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Case Escola de Líderes, Liderança na Prática- Formação Preparatória. Top Ser Humano 2016 – ABRH Categoria Organização Responsáveis: José Ricardo Amaro Diretor de RH Mariana Bento Gerente de RH Ângela Borges Coordenadora de Educação Coorporativa Ana Claudia Jorgelewicz Petersen Consultora de Educação Corporativa EMBRATEC - Empresa Brasileira de Tecnologia e Administração de Convênios HAAG S/A.

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Case

Escola de Líderes, Liderança na Prática-

Formação Preparatória.

Top Ser Humano 2016 – ABRH

Categoria Organização

Responsáveis:

José Ricardo Amaro

Diretor de RH

Mariana Bento

Gerente de RH

Ângela Borges

Coordenadora de Educação Coorporativa

Ana Claudia Jorgelewicz Petersen

Consultora de Educação Corporativa

EMBRATEC - Empresa Brasileira de Tecnologia e Administração de Convênios HAAG

S/A.

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SUMÁRIO

RESUMO ..................................................................................................................... 3

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 4

2. A Embratec .......................................................................................................... 5

2.1. Quem Somos ................................................................................................... 5

2.2. O Nosso Negócio ............................................................................................ 6

2.3. Norteadores Estratégicos .............................................................................. 7

2.4. Principais Conquistas .................................................................................... 8

3. O Modelo de desenvolvimento de Lideres da EMBRAT EC ............................... 9

3.1 O que são os Pipelines de Liderança ............................................................. 10

3.2 Os Pipelines, a carreira em Y na EMBRATEC e a E scola de Lideres, .......... 11

3.3 Escola de Lideres – Formação preparatória de Li deres ............................... 12

4. METODOLOGIA ................................................................................................. 17

4.1 Objetivos ........................................................................................................... 17

4.1.2 Objetivos Específicos ................................................................................... 17

5. REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................... 18

5.1 Aspectos Teóricos e Conceitos de Lideranças ............................................. 18

5.2 Influências do Clima e da Cultura Organizacional na Liderança ................. 20

5.3. O Modelo Pipeline de Ram Charan ................................................................ 21

6. RESULTADOS ..................................................................................................... 25

7. Considerações finais ............................................................................................ 27

REFERÊNCIAL BIBLIOGRÁFICO ............................................................................. 30

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RESUMO

O desenvolvimento das lideranças vem se destacando nas organizações como

papel fundamental e estratégico. Isso se dá pelo fato desta ser a principal aliada no

desdobramento das estratégias assim como dos valores e da cultura organizacional.

Um conceito que define liderança, vindo de Hunter (2004, p. 25) descreve como “a

habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir

aos objetivos identificados como sendo para o bem comum”. Esse conceito demonstra

que o líder precisa ser desenvolvido e capacitado. Diante dessa realidade, a Embratec

desenvolveu um projeto que visa capacitar sistematicamente as lideranças da

organização baseado no método introduzido pelo autor Ram Charan, através do livro

Pipeline de Liderança, o desenvolvimento de lideres como diferencial competitivo. Este

modelo será descrito no presente case, onde também foram analisados alguns

importantes itens que abrangem a atuação do líder dentro de uma empresa. No ano de

2015 a Embratec implantou uma Escola de Líderes, com uma formação específica para

cada Pipeline, ou seja, transição de carreira mapeada na empresa. Em janeiro, realizou

a 1ª turma da Formação Preparatória de Líderes, a qual teve por objetivo preparar os

futuros Coordenadores para encarar os desafios do primeiro Pipeline, ser Líder de

Equipe. Essa formação preparatória foi estruturada a partir de três etapas: Conhecer,

Desenvolver e Crescer. Nos meses seguintes foram realizados módulos presenciais e,

complementando a aprendizagem em sala de aula, cursos na plataforma virtual

chamada Eco@aprende, totalizando 143 horas de treinamentos. Os Diretores

indicaram 42 colaboradores, sendo que 25 participaram da Escola de Líderes, visando

posições de coordenação previamente aprovadas. No modelo desenvolvido pela

Embratec, alguns importantes resultados podem ser descritos: 24 participantes

assumiram como Coordenadores em 2015, a média de satisfação geral da 1ª turma da

Formação Preparatória de Lideres foi de 8,8, a presença média dos envolvidos foi de

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95%, as avaliações de eficácia tiveram uma média de 8,3 e 100% dos participantes

concluíram a formação. A Embratec acredita que uma liderança capacitada fará a

diferença em busca de objetivos e metas traçados.

Palavras chave: liderança, cultura organizacional, Pipeline.

1. INTRODUÇÃO

Segundo (CHARAN 2010), todas as principais organizações estão lutando para

contratar “estrelas” e tendo que lidar com uma verdadeira “guerra pelos talentos”.

Quando o assunto é liderança, o problema é que há poucos líderes de alto

desempenho, por isso se faz necessário uma abordagem de desenvolvimento que flua

com velocidade para mudanças, assim como os requisitos para a liderança que mudam

muito rápido. Considera-se para esse modelo patamares distintos de liderança

conforme o grau de desafio e requisitos que o novo líder enfrentará. A evolução das

pessoas está diretamente ligada aos desafios que elas enfrentam com o tempo, e os

programas de desenvolvimento visam maior eficiência na aplicabilidade das novas

habilidades nas tarefas mais complexas exigidas nas novas posições.

Como uma forte influência nas empresas, a cultura da organização é algo que

permeia todas as áreas, todas as estratégias e todas as pessoas que estão envolvidas

nos processos, inclusive no clima organizacional. A Embratec visando reforçar uma

cultura de valorização e formação de seus talentos abordará nesse case como foi

construída a Escola de Líderes, focando a “Formação Preparatória ”, ou seja, o

desenvolvimento de futuros Coordenadores que deixar am de ser “Líderes de Si

Mesmo” para percorrer o primeiro Pipeline de Lideran ça – Líder de Equipes, a

partir dessa formação inicial. Com objetivo principal de preparar os futuros

Coordenadores da Embratec para encarar os desafios do primeiro Pipeline, a área de

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Educação Corporativa baseou-se na metodologia do Pipeline de Liderança

desenvolvida por Ram Charan. Para essa implementação foi necessário um

aprofundamento não focado somente em tipos e modelos de lideres, mas sim, em qual

contexto esses estão inseridos e de que forma será possível desenvolver tal liderança.

Durante a construção do planejamento estratégico, com a participação das lideranças

da empresa, surgiu o Mapa Estratégico da Embratec, e no Imperativo Estratégico

“Desenvolver as Pessoas Certas para as Posições Certas”, foi previsto o Projeto

“Pipelines de Liderança”, com o objetivo de desenvolver de forma sistemática e

continua as lideranças da empresa, visando à eficiência organizacional. Vamos estudar

o modelo e observar os resultados que a Embratec atingiu com a implementação.

2. A Embratec

2.1. Quem Somos

A Embratec - Empresa Brasileira de Tecnologia e Administração de Convênios

HAAG S/A, sociedade empresarial de capital nacional, fundada em 1999, que

administra as unidades de negócios Ecofrotas, Expers e Ecobenefícios, ambas com

foco no desenvolvimento de soluções corporativas e sustentáveis, para o segmento de

gestão de frotas leves e pesadas e gestão de convênios corporativos, respectivamente.

São mais de 989 colaboradores distribuídos pelo Brasil. Sua sede está localizada em

Campo Bom (RS) e possui uma unidade em Porto Alegre (RS), onde também se

localizam áreas corporativas. As regionais comerciais estão distribuídas pelo país:

Curitiba (PR), São Paulo (SP), Campinas (SP), Rio de Janeiro (RJ), Goiânia (GO), Belo

Horizonte (MG), Recife (PE), Salvador (BA) e Fortaleza (CE).

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2.2. O Nosso Negócio

A Embratec oferta tecnologias para o aumento da produtividade dos clientes, e

possui um forte compromisso com a sustentabilidade. Atua através das unidades de

negócios Ecofrotas, Ecobenefícios e Expers cujo valor essencial é unir esforços para

promover ganhos socioambientais para a coletividade.

Assim, unindo as iniciativas ambientais e sociais e mantendo o foco de redução de

custos como um todo, a empresa transformou a abordagem do tripé da

sustentabilidade na essência de seu negócio. Para a Embratec a máxima qualidade

dos serviços é alcançada quando além de soluções inovadoras e de alta tecnologia, a

excelência ambiental, social e econômica também é conseguida.

Unidade de Negócios ECOROTAS

A Ecofrotas, primeira empresa especializada em gestão sustentável de

frotas e líder de mercado do segmento, tem como principal objetivo

auxiliar os clientes a reduzir as emissões de Gases do Efeito Estufa

(GEE) de suas frotas. A estratégia é orientá-los, em uma linha educativa, a substituir os

combustíveis fósseis por renováveis, a utilizar veículos menos poluentes, a

conscientizar os condutores sobre a importância de uma direção ambientalmente

correta e a realizar manutenção constante e preventiva nos veículos para evitar

motores desregulados e com altos níveis de emissões.

Unidade de Negócios Ecobenefícios

No segmento dos cartões de benefícios, o diferencial da Ecobenefícios é

incorporar orientações, destinadas aos funcionários das empresas

clientes, sobre educação financeira e sobre o uso consciente do crédito.

Com isso, a empresa espera contribuir para uma economia mais sustentável, para a

qualidade de vida dos trabalhadores e, consequentemente, para a melhoria de sua

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produtividade. A Ecobenefícios também tem como meta fornecer informações

gerenciais que permitam reduzir a carga de trabalho operacional do departamento de

recursos humanos das empresas parceiras, permitindo-lhes o desenvolvimento de

atividades mais estratégicas.

Unidade de Negócios Expers

Expers é uma solução completa em gestão para frotas pesadas

que surgiu de uma parceria entre a Ecofrotas e a Shell (a marca

Shell é licenciada para a Raízen, uma joint venture entre Shell e Cosan).

2.3. Norteadores Estratégicos

Missão

Promover soluções inovadoras e de alta tecnologia para Gestão de Frotas e Gestão de

Benefícios, por meio da prestação de serviços de excelência que gerem resultado

econômico, ecológico e social para clientes, acionistas, colaboradores e sociedade.

Visão Ecofrotas e Expers

Liderar o mercado de Gestão de Frotas, Fretes e despesas de viagens por meio de

soluções inovadoras e práticas de sustentabilidade, tanto em frota leve quanto em frota

pesada, faturando R$ 6 bilhões no ano de 2016.

Visão Ecobenefícios

Atuar de forma destacada no mercado de gestão de convênios e de gestão de PAT

(Programa de Alimentação do Trabalhador), faturando R$ 4 bilhões no ano de 2016.

Valores

• Trabalho em equipe

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• Profissionalismo

• Empreendedorismo

• Alta Capacidade de Execução

• Simplicidade

• Sustentabilidade

2.4. Principais Conquistas

Ao longo dos anos, a Embratec obteve importantes conquistas, e algumas dessas

precisam ser citadas para demonstrar o quanto a empresa está comprometida com a

gestão eficiente e atua em conformidade com os pilares da sustentabilidade. Citaremos

alguns projetos, certificações e premiações:

• Prêmio TOP Ser Humano ABRH 2015 - “Eco@prende, Educação sem fronteiras” .

• Prêmio TOP Ser Humano ABRH 2014 – Case “Quando a Gente faz o bem, o bem

volta”.

• Guia Exame de Sustentabilidade 2013 – Empresa mais sustentável da categoria

Transportes e Logística.

• Top Cidadania ABRH 2012 – Case “Embratec e a inclusão pela empregabilidade:

Uma oportunidade para transformar vidas”.

• Top Ser Humano ABRH 2011 - Case "Ecofrotas e o desafio para uma nova cultura:

a sustentabilidade".

• Prêmio Qualidade RS 2012 - Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade

(PGQP), na categoria Troféu Bronze.

• Certificações ISO 9001 e 14001/2011- DNV.

• Classificação Ouro no Programa GHG Protocol Brasil .

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3. O Modelo de desenvolvimento de Lideres da EMBRAT EC

A Embratec sempre teve preocupação de capacitar seus colaboradores e desde

o ano de 2009 realiza anualmente Encontros de Liderança, destinados a desenvolver

seus líderes em temas atuais de gestão de pessoas e voltados à estratégia da

empresa. Em um desses encontros, onde também foi realizado o Planejamento

Estratégico de 2014, com a participação de todos os gerentes e diretores da empresa

surgiu o Mapa Estratégico da Embratec, que no Imperativo Estratégico “Desenvolver as

Pessoas Certas para as Posições Certas”, foi previsto o Projeto “Pipeline de

Liderança”, com o objetivo de desenvolver de forma sistemática e continua as

lideranças da empresa, visando à eficiência organizacional. No contexto em que

vivemos a demanda por lideranças excede em muito a oferta, e as organizações

promovem as pessoas esperando que tenham o conhecimento e as habilidades

necessárias para dar conta do trabalho. Mas elas não necessariamente possuem o

conhecimento e as habilidades para lidar com um nível específico de liderança.

Presumem que, se as pessoas apresentam bom desempenho em um cargo,

provavelmente também terão um bom desempenho em um próximo cargo. Contratar

pessoas talentosas faz sentido como tática, mas não como estratégia.

A Embratec também está inserida neste contexto e, através do Projeto Pipeline

de Lideranças, a Diretoria de Desenvolvimento Humano e Organizacional propôs uma

Escola de Líderes, visando garantir a continuidade dos negócios e assegurar a

sustentabilidade da empresa. O desenho da Escola de Líderes foi embasado na

metodologia de Pipelines de Liderança do consultor e autor Ram Charan, e veremos

nesse case como todo o programa foi pensado, colocado em prática e segue em

andamento.

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3.1 O que são os Pipelines de Liderança

Para entender o conceito de Pipelines de Liderança é importante compreender

que para Ram Charan a hierarquia de liderança assume a forma de seis passagens na

carreira profissional. O pipeline não é um cilindro reto, mas um cano que se curva em

pontos ou níveis, representando as transições de carreira na organização. Cada nível

possui uma nova complexidade de liderança, em que uma mudança significativa

precisa ser promovida.

Essas mudanças contemplam requisitos específicos de cada posição, o que

demanda novas dimensões de desenvolvimento:

• Habilidades : novas competências necessárias para executar novas

responsabilidades;

• Aplicações de Tempo: novo quadro temporal que orienta o trabalho do líder;

• Valores Profissionais: o que as pessoas acreditam ser importante e que,

dessa forma, passa a ser o foco de seus esforços.

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Formar líderes, considerando os Pipelines de Liderança, significa orientar os

colaboradores a conduzir a carreira por caminhos diversos, em zigue-zague e não em

reta ascendente.

3.2 Os Pipelines, a carreira em Y na EMBRATEC e a E scola de Lideres,

Atrelada à Academia de Negócios, a Escola de Líderes da Embratec visa

desenvolver novos e atuais gestores, de acordo com as peculiaridades das transições

de carreira mapeadas na empresa:

Para cada Pipeline de Liderança foram desenvolvidas formações específicas

contemplando:

Formação Preparatória de Líderes · Desafios do Pipeline;

· Conhecimento do Negócio;

· Competências Essenciais da Embratec;

· Dimensões: Habilidades, Aplicação do Tempo e Valores Pessoais.

Formação de Líderes de Equipes

Formação de Líderes de Líderes

Formação de Líderes de Negócios

As formações são organizadas em etapas:

ETAPA FOCO

CONHECER Conhecer o Negócio da Embratec

DESENVOLVER Adquirir competências de Gestão de Pessoas

CRESCER Proporcionar acompanhamento ao assumir a nova posição de liderança

(etapa específica para a Formação Preparatória de Líderes).

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Sobre a metodologia de trabalho, para que a Escola de Líderes tenha o feito

transformador e de apoio nas transições de carreira, fazendo diferença no

desenvolvimento das lideranças da Embratec, adotamos, em todas as formações,

metodologias participativas e vivenciais, baseadas nos princípios de andragogia,

possibilitando a elaboração e a geração de conhecimentos e o desenvolvimento de

habilidades que propiciem aos participantes a reflexão sobre si e a atuação na posição.

As estratégias de aprendizagem são:

• Treinamentos e workshops presenciais com facilitadores internos e externos;

• Dinâmicas e cases;

• Leituras recomendadas;

• Atividades de pré-tarefa e reforço de aprendizagem no Eco@prende;

• Plano de Desenvolvimento Individual com ações para continuidade da

capacitação.

3.3 Escola de Lideres – Formação Preparatória de Li deres

Ao longo do ano de 2014 o Projeto Pipeline de Liderança foi “tomando corpo” e

em Novembro do mesmo ano a Diretoria de Desenvolvimento Humano e

Organizacional mapeou com todas as diretorias a necessidade de focar na

identificação e desenvolvimento de potenciais sucessores. Na época, considerou-se o

cargo de Coordenador como posição-chave, tendo em vista os desafios do próximo

ano e as vagas em aberto para este nível. Desta forma, a Escola de Líderes atendeu

primeiramente a capacitação de futuros Coordenadores que deixariam de ser “Líderes

de Si Mesmo” para percorrer o primeiro Pipeline de Liderança – Líder de Equipes a

partir da Formação Preparatória de Líderes. O objetivo foi preparar os futuros

Coordenadores da Embratec para encarar os desafios do primeiro Pipeline, a partir da

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apresentação de temas estratégicos da empresa e do desenvolvimento de

competências para liderar, melhorando a performance individual e da equipe, gerando

resultados para a organização.

Ações que antecederam a 1ª turma da Formação Prepara tória de Líderes

(Dezembro 2014 a Janeiro 2015):

Os módulos da Formação Preparatória de Líderes, tanto presenciais quanto em

EAD, foram estruturados nas etapas Conhecer e Desenvolver e aconteceram de

Janeiro a Maio de 2015.

Indicação e talentos reconhecidos pelos Gerentes e Diretores após a

realização da etapa de Consenso da Avaliação anual de Competências;

Alinhamento preparatório com a Consultora Interna de DHO para a

reunião entre Diretor, Gestor imediato e colaborador formalizando a

indicação;

Reunião entre Diretor, Gestor e colaborador, informando a indicação

para participar do processo que antecedeu Formação Preparatória;

Reunião entre Consultora Interna de DHO e colaborador indicado,

expondo as etapas do processo;

Realização de Avaliação com as seguintes etapas: análise de CV,

entrevista direcionada, avaliação de competências comportamentais e

de aderência ao cargo através da ferramenta PDA e análise da

Avaliação das Competências Essenciais;

Elaboração do Parecer Final e validação pela Diretora de DHO;

Apresentação do Parecer Final ao Diretor e Gestor imediato;

Devolutiva do PDA para colaborador indicado e confirmação da

participação na Escola de Líderes – Formação Preparatória de Líderes.

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Módulos 1ª Turma – Formação Preparatória de Líderes

ETAPA CONHECER

Boas vindas com o Presidente Desafios para 2015/2016 com o Vice Presidente Atuação e Desafios da Diretoria de Marketing Atuação e Desafios da Diretoria de TI Atuação e Desafios da Diretoria de Operações e Serviços Atuação e Desafios da Unidade de Negócios Ecofrotas Atuação e Desafios da Unidade de Negócios Expers Atuação e Desafios da Unidade de Negócios Ecobenefícios Atuação e Desafios da Diretoria Administrativa Financeira Atuação e Desafios da Diretoria de Relações Institucionais e Sustentabilidade

ETAPA DESENVOLVER

Autoconhecimento e Autodesenvolvimento A Arte de Liderar (Eco@prende) Inteligência Emocional (eco@prende) Relacionamento Interpessoal, Comunicação e Feedback Planejamento, Organização e Reuniões Produtivas Entrevista por Competências Delegar é Preciso (Eco@prende) Tomada de Decisão e Análise de Problema (Eco@prende) Pensamento Estratégico (Eco@prende) Líder Coach Gestão de Pessoas (Eco@prende) Poder de Influencia e Escuta Ativa (Eco@prende) Finanças para não financeiros Básico de Gestão de Riscos Trabalhistas e Rotinas de Administração de Pessoal Planejamento e Gestão de Projetos Gestão de Conflitos Formação de Facilitadores Segurança da Informação Estilos de Liderança e Liderança Situacional Consolidando Aprendizados Capacitação Mentores Capacitação Mentorados

Os Diretores foram consultados para alinhamento dos temas que seriam

abordados e foram convidados a compartilhar suas experiências como gestor de

pessoas e a apresentar os desafios de suas áreas, sendo os facilitadores dos módulos

da etapa Conhecer. O último módulo previsto na etapa Desenvolver foi o Consolidando

Aprendizados onde os próprios participantes coordenaram a revisão dos módulos que

ocorreram ao longo da formação, gerando um book que foi oferecido para os gestores

na formatura, evidenciando a construção de conhecimentos.

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Ainda no último módulo foram propostas ações para garantir a continuidade do

desenvolvimento e para apoiar a prática dos aprendizados em sala de aula:

• Elaboração de um Plano de Desenvolvimento Individual (PDI) e escolha de um

Mentor para, a partir do PDI, potencializar os aprendizados após assumir formalmente

a posição de Coordenador.

Sobre a escolha do Mentor foram estabelecidos alguns critérios:

• Os Mentores sugeridos pelos Mentorados deveriam ser profissionais seniores e

ocupantes de outros Pipelines;

• As sugestões dos Mentores serão validadas pela Diretoria de Desenvolvimento

Humano e Organizacional após análise dos desafios que serão assumidos pelo

Mentorado;

• O processo de Mentoring não deverá ser realizado entre gestor e subordinado direto;

• O Mentor poderá acompanhar no máximo dois Mentorados.

Na história de desenvolvimento de lideranças da Embratec o processo de Mentoring

é inédito e para garantir o seu sucesso, foi planejada uma capacitação de Mentores e

Mentorados e uma palestra de alinhamento com a participação dos gestores imediatos

dos Mentorados onde foram explanadas as responsabilidades dos envolvidos:

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Desta forma, a Formação Preparatória de Líderes proporcionou aos novos

Coordenadores o desenvolvimento necessário através de conceitos e experimentações

que os preparou para distinguir as variáveis de que necessitam para se adaptarem ao

seu “novo mundo”, reconhecendo as pressões e angústias impostas pela transição de

colaborador a líder, entendendo que não se trata de desaprender a velha função e

identidade, mas de se familiarizar com os novos desafios. As ações formais de

educação propostas foram projetadas para possibilitar que os indivíduos participantes

construíssem uma estrutura para pensar sobre a maneira de lidar com os dilemas

comuns da liderança, compreendendo quais as “melhores práticas” no mercado e aos

olhos da empresa, através da proposição de temas, discussões, situações e

experiências que permitiram “calibrar” seu comportamento e desempenho.

Alguns resultados esperados com a Escola de Líderes, na Formação Preparatória

são:

• Desenvolver internamente as lideranças da Embratec, diminuindo a busca por

novos gestores no mercado;

• Desenvolver as Competências Essenciais de Liderança garantindo que os

sucessores tenham acesso aos recursos necessários para se encaixar na nova

posição, ampliar sua eficiência e entregar valor ao negócio;

• Oportunizar aos participantes a conquista de uma base sólida de

conhecimentos que lhes permita, no exercício das atividades de gestão, propor

melhorias e mobilizar as equipes para a entrega de resultados;

• Reter talentos;

• Promover melhorias no clima das áreas;

• Alavancar os resultados da empresa, bem como a sua sustentabilidade.

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4. METODOLOGIA

Esse case pretende mostrar como a metodologia dos Pipelines está sendo

aplicada no desenvolvimento de lideres da Embratec e assim demonstrar a importância

que é para a organização criar e desenvolver permanentemente um time qualificado de

gestores, que represente a empresa perante os seus liderados, assim como todos os

públicos que fazem parte de sua realidade.

4.1 Objetivos

4.1.1 Objetivo Geral

O objetivo geral desse case é descrever como a Escola de Líderes criada na

Embratec, seguindo o modelo de Ram Charan, buscou desenvolver suas lideranças,

especialmente futuros Coordenadores que, em 2015 assumiram o desafio de deixar de

ser “Líderes de Si Mesmo” para percorrer o primeiro Pipeline de Liderança – Líder de

Equipes, a partir da Formação Preparatória de Líderes.

4.1.2 Objetivos Específicos

a) Explanar sobre liderança e a importância do desenvolvimento dela para a

eficiência das organizações.

b) Descrever o projeto da Embratec, baseado nos Pipelines de Liderança e seus

níveis.

c) Pipeline 1: De gerenciar a si mesmo a gerenciar outros: desenvolvimento da

Formação Preparatória de novos lideres;

c) Apresentar indicadores para evidenciar o nível de satisfação e de

aprendizagem dos participantes da Formação Preparatória de Líderes.

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4.1.3 Público Alvo

O público alvo do case são todos os colaboradores da Embratec, principalmente os

participantes da Escola de Líderes.

5. REFERENCIAL TEÓRICO

5.1 Aspectos Teóricos e Conceitos de Lideranças

A palavra “Líder” remete a ideia de uma pessoa que sabe mostrar seu talento,

sua força, o quanto consegue ser múltiplo e assim estar à frente de pessoas. De

acordo com Chiavaneto (2005) para ser bem sucedido, um líder deve saber lidar com

aspectos ligados a comunicação, relações interpessoais, trabalho em equipe e

dinâmicas de grupo. Na década de 90 uma onda de expansão tomou conta do mundo

coorporativo. A abundância de recursos financeiros, o crescimento tecnológico, as

fusões, as aquisições e clientes com disposição e condições de satisfazer suas

expectativas próprias, elevaram ainda mais a necessidade de pessoas preparadas para

comandar equipes e deixar fluir esse momento econômico importante e crucial para o

desenvolvimento mundial. Para tanto, uma liderança focada em atender esses clientes

cada vez mais exigentes, reduzir custos e fazer a gestão eficaz do dia a dia passou a

ser o ponto chave do sucesso da empresa. O grande desafio das organizações é

conseguir equilibrar o seu discurso com a prática dos liderados, através da atuação e

motivação dos lideres. Novos rumos da administração moderna levam as organizações

a enxergarem além de seus negócios, e optar por valores como a valorização do ser

humano, a ética e a transparência em primeiro lugar, o compromisso social e

ambiental, o espírito de equipe e a eficácia, apoiados por lideres sérios e que

direcionam pessoas para atingir um objetivo comum sem perder suas essências.

Parece um tanto filosófico, mas integrantes das organizações devem estar

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impregnados da cultura da organização, mas sem perder os seus próprios valores.

Para que haja uma consolidação disso tudo, faz-se necessário constituir uma equipe

que permaneça junta, sem excesso de rotatividade, ai entra o fundamental papel de um

líder. O líder deve manter a comunicação com sua equipe e estimular a manutenção de

valores, com desenvolvimento e motivação para o cumprimento da missão e das metas

da organização por partes das pessoas.

Entretanto, o estilo de Liderança é a maneira pela qual esse indivíduo numa

posição de líder influencia as demais pessoas no grupo. É importante entender que os

estilos de liderança consistem nas atitudes de um líder para com os seus liderados.

Pensando desta forma, Araújo (2006, p.341) destaca que existem vários estilos de

liderança que o líder pode utilizar, sendo que os principais estilos são:

Autoritário ou autocrático: o nível de intervenção do líder é alto, neste caso, o

líder toma as decisões sem consultar o grupo, fixa as tarefas de cada um e determina o

modo de concretizá-las.

Democrático: nível médio de intervenção do líder, este estilo também é

chamado de estilo participativo, pelo fato de o líder compartilhar com os empregados

sua responsabilidade de liderança, envolvendo-os no processo de tomada de decisão.

Laissez-Faire ou Liberal: de intervenção quase nula, neste estilo, o líder

funciona como elemento do grupo e só acaba intervindo se for solicitado. É o grupo que

levanta os problemas, discute as soluções e decide.

Na atualidade, após o início do século XXI, estudos sobre a liderança traçam um

novo estilo motivacional, identificando dois estilos de líder: o carismático e o

transacional.

O Líder Carismático é aquele que causa forte impressão aos seguidores,

incentivando-os a superar seus desempenhos passados e também seus interesses

pessoais, fazendo com que se crie um comprometimento em relação aos objetivos. O

Líder Transacional é aquele que apela aos interesses, em especial às necessidades

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primárias dos seguidores. Ele promete recompensas ou ameaça os seus subordinados

a trabalharem para realizar as metas. Algumas recompensas são promoções,

aumentos salariais e e liberalidade no uso do tempo.

5.2 Influências do Clima e da Cultura Organizacional na Liderança

Para se evoluir no tema desse estudo, Liderança, é preciso entender um pouco

mais sobre um dos grandes influenciadores das pessoas, estamos falando sobre a

cultura organizacional, que para Schein (1999, p. 45) “é a soma de todas as certezas

compartilhadas e tidas como corretas que um grupo aprendeu ao longo de sua história.

É o resíduo do sucesso passado”. A cultura organizacional deve contribuir para o

desenvolvimento de profissionais comprometidos, identificados com a empresa,

persistentes e visionários para que haja uma evolução constante de forma qualificada e

eficiente. Os colaboradores que são realmente comprometidos com a missão e os

valores da empresa onde atuam, demonstram através de atitudes positivas e ações

alinhadas com a estratégia da empresa, estes aceitam que as premissas e a tomada

de decisões devem ser coerentes com os objetivos da organização. A cultura

organizacional como um sistema sociocultural, parte da ideia de que os componentes

sociais e estruturais estão completamente integrados à dimensão simbólica e

ideológica da organização. Essa abordagem é compatível com a visão de Hofstede

(1991), que reconhece que a cultura das organizações recebe influência dos níveis

mais abrangentes da cultura (nacionais, regionais, sociais etc.).

Conforme Cameron e Quinn (2006), apud Silva Barreto et al 2013 a tipologia

cultural propõe quatro tipos de cultura com respectivos tipos de lideranças:

• Cultura clã – enfatiza o desenvolvimento das pessoas e valoriza a participação

nas tomadas de decisões. Líderes participativos oferecem suporte, interação, confiança

e a lealdade.

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• Cultura inovativa – é permeada por pressupostos de mudança e flexibilidade.

Os líderes tendem a ser empreendedores e idealistas. Apreciam correr riscos, gostam

de prever o futuro e também se preocupam em obter recursos, suporte e imagem

externa.

• Cultura de mercado – tem como orientação tendências de mercado e bases

seguras de clientes. Os líderes tendem a serem diretivos, realizadores, competidores,

são severos e exigentes. O elemento que fundamenta a organização é a ênfase no

vencedor.

• Cultura hierárquica – esta cultura é permeada por pressupostos de

estabilidade e reflete os valores e normas associados à burocracia, regras e

regulamentos impostos. Os fatores de motivação incluem segurança e ordem. Os

líderes tendem a serem conservadores em relação aos problemas de natureza técnica.

Trice e Beyer (1991) procuraram compreender quais são os diferentes papéis

desempenhados pelos líderes na manutenção ou na mudança da cultura

organizacional. Em linhas gerais, concluíram o seguinte: na manutenção (fortalecer a

cultura) e na mudança (criar ou rearranjar elementos da cultura antiga com o novo). E

assim, a cultura torna-se grande influenciador nas lideranças, porém, quando bem

trabalhada, pode ser grande aliado aos alinhamentos pertinentes à empresa, diante

das equipes.

5.3. O Modelo Pipeline de Ram Charan

A procura por lideres mais parece uma caça ao tesouro do que qualquer outra

coisa no mundo corporativo nos tempos atuais. Consultorias e as próprias empresas

entram numa guerra por talentos, e acabam indo ao mercado buscar pessoas que

“parecem” ter o perfil esperado, e muitas vezes não é esse o resultado encontrado.

Atualmente as empresas também correm atrás de modelos adequados de programas

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internos para treinar, capacitar e desenvolver talentos próprios, mas ainda assim, as

dificuldades são grandes, vencer a velocidades em que vivemos as mudanças

tecnológicas e mais as mudanças de perfis de pessoas que serão geridas por esses

lideres são os verdadeiros focos a serem administrados. O Pipeline de Liderança que

será demonstrado aqui foi desenvolvido por Ram Charan, Stephen Droter e James

Noel, que olharam de forma abrangente esse mundo corporativo que busca esse Ser

Potencial, e dessa forma criaram o modelo “Pipeline de Lideranças, o desenvolvimento

de lideres como diferencial competitivo”. Assim, levantaram alguns aspectos que geram

essa maior procura do que a demanda por lideres, e identificaram que o problema de

encontrar e desenvolver líderes está na nova economia, na globalização e nas

perceptivas organizacionais. Citam alguns pontos importantes que formam esse

conjunto de problemas:

a) Os fundadores e CEOs devem mudar o foco de seu trabalho à medida que a

empresa vai crescendo;

b) Não há lideres suficiente e poucos estão sendo desenvolvidos internamente;

c) Novas habilidades horizontais são necessárias;

d) Empresas da antiga economia estão competindo por talentos da nova

economia.

Para Ram Charan ( 2009) isso significa que encontrar os tipos certos de lideres com

os tipos certos de habilidades está se tornando uma tarefa cada vez mais difícil. Essa

metodologia prevê que hajam passagens de carreira conforme será demonstrado,

porem, é necessário que as pessoas envolvidas se desenvolvam, gerenciem e liderem

a partir de:

a) Habilidades: as novas competências necessárias para executar novas

responsabilidades;

b) Aplicação de tempo: nova grade de horários que orienta o trabalho do líder;

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c) Valores profissionais: o que as pessoas acreditam ser importante e que, dessa

forma, passa a ser foco de seus esforços.

A seguir as passagens apontadas por Ram Charan, e pelas quais o líder passará e

que implicam alterações de cargos onde são necessárias novas habilidades, aplicação

de tempo e valores profissionais:

1º Gerenciar a si mesmo: Passagem > 2º Gerenciar ou tros > Passagem:

gerenciar gestores > Passagem: 3º > Gerente funcion al > Passagem: 4º Gerente

funcional > Passagem: 5º Gerente de negócios > Pass agem: > 6º Gerente de

grupo > Passagem: > 7º Gestor Corporativo.

Todas as informações abaixo foram retiradas do livro de Ram Charan, por tanto

não será colocado em formato de citação, pois é a descrição fiel do método retirado do

livro. (Denise, já que é descrição fiel não reli hoje)

Passagem 1: de gerenciar a si mesmo a gerenciar out ros: ao refinar e ampliar suas

habilidades individuais, os colaboradores fazem contribuições cada vez maiores e são

então considerados “promovíveis” pelas organizações. Do ponto de vista da aplicação

do tempo, o aprendizado envolve planejamento (de forma que o trabalho seja concluído

a tempo), pontualidade, conteúdo, qualidade e confiabilidade. Os valores profissionais

a serem desenvolvidos incluem aceitação da cultura da empresa e a adoção de

padrões específicos à área de atuação profissional. As habilidades que as pessoas

deveriam aprender nessa primeira passagem de liderança incluem planejamento do

trabalho, definição de tarefas, atribuição de tarefas, motivação, orientação e

mensuração do trabalho dos outros. Eles não podem alocar todo o tempo para apagar

incêndios, correndo atrás de oportunidades e lidando eles mesmos com as tarefas.

Eles devem parar de “fazer” o trabalho e se concentrar em fazer o trabalho ser

realizado pelos outros.

Passagem 2: de gerenciar outros a gerenciar gestore s: talvez a maior diferença em

relação à passagem anterior é que aqui os gestores devem trabalhar exclusivamente

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na gestão. Antes disso, as contribuições individuais ainda faziam parte da transição do

cargo. Agora, os líderes precisam abrir mão das tarefas individuais. As principais

habilidades que devem ser dominadas durante essa transição incluem selecionar as

pessoas que deverão percorrer a passagem 1, atribuir tarefas gerenciais e de liderança

a elas, mensurar seu progresso na gestão e orientá-las. Esse também é o ponto no

qual os gestores devem começar a pensar além de suas funções e se voltar a questões

estratégicas que sustentam o negócio como um todo. As pessoas nessa função, por

vezes, ajudam a manter e até a instigar os valores errados nas pessoas que reportam a

elas. Elas escolhem grandes realizadores técnicos para cargos de gestão de primeiro

nível em vez de verdadeiros líderes potenciais; elas não conseguem distinguir as

pessoas capazes de realizar das pessoas capazes de liderar.

Passagem 3: de gerenciar gestores a gerente funcion al: ao mesmo tempo, nesse

ponto os gestores devem se tornar exímios estrategistas, não somente em sua função

de especialidade como também mesclando sua estratégia funcional à estratégia de

negócios em geral. Do ponto de vista da aplicação de tempo, isso significa participar de

reuniões da equipe de negócios e trabalhar com outros gerentes funcionais. Tudo isso

consome o tempo gasto em responsabilidades puramente funcionais, fazendo que seja

essencial que os gerentes funcionais saibam delegar aos subordinados diretos a

responsabilidade por supervisionar muitas tarefas funcionais.

Passagem 4: de gerente funcional a gerente de negóc ios: a maior mudança é

passar de analisar funcionalmente os planos e propostas (É possível fazer isso em

termos técnicos, específicos à área de atuação profissional ou físicos?), o ponto de

vista dos lucros (Teremos algum lucro se fizermos isso?) e a visão de longo prazo (A

lucratividade resultante é sustentável?). Os novos gerentes de negócios devem mudar

a forma como pensam se quiserem ter sucesso. Nesse nível, os gestores precisam

parar de agir a cada segundo do dia e reservar tempo para a reflexão e a análise.

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Passagem 5: de gerente de negócios a gerente de gru po: um gerente de negócios

valoriza o sucesso do próprio negócio. Um gerente de grupo valoriza o sucesso do

negócio de outras pessoas. Em primeiro lugar, os gestores de grupo devem dominar a

avaliação da estratégia para fins de alocação de capital e de pessoal. O segundo grupo

de habilidades envolve o desenvolvimento de gerentes de negócios. O terceiro grupo

de habilidades tem relação com a estratégia de portfólios, que é bastante diferente da

estratégia de negócios e demanda mudança de percepção. Em quarto lugar, os

gerentes de grupo devem saber avaliar se têm as competências essenciais certas para

vencer.

Passagem 6: de gerente de grupo a gestor corporativ o: um CEO que tenha saltado

uma ou mais passagens pode reduzir o desempenho não somente dos gestores que

respondem diretamente a ele, mas também de todas as pessoas abaixo dele. Eles não

apenas deixam de desenvolver outros gestores de maneira eficaz, como também não

assumem plenamente as responsabilidades inerentes à posição. Os líderes

corporativos devem abrir mão das “partes” – isso é, os produtos e clientes individuais –

e se concentrar no todo (como concebemos, desenvolvemos, produzimos,

comercializamos e promovemos todos os produtos a todos os clientes?). Essa também

é a única posição de liderança na organização em que é essencial inspirar todos os

empregados por meio de uma variedade de ferramentas de comunicação.

6. RESULTADOS

Desenvolver pessoas, mudar comportamentos, criar lideres, aprimorar

conhecimentos exigem bem mais do que apenas idealizar um modelo de

desenvolvimento com ferramentas práticas e teóricas. É necessário que os lideres já

existentes nas empresas examinem seus comportamentos com visão de futuro, com

vontade de aplicar o que já está bom e com uma busca incansável para melhorar

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pontos cruciais para a evolução de todos. É preciso que as empresas revejam toda

estrutura, pois ainda haverá forte tendência de buscar pessoas prontas no mercado, e

ainda haverá resistências em mudar modelos tradicionais que estão de acordo com a

cultura da empresa. Cabe aos envolvidos lutar, fazer reflexão conjunta, tomar decisões

e ações para que a empresa queira um novo modelo, com olhar para o novo e ao

mesmo tempo, para a própria estrutura.

A Embratec chega ao final da primeira turma da Formação Preparatória de

Líderes e vê sua Escola de Líderes implementada e gerando resultados que

demonstram que o caminho escolhido é o mais adequado ao perfil da empresa.

Vejamos alguns resultados expressivos: dos 42 colaboradores indicados pela Diretoria,

25 participaram da Formação Preparatória de Líderes e 24 assumiram como

Coordenadores em maio de 2015 em função de já existirem as respectivas posições

aprovadas, foram realizados módulos presenciais e cursos no Eco@prende

complementando a aprendizagem em sala de aula, totalizando 143 horas de

treinamentos com média de satisfação geral de 8,8, para presença, a média dos

envolvidos foi 95%, a avaliação de eficácia para verificar a aprendizagem foi de 8,3 e

100% dos participantes formaram-se no final.

Outros resultados podem ser citados, e tem relação direta com o programa que

está sendo desenvolvido pela empresa. O processo de Mentoring foi um marco com

138 horas de interação nos encontros entre Mentor e Mentorado. Pesquisa de Clima:

na dimensão Liderança houve um crescimento considerável que pode estar associado

diretamente a Formação Preparatória de Líderes: de 70,7 em 2014 para 80,6 em 2015.

Economia: a empresa teve uma economia de 27%, considerando o investimento de

prospectar, contratar e treinar lideranças do mercado e o investimento de desenvolver

e promover internamente os 25 participantes na Escola de Líderes. Além da economia,

o aproveitamento e desenvolvimento desses profissionais tornou-se um fator muito

forte de retenção e engajamento, não só dos envolvidos diretos, mas de todos os

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colaboradores que puderam comprovar na prática que a Embratec reconhece seus

talentos e promove o crescimento pessoal e profissional.

A Embratec acredita que uma liderança capacitada e preparada para assumir

desafios fará de suas equipes vencedoras, focadas e aptas a atingir resultados em

suas rotinas de trabalho. Segundo Ram Charan (2009) aprender como mudar a forma

de pensar em relação ao negocio é o mais difícil. A forma de motivar lideranças deve

mudar, e pensar em lucratividade de forma sustentável e competitiva em um contexto

global é o que se busca com a formação e a preparação de lideres internamente.

Nesse case de sucesso, a Embratec consegue demonstrar que é possível dar os

primeiros passos rumo à consolidação de um novo modelo de desenvolvimento de

lideranças através de sua Escola de Líderes.

7. Considerações finais

O case da Embratec trás de forma clara e objetiva como a empresa trata o tema

liderança e como busca desenvolver e fazer com que os talentos internos sejam

aproveitados e capacitados para assumirem cargos de liderança. Alguns desses

talentos descrevem de que forma a Escola de Lideres através da Formação

Preparatória oportunizou tal aprendizado:

“Fiquei muito feliz quando soube desta iniciativa e mais feliz ainda quando a

Escola iniciou. Em apenas uma semana, a Escola já proporcionou muito aprendizado

e trocas muito ricas. Os alicerces estão sendo montados e o que vem pela frente é

uma construção muito sólida. A Escola será um sucesso e é muito bom fazer parte

desta história.” Fernanda Ziomkowski ( Rodrigues, Inovação).

“Vejo que a Escola será importante para o meu desenvolvimento e estou muito

feliz por receber essa oportunidade, será sem dúvida um grande desafio. Minha

expectativa é adquirir conhecimento, aplicar o aprendizado com a minha equipe,

desenvolvê-los e realizar de forma assertiva a gestão do negócio.” Felipe Palharini

(Central de Relacionamento e Serviços).

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“Poucas empresas possuem Escola de Líderes. A possibilidade de troca de

conhecimento e de autoconhecimento está sendo fundamental para o

desenvolvimento. Aprendizado, desenvolvimento, aplicabilidade do conteúdo com

nossas equipes, a cada modulo, a cada assunto abordado essas expectativas são

atendidas e aumentam ainda mais.” Wiliamar de Paula (Relacionamento PR/SC).

“O sentimento principal é de agradecimento por ter sido escolhido como

participante da primeira turma e, atrelado a este sentimento, vem à responsabilidade

em dar o retorno esperado pela empresa. A expectativa é poder aplicar junto à equipe

os novos conhecimentos adquiridos em cada atividade.” André C. Resende

(Geoprocessamento).

“Além das lições aprendidas e boas práticas compartilhadas de liderança e

governança corporativa, a Escola de Líderes traduz a valorização e desenvolvimento

dos colaboradores da Embratec, investindo e incentivando a capacitação, evolução e

formação de novos Líderes. É inspirador a consistência na preparação dos próximos

passos da trajetória profissional, colaborando com a construção dos objetivos e

resultados da companhia.” Marcel Perboire (Relacionamento Regional PE/BA).

“O investimento que a empresa está fazendo na Escola de Lideres é impar.

Podermos nos preparar para o desafio da liderança é um diferencial onde nossa

empresa demostra o quanto valoriza seus talentos! É muito bom participar desse

marco na história de Embratec!” Ângela J.Borges, DHO (Educação Corporativa).

“O processo de mentoring foi ótimo, de grande valia para o meu

desenvolvimento. Apresentei a minha mentora situações que fazem parte do dia a

dia, e desdobramos em ações atreladas ao PDI, os direcionamentos que ela está

dando, estão sendo colocados em prática e tenho mensurado com fatos em cada

encontro”. Karina Fernandez (Relacionamento Regional SP).

“O processo, apesar de ter tido uma duração de apenas um ano, foi muito

intenso e assertivo, o que me ajudou, em muito, no meu dia a dia profissional,

pessoal e em meu desenvolvimento durante os últimos meses. Fiz uma escolha

totalmente assertiva quanto à figura do meu Mentor, até porque me espelho em sua

trajetória aqui na empresa. O que aprendi com este processo de mentoring, tanto na

forma de enxergar quanto na execução, foram impagáveis! Em nenhum momento,

nos meus oito anos de carreira aqui na empresa, me senti tão realizado,

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pessoalmente e profissionalmente. Só tenho a agradecer a todos os envolvidos.”

João Claudio Dorchetti Ribeiro (Relacionamento Regi onal MG).

“Foi ótimo poder trocar experiências, ouvir as vivências de uma pessoa com

maior tempo de liderança, subindo o nível de interlocução. Além disso, trouxe

tranquilidade, pois todos possuem desafios em liderar.” Fernanda oliveira (DHO).

“Essa prática de mentoria é muito importante para acompanhar na prática o

desenvolvimento do coordenador e fazer o profissional refletir com cada situação.

Aprender com os erros e até mesmo pensar em situações diferentes que pode agir

com a equipe. A visão estratégica que aprendemos com essa nova caminhada e a

parte de liderança é muito importante para a carreira de gestão. O mentor realmente

fez o meu acompanhamento nessa fase inicial de coordenação. Foi incrível essa

experiência. Todo gestor deveria ter um mentor dentro da empresa, alguém que o

profissional possa fazer uma troca de experiências, ouvir experiência de vida e

aprender com isso. Samanta Cappeletto (Implantação Ecobenefícios).

E a história continua. Mais do que nunca, pelo momento atual que as empresas

atravessam, a Embratec está continuando a Escola de Líderes, e desde abril de 2016

iniciou a Formação de Líderes de Equipe para ocupantes do primeiro Pipeline, Líder de

Equipe. São 39 Coordenadores de todas as áreas da empresa que saem de suas

atividades rotineiras para vivenciarem 145 horas de treinamentos presenciais e EAD,

com a intervenção de facilitadores internos e externos. O objetivo desta formação é

rever e compartilhar práticas de gestão, principalmente de pessoas, e aprofundar

conhecimentos sobre o negócio, nas etapas Conhecer e Desenvolver. Esta é uma das

formas que a Embratec encontrou para demonstrar que valoriza seus talentos e dará

continuidade ao desenvolvimento de suas lideranças em todos os níveis de transições

de carreira.

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REFERÊNCIAL BIBLIOGRÁFICO

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