAMILA ARESI COTTICA TAUHANA SILVA SANTOS

PERFIL DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM DE UMA INSTITUIÇÃO HOSPITALAR FILANTRÓPICA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, BRASIL:

EMPREGABILIDADE E APRIMORAMENTO PROFISSIONAL

Trabalho de conclusão de curso apresentado à Escola Superior de Ciências da Santa

Casa de Vitória como requisito parcial para obtenção do grau de bacharel em

Enfermagem.

Aprovada em ____ de ______________de_______.

BANCA EXAMINADORA

Prof. (a) Esp. Sara Martins de Barros Maestri Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória – EMESCAM. Orientadora.

Prof. Ms Bruno Henrique Fiorin Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória – EMESCAM.

Prof.(a) Esp.Alessandra Murari Porto Ferreira Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória – EMESCAM.

Prof. Esp. Renato Vidal de Oliveira Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória – EMESCAM.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente а Deus qυе nos permitiu qυе tudo isso

acontecesse, ао longo de nossas vidas, е não

somente nestes anos como universitárias, mas que

em todos os momentos é o maior mestre qυе alguém

pode conhecer.

Agradecemos а todos os professores por nos

proporcionar о conhecimento não apenas racional,

mas а manifestação do caráter е afetividade da

educação no processo de formação profissional, em

especial à nossa orientadora, professora Sara

Maestri, que nos orientou e apoiou para

conseguirmos chegar até aqui e ao amigo José Lucas

Ramos, que dedicou seu tempo a nos ajudar a

concretizar mais uma etapa da graduação. Aos nossos pais e irmãos, que nоs momentos dе nossa ausência, dedicados ао estudo superior, sеmprе fizeram entender qυе о futuro é feito а partir dа constante dedicação nо presente! A todos qυе direta оυ indiretamente fizeram parte dа minha formação, о mеυ muito obrigado.

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EPÍGRAFE

“Homens e mulheres desejam fazer um bom trabalho. Se lhes for dado o ambiente adequado, eles o farão.”

Bill Hewlett Fundador da Hewlett-Packard

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RESUMO

INTRODUÇÃO: A equipe de enfermagem convive constantemente com a imprevisibilidade, limitações de recursos humanos, materiais e estruturais, que influenciam diretamente na qualidade da assistência prestada. Sendo assim, é de suma importância, o dimensionamento adequado dos profissionais, buscando novas informações, como o desenvolvimento de atividades de treinamento, aperfeiçoamento e aprendizagem contínua, para exercer seu trabalho com competência. Por este motivo, é importante analisar os fatores que contribuem para o aprimoramento e a qualificação dos profissionais de saúde, juntamente com a situação profissional da categoria de enfermagem das instituições hospitalares. OBJETIVO: Analisar o perfil da equipe de enfermagem de uma instituição hospitalar filantrópica, acerca do aprimoramento e empregabilidade profissional. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, pautado em uma abordagem quantitativa, realizado no município de Vitória, Espírito Santo, tendo como cenário uma instituição hospitalar filantrópica. O estudo foi composto por 69 enfermeiros e 213 técnicos de enfermagem. Totalizando 282 trabalhadores. Foram utilizados critérios de inclusão: ser técnico de enfermagem ou enfermeiro e estar devidamente contratado na instituição, e de exclusão: auxiliares de enfermagem e, os técnicos de enfermagem e enfermeiros que estiveram de licença médica. A coleta de dados foi realizada entre os meses de fevereiro e março de 2016. O instrumento utilizado foi elaborado com base no estudo de Machado e Vieira. A análise dos dados foi realizada por meio do pacote estatístico SPSS versão 22. Os dados foram organizados através do Microsoft Excel 2010. O estudo atendeu aos preceitos éticos da lei 466/12, recebendo parecer de aprovação do CEP sob nº.1.356.936 RESULTADOS: Prevaleceu a presença do sexo feminino e de técnicos de enfermagem nesta instituição. Nota-se que a maioria dos colaboradores não fizeram um aprimoramento profissional por motivos de falta de condições financeiras, porém gostariam de fazer uma qualificação. A maioria dos profissionais não assina revistas científicas de enfermagem e usam como modalidade de aprimoramento a internet. A pesquisa aponta que o tempo de profissão em enfermagem e na instituição se iguala no período entre 1 a 10 anos. Observa-se que a maioria dos colaboradores não estiveram desempregados e os que estavam, sentiram dificuldades de encontrar emprego, por não ter oportunidades no setor de especialização. Grande parte da equipe de enfermagem possui apenas um emprego nesta profissão, sendo que os que possuem mais de um, trabalham em setor público ou privado. CONCLUSÃO: Os profissionais de enfermagem apesar de apresentarem interesse em seu aperfeiçoamento, não realizam em sua maioria, atividades de aprimoramento e qualificação profissional, principalmente devido às dificuldades socioeconômicas. A internet tem contribuído como um importante meio de informação e capacitação entre estes.

Palavras-chave: Enfermagem. Processo de trabalho. Qualificação profissional.

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ABSTRACT

INTRODUCTION: The nursing team lives constantly with the unpredictability, limitations of human resources, materials and structural funds, which directly influences the quality of care provided. Therefore, it is of utmost importance, the proper sizing for professionals, seeking new information, such as the development of training activities, training and continuous learning, to exercise his work with competence. For this reason, it is important to analyze the factors that contribute to the improvement and qualification of health professionals, along with the professional status of the nursing category of the hospital institutions. OBJECTIVE: To analyze the profile of the nursing staff of a hospital institution philanthropic organizations, about the enhancement and employability training. METHODOLOGY: It is a descriptive study, based on a quantitative approach, performed in the city of Vitória, Espírito Santo, against the backdrop of a hospital institution philanthropic organizations. The study was composed of 69 nurses and 213 nursing technicians. A total of 282 workers. We used the following inclusion criteria: be licensed practical nurses or nursing and be properly engaged in the institution, and of exclusion: auxiliary nurses and nursing technicians and nurses who have medical license. The data collection was carried out between the months of February and March 2016. The instrument used was based on the study of Machado and Vieira. The data analysis was performed using the statistical package IBMSPSS version 22. The data were organized using Microsoft Excel 2010. The study met the ethical precepts of Law 466/12, receiving advice from approval of the CEP under No. 1,356,936 RESULTS: prevailed for the presence of females and nursing technicians in this institution. It should be noted that the majority of employees do not have a professional improvement on grounds of lack of financial conditions, but would like to make a qualification. The majority of professionals does not sign scientific journals in nursing and use it as a means of enhancing the internet. The research points out that the time of profession in nursing and in the institution equals the period between 1 to 10 years. It is observed that the majority of employees were not unemployed and those who were, experienced difficulties in finding employment, for not having opportunities in the sector of specialization. A large part of the nursing team has only one job in this profession, and that those who have more than one, work in public or private sector. CONCLUSION: The nursing professionals despite interest in his perfection, don't realize in their majority, activities of improvement and professional qualification, mainly due to the socioeconomic difficulties. The internet has contributed as an important means of information and training among these. Keywords: Nursing. Work process. Professional Qualification.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Perfil dos participantes do estudo. Vitória, ES, Brasil, 2016................22

Tabela 2 – Aprimoramento e Qualificação Profissional, Vitória, ES. Brasil,

2016............................................................................................................................22

Tabela 3 – Dedicação a aprimoramentos diversos. Vitória, ES. Brasil, 2016.......23

Tabela 4 – Acesso à internet, Vitória, ES. Brasil, 2016..........................................24

Tabela 5 – Tempo de Serviço Profissional, Vitória, ES. Brasil, 2016...................24

Tabela 6 – Empregabilidade Profissional, Vitória, ES. Brasil, 2016.....................25

Tabela 7 – Atividades de Trabalho. Vitória, ES. Brasil, 2016................................26

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LISTA DE GRÁFICO

Gráfico 1 - Assinatura de alguma revista científica de enfermagem. Vitória, ES.

Brasil, 2016................................................................................................................23

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LISTA DE SIGLAS

CEP Centro Educacional de Pesquisa

COFEN Conselho Federal de Enfermagem

EA Eventos Adversos

EAD Ensino à Distância

IAA Instituto Administração Automação

IAPB Instituto de Aposentadoria e Pensão dos Bancários

IAPETEC Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Empregados em

Transportes e Cargas

IAPI Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas

IPASE Instituto de Pensão e Aposentadorias dos Serviços Estaduais

PAP Programa de Aprimoramento

PNEPS Política Nacional de Educação Permanente em Saúde

RGMV Região Metropolitana do Município de Vitória

SPSS Statistical Analysis Software

SUS Sistema Único de Saúde

TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 10

2 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................. 12

2.1 O mercado de trabalho na enfermagem .............................................................. 12

2.2 Processo de trabalho na saúde hospitalar .......................................................... 13

2.3 Qualificação profissional em enfermagem ........................................................... 15

3 OBJETIVOS ........................................................................................................... 18

3.1 Objetivo geral ...................................................................................................... 18

3.2 Objetivos específicos .......................................................................................... 18

4 METODOLOGIA .................................................................................................... 19

4.1 Tipo de Estudo .................................................................................................... 19

4.2 Local de estudo ................................................................................................... 19

4.3 População do estudo ........................................................................................... 20

4.4 Coleta de dados .................................................................................................. 20

4.5 Análise de dados ................................................................................................. 21

4.6 Aspectos éticos e legais da pesquisa .................................................................. 21

5 RESULTADOS ....................................................................................................... 22

6 DISCUSSÃO .......................................................................................................... 27

7 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 32

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 33

ANEXOS ................................................................................................................... 37

Anexo A – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ................................... 37

Anexo B - Carta de Anuência ................................................................................. 38

Anexo C – Parecer Consubstanciado do CEP ...................................................... 39

APÊNDICE ................................................................................................................ 40

Apêndice A – Instrumento de Coleta de Dados .................................................... 40

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1 INTRODUÇÃO

O que distingue a maioria das organizações bem-sucedidas é a maneira como

administra sua força de trabalho, nesse sentido, o talento para obter e sustentar

vantagens competitivas está nas pessoas que formam esta força, necessitando de

pessoas certas nas posições corretas. Para sobreviver e prosperar, as organizações

devem buscar uma estruturação sólida, baseada em equipes consolidadas,

conscientes de suas atitudes, de seus comportamentos e posturas, sempre alinhados

aos valores da organização (PALLOCI, 2011).

Em vista que a magnitude e a capacidade da força de trabalho em saúde repercutem

positivamente no cuidado ao paciente, é de suma importância um dimensionamento

adequado de trabalhadores para atuar na assistência ao paciente nas diversas

instituições de saúde. O gestor em saúde precisa buscar estratégias para assegurar

o atendimento de qualidade, uma vez que a força de trabalho da enfermagem é

consideravelmente maior em comparação com o número total de profissionais de

saúde, especialmente no ambiente hospitalar (SCHUTZ, 2011).

A Enfermagem exerce um cuidado permanente e contínuo ao lado do paciente,

aplicando ciência e técnica, de forma que torna-se importante conhecê-la, para

avançar tanto nos processos de trabalho quanto em alcançá-la em suas necessidades

motivacionais e de satisfação no trabalho (BEZERRA et al, 2010).

Percebe-se também uma diferença de divisão técnica e social do trabalho na

profissão, e que a depender do contexto, tem-se uma dada composição da força de

trabalho e da sua expressão enquanto fazer/saber, expressa em números de

profissionais, em postos de trabalho, em estratificação das categorias (PEREIRA,

2009).

Leva-se em consideração que a equipe de enfermagem convive constantemente com

a imprevisibilidade, a gravidade da situação dos usuários e a limitação de recursos

humanos, materiais e estruturais, o que influencia a qualidade da assistência prestada

(SILVA et al, 2012).

A enfermagem, por ser uma profissão formada por um corpo específico de

conhecimento na área da saúde, não pode se eximir de buscar novas informações e

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técnicas, para exercer seu trabalho com mais competência profissional (TANABE;

KOBAYASHI, 2013).

Com isso, instituições de saúde adotam o Programa de Aprimoramento (PAP), que é

um programa de bolsas de estudo que tem como objetivo capacitar os participantes

para atuação qualificada e diferenciada, promovendo o aperfeiçoamento do

desempenho profissional por meio da oportunidade de acesso a novos conhecimentos

teóricos e ênfase nas práticas específicas (TANABE; KOBAYASHI, 2013).

Sendo assim, considerando a centralidade do trabalho da enfermagem no contexto

da assistência hospitalar e a relevante participação do enfermeiro no processo de

organização, planejamento e avaliação da assistência, estudar estes processos é de

fundamental importância, pois permite o desenvolvimento de atividades de

treinamento, aperfeiçoamento e aprendizagem contínua. Além disso, chama-se

atenção para a necessidade de mais estudos nesta área, tendo em vista a crescente

presença do profissional Enfermeiro nos serviços públicos de saúde.

Portanto, este estudo justifica-se pela necessidade de que os gestores de

enfermagem tenham um retrato amplo e atual desses trabalhadores, para que sejam

identificados os fatores que geram satisfação no trabalho, os aspectos relacionados

ao acesso à informação técnico-científica e à situação profissional e de trabalho da

equipe de enfermagem.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 O mercado de trabalho na enfermagem

A saúde constitui uma importante parte no mercado de trabalho, como nos demais

serviços. Nesse sentido, nos últimos anos, os espaços de atuação do profissional de

enfermagem vêm se ampliando tanto dentro do setor público quanto do privado, nas

áreas assistencial, administrativa, como também no ensino e pesquisa, com isso,

provocando um aumento de interesse em conhecer a profissão, bem como um

aumento dos números de vagas nas faculdades para a carreira (FERREIRA, 2007).

O mercado de trabalho vem exigindo cada vez mais um profissional diferenciado,

capaz de elaborar respostas criativas aos desafios da realidade. Como forma de

aquisição de conhecimentos, a pós-graduação tornou-se uma das exigências para o

profissional, não restringindo-se apenas a um mérito (FERREIRA, 2007).

Missio, Vieira e Lahn (2008), preconizam que a busca por maior produtividade do

trabalho tem induzido a diminuição da oferta e a ampliação da base de exigências

qualitativas do trabalhador; maior escolaridade e proatividade.

Machado (2012) aponta um grave problema enfrentado pela equipe de enfermagem:

a precarização das condições de trabalho com vulnerabilidade social do trabalhador

especialmente no âmbito do serviço público, profissionais estão submetidos a dupla e

tripla jornada de trabalho devido aos baixos salários, com incertezas e riscos, afetando

assim, a qualidade de vida do trabalhador em saúde.

Segundo o Conselho Federal de Enfermagem - COFEN (2016), o estado do Espírito

Santo é composto por 34.437 profissionais de enfermagem: 4.375 auxiliares de

enfermagem, 22.328 técnicos de enfermagem, 7.711 enfermeiros e 23 enfermeiros

obstétricos sendo o décimo quarto estado do Brasil com o maior número de

profissionais de enfermagem.

A enfermagem por tradição e cultura é formada quase integralmente por mulheres. O

Conselho Federal de Enfermagem - COFEN (1980), apontou que a categoria era

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hegemonicamente feminina, porém mostrava um discreto aumento da mão de obra

masculina na profissão. Mostra-se no estudo feito por Machado (2016) que a equipe

de enfermagem no Brasil em 2016 é composta 85,1% pelo sexo feminino e 14,4% no

sexo masculino.

2.2 Processo de trabalho na saúde hospitalar

O processo de trabalho da enfermagem no país vem passando por várias fases de

desenvolvimento ao longo dos anos, tendo em vista o contexto histórico da

enfermagem e da sociedade brasileira. Essas mudanças são decorrentes das

transformações no quadro sócio-político e econômico da educação e da saúde no

Brasil e no mundo (PEREIRA, 2009).

A enfermagem surgiu do desenvolvimento e evolução das práticas de saúde no

decorrer dos períodos históricos. As práticas de saúde instintivas foram as primeiras

formas de prestação de assistência. Num primeiro estágio da civilização, estas ações

garantiam ao homem a manutenção da sua sobrevivência, estando na sua origem,

associadas ao trabalho feminino, caracterizado pela prática do cuidar nos grupos

nômades primitivos, tendo como pano-de-fundo as concepções evolucionistas e

teológicas (BRASIL, 2005).

Ao longo dos anos da década de 20, o modelo da política em saúde do Brasil sofre

uma série de modificações em especial com a unificação dos institutos e das caixas

de pensões, assistências e benefícios como IAPI (Instituto de Aposentadoria e

Pensões dos Industriários), IAPETEC (Instituto de Aposentadorias e Pensões dos

Empregados em Transportes e Cargas), IPASE (Instituto de Pensão e Aposentadorias

dos Serviços Estaduais), IAA (Instituto Administração Automação), IAPB (Instituto de

Aposentadoria e Pensão dos Bancários), etc. Surge a oportunidade da criação de

planos privados de atenção médica que passam a realizar convênios com as

empresas e com o Estado para ofertar a atenção médica individual para trabalhadores

(BRASIL, 2005).

Na década de setenta, o Brasil enfrentou um momento político de ditadura militar.

Naquele período da história, em meio a uma crise mundial, no mundo capitalista,

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inicia-se a mobilização da Reforma Sanitária Brasileira, que preconizava um novo

modelo voltado à assistência primária de saúde, tema central na Conferência

Internacional de Alma Ata, em 1978. Em 1988 a 8a Conferência de Saúde no Brasil

institui que a saúde é direito do cidadão e dever do Estado (PEREIRA, 2009).

Na década de 90 o Sistema Único de Saúde (SUS), passa a ser operacionalizado a

partir das leis 8080/90 e 8142/90 e pela portaria 648/GM de 2006 que destaca que a

atenção à saúde deve ser orientada pelos princípios da universalidade, acessibilidade,

coordenação do cuidado, vínculo e continuidade, integralidade, responsabilização,

humanização, equidade, participação social, com enfoque no trabalho de equipe,

considerando sempre o contexto onde cada indivíduo vive (PEREIRA, 2009).

O profissional da enfermagem é um trabalhador que acumula diversas funções. Atua

na assistência ao paciente, na realização de procedimentos, sendo o responsável pelo

cuidado direto e é, na maioria das vezes, o agente incumbido de administrar e

organizar o funcionamento da unidade onde atua. Desse modo, o Ministério da

Educação (1994) define na Portaria n.º 1.721/94, o perfil do enfermeiro na perspectiva

de uma formação generalista com competências para desenvolver atividades em

diferentes áreas: assistência individualizada e coletiva, administrativa, ensino e

pesquisa. A Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, dispõe sobre o exercício da

Enfermagem, regulamentando a função privativa do Enfermeiro, Técnico de

Enfermagem, Auxiliar de Enfermagem e Parteiro (NEVES, 2016).

A enfermagem promove ações preventivas, curativas, promocionais e reabilitadoras.

Essas exigências sobrepõem aos trabalhadores cargas de trabalho específicas que

trazem repercussões importantes à saúde física e mental, além de exposições diárias,

tais como: estressores psicológicos relacionados a carga de trabalho e à doenças

infecciosas, agentes químicos, violência, turnos e perigos ergonômicos

(RODRIGUES, 2015).

Machado (2016), destaca que 34,7% da equipe de enfermagem no Brasil tem jornada

de 31 a 40 horas semanais de trabalho, e 38,6% têm jornadas acima de 41 horas a

mais de 80 horas. Outro dado importante desse estudo mostra que a força de trabalho

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dessa categoria é composta por uma equipe jovem, não há diferença significativa

entre os enfermeiros e técnicos/auxiliares de enfermagem.

O Brasil é composto por 6,9% de trabalhadores em início de vida profissional, estando

há menos de 2 anos no mercado de trabalho. Com 46,3% encontram-se profissionais

que atuam entre 2 a 10 anos representando quase a metade de toda a equipe. Nessa

faixa encontram-se os profissionais que buscam se qualificar e se preparar

tecnicamente para enfrentar a competição e as inovações inerentes ao mercado de

trabalho. Com 11 a 30 anos de carreira constata-se que existem 34,3% enquanto 3,1%

representam os profissionais com mais de 31 anos de atividade (MACHADO, 2016).

2.3 Qualificação profissional em enfermagem

Nas instituições hospitalares, a enfermagem desempenha importante papel na

preparação da infraestrutura para a realização segura e eficaz dos procedimentos

clínicos propostos, assim como os de auxílio à área médica; além de ações

assistenciais, a enfermagem promove educação em saúde e orientações preventivas,

visando o autocuidado e facilitando a reintegração social do paciente (SILVA;

SEIFFERT, 2009).

Todavia, para realizar esses procedimentos com sabedoria e segurança é necessário

que se faça um investimento na educação profissional. O enfermeiro e o técnico de

enfermagem precisam aprimorar-se constantemente, atualizar-se em novos métodos

de cuidados, novas tecnologias em saúde e atentar-se para as frequentes inovações

medicamentosas do mercado. A empresa de saúde, precisa investir na educação

continuada de sua força de trabalho, para garantir que seus profissionais permaneçam

sempre preparados para uma prestação de cuidados de qualidade e atualizados para

o melhor que o mercado tem a oferecer (PEDUZZI, 2009).

Sendo assim, entende-se que para atingir sucesso nas atividades de educação, deve-

se utilizar-se de estratégias que fomentem este processo. Neste caso, a educação em

saúde pode ser dividida em educação continuada e permanente (PEDUZZI, 2009).

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A Educação Continuada é um conjunto de práticas usuais que objetivam mudanças

pontuais nos modelos hegemônicos de formação e atenção à saúde. É “um processo

que busca proporcionar ao indivíduo a aquisição de conhecimentos, para que ele

atinja sua capacidade profissional e desenvolvimento pessoal, considerando a

realidade institucional e social” (SILVA; SEIFFERT, 2009).

O comprometimento dos profissionais de saúde e a sua participação nos programas

de Educação Continuada devem ocorrer sistematicamente, visto que à integração

otimiza a atuação das equipes em consonância com a realidade da instituição (SILVA;

SEIFFERT, 2009)

A Educação Permanente em Saúde apresenta-se como uma proposta de ação

estratégica capaz de contribuir para a transformação dos processos formativos, das

práticas pedagógicas e de saúde e para a organização dos serviços, empreendendo

um trabalho articulado entre o sistema de saúde, em suas várias esferas de gestão, e

as instituições formadoras (BRASIL, 2004).

Segundo o Ministério da Saúde (2004, p.10):

(...)A educação permanente é a realização do encontro entre o mundo de formação e o mundo de trabalho, onde o aprender e o ensinar se incorporam ao cotidiano das organizações e ao trabalho. Propõe-se, portanto, que os processos de qualificação dos trabalhadores da saúde tomem como referência as necessidades de saúde das pessoas e das populações, da gestão setorial e do controle social em saúde e tenham como objetivos a transformação das práticas profissionais e da própria organização do trabalho e sejam estruturados a partir da problematização

da atuação e da gestão setorial em saúde.

As demandas para a capacitação não se definem somente a partir de uma lista de

necessidades individuais de atualização, ou das orientações dos níveis centrais.

Porém, estas, prioritariamente, definem-se desde a origem dos problemas que

acontecem no dia-a-dia do trabalho referentes à atenção à saúde e à organização do

trabalho, considerando, sobretudo, a necessidade de realizar ações e serviços

relevantes e de qualidade (BRASIL, 2004).

A qualificação profissional deve estar em conformidade e sintonia com os padrões de

competitividade do mercado de trabalho, destacando que é imprescindível que os

enfermeiros que atuam nos serviços de saúde estejam, constantemente, buscando

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um saber científico que subsidie a prática assistencial. Os cursos de pós-graduação

lato sensu na área de enfermagem propõem ao profissional um preparo direcionado

a uma área determinada do conhecimento, com vistas, a aprimorar a prática do

cuidado ao cliente, usuário, família e comunidade (OLIVEIRA et al, 2009).

Pinho (2006, p. 69) relata que “no plano individual, certas competências e habilidades

técnicas somadas a um conhecimento amplo, têm sido cada vez mais desejáveis,

englobados sob a ótica da multiespecialização, responsável por tornar o profissional

apto a superar desafios e romper com uma visão de trabalho linear e previsível”.

Manter atualizados os conhecimentos sobre a profissão é um dever do profissional de

enfermagem prescrito no Código de Ética e uma necessidade num mercado de

trabalho cada vez mais competitivo. Sendo assim a lei 8080/90 enfrentou um grande

desafio na implantação da nova lei onde introduz o “conceito de qualidade em conjunto

de ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada

caso em todos os níveis de complexidade do sistema” (PINHO, 2006).

O trabalho em equipe multidisciplinar surge assim como uma estratégia para

redesenhar o trabalho e promover a qualidade dos serviços como: planejamento,

estabelecimento de prioridades, a redução da duplicidade dos serviços, a geração de

intervenções mais criativas, a redução de intervenções desnecessárias pela falta de

comunicação entre os profissionais, a redução da rotatividade, resultando na redução

de custos, como a possibilidade de aplicação e investimentos em outros processos

(PINHO, 2006).

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3 OBJETIVOS

3.1 Objetivo geral

Analisar o perfil da equipe de enfermagem de uma instituição hospitalar filantrópica,

acerca do aprimoramento e empregabilidade profissional.

3.2 Objetivos específicos

- Identificar os fatores que contribuem para o aprimoramento e qualificação

profissional;

- Descrever a situação profissional do corpo técnico de Enfermagem da

instituição.

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19

4 METODOLOGIA

4.1 Tipo de Estudo

Trata-se de um estudo descritivo, pautado em uma abordagem quantitativa.

O trabalho descritivo procura abranger e descrever as características de uma

determinada população, através de técnicas padronizadas de coleta de dados, tais

como o uso de questionário ou outras técnicas (GIL, 2010). Já a abordagem

quantitativa tem como objetivo a busca de explicações aos fatos, possui uma alta

confiabilidade por conter dados concretos, faz-se uso de uma linguagem matemática,

constituída por quadros e tabelas, com descrição numérica que mostram os resultados

do contexto (TURATO, 2005).

4.2 Local de estudo

A presente pesquisa foi desenvolvida em um hospital filantrópico, que atende tanto

pelo Sistema Único de Saúde (SUS) como por convênio particular próprio. Acolhe a

todas as faixas etárias provenientes principalmente de todo o Estado do Espírito

Santo, do leste de Minas Gerais e do sul da Bahia. Trata-se de um hospital de grande

porte sendo referência para as áreas de Clínica médica e Infectologia, Ginecologia,

Cirurgia Geral e ortopedia. Está localizado na cidade de Vitória, capital do Espírito

Santo.

A instituição oferece atendimento de urgência/emergência, consultas médicas,

exames complementares de diagnóstico e tratamento, internações clínicas, cirúrgicas,

pediátricas e UTI e possui 34 especialidades de atendimento: Angiologia,

Anestesiologia, Cardiologia, Cirurgia Buco Maxilo Facial, Cirurgia Geral, Cirurgia

Plástica, Cirurgia Torácica, Cirurgia Vascular, Clínica Médica, Crônicos, Dermatologia,

Endocrinologia, Gastroenterologia, Geriatria, Ginecologia, Hematologia, Homeopatia,

Infectologia, Mastologia, Nefrologia, Neurocirurgia, Neurologia, Nutrologia Infantil,

Obstetrícia, Oftalmologia, Oncologia clínica e cirúrgica, Ortopedia e Traumatologia,

Otorrinolaringologia Pediatria, Pneumologia, Proctologia, Psiquiatria, Reumatologia e

Urologia.

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De acordo com dados disponíveis pela prefeitura, Vitória é constituído por uma ilha

principal, várias ilhas menores no seu entorno além das ilhas da Trindade e Martin

Vaz distantes 1.140 km, e uma parte continental situada ao norte, totalizando uma

área de 98,194 km² e 327.801 habitantes (IBGE, 2010). Vitória integra, juntamente

com os municípios de Cariacica, Fundão, Guarapari, Serra, Viana e Vila Velha a

Região Metropolitana da Grande Vitória (RMGV), que possui cerca de 1.884.096

habitantes.

O sistema de saúde da cidade é composto por: 1 Central de Ambulâncias, 2 Pronto

Atendimento 24h, 30 Unidades Básicas de Saúde, 6 Hospitais Públicos e 10 Hospitais

Particulares.

4.3 População do estudo

O estudo foi composto por 69 enfermeiros e 213 técnicos de enfermagem, totalizando

282 trabalhadores. Para definição da amostra, foram utilizados critérios de inclusão:

ser técnico de enfermagem ou enfermeiro e estar devidamente contratado na

instituição. Como critérios de exclusão: todos os auxiliares de enfermagem e, os

técnicos de enfermagem e enfermeiros, que estiveram de licença médica no período

de coleta de dados.

4.4 Coleta de dados

A coleta de dados foi realizada entre os meses de fevereiro e março de 2016. Para

tanto, foi utilizado um questionário elaborado pelos autores baseado no estudo de

Machado e Vieira (2015), (APÊNDICE A).

O instrumento foi entregue aos profissionais em horários e dias alternados: diurno e

noturno, com objetivo de abordar o máximo de colaboradores, de acordo com suas

escalas de trabalho, inclusive nos finais de semana.

O questionário buscou identificar informações quanto às características de

empregabilidade do profissional (forma de contratação, situação contratual,

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21

quantitativo de vínculos empregatícios, experiência profissional) e de aprimoramento

técnico-científico (cursos, especializações, pesquisas científicas e meios de busca de

informações).

4.5 Análise de dados

A análise dos dados foi realizada por meio do pacote estatístico. Os dados foram

organizados através do Microsoft Excel 2010. Posteriormente, a continuidade dessa

análise deu-se por meio da utilização do pacote estatístico SPSS versão 22. Os dados

foram analisados por medida de organização (frequência e percentual) e medidas de

resumos de dados com média e desvio padrão. A associação entre variáveis

qualitativas foi verificada pela aplicação do teste Qui-quadrado

4.6 Aspectos éticos e legais da pesquisa

A pesquisa obedeceu aos preceitos éticos da lei 466/12 do Conselho Nacional de

Saúde, que trata da pesquisa com seres humanos. Para tanto, os participantes

expressaram sua autorização através do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(TCLE) (ANEXO A), onde foram expostos os objetivos do estudo, bem como a

metodologia aplicada (APÊNDICE A). Este documento foi confeccionado em duas

vias, sendo uma para o participante e outra para registro dos pesquisadores.

A pesquisa foi encaminhada ao comitê de ética em pesquisa da Escola Superior de

Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória, recebendo parecer de aprovação

sob o número de protocolo: 1.356.936 de 08 de dezembro de 2015.

O início da coleta de dados deu-se apenas mediante carta de anuência da direção da

instituição (ANEXO B) e do CEP (ANEXO C), autorizando a pesquisa.

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22

5 RESULTADOS

Os dados da pesquisa mostram que, é predominante, a presença do sexo

feminino (82,3%) na equipe de enfermagem. No entanto, registra-se a

presença de (15.6%) do sexo masculino. Essa categoria é,

majoritariamente, constituída de técnicos de enfermagem (75.5%),

enquanto, de enfermeiros (24.5%).

Tabela 1 - Perfil dos participantes do estudo. Vitória, ES, Brasil, 2016. Variáveis n % Sexo Masculino 44 15.60% Feminino 232 82.30% Omissos 6 2.10% Modalidade Profissional Enfermeiro 69 24.50% Téc. Enfermagem 213 75.50% Função Enfermeiro Assistencial 47 16.70% Enfermeiro Administrativo 19 6.70% Téc. Enfermagem 213 75.50% Omissos 3 1.10% Fonte: Questionário aplicado.

Conforme a tabela 2, 59,9% dos entrevistados não fizeram um aprimoramento

profissional, sendo que o maior motivo foi por falta de condições financeiras com

(33.3%); o segundo maior, por falta de tempo/motivação/estímulo (25.2%), porém,

o mais importante é que (90.4%) gostariam de ter acesso a uma qualificação

profissional.

Tabela 2 - Aprimoramento e Qualificação Profissional, Vitória, ES, Brasil, 2016. Variáveis N % Fez aprimoramento profissional Sim 102 36.20% Não 169 59.90% Omissos 11 3.90% Motivo do não aprimoramento Falta de condições financeiras 94 33.30% Falta de programa e treinamento no trabalho 29 10.30% Falta de tempo/motivação/estímulo 71 25.20% Dificuldades pessoais 26 9.20% Falta de apoio institucional 40 14.20% Nenhuma 9 3.20% Outras 6 2.10% Omissos 7 2.50% Gostaria de fazer qualificação profissional Sim 255 90.40% Não 15 5.30% Omissos 11 3.90% Fonte: Questionário aplicado

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De acordo com o gráfico 1, 86,5% dos profissionais de enfermagem não assina

qualquer revista científica de enfermagem.

Gráfico 1 - Assinatura de alguma revista científica de enfermagem. Vitória, ES.

Brasil, 2016

Fonte: Questionário aplicado.

Conforme a tabela 3, nota-se que a internet e outras leituras, são frequentemente

utilizados como modo de aprimoramento profissional.

Tabela 3 - Dedicação a aprimoramentos diversos. Vitória, ES. Brasil, 2016.

FREQUENTEMENTE RARAMENTE NUNCA OMISSOS Variáveis n % N % n % n % Modalidade de aprimoramento utilizada Eventos Científicos 60 21.30% 69 24.50% 88 31.20% 65 23% Estágios 22 7.80% 64 22.70% 110 39% 86 30.50% Grupo de Estudo 24 8.50% 53 18.80% 121 42.90% 84 29.80% Visita Técnica 32 11.30% 55 19.50% 107 37.90% 88 31.20% Internet 155 54.30% 40 14.20% 27 9.60% 60 21.30% Telessaúde 23 8.20% 30 10.60% 126 44.70% 103 36.50% Outras Modalidades de Aprimoramento 12 4.30% 6 2.10% 17 6% 246 87.20% Tipo de leitura Livros Científicos 62 22% 60 21.30% 79 28% 81 28.70% Revistas Científicas 62 22% 93 33% 52 18.40% 75 26.60% Outras Revistas 54 19.10% 73 25.90% 70 24.80% 85 30.10% Outras Leituras 162 57.40% 46 16.30% 14 5% 60 21.30% Livros de Literatura 83 29.50% 72 25.50% 44 15.60% 83 29.40% Não lê nenhuma revista 22 7.80% 15 5.30% 52 18.40% 193 68.40% Fonte: Pesquisa direta

A tabela 4, demonstra que (71,3%) acessam a internet todos os dias, sendo 89,4%

em casa.

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Tabela 4 - Acesso à Internet, Vitória, ES, Brasil, 2016.

Variáveis n % Frequência de acesso Todos os dias 201 71.30% Uma vez por semana 33 11.70% Raramente 29 10.30% Nunca 7 2.50% Omissos 12 4.30% Local de acesso Em casa 252 89.40% Hospital Santa Casa 41 14.50% Em Outros Ambientes de Trabalho 34 12.10% Na Universidade/Escola 23 8.20% Outro Local 22 7.80% Fonte: Questionário aplicado.

Evidencia-se na tabela 5, que a maioria dos colaboradores exerce a profissão entre 1

a 10 anos (62,8%) e acima de 10 anos (33,3%). Do mesmo modo, na instituição,

(68,5%) estão entre 1 a 10 anos e (14,5%) acima de 10 anos.

Tabela 5 - Tempo de Serviço Profissional, Vitória, ES, Brasil, 2016.

Variáveis n % Na Profissão < 1 Ano 15 5.30% 1 a 10 anos 178 62.80% 11 a 20 anos 70 26.60% 21 a 30 anos 17 6% > 30 anos 2 0.70% Na Instituição < 1 Ano 54 19.10% 1 a 10 anos 193 68.50% 11 a 20 anos 19 6.70% 21 a 30 anos 11 3.90% Omissos 5 1.80% Fonte: Questionário aplicado

Conforme a tabela 6, 90% da equipe de enfermagem não esteve desempregada nos

últimos 12 meses, e dentro dos 5,7% que estiveram desempregados, 4,6% sentiram

dificuldades de arranjar emprego, a maioria, por poucas oportunidades na área que

se especializou (1,8%).

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Tabela 6 - Empregabilidade Profissional, Vitória, ES, Brasil, 2016.

Variáveis n % Esteve desempregado nos últimos 12 meses Sim 16 5.70% Não 254 90.00% Omissos 12 4.30% Dificuldade de arranjar emprego Sim 13 4.60% Não 66 23.40% Omissos 203 72% Motivos de dificuldade Poucas oportunidades na área que se especializou 5 1.80% Falta de profissionais de formação para a área do emprego 3 1.10% Pouca oferta de empregos em tempo parcial 2 0.70% Falta de experiência profissional 5 1.80% Dificuldades relacionadas à idade 1 0.40% Outros 2 0.70% Omissos 264 93.50% Fonte: Questionário aplicado

Na tabela 7, analisa-se que 65,6% dos entrevistados possuem apenas um emprego

na enfermagem e 31,3% têm dois ou mais empregos. A maioria dos que possuem um

vínculo empregatício apenas, trabalha até 50 horas semanais (53,50%), e os que

possuem mais vínculos empregatícios trabalham até 100 horas semanais, com

natureza de outros empregos sendo público (17%) e privativo (14,5%). Destaca-se

ainda que 84% dos colaboradores não exercem outras atividades além da

enfermagem.

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Tabela 7 - Atividades de Trabalho. Vitória, ES, Brasil, 2016.

Variáveis n % Quantos empregos de Enfermagem Um 185 65.60% Dois 81 28.70% Três 7 2.50% Omissos 9 3.20% Carga Horária Semanal 0 a 50h 151 53.50% 51 a 100h 69 24.50% 101 a 150h 2 0.70% 151 a 200h 2 0.70% >200h 1 0.40% Omissos 57 20.20% Natureza de Outros Empregos Público 48 17% Privado 41 14.50% Filantrópico 31 11% Autônomo 2 7% Outros 1 0.40% Omissos 159 50% Outras atividades além da enfermagem Sim 33 11.70% Não 237 84% Omissos 12 4.30% Fonte: Questionário aplicado.

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6 DISCUSSÃO

Os resultados mostram que é prevalente a presença do sexo feminino e de técnicos

de enfermagem nesta instituição. Nota-se que a maioria dos colaboradores não

fizeram um aprimoramento profissional por motivos de falta de condições financeiras,

porém gostariam de fazer uma qualificação. A maioria dos profissionais não assina

revistas científicas de enfermagem e usam como modalidade de aprimoramento a

internet, que acessam todos os dias em casa, e outros tipos de leitura.

A pesquisa aponta que o tempo de profissão em enfermagem e na instituição se iguala

no período entre 1 a 10 anos. Observa-se que a maioria dos colaboradores não

estiveram desempregados e os que estavam, sentiram dificuldades de arranjar

emprego, por não ter oportunidades no setor de especialização. Grande parte da

equipe de enfermagem possui apenas um emprego nesta profissão, com carga

horária de no máximo 50 horas semanais e os que têm mais de um emprego

trabalham em setor público ou privado.

Neste estudo, prevalecem os participantes do sexo feminino, resultado que

assemelha-se aos do estudo de Machado (2015), realizado em âmbito nacional, no

qual 85% dos entrevistados eram mulheres. Pode-se ainda observar essa

concordância em diversos estudos (COELHO, 2005; FERNANDES et al, 2013; SILVA

et al, 2016).

Isto explica-se pelo histórico da Enfermagem, onde as mulheres, no passado, eram

destinadas ao cuidado. Com isso a profissão ficou reconhecida culturalmente como

uma prática sexuada, feminina, fazendo com que preconceitos de gênero

restringissem a participação dos homens na profissão (COELHO, 2005).

Porém, este retrato vem passando por transformações ao longo do tempo, onde o

sexo masculino passou a ser cada vez mais presente, representando rupturas

importantes com estereótipos de gênero relacionados à prática do cuidado (COELHO,

2005).

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Os resultados dessa pesquisa mostram que a equipe de enfermagem é constituída

majoritariamente por técnicos de enfermagem que assumem a responsabilidade do

cuidado direto ao paciente. A insuficiência quantitativa de profissionais de

enfermagem pode impactar na qualidade do cuidado prestado aos pacientes de forma

negativa, resultando em maior risco de eventos adversos (EA), como erros de

medicação, aumento dos índices de morbidade e mortalidade dos pacientes e do

tempo de internação (ARAUJO, 2016).

Entretanto, o quantitativo de enfermeiros nas equipes de trabalho, vêm demonstrando

um crescimento com tendência à expansão, devido a existência de enfermeiros

diaristas, que cuidam da gestão da unidade, em conjunto com o enfermeiro

plantonista, que é o responsável pelo cuidado ao cliente, estabelecendo assim uma

organização dentro da unidade de trabalho, mas que deve ser trabalhado com espírito

de cooperação, para que haja harmonia dentro deste mesmo ambiente (FORMIGA;

GERMANO, 2005).

Há uma divisão técnica dessa categoria profissional, criada por Florence Nightingale:

as nurses (técnicos e auxiliares de enfermagem) e as lady-nurses (enfermeiras). As

lady-nurses eram preparadas para o ensino e supervisão de pessoal e foram

responsáveis pela difusão do sistema Nightingale na Europa e no mundo. Já as nurses

moravam e trabalhavam no hospital durante todo o curso, recebiam um salário e, após

o curso, eram destinadas ao cuidado direto com o paciente (FORMIGA; GERMANO,

2005).

Quanto ao aprimoramento e qualificação profissional, os participantes deste estudo

não o realizam, principalmente desmotivados por questões pessoais. FREITAS; ODA

(2008, p. 232) afirmam que a desatualização científica e tecnológica pode levar a

intercorrências ou erros no processo da assistência de enfermagem.

Sendo assim, baseado no estudo de Martins (2006) entende-se que as instituições e

suas respectivas direções de enfermagem, necessitam aplicar programas de

aprimoramento para sua equipe, moldando assim o perfil da enfermagem, indo ao

encontro dos valores, da missão e da visão da organização, tendo como horizonte o

alcance das metas estabelecidas.

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Chama a atenção que os colaboradores desta instituição, acessem à internet

diariamente, usando-a como referencial de aprimoramento e qualificação profissional.

Fortim (2013) refere-se a um novo comportamento humano, denominado vício em

internet, derivado do uso contínuo da internet devido a popularização de novas

tecnologias e afirma que os principais problemas relatados, se referem à dependência

psicológica, que inclui um desejo irresistível de usar a rede com incapacidade de

controlar esse impulso.

De acordo com Byun et al, (2009), há uma discordância entre os profissionais com

respeito a dependência ou vício da internet, pois os critérios de avaliação são

diferentes e os problemas são diversos.

O Sistema Único de Saúde (SUS) tem a responsabilidade direta na qualificação e

formação de seus profissionais, conforme evidenciado na Constituição Federal de

1988 e na Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS). Dessa

forma, a tecnologia da internet tem sido importante na formação e qualificação de seus

colaboradores, principalmente, em favor da Educação à Distância (EAD) (VARGAS,

2016).

Com os avanços tecnológicos, a internet contribuiu para o aumento de divulgação e

atualização do conhecimento e da ciência. Os artigos científicos têm sido uma grande

fonte de atualização do conhecimento e divulgação da ciência, tanto na área

acadêmica, quanto profissional (SOUZA, 2010).

Decorrente dessa evolução, a internet influenciou as transformações sociais

possibilitando a sociedade armazenar informações em diferentes espaços, os quais

podem ser acessadas por usuários distantes geograficamente, facilitando, assim o

desenvolvimento de pesquisas, preparação de trabalhos, informações atualizadas e

até mesmo a realização de graduação à longa distância (TANABE; KOBAYASHI,

2013).

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Com o uso intensivo da internet, observou-se que a maior parte dos entrevistados não

assina nenhuma revista científica de enfermagem. Esta mudança do paradigma de

busca de informações vem acontecendo rapidamente e tem sido evolutiva como

observa Souza (2010), que afirma que neste ano, 92% das novas informações já

estavam armazenadas em mídia, principalmente em discos rígidos (hard disks), e

somente 0,01%, impressas.

Observou-se que para os participantes da pesquisa, o tempo de profissão na

enfermagem e na instituição, se iguala. Esta informação é correspondente à pesquisa

feita por Holanda (2005), que afirma que: “hospitais admitem com maior frequência

enfermeiros recém-formados, que estão em busca da continuidade do seu

aprendizado teórico e na consolidação de habilidade, a fim de obter melhor prática e

mais segurança para enfrentar um outro mercado de trabalho”.

Evidenciou-se que um expressivo percentual desses entrevistados não esteve

desempregados nos últimos 12 meses, porém, dentre os que estiveram, relatam

dificuldade em reinserir-se no mercado de trabalho, devido a inexistência de uma

especialização, sendo um fator limitante.

O mercado de trabalho em saúde foi o que mais ampliou a oferta na última década.

Entretanto, apresenta-se como categoria crítica, pela escassez profissional em

diferentes partes do mundo, principalmente, nos países desenvolvidos como Canadá,

Reino Unido e Estados Unidos; e suas deficiências vêm sendo supridas cada vez mais

por profissionais da enfermagem dos países em desenvolvimento (POZ, 2013).

Da mesma forma, as Organizações de Enfermagem de 69 países identificam falta de

profissionais em 33 países da Oceania, África e América Central (VARELLA, 2007).

Para suprir essa demanda mercadológica do mundo, é necessário aumento da

formação dos profissionais de enfermagem. Contrário no Brasil, há um aumento nos

números de vagas nas faculdades para formação de enfermeiros (FERREIRA, 2007).

A região Sudeste do Brasil, historicamente se destaca por ser a mais evoluída

economicamente, especialmente por abrigar as três mais importantes metrópoles

nacionais: São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Dentro do mercado de trabalho

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em saúde não é diferente, pois o Sudeste possui o maior mercado de trabalho dessa

área, particularmente na enfermagem (VIEIRA, 2004).

Grande parte dos profissionais de enfermagem deste estudo, possuem apenas um

emprego nesta profissão, com carga horária de no máximo 50 horas semanais, sendo

que aqueles que têm mais de um emprego, trabalham em setor público ou privado,

com uma carga horária exaustiva. Estas informações correspondem ao estudo

realizado por Santos e Santanna (2003), que afirma em sua amostra que a maior parte

dos pesquisados possuem de um a dois empregos, em postos de trabalho públicos,

com a mesma carga horária referida anteriormente.

De acordo com Angelim e Rocha (2016), a carga horária exaustiva e a baixa

remuneração, são fatores responsáveis pelo desgaste do profissional no trabalho,

tendo em vista que este acaba buscando vários vínculos para obter uma renda mensal

satisfatória.

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7 CONCLUSÃO

A categoria de enfermagem do estudo é, majoritariamente, constituída pelo sexo

feminino e por técnicos de enfermagem, tendo entre 1 e 10 anos de permanência na

profissão e também, na instituição estudada. Estes profissionais apesar de

apresentarem interesse em seu aperfeiçoamento, não realizam em sua maioria,

atividades de aprimoramento e qualificação profissional, principalmente devido às

dificuldades socioeconômicas. A internet tem contribuído como um importante meio

de informação e capacitação entre esses profissionais.

Sugere-se com esse estudo ofereça benefícios ao hospital de ensino, tais como:

subsidiar processos seletivos, atividades de treinamento, aperfeiçoamento e

desenvolvimento da equipe. Espera-se que estes fatores possam contribuir para a

otimização de recursos, investimentos na enfermagem e promoção da retenção do

capital intelectual da empresa hospitalar.

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ANEXOS

Anexo A – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Convidamos o (a) Sr (a) para participar da Pesquisa CONHECENDO A FORÇA DE TRABALHO DA

ENFERMAGEM DE UM HOSPITAL FILANTRÓPICO DE VITÓRIA/ES, sob a responsabilidade da

pesquisadora: Solange Rodrigues da Costa, que tem como finalidade levantar dados a cerca do perfil da equipe

de enfermagem da referida instituição.

Sua participação é voluntária e se dará por meio de preenchimento do questionário próprio. Os riscos decorrentes

de sua participação na pesquisa serão a interrupção de suas atividades e o tempo disponível para responder ao

questionário. Para minimizar esses riscos a coleta de dados acontecerá no horário vespertino, podendo ser

transferida para o dia seguinte se houver necessidade por parte da equipe de saúde da instituição. Se você aceitar

participar, estará contribuindo para a pesquisa em enfermagem no Hospital Santa Casa de Misericórdia de Vitória.

Independente do motivo, caso o Sr (a) desista em continuar participando, terá o direito e a liberdade de se retirar

da pesquisa a qualquer momento, bem como retirar seu consentimento, sem nenhum prejuízo a sua pessoa. O (a)

Sr (a) não terá nenhuma despesa e também não receberá nenhuma remuneração.

Os resultados dessa pesquisa serão analisados e publicados e sua identidade não será divulgada, sendo guardada

em sigilo. Para qualquer outra informação, o (a) Sr (a) poderá entrar em contato com o Comitê de Ética em

Pesquisa da Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória/EMESCAM, localizada na

Av. N.S. da Penha, nº 2190, Bairro Santa Luiza pelo telefone (027) 3334-3586 – Secretário: Marcos Paulo

Gusmão ou com a pesquisadora Solange Costa (27) 992492280.

CONSENTIMENTO PÓS–INFORMAÇÃO

Eu,___________________________________________________________, fui informado sobre a pesquisa e

concordo em participar do estudo, ciente que não irei receber nenhuma remuneração e que posso me retirar da

pesquisa em qualquer momento. Este documento possui duas vias e ambas serão assinadas por mim e pelos

colaboradores da pesquisa, ficando uma via com cada um de nós.

Data: ______/______/_______

Assinatura do Participante: ______________________________________________________________

Assinatura do Colaborador Responsável:____________________________________________________

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Anexo B - Carta de Anuência

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Anexo C – Parecer Consubstanciado do CEP

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APÊNDICE

Apêndice A – Instrumento de Coleta de Dados

INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO

Responda as questões desse questionário com caneta preta ou azul. Por favor, registre as questões

abertas com letra legível.

Responda de forma clara e objetiva, aproveitando o espaço deixado para cada pergunta. Evite rasurar

as respostas.

Todas as informações prestadas neste questionário são sigilosas e não serão divulgadas individualmente,

de maneira que torne possível a sua identificação profissional;

Quaisquer dúvidas poderão ser esclarecidas no seguinte e-mail: [email protected] ou no

telefone (27) 992492280 (Solange Costa).

ASSINALE SUA FUNÇÃO NO HOSPITAL SANTA CASA:

( ) Enfermeiro Assistencial

( ) Técnico em Enfermagem

( ) Enfermeiro Área Administrativa (Supervisão de Enfermagem, Auditoria, Qualidade, Áreas afins)

BLOCO 1. IDENTIFICAÇÃO SÓCIO-DEMOGRÁFICO

01. Modalidade profissional que você está registrado no COREN: (Admite-se mais de uma resposta)

1. ( ) Enfermeiro 2. ( ) Técnico de Enfermagem

02. Sexo: 1. ( ) Masculino 2. ( ) Feminino

BLOCO 2. ACESSO À INFORMAÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICO

1. Que modalidade você utiliza como aprimoramento profissional?

Admite-se mais de uma resposta. Marque o código correspondente: (1) frequentemente; (2) raramente; (3)

nunca.

1. ( ) Eventos científicos na área de enfermagem (Congressos, seminários e oficinas)

2. ( ) Estágios em Instituições de saúde

3. ( ) Grupo de estudos e pesquisas

4. ( ) Visitas técnica/Observação

5. ( ) Internet

6. ( ) Telessaúde

7. ( ) Outra: (Especificar)

02. Que tipo de leitura você faz? Admite-se mais de uma resposta. Marque o código correspondente: (1) frequentemente; (2) raramente; (3)

nunca.

1. ( ) Livros científicos

2. ( ) Revistas nacionais de enfermagem (artigos científicos)

3. ( ) Outras revistas técnico-cientificas da área de saúde

4. ( ) Outras leituras (jornais, revistas de atualidades, etc.)

5. ( ) Livros de literatura

6. ( ) Não lê

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3. Assina alguma revista científica na área de enfermagem? 1. ( ) Sim 2. ( ) Não

4. Com que frequência você acessa a internet:

1. ( ) Todos os dias 2.( ) Um vez por semana 3.( ) Raramente 4. ( ) Nunca

4.1. Local que acessa a internet: (Admite-se mais de uma resposta)

1. ( ) Em casa

2. ( ) No Hospital Santa Casa

3. ( ) Em outros ambientes de trabalho (que não seja o Hospital Santa Casa)

4. ( ) Na Universidade/Escola

5. ( ) Outro Local: (Especificar).

4.1.2. Quais sites são mais acessados por você?

1. ( ) Pessoal (E-mail, facebook, Instagram, Twitter, etc)

2. ( ) Profissional

3. ( ) Entretenimento

4. ( ) Noticiário

5. Nos últimos 12 meses realizou algum aprimoramento profissional? 1. ( ) Sim 2. ( ) Não

5.1. Se não, assinale as razões: (Admite-se mais de uma resposta)

1. ( ) Falta de condições financeiras

2. ( ) Falta de programa de treinamento no trabalho

3. ( ) Falta de tempo/motivação/estímulo

4. ( ) Dificuldades pessoais

5. ( ) Falta de apoio institucional

6. ( ) Nenhuma

7. ( ) Outras: (Especificar)

6. Você gostaria de fazer alguma qualificação profissional? 1. ( ) Sim 2. ( ) Não

6.1. Assinale a modalidade: (Admite-se mais de uma resposta)

1. ( ) Curso de atualização 06.( ) Estágio e cursos no exterior

2. ( ) Curso de aperfeiçoamento 07.( ) Estágio em outra instituição

3. ( ) Curso de especialização 08.( ) Mestrado

4. ( ) Graduação em enfermagem 09.( ) Doutorado

5. ( ) Outra graduação 10.( ) Pós-doutorado

BLOCO 03. SITUAÇÃO PROFISSIONAL E DE TRABALHO NA SANTA CASA

1. Situação profissional no Hospital Santa Casa: (Admite-se mais de uma resposta)

1. ( ) Regime Consolidação das Leis de Trabalho (não aposentou)

3. ( ) Aposentado e em regime Consolidação das Leis de Trabalho

4. ( ) Vínculo Público Municipal

5. ( ) Vínculo Público Estadual

6. ( ) Vínculo Público Federal

7. ( ) Outros Vínculos:________________________________________(Especificar).

2. Há quanto tempo você trabalha na área de enfermagem?___(Dias) ____(Meses)____ (Anos)

3. Há quanto tempo você trabalha no Hospital Santa Casa?____ (Dias)____(Meses)____ (Anos)

4. Nos últimos 12 meses você esteve desempregado? 1. ( ) Sim 2. ( ) Não

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4.1.Se sim, teve dificuldades em encontrar emprego/trabalho? 1.( ) Sim 2.( ) Não

4.1.2. Se respondeu sim, assinale os motivos: (Admite-se mais de uma resposta)

1. ( ) Poucas oportunidades na área que se especializou;

2. ( ) Falta de requisitos profissionais de formação para a área do emprego (especialização);

3. ( ) Pouca oferta de empregos em tempo parcial;

4. ( ) Falta de experiência profissional;

5. ( ) Dificuldades relacionada à idade;

6.( ) Outros: (Especificar).

5. Nestes últimos 2 anos, quantas vezes você mudou de emprego/trabalho? (Independente do número

de empregos que possui)

1. ( ) Nenhuma vez

2. ( ) Uma vez

3. ( ) Duas vezes

4. ( ) Mais de três vezes

5.1. Assinale os motivos da mudança de emprego/trabalho: (Admite-se mais de uma resposta)

1. ( ) Necessidade de conciliar trabalho e estudo;

2. ( ) Necessidade de conciliar dois ou mais empregos;

3. ( ) Insatisfação salarial;

4. ( ) Insatisfação com vínculo empregatício;

5. ( ) Insatisfação com as condições de trabalho;

6. ( ) Insatisfação com os colegas de trabalho;

7. ( ) Insatisfação com a chefia;

8. ( ) Dificuldades com a escala de serviço;

9. ( ) Problemas de saúde;

10. ( ) Demissão;

11. ( ) Outros: . (Especificar)

6. Quantos empregos/trabalhos de enfermagem você tem?________

7. Você tem algum emprego/trabalho em outro município que não seja Vitória/E.S.?

1. ( ) Sim 2. ( ) Não Se sim, qual? __________________________

8. Somando todos os seus empregos/trabalhos (inclusive complementações), quantas horas,

aproximadamente, você trabalha por semana? ______horas

9. Assinale a natureza de seus outros empregos/trabalhos: (Admite-se mais de uma resposta)

1. ( ) Público

2. ( ) Privado

3. ( ) Filantrópico

4. ( ) Autônomo

5. Outros: (Especificar).

10 Assinale o local de atuação profissional dos demais vínculos empregatícios (Admite-se mais de uma

resposta):

1. ( ) Unidade de Internação

2. ( ) Setores Fechados: CTI, UTIN CME, CC

3. ( ) Unidades Ambulatoriais: PSF/ESF/NASF,s/Ambulatórios/Hospital Dia, entre outras.

7. ( ) Homecare/Cuidador

9. ( ) Urgência e emergência fixa: PA./PS

10. ( ) Atendimento Pré Hospitalar Móvel: SAMU e Remoção

11. ( ) Serviço de Apoio Diagnóstico e Terapêutico/SADT

12. ( ) Atividades Administrativas

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13. ( ) Banco de Leite

14. ( ) Atividades de docência na área da saúde

15. Outras: .Especificar

16. ( ) Não possui outro local de atuação.

11. Assinale o regime de trabalho no Hospital Santa Casa: (Admite-se mais de uma resposta)

1. ( ) Diarista 2. ( ) Plantonista Outros: ____________________________(Especificar).

11.1 Caso seja plantonista no Hospital Santa Casa, especifique o turno:

1. ( ) Diurno 2. ( ) Noturno Outros: ____________________________(Especificar).

11.2 Assinale o regime de trabalho nos demais empregos: (Admite-se mais de uma resposta).

1. ( ) Diarista

2. ( ) Plantonista 12/36 com folga

3. ( ) Plantonista 12/36 sem folga

4. ( ) Plantonista 12/60

5. ( ) Plantonista 24 horas

Outros: ___________________(Especificar).

11.3 Caso seja plantonista nos demais empregos, especifique turno:

1. ( ) Diurno 2.( ) Noturno

12. Você atualmente presta serviço de assistência particular de enfermagem em ambiente domiciliar? 1.

( ) Sim 2. ( ) Não

12.1. Se sim, quantas horas você trabalha por semana nesta atividade?_____________horas

13. Assinale a sua renda mensal aproximada: (Renda obtida em todos os empregos)

01.( ) De 01 a 03 S.M. (Entre R$ 880,00 – R$ 2.640,00)

02.( ) De 03 a 06 S.M. (Entre R$ 2.641,00 – R$ 5.280,00)

03.( ) De 06 a 09 S.M. (Entre R$ 5.281,00 – R$ 7.920,00)

04.( ) Acima de 09 S.M. (> R$ 7.921,00)

14. Em sua opinião, qual seria o seu salário ideal? reais

15. Além da enfermagem, você exerce outras atividades de trabalho? 1. ( ) Sim 2. ( ) Não

15.1. Se sim, especifique-as:

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________

16 Em algum de seus empregos/trabalhos você ocupa cargo de chefia? 1. ( ) Sim 2. ( ) Não

GRATOS PELA SUA CONTRIBUIÇÃO !