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1 _____________________ ¹Pós-graduando em Traumato-ortopedia com ênfase em terapias manuais ²Mestrando em Bioética e Direito em Saúde, Especialista em Metodologia do Ensino Superior, Graduada em Fisioterapia. Osteopatia no tratamento da cervicalgia crônica Paulo Tavares da Silva Filho¹ [email protected] Dayana Priscila Maia Mejia² Pós-graduação em Traumato-ortopedia com Ênfase em Terapia manualFaculdade Ávila Resumo A cervicalgia é uma das doenças ocupacionais mais comuns e que mais afastam os trabalhadores dos seus postos de trabalho e causam ônus aos empregadores. Portanto faz-se necessário a realização de pesquisas que busquem alternativas e as melhores formas de tratamento para esta síndrome. Neste estudo procurou-se testar a utilização da Osteopatia como forma de tratamento para cervicalgias crônicas. Para tanto foi feita triagem dos pacientes do Hospital Municipal de Monte Alegre- Ambulatório de Fisioterapia, em seguida 10 pacientes foram selecionados e avaliados, submetidos a um protocolo de atendimento osteopático por 5 sessões e posteriormente reavaliados. Nas avaliações, além dos dados que são comuns a todas as avaliações musculo- esqueléticas, deram-se ênfase, principalmente ao nível de dor cervical e a restrição de Amplitude de Movimento (ADM) de flexão e extensão cervical. Após as 5 sessões todos os pacientes do grupo foram reavaliados. Como resultado observou-se significativo percentual de melhora no nível de dor e em ganho de ADM cervical, assim como a relação entre a restrição de ADM e as dores na região cervical e que a Osteopatia revelou-se como uma eficaz forma de tratamento nas cervicalgias crônicas. Palavras-chave: Cervicalgia; Osteopatia. 1-Introdução Segundo a Sociedade Brasileira para Estudo da Dor (SBED), (2009), Cervicalgia é um problema comum em todo o mundo, pelo menos no mundo industrializado, e constitui causa importante de incapacidade. O pescoço controla os movimentos da cabeça em relação ao resto do corpo. Uma vez que os olhos e os órgãos vestibulares são localizados na cabeça, informações vindas dos mecanorreceptores das estruturas do pescoço são cruciais para interpretar os dados vestibulares e para controlar as funções motoras que dependem das informações visuais. A cervicalgia pode, assim sendo, ter profundas consequências. De acordo com a Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP), dor na coluna cervical, com ou sem irradiação para o membro superior e outras estruturas, tem prevalência relativamente alta na população, entre 28% e 34% das pessoas com mais de 25 anos (TEIXEIRA, 2003). Segundo Goldenberg (2003), a cervicalgia acomete 55% da população adulta em alguma fase da vida, com maior incidência no sexo feminino. Geralmente está relacionada com a idade (mais comum em indivíduos idosos), atividade ocupacional e grau de escolaridade. Quando torna-se crônica (12% das mulheres e 9% dos homens), frequentemente associa-se a problemas psicológicos, sociais e trauma físico. 2-Anatomia e biomecânica A coluna vertebral é uma série de ossos individuais, chamados vértebras que, ao serem articulados, constituem o eixo central esquelético do corpo. A coluna vertebral é

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_____________________

¹Pós-graduando em Traumato-ortopedia com ênfase em terapias manuais

²Mestrando em Bioética e Direito em Saúde, Especialista em Metodologia do Ensino Superior, Graduada

em Fisioterapia.

Osteopatia no tratamento da cervicalgia crônica

Paulo Tavares da Silva Filho¹

[email protected]

Dayana Priscila Maia Mejia²

Pós-graduação em Traumato-ortopedia com Ênfase em Terapia manual– Faculdade Ávila

Resumo

A cervicalgia é uma das doenças ocupacionais mais comuns e que mais afastam os

trabalhadores dos seus postos de trabalho e causam ônus aos empregadores. Portanto

faz-se necessário a realização de pesquisas que busquem alternativas e as melhores

formas de tratamento para esta síndrome. Neste estudo procurou-se testar a utilização

da Osteopatia como forma de tratamento para cervicalgias crônicas. Para tanto foi

feita triagem dos pacientes do Hospital Municipal de Monte Alegre- Ambulatório de

Fisioterapia, em seguida 10 pacientes foram selecionados e avaliados, submetidos a um

protocolo de atendimento osteopático por 5 sessões e posteriormente reavaliados. Nas

avaliações, além dos dados que são comuns a todas as avaliações musculo-

esqueléticas, deram-se ênfase, principalmente ao nível de dor cervical e a restrição de

Amplitude de Movimento (ADM) de flexão e extensão cervical. Após as 5 sessões todos

os pacientes do grupo foram reavaliados. Como resultado observou-se significativo

percentual de melhora no nível de dor e em ganho de ADM cervical, assim como a

relação entre a restrição de ADM e as dores na região cervical e que a Osteopatia

revelou-se como uma eficaz forma de tratamento nas cervicalgias crônicas.

Palavras-chave: Cervicalgia; Osteopatia.

1-Introdução

Segundo a Sociedade Brasileira para Estudo da Dor (SBED), (2009), Cervicalgia

é um problema comum em todo o mundo, pelo menos no mundo industrializado, e

constitui causa importante de incapacidade. O pescoço controla os movimentos da

cabeça em relação ao resto do corpo. Uma vez que os olhos e os órgãos vestibulares são

localizados na cabeça, informações vindas dos mecanorreceptores das estruturas do

pescoço são cruciais para interpretar os dados vestibulares e para controlar as funções

motoras que dependem das informações visuais. A cervicalgia pode, assim sendo, ter

profundas consequências.

De acordo com a Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP), dor na

coluna cervical, com ou sem irradiação para o membro superior e outras estruturas, tem

prevalência relativamente alta na população, entre 28% e 34% das pessoas com mais de

25 anos (TEIXEIRA, 2003).

Segundo Goldenberg (2003), a cervicalgia acomete 55% da população adulta em

alguma fase da vida, com maior incidência no sexo feminino. Geralmente está

relacionada com a idade (mais comum em indivíduos idosos), atividade ocupacional e

grau de escolaridade. Quando torna-se crônica (12% das mulheres e 9% dos homens),

frequentemente associa-se a problemas psicológicos, sociais e trauma físico.

2-Anatomia e biomecânica

A coluna vertebral é uma série de ossos individuais, chamados vértebras que, ao

serem articulados, constituem o eixo central esquelético do corpo. A coluna vertebral é

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flexível, porque as vértebras são móveis, mas a sua estabilidade depende principalmente

dos músculos e ligamentos (MOORE, 2001).

A coluna cervical é composta por 7 vertebras e entre cada uma delas um disco

intervertebral. sendo a primeira vertebra cervical chamada de Atlas, e a segunda de

Áxis, pois ambas apresentas características peculiares em relação as outras vertebras

cervicais. De acordo com Gray, Gardner, O’ Rahilly (1988), as vértebras cervicais

típicas apresentam processos espinhosos bífidos ou bifurcados e o forame vertebral

possui forma triangular. As vértebras C3, C4, C5 e C6 são semelhantes e apresentam as

características típicas das vértebras cervicais. A última vértebra cervical ou C7 possui

processo espinhoso não bifurcado e proeminente, sendo por este motivo conhecida

como vértebra proeminente.

A primeira vértebra é o atlas ou C1 que se articula superiormente com o osso

occipital. O atlas apresenta o tubérculo anterior, o tubérculo posterior, o forame

vertebral e o forame do processo transverso, um arco anterior e um arco posterior. A

face posterior do arco anterior do atlas possui a fóvea do dente, que se articula com o

processo odontóide do áxis. A segunda vértebra, o áxis ou C2, possui anteriormente

uma projeção, o processo odontóide, que segue superiormente e se articula com a face

posterior do arco anterior do atlas, como já foi mencionado. O áxis possui processo

espinhoso, inexistente no atlas.

Segundo Bienfait (2000), a coluna cervical tem anatomia e fisiologia diferentes

da lombar e dorsal. Funcionalmente apresenta necessidades especiais que determinam

anatomia e fisiologia.

A posição da cabeça coordena todo o nosso equilíbrio.

Dentre as principais funções estáticas pode-se destacar a manutenção vertical e a

horizontalidade do olhar. A manutenção da verticalidade da cabeça é controlada pelo

sistema labiriíntico-vestibular e o circuito reflexo óculo-cefalo-podálico.

Referenciando as principais funções dinâmicas da cervical pode-se dizer que os

movimentos da cabeça e especialmente a orientação do olhar são a gênese de todos os

gestos. Por exemplo, a projeção anterior da cabeça cria um desequilíbrio anterior e

desencadeia marcha. O recuo da cabeça faz com que a marcha seja interrompida, já a

rotação da orienta para direita ou para a esquerda (BIENFAIT, 2000) .

A fisiologia cervical tem, assim, 2 funções: equilibrar a cabeça para proteger sua

verticalidade e realizar movimentos com a cabeça para dirigir a visão.

A coluna cervical adapta-se à verticalidade e aos movimentos da cabeça em um

sistema descendente e todos os movimentos da cervical originam ou acompanham

movimentos do tronco.

Isto tudo faz com que a cervical seja o compartimento mais móvel da coluna

vertebral.

A coluna cervical superior é constituída por 2 sistemas articulares: a articulação

accipito-atloidiana(C0-C1) e a articulação atlas-áxis(C1-C2). Cada articulação tem um

movimento principal: flexão e extensão para a articulação superior e rotação para a

articulação inferior. Cada articulação tem um movimento menor que controla o

movimento da outra. A rotação menor de C0-C1 controla a rotação maior de C1-C2; a

flexão e extensão menores de C1-C2 controlam a flexo-extensão maiores de C1-C2.

O primeiro compartimento (C0-C1) é a articulação responsável pelo “sim”, ou

seja, flexo-extensão; já o segundo compartimento (C1-C2) é responsável pelo “não”, ou

seja rotação.

De acordo com Kapanji (2000); Magee(2005), o conjunto formado coluna

vertebral cervical, disco articulares, cartilagens e ligamentos é resposavel por fornecer

estabilidade e flexibilidade a este seguimento. Desta forma a região cervical é

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extremamente móvel, permitindo, a partir de suas mobilidades combinadas, grandes

amplitudes de movimentos de Flexão, Extensão, Flexão lateral (inclinação) e Rotação

direita e esquerda (DUTTON, 2006).

Esta grande amplitude de movimento da coluna cervical, se adequa às exigências

funcionais do cotidiano, e em função de uso intenso, via de regra, este compartimento

apresenta fortes dores inclusive com irradiação para MMSS e cabeça.

3-Cervicalgia

A cervicalgia (dor cervical) costuma ser insidiosa, sem causa aparente.

Raramente tem início abrupto, geralmente associam-se com posições viciosas,

movimentos exacerbados, longos períodos em posições de tensionamento ou

estiramento muscular e até mesmo alterações da ATM (articulação têmporo-

mandibular).

A principal manifestação clínica da cervicalgia é a dor do tipo choque, que segue

os trajetos radiculares, piorando com os movimentos que distendem a raiz, com o tórax

ou com a coluna vertebral. As parestesias podem ocorrer na parte distal da raiz.

Alterações dos reflexos, do tônus, da força ou alterações tróficas podem faltar ou serem

tardias. O quadro clínico compõem-se da região cervical dolorida, limitação dos

movimentos, cervicobraquialgia e diminuição da força dos membros superiores.

(PORTO, 1996).

É uma síndrome de causas diversas que se manifesta por dor e rigidez transitória

na região da coluna cervical. Esta síndrome, muitas vezes é relacionada a certas

profissões (serviços manuais e/ou pesados), Barros (1995), diz que a cervicalgia é uma

patologia insidiosa, sem causa aparente. Mais raramente se inicia de maneira súbita,

geralmente relacionada com movimentos bruscos do pescoço, extensa permanência em

posição forçada, esforço ou trauma. Melhora nitidamente com repouso e se exacerba

com a movimentação, com o aumento da pressão liquórica e compressão das apófises

espinhosas. Com frequência, há espasmo muscular e pontos de gatilho.

De acordo com Viscaíno (2009), os fatores etiológicos das cervicalgias podem

ser:

- Processos inflamatórios: artrite reumatoide ou espondilite anquilosante;

- Transtornos estáticos congênitos: costela suplementaria ou vértebra supernumeraria ou

cuneiforme situada bacia D1-D2-D3;

- Alterações da estática adquiridos: cifolordose ou dorso plano;

- Fatores mecânicos: traumatismos diretos ou indiretos, bruscos, movimentos que não

são executados com a coordenação precisa e posturas incorretas;

- Fatores fisiológicos: alterações vasculares.

- Fatores psíquicos: supervalorização desta dor.

4-Tratamento

Como forma de tratamento para cervicalgia utiliza-se uma gama de técnicas e

recursos, sejam eles “tradicionais” (eletro-termoterapia e cinesioterapia) ou terapias por

técnicas manipulativas. Assim, para esta pesquisa serão utilizadas técnicas

manipulativas, mais especificamente manobras osteopáticas.

A Osteopatia é um tratamento recente surgido nos Estados Unidos, cujo criador

foi o Dr. Andrew Taylor-Still (1828-1917), que apresentou os grandes princípios desta

medicina natural. Sua definição atual é: “É uma abordagem diagnóstica e terapêutica

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das disfunções de mobilidade tissulares em geral, e articular, em particular, no quadro

de suas participações no aparecimento da doença”. (QUEF, 2003).

Segundo McCarthy (2001), Bolton (2006), As técnicas de manipulação fazem

parte de um conjunto de manobras que pertencem ao acervo da prática da terapia

manual, uma especialidade praticada por fisioterapeutas, em que os instrumentos de

trabalho são suas mãos. O uso destas no tratamento de traumatismos e doenças foi

praticado, inicialmente, pelos egípcios antigos e por outros povos. Até que, em meados

do século XIX, a modalidade passou por um grande desenvolvimento com o surgimento

da Osteopatia e da Quiropraxia, que empregam recursos físicos e técnicas manuais

como intervenção terapêutica. Diversas técnicas são utilizadas na prática manual

visando restaurar a mobilidade de um segmento, que incluem as manobras indiretas, que

são mais suaves e as manobras diretas, conhecidas como “thrust”(GREENMAN, 2001).

As técnicas de manipulação são, geralmente, uma forma de tratamento seguro, e

um número crescente de pacientes é tratado com manipulações, e a maioria expressa um

alto grau de aceitação e satisfação com tais procedimentos (SWENSON, 2003).

As lesões que podem ser tratadas com manipulações articulares são conhecidas

por “bloqueio articular”, “lesão osteopática” ou “desarranjos articulares”(CHAITOW,

2004).

De acordo com Gibbons (2001), Fryer (2003), Couto (2007), Schiller (2001), a

utilização destas técnicas, produz um efeito indolor e promove o aumento da amplitude

de movimento (ADM) no segmento a ser manipulado, ao mesmo tempo em que atua

nos mecanismos neurofisiológicos da diminuição da dor, o que possibilita o ganho de

mobilidade em áreas restritas do sistema musculoesquelético, o que contribui para um

realinhamento postural.

O aumento de amplitude da articulação tem sido demonstrado por diversos

estudos, reportando que as técnicas de “thrust” estão associadas a um aumento

temporário da amplitude de movimento da coluna, (GIBBONS, 2001).

Segundo McCarthy (2007), uma das características significantes e principais

benefícios da manipulação articular na prática clínica é o seu efeito imediato sobre a

dor, ou seja, imediata hipoalgesia pós-manipulação.

Uma das características que mais se destaca na Osteopatia é a forma holística ou

global que esta técnica utiliza no tratamento de varias patologias osteo-mio-articulares,

dentre elas a cervicalgia. Desta forma não se busca tratar o sintoma de dor cervical e

sim o que influencia e causa estas dores cervicais, sejam fatores articulares, musculares,

viscerais, vasculares e até psicológicos.

Dentro do contexto, da necessidade de analisar o paciente como um todo,

Souchard (2004), relata ainda em sua obra que as técnicas globais como a psicoterapia,

acupuntura, homeopatia, reeducação postural, Osteopatia (terapia manual), são todas

técnicas que regulam aspectos particulares de afecções funcionais.

5-Metodologia

A pesquisa realizada foi do tipo exploratória e descritiva. Deu-se na cidade de

Monte Alegre, no ambulatório de Fisioterapia do Hospital Municipal de Monte Alegre,

no mês de setembro de 2011.

A amostra foi formada por 10 pacientes. Os pacientes foram triados a partir dos

critérios de inclusão e exclusão: Para os critérios de inclusão os pacientes tinham entre

20 e 40 anos, independente de sexo e ocupação, porém apresentaram os sintomas há

pelo menos 72 horas. Já para os critérios de exclusão, os pacientes não poderiam ter

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passado por tratamento fisioterapêutico ou farmacológico nos últimos 30 dias, além

disso, não tinham histórico de doença neurológica, hérnia de disco, fratura de coluna

cervical, cirurgia na mesma área e deformidades esqueléticas

Após a triagem estes pacientes foram reunidos em um grupo de 10 (dez), que

foram submetidos a tratamento osteopático.

Inicialmente todos os participantes do grupo foram previamente avaliados. Nas

avaliações foram utilizadas fichas de avaliação padrão, porém se deu ênfase à amplitude

de Movimento (ADM) cervical de flexão e extensão, nível de dor através de escalas

visuais de dor e escala analógica de dor (anexo).

Após as avaliações os pacientes foram submetidos a cinco sessões de tratamento

fisioterapêutico, tendo um intervalo de 48hs de uma sessão para outra. Os componentes

do grupo receberam tratamento baseado em Osteopatia.

Para o tratamento foram utilizados protocolos de Osteopatia, sendo respeitado

cada paciente de acordo com as respectivas avaliações. No método idealizado por Still a

o tratamento sempre ocorrer de forma global, desta forma mesmo que o paciente tenha

apresentado dores cervicais as manipulações ocorreram, também, nas outras regiões da

coluna, na pelve, quadril, joelho e pé.

Da mesma forma a região do corpo que se iniciou cada tratamento, dependeu da

avaliação de cada paciente, se ele apresentou lesão ascendente ou descendente. Ainda

ressalta-se que foi utilizada, também, a Osteopatia visceral em alguns casos, quando se

fez necessário, como mostram as fotos no decorrer do texto.

Fonte: Hospital Municipal de Monte Alegre (2012)

Foto 01: Thrust cervical

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Fonte: Hospital Municipal de Monte Alegre (2012)

Foto02: Thrust dorsal

Fonte: Hospital Municipal de Monte Alegre (2012)

Foto 03: Thrust lombar (lombar roll)

Fonte: Hospital Municipal de Monte Alegre (2012)

Foto 04: liberação diafragmática e descongestão de figado

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Fonte: Hospital Municipal de Monte Alegre (2012)

Foto 05: Normalização de Articulação sub-talar

Todos os pacientes foram reavaliados imediatamente após cada sessão, e

finalmente após a quinta sessão se submeteram a última reavaliação.

A partir daí os dados foram sujeitos a análises. E os resultados discutidos.

6-Resultados

O primeiro paciente T. M. B. S., 34a, iniciou o tratamento com nível 10 de dor

na escala analógica de dor e com 35° de flexão e 60° de extensão cervical.

Ao final do tratamento, após a 5ª sessão apresentou-se sem dor ou nível 0 de dor

na escala analógica de dor, 60° de flexão e 70° de extensão cervical.

O segundo paciente, I. F. A., 47a, iniciou o tratamento com nível 9 de dor na

escala analógica de dor, com 40° de flexão e extensão cervical.

Ao final do tratamento, após a 5ª sessão apresentou nível 1 de dor, 50° de flexão

e 60º de extensão cervical.

O terceiro paciente C. C. S., 29a, apresentou nível 8 na escala analógica de dor,

40° de flexão e 50 ° de extensão no início do tratamento.

Ao final do tratamento, na 5ª sessão, apresentou nível de dor 0, 75° de flexão e

70° de extensão cervical.

O quarto paciente J. A. F. 28a, apresentou-se com nível 9 de dor cervical, 40° de

flexão e 55° de extensão cervical.

Ao final do tratamento apresentou nível 3 de dor cervical, 50° de flexão e 60° de

extensão cervical.

O quinto paciente E. M. S. 37a, apresentou nível de dor 5, 60° de flexão e 60° de

extensão cervical.

Ao final do tratamento relatou nível 4 de dor, 65° de flexão e 60° de extensão

cervical.

O sexto paciente M. L. C. O. 34a, apresentou nível 3 de dor cervical, 30° de

flexão e 40° de extensão.

Após a 5ª sessão relatou nível 0 de dor, 50° de flexão e 55° de extensão cervical.

O sétimo paciente M. L. S. 42a, iniciou o tratamento com nível 5 de dor cervical,

40° de flexão e 40° de extensão cervical.

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Após a quinta sessão relatou nível 0 de dor, 50° de flexão e 55° de extensão

cervical.

O oitavo paciente afirmou quem apresentava nível 8 de dor e 43° de flexão e 50°

de extensão, no início do tratamento.

Ao final do tratamento apresentou melhora muito satisfatória, com nível de dor

1, 64° de flexão e 68° de extensão.

O penúltimo paciente tinha nível de dor 6, flexão de 50° e 55° de extensão. Após

o final do tratamento não apresentou queixa de dor, ADM de cervical com 60° de flexão

e 65° de extensão.

E por fim o último paciente apresentou grau 5 de dor cervical, 45° de flexão e

55° de extensão.

Após as cinco sessões relatou nível de dor 1, ADM de cervical com 50° e 60° de

extensão.

Ao final do tratamento (5sessões) todo o universo da amostra apresentou

melhora satisfatória dos parâmetros de dor e ADM.

Todos os pacientes da amostra (100%) obtiveram melhora dos parâmetros de dor

e ADM cervical imediatamente após o primeiro atendimento.

Todos os pacientes voltaram, na sessão seguinte, com o nível de dor maior do

que imediatamente após a sessão anterior, porém sempre com um nível de dor menor do

que na reavaliação antes da sessão anterior.

Ou seja, os pacientes sempre chegaram com um nível de dor abaixo do que o do

início da sessão anterior.

Metade dos pacientes da amostra (50%) ficou sem dor após a quinta sessão.

Após as sessões todos os pacientes ganharam ADM cervical, para flexão e

extensão.

Sempre que houve ganho de ADM também houve melhora do nível de dor. 7-7-

7-Tabelas

Pacientes Melhora da Dor Ganho de ADM

Percentual 100% 100%

Fonte: Hospital Municipal de Monte Alegre (2012)

Tabela 1- Percentual de pacientes que melhoraram nível de dor e ganharam ADM

Pacientes Nível de dor 1ª sessão

Nível de dor ao final do tratamento

Paciente 01 10 0 Paciente 02 9 1 Paciente 03 8 0 Paciente 04 9 3 Paciente 05 5 4 Paciente 06 3 0

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Paciente 07 5 0 Paciente 08 8 1 Paciente 09 6 0 Paciente 10 5 1

Fonte: Hospital Municipal de Monte Alegre (2012)

Tabela 2- Nível de dor no início e final do tratamento

Pacientes Grau de flexão 1ª sessão

Grau de flexão última sessão

Grau de extensão 1ª sessão

Grau de extensão última sessão

Paciente 01 35° 60° 60° 70° Paciente 02 40° 50° 40° 60° Paciente 03 40° 75° 50° 70° Paciente 04 40° 50° 55° 60° Paciente 05 60° 65° 60° 60° Paciente 06 30° 50° 40° 55° Paciente 07 40° 50° 40° 55° Paciente 08 43° 64° 50° 68° Paciente 09 50° 60° 55° 65° Paciente 10 45° 50° 55° 60°

Fonte: Hospital Municipal de Monte Alegre (2012)

Tabela 3- Graus de flexão e extensão cervical no início e no fim do tratamento

8-Análise e discussão dos resultados

A partir dos resultados obtidos nas avaliações e no tratamento pode-se suspeitar

as seguintes hipóteses:

Atividades regulares que exigem esforço em flexão, extensão, rotação e torção

cervical provocam dores do tipo crônica nos pacientes da pesquisa.

Atividades de vida diária associados com hábitos posturais errados podem ter

provocado, a médio e em longo prazo, cervicalgia crônica no grupo de amostra. Dentre

estes hábitos cotidianos mencionados acima se pode citar: o uso do computador, assistir

TV, posição de dormir.

Pode-se afirmar que para os pacientes analisados, as dores cervicais estão

intimamente relacionadas com as restrições de ADM, uma vez que todos os pacientes

apresentaram restrição de ADM e dor na avaliação inicial, e após as sessões sempre que

apresentaram aumento da ADM também apresentaram redução na escala da dor.

Todos os pacientes obtiveram melhora com redução no quadro álgico. Isto

permite dizer que o uso de técnicas manipulativas osteopáticas, no tratamento de

cervicalgia crônica, foi eficaz e eficiente para os pacientes do grupo em questão.

Em um estudo retrospectivo Rosa (2007), analisou 552 prontuários de uma

clínica de Quiropraxia de uma Instituição de Ensino Superior, de pacientes que

iniciaram tratamento no período de julho de 2006 a julho de 2007, nos quais foram

encontrados 96 prontuários de pacientes com algia cervical. Ao final da pesquisa,

observou-se que há redução estatisticamente significativa do quadro de cervicalgia após

cinco consultas.

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Em outro estudo Pacheco, (2007), realizou pesquisa de revisão bibliográfica

sobre estudos que comprovam a eficácia de técnicas de terapia manual no tratamento de

cervicalgias. Nesta pesquisa o autor concluiu que as técnicas manuais apresentam um

bom e eficiente recurso para o tratamento desta recorrente patologia, e que

imediatamente após as manipulações os pacientes já relatam melhora no quadro álgico.

De acordo com outras pesquisas sobre tratamento manipulativo em pacientes

com cervicalgias apresentaram amostras significativas em relação a melhora e eficácia

dos métodos, porém outras formas de tratamento também apresentaram amostras

significas de melhora como se vê abaixo.

Sobral,; Silva,; Vieira,; Siqueira, (2010), realizaram um estudo analítico,

intervencional e randomizado, composto por dois grupos de dez indivíduos cada, um

intervencional e um controle, formados por pacientes com diagnóstico de cervicalgia

que estiveram em atendimento na clínica-escola da ASCES, com o objetivo de

comprovar a efetividade da terapia de liberação posicional (TLP) em pacientes com

cervicalgia. Diante dos resultados obtidos evidencia-se que a TLP é uma técnica eficaz e

benéfica, podendo ser aliada aos tratamentos já existentes na disfunção músculo

esqueléticas em pacientes com cervicalgia.

Yamamura,; Shan,(2000),desenvolveram uma pesquisa com o finalidade de

analisar o efeito do tratamento pelos Canais de Energia Distintos do Xin Bao Luo

(Circulaçäo-Sexo) e do Sanjiao (Triplo Aquecedor) na cervicalgia, cervicobraquialgia e

dorsalgia alta. Material e método: Foram estudados 93 pacientes com queixas de

cervicalgia, cervicobraquialgia e dorsalgia alta, sem tratamento prévio com acupuntura,

com o diagnóstico de acometimento de Canais de Energia Distintos do Xin Bao Luo

(Circulaçäo-Sexo) e do Sanjiao (Triplo Aquecedor). Com os resultados obteve-se os

seguintes dados: Dos 93 pacientes tratados, 38 (40,9 por cento) melhoraram 100 por

cento das dores relatadas, 55 (59,1 por cento) tiveram melhora superior a 50 por cento,

dos quais 45 (48,4 por cento) entre 80 e 90 por cento de melhora.

Moraes, L.; Monteiro, P,(2007), constataram no seu estudo que a utilização de

TENS e corrente interferencial auxiliam na redução do quadro doloroso da osteoartrose

cervical, apresentando como benefícios, a melhora da amplitude articular de movimento

e diminuição da irradiação para membros superiores, e consequentemente facilita a

realização das atividades de vida diária.

Para afirmar que as técnicas manipulativas são eficazes em qualquer tipo de

paciente com cervicalgia crônica, se deve realizar uma pesquisa mais ampla e

abrangente, nas quais sejam incluídos casos de pacientes sem tantos critérios de

exclusão como foi o caso desta.

Pode-se constatar ainda que a outras técnicas também apresentam um bom

resultado no tratamento de cervicalgias crônicas, sendo necessário a conhecimento

abrangente para eleger o melhor método para tratamento.

9-Conclusão

A fisioterapia vem se solidificando cada vez mais como ciência, fato que se deve

ao avanço das pesquisas científicas e às práticas clínicas baseadas em evidencias, o que

por sua vez faz com que os tratamentos sejam muito mais eficazes e eficientes.

Neste estudo constatou-se que a cervicalgia é uma das doenças ocupacionais

mais comuns do nosso cotidiano e é necessária a realização de um número cada vez

maior de pesquisas, para auxiliarem e para encontrar as melhores maneiras de tratar esta

patologia.

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11

Além disso, concluiu-se também que a Osteopatia teve excelente resultado no

tratamento dos pacientes do grupo em questão. Apresentando níveis de melhora no

quadro álgico rapidamente.

Observou-se também que as dores na região cervical estão intimamente

relacionadas à restrição de mobilidade (redução de ADM), uma vez que sempre que os

pacientes relataram melhora do quadro álgico também observou-se aumento

significativo da ADM cervical.

Assim em função dos resultados obtidos, nesta pesquisa, e as relações

encontradas, pode-se afirmar que a Osteopatia foi eficiente e eficaz no tratamento de

cervicalgia crônica nos pacientes do grupo. Podendo-se inferir que também poder-se-á

utilizar a Osteopatia de forma satisfatória em outros pacientes com o mesmo perfil da

pesquisa.

10- Referências Bibliográficas

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13

11- ANEXOS APÊNDICE 1- Termo de consentimento TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Ao assinar este documento estou consentindo formalmente em participar da

pesquisa a ser realizada pelo Fisioterapeuta e pós-graduanda do curso de Traumato-

ortopedia com Ênfase em Terapia Manual da Faculdade Ávila, Paulo Tavares da Silva

Filho, orientanda da professora Mestre Dayana.

Dentre as linhas de atuação no tratamento de pacientes com cervicalgia crônica,

esta pesquisa será realizada a partir de um estudo que irá verificar os efeitos da

Osteopatia em relação a esta patologia. As informações coletada, serão utilizadas para

proporcionar conhecimentos teóricos-práticos aos profissionais e estudantes de

Fisioterapia e demais membros do corpo de saúde, contribuindo para a atuação destes

profissionais nas áreas de Ortopedia e Traumatologia com ênfase em Terapia Manual,

em especial a Osteopatia.

Recebi do pesquisador as seguintes orientações:

1. Minha participação na pesquisa iniciará após a leitura e esclarecimento de

dúvidas e do meu consentimento.

2. Serei esclarecido sobre os procedimentos metodológicos e informações

relativas ao meu quadro clínico.

3. Os procedimentos realizados comigo durante a pesquisa não acarretarão riscos

para minha saúde.

4. Minha participação na pesquisa envolverá as seguintes fases: inicialmente será

realizada uma avaliação, após será aplicado o tratamento proposto pelo pesquisador e

seu orientador e no final será realizada uma reavaliação.

5. Minha participação na pesquisa será voluntária. Terei liberdade para

concordar ou não em participar da pesquisa, podendo interrompê-la a qualquer

momento com solicitação prévia.

6. Terei garantido o direito à minha privacidade e confidencialidade.

7. Minha participação em todos os procedimentos da pesquisa não implicará no

pagamento de qualquer taxa.

8. Necessitando de quaisquer esclarecimentos sobre minha participação na

pesquisa, entrarei em contato pessoal com a pesquisadora pelo telefone (93) 91366468 e

(93) 91540938.

Data:___/___/___

Nome do Colaborador:_______________________________________

Assinatura do Colaborador:____________________________________

Pesquisadora Responsável:____________________________________

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APÊNDICE 2 – Ficha de Avaliação FICHA DE AVALIAÇÃO

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

DATA AVALIAÇÃO: ____/____/____.

NOME:__________________________________________________________.

IDADE: ________. SEXO: ( )M ( ) F TELEFONE: (___)_________________.

ESTADO CIVIL:_______________.

PROFISSÃO:________________.FILHOS:___.

ENDEREÇO:_______________________________________________________

- DIAGNÓSTICO CLÍNICO:____________________________________________.

QP:______________________________________________________________.

HDA:______________________________________________________________

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

______________________.

HF:_______________________________________________________________

__________________________________________________________________

__________________.

MEDICAMENTOS:___________________________________________________

__________________________________________________________________

_______________.

- ATIV. FÍSICA ( ) NÃO ( )

SIM:_______________________________________________.

- ATIV. PROFISSIONAL ( ) NÃO ( ) SIM_________________________________.

AVALIAÇÃO DO SISTEMA MÚSCULO-ESQUELÉTICO:

TIPO DE DOR: ( ) Episódica ( ) Constante ( ) Unilateral ( ) Bilateral

LOCAL DA DOR NA CERVICAL:

( ) Região Posterior ( ) Região Anterior ( ) Região Lateral ( ) Toda a Cabeça

DOR NA MOVIMENTAÇÃO DO PESCOÇO: ( ) Sim ( ) Não

QUAL MOVIMENTO:

( ) Flexão ( ) Inclinação D ( ) Rotação D

( ) Extensão ( ) Inclinação E ( ) Rotação E

AMPLITUDE DE MOVIMENTO (ADM) CERVICAL

Goniometria: flexão: Extensão

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APÊNDICE 03- escala analógica de Dor

ESCALA ANALÓGICA DA DOR

Paciente:________________________________ Data:___/___/___

VIEL, Eric. O Diagnóstico Cinesioterapêutico. São Paulo: Manole, 2001.

----------------------------------------------------------------------- 0 5 10 DOR AUSENTE DOR INSUPORTÁVEL