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ANÁLISE DA MANIPULAÇÃO OSTEOPÁTICA VISCERAL ABDOMINAL
HEMODINÂMICA NA MOBILIDADE DO TRONCO
Por: Rodrigo Castello de Oliveira Lima
Orientador: Danilo de Almeida Vasconcelos, PhD DO
Co-Orientador: Laís Cristina Almeida, Ms DO
Recife, 2012.
ESCOLA BRASILEIRA DE OSTEOPATIA E TERAPIA MANUAL – EBOM
2
RODRIGO CASTELLO DE OLIVEIRA LIMA
ANÁLISE DA MANIPULAÇÃO OSTEOPÁTICA VISCERAL ABDOMINAL
HEMODINÂMICA NA MOBILIDADE DO TRONCO
Projeto de pesquisa
apresentado a Escola
Brasileira de Osteopatia e
Terapia Manual - EBOM,
como requisito parcial para a
certificação da diplomação
em osteopatia
Recife, 2012
3
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................4
2. MATERIAIS E MÉTODOS..................................................................................6
2.1 Tipo de Estudo...................................................................................................6
2.2 Amostra.............................................................................................................6
2.3 Instrumentos de Avaliação................................................................................7
2.4 Procedimentos...................................................................................................7
3. RESULTADOS...................................................................................................10
4. DISCUSSÃO.......................................................................................................11
5. CONCLUSÃO.....................................................................................................11
6. REFERÊNCIAS..................................................................................................11
7. APÊNDICES.......................................................................................................13
7.1 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Apêndice I)............................13
7.2 Ficha de Avaliação (Apêndice II).....................................................................15
4
1. INTRODUÇÃO
A região lombar desempenha um papel fundamental na adaptação das cargas
recorrentes do peso corporal, da ação muscular e das forças aplicadas externamente.
Esta região possui um misto de características, deve ser forte e rígida, principalmente
quando em sobrecarga, para conservar as relações anatômicas intervertebrais e proteger
os elementos neurais. Em contraposição, ela deve ser flexível, para tolerar o movimento.
A capacidade de envolver essas duas funções garantem a manutenção do alinhamento
vertebral1,2.
Para desempenhar a maioria das tarefas cotidianas e recreativas é necessária uma
boa flexibilidade e amplitude de movimento (ADM), livre de restrições e dor3. Existem
várias estruturas e fatores limitantes da ADM de uma articulação. Tais restrições podem
ser decorrentes de fatores como tensões da cápsula articular, aderências ligamentares,
espasmos musculares, tensão muscular, tensão miofascial, dor e edema4. A diminuição
dessa capacidade poderá produzir alterações na biomecânica normal do movimento e
predispor o indivíduo a lesões5.
Essa relação entre as tensões e a diminuição da ADM pode ser explicada pela
existência da fáscia. Anatomicamente, a fáscia refere-se a uma membrana de tecido
conjuntivo denso que penetra e cerca o corpo humano para proteger, nutrir e manter os
órgãos em seus lugares. Esse conjunto de tecidos constitui uma peça única, formando
uma estrutura contínua, onde o menor tensionamento repercutirá sobre todo o corpo6,7,8.
Dessa forma, uma boa mobilidade da região toracolombar vai envolver a relação
harmoniosa entre as estruturas ligamentares, ósseas, musculares, fáscias e viscerais que
compõem o interior da região abdominal9.
Para entender as conexões e correlações entre esses sistemas corporais, é
necessário reconhecer a existência de relações entre o conteúdo visceral e o recipiente
musculoesquelético. Essas relações entre as vísceras, os músculos e a fáscia vão
condicionar não somente a estática, mas também toda a nossa dinâmica corporal10,11 .
Assim, na medida em que conhecemos essas inter-relações anatômicas é
possível entender uma organização baseada na continuidade tecidual. Essa integração é
intermediada anatomicamente pelo peritônio e a sua relação com as paredes
musculoesqueléticas9,10.
Cox2 alegou que a fáscia toracolombar contém terminações nervosas livres e
dois tipos de mecanorreceptores encapsulados (corpúsculos de Ruffini e Paccini). A
5
partir desse ponto, pode-se sustentar a hipótese de que a fáscia toracolombar pode ter
um papel neurossensorial no surgimento de tensões fáscias e no mecanismo de dor na
coluna lombar.
Além disso, Olrnarker (1998 apud Gerwin et al.12), cita que os distúrbios dos
órgãos internos (intestinos, próstata, útero e rins) podem refletir sobre a região inferior
das costas e que as tentativas de tratar o tecido miofascial resultam muitas vezes na
resolução ou melhora do quadro.
Alguns autores relatam que profissionais com orientações a respeito do
funcionamento fascial trataram com sucesso pacientes com “síndrome da cirurgia
malsucedida da região inferior das costas”, ou seja, tentativas cirúrgicas malsucedidas
de tratar os sintomas que, de fato, estavam sendo gerados por uma disfunção miofascial
ou articular12.
Considerando os conceitos expostos anteriormente, Bertolucci13 afirma que a
fáscia pode apresentar aderências entre seus folhetos, o que impede o livre fluxo de
forças entre as estruturas que se interligam, acarretam sobrecarga tecidual e,
consequentemente, produção de inflamação e dor. E em seguida, sugere uma terapia
voltada para a dissolução de tais aderências, como é o caso das técnicas da liberação
miofascial.
Dessa forma, técnicas osteopáticas dirigidas ao tecido fascial com o objetivo de
diminuir as tensões, melhorar a circulação de fluidos, hidratação dos tecidos e as
amplitudes de movimento podem ser úteis ao tratar as regiões sintomáticas7,8. Portanto,
parece possível que a partir de um mecanismo de transmissão de forças, a tensão gerada
através da técnica visceral seja transmitida para outros tecidos, e que essa tensão dos
tecidos possam ser modificadas, mesmo que de forma passageira. Com isso, a técnica
visceral osteopática poderia colaborar na redistribuição das tensões miofasciais,
motivando possíveis alterações nas amplitudes globais e, dessa forma, ser empregada
nas afecções de mobilidade.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
2.1 Tipo de Estudo
O delineamento do projeto caracteriza como experimental em corte transversal e
aleatório. O presente estudo está vinculado a Universidade Católica de Pernambuco
6
(UNICAP), ao Centro de Ciências Biológicas e Saúde - (CCBS), e ao curso de
Fisioterapia. O mesmo será desenvolvido na UNICAP.
2.2 Amostra
A população incluída no estudo foi composta por homens, sedentários, entre 20
e 40 anos. Foram excluídos dos estudo pessoas que já realizaram cirurgias lombares,
portadores de doenças reumáticas, pacientes com fraturas associadas, hipertensão
arterial, fragilidade vascular, aneurisma da aorta, doenças inflamatórias, câncer.
A amostra foi de conveniência, composta por 30 indivíduos14. Os voluntários
foram divididos em dois grupos: Grupo I – grupo controle, com 15 indivíduos
assintomáticos que ficaram em repouso, em decúbito dorsal, pelo mesmo tempo
despendido com o grupo experimental, e o Grupo II – composto por 15 indivíduos
assintomáticos que foram submetidos a técnica visceral abdominal hemodinâmica.
Todos os sujeitos foram solicitados a ler e a assinar o termo de consentimento
livre e esclarecido (Apêndice I). Os sujeitos que aceitaram os termos foram incluídos no
estudo e passaram por uma anamnese (Apêndice II), em que se registraram os dados
pessoais referentes ao nome, idade, peso, altura e IMC (índice de massa corporal).
2.3 Instrumentos de Avaliação
Para avaliar a mobilidade dos segmentos foram aplicados os seguintes
procedimentos:
• Índice de Schöber – foi utilizado uma fita métrica e um lápis
demográfico;
• Flexímetria Toracolombar – através de flexímetro (Instituto Code de
Pesquisa, Guarulhos - Brasil) para medir as posições angulares durante o
movimento de flexão do tronco na posição de pé;
• Sit and Reach (sentar e alcançar) – através Banco de Wells portátil
(Sanny, São Bernardo do Campo - Brasil), avaliar numericamente em
centímetros o alcance durante a flexão do tronco na posição sentada e pernas
esticadas.
2.4 Procedimentos
Pra avaliar a mobilidade do tronco foram aplicados os testes detalhados a seguir.
7
O teste de Schöber foi realizado em posição ortostática com os pés juntos, com
um lápis dermatográfico traça-se uma linha unindo as duas espinhas ilíacas póstero-
superiores e outra linha 10 centímetros acima; em seguida, pediu-se ao individuo uma
flexão anterior do tronco; o examinador mediu, então, a distância entre as espinhas
ilíacas póstero-superiores e o ponto marcado a 10 centímetros acima. Em indivíduos que
não apresentam patologias na coluna, este ponto se deslocará, aumentando a distância
em aproximadamente 5 centímetros, sendo então considerada uma boa mobilidade ou
mobilidade normal15,16.
O Flexímetro consiste em um inclinômetro gravidade-dependente, cuja escala é
em graus, preso a uma fita de velcro. Ao final de cada movimento, o aparelho deve ser
reposicionado. Esse método de avaliação consiste na flexão anterior de tronco com o
indivíduo em posição ortostática, com os membros inferiores em extensão e com a
utilização do flexímetro fixado ao tronco do voluntário. Durante essa flexão de tronco o
aparelho indicará o valor obtido em graus pelo indivíduo em cada tentativa15,16.
Continuando esse processo avaliativo, os indivíduos foram submetidos ao teste
Sit and Reach (sentar e alcançar). Este é um teste ativo que vai medir a flexibilidade da
articulação do quadril e avalia os músculos paravertebrais e os posteriores da coxa. Para
a execução do teste, será utilizado o Banco de Wells, onde o avaliado deverá sentar de
frente para o banco, apoiando os pés no local indicado e mantendo os joelhos
estendidos, deverá erguer os braços e sobrepor uma mão a outra e leva as duas para
frente tão longe quanto possível sem que os joelhos flexionem. O resultado foi a melhor
distância registrada dentre três tentativas16,17.
Em seguida, foram encaminhados a uma sala reservada, onde deviam estar
vestidos com roupas que permitam a aplicação da técnica manual visceral, de forma que
a execução do movimento não fosse prejudicada. Cada individuo da amostra foi
submetido duas vezes a análise pelo teste de Schöber, flexímetro e ao Sit and Reach. A
primeira vez antes da aplicação da técnica e a segunda no período logo após.
Para a realização da “Manobra Abdominal Hemodinâmica”, a posição do
paciente deve ser em decúbito dorsal, joelhos flexionados. Posição do Osteopata: em pé
na altura da cabeça do paciente. Manobra: o osteopata coloca as suas mãos espalmadas
sobre a parte baixa do abdômen do paciente (a ponta dos dedos toca a sínfise pubiana),
os dedos juntos, as eminencias hipotênares das mãos afastadas. Pede ao individuo para
respirar mais amplamente que o normal, mas sem exagero. Nas fases de expiração,
efetua uma leve supinação com as suas duas mãos e engancha o mais profundamente
8
possível os tecidos e as vísceras para puxá-las (sem deixar as mãos escorregarem) na
sua direção. Na fase da inspiração, ele deixa a suas mãos descerem de novo para o púbis
do paciente, imprimindo uma leve pronação. Reinicia essa sequência em 5 tempos
respiratórios e aproveita o último tempo de expiração para imprimir uma vibração nas
suas mãos. Deixar a seguir o paciente repousar um tempo igual ao da manobra,
repetindo a manobra três vezes11.
3. RESULTADOS
4. DISCUSSÃO
O presente estudo demonstrou através da investigação estatística, que a técnica
osteopática visceral abdominal hemodinâmica mostra-se um recurso eficiente para o
ganho do movimento de flexão anterior do tronco, provavelmente por ser capaz de
produzir a liberação de aderências fasciais e aumentar o aporte sanguíneo à região,
permitindo dessa forma, a recuperação adequada da fisiologia natural do indivíduo.
4.1 Etiologia e Fisiologia Fascial
Para recuperar e manter efetivamente as amplitudes de movimento é primordial
o conhecimento sobre as estruturas teciduais relacionadas. As condições fisiológicas
associadas às limitações de ADM podem variar, sendo mais comuns as restrições
relacionadas a mais de uma estrutura18.
Desta forma, o corpo em movimento deve ser visto como um sistema único e
integrado, característica esta dada pelo sistema fascial13. A fáscia em conjunto com os
músculos a ela conectados, desempenha um papel importante no suporte da região
lombar durante o movimento de flexão19. Os músculos cooperam entre si na produção
dos movimentos, quanto melhor a relação entre os músculos e as fáscias conectivas,
melhor será a qualidade do movimento. Tal qualidade, por sua vez, apresenta intima
relação com a saúde e a funcionalidade dos tecidos envolvidos13.
As células do tecido conjuntivo respondem às exigências a que o corpo é
submetido através da matriz extracelular, distribuindo as tensões sofridas. Nesse
processo, o tecido precisa se adaptar as necessidades de flexibilidade e estabilidade as
quais são impostas. Assim, os elementos extracelulares são alterados para satisfazer as
exigências dentro dos limites impostos pela nutrição, idade e síntese de proteína20.
9
Essas adaptações do tecido conjuntivo são baseadas na secreção de duas
proteínas de constituição: o colágeno e a elastina. O fator excitante para a secreção do
colágeno é o tensionamento tecidual, e esse processo acarreta grande parte dos
problemas relacionados ao conjuntivo. Este artifício é uma defesa do tecido, ele se torna
mais sólido e deixa de exercer com a mesma eficácia sua função7.
Além disso, a plasticidade fascial está intimamente relacionada aos
mecanorreceptores que inervam o tecido. Onde, a estimulação manual destas
terminações sensoriais provavelmente leva a mudança de tônus nas unidades motoras
que são mecanicamente ligados ao tecido abaixo das mãos do terapeuta6. Quando o
corpo é submetido a uma força de deformação, mesmo que ligeiramente, promove um
estiramento sobre as moléculas. Biologicamente, isso cria um ligeiro fluxo elétrico
através de uma carga piezo- (pressão) elétrica. Esse estimulo pode ser interpretado pelas
células próximas, e as células do tecido conjuntivo respondem a isso, alterando os
elementos intercelulares da região20.
Nesse processo há um particular interesse pelos Órgãos de Ruffini (com sua alta
capacidade de resposta a pressões tangenciais) e na rede muito rica de receptores
intersticiais, dado que a estimulação de ambos os receptores podem desencadear
profundas alterações no sistema nervoso autonômico6. Essas tensões são transmitidas ao
longo do sistema fascial, influenciando a postura de todo o corpo21. A técnica visceral
utilizada no presente estudo aborda o tecido de forma tangencial e isso parece ter
produzido uma liberação do sistema fascial.
4.2 Descrição Anatômica
Na medida em que se pretende colocar em evidência uma continuidade tecidual,
o peritônio passa a ser o elemento primitivo nessa exploração anatômica. O peritônio se
caracteriza por ser uma membrana serosa com folhetos contínuos que revestem a face
interna da cavidade abdominal (peritônio parietal) e a face externa dos órgãos (peritônio
visceral) 9,22.
Os planos profundos da parede abdominal são constituídos, do centro para a
periferia, sucessivamente pelo peritônio, fáscia subserosa (gordura extraperitoneal) e em
seguida inicia-se o contato com a fáscia transversal (endoabdominal). Na sequencia
encontra-se o músculo transverso, o mais profundo dos anterolaterais do abdômen,
formando uma cinta elástica entre as costelas e ossos do quadril, indo das vertebras
lombares a linha alba23,24.
10
A fáscia transversal, que reveste o músculo transverso, prolonga-se e reveste
todo o abdômen e tem diversos nomes na medida em que se relaciona com outros
músculos na parede posterior do abdômen. Dorsalmente, quando deixa os fascículos
musculares do transverso, continua e recobre os músculos do quadro lombar e do psoas.
Do psoas passa a recobrir os pilares do diafragma, os corpos e os discos das vertebras
lombares, e depois se continua com a fáscia do psoas do outro lado22,24,25.
Superiormente o peritônio parietal adere firmemente a face inferior do diafragma
através da fáscia diafragmática. O diafragma é um músculo-fibroso que apresenta
inserções de origens esternal, costal e lombar (mediante os seus pilares)9,24. Em sua
origem os pilares são estruturas tendíneas e se fundem com o ligamento longitudinal
anterior da coluna24.
Muitas das lâminas das fáscias mesclam-se na área toracolombar e sacral, onde
se juntam em lâminas mais fortes, frequentemente inseparáveis na dissecação20. Os
tecidos prolongam-se inferiormente por diversos caminhos, entre eles: a continuação
dos ligamentos longitudinais anterior e posterior que unem a quinta vertebra lombar ao
sacro; da união do quinto disco intervertebral a primeira vertebra sacral; os ligamentos
amarelos unem as laminas da quinta vertebra lombar com as da primeira sacral. De cada
lado um ligamento adicional, o iliolombar, une a coluna a pelve e ao sacro24.
Pode-se levar essa continuidade além, onde inferiormente, o ligamento
sacrotuberal surge como uma continuação dos isquiostibiais passando sobre a borda
lateral do sacro. A extremidade inferior do ligamento é contínua com os isquiostibiais.
Os tendões dos isquiostibiais, especialmente aquele do bíceps femoral, é contínuo com a
superfície do ligamento sacrotuberal e, em seguida, até a fáscia sacral20.
A partir dessa descrição anatômica, é plausível imaginar que a técnica tenha
atingido amplamente os tecidos corporais, através da continuidade fascial, incluindo a
região do tronco, quadril e dos membros inferiores.
4.3 A Técnica Visceral
Muitas abordagens da terapia manual tentam concentrar o seu tratamento sobre a
fáscia. Elas afirmam alterar a densidade, tônus, viscosidade ou arranjo das fáscias
através da aplicação de pressão manual. Suas explicações teóricas normalmente
referem-se a capacidade da fáscia para se adaptar ao estresse físico6.
11
Segundo Barral26, os ligamentos que unem os órgãos as estruturas circundantes
determinam seus eixos normais de movimento. Qualquer adesão adicional que restrinja
ou distorça estes movimentos pode afetar adversamente não só a função do órgão ao
longo do tempo, mas também difundir-se por toda a estrutura miofascial.
A “técnica global” consiste de forma simplificada em movimentos tangenciais
que tracionam os órgãos abdominais e as fáscias no sentido cefálico durante os tempos
expiratórios. Tem como objetivo primário melhorar o retorno venoso da circulação
mesentérica e incrementar a dinamização dos tecidos corporais11. Entretanto, pode-se
imaginar que a técnica tenha promovido também a liberação do sistema fascial,
ocasionando tais benfeitorias, sejam elas associadas a músculos e/ou viscerais.
4.4 Métodos de Avaliação
O flexímetro foi considerado válido em aferições para quantificar os movimento
da coluna no plano sagital. Contudo, o seu uso deve levar em consideração os aspectos
metodológicos empregados nos estudos de validação27.
Entretanto, os testes de Schöber e o Sit and Reach (Banco de Wells) utilizados
nesse estudo, apesar de serem amplamente utilizados, apresentam controvérsias em
relação a suas validade e fidedignidade. O Sit and Reach foi proposto por Wells e
Dillon28 com a intenção de mensurar a flexibilidade do quadril e da região lombar,
entretanto, estudos mais recentes mostram uma validade moderada para as mensurações
da flexibilidade dos isquiostibiais e baixa para a flexibilidade lombar29,30. Contudo, o
estudo de Grenier et al31 demonstrou uma moderada correlação entre o Sit and Reach e
a flexibilidade lombar.
O teste de Schöber encontra-se pressuposto de que o movimento da pele ao
longo da coluna lombar representa o seu grau de flexão32. Por se tratar de um teste
palpatório, a confiabilidade do teste tem sido debatida. O estudo de Tousignant et al33,
afirma ter uma validade moderada, mas com excelente confiabilidade e mudanças
métricas mínimas detectáveis. Sugere-se que o teste seja utilizado somente como
coadjuvante no acompanhamento da evolução clinica e no processo de avaliação34.
Apesar dos questionamentos sobre a validade de alguns testes, o autor, acredita
que os mesmos se tornam interessantes, já que, direta ou indiretamente fornecem
informações sobre a mobilidade dos segmentos, independente da especificidade. Isso
corrobora com a ideia de globalidade e continuação tecidual a qual o presente estudo se
baseou.
12
4.5 Liberação do Sistema Fascial
O autor Abend35 menciona que a liberação miofascial aumenta a amplitude de
movimento, a circulação e diminui a dor. Além disso, em uma revisão feita por
Bianchini e Moreira36 citam que liberar as restrições miofasciais podem afetar outros
órgãos do corpo através da liberação de tensão no grande sistema fascial. Esses
resultados corroboraram com os achados do presente estudo no que se referem
principalmente ao aumento da ADM.
O trabalho de Kankaanpää et at37, fortalece a ideia ao afirmar que há uma
intensa ligação entre a fáscia toracolombar, a coluna lombar e os músculos extensores
do quadril. Os músculos são organizados em um sistema cujo elemento aglutinador é o
tecido conjuntivo.
Estes achados reforçam o estudo de Batista et al38, que mostra que o aumento na
extensibilidade muscular também pode ocorrer pelas alterações do tecido conjuntivo.
O estudo de Tecco et al39 compararam a postura cervical na radiografia lateral
entre indivíduos saudáveis e indivíduos que tiveram lesões do ligamento cruzado
anterior do joelho esquerdo. Eles descobriram que o último grupo mostrou a extensão
da cabeça significativa em relação aos sujeitos saudáveis. Dvorak e Dvorak40 injetaram
uma solução hidro-salina nos processos transversos de C7 e utilizaram a eletromiografia
para observar a contração muscular em zonas distais ao metâmero espinhal de onde a
injeção foi feita. Isso parece indicar que, por causa das ligações no interior do sistema
fascial, alterações em qualquer parte do corpo podem criar uma desordem em outro
local.
O estudo de Tozzi et al41, avaliou a mobilidade das camadas fasciais com o uso
do ultrassom dinâmico em pacientes com dor cervical e lombar antes e após a liberação
miofascial. A liberação miofascial se mostrou uma técnica manual eficaz para liberar a
mobilidade do deslizamento fascial e para melhorar a percepção de dor.
Outro estudo de Tozzi et al42, comparou a mobilidade dos rins em indivíduos
assintomáticos e com dores nas costas por meio do ultrassom em tempo real, e em
seguida, aplicou técnicas de manipulação fascial. Manipulação osteopática se mostrou
eficaz para a melhoria da mobilidade renal e a redução da dor em indivíduos com
lombalgia. Assim, nesse estudo, pode-se evidenciar na prática a correlação do tecido
visceral e fascial com a mobilidade.
13
O estudo de Langevin et al43, propôs quantificar o movimento no interior da
fáscia toracolombar usando imagens de ultrassom em indivíduos com e sem dor lombar.
A tensão de cisalhamento toracolombar apresentou uma alteração de 20% em humanos
com dor lombar crônica. Esta redução de movimento no plano de cisalhamento pode ser
devido a padrões anormais de movimento do tronco e/ou patologias intrínsecas do
tecido conjuntivo. Esse estudo confirma a ideia de que alterações do tecido conjuntivo
podem reduzir os movimentos de cisalhamentos entre os folhetos do tecido fascial e,
dessa forma, altera a mobilidade corporal.
Os resultados encontrados no presente estudo reforçam a ideia da verdadeira
continuidade fascial quando compara seus resultados a outras pesquisas que buscaram a
liberação do sistema fascial. Além disso, se propôs a descrever as possíveis relações
anatômicas que permitiriam tal continuação tecidual. Segundo Bienfait7, “não
deformidade única, isolada ou localizada, dessa forma, as abordagens terapêuticas não
podem ser limitadas”.
5. CONCLUSÃO
Conclui-se que o resultado obtido pela técnica osteopática visceral abdominal
hemodinâmica foi satisfatório, pois produziu uma diferença significativa na recuperação
da mobilidade durante flexão anterior do tronco. Apesar da pouca literatura sobre a
técnica, que permitiria uma melhor fundamentação, o presente estudo demonstrou que
foi possível melhorar a amplitude do movimento dos sujeitos avaliados. Cabe observar
que a utilização da técnica manual, a inexistência de custos adicionais, bem como a
baixa complexidade na aplicação da técnica, tornam a técnica visceral bastante atraente
como recurso terapêutico.
Almeja-se despertar um desejo de maior conhecimento das técnicas viscerais em
geral, levando a mais pesquisas que mostrem os efeitos do método na melhoria da
qualidade de vida e no tratamento de ocorrências clínicas. Espera-se que mais estudos
sejam realizados para aprofundar sua utilização e obter uma maior compreensão de seus
efeitos e aplicabilidades, oferecendo assim, mais alternativas aos fisioterapeutas nos
tratamentos e uma maior eficiência e rapidez na recuperação dos pacientes.
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19
7. APÊNDICES
7.1 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (Apêndice I)
Registro Nacional no SISNEP: CAAE Nº................................................
Título da Pesquisa: “Análise da manipulação osteopática visceral abdominal
hemodinâmica na mobilidade do tronco”
1) INTRODUÇÃO
Você está sendo convidado a participar da pesquisa sobre: Análise da
manipulação visceral na mobilidade do tronco. O Pesquisador responsável é Rodrigo
Castello de Oliveira Lima. Se decidir participar da mesma, é importante que leia as
informações a seguir sobre a pesquisa e o seu papel enquanto participante dela. Você
poderá desistir a qualquer momento, sem que isso acarrete qualquer tipo de ônus. Sua
recusa não trará nenhum prejuízo em sua relação com o pesquisador ou com a
Instituição. No caso de você decidir retirar-se do estudo, deverá notificar ao
profissional e/ou pesquisador que o esteja atendendo. Caso queira participar da
pesquisa é preciso entender a natureza e os riscos da sua participação e dar aqui o seu
consentimento livre e esclarecido, passando a assinar este Termo.
2) OBJETIVO
Verificar o efeito da técnica visceral, a “grande manobra abdominal
hemodinâmica”, para a melhora da mobilidade do tronco durante a flexão do tronco.
3) PROCEDIMENTO DO ESTUDO
Se concordar em participar deste estudo você irá tomar parte de uma entrevista
individual com o pesquisador auxiliar, e irá realizar o teste de Schöber (medida através
da fita métrica dos segmentos lombares), o flexímetro (equipamento para medir a
amplitude do movimento em graus através de um sistema gravitacional preso por velcro
no tórax) e o Sit and Reach (Banco de Wells) para avaliar a mobilidade da região do
tronco. Após esse processo avaliativo, os participantes serão submetidos a técnica
visceral “grande manobra abdominal hemodinâmica”.
4) RISCOS DESCONFORTOS, INCONVENIÊNCIA E INCÔMODOS.
Será realizada uma entrevista pessoal com o pesquisador, em um ambiente
reservado, seguro e impermeável à observação de terceiros; os dados coletados ficarão
sob a guarda pessoal do pesquisador, de modo a evitar qualquer vazamento de
informações. Na realização do teste certamente haverá o incomodo ou inconveniente de
investimento do tempo do voluntário da pesquisa ao participar da realização do mesmo.
Por se tratar de uma técnica manual na região abdominal, pode provocar vermelhidão e
irritação da pele em pessoas sensíveis ao contato manual, além disso, por mobilizar a
região intestinal, pode provocar a manifestações de gases ou vontades súbitas de ir ao
sanitário. Para minimizar tais ocorrências o pesquisador vai alertar o voluntário, desde o
começo, sobre a sua liberdade de desistir de realizar o teste a qualquer momento.
Qualquer resposta negativa a técnica, o participante será encaminhado ao hospital pelo
pesquisador, que assumirá toda a responsabilidade pelo processo.
5) BENEFÍCIOS E DEVOLUÇÃO DOS RESULTADOS
Os resultados obtidos servirão para a construção de um melhor protocolo de
tratamento com relação a pacientes com restrição na mobilidade do tronco. Serão
demonstrados a todas as participantes os resultados do trabalho.
20
6) RELEVÂNCIA DA PESQUISA
A importância da pesquisa reside no fato de que o presente estudo objetiva
evidenciar através de suas conclusões a influencia visceral sobre a mobilidade corporal,
visando otimizar os atendimentos para melhora da mobilidade do tronco, podendo ser
utilizadas pelos profissionais que atuam na saúde, aperfeiçoamento o tratamento e
promovendo o bem estar.
7) CARÁTER CONFIDENCIAL DOS REGISTROS
Todas as informações obtidas mediante sua participação neste estudo serão
mantidas em estrita confidencialidade. Você não será identificado quando o conteúdo de
suas informações for utilizado, seja para propósito de publicação científica ou
educativa. Os dados a serem publicados serão impessoais e integrados ao conjunto dos
demais voluntários da pesquisa. Sua identidade e seus dados de caráter pessoal
específico, em tudo que depender do pesquisador dentro do respeito à Lei, serão
mantidos em absoluto sigilo.
8) DECISÃO DE PARTICIPAR, NÃO PARTICIPAR OU DESISTIR
Você como pessoa convidada a participar desta pesquisa, tem plena liberdade
para aceitar participar ou recusar-se a participar da mesma. Tem o direito de continuar
até o final da coleta dos dados ou desistir de sua participação a qualquer momento.
9) PARA OBTER INFORMAÇÕES ADICIONAIS
Você receberá uma cópia deste Termo onde consta o telefone e o endereço do
pesquisador principal, para poder tirar suas dúvidas sobre o projeto e sua participação,
agora ou a qualquer momento. Caso você venha a ter algum problema diretamente
ligado a esta pesquisa, ou tenha mais perguntas sobre a mesma, pode entrar em contato
com o Rodrigo Castello de Oliveira Lima, que é o pesquisador responsável por esta
pesquisa, pelo telefone (81)9967-8303, cujo endereço eletrônico é
10) DECLARAÇÃO DE CONSENTIMENTO
Li ou alguém leu para mim as informações contidas neste documento antes de
assinar este Termo de Consentimento. Declaro que fui informada sobre o objetivo, os
métodos e procedimentos da pesquisa, as inconveniências, riscos, benefícios da mesma.
Por isso coloco minha assinatura ao final deste documento, logo a seguir. Declaro
também que toda a linguagem técnica utilizada na descrição deste estudo de pesquisa
foi satisfatoriamente explicada e que recebi respostas para todas as minhas dúvidas.
Confirmo também que recebi uma cópia desse formulário de consentimento.
Compreendo que sou livre para me retirar do estudo em qualquer momento, sem perda
de benefícios ou qualquer outra penalidade na relação com os pesquisadores. Dou o meu
consentimento de livre e espontânea vontade e sem reservas, para participar como
voluntário, dessa pesquisa.
_________________________________
Assinatura do Voluntário da Pesquisa
_________________ ______/____/_____
Local Data
21
7.2 FICHA DE AVALIAÇÃO (Apêndice II)
Entrevista n.º: _________________
Data da entrevista: _____/_____/_____Examinador:_________________________
I-IDENTIFICAÇÃO PESSOAL
Nome:______________________________________________________________
Endereço:_________________________________
Bairro:_______________________
CEP:___________Telefone:_______________________
Celular:__________________
Data de nascimento:_____________________ Idade:_________
Ocupação:________________________
Estado civil:_______________________
II-ANAMNESE
1- Está tomando alguma medicação especifica para a dor lombar? ( ) Sim ( ) Não
2- Já realizou alguma cirurgia na coluna? ( ) Sim ( )Não
3- Sente dor durante a flexão do tronco? ( ) Sim ( )Não
4- Sente dor durante a extensão do tronco? ( ) Sim ( )Não
5- Sente dor na rotação axial do tronco? ( ) Sim ( )Não
6- Já realizou alguma cirurgia Abdominal? ( ) Sim ( ) Não
Qual?_____________________
AVALIAÇÃO ANTES APÓS
TESTE DE SCHOBER
SIT AND REACH
FLEXÍMETRO