escola estadual professor lÉo kohler - ensino … · apresentaÇÃo o projeto político...

42
ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR LÉO KOHLER ENSINO FUNDAMENTAL TERRA BOA - PARANÁ APRESENTAÇÃO O Projeto Político Pedagógico exige profunda reflexão sobre as finalidades da Escola, qual seu papel social, determina caminhos e traça ações com os diversos segmentos da sociedade. Ele baseia-se no conhecimento da comunidade escolar, sendo assim nele está contido os desejos e as convicções coletivas da Escola. É, portanto fruto de reflexões e investigações de professores, equipe pedagógica, direção, funcionários, alunos, pais e Conselho Escolar. Esse trabalho coletivo fortalece a seleção de valores, a busca de pressupostos didáticos, teóricos e metodológicos comungado por todos. O Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual Professor Léo Kohler reflete a realidade da Escola, situada em um contexto social sendo um instrumento transparente da ação educativa da Escola em sua totalidade.

Upload: doannhan

Post on 08-Nov-2018

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR LÉO KOHLER – ENSINO FUNDAMENTAL

TERRA BOA - PARANÁ

APRESENTAÇÃO

O Projeto Político Pedagógico exige profunda reflexão sobre as finalidades da Escola,

qual seu papel social, determina caminhos e traça ações com os diversos segmentos da

sociedade.

Ele baseia-se no conhecimento da comunidade escolar, sendo assim nele está contido

os desejos e as convicções coletivas da Escola. É, portanto fruto de reflexões e investigações

de professores, equipe pedagógica, direção, funcionários, alunos, pais e Conselho Escolar.

Esse trabalho coletivo fortalece a seleção de valores, a busca de pressupostos

didáticos, teóricos e metodológicos comungado por todos.

O Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual Professor Léo Kohler reflete a

realidade da Escola, situada em um contexto social sendo um instrumento transparente da

ação educativa da Escola em sua totalidade.

1- IDENTIFICAÇÃO

1- Denominação de Instituição:

Escola Estadual Professor Léo Kohler – Ensino Fundamental2- Endereço:

Rua Ataulfo Alves, 9103- Bairro/Distrito

Centro

4- Município

Terra Boa

5- NRE

Cianorte6- CEP

87240-000

7- Caixa Postal

-

8- DDD

44

9- Telefone

3641-132110- Fax

-

11- E-mail

-

12- Site

-13- Entidade Mantenedora:

Governo do Estado do Paraná

14- CNPJ/MF

76.416.965/0001-2115- Local e data

Terra Boa, 07 de julho de 2006.

1.1 História da Escola Estadual Professor Léo Kohler – Ensino Fundamental

A história da Escola Estadual Professor Léo Kohler, teve início com sua

criação através do Decreto nº 18.231, publicado no Diário Oficial do Estado nº 122, do dia 30

de julho de 1958, com o nome de Ginásio Estadual de Terra Boa.

O Presidente da República da época era o Excelentíssimo Senhor Juscelino

Kubitschek de Oliveira, o Governador era o Excelentíssimo Senhor Moysés Lupion e o

Prefeito Municipal era o Senhor Carlos Marcondes.

A instalação do Ginásio Estadual de Terra Boa deu-se nos primeiros dias do mês de

março de 1959, no antigo Grupo Escolar “Monteiro Lobato”, que foi demolido posteriormente

e onde atualmente funciona a Escola Municipal Monteiro Lobato - Ensino Fundamental,

situada na Praça Professora Luiza Palazzi Pereira, 94.

O primeiro exame de admissão ao Ginásio foi efetuado nos dias 20, 21 e 22 de abril

de 1959, com cerca de 40 alunos aprovados, após serem submetidos à banca examinadora

composta pelo senhor Farid Izar, pela Senhora Adelina Cansella Mora e pelo Senhor Severino

Bittencourt.

O Ginásio Estadual de Terra Boa iniciou-se com uma turma do sexo masculino

composta por 26 alunos e uma turma do sexo feminino composta por 13 alunos. Sua primeira

diretora foi a professora Lúcia Tavares Paes de Oliveira, que iniciou seu trabalho com muita

dificuldade, devido à falta de recursos materiais e humanos.

A partir de 21 de junho de 1969 recebeu a denominação de Ginásio Estadual Pio XII,

através do Decreto nº 15.630. Passou a chamar-se Ginásio Estadual Professor Léo Kohler a

partir de 16 de dezembro de 1969, através do Decreto nº 6.060, em homenagem ao esforço e à

dedicação do professor e diretor Léo Kohler, falecido no dia 11 de junho de 1969.

Nessa época o Ginásio Estadual Professor Léo Kohler funcionava na Rua Manoel

Antonio da Cunha, 609, em prédio cedido por uma irmandade religiosa.

Em 1971, foi criada uma extensão do Ginásio Estadual Professor Léo Kohler no

distrito de Malu, através da Portaria nº 622/71 de 05/02/71, permanecendo em funcionamento

até o ano de 1982.

Em atendimento à legislação vigente, em 1978 as escolas do município foram

reorganizadas formando o Complexo Escolar Professor Léo Kohler – Ensino regular e

Supletivo de 1º Grau e este Estabelecimento de Ensino passou a denominar-se Escola

Professor Léo Kohler – Ensino de 1º Grau, conforme Decreto nº 4.623 de 14/02/78 e

publicado no Diário Oficial nº 243, de 20/02/78.

No dia 12 de outubro de 1978, a Escola recebeu do Governo Estadual, através do

Prefeito Municipal, Senhor Alécio Rampazzo Soccal, a nova sede, situada na Rua Ataulfo

Alves, 910, ocasião em que o então diretor Adriano Franco proferiu o discurso de

inauguração: “Sinto que a emoção é grande, porque hoje vêm à minha mente recordações de

vinte anos atrás. Naquela época eu era o que vocês são hoje, alunos de um Estabelecimento de

Ensino improvisado e emprestado. Já era desejo de muitos representantes da comunidade, de

termos um prédio próprio para nosso Ginásio, a nossa Escola. Os anos foram passando e a

idéia transformando-se em sonho difícil de ser realizado. Creiam, jamais pensei que Deus me

concedesse o privilégio de ser o diretor que iria ver este sonho concretizado. Nossa Escola

ainda é modesta, mas é nossa, portanto nos cabe o direito e dever de preservá-la para as

gerações futuras”

A Escola Professor Léo Kohler - Ensino de 1º Grau, passou a funcionar efetivamente

na Rua Ataulfo Alves, 910, a partir de 1979, onde permanece até os dias atuais.

Obteve o seu reconhecimento no dia 21 de dezembro de 1981, através da Resolução nº

3.118/81, publicada no Diário Oficial nº 1.207 de 12/01/1982. Passou a denominar-se Escola

Estadual Professor Léo Kohler – Ensino de 1º Grau, através da Resolução nº 1.825/83 de

25/05/83, publicada no Diário Oficial nº 1.567 de 29/06/83.

Recebeu autorização para prorrogação do seu funcionamento através da Resolução nº

2.295/88 de 12/07/88 e publicada no Diário Oficial nº 2.817 de 20/07/88.

Considerando a Lei nº 9.394 – Diretrizes e Bases da Educação Nacional, promulgada

em 20/12/1996, a Deliberação nº 003/98 – do Conselho Estadual da Educação, aprovada em

02/07/98 e a Resolução nº 3.120/98, publicada no Diário Oficial nº 5.332 de 11/09/98, a

nomenclatura deste Estabelecimento de Ensino foi adequada para Escola Estadual Professor

Léo Kohler – Ensino Fundamental, a partir de 11/09/98.

Desde a sua fundação, este Estabelecimento foi administrado por 15 diretores, e

atualmente responde pela direção a professora Maria Aparecida de Melo Bonaldo, eleita pela

comunidade escolar no final de 2003 para um mandato de dois anos. Foi reeleita no final de

2005 e a nova gestão passa então para três anos de mandato.

Este Estabelecimento de Ensino tem por finalidade oferecer serviços educacionais de 5ª

a 8ª séries do Ensino Fundamental, baseados nos princípios emanados das Constituições

Federal e Estadual e Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. É mantida pelo poder

público e pela Secretaria de Estado da Educação, nos termos da legislação em vigor.

Atualmente em nossa escola contamos com 35 turmas entre os turnos: diurno e noturno.

Séries Número de alunos Período5ª A/B/C/D 137 Matutino5ª E/F/G/H/I/J 175 Vespertino6ª A/B/C/D 137 Matutino6ª E/F/G/H/I 163 Vespertino6ª J 18 Noturno7ª A/B/C/D 129 Matutino7ª E/F/G 99 Vespertino7ª H 24 Noturno8ª A/B/C/D 144 Matutino8ª E/F 74 Vespertino8ª G 25 Noturno

TOTAL GERAL DE ALUNOS 1.124

Para que possamos acolher estes 1.124 alunos distribuídos em três turnos temos que

aproveitar bem o nosso espaço físico, transformando-o em ambiente de aprendizagem. Assim

contamos com :

• Uma sala de Direção, onde é atendido, professores, pais, alunos e comunidade

civil, com a finalidade de discutir, analisar os procedimentos tomados na escola.

• Uma sala para Equipe Pedagógica, onde é realizado o atendimento para pais,

alunos e professores. Neste ambiente de aprendizagem é realizado aconselhamentos,

trocas de experiências e intervenções pedagógicas no processo ensino aprendizagem.

Este espaço precisa ainda de melhora na estrutura física: ampliação e melhor iluminação.

• Uma sala de Professores – Espaço onde os professores se agrupam e

compartilham experiências. É uma sala ampla, bem ventilada, podendo assim acolher

bem os professores.

• Uma Secretaria – Ambiente que sistematiza a vida escolar dos alunos, bem como

passa informações pertinentes das documentações escolares.

• Uma Biblioteca – Ambiente de aprendizagem, onde é realizada pesquisas, fóruns,

reuniões, que dão enfoque as questões da educação. Apesar dos esforços empreendidos,

nossa biblioteca necessita de acervos bibliográficos, estantes, maior espaço físico, bem

como de informatização.

• dezesseis (16) salas de aulas – Ambiente onde efetivamente a aprendizagem

acontece. É através da interação aluno/aluno, aluno/professor que se dá a aprendizagem, é

reconstruindo valores, conceitos e idéias. Ainda necessitamos de uma maior

sensibilização por parte de todos no sentido de rompermos os padrões tradicionais e

trabalharmos nas salas em círculos, grupos e expor os produções de trabalho em murais.

• Uma quadra de esportes coberta/uma quadra de esportes descoberta –. Neste

ambiente acontecem as gincanas, as atividades esportivas, as comemorações e as

atividades extra-classes. Nossa quadra ainda necessita de cobertura, arquibancada,

vestiário, para melhor acomodações dos nossos alunos e comunidade

• Uma cozinha grande e dependências – Ambiente educativo e importante. A

cozinha da nossa escola acolhe os alunos (em projetos organizados) para preparar lanches

e alimentos em atividades planejadas.

• Uma sala de Apoio à Aprendizagem- Neste espaço recebemos os alunos que

apresentam defasagem de aprendizagem, com a finalidade de recuperar os prejuízos no

conteúdo de forma concreta. É um espaço de diálogos e estímulo. Este espaço ainda

precisa se adequar. Pois por mais que adaptamos ainda a iluminação não é viável, há

pouca ventilação, não temos murais para expor nossas produções do dia.

• Uma Sala de Recurso – Sala nova, organizada para atender alunos advindos de

outras escolas com avaliação, bem como para atendimento individual nas áreas de

conhecimento de alunos com distúrbios de aprendizagem. Trabalha-se com o resgate da

auto-estima e o respeito a individualidade. Este espaço de aprendizagem assegura o

direito de aprender de cada um. Funciona em horário contrário ao regular, e o

atendimento é realizado por professoras da área da educação especial.

• Um pátio externo coberto- Como princípio seria um espaço rico para a educação,

mas é muito pequeno dificultando a ordem na organização de entrada e saída.

Temos também na escola: um almoxarifado, sanitários feminino e masculino, uma

sala para armazenamento de arquivos e documentos. No momento em que apontamos o

espaço físico da nossa escola e destacamos sua função educativa, salientamos para um

problema que nos preocupa; os corredores, espaço estreito e com grande fluxo nos

horários de “pico”, entrada e saída de alunos das salas de aula. Neste momento há

empurrões e falta de autonomia dos deficientes circularem. Assim uma das medidas

adotadas neste ano letivo são as saídas alternadas: nos dias pares saem primeiro as 6ª e 8ª

séries, nos dias ímpares saem as 5ª e 7ª séries, utilizamos para isso dois sinais. O corredor

pode também ser educativo, desde que saibamos utilizá-lo.

Partimos do princípio de que escola deve ser um ambiente agradável, saudável e

prazeroso, para todos os que dela participam.

Contamos com 70 funcionários que participam da educação neste Estabelecimento

de Ensino:

Para atender os 1.124 alunos contamos com uma equipe de funcionários que

trabalham em prol da qualidade da Escola:

NOME FUNÇÃO FORMAÇÃO VÍNCULO

Alaércio Cesar Balan Professor Educação Física QPM

Alfredo da Cunha Pereira Professor Educação Física QPM

Antonio Francisco da Silva Técnico Administrativo Ensino Médio QPPE

Avanildes F. Pereira Melo Aux. Serviços Gerais Pedagogia CLT

Beatriz Aparecida Tarelho Professor Ciências e Matemática QPM

Célia Garcia Segura Professor Língua Portuguesa QPM

Cilso Aparecido Rodrigues Aux. Serviços Gerais Ensino Médio CLT

Cleunice Zanardi Sevalhos Professor Geografia e Administração QPM

Conceição Apda Perazolo

Formaio

Professor História QPM

Donizete Valeriano da Silva Técnico Administrativo Educação Artística QPPE

Edileuza de Morais Professor Matemática QPM

Edna Cabral Sanches Técnico Administrativo Letras QPPE

Eliana Pereira Professor Matemática QPM

Elisângela Basane de Lima Professor Ciências e Matemática QPM

Elizabete Tressoldi Professor Português e Inglês QPM

Eunice dos Santos Pereira Professor Ciências e Matemática QPM

Eunice P. de Jesus Gouveia Aux. Serviços Gerais Ensino Médio CLT

Gema Demito Professor Português e Literatura QPM

Gicelma Maranho Professor História e Sociologia QPM

Graziella Panont Barbosa Professor Português e Inglês QPM

Irene Apda dos Santos Professor Português e Inglês QPM

Isabel Apda Bacini Professor Português – Inglês e

Literatura

QPM

Jane Estelita Prestes Professor História QPM

Juliana Piveta Professor Matemática QPM

Leonilda Brandão da Silva Professor Pedagogia QPM

Lígia Grasiela Pires Moreira Professor Geografia QPM

Liriani de Lima Técnico Administrativo Geografia QPPE

Luci Apda Alves dos Santos Técnico Administrativo Ensino Médio QPPE

Lúcia Franco dos Santos Professor Pedagogia QPM

Luís Alceu Zambon Professor Educação Física QPM

Luiz Carlos Novelini Professor Matemática – Des. Geo. e

Física

QPM

Magda Sala Zambon Professor Educação Artística QPM

Magna Apda da Silva Professor Matemática QPM

Marcela Fatima Garcia Professor Geografia QPM

Maria Ana Pezzoti Bragato Professor Letras Anglo-Portuguesas QPM

Maria Apda de Melo

Bonaldo

Professor/Diretor História-

Orientação/Supervisão

QPM

Maria Apª Roncari Mari Professor Geografia/História QPM

Maria Celeste Lopes Barbosa Professor Letras Anglo-Portuguesas QPM

Maria Cleusa Sartori Aux. Serviços Gerais Educação Infantil CLT

Maria Izabel Moraes Santos Professor Ensino Médio CLT

Maria Ivone de Lima Professor Matemática QPM

Marilene Batista da Cunha

Benetão

Professor Matemática QPM

Marlene Apda Resende Silva Aux. Serviços Gerais Ensino Médio CLT

Marlene Fernandes de Moura Professor Ciências Biológicas QPM

Marlene Moraes Professor História QPM

Marli Apda Mari Molina Secretária Letras (em curso) QPPE

Meire T. Rampazzo Castilho Professor Pedagogo Pedagogia/Ciências

Biológicas

QPM

Neide Ribeiro Aux. Serviços Gerais Ensino Médio QPM

Nilde de Souza Zadi Aux. Serviços Gerais Ensino Médio CLT

Osório Birelo Aux. Serviços Gerais Ensino Médio CLT

Palmira Coelho Camilo Técnico Administrativo Magistério QPPE

Patricia Fernandes de Paiva Professor Educação Artística PSS

Regina Aparecida L. Gasque Aux. Serviços Gerais Ensino Médio CLT

Reginaldo Dimas R. Longo Professor Educação Física QPM

Romy Galiusi Zanardi Professor Orientação QPM

Rosangela Campioto Professor Língua Inglesa e Literatura QPM

Rosemeire Pavanelli

Galhardo

Aux. de Serviços Gerais Ensino Médio CLT

Rosimari Silvério Candido

Martins

Professor Português e Inglês QPM

Sandra Lúcia Poyane

Lourenço

Professor Educação Artística PSS

Sérgio Sgrignoli Aux. de Serviços Gerais Ensino Médio CLT

Silvia Maria P. Moreira

Semprebom

Professor Geografia e História QPM

Silvia Paula Tortola Professor Ciências e Matemática QPM

Solange Birelo Professor Matemática QPM

Sonia Solange de Oliveira Professor/Pedagogo Pedagogia QPM

Vera Lúcia da Silva Professor Geografia e História PSS

Vera Lúcia Marçal Surmani Professor Pedagogia QPM

Zélia Almeida Boschini Professor Língua Portuguesa QPM

Zilda de Lourdes Saes

Marques

Professor História QPM

II. MARCO SITUACIONAL

Alcançamos o terceiro milênio e vivemos a época da globalização, ou seja, tudo o que

acontece em outros países do mundo, principalmente no que se refere à economia e política,

acaba influenciando nas relações internas e externas do nosso País.

Atualmente vivemos momentos de muitas preocupações em todos os aspectos:

político, social, econômico e etc. Os problemas sócio-econômicos geram, uma certa

intranqüilidade nas questões relacionadas a segurança, ao emprego, a violência, a moradia e a

qualidade da educação.

No que tange à questão da economia, é um problema que teve início com o Brasil

Colônia, devido à má distribuição de rendas, levando as pessoas a valorizarem o sentido de

posse, onde impera o apadrinhamento, reflexo da política praticada no país; o que interfere

nos aspectos sociais e econômicos contrariando os preceitos da ética e da moral, que é

contemplar uma política que vise amenizar os conflitos internos existentes no Brasil.

Em nossa atual sociedade evidenciamos também a falta de critérios políticos referentes

à aplicação de recursos financeiros em setores primordiais como: saúde, educação, moradia,

saneamento básico, transporte e segurança por parte do poder público que, infelizmente, não o

faz em época oportuna, mas as vésperas de uma eleição, levando desta forma a criar

descrédito diante de população. O descrédito aumenta quando falamos em corrupção onde

muitas vezes parte dos recursos públicos são desviados. Estas informações destacadas em

noticiários de televisão, jornais, revistas ou mesmos debates expõe as mazelas do país e gera

problemas econômicos e sociais.

Há também o que chamamos de concentração de renda, fenômeno muito conhecido

por todos nós brasileiros, ou seja, aquela situação em que a maioria vive com muito pouco,

enquanto a minoria acumula a maior parte da riqueza nacional, o que só agrava os problemas

da nossa sociedade.

O que nós, professores da Escola Estadual Professor Léo Kohler percebemos é a falta

de consciência crítica do papel do homem na sociedade, que o leva a desacreditar nos

princípios espirituais, sociais, culturais e éticos, uma vez que a nossa sociedade muitas vezes

prega valores poucos substanciais. Vivemos o que afirma o jornalista Arnaldo Jabor uma “

crise moral”.

É certo que não podemos deixar de enfatizar que muitos trabalhos positivos e ações

importantes são vivenciadas em nossa sociedade, como a evolução da ciência à serviço do

homem, o seu pensamento dentro de um trabalho coletivo e democrático ( formação de

conselhos, grupos alternativos), o aprimoramento dos meios de transporte e comunicação, a

informatização, os questionamentos e reflexões em torno da educação, entre outros.

Percebemos que todo este cenário histórico, certamente influência nossa comunidade

escolar, uma vez que fazemos parte ativa de um país que busca alternativas para se

transformar em uma nação forte e desenvolvida.

Procuramos descrever de forma sucinta alguns problemas vividos por nossa

sociedade atual, para assim direcionarmos a nossa prática pedagógica, ou seja o nosso

cotidiano, revendo a teoria e os procedimentos de ação, já que recebemos alunos advindos

desta sociedade, com valores tão diferenciados.

De forma geral nós conseguimos detectar os problemas e avanços de nossa escola,

mas a sistematização permite uma busca maior de detalhes que às vezes pode fazer a

diferença na resolução de um problema, assim para mapear os problemas de nossa Escola,

bem como os avanços, direção, equipe pedagógica, professores e representantes de turmas

realizam questionários voltados aos alunos, pais, professores e funcionários, com a finalidade

de buscar elementos para melhorar o nosso ambiente escolar.

Assim, após resultado da pesquisa e tabulação de dados realizada pela equipe

pedagógica e professores de Matemática, verificamos avanços e problemas. Na questão

avanços destacamos: satisfação com os projetos desenvolvidos pela escola, festa do estudante,

gincanas e pré-conselho. No que se refere a problemas percebe-se: repetência escolar,

dificuldades de aprendizagem, indisciplina, falta de compromisso de alguns pais e a evasão

escolar. Estes problemas atingem nossos bancos escolares, constituem-se em fracasso

escolar e está atribuído a várias causas: algumas de ordem pessoal ligadas à própria estrutura

do sujeito, à história pessoal; outras das contingências às quais o aluno está submetido; ou de

ordem escolar, (dados estes percebidos com a pesquisa).

Diante dos problemas mapeados coletivamente as soluções também devem partir do

grupo, assim as formas utilizadas pelo coletivo da escola para reverter os problemas são as

seguintes alternativas:

a)- A prática do diálogo e a troca de experiências entre os professores em sua hora atividade,

tem como objetivo encontrar meios que possam despertar o interesse dos alunos nos

conteúdos propostos.

b)- A realização do pré-conselho, onde os professores avaliam o processo de aprendizagem

dos alunos, fazendo o registro sistematizado, para que posteriormente a equipe pedagógica

realize interferências com os alunos( em sala de aula e individual) e pais.

c)- Paralelo a esse trabalho a Equipe Pedagógica da Escola faz leitura do Conselho de Classe

(final de trimestre) em todas as turmas, com orientações, aconselhamentos e direcionamento

aos alunos.

d)- Dando seqüência a este trabalho as Pedagogas fazem acompanhamento individual com

todos os alunos através de orientações no que se refere: como estudar, organização,

planejamento de estudo, indicação de livros, bibliotecas, incentivo e elevação da auto-estima.

e)- Também é articulado com os professores meios de recuperação de estudos, introduzindo

textos para reflexões, bem como atividades voltadas aos alunos que apresentam dificuldades.

f)- Neste processo os pais são nossos parceiros, de forma estimuladora e acompanhando o

rendimento escolar de seus filhos. São realizadas reuniões específicas com os pais dos alunos

que apresentam baixo rendimento, neste momento dividimos nossas preocupações e

levantamos estratégias para minimizar os problemas de aprendizagem.

g)- Ressaltamos a Sala de Apoio à aprendizagem de Língua Portuguesa e Matemática que

vem atendendo os alunos de forma significativa em horário contrário. Os conteúdos que os

alunos apresentam defasagem são abordados no apoio de maneira diferenciada, ou seja, os

professores além de utilizarem recursos diversos, relacionam os trabalhos com o cotidiano dos

alunos.

h)- O Projeto “ Aulas de Monitoria”, na disciplina de Matemática, é desenvolvido pelos

próprios alunos da turma, ou seja, aqueles que têm disponibilidade e que dominam bem o

conteúdo, vêm no horário contrário, para auxiliar os colegas que ainda não assimilaram a

matéria.

i)- Enfocamos especialmente as intervenções realizadas em sala de aula, espaço onde o

trabalho efetivamente se desenvolve. Os professores criam oportunidades, por meio do

diálogo que permitem a construção da aprendizagem, também utilizam trabalhos em grupos

diferentes entre si, onde cada um, contribuí para o crescimento do outro. É neste processo que

trabalhamos nos grupos o respeito às diferenças.

j)- Os professores realizam um trabalho individual com os alunos com dificuldades de

aprendizagem, onde é possível analisar seu desenvolvimento, suas dificuldades, suas dúvidas,

através de atividades diferenciadas.

l)- Outra prática utilizada é a recuperação de estudos realizada ao longo dos trimestres, através

de atividades extraclasse, com orientação do professor e direcionada a atender as deficiências

de aprendizagem.

m)- Acentuamos também a avaliação como estratégia, esta é realizada por meio de

instrumentos variados: trabalhos, participação, auto – avaliação, projetos, etc. Está reflexão

sobre a avaliação acontece em momentos distintos, aproveitando a auto-avaliação

institucional, mecanismo onde os professores se agrupam ( hora-atividade) para analisarem

sua prática docente, fazendo ajustes e aprimorando seu trabalho.

Acreditamos que se a escola não se utilizar de uma prática diferenciada para os alunos

a aprendizagem não se efetivará.

Nós sabemos que apesar de todo este trabalho apontado como estratégias utilizadas

não conseguimos resolver o problema, mas estamos tentando melhorar mais a aprendizagem

de nossos alunos.

Se pretendemos caminhar em busca de uma escola que promova o direito de aprender

a todos não podemos deixar o comodismo indicar nossos procedimentos de ação.

A evasão escolar apareceu em nossa pesquisa como problema, mas felizmente em

pequena proporção, haja vista os cálculos matemáticos (1124 alunos 100% - evadidos 11

alunos 0,9% média), mas pensamos que enquanto escola nossa meta é atingir os 100%, para

isso é que estamos trabalhando.

Sabemos que são inúmeras as razões pelas quais alguns alunos abandonam a escola. As

mais freqüentes são as econômicos e sociais. Isto ficou claro na pesquisa interna realizada

pela escola, bem como pelas inúmeras visitas realizadas nas residências dos alunos evadidos

pela equipe pedagógica no finais de semana. Portanto este é um problema a ser tratado de

forma especial pela escola.

Desta forma nós da Escola Estadual Professor Léo Kolher, realizamos um trabalho

de acompanhamento com os alunos que apresentam faltas consecutivas desde o início do ano

letivo.

• Inicialmente os professores em sala de aula ao perceberem faltas consecutivas ou

alternadas dos alunos procuram saber a causa, dialogam, estimulam, aconselham ou

mudam a metodologia de trabalho.

• A seguir é feito aconselhamento com o aluno, colocando-lhe a importância dos estudos

para sua vida.

• A Equipe Pedagógica realiza reflexões nas horas atividades com os professores, com a

finalidade de uma mudança de metodologia, estratégias para assegurar os estudos a todos

os alunos.

• Quando o problema persiste procuramos a família para notificar as faltas e juntos

procuramos trazer este aluno de volta para escola. Em alguns casos as visitas para as

famílias se repetem até três vezes seguidas, e acontecem nos finais de semana pela Equipe

Pedagógica, pois em geral os pais trabalham o dia todo na roça e só folgam aos domingos

Estas visitas são registradas em ata.

• A Equipe Pedagógica procura descobrir a causa do desinteresse pela escola, e dentro das

possibilidades tenta resolver juntamente com os professores e a família.

• Quando se esgotaram todas as possibilidades sem sucesso, a equipe pedagógica

preenche a ficha do FICA, passa para a Direção que entra em contato com o Conselho

Tutelar para resgatar este aluno.

As ações da escola são direcionadas, à permanência do aluno na escola, mas alguns

casos ultrapassam os limites de atuação da comunidade escolar.

Estamos cientes da nossa função social, que é garantir o conhecimento acadêmico a

todos, respeitando a individualidade de cada um, bem como estimular a autonomia enquanto

agentes de educação, assim estamos procurando fazer a nossa parte.

Em nossa realidade escolar também nos deparamos com a indisciplina

(desentendimento em sala de aula, no recreio, atitudes e palavras que desvalorizam o

professor) alunos totalmente desinteressados e sem responsabilidades com as tarefas

escolares. Este fato, desgasta e frusta o processo ensino-aprendizagem, fazendo com que os

professores, procurem alternativas para intervenção ou para minimizar os problemas: a

prática do diálogo em sala de aula, orientações, aulas mais interessantes que permitam a

participação efetiva do aluno, etc. A Equipe Pedagógica interage com os alunos através de

conversas e aconselhamentos, onde tenta perceber as causas do problema, bem como procura

manter um contato permanente com professores e pais.

Outro problema que estamos evidenciando em nosso contexto escolar é a falta de

compromisso (tempo) dos pais, que muitas vezes se omitem de sua função, delegando todas

as responsabilidades para a escola. Para que o aluno obtenha bom desempenho escolar é

necessário a parceria dos pais, estimulando, orientando, enfim sendo co-responsável pela

aprendizagem. Constatamos, na prática pouca participação dos pais na escola e na vida

escolar dos filhos. Pouca valorização em relação aos professores e excessiva postura de

proteção ao filho (valorização dos direitos sem cobrar deveres).

Diante deste quadro a Escola vem tentando resgatar juntos aos pais o valor do professor

enquanto educador da seguinte forma:

• Reuniões periódicas com reflexões para os pais e confraternização.

• Gincanas para as mães aos sábados proporcionando momentos de lazer e descontração.

• Formação de times de futebol com os pais, a fim de promover um maior envolvimento dos

pais na vida escolar dos filhos.

Diante de todos os problemas destacados acima, a escola toma uma postura de mediação (

escola/aluno/família), pois acreditamos que a formação íntegra do nosso povo não está só na

escola, mas esta pode mudar muita coisa, como disse Pablo Gentilli, 2003 “ nesta era de

solidão, a escola vive um paradoxo. Dela não se espera nada, e dela se espera tudo.”

Embora tenhamos momentos de desestímulos, também temos momentos de substancial

avanço em nosso dia a dia, assim procuramos fazer da nossa escola um ambiente acolhedor,

portanto realizamos grupos de estudos durante o ano com reflexões, artigos, textos

motivadores onde a direção e equipe pedagógica estão sempre acompanhando e incentivando

os trabalhos realizados pelos professores, bem como mantendo espaço as críticas e sugestões.

Assim durante estas reflexões coletivas é que surgiu a idéia da Mostra Cultural Léo Kolher,

tendo como principal objetivo a dinamização do processo ensino-aprendizagem, ou seja fazer

a articulação entre teoria e prática. Desta forma, a I Mostra Cultural, aconteceu no mês de

novembro de 2006, apresentando a comunidade escolar, projetos desenvolvidos e

conhecimentos construídos em sala de aula ao longo do ano letivo através da expressão

artística, cultural e científica de nossos alunos, nas diversas disciplinas da matriz curricular,

bem como da Educação Especial. O respaldo dos alunos e comunidade foi muito satisfatório,

haja vista a riqueza dos trabalhos apresentados, isto fortaleceu a II Mostra Cultural Léo

Kohler, que acontecerá em 2007.

O que não podemos deixar de destacar é a dedicação e a responsabilidade de alguns

professores, que se empenham em melhoras suas aulas e projetos com muita competência.

Estes fazem a diferença na vida escolar dos alunos, pois contribuem efetivamente para com o

processo ensino-aprendizagem.

Quando nos referimos a aprendizagem efetiva destacamos também trabalhos com

projetos voltados a cidadania, cultura, artes, ciências, como “produzindo materiais de beleza”,

“ Brasil 500 anos”, entre outros que merecem destaque, como a Agenda 21Escolar “

Compromisso de Cidadania”. Este é um plano de ação da escola que no consenso tomará

decisões que possam promover a melhoria da qualidade de vida dentro do âmbito escolar,

bem como em seus entornos.

A construção da Agenda 21 escolar Compromisso de Cidadania, partiu de reflexões

sobre a comunidade escolar que nos rodeia. Os alunos e os professores de Ciências, História e

Geografia realizaram uma pesquisa sobre o nosso município, enfatizando os recursos naturais,

o perfil do nosso povo, avanço nas questões ambientais, o compromisso enquanto cidadãos,

os anseios e preocupações. Com a coleta dos resultados percebemos que o nosso município

apresenta algumas ações voltadas ao meio ambiente e a cidadania, mas que falta muita coisa

para se fazer, faltando de fato um trabalho de sensibilização. Após os trabalhos em sala

dirigidas pelos professores e alunos representantes de turmas, partimos para o trabalho dentro

do âmbito da escola, nosso meio mais próximo.

Como metodologia de trabalho utilizamos as reflexões, debates e sistematização

sempre no consenso em pequenos grupos na biblioteca da escola dirigida pela equipe

Pedagógica, representantes de turmas e professores e Língua Portuguesa, possibilitando assim

o envolvimento de todas as áreas.

Com prática bem aceita por todos realizamos um nimi-fórum e a seguir o Fórum de

Debates. Assim o tema meio ambiente permeia todas as disciplinas com intuito de

trabalharmos efetivamente no coletivo as questões sócio-ambientais. Portanto para chegarmos

a elaboração final da Agenda 21 Escolar, realizamos reuniões, debates, mini-fóruns e o Fórum

de Debates final com a participação de toda comunidade escolar e civil para instituir a Agenda

21 Escolar “ Compromisso de Cidadania da Escola Estadual Professor Léo Kohler”. Esta

apresenta ações, responsáveis, prazo, estratégias para executar as tarefas ali determinadas pelo

grupo.

Enfocamos também o Projeto “Arte não tem cor”. O resgate histórico de nossa cultura foi

abordado, a valorização da cultura negra, sua irreverência e criatividade. Deixando claro a

presença, da história e cultura afro-brasileira e africana no cotidiano de trabalho na escola,

bem como nas disciplinas, com o objetivo de resgatar a contribuição do povo negro nas áreas

social, econômica e política.

Este trabalho de eliminar preconceitos raciais e econômicos, faz-se necessário em nossa

escola, haja visto um escola com vasta diversidades culturais e grande número de alunos.

O respeito a cada um é o que tentamos garantir através de projetos como : Vamos

melhorar a convivência, Palavras Mágicas, Cada um é um ser único. Acreditamos que a

verdadeira inclusão se faz quando cada um aceitar o outro dentro de sua individualidade.

Em nossa escola temos deficientes auditivos, visuais e físicos, para os quais os

professores procuram fazer um trabalho diferenciado como: reprodução de textos ampliados

maiores, adaptação de carteiras, proximidade da lousa e do professor. Estas são medidas que a

escola vem adotando, mas percebemos que nossos professores ainda encontram dificuldades

para lidar com estas situações (deficiências da própria formação) em atender estes alunos.

Assim faz-se necessário mais capacitação em específico na educação especial para os

professores.

Atender com qualidade os alunos portadores de necessidades educativas especiais é

nosso objetivo, pois acreditar na educação inclusiva é viabilizar a possibilidade de buscar

alternativas de permanência do aluno na escola com sucesso.

Desafio e satisfação é o atendimento de apoio residencial oferecido a um aluno com sério

comprometimento físico-neuro-motor em nossa Escola este ano. O atendimento é realizado

por uma professora especializada na residência do aluno, pelo fato deste não apresentar

nenhuma condição física de freqüentar a escola. Há todo um acompanhamento pela Equipe

Pedagógica da escola, como também pela Equipe pedagógica do Núcleo regional, haja vista

ser um atendimento diferenciado e o primeiro no estado do Paraná. Este vem apresentando

ótimos resultados, prova disto estão retratados nas belas telas pintadas com esmero pelo

aluno José Henrique Bonini dos Reis, matriculado na 5ª série do período vespertino.

Enfim, a Escola Estadual Professor Léo Kohler, vem procurando realizar um trabalho

pedagógico consistente, que colabore para reduzir os problemas sociais existentes na nossa

comunidade, que está situada no município de Terra Boa, que atualmente conta com 15.000

habitantes (CENSO 2001). É uma região predominante de clima tropical e subtropical, com

solo fértil próprio para a agricultura.

Terra Boa teve sua história marcada pelo cultivo do café, e hoje tem como base na

economia agrícola o soja, milho e mandioca.

Na área industrial destacamos os produtos de gêneros alimentícios e as indústrias de

confecções de roupas, que oferecem maior número de empregos para as mulheres.

Temos também duas vilas rurais de onde as famílias retiram sua subsistência, plantando

hortaliças, frutas, legumes para venda no comércio local.

A cidade conta com quatro conjuntos habitacionais, e população destes conjuntos

sobrevive com um salário mínimo ou menos, trabalhando na lavoura como bóias-frias.

O nosso município possui dois centro de Educação Infantil, uma pré-escola, quatro

escolas do Ensino Fundamental das séries iniciais, um escola de Ensino Médio e apenas uma

escola do Ensino Fundamental de 5ª a 8ª série que é a Escola Estadual Professor Léo

Kohler.

A Escola Estadual professor Léo Kohler, atende atualmente a uma clientela de1.200

alunos, que se situa na faixa de 10 a 15 anos em média, distribuídos em 31 turmas de 5ª a 8ª

séries do Ensino Fundamental Regular, nos períodos matutino, vespertino e noturno.

Os alunos atendidos pela Escola provêm da zona urbana, zona rural e periferia da

cidade.

De acordo com pesquisa (abril,2006) realizada pela Equipe Pedagógica, e tabulação

( professores de matemática da escola), a fim de levantarmos dados práticos sobre o perfil de

nossos alunos verificamos que 70% dos alunos vivem sob a responsabilidade dos pais, mas

um grupo de 20% tem apenas a mãe como responsável e uma parcela de 10% é tutelada pelos

avós ou outros parentes.

No período matutino, 40% dos alunos são filhos de pequenos empresários,

comerciantes, funcionários públicos, caminhoneiros, agricultores, costureiras e vendedores

autônomos. São moradores da zona urbana. Apenas 10% são filhos de trabalhadores rurais e

domésticas.

O período vespertino é constituído de 40% de filhos de bóias-frias que moram na zona

urbana e trabalham na zona rural no corte de cana e nas plantações de café, também de

pequenos agricultores da zona rural que dependem de transporte escolar do município. E 10%

são filhos de costureiras e domésticas.

No período vespertino 10% freqüentam projetos de assistência social no período da

manhã, como o “Projeto Piá” e a “Escola Profissionalizante”. Desta forma estes alunos tem

um acompanhamento com aulas de reforço escolar, atividades artísticas e artesanais, que

contribuem para a aprendizagem efetiva em sala de aula.

Em média 3% alunos completam a renda familiar em atividades de meio período.

Estes alunos apresentam maior responsabilidade em relação à família. No que se refere a

escola, estes alunos demonstram-se mais cansados, bem como apresentam maior experiência

de vida, assim estes alunos tornam-se mais amigos dos professores.

No período noturno estudam os alunos que completam 14 anos no ano letivo, e os

acima dessa idade. São moradores dos conjuntos habitacionais da cidade e da zona rural.

Estes contribuem financeiramente para o sustento da família, trabalhando como babás, em

fábricas ou como bóias-frias. No geral apresentam um quadro de desestímulo aos estudos,

necessitando desta forma uma metodologia diferenciada pelo professor, onde este trate os

conteúdos de maneira significativa e próxima ao mundo do trabalho. Estes alunos requerem

da escola um flexibilização da avaliação, bem como dos conteúdos. O trabalho com projetos é

uma forma de motivá-los para os estudos.

É a essa clientela tão diversificada que temos que assegurar a concretização dos

objetivos fundamentais da educação escolar.

Ressaltamos que este Estabelecimento de Ensino é o único de 5ª a 8ª série no

município, possui muitos alunos carentes, daí a necessidade da doação de material escolar,

como cadernos, lápis, borracha que é adquirido através de verbas advindas do Fundo

Rotativo, do Programa Dinheiro Direto na Escola e de promoções da Associações de Pais,

Mestres e Funcionários. A doação é feita de maneira controlada pelos professores e

pedagogos.

A merenda, como as demais escolas estaduais, encontra-se cadastrada no Programa

Merenda Escolar, coordenado pelo Departamento de Apoio Escolar / FUNDEPAR.

Temos como intermediário no repasse da merenda escolar o Conselho de

Alimentação Escolar, órgão municipal, que supervisiona o transporte e distribuição da

mesma.

No recebimento da merenda escolar, é feita a devida conferência, bem como são

verificados o estado de conservação, embalagens e prazos de validade. Depois é guardada em

depósito na própria Escola. O armazenamento é feito por gênero e prazo de validade.

Este Estabelecimento de Ensino conta com uma cozinha grande, bem equipada e

mantém excelentes condições de higiene. Há uma merendeira para cada período de

funcionamento, seguindo as normas de higiene.

A merenda deste Estabelecimento de Ensino é feita: obedecendo a um cardápio não

repetitivo que é elaborado sem ajuda de nutricionista, mas com muita coerência, levando em

conta a variedade de alimentos recebidos; complementada com legumes doados pela

comunidade e pelo que é produzido na horta escolar; controlada mensalmente visando ao não

desperdício ou sobras; servida salgada ou doce e em dias alternados;

Na escola não temos um refeitório, portanto os alunos são servidos no balcão da

cozinha organizados em filas. Almejamos a construção de um refeitório, muitos projetos já

foram elaborados requisitando este espaço, mas ainda não foi possível efetivar nosso objetivo.

Há informações sobre o cardápio do dia através de cartazes afixados no pátio da

Escola.

A fim de obter dados sobre a aceitação da merenda realizamos pesquisa juntamente

com os alunos. Montamos no pátio da escola um quadro de críticas e sugestões a respeito da

merenda e percebemos que 60% dos alunos acham a merenda boa, 30% acham que poderia

melhorar e 10% não tomam a merenda da escola.

No que se refere ao consumo de merenda percebemos que no período da manhã o

consumo é bem menor, muitos trazem lanche de casa.

Os alunos do período vespertino são na maioria da zona rural e dependem do

transporte escolar e, como conseqüência permanecem um período maior na Escola, tomam

mais merenda. Quando nos referimos que os alunos do período vespertino são em sua maioria

das zonas rurais, isto se deve ao fato de que a maioria das linhas de transporte escolar são

feitas no período da tarde. As vagas apresentadas são para a comunidade e os pais

interessados organizam-se em filas (estabelecido no Conselho Escolar, com lista de espera

para ambos os períodos) para requerer sua vaga por ordem de chegada.

No período noturno também há um consumo significativo da merenda escolar, haja

vista o tempo corrido do trabalho para a escola.

A nossa Escola procura assegurar uma merenda escolar de qualidade dentro das

possibilidades que possuímos, por considerá-la um componente importante na organização

dos serviços prestados.

Em suma, toda esta análise sobre a sociedade atual, como reflexo do cotidiano escolar

nos serve como parâmetro, a fim de traçarmos metas, e meios para melhorar a nossa escola,

pois sabemos que dentro de um ambiente escolar, são muitas as variedades e diversidades no

que se refere ao aspecto cultural, social, entre outros, portanto o situacional deve sempre ser

observado e considerado em todas as nossas ações.

IV. MARCO CONCEITUAL

O papel fundamental da educação no desenvolvimento das pessoas e das sociedades

amplia-se ainda mais no despertar do novo milênio e aponta para a necessidade de se construir

uma Escola voltada para a formação de cidadãos.

Vivemos numa era marcada pela competição e pela excelência, em que os progressos

científicos e avanços tecnológicos definem caminhos a serem traçados pela Escola. Tal

demanda impõe uma revisão de métodos e técnicas que orientem o trabalho cotidiano

realizado pelos professores e especialistas em educação.

Neste sentido é que nós da Escola Estadual Professor Léo Kohler, buscamos na

abordagem histórico-crítica compreender e direcionar nossas ações educacionais, tomando

como pólo direcionador que a sociedade na qual algumas teorias (crítico-reprodutivista)

colocavam como estática, não suscetível à transformação, um fenômeno que se justifica em si

mesmo, agora tomam novo enfoque. A nossa sociedade atual é contraditória, dinâmica, e

portanto está em transformação. Quando compreendemos este movimento histórico,

percebemos que a educação também é determinada por contradições internas à sociedade, na

qual está inserida, podendo ser um elemento que impulsiona a tendência de transformação

dessa sociedade. Quando compreendemos a questão educacional a partir desses

condicionamentos sociais, fazemos uma análise crítico-dialética.

O sentido básico da Pedagogia Histórico-Crítica é compreender a educação no seu

desenvolvimento histórico-objetivo e, por conseqüência, a possibilidade de se articular uma

proposta pedagógica cujo ponto de referência e compromisso seja a transformação da

sociedade e não sua manutenção, a sua perpetuação. No que se refere a concepção dialética da

história, isso envolve a possibilidade de se compreender a educação escolar tal como ela se

manifesta no presente, mas entendida essa manifestação presente como resultado de um longo

processo de transformação histórica. É pois, na realidade escolar presente que se enraíza a

proposta Histórico-Crítica, compreendendo que esta realidade tem raízes históricas.

Sabemos que o que caracteriza o homem é o fato de necessitar continuamente estar

produzindo sua existência, o homem é um ser natural peculiar distinto dos demais seres

naturais, pois este precisa adaptar a natureza a si, ajustando-a segundo suas necessidades.

Esta é a marca distintiva do homem, e para ele continuar existindo, precisa transformá-

la, aí entra a essência humana, o “trabalho”, através dele o homem age sobre a natureza,

ajustando-a à suas necessidades, e assim vai construindo o mundo histórico, o mundo de

cultura, o mundo humano. E a educação tem suas origens nesse processo, pois o ato de viver

era o ato de se formar homem, de se educar.

No princípio os homens que tinham o poder da apropriação, os proprietários

aprendiam nas escolas (lugar do ócio), os não proprietários não se educavam através da

escola; mas através da vida, ou seja, do processo de trabalho.

Com a época moderna, em decorrência do desenvolvimento, surgem os mais variados

instrumentos de trabalhos, assim surge uma nova visão de sociedade, a não ociosa, mas sim a

empreendedora que tem necessidade de estar produzindo. Revoluciona-se dessa forma as

relações de produção e passa a dominar a natureza através do conhecimento metódico, e

converter a ciência, que é um conhecimento intelectual, em potência material, através das

indústrias.

Nesse quadro surgem as cidades que passam a determinar as relações do campo e é a

indústria que rege a agricultura, portanto é nesse contexto que a exigência do conhecimento

intelectual se torna necessidade para todos os homens.

Desta forma na abordagem histórico-crítica, somente existem homens concretos,

situados no tempo e no espaço, inseridos num contexto sócio-econômico, cultural-político,

enfim, num contexto histórico. É nesse contexto, entendendo o homem como um ser pensante

e existente, é que temos que direcionar nossas linhas de ação dentro do âmbito escolar.

O homem é o sujeito da reflexão, sobre o seu ambiente, tomando-o consciente, crítico,

participativo, comprometido a intervir na realidade e mudá-la. O homem é um ser que possui

história espaço-temporais, e é um ser situado no e com o mundo.

No que se concerne à educação escolar, esta deve ser precedida de uma reflexão sobre

o homem e de sua análise do meio de vida concreto desse homem, é preciso que se faça dessa

tomada de consciência o objeto primeiro da educação; provocar e criar condições para que se

desenvolva uma atitude crítica, de reflexão, que se compromete em ação. A educação deverá

se dar como um processo em um contexto que deve ser levado em consideração. Os

conteúdos tem grande importância, estes devem ser significativos e pertinentes ao cotidiano

da comunidade local.

Em relação à escola, nós da Escola Estadual Professor Léo Kohler temos claro que,

esta tem a função específica educativa, propriamente pedagógica, ligada à questão do

conhecimento, e é preciso pois, resgatar a importância da escola e reorganizar o trabalho

educativo, levando em conta o problema do saber sistematizado, a partir do qual se define a

especificidade da educação escolar. Ora, o que temos que nos atentar é com a tendência de

muitas vezes, secundarizar a escola, ou seja priorizar o que não é prioridade. Estudos mostram

que “desescolarização” possui base histórica (que o trabalhador aprenda o mínimo para outros

continuarem com o poder), portanto a falta de clareza que a escola atravessa hoje é advinda de

questões sociais (burguesia/proletariado). Conhecer essa ambigüidade histórica da escola

traduz a essência da abordagem histórico-crítica, pois conhecendo essas contradições, teremos

claro qual é a direção que cabe definir à questão educacional nas escolas.

Com este pensamento coletivo destacamos que a escola é importante para todos nós,

mas de uma forma consciente.

Nós, enquanto equipe de trabalho da Escola Léo Kohler, almejamos um escola

democrática, organizada de forma a garantir que todos se apossem dos conhecimentos

específicos, sociais, naturais e estéticos que foram e estão sendo criados pelos seres humanos

ao longo da história.

Essa posse é um direito de todo ser humano e se constitui em uma das condições

essenciais para que todos se beneficiem igualitariamente das riquezas sociais acumuladas pelo

trabalho dos próprios seres humanos, portanto é um direito dos alunos da nossa Escola.

Acreditamos que em nossa escola devemos ter como base o direito de aprender, como

patrimônio de todos, não desprezando as diferenças regionais e locais, levando-as em conta,

mas não se restringindo a elas, devemos tomar estas diferenças como elementos específicos

de um todo social, que se faz presente em todas as regiões e localidades através das

características próprias de cada uma. Nesse contexto é importante promover o

desenvolvimento integrado e interativo do aluno, seja em relação a si mesmo, seja em relação

à comunidade próxima e à sociedade em geral.

Outra característica que devemos priorizar na nossa escola, é uma ação coordenada,

competente e participativa de todos que nela estejam envolvidos. Isto aponta para a

necessidade de reformular as relações de trabalho na escola. Uma escola, como projeto

coletivo, significará a constituição de equipes escolares nas quais professores, pedagogos,

diretores, funcionários, Conselho Escolar estabelecerão relações de trabalho participativo,

respeitadas as especificidades de suas tarefas, também redefinirá as relações entre a equipe

escolar e os alunos, pais, comunidade próxima e sociedade mais ampla.

O Projeto Político Pedagógico foi construído no coletivo e, implicará a significativa

melhoria das condições de trabalho dos professores, pois estes ajudaram a sua construção, ou

seja refletiram juntos sobre os problemas da escola, analisaram o perfil dos alunos, pais,

atrelaram juntos a uma metodologia de ensino, bem como tem claro que a escola deve partir

de um trabalho pedagógico em conjunto, permitindo assim o avanço das decisões a serem

tomadas para a melhoria no processo ensino-aprendizagem dos nossos alunos e encontrarmos

soluções para os problemas que atinge a nossa escola como repetência, evasão, indisciplina,

descompromisso de pais e desvalorização de professores.

Enfim, a escola deve ser um local possível de crescimento mútuo, do professor e dos

alunos. É uma instituição que existe num contexto histórico-social econômico e político de

uma determinada sociedade, e para entendê-la e transformá-la é preciso tornar possível a sua

articulação com a superação da sociedade vigente, em direção de uma sociedade mais

consciente.(Saviani,1994, p.103)

O processo ensino-aprendizagem deve assumir um significado amplo, este deve

consistir em uma educação problematizadora, tendo com essência a dialogicidade, implicando

em um constante desvelamento da realidade, e é um esforço permanente, através do qual os

homens vão se percebendo criticamente. Professores e alunos são, portanto, sujeitos de um

processo em que crescem juntos. Desta forma, ambos são co-autores do processo ensino-

aprendizagem, juntos devem descobrir a que servem os conteúdos científico-culturais

propostos pela escola.

Consequentemente os conteúdos reúnem dimensões conceituais, científicas,

históricas, econômicas, ideológicas, políticas, culturais (afro-brasileira e a africana),

educacionais que devem ser explicitadas e aprendidas no processo ensino-aprendizagem.

Acreditamos que este fazer pedagógico é uma forma que permite compreender os

conhecimentos em suas múltiplas faces dentro de todo social. Os conteúdos não são

percebidos de forma linear, mas em suas contradições em suas ligações com outros conteúdos

da mesma disciplina ou de outras disciplinas, busca-se a unidade, a interdisciplinaridade, não

como forma de pensamento unidimensional, mas como uma apreensão crítica das diversas

dimensões da mesma realidade. Este procedimento quebra a fragmentação dos conteúdos,

estes são estudados num todo, despertando assim mais interesse pelos alunos.

Esta forma pedagógica exige que nós professores privilegiamos a contradição, a

dúvida, o questionamento, que valorizemos a diversidade e a divergência; que interroguemos

as certezas e as incertezas, despojando os conteúdos de sua forma naturalizada, pronta,

imutável. Desta forma devemos analisar cada conteúdo, compreendê-lo e apreendê-lo dentro

de uma totalidade dinâmica, assim faz-se necessário tomar como ponto de partida a realidade

social mais ampla.

“Sendo assim, o conhecimento se origina na prática social dos homens e nos processos de transformação da natureza por eles forjados(...). Agindo sobre a realidade, os homens a modificam, mas numa relação dialética, esta prática produz

efeitos sobre os homens, mudando tanto seu pensamento, como sua prática”. (CORAZZA, 1991, p.84).

A partir dessa metodologia dialética do conhecimento que deverá perpassar todo o

nosso trabalho docente/discente, estruturando e desenvolvendo o processo de construção do

conhecimento escolar, tanto no que se refere à nova forma de o professor estudar e preparar os

conteúdos e elaborar e executar seu projeto de ensino, como às respectivas ações dos alunos.

A metodologia de ensino-aprendizagem expressa a totalidade do processo pedagógico,

dando-lhe centro e direção na construção e reconstrução do conhecimento.

Finalmente, a abordagem histórico-crítica (teoria dialética), requer uma grande

reflexão sobre nossa prática pedagógica, nesse sentido, didaticamente, destacamos passos

norteadores:

♦ O processo de conhecimento tem como ponto de partida a prática social;

♦ A teoria está em função do conhecimento científico da prática social e serve como guia para ações trasnformadoras;

♦ A prática social é o critério de verdade e o fim último de todo o processo cognitivo, a concepção metodológico dialética adota o mesmo paradigma, qual seja: Partir da prática; Teorizar sobre ela; Volta à prática para transformá-la.

(CORAZZA, 1991, p.86).

A avaliação, é uma tarefa didática necessária e permanente do trabalho, docente, que

deve acompanhar passo a passo o processo ensino e aprendizagem. Através dela, os resultados

vão sendo obtidos no decorrer do trabalho conjunto do professor e dos alunos, são

comparados com os objetivos propostos, a fim de constatar progressos, dificuldades e

reorientar o nosso trabalho para correções necessárias. Devemos ter claro que a avaliação é

uma reflexão sobre o nível de qualidade do trabalho escolar tanto do professor como dos

alunos, esta é uma tarefa complexa que não se resume à realização de provas a atribuições de

notas. A mensuração apenas proporciona dados que devem ser submetidos a uma apreciação

qualitativa. A avaliação, assim, trabalhada por nós cumpre funções pedagógico-didáticas, de

diagnóstico e de controle em relação às quais se recorre a instrumentos de verificação do

rendimento escolar.

“A avaliação é uma apreciação qualitativa sobre dados relevantes do processo de ensino e aprendizagem que auxilia o professor tomar decisões sobre o seu trabalho”. ( Luckesi, 1996 , pg 196)

Quando percebemos a avaliação desta forma, esta perde seu caráter, de reprodução do

conteúdo comunicado em sala de aula, de memorização e de autoridade, que coloca o aluno

como um ser passivo e mero receptor. Porém, após nossos estudos percebemos que surge um

novo olhar no aspecto avaliação que é “cuidar da aprendizagem do aluno” ( Demo, 2004,

p.5), portanto não se pode abandonar a avaliação, em função das críticas às faces negativas,

pois estaríamos deixando o processo de aprendizagem correr solto, sob o risco constante de

não só saber o que está ocorrendo com os alunos, mas principalmente de não cuidar da

aprendizagem efetivamente. Nós professores compreendemos que é importante

descaracterizarmos a “prova” como único meio de avaliarmos, e sim utilizarmos de outros

procedimentos que visem o processo e não o fim.

É neste sentido que temos que ter claro, que avaliamos para garantir o direito de

aprender. Desta maneira o nosso aluno será levado a produzir textos próprios, começando do

começo e não mais reproduzindo a nossa fala (do professor), o livro didático não será o

centro, mas sim referência de pesquisa que será comparado criticamente com outros livros; a

pesquisa é um princípio educativo, ou seja, estimula o saber pensar, mas esta deve acatar o

conhecimento, confrontar-se com ele desconstruí-lo e reconstruí-lo.

Portanto, a finalidade da avaliação é de cuidar todo dia deste processo.

Compreendemos que desta forma muda a nossa posição , iremos educar, formar, portanto

devemos aprimorar sistematicamente a habilidade avaliativa, sob todos os ângulos, saber

observar nossos aluno como um todo; desenvolver a mirada penetrante do professor que sabe

ler a alma do aluno; usar de maneira inteligente todos os instrumentos disponíveis de

avaliação quantitativa e qualitativa; participar como parceiro mais velho do ambiente de

aprendizagem, agindo, não como instrutor, mas como educador; ganhar a confiança dos

alunos, a ponto de o relacionamento reverter-se em autonomia deles, não de tutela, provocar

ambiente de trabalho produtivo, sem perder o sentido lúdico e do desenvolvimento; estudar

com afinco as dificuldades de aprendizagem e possíveis iniciativas para resgatar o direito do

aluno de aprender, enfrentar com criatividade novas dificuldades de aprendizagem, saber

motivar, desafiar os alunos, estudar sempre para poder oferecer aos alunos o que há de melhor

e mais avançados no conhecimento, portanto é certo de que “em todo processo avaliativo,

quem é mais avaliado é o avaliador”.

Enfim, a avaliação consciente,consiste na auto avaliação e/ou avaliação mútua, e

estas devem ser permanente na nossa prática educativa.

Com esta forma de pensamento acima descrita, a educação da Escola Estadual Professor

Léo Kohler, assume caráter amplo e não se restringe às situações formais de ensino-

aprendizagem.

A análise do presente no entanto contrapõe-se essencialmente pelos pressupostos

relativos ao homem, mundo e educação. A ciência é um produto histórico, a educação como

um ato político, o conhecimento como transformação continuada e não apenas transmissão de

conteúdos programados e a aprendizagem focando um sujeito contextualizado.

Nós professores desta escola, acreditamos em uma educação de qualidade que venha

oportunizar a todos, mas para isso é preciso boa vontade, estudos, pesquisas, responsabilidade

e compromisso de todos nós pelo trabalho que desempenhamos.

Uma educação de qualidade somente se efetivará quando cada um de nós fizermos a

nossa parte.

V. MARCO OPERACIONAL

Em essência a escola nunca começa no

vazio. Toda a aprendizagem com que a

criança depara na escola sempre tem uma

pré-história.(Vigotski, 2001, p.476 )

Com este pensamento é que expressaremos nossas ações educacionais, bem como

assumiremos posturas para transformar a realidade da Escola Estadual Professor Léo Kohler,

amparados na pré-história de nossos alunos.

Este trabalho implicará em tomada de decisões de como vamos atingir nossas

finalidades, nossos objetivos e nossas metas, mediante um estudo anterior da realidade

situacional da escola dentro de um contexto amplo, como também diante de um

posicionamento filosófico-sociológico, epistemológico e didático-metodológico coletivo.

Assim em termos operacionais, a reformulação do Projeto Político Pedagógico da

nossa escola apresenta-se como um desafio urgente e necessário. Esta ação se justifica tanto

em razão da necessidade de ver a escola como um instituição de participação coletiva.

Desse modo, o Projeto Político Pedagógico, está sendo uma oportunidade educacional,

tomando por base os aspectos sociais, econômicos, políticos e culturais que fundamental a

comunidade global, especialmente a local.

A escola precisa estar diretamente relacionado às necessidades que a sua comunidade

apresenta, em especial, aos conteúdos acadêmicos e a formação humana.

O Projeto Político Pedagógico se constitui em um documento fonte/instrumento das

políticas educacionais em ação na Escola. Ele tem ainda a função de redimensionar a

organização do trabalho pedagógico. Este é o objetivo mais amplo da nossa escola.

Dentro do marco operacional daremos enfoque as ações práticas, contextualizando-as com a

proposta pedagógica, gestão democrática, formação continuada, redimencionamento da

concepção pedagógica administrativa da gestão dos equipamentos e espaços e as

especificidades locais (articulação em projetos e eventos locais).

Também faremos o detalhamento da ação, como indicaremos os objetivos, as condições e

responsável pela execução de tal ações.

Estes procedimentos de ação baseiam-se nos problemas levantados no marco

situacional, bem como tem como suporte o marco conceitual ( matriz teórica).

Após apresentar os eixos que norteiam a nossa ação destacaremos o papel

preponderante das instâncias colegiadas dentro e todo processo educativo do nosso

estabelecimento de Ensino. O Grêmio Estudantil com regulamento próprio muito tem

contribuído para com as ações da escola. Os Representantes de Turma executam o papel de

líderes, repassam as informações para a sala de aula. O Conselho Escolar, que atua

diretamente nas decisões tomadas pela escola. A APMF, órgão relacionado efetivamente com

as decisões e planejamento desta escola.

Como parte integrante da Escola os órgãos colegiados estarão diretamente ligados a

todas as ações da escola, juntamente com todos os envolvidos, organizando os procedimentos

de ação, norteados pelos eixos organizadores do Projeto Político Pedagógico que são:

Proposta Pedagógica/Gestão Democrática/Formação Continuada/Qualificação dos

Equipamentos e Espaços/ Especificidades Locais.

Em nosso atual contexto educacional, tanto global, quanto local destacamos muitos

êxitos e também fracassos. Aquilo que praticamos que funcionou será redimensionado e

reaplicado de acordo com as necessidades da nossa escola, porém os fracassos serão

analisados e reavaliados de forma consciente.

Assim dentro do nosso cotidiano escolar nos deparamos com alguns problemas

preocupantes como: repetência, dificuldades de aprendizagem, indisciplina, falta de

compromisso de pais e evasão escolar.

Estes são problemas que merecem nossa atenção, portanto serão assim trabalhados:

• Indisciplina - Eixo: Gestão Democrática

Ação Responsável Cronograma Condições ObjetivosReunião com os

diversos segmentos da

administração colegiada

para levantar sugestões

que diminuam o

problema.

Diretor

Equipe

Pedagógica

Professores

Durante o ano

letivo.

-Grupos de

estudos.

-Reflexões e

análises de

textos.

Encontrar meios

para resolver o

problema da

indisciplina.

Eixo: Proposta Pedagógica

Ação Responsável Cronograma Condições ObjetivosDesenvolver o Projeto:

“A turma do deixa

disso”

Diretor

Equipe

Pedagógica

Professores

Representante

s de Turmas.

Durante o ano

letivo.

-Dinâmicas

-Atividades

práticas em

sala de aula

e pátio.

-Leituras

de fábulas

com fundo

moral.

Envolver os alunos

como meio de

diminuir as intrigas,

bem como

proporcionar-lhes

maior construção de

valores.

Realização do Projeto:

Vamos Melhorar a

Convivência

Equipe

Pedagógica

Professores

Durante o ano

letivo.

-Músicas

-Teatros

-Cartazes

afixados no

pátio e na

sala de

aula.

-Mensagem

Estimular a boa

convivência entre

todos da escola.

Eixo: Formação Continuada

Ação Responsável Cronograma Condições Objetivos

Reunião e grupos de

estudos sobre

indisciplina.

Diretor

Equipe

Pedagógica

Conselho

Escolar

Durante o ano

letivo.

-Textos.

Mensagens

Fornecer subsídios

para os docentes.

Palestras com a

Psicóloga Municipal

para os pais,

professores e

funcionários sobre

Limites.

Diretor

Equipe

Pedagógica

Durante o ano

letivo

Estudos de

textos.

Propiciar momentos

de reflexão, para

que possamos lidar

com a situações do

dia-a dia.

Eixo: Qualificação dos Espaços e Equipamentos

Ação Responsável Cronograma Condições ObjetivosRealização de jogos

esportivos na quadra da

escola, envolvendo

regras pré

determinadas.

Diretor

Equipe

Pedagógica

Professores

Funcionários

Semana

Recreativa

Cultural e

Esportiva

Cooperaçã

o

Participaçã

o

Favorecer a

socialização e o

respeito mútuo.

Eixo: Especificidades Locais

Ação Responsável Cronograma Condições ObjetivosParticipar da Semana

Cultural promovida

pelo Município.

Diretor

Equipe

Pedagógica

Conselho

Escolar

Semana

Cultural

De acordo

com a

Semana

Cultural

Integrar os alunos

na sociedade

promovendo a

verdadeira inclusão.

• Repetência /Dificuldades de Aprendizagem- Eixo: Gestão Democrática

Ação Responsável Cronograma Condições ObjetivosDesenvolver o Projeto

Aulas de Monitoria.

Representante

s de Turmas

Equipe

Pedagógica

Professores

Alunos

Durante o ano

letivo.

Planejamento.

Troca de

experiências.

Criar condições

de melhoria no

processo ensino

aprendizagem.

Eixo: Proposta Pedagógica

Ação Responsável Cronogra

ma

Condições Objetivos

Reunião com pais para

esclarecimentos e

levantamento de

sugestões para os

alunos com baixo

rendimento escolar.

Diretor

Equipe

Pedagógica

Professores

Durante

cada

trimestre.

Textos para

estudos.

Trazer os pais para

escola, como

parceiro

(estimulando e

acompanhando) o

processo ensino –

aprendizagem. Leitura do Conselho de

Classe a todos os alunos

e aconselhamento

específico aos alunos

com dificuldades.

Equipe

Pedagógica

Durante

cada

trimestre.

Livro do

Conselho de

Classe.

Conto

reflexivo.

Sensibilizar quanto

a importância dos

estudos. Utilizando

como metodologia

contos, fábulas que

apresentam uma

historia de vida.Uso

do retroprojetor e

vídeos.Realização da Maratona

Cultural.

Diretor

Equipe

Pedagógica

Professores

Funcionários.

Final do 1º

e 2º

semestre.

Conteúdos

estudados em

sala das

disciplina pré

determinadas.

Estimular os alunos

a estudar e

pesquisar.

Realização do trabalho

AGENDA 21, de forma

dinâmica que venha

contribuir para a

melhoria do nosso meio

ambiente (escola, casa,

rua, comunidade).

Diretor

Equipe

Pedagógica

Professores

Funcionários

Durante o

ano letivo.

Gráficos.

Pesquisa de

campo.

Teatros

Músicas.

- Sensibilizar e

procurar alternativas

juntamente com a

comunidade para

ajudar na solução

dos problemas que

atingem o nosso

meio ambiente mais

próximo.Realização da I Mostra Diretor Final do 2º Textos para Promover a

Cultural Léo Kohler, Equipe

Pedagógica

Professores

Alunos

Pais

Funcionários

Semestre

de 2007.

estudos,

leituras.

Reflexões.

Pesquisas

científicas,

Experiências.

Artesanato,

entrevistas.

integração entre

alunos, professores

e pais, apresentando

projetos

desenvolvidos e

conhecimentos

construídos em sala

de aula durante o

ano letivo.

Incentivar a

expressão artística,

cultural e científica.

Eixo: Formação Continuada

Ação Responsável Cronograma Condições Objetivos Grupos de estudos

sobre como

aprendemos.

Neuroeducação.

Diretor

Equipe

Pedagógica

No início de

cada trimestre.

Estudos

Reflexões.

Oferecer subsídios

para o

enriquecimento da

prática docente.

Palestras com a

Psicopedagoga sobre

intervenções

pedagógicas.

Diretor

Equipe

Pedagógica

Início do 1º

semestre e 2º

semestre.

Instrumentalizar os

professores em sua

ação pedagógica.

Eixo: Qualificação dos Espaços e Equipamentos

Ação Responsável Cronograma Condições ObjetivosVídeos pertinentes ao

assunto estudado para

melhor assimilação do

Equipe

Pedagógica

Professores

De acordo com

o conteúdo

proposto.

Reflexões e

estudos de

temas

Estimular o

processo ensino –

aprendizagem.

conteúdos. Relatórios e

desenhos.

diversificados.

Eixo: Especificidades Locais

Ação Responsável Cronograma Condições ObjetivosParticipar do Projeto

Fera.

Diretor

Equipe

Pedagógica

Professores.

De acordo

com a SEED.

De acordo

com a

SEED.

Promover

juntamente com os

alunos pesquisas

teóricas e práticas.

-Integrar a

participação de

alunos e professores

em eventos.

• Professores Desmotivados-

Eixo: Gestão Democrática

Ação Responsável Cronograma Condições ObjetivosReuniões para

discussões e reflexões

sobre o sistema de

ensino.

Conselho

Escolar.

APMF

Grêmio

Estudantil

Durante o ano

letivo.

Estudos

das

Legislações

.

Integrar

comunidade com a

escola.

Mobilizar ações que

atendam as

solicitações e

reivindicações dos

professores para a

melhoria do

processo de ensino

aprendizagem.Eixo: Proposta Pedagógica

Ação Responsável Cronograma Condições ObjetivosPalestra com a

psicóloga, abordando

temas que promovam a

valorização da vida e da

profissão. Para todos os

Diretor

Equipe

Pedagógica

Final do 2º

semestre.

Mensagens

Experiênci

a de vida.

Elevar a auto estima

dos professores e

funcionários.

professores e

funcionários.Apresentar experiências

pedagógicas que deram

certas em outras escolas

para os professores em

suas horas-atividades.

Equipe

Pedagógica

Durante o ano

letivo.

Resenhas

Fotos

Artigos

Sensibilizar quando

a importância de sua

função de educador.

Eixo: Formação Continuada

Ação Responsável Cronograma Condições ObjetivosSugestões de

bibliografias e

referências teóricas aos

professores, bem como

material de apoio

pedagógico.

Diretor

Equipe

Pedagógica

Durante o ano

letivo.

Grupos de

estudos.

Oferecer subsídios

para o

enriquecimento da

prática docente,

como para seu

crescimento pessoal.

Sugestões de vídeos

educativos e filmes que

abordem a importância

de ser professor.

Diretor

Equipe

Pedagógica

Durante o ano

letivo

Listagem

de títulos

disponibiliz

ados na

escola.

Promover momentos

reflexões a respeito

do nosso papel

enquanto agentes da

educação.Eixo: Qualificação dos Espaços e Equipamentos

Ação Responsável Cronograma Condições Objetivos Realizar

confraternização com

todos os professores e

funcionários.

Diretor

Equipe

Pedagógica

Ao término do

1º e 2º

semestre.

Dinâmicas

Participação

Promover

momentos de

confraternização

com todos os

funcionários, com a

finalidade de

harmonizar o grupo.

Eixo: Especificidades Locais

Ação Responsável Cronograma Condições ObjetivosParticipar de Concursos

e eventos locais,

regionais e estaduais.

Diretor

Equipe

Pedagógica

De acordo

com a

Secretaria

Municipal de

Educação

NRE e SEED.

De acordo

com a

Secretaria

Municipal

de

Educação

NRE e

SEED

Apoiar, incentivar

professores e

funcionários a

enriquecer seus

conhecimentos.

• Falta de compromisso dos pais- Eixo: Gestão Democrática

Ação Responsável Cronograma Condições ObjetivosGrupo de estudos com

os pais, para refletirem

sobre a educação

escolar.

Conselho

Escolar.

APMF

Durante o ano. Diálogo.

Aconselha

mento.

Possibilitar aos pais

meios para ajudar

seus filhos.

Eixo: Proposta Pedagógica

Ação Responsável Cronograma Condições ObjetivosRealização do Projeto

Encontro de Pais.

Diretor

Equipe

Pedagógica

Professores

Mês de abril Grupos de

reflexão.

Dinâmicas.

Trazer os pais para

escola e juntos

traçarmos metas que

melhore a educação

de nossa escola.

Eixo: Formação Continuada

Ação Responsável Cronograma Condições ObjetivosCelebrar as datas Diretor Durante o ano Celebrações e Sensibilizar e

cívicas, religiosas e

culturais.

Equipe

Pedagógica

Professores

APMF

Grêmio

Estudantil

letivo. Homenagens

no

estabelecimen

to de Ensino.

promover a

participação dos pais

na escola.

Eixo: Qualificação dos Espaços e Equipamentos

Ação Responsável Cronograma Condições Objetivos Realizar uma tarde

esportiva com pais,

professores, alunos e

funcionários. Enviando

convites especiais para

os mais ausentes.

Diretor

Equipe

Pedagógica

Professores

Funcionários

APMF

Novembro Brincadeiras

Confrarterni

zação.

Favorecer a

socialização entre

pais/professores/alu

nos/funcionários.

Realização da Festa da

Família.

Diretor

Equipe

Pedagógica

Professores

Funcionários

APMF

Clubes de

Serviços

Abril Danças

Músicas

Favorecer a

socialização entre

comunidade e

escola.

Eixo: Especificidades Locais

Ação Responsável Cronograma Condições ObjetivosEnvolver os pais em

projetos locais,

regionais, em que

viabilizem a mostra de

experiências.

Diretor

Equipe

Pedagógica

Professor

De acordo

com a

Secretaria

Municipal de

Educação

NRE e SEED.

De acordo

com a

Secretaria

Municipal

de

Educação

NRE e

Resgatar pais

distantes da escola,

bem como levá-lo a

entender sua

importância na

educação dos filhos.

SEED

• Evasão Escolar - Eixo: Gestão Democrática

Ação Responsável Cronograma Condições ObjetivosReunião com os

diversos segmentos da

administração colegiada

a fim de garantir a

permanência do aluno

na escola

Diretor

Equipe

Pedagógica

Conselho

Escolar.

Ao término de

cada trimestre.

Levantame

nto de

dados.

Encontrar meios

para resolver o

problema da evasão

escolar.

Eixo: Proposta Pedagógica

Ação Responsável Cronograma Condições ObjetivosVisitas aos alunos

ausentes.

Diretor

Equipe

Pedagógica

Durante o ano

letivo.

Diálogo Resgatar alunos par

os bancos escolares.

Realização do Projeto:

Olha o que a escola

estuda faz!

Diretor

Equipe

Pedagógica

Professores

Durante o ano

letivo.

Experiênci

as com

alunos de

outras

escolas.

Estimular os alunos

a permanecerem na

escola,

proporcinando

momentos de

valorização e uto-

estima.Realização de um

questionário

investigativo para

Equipe

Pedagógica

Professores

Início do ano

letivo.

Questionári

o.

Identificar o

contexto situacioal

do aluno,

conhecer a realidade

dos educandos (sua

história/cultura).

promovendo ações

que revertam o

diagnóstico em

questão

Eixo: Formação Continuada

Ação Responsável Cronograma Condições Objetivos Grupos de estudos com

professores e

funcionários.

Diretor

Equipe

Pedagógica

Conselho

Escolar

A cada

trimestre.

Textos

reflexivos.

Subsidiar os

professores e

funcionários com

material de apoio

pedagógico.

Eixo: Qualificação dos Espaços e Equipamentos

Ação Responsável Cronograma Condições ObjetivosRealização de Gincanas

Esportivas e Culturais.

Diretor

Equipe

Pedagógica

Professores

Funcionários

Agosto- Dia

do Estudante

Cooperaçã

o

Participaçã

o

Valorizar os

estudos, a vida e o

bem estar dos

educandos.

Eixo: Especificidades Locais

Ação Responsável Cronograma Condições ObjetivosParticipar da Feira da

Lua - Local onde existe

a mostra de talentos.

Diretor

Equipe

Pedagógica

Professores

Uma vez a

cada bimestre.

-Músicas

-Danças.

Integrar o aluno ao

grupo e a sociedade.

VI- Avaliação de Projeto Político Pedagógico

A maior característica do mundo hoje é a constante, intensa e profunda

mudança. Somos, diariamente, protagonistas das conseqüências dessas transformações, quer

no terreno tecnológico e científico, quer no terreno ético e moral. Novas descobertas alteram

nossos hábitos cotidianos, confrontam e desestabilizam nossas crenças e valores, abalam e

redimensionam nossas concepções a respeito de nossas instituições e processos de

relacionamento.

Mudar, avançar, aperfeiçoar, recriar, aí reside o imperativo maior de nosso

tempo e a esse desafio estão voltados e agregados os esforços dos homens compromissados

em contribuir na construção de seu mundo.

Nesse contexto de mudanças e de transformações é que são necessárias a

construção e reconstrução do Projeto Político Pedagógico, sempre sujeita à incorporação de

novas experiências, capacidades e necessidades, assim como novos interesse e talentos.

Assim o Projeto Político Pedagógico será reconstruído no coletivo escolar e

avaliado de forma contínua e sistematicamente.

Durante o ano letivo organizaremos grupos de estudos, promoveremos reuniões

com os diversos segmentos da Escola e ouviremos a comunidade escolar por meios de

questionários avaliativos para analisar todas as ações desenvolvidas visando detectar possíveis

falhas, levantar dúvidas ou problemas e aperfeiçoar a atuação escolar.

Sabe-se que a avaliação é necessária, pois a partir de novas idéias, novas visões

e novos paradigmas é que implementaremos novas ações, que serão relevantes para o sucesso

desta Instituição Escolar.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DEMO, Pedro. Ser professor é cuidar que o aluno aprenda. Porto Alegre: Mediação, 2004.

VIGOTSKI, L S. A Construção do pensamento e da linguagem. São Paulo, Martins Fontes, 2001.

GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. Autores associados, 1996.

LIBÂNEO, José Carlos. Adeus Professor, Adeus Professora? Novas exigências educacionais e profissão docente. São Paulo: Cortez, 1998.

LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 1996.

PRAIS, Maria de Lourdes Melo. Administração colegiada na escola pública. São Paulo: Papirus.

CORAZZA, S.M.Manifesto por uma dida-lé-tica. Contexto e Educação, Ijuí, 1991.

SAVIANI, Dermeval. Escola e Democracia. São Paulo: Cortez/autores associados, 1986. _________________. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. 5. ed., 1994.

VEIGA, Ilma Passo Alencastro. Escola: Espaço do projeto político pedagógico. Papirus, 2000.

Revistas Pátio – Nova Escola.