escassez de médicos - cps.fgv.br · escassez de médicos 1 centro de políticas sociais instituto...

104

Upload: others

Post on 28-May-2020

3 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri
Page 2: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

1

Escassez de Médicos1

Centro de Políticas Sociais

Instituto Brasileiro de Economia

Fundação Getulio Vargas

Coordenação:

Marcelo Cortes Neri

[email protected]

Equipe do CPS:

Luisa Carvalhaes Coutinho de Melo

Samanta dos Reis Sacramento

André Luiz Neri

Carolina Marques Bastos

Célio Mayone Pontes

Ana Lucia Salomão Calçada (Administrativo)

1 Agradecemos a excelente assistência de Gabriel Buchmann, Ana Andari e Celso Fonseca.

Page 3: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

2

Sumário Executivo O número de médicos atuando no Brasil tem aumentado nos últimos anos. O número de habitantes por médico cai de 893 em 1990 para 595 em 2005, ou seja, aumentou o contingente de doutores no Brasil. Daí conclui-se que a escassez de médicos caiu? Não necessariamente, pois mudanças de demanda e tecnológicas podem mais de compensar as tendências de incremento de oferta observadas. Este trabalho demonstra que do ponto de vista do mercado de trabalho e dos usuários dos serviços de saúde há falta de médicos. Em primeiro lugar, dados da POF demonstram o impacto das despesas médicas privadas no orçamento familiar complementadas pelas evidencias do suplemento de saúde da PNAD acerca da baixa qualidade percebida dos serviços médicos, em particular no que tange a população de baixa renda. Complementarmente, os dados do Censo 2000, os médicos ocupam a liderança da escassez em todos os principais indicadores trabalhistas, como taxa de ocupação, salário e jornada de trabalho. De lá para cá a pesquisa mostra pelas últimas PNADs disponíveis que houve aumento relativo do nível de pressão de demanda a partir de variáveis associadas à inserção das variáveis “médicos no mercado de trabalho”. A pesquisa demonstra que as respostas acerca da pergunta se faltam médicos além de contemplar várias respostas afirmativas a nível nacional a assimétrica distribuição espacial de médicos não se dá apenas entre estados, mas no interior dos mesmos. Estados como o do Rio de Janeiro e do Espírito Santo se destacam por abrigarem cidades ao mesmo tempo com as maiores e com as menores razões de médicos por habitantes. O estudo analisa movimentos pendulares dos médicos - médicos que moram em um município e trabalham em outro - assim como a migração destes profissionais entre estados e municípios, inclusive aqueles que migraram depois de estudar, procurando subsidiar o debate em torno da iniciativa federal de ampliar o quadro permanente de médicos em cada região com base em incentivos concedidos a recém-formandos em Universidades Federais. A pesquisa aborda a perspectiva do lado dos pacientes, acerca dos serviços prestados pelos médicos enfocando o movimento de pacientes que migram de um município a outro em busca de atendimento médico. A pesquisa dá uma especial atenção ao impacto da incidência de doenças sobre o bem estar subjetivo e material dos doentes. É feita uma análise do acesso e da qualidade percebidos do atendimento de saúde. Os resultados demonstram que a população mais pobre não apenas é a que fica mais doente, como também aquela que lida pior com a doença, uma vez que tem menos acesso tanto a políticas preventivas quanto a tratamento de qualidade2. Além disso, procuramos, através de pesquisas de orçamentos familiares, medir os impactos dos choques de saúde sobre a saúde financeira das famílias.

2 *Este tipo de questão está sendo aprofundada na nossa linha de pesquisa sobre saúde e saneamento básico desenvolvida para o Instituto Trata Brasil (vide www.fgv.br/cps/tratabrasil e www.fgv.br/cps/tratabrasil2 )

Page 4: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

3

Toda informação é sobre o trabalho dos médicos e em relação ao serviço prestado à população geral, tanto para o Brasil quanto para o estado do Rio de Janeiro, como forma de auxiliar ações relativas à epidemia de dengue em curso. Além da análise e interpretação próprias, a pesquisa disponibiliza sistemas de provisão de informação interativos e amigáveis voltados aos cidadãos comuns, com informações inéditas e com produtos em linguagem acessível, tais como panoramas geradores de tabulações ao gosto do usuário e simuladores de probabilidades desenvolvidos a partir de modelos estatísticos estimados, além de mapas e rankings para municípios brasileiros. O sítio da pesquisa permite a cada um traçar o panorama da extensão, causas e conseqüências da falta de serviços de saúde e de médicos na sua localidade, respondendo questões básicas do tipo: "Quem são?", "Onde vivem?", "Onde trabalham?", "Quanto ganham?" e "Quanto trabalham?", entre outras. Rankings Internacionais – Um primeiro critério para se analisar a falta de médicos é analisar a relação de número de médicos por 100 mil habitantes ou, como adotamos aqui por razão de simplicidade de exposição, o número de habitantes por médico. Começando por um ranking de 174 paises da ONU o Brasil aparece em 84o lugar entre 174 paises em termos de número de habitantes por médico, com um médico para cada 870 habitantes logo abaixo do Peru e acima da Algéria. O líder do ranking é Cuba, com um médico para cada 169 habitantes e o último são Malawi, Nigéria e Tanzânia com um médico para cada 50 mil habitantes. Ranking de Médicos por Habitante entre Paises

País Médico por Habitantes

Topo do Ranking Cuba 169 Saint Lucia 193 Belarus 220 Belgium 223 Estonia 223 Greece 228 Russian Federation 235 Italy 238 Rwanda 20000 Base do Ranking Benin 25000 Chad 25000 Togo 25000 Burundi 33333 Ethiopia 33333 Mozambique 33333 Sierra Leone 33333 Malawi 50000 Niger 50000 Tanzania (United Republic of) 50000

Fonte: Human Development Report

Page 5: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

4

Habitantes por Médico

IDH e Presença de Médicos no Mundo - Talvez não seja por coincidência que paises com mais médicos apresentem um IDH mais alto. A geração de médicos necessita de um bom sistema educacional e, além disso, médicos geram saúde e expectativa de vida, outro componente do IDH. E, como este estudo demonstra no contexto brasileiro, médicos geram renda, sendo a carreira universitária que apresenta os maiores salários, taxa de ocupação e jornada de trabalho. Apresentamos uma análise de correlação simples de regressão de IDH e presença de médicos no mundo. Escolhemos um ajuste logaritmo por se ajustar melhor ‘as séries.

Page 6: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

5

Fonte: Human Development Report

IDH X Habitantes por Médico

y = -0,1003Ln(x) + 1,4534

0,30

0,40

0,50

0,60

0,70

0,80

0,90

1,00

0 10000 20000 30000 40000 50000

Nigeria

BrasilCuba

India

Belgica

Detalhamos também a relação entre os componentes do IDH, como expectativa de vida e PIB per capita, de um lado, e o IDH de outro. A relação entre expectativa de vida e o IDH parece mais forte que entre o PIB e o IDH.

Ranking entre Estados Analisando os dados, apresentamos abaixo ranking dos estados brasileiros baseados nos dados do Datasus de 2005. Os líderes são o Distrito Federal (292 habitantes por médico), seguido de perto pelo Rio de Janeiro (292 habitantes por médico) e mais de longe por São Paulo e Rio Grande do Sul, com 448 e 445, respectivamente. Os últimos do ranking dos estados brasileiros são Maranhão (1786 habitantes por médico), Pará (1351) e Piauí (1282). Ou seja, os dois extremos do ranking estadual do Brasil, chamado de Belíndia por Bacha em referencia a alta desigualdade, estão próximos da Bélgica (223) e Índia (1667). O Brasil aparece em uma posição intermediária. No período de 1990 a 2005, o número de habitantes por médico, segundo os dados do Datasus, cai de 893 para 595, o que equivaleria a uma melhora de 22 posições no último ranking estático internacional.

Page 7: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

6

2005 Unidade da Federação 2005 1990 2005 1990Ranking HAB/MED HAB/MED Ranking Ranking

TOTAL 595 893 8931 Distrito Federal 292 472 1 22 Rio de Janeiro 299 389 2 13 São Paulo 448 667 3 34 Rio Grande do Sul 495 714 4 45 Espírito Santo 575 862 5 56 Minas Gerais 613 1010 6 67 Paraná 654 1087 7 78 Santa Catarina 654 1282 8 129 Goiás 719 1176 9 9

10 Mato Grosso do Sul 746 1250 10 1111 Pernambuco 769 1176 11 812 Rio Grande do Norte 847 1351 12 1413 Paraíba 877 1299 13 1314 Alagoas 877 1235 14 1015 Sergipe 885 1449 15 1516 Mato Grosso 935 1852 16 1817 Roraima 943 4545 17 2718 Tocantins 1031 2128 18 2119 Bahia 1031 1563 19 1620 Amazonas 1087 2128 20 2021 Ceará 1111 1639 21 1722 Amapá 1220 3846 22 2623 Acre 1235 3846 23 2524 Rondônia 1250 2778 24 2325 Piauí 1282 2174 25 2226 Pará 1351 1961 26 1927 Maranhão 1786 2857 27 24

Fonte: Ministério da Saúde - CGRH-SUS/SIRH

A Geografia da Medicina Apresentamos abaixo um zoom de mapas refletindo a distribuição espacial relativa de médicos na mesma escala que vão do nível nacional ao local carioca. Os extremos de habitantes pó médico abaixo: Habitantes por Médico

Esfera Mínimo máximo Mundo 169 Cuba 50.000 Tanzania

UF 56 Distrito Federal

342 Maranhão

mun. Br e Rio (+ 250 mil Hab) 93 Niterói 6.878 Belfort Roxo RAs Cariocas 49 Lagoa 4.926 Pavuna

Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados do Censo/IBGE e Human Development Report

Page 8: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

7

Habitantes por Médico

Page 9: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

8

Habitantes por Médico

Rankings Municipais - Habitantes por Médico Discutimos os rankings dos municípios com mais de 250 mil habitantes para dar mais precisão as estimativas, uma vez que a existência de médicos pode ser considerada um evento raro (embora apresentemos também os resultados para os municípios com mais de 100 mil e mais de 200 mil habitantes). Os resultados são surpreendentes à luz daqueles do Rio de Janeiro, em direção ao qual as atenções do país se voltam por força da epidemia de dengue. Entre todos municípios brasileiros, Niterói é também disparado o primeiro no pais (um médico para cada 93,55 habitantes). Vitoria é o segundo, com 133 médicos por habitantes, seguido de Porto Alegre, Florianópolis e Ribeirão Preto. A menor estatística entre as cidades com mais de 250 mil habitantes é Belfort Roxo também situada no Estado do Rio de Janeiro (um médico para cada 6.879 habitantes) acompanhado de perto de outros municípios fluminenses como São João do Meriti e Duque de Caxias (com um médico para cada 2.832 e 2.841 habitantes, respectivamente). No caso do Espírito Santo, que tem o segundo município do país com menor número de habitantes por médico (Vitória, com 133) também apresenta o penúltimo desta classe de municípios (Serra, com 3.863 habitantes por médico). Este resultado demonstra que o problema de distribuição espacial de médicos não se dá apenas entre estados, mas também no interior dos estados. O estudo analisa movimentos pendulares dos médicos que moram em um município e trabalham em outro, que se revela de importância neste caso.

Page 10: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

9

Ranking

municípios brasileiros com mais de 250 mil hab

Habitantes por médico

Topo do Ranking

1 RJ Niterói 93,55 2 ES Vitória 133,07 3 RS Porto Alegre 134,04 4 SC Florianópolis 156,06 5 SP Ribeirão Preto 186,46 6 MG Belo Horizonte 201,14 7 SP Santos 208,62 8 RJ Rio de Janeiro 217,38 9 SP Campinas 218,96

10 PE Recife 227,54 Base do Ranking

75 RJ São João de Meriti 2832,42 76 ES Cariacica 2978,53 77 SP Carapicuíba 3218,38 78 SP Itaquaquecetuba 3344,31 79 GO Aparecida de Goiânia 3770,82 80 ES Serra 3862,30 81 RJ Belford Roxo 6878,54

Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados do Censo/IBGE Movimentos Pendulares dos Médicos (Casa-Trabalho-Casa) Em seguida fizemos um zoom para captarmos um tipo de deslocamento dos médicos fluminenses algumas vezes necessário para esses profissionais, o de casa ao trabalho entre diferentes municípios. Ou seja, os médicos também são profissionais que em geral trabalham em localidades diferentes da de residência. No estado do Rio de Janeiro, 88% dos médicos trabalham no mesmo município em que residem. Dos que se deslocam, grande parte trabalham no município do Rio de Janeiro (44,97% dos que se deslocam), seguido de Niterói (6,6%) e São Gonçalo (6,13%). A tabela a seguir sintetiza a perda dos médicos do municípios de residência função destes movimentos pendulares casa-trabalho-casa que são detalhados nas tabelas mais detalhadas a seguir:

Page 11: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

10

Médicos Residentes no Estado do Rio de Janeiro

Perda Líquida de Médicos por Movimentos Pendulares Residencia-Trabalho - %

Pontos de Porcentagem

Variação Percentual

Rio de Janeiro 8,01 11,77 Niterói 4,70 38,00 Nova Iguaçu 0,37 16,09 Petrópolis 0,26 14,21 Campos dos Goytacazes 0,28 15,73 São Gonçalo -0,04 -2,76 Volta Redonda 0,10 7,63 Nova Friburgo 0,05 5,62 Teresópolis 0,22 24,72 Duque de Caxias -0,33 -45,21

Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados do Censo/IBGE

Os municípios com mais médicos do Rio de Janeiro tendem a perder em termos líquidos profissionais de saúde. No caso do Rio de Janeiro a queda é de 11,77% dos seus médicos (ou 8 pontos de porcentagem da composição estadual). Niterói a líder brasileira em médicos por habitantes perde 38% de seus médicos durante o dia (ou 4,7 pontos de porcentagem da composição estadual). Isto significa que a taxa real de habitantes por profissionais que ali trabalham em Niterói é de 129 habitantes por médico e não os 93 as estatística calculada em cima dos médicos residentes. De qualquer forma, como o número dos outros municípios a com a maior presença de médicos é 42% acima a começar por Vitória (133). De fato quando se aplica procedimento semelhante aos municípios capixabas não se observa inversão da posição de liderança do ranking de Niterói pois Vitória perde em termos líquidos 1,78% de seus médicos em movimentos casa-trabalho-casa. Serra que ocupa a posição logo a seguir do ranking das cidades com mais de 250 mil habitantes também pouco muda função de movimentos pendulares perda líquida de 0,93% de seus médicos. O município capixaba que se destaca é Vila Velha onde nada menos que 46,2% de seus médicos trabalham em outros municípios. A proporção de Belfort Roxo na população médica do estado praticamente dobra (sobre 85%) quando passamos do critério de município de residência para o município que trabalha praticamente igualando a escassez absoluta de médicos do município de Serra no Espírito do Santo.

IDH e Presença de Médicos Talvez não por coincidência Niterói, a líder nacional dos médicos, apresente o segundo IDH do país. Como dissemos para ter médicos há que se ter um bom sistema educacional, médicos geram expectativa de vida, outro componente do IDH. E como este estudo demonstra medicina é a carreira universitária que apresenta as maiores rendas.

Page 12: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

11

Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados do Censo. Resultado menos marcado é encontrado quando levamos em conta o salário-hora do medico. As localidades onde os médicos ganham mais por cada hora trabalhada também tendem a apresentar maior IDH. Médicos Sem Fronteiras Segundo o Censo Demográfico, a crônica falta de médicos em determinadas localidades ocorre apesar do fato desses profissionais possuírem altas taxas de deslocamento para outros estados e municípios. Os gráficos a seguir mostram que os médicos são os que mais migram para outras localidades, apenas 73,62% deles são nativos dos Estados que residem atualmente. Quando olhamos em nível municipal esse percentual e ainda menor (apenas 43,63%). A tabela a seguir ilustra que o grande estado fornecedor de médicos para outra região é Minas Gerais.

Panorama – Nativo do Estado (%)

Estado do Rio de Janeiro

IDH = 16.231Med/Hab + 0.7432R2 = 0.4207

0.5

0.60.7

0.80.9

1

0.000 0.002 0.004 0.006 0.008 0.010 0.012 0.014

Niterói

Varre-Sai

Médicos x IDH

Fonte: CPS/IBRE/FGV processando os microdados do Censo Demográfico / IBGE

73.62

77.66

80.99

79.94

76.41

79.96

Medicina EngenhariaCivil

Direito Administração CiênciasEconômicas

ComunicaçãoSocial

Fonte: CPS/IBRE/FGV processando os microdados do Censo Demográfico / IBGE www.fgv.br/cps

Page 13: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

12

Panorama – Nativo do Município (%)

RETRATO DE MIGRAÇÃO DOS MÉDICOS Total Total

Por Origem de Nascimento População Amostra População

% Salário Horas semanais

Total Topo do Ranking

263831 26915 100.00 5655.1 50.06

UF de nascimento

NATIVO 192472 19600 72.95 5524.8 49.88

MINAS GERAIS 10287 1037 3.90 6234.4 51.50 SÃO PAULO 8531 896 3.23 6152.1 51.20 RIO DE JANEIRO 7160 734 2.71 6128.9 48.88

RIO GRANDE DO SUL 4611 495 1.75 5744.4 51.14

PARANÁ 3650 375 1.38 6441.0 53.10 PERNAMBUCO 3151 317 1.19 6072.0 47.64

Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados do Censo/IBGE

43.63

49.0251.47 53.21

48.41

56.54

Medicina EngenhariaCivil

Direito Administração CiênciasEconômicas

ComunicaçãoSocial

Fonte: CPS/IBRE/FGV processando os microdados do Censo Demográfico / IBGE www.fgv.br/cps

Page 14: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

13

Indicadores de Escassez Trabalhistas Procuram-se Médicos - Em seção do corpo principal do trabalho analisamos, através do Censo 2000, os egressos da carreira universitária de medicina, o que nos propiciará enfocar a taxa de ocupação e atividade além de uma maior abertura espacial dos dados. Entre 31 carreiras universitárias de graduação comparadas, os médicos são os que apresentam, ao mesmo tempo, a maior taxa de ocupação (90% deles estão empregados), a maior média salarial (R$ 6270) e a maior jornada de trabalho (50 horas semanais). Se incluímos outros níveis educacionais, como os pré-universitários e os de Pós-graduação chegamos a 85 carreiras escolares. Neste ranking ampliado os indivíduos com Mestrado ou Doutorado em medicina ocupam as posições de destaque nos três rankings, perdendo apenas no quesito salário para os doutores ou mestres em administração, e liderando os demais. Entre as cinco carreiras universitárias com maior taxa de ocupação no mercado de trabalho, cinco são na área médica. Todos esses indicadores econômicos são fortes indícios de que faltam médicos, o que será confirmado por dados da última PNAD disponível. Trabalhamos agora com a última PNAD disponível enfocando a profissão ativa de médico no mercado de trabalho de 2006. Senão vejamos:

Médicos em Atividade - No ranking de todas as profissões com alguma densidade amostral (aqui arbitradas como populações acima de 75 mil indivíduos ativos) os médicos figuram em 2006 com a quarta ocupação em carga de trabalho semanal, com$ 50,32 horas, sendo apenas superados por dirigentes de empresas maiores e condutores de veículos particulares e de transporte de mercadorias, estes com 51,5 horas semanais. No extremo oposto do ranking encontramos músicos e cantores populares e vendedores a domicílios com menos de 24 horas semanais cada. Entre 2002 e 2006 houve expressivo aumento da jornada de trabalho de no ranking das horas dos doutores. 2006 2002

Horas Trabalhadas HorasPosição ranking Horas

Posição ranking

Total 40.31 41,25OcupaçõesCondutores de veículos sobre rodas (distribuidor de mercadorias) 51,52 1 53,20 1Dirigentes de empresas - empregadores com mais de 5 empregados 50,83 2 51,61 3Condutores de veículos sobre rodas (transporte particular) 50,32 3 52,37 2Médicos 50,14 4 47,53 17Trabalhadores elementares de serviços de manutenção 49,58 5 49,26 6Gerentes de produção e operações 49,54 6 50,39 4Trabalhadores da mecanização agropecuária 48,37 7 50,07 5Magarefes e afins 48,18 8 47,76 14Condutores de veículos sobre rodas (transporte coletivo) 47,74 9 48,56 7Repositores e remarcadores do comércio 47,74 10 48,15 10Guardas e vigias 47,15 11 47,70 15Cabos e soldados da polícia militar 47,11 12 47,87 13Trabalhadores de terraplenagem e fundações 47,02 13 47,08 18Fiscais e cobradores dos transportes públicos 46,85 14 48,55 8Eletricistas-eletrônicos de manutenção veicular (aérea, terrestre e naval) 46,83 15 47,60 16Condutores e operadores polivalentes 46,62 16 48,11 11Vigilantes e guardas de segurança 46,43 17 48,08 12Enfermeiros de nível superior e afins 46,20 18 -Camareiros, roupeiros e afins 46,17 19 -Mantenedores de carroçarias de veículos 46,16 20 46,73 20 Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE 2006

Page 15: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

14

Os médicos são conhecidos por possuírem mais de um emprego o que pode implicar em perdas adicionais no transporte de ida e de volta ao trabalho. De fato, os médicos ocupam com uma boa folga o topo do ranking daqueles com mais de um emprego: 47,91% deles possuem mais de um emprego contra 25,08% do professores de disciplinas no ensino médio. Nas oito primeiras posições do ranking de múltipla inserção trabalhista figuram profissionais das áreas médica e de ensino. Entre 2002 e 2006 houve ligeira redução da parcela de médicos com mais de um emprego mas a posição no ranking dos médicos neste quesito fica inalterada. 2006 2002

% Mais de 1 Emprego - População por Ocupação R$Posição ranking R$ Posição ranking

Total 4,99% 4,70%

Médicos 47,91% 1 48,87% 1Professores (com formação de nível superior) de disciplinas da educação geral do ensino médio 25,08% 2 28,57% 3Cirurgiões-dentistas 25,07% 3 32,98% 2Professores do ensino superior 24,57% 4 24,48% 4Professores (com formação de nível superior) de disciplinas da educação geral de 5a à 8a séries do ensino fundamental 23,17% 5 24,17% 5Professores (com formação de nível superior) de disciplinas da educação geral de 1a à 4a séries do ensino fundamental 22,84% 6 21,13% 6Enfermeiros de nível superior e afins 22,30% 7 -Fisioterapeutas e afins 20,13% 8 -Diretores de áreas de produção e operações 20,07% 9 13,40% 10Técnicos esportivos 18,93% 10 13,97% 9Moleiros 17,44% 11 -Programadores, avaliadores e orientadores de ensino 17,32% 12 16,45% 7Psicólogos e psicanalistas 15,97% 13 -Músicos e cantores populares 14,80% 14 -Técnicos e auxiliares de enfermagem 13,41% 15 12,06% 13Produtores agrícolas 13,15% 16 12,04% 14Professores (com formação de nível médio) no ensino fundamental 12,18% 17 15,31% 8Instrutores e professores de escolas livres 12,02% 18 12,87% 11Dirigentes das áreas de apoio da administração pública 11,88% 19 9,37% 18Professores (com formação de nível médio) na educação infantil 11,47% 20 8,67% 20

Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE 2006 Finalmente, o último indicador de escassez econômica é o maior salário médio percebido no mercado resultado da labuta em todos os trabalhos. Mais uma vez os médicos ocupam a liderança do ranking com um rendimento total do trabalho da ordem de R$ 6.192 o que guarda um diferencial de mais de 50% em relação ao segundo colocado os dirigentes de áreas de apoio (R$ 3980) das maiores empresas (R$ 3962). Ao contrário dos outros indicadores as posições mais altas de remuneração são acompanhadas de outras profissões associadas a posse de diploma universitário como engenheiros civis, dentistas, professores de nível superior, contadores e advogados. Na cauda inferior da distribuição de salários se situam trabalhadores agrícolas com salários de R$ 113 ao mês seguidos de trabalhadores artesanais e da agropecuária.. Entre 2002 e 2006 houve aumento do rendimento de todos os trabalhos, com a média variando de R$ 5.616 para R$ 6.192, o que corresponde a um ganho de 10,2% superior aos 4,6% do conjunto de ocupados.

Page 16: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

15

2006 2002

Salário R$Posição ranking R$

Posição ranking

Total 777.06 742,411735OcupaçõesMédicos 6191,50 1 5616,39 1Diretores de áreas de apoio 4103,10 2 -Dirigentes de empresas - empregadores com mais de 5 empregados 3980,60 3 4224,26 2Engenheiros civis e afins 3862,30 4 3938,51 3Cirurgiões-dentistas 3681,90 5 3457,13 5Professores do ensino superior 3476,00 6 3661,45 4Contadores e auditores 3207,50 7 3004,49 7Advogados 2864,60 8 2904,47 8Analistas de sistemas 2857,80 9 3406,18 6Serventuários da justiça e afins 2726,60 10 2485,67 9Administradores 2719,00 11 -Gerentes de áreas de apoio 2324,10 12 2328,55 11Dirigentes das áreas de apoio da administração pública 2277,30 13 2443,68 10Diretores de áreas de produção e operações 2176,10 14 2095,75 13Gerentes de produção e operações 2076,10 15 2107,38 12Psicólogos e psicanalistas 2050,50 16 -Enfermeiros de nível superior e afins 2020,70 17 -Arquitetos 1993,40 18 -Caixas de banco e operadores de câmbio 1690,20 19 1788,20 16Técnicos em contabilidade 1681,40 20 1485,73 20

Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE 2006 Retratos dos Médicos em Atividade Traçamos aqui um panorama dos médicos em atividade hoje no país, através dos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). Privilegiamos o uso dos dados da PNAD por serem mais atuais, e por contemplar maior variedade de informações. Com intuito de atingir maior precisão das estimativas, empilhamos os dados em dois períodos distintos (1995 a 1999 e 2001 a 2006). Apresentamos um perfil dos médicos em atividade no país com informações extraídas do panorama. Panorama (link) Migração – Mais da metade dos médicos em atividade são migrantes de outros municípios. A proporção de nativos entre os médicos sofre queda de 4,6 pontos de percentagem na comparação entre períodos em questão, enquanto todos os outros status migratórios crescem. Á exceção daqueles que migraram a menos tempo, a renda média dos médicos que se deslocam de suas terras nativas, é maior, chega a R$ 7192 para aqueles com mais de 10 anos de migração (R$ 5576 para os nativos).

PNAD Médicos - População População Total

Categoria 1995 a 1999 2001 a 2006 2001 a 2006 2001 a 2006 Nasceu neste Município 47,03% 42,42% 5575,97 47,77Migrou UF - Menos de 4 anos 6,94% 7,19% 5024,98 48,21Migrou UF - De 5 a 9 anos 4,52% 4,53% 6408,29 51,7Migrou UF - Mais de 10 anos 22,42% 23,82% 7192,46 49,4Migrou Municipio ou Ignorado 19,09% 22,04% 6589,57 48,65

População Renda Total Jornada

Fonte: CPS/FGV processando os microdados do PNAD/IBGE.

Page 17: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

16

Sexo - Como segunda clivagem analisada, observamos no período entre 2001 e 2006 que a proporção de médicos, supera a de médicas (respectivamente, 54,62% e 45,38%). Analisando diferenças de rendas, observamos que a média de renda dos homens (R$ 7521) é muito mais elevada a das mulheres (R$ 4572), assim como a jornada de trabalho (média de 52,12 horas de trabalho semanais para eles contra 44,28 para elas).

PNAD Médicos - População População Total

Categoria 1995 a 1999 2001 a 2006 2001 a 2006 2001 a 2006 Homem 53,88% 54,62% 7520,97 52,12Mulher 46,12% 45,38% 4571,69 44,28

JornadaPopulação Renda Total

Fonte: CPS/FGV processando os microdados do PNAD/IBGE.

Idade – A remuneração média dos médicos brasileiros possui trajetória crescente de acordo com a idade, atingindo R$ 8338 para aqueles entre 55 e 59 anos, que apesar dos altos salários não são os que mais trabalham. O pico de jornada é de 51,9 horas exercido por aqueles entre 36 e 39 anos.

PNAD Médicos - População População Total

Categoria 1995 a 1999 2001 a 2006 2001 a 2006 2001 a 2006 20 a 24 2,21% 2,10% 1534,13 40,6325 a 29 13,71% 14,21% 3044,48 48,7430 a 35 21,42% 17,69% 5318,58 48,0136 a 39 13,48% 10,98% 6382,69 51,8640 a 44 16,86% 13,80% 6615,29 49,4445 a 49 14,28% 12,24% 7218,88 49,1550 a 54 8,37% 13,02% 7431,71 49,4755 a 59 3,89% 8,48% 8338,25 48,6560 ou Mais 5,71% 7,45% 8127,75 42,73

JornadaPopulação Renda Total

Fonte: CPS/FGV processando os microdados do PNAD/IBGE.

Posição na Família - Quanto à posição dentro da família, os dados nos dizem que 58,75% são chefes da família.. Posição na Ocupação – A proporção de médicos funcionários públicos cresceu ao longo do tempo (passou de 41,87% para 44,78% no período). Por outro lado, os médicos conta-próprias, segundo grupo mais representativo, sofreu queda de participação, cai quase 5 pontos de percentagem entre os dois períodos (de 22,23% para 17,32%). Já os empregadores, com aumentos de participação, apresentam maiores renda (R$ 9813) e jornada (50,4 horas).

Page 18: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

17

PNAD Médicos - População População Total

Categoria 1995 a 1999 2001 a 2006 2001 a 2006 2001 a 2006 Empregado Agrícola 0,05% 0,00% 0 0Empregado com carteira 14,66% 11,46% 5741,3 47,28Empregado sem carteira 6,92% 9,47% 5483,74 49,44Conta-própria 22,23% 17,32% 6158,83 43,54Empregador 13,63% 16,06% 9812,84 50,36Funcionário público 41,87% 44,78% 5261,56 50,12Não-remunerado 0,61% 0,91% 729,06 42,75

JornadaPopulação Renda Total

Fonte: CPS/FGV processando os microdados do PNAD/IBGE.

Contribuição Previdenciária – Houve aumento significativo da proporção de contribuintes para previdência (de 18,59% para 29,22%), os contribuintes possuem os maiores salários (R$ 7826) e jornada (52,6 horas).

PNAD Médicos - População População Total

Categoria 1995 a 1999 2001 a 2006 2001 a 2006 2001 a 2006 Sim 18,59% 29,22% 7826,49 52,58Não 81,41% 70,78% 5503,72 46,9

JornadaPopulação Renda Total

Fonte: CPS/FGV processando os microdados do PNAD/IBGE. Tamanho de Cidade – Como já era esperado, é nítida a escassez de médicos em áreas rurais. Com apenas 0,32% dos médicos brasileiros, é bastante inferior às demais (56,7% nas áreas metropolitanas e 49,08% nas urbanas). Por outro lado, quando olhamos em termos de renda, são os médicos metropolitanos os que ganham (R$ 5507) e trabalham menos (46,5 horas).

PNAD Médicos - População População Total

Categoria 1995 a 1999 2001 a 2006 2001 a 2006 2001 a 2006 Metrópole 56,70% 50,60% 5507,17 46,5Urbana 42,32% 49,08% 6868,29 50,68Rural 0,98% 0,32% 7795,68 49,59

JornadaPopulação Renda Total

Fonte: CPS/FGV processando os microdados do PNAD/IBGE.

Regiões – Assim como na análise por tamanho de cidade, os dados regionais brasileiros corroboram o princípio de escassez relativa. Na região Norte, onde a proporção de médicos é de apenas 2,81%, encontramos os maiores salários (R$ 7054), apesar da jornada ser a menor (46,7 horas).

Page 19: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

18

PNAD Médicos - População População Total

Categoria 1995 a 1999 2001 a 2006 2001 a 2006 2001 a 2006 Norte 2,77% 2,81% 7053,67 46,74Nordeste 17,00% 15,69% 5959,02 48,32Sudeste 60,90% 58,77% 5910,5 48,54Sul 13,35% 16,04% 6865,41 49,15Centro 5,97% 6,69% 7094,09 48,69

JornadaPopulação Renda Total

Fonte: CPS/FGV processando os microdados do PNAD/IBGE. Regiões Metropolitanas - Analisando apenas áreas metropolitanas, as maiores médias de renda são encontrados em Porto Alegre (5212), no Distrito Federal (R$ 6513) e Fortaleza (R$ 6375). No extremo oposto, Rio de Janeiro (R$ 4484) e Recife (R$ 4821) são as metrópoles onde os médicos ganham menos. Em termos de horas trabalhadas, a menor jornada é encontrada no Ro de Janeiro (43,6 horas) e a maior em Fortaleza (49,3 horas). Importante ressaltar que a jornada de trabalho dos médicos é menor em todas as Regiões Metropolitanas, quando comparadas ao total.

PNAD Médicos - População População Total

Categoria 1995 a 1999 2001 a 2006 2001 a 2006 2001 a 2006 Pará 1,01% 1,09% 5286,2 46,24Ceará 1,56% 2,01% 6374,83 49,27Pernambuco 3,00% 3,08% 4820,54 47,21Bahia 3,28% 2,64% 6148,81 46,39Minas Gerais 4,63% 3,92% 5754,01 46,76Rio de Janeiro 14,18% 13,44% 4484,1 43,56São Paulo 20,63% 15,27% 5747,61 48,53Paraná 2,09% 2,47% 5567,38 48,75Rio Grande do Sul 4,20% 4,56% 6768,29 45,96Distrito Federal 2,13% 2,12% 6513,26 45,27

JornadaPopulação Renda Total

Fonte: CPS/FGV processando os microdados do PNAD/IBGE.

Page 20: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

19

Serviços Médicos na Perspectiva dos Clientes

Vistos pelas Pessoas e pelos Pacientes Dados nacionais mostram que aqueles que estiveram doentes, são os que possuem o pior acesso a serviços de prevenção. Cerca de 22,3% dos que estiveram acamados possuem plano de saúde contra 24,86% da população como um todo. A qualidade percebida de todos serviços médicos como plano de saúde, hospitalização e serviços de saúde rotineiros é pior para quem esteve mais exposto as doenças (aproximado pela pergunta de quem ficou acamado nos últimos 15 dias).

População

Estado de Saúde -

Média

Dificuldade de Andar 100m - Média

Esteve acamado

Tem Plano

Plano - Média

Esteve Hospitaliz

ado

Hospitalizado - Média

Procurou Serviço

de Saúde

Serviço de Saúde -

Média

Total 100 3,99 4,93 4,08 24,86 4,05 7,03 4,13 14,78 4,06Esteve acamado 100 3,16 4,69 100 22,37 3,98 29,25 4,07 65,86 3,95

População Total

Categoria

Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados do Suplemento de Saúde da PNAD. Sem prevenção Analisando o acesso e a qualidade dos serviços de saúde, todos os indicadores indicam menor acesso e qualidade de acesso dos mais pobres. A pesquisa revela que a medicina voltada para os grupos de menor educação é menos preventiva e mais curativa. Os universitários são os que possuem maior acesso a serviços de prevenção, 56,08% possuem plano de saúde, enquanto nos analfabetos o percentual é de 11,53%. Apesar do baixo acesso a plano de saúde observado entre os analfabetos: estes são os que procuram mais atendimento em casos de emergência, 7,27% estiveram hospitalizados nos últimos 12 meses contra 6,77% dos universitários, o que gera gargalos no sistema público de saúde. Não prevenir fica mais caro para todos: governo inclusive.

População

Estado de Saúde -

Média

Dificuldade de Andar 100m - Média

Esteve acamado

Tem Plano

Plano - Média

Esteve Hospitaliz

ado

Hospitalizado - Média

Procurou Serviço

de Saúde

Serviço de Saúde -

Média

Sem instrução ou menos de 1 ano 100 3,92 4,92 4,39 11,53 3,96 7,27 4,05 13,06 3,991 a 3 anos 100 3,94 4,92 4,12 16,04 4,01 7,36 4,09 13,85 4,024 a 7 anos 100 3,97 4,93 4,12 21,89 4,02 7,01 4,13 14,94 4,048 a 11 anos 100 4,04 4,94 4,01 31,56 4,05 6,77 4,16 15,35 4,0812 anos ou mais 100 4,18 4,95 3,44 56,08 4,12 6,77 4,3 17,6 4,23

Categoria

Anos de Estudo

Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados do Suplemento de Saúde da PNAD.

Impacto financeiro privado dos choques na saúde

Este elemento representa o gasto efetivo com serviços privados de saúde, não só excluindo a provisão pública de saúde, mas ainda não refletindo a demanda por saúde privada, uma vez que há fatores que restringem o acesso (distância, tempo de espera, tempo, custo privado do tratamento que pode ser monitorado com pesquisas sobre auto-percepção individual). O consumo efetivo (uso dos serviços) também não necessariamente equivale às necessidades dos serviços de saúde, pois com ou sem necessidade uma pessoa pode

Page 21: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

20

consumir serviços de saúde. Ter ativos de saúde (planos de saúde) pode levar a um uso desnecessário dos serviços de saúde (exames, procedimentos médicos, consultas, internações).

A estratégia aqui é usar a última pesquisa de gastos por consumo disponível para o Brasil (POF 2003). Infelizmente, o suplemento especial da PNAD 2003 perdeu a informação detalhada sobre despesas médicas, que as versões de 1981 e 1998 apresentavam. Uma possibilidade alternativa aqui é usara última pesquisa de gastos por consumo disponível para o Brasil (POF). A idéia é construir indicadores descritivos agregados que mensurem a extensão e natureza que o impacto dos choques de saúde tem sobre a situação financeira do domicílio de grupos sócio-econômicos diferentes. POF 2003 apresentar maiores níveis de detalhes do orçamento dos indivíduos e domicílios. A idéia é mensurar os diferentes níveis de agregação do consumo de diferentes itens de saúde e identificar seu impacto nas finanças dos consumidores. Isto inclui uma lista de gastos individuais relacionados aos serviços de saúde e aos gastos com remédio no nível do domicílio. A natureza dos gastos, por exemplo com remédios, fornece informações sobre a origem do impacto financeiro relacionado à saúde sobre indivíduos e domicílios. No entanto, nós acreditamos que vale a pena olhar de perto a relação entre o fornecimento privado e público de saúde, aproveitando os detalhes oferecidos pela POF 2003 Saúde financeira A pesquisa ainda analisa o impacto das doenças sobre a saúde financeira das famílias. No caso dos analfabetos 47,96% deles tiveram despesas privadas de saúde que consumiram 20,4% do salário dos doentes pobres em remédios e serviços médicos. No caso das pessoas com o nível universitário 34,6% incorreram em despesas de saúde o que equivale a 9,4% dos seus orçamentos. Paradoxalmente quem pode menos, paga relativamente mais do seu próprio bolso. Despesas Médicas Rio versus Brasil Isolando o Estado do Rio de Janeiro e ap4nas as despesas com serviços médicos que é o objeto de estudo aqui não vemos grandes diferenças do impacto das despesas de serviços médicos no orçamentos. Corresponde a 15,8% da renda de trabalho dos brasileiros e 15,47% no caso dos fluminenses, considerando apenas os que tiveram a despesa (75,9% no caso do Brasil e 73,5% no caso do Rio)

Page 22: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

21

Escassez de Médicos

Texto principal Milton Friedman e Simon Kuznets, dois dos maiores economistas que a história conheceu, escreveram em 1945 o livro Income from Independent Professional Practice - um dos primeiros estudos baseados na teoria de capital humano – no qual calculam a taxa de retorno à educação de médicos e dentistas. Segundo eles, o alto retorno recebido pelos médicos do seu investimento em educação se devia a restrições de entrada impostas pela Associação Americana de Medicina. Na mesma linha, podemos argumentar que no caso brasileiro talvez a relativa escassez de médicos se deva a restrições à entrada na profissão. Entretanto, essa restrição se daria num momento anterior, o da formação acadêmica, imposta pela escassez de vagas em cursos superiores de medicina, que por sua vez se deve a combinação de baixo investimento em educação básica e ao alto custo relativo ‘a implantação de tais cursos. Procuram-se Médicos No momento em que é anunciada a criação a força nacional de saúde, que permitirá utilizar médicos de outros estados em eventuais crises de saúde, pesquisa do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (CPS/IBRE/FGV) demonstra que os profissionais formados em Medicina são os mais raros no mercado brasileiro. Entre 31 carreiras universitárias de graduação comparadas, os médicos são os que apresentam, ao mesmo tempo, a maior taxa de ocupação (90% deles estão empregados), a maior média salarial (R$ 6.270) e a maior jornada de trabalho de 50 horas semanais. Se incluirmos outros níveis educacionais, como os pré-universitários e os de Pós-graduação, chegamos a 85 carreiras escolares. Neste ranking ampliado, indivíduos com Mestrado ou Doutorado em medicina ocupam as posições de destaque nos três quesitos, perdendo apenas no quesito salário para os doutores ou mestres em administração, e liderando os demais. Entre as cinco carreiras universitárias com maior taxa de ocupação no mercado de trabalho, cinco são na área médica. Todos esses indicadores econômicos são fortes indícios de que faltam médicos, o que será confirmado por dados da última PNAD disponível.

Page 23: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

22

Onde há menor Escassez Econômica de Médicos Na busca de médicos pelas as capitais brasileiras, encontramos a menor jornada de trabalho em Porto Alegre, o menor salário em João Pessoa, e a menor taxa de ocupação em Florianópolis. Rankings Internacionais Outro critério para se analisar a falta dos médicos é analisar a relação de número de médicos por 100 mil habitantes ou, como adotamos aqui por razão de simplicidade de exposição, o número de habitantes por médico. Começando por um ranking de 174 paises da ONU, verificamos que o Brasil aparece em 84o lugar em termos de número de habitantes por médico, com um médico para cada 870 habitantes, logo abaixo do Peru e acima da Algéria. O líder do ranking é Cuba, com um médico para cada 169 habitantes, e os últimos são Malawi, Nigéria e Tanzânia, com um médico para cada 50 mil habitantes. IDH e Presença de Médicos no Mundo Talvez não seja por coincidência que paises com mais médicos apresentem um IDH mais alto. A geração de médicos necessita de um bom sistema educacional e, além disso, médicos geram saúde e expectativa de vida, outro componente do IDH. E, como este estudo demonstra no contexto brasileiro, médicos geram renda, sendo a carreira universitária que apresenta os maiores salários, taxa de ocupação e jornada de trabalho.

Fonte: Human Development Report

IDH X Habitantes por Médico

y = -0,1003Ln(x) + 1,4534

0,30

0,40

0,50

0,60

0,70

0,80

0,90

1,00

0 10000 20000 30000 40000 50000

Nigeria

BrasilCuba

India

Belgica

Detalhamos a seguir a relação entre os componentes do IDH, como expectativa de vida e PIB per capita, de um lado, e o IDH de outro. A relação entre expectativa de vida e o IDH parece mais forte que entre o PIB e o IDH.

Page 24: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

23

Fonte: Human Development Report

Expectativa de Vida (anos) X Habitantes por Médico

y = -5,8692Ln(x) + 109,96

35,0040,0045,0050,0055,0060,0065,0070,0075,0080,0085,00

0 10000 20000 30000 40000 50000

NigeriaIndia

Belgica

CubaBrasil

Fonte: Human Development Report

PIB per capita X Habitantes por Médico

y = -4470Ln(x) + 43131

0

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

40000

0 10000 20000 30000 40000 50000

NigeriaBrasil

Belgica

India

Cuba

Ranking entre Estados Analisando os dados, apresentamos abaixo ranking dos estados brasileiros baseados nos dados do Datasus de 2005. Os líderes são o Distrito Federal (292 habitantes por médico), seguido de perto pelo Rio de Janeiro (292 habitantes por médico) e mais de longe por São Paulo e Rio Grande do Sul, com 448 e 445, respectivamente. Os últimos do ranking dos estados brasileiros são Maranhão (1786 habitantes por médico), Pará (1351) e Piauí (1282). Ou seja, os dois extremos do ranking estadual do Brasil, chamado de Belíndia por Bacha em referencia a alta desigualdade, estão próximos da Bélgica (223) e Índia (1667). O Brasil aparece em uma posição intermediária. No período de 1990 a 2005, o número de habitantes por médico, segundo os dados do Datasus, cai de 893 para 595, o que equivaleria a uma melhora de 22 posições no último ranking estático internacional.

Page 25: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

24

2005 Unidade da Federação 2005 1990 2005 1990Ranking HAB/MED HAB/MED Ranking Ranking

TOTAL 595 893 8931 Distrito Federal 292 472 1 22 Rio de Janeiro 299 389 2 13 São Paulo 448 667 3 34 Rio Grande do Sul 495 714 4 45 Espírito Santo 575 862 5 56 Minas Gerais 613 1010 6 67 Paraná 654 1087 7 78 Santa Catarina 654 1282 8 129 Goiás 719 1176 9 9

10 Mato Grosso do Sul 746 1250 10 1111 Pernambuco 769 1176 11 812 Rio Grande do Norte 847 1351 12 1413 Paraíba 877 1299 13 1314 Alagoas 877 1235 14 1015 Sergipe 885 1449 15 1516 Mato Grosso 935 1852 16 1817 Roraima 943 4545 17 2718 Tocantins 1031 2128 18 2119 Bahia 1031 1563 19 1620 Amazonas 1087 2128 20 2021 Ceará 1111 1639 21 1722 Amapá 1220 3846 22 2623 Acre 1235 3846 23 2524 Rondônia 1250 2778 24 2325 Piauí 1282 2174 25 2226 Pará 1351 1961 26 1927 Maranhão 1786 2857 27 24

Fonte: Ministério da Saúde - CGRH-SUS/SIRH A Geografia da Medicina Apresentamos abaixo um zoom de mapas refletindo a distribuição espacial relativa de médicos na mesma escala que vão do nível global ao local fluminense e carioca, passando pelas esferas estaduais e municipais. Habitantes por Médico Esfera Mínimo Maximo Mundo 169,20 Cuba 50000,00 Tanzania

UF 56,00 Distrito Federal

342,00 Maranhão

mun. Br e Rio (+ 250 mil Hab)

93,55 Niterói 6878 Belfort Roxo

RAs Cariocas 49,21 Lagoa 4926,70 Pavuna Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados do Censo/IBGE e Human Development Report

Page 26: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

25

Rankings Municipais Discutimos os rankings dos municípios com mais de 250 mil habitantes para dar mais precisão as estimativas, uma vez que a existência de médicos pode ser considerada um evento raro (embora apresentemos também os resultados para os municípios com mais de 100 mil e mais de 200 mil habitantes). Os resultados são surpreendentes à luz daqueles do Rio de Janeiro, em direção ao qual as atenções do país se voltam por força da epidemia de dengue. Entre todos municípios brasileiros, Niterói é também disparado o primeiro no pais (um médico para cada 93,55 habitantes). Vitória é o segundo, com 133 médicos por habitantes, seguido de Porto Alegre, Florianópolis e Ribeirão Preto. A menor estatística entre as cidades com mais de 250 mil habitantes é Belfort Roxo também situada no Estado do Rio de Janeiro (um médico para cada 6.879 habitantes) acompanhado de perto de outros municípios fluminenses como São João do Meriti e Duque de Caxias (com um médico para cada 2.832 e 2.841 habitantes, respectivamente). No caso do Espírito Santo, que tem o segundo município do país com menor número de habitantes por médico (Vitória, com 133) também apresenta o penúltimo desta classe de municípios (Serra, com 3.863 habitantes por médico). Este resultado demonstra que o problema de distribuição espacial de médicos não se dá apenas entre estados, mas também no interior dos estados. O estudo analisa movimentos pendulares dos médicos que moram em um município e trabalham em outro, que se revela de importância neste caso.

Page 27: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

26

Ranking

municípios brasileiros com mais médicos/ população total habitantes

de 250 mil hab habitantes do município por médico

1 RJ Niterói 0,010690 462884 93,55 2 ES Vitória 0,007515 272126 133,07 3 RS Porto Alegre 0,007461 1321886 134,04 4 SC Florianópolis 0,006408 285281 156,06 5 SP Ribeirão Preto 0,005363 478637 186,46 6 MG Belo Horizonte 0,004972 2154161 201,14 7 SP Santos 0,004793 407647 208,62 8 RJ Rio de Janeiro 0,004600 5613897 217,38 9 SP Campinas 0,004567 962996 218,96

10 PE Recife 0,004395 1388193 227,54 11 SP São José do Rio Preto 0,003971 360860 251,82 12 GO Goiânia 0,003898 1073490 256,57 13 SP Jundiaí 0,003855 296994 259,38 14 PB João Pessoa 0,003667 594968 272,67 15 AL Maceió 0,003533 806167 283,06 16 PR Curitiba 0,003451 1618279 289,75 17 SE Aracaju 0,003253 451027 307,45 18 SP São Paulo 0,003229 10009231 309,73 19 DF Brasília 0,003151 2016497 317,41 20 RS Pelotas 0,003061 318895 326,74 21 SP São José dos Campos 0,003007 524806 332,58 22 PA Belém 0,002983 1.200.355 335,20 23 RS Caxias do Sul 0,002974 357044 336,20 24 BA Salvador 0,002970 2331612 336,65 25 MG Uberaba 0,002962 254520 337,56 26 RN Natal 0,002943 699339 339,81 27 MG Juiz de Fora 0,002818 458417 354,81 28 ES Vila Velha 0,002701 325482 370,29 29 SP Sorocaba 0,002685 477927 372,51 30 RJ Petrópolis 0,002513 282182 398,00 31 PR Londrina 0,002439 438704 410,00 32 MT Cuiabá 0,002316 460263 431,77 33 PB Campina Grande 0,002310 356337 432,97 34 MG Uberlândia 0,002201 502416 454,26 35 SP Santo André 0,002151 631727 464,85 36 PI Teresina 0,002072 703796 482,71 37 MS Campo Grande 0,002038 665206 490,56 38 CE Fortaleza 0,002007 2139372 498,34 39 SP Moji das Cruzes 0,001965 347542 508,85 40 PR Maringá 0,001940 292299 515,52 41 SP São Bernardo do Campo 0,001934 742887 516,97 42 SP Piracicaba 0,001832 324211 545,81 43 RJ Campos dos Goytacazes 0,001762 401214 567,49

Page 28: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

27

Ranking (Continuação)

municípios brasileiros com mais médicos/ população total habitantes

de 250 mil hab habitantes do município por médico

44 SC Joinville 0,001760 437487 568,16 45 MG Montes Claros 0,001710 290609 584,73 46 MA São Luís 0,001669 855442 599,05 47 AM Manaus 0,001611 1.285.841 620,88 48 SP Bauru 0,001602 320316 624,40 49 RO Porto Velho 0,001393 314.525 718,09 50 BA Vitória da Conquista 0,001229 257190 813,89 51 PE Olinda 0,001201 356418 832,75 52 SP Franca 0,001150 297352 869,45 53 RJ Nova Iguaçu 0,001084 873583 922,47 54 AP Macapá 0,001078 267140 927,57 55 PE Jaboatão dos Guararapes 0,001052 567728 950,97 56 SP Limeira 0,001011 250267 989,20 57 GO Anápolis 0,001001 287611 998,65 58 PR Foz do Iguaçu 0,000981 268188 1019,73 59 BA Feira de Santana 0,000946 489291 1056,78 60 RS Canoas 0,000928 297270 1077,07 61 BA Ilhéus 0,000900 258917 1111,23 62 PR Ponta Grossa 0,000803 272668 1245,06 63 AC Rio Branco 0,000754 269.180 1326,01 64 SP Osasco 0,000743 671159 1345,01 65 SP Guarulhos 0,000740 1134819 1350,98 66 PE Paulista 0,000727 253149 1375,81 67 PA Ananindeua 0,000669 419.754 1493,79 68 RJ São Gonçalo 0,000664 880561 1505,23 69 MG Contagem 0,000615 529805 1625,17 70 SP Diadema 0,000493 338845 2029,01 71 MG Betim 0,000471 318694 2124,63 72 RJ Duque de Caxias 0,000403 756738 2481,11 73 SP Mauá 0,000389 385178 2567,85 74 SP São Vicente 0,000377 289153 2652,78 75 RJ São João de Meriti 0,000353 441858 2832,42 76 ES Cariacica 0,000336 324660 2978,53 77 SP Carapicuíba 0,000311 366895 3218,38 78 SP Itaquaquecetuba 0,000299 284266 3344,31 79 GO Aparecida de Goiânia 0,000265 343145 3770,82 80 ES Serra 0,000259 312846 3862,30 81 RJ Belford Roxo 0,000145 433348 6878,54

Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados do Censo/IBGE Nas tabelas a seguir avaliamos o número de habitantes por médico no interior dos municípios que ocupam as posições extremas do ranking acima. Em Itaipu (Niterói) o número de habitantes por médicos é de 86. Por outro lado, em Parque São José (Belford Roxo) são 9736 habitantes por médico.

Page 29: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

28

Habitantes por Médico Niterói

Hab / Med Salário

Horas semanais

Itaipu 86 4762.2 51.79 Niterói 96 3498.6 49.26

Belford Roxo

Hab / Med Salário

Horas semanais

Areia Branca 1973 2081.0 41.49 Jardim Redentor -

Lote XV - Nova Aurora -

Parque São José 9734 3991.4 48.00 Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados do Censo/IBGE

Apresentamos abaixo as mesmas evidências para o município do Rio de Janeiro. No topo do ranking está a Lagoa, com 49 habitantes por cada médico. Informações de outros distritos/subdistritos no Rio de Janeiro estão disponíveis no anexo.

Município do Rio de Janeiro

Hab / Med Salário Horas

semanais Lagoa 49 5232.9 47.42 Botafogo 57 4015.4 46.47 Barra da Tijuca 58 5166.5 51.08 Copacabana 64 3568.7 45.61 Tijuca 71 3520.9 48.69 Vila Isabel 83 3620.5 49.36 Santa Teresa 175 3324.2 42.40 Ilha do Governador 210 3306.6 51.07 Méier 222 2997.8 47.73 Jacarepaguá 325 3311.1 51.01 Rio Comprido 341 2749.6 42.91 Inhaúma 570 2556.8 47.96 Irajá 585 2901.9 48.54 Madureira 940 2166.5 47.67 Penha 1098 2285.4 43.14 Ramos 1184 2872.1 48.77 Campo Grande 1285 2812.9 50.02 Centro 1349 1783.6 38.78 Realengo 1504 2517.6 50.36 Portuária 1599 1694.0 31.12 São Cristovão 1810 2084.4 46.29 Anchieta 2118 2867.9 47.20 Bangu 2748 1919.5 46.73 Cidade de Deus 3456 399.14 45.00 Santa Cruz 4511 2522.8 53.80 Guaratiba 4819 1563.7 33.14 Pavuna 4927 1345.6 52.84 Complexo do Alemão - Ilha de Paquetá - Jacarezinho - Maré - Rocinha -

Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados do Censo/IBGE

Page 30: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

29

Movimentos Pendulares Residência-Trabalho Em seguida fizemos um zoom para captamos um tipo de deslocamento dos médicos fluminenses algumas vezes necessário para esses profissionais, o de casa ao trabalho ente diferentes municípios. Ou seja, os médicos também são profissionais que em geral trabalham em localidades diferentes a de residência. No estado do Rio de Janeiro, 81, 88% dos médicos trabalham no mesmo município em que residem. Dos que se deslocam, grande parte trabalham no município do Rio de Janeiro (44,97% dos que se deslocam), seguido de Niterói (6,6%) e São Gonçalo (6,13%). A tabela a seguir sintetiza a perda dos médicos dos municípios de residência função destes movimentos pendulares casa-trabalho-casa que são detalhados nas tabelas mais detalhadas a seguir: Médicos Residentes no Estado do Rio de Janeiro

Perda Líquida de Médicos por Movimentos Pendulares Residência-Trabalho - %

Pontos de Porcentagem

Variação Percentual

Rio de Janeiro 8,01 11,77 Niterói 4,70 38,00 Nova Iguaçu 0,37 16,09 Petrópolis 0,26 14,21 Campos dos Goytacazes 0,28 15,73 São Gonçalo -0,04 -2,76 Volta Redonda 0,10 7,63 Nova Friburgo 0,05 5,62 Teresópolis 0,22 24,72 Duque de Caxias -0,33 -45,21

Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados do Censo/IBGE Os municípios com mais médicos do Rio de Janeiro tendem a perder em termos líquidos profissionais de saúde. No caso do Rio de Janeiro a queda é de 11,77% dos seus médicos (ou 8 pontos de porcentagem da composição estadual). Niterói a líder brasileira em médicos por habitantes perde 38% de seus médicos durante o dia (ou 4,7 pontos de porcentagem da composição estadual). Isto significa que a taxa real de habitantes por profissionais que ali trabalham em Niterói é de 129 habitantes por médico e não os 93 as estatística calculada em cima dos médicos residentes. De qualquer forma, como o número dos outros municípios a com a maior presença de médicos é 42% acima a começar por Vitória (133). De fato quando se aplica procedimento semelhante aos municípios capixabas não se observa inversão da posição de liderança do ranking de Niterói pois Vitória perde em termos líquidos 1,78% de seus médicos em movimentos casa-trabalho-casa. Serra que ocupa a posição logo a seguir do ranking das cidades com mais de 250 mil habitantes também pouco muda função de movimentos pendulares perda líquida de 0,93% de seus médicos. O município capixaba que se destaca é Vila Velha onde nada menos que 46,2% de seus médicos trabalham em outros municípios. A proporção de Belfort Roxo na população médica do estado praticamente dobra (sobre 85%) quando passamos do critério de município de residência para o município que trabalha praticamente igualando a escassez absoluta de médicos do município de Serra no Espírito do Santo.

Page 31: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

30

Médicos Residente s no Estado do Rio de JaneiroMUNICÍPIO E UF OU PAÍS ESTRANGEIRO QUE TRABALHA OU ESTUDA %

MUNICÍPIO DE RESIDÊNCIA

%

1 RIO DE JANEIRO 60,04 1 Rio de Janeiro 68,052 NITEROI 7,67 2 Niterói 12,37

3 NOVA IGUACU 1,93 3 Nova Iguaçu 2,34 PETROPOLIS 1,57 4 Petrópolis 1,835 CAMPOS DOS GOYTACAZES 1,50 5 Campos dos Goytacazes 1,78

6 SAO GONCALO 1,49 6 São Gonçalo 1,45

7 VOLTA REDONDA 1,21 7 Volta Redonda 1,31

8 DUQUE DE CAXIAS 1,06 8 Nova Friburgo 0,89

9 NOVA FRIBURGO 0,84 9 Teresópolis 0,89

10 TERESOPOLIS 0,67 10 Duque de Caxias 0,7311 CABO FRIO 0,66 11 Cabo Frio 0,6512 MACAE 0,62 12 Barra Mansa 0,5613 RESENDE 0,55 13 Macaé 0,5514 BARRA MANSA 0,45 14 Resende 0,5515 SAO JOAO DE MERITI 0,45 15 São João de Meriti 0,3616 ANGRA DOS REIS 0,31 16 Itaperuna 0,3217 ITABORAI 0,30 17 Valença 0,3218 ITAPERUNA 0,27 18 Barra do Piraí 0,3119 BARRA DO PIRAI 0,26 19 Angra dos Reis 0,2520 BELFORD ROXO 0,26 20 Itaboraí 0,2521 ARARUAMA 0,20 21 Saquarema 0,2422 NILOPOLIS 0,20 22 Três Rios 0,2423 TRES RIOS 0,20 23 Maricá 0,2324 VALENCA 0,18 24 Araruama 0,225 ARMACAO DOS BUZIOS 0,16 25 Magé 0,1926 RIO BONITO 0,16 26 Rio Bonito 0,1727 SAO PAULO 0,16 27 Rio das Ostras 0,1728 MAGE 0,15 28 Nilópolis 0,1629 SANTO ANTONIO DE PADUA 0,14 29 Santo Antônio de Pádua 0,1630 MARICA 0,13 30 Vassouras 0,1631 RIO DAS OSTRAS 0,12 31 Itatiaia 0,1532 SAQUAREMA 0,12 32 Armação dos Búzios 0,1433 PARACAMBI 0,11 33 Belford Roxo 0,1434 CANTAGALO 0,10 34 Bom Jesus do Itabapoana 0,1335 VASSOURAS 0,10 35 Itaguaí 0,1336 RIO DE JANEIRO - SEM ESPECIFICACAO 0,09 36 Seropédica 0,1237 BOM JESUS DO ITABAPOANA 0,09 37 Paraíba do Sul 0,1138 PARAIBA DO SUL 0,08 38 Guapimirim 0,0939 ITAGUAI 0,07 39 Queimados 0,0940 ITATIAIA 0,07 40 Miguel Pereira 0,0841 PIRAI 0,07 41 Piraí 0,0742 SEROPEDICA 0,07 42 Rio Claro 0,0743 NATIVIDADE 0,06 43 Cantagalo 0,0644 SAO JOSE DO VALE DO RIO PRETO 0,06 44 Iguaba Grande 0,0645 SAO PEDRO DA ALDEIA 0,06 45 Natividade 0,0646 BRASILIA 0,06 46 Cordeiro 0,0547 BELO HORIZONTE 0,05 47 Engenheiro Paulo de Frontin 0,0548 MIGUEL PEREIRA 0,05 48 Japeri 0,0549 OLINDA 0,04 49 Parati 0,0550 CARMO 0,04 50 São Fidélis 0,0551 GUAPIMIRIM 0,04 51 Arraial do Cabo 0,0452 JAPERI 0,04 52 Carmo 0,0453 MIRACEMA 0,04 53 Miracema 0,0454 PINHEIRAL 0,04 54 Paracambi 0,0455 PORTO REAL 0,04 55 São Pedro da Aldeia 0,0456 QUEIMADOS 0,04 56 Italva 0,0357 SÃO PAULO - SEM ESPECIFICACAO 0,04 57 Porciúncula 0,03

Page 32: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

31

Médicos Residentes n o Estado do Espírito SantoMUNICÍPIO E UF OU PAÍS ESTRANGEIRO QUE TRABALHA OU ESTUDA

%MUNICÍPIO DE RESIDÊNCIA

%

1 VITORIA 47,01 1 Vitória 47,862 VILA VELHA 11,38 2 Vila Velha 21,15

3 COLATINA 4,12 3 São Mateus 3,92

4

SAO MATEUS

3,92 4

Cachoeiro de Itapemirim

3,865 CARIACICA 3,38 5 Colatina 3,676 CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM 3,36 6 Cariacica 2,457 SERRA 2,12 7 Linhares 2,368 LINHARES 1,93 8 Serra 2,149 GUARAPARI 1,28 9 Guarapari 1,3810 RIO DE JANEIRO 1,18 10 Iúna 1,2911 SAO PAULO 1,04 11 Aracruz 0,6212 ARACRUZ 1,00 12 Nova Venécia 0,5713 BELO HORIZONTE 0,70 13 Venda Nova do Imigrante 0,5214 MUNIZ FREIRE 0,69 14 São Gabriel da Palha 0,5015 IUNA 0,60 15 Guaçuí 0,4916 VENDA NOVA DO IMIGRANTE 0,52 16 Piúma 0,4917 FUNDAO 0,51 17 Santa Maria de Jetibá 0,4618 ANCHIETA 0,47 18 Alegre 0,4519 SANTA MARIA DE JETIBA 0,46 19 Montanha 0,4320 NOVA VENECIA 0,42 20 Fundão 0,4221 BOA ESPERANCA 0,41 21 Anchieta 0,3722 IBATIBA 0,35 22 Muniz Freire 0,3423 ICONHA 0,30 23 Domingos Martins 0,3124 GUACUI 0,28 24 Pedro Canário 0,2625 PIUMA 0,27 25 Afonso Cláudio 0,2526 BRASILIA 0,27 26 Pancas 0,2427 PEDRO CANARIO 0,26 27 Barra de São Francisco 0,2328 AFONSO CLAUDIO 0,25 28 Apiacá 0,2129 SAO GABRIEL DA PALHA 0,25 29 Baixo Guandu 0,2130 PANCAS 0,24 30 Mimoso do Sul 0,2031 PINHEIROS 0,24 31 Santa Teresa 0,1932 ALEGRE 0,23 32 Iconha 0,1633 BARRA DE SAO FRANCISCO 0,23 33 Bom Jesus do Norte 0,1534 ECOPORANGA 0,22 34 Marataízes 0,1535 APIACA 0,21 35 Rio Novo do Sul 0,1536 BAIXO GUANDU 0,21 36 Viana 0,1537 RIO BANANAL 0,21 37 Jerônimo Monteiro 0,1438 MACAE 0,21 38 Laranja da Terra 0,1439 MIMOSO DO SUL 0,20 39 Presidente Kennedy 0,1340 MONTANHA 0,19 40 Alfredo Chaves 0,1241 SANTA TERESA 0,19 41 Boa Esperança 0,1242 NITEROI 0,19 42 Mantenópolis 0,1243 BOM JESUS DO NORTE 0,15 43 Vargem Alta 0,1244 ITAPEMIRIM 0,15 44 Itaguaçu 0,1145 RIO NOVO DO SUL 0,15 45 Itarana 0,1146 VIANA 0,15 46 Ibiraçu 0,1047 JERONIMO MONTEIRO 0,14 47 Conceição do Castelo 0,0948 LARANJA DA TERRA 0,14 48 João Neiva 0,09

Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados do Censo/IBGE

Page 33: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

32

IDH e Presença de Médicos Talvez não por coincidência Niterói, a líder nacional dos médicos, apresente o segundo IDH do país. Gerar médicos necessita de um bom sistema educacional, médicos geram saúde e expectativa de vida, outro componente do IDH. E como este estudo demonstra médicos geram renda é a carreira universitária que apresenta as maiores rendas, taxa de ocupação e jornada de trabalho.

Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados do Censo.

Resultado menos marcado é encontrado quando levamos em conta o salário-hora do medico. As localidades onde os médicos ganham mais por cada hora trabalhada também tendem a apresentar maior IDH.

IDH = 16.231 SalHor + 0.7432

R2 = 0.4207

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1

0.0 5.0 10.0 15.0 20.0 25.0 30.0 35.0 40.0 45.0 50.0 55.0 60.0

Cordeiro

Estado do Rio de Janeiro

Salário-Hora dos Médicos x IDH

Fonte: CPS/IBRE/FGV processando os microdados do Censo Demográfico / IBGE Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados do Censo.

Estado do Rio de Janeiro

IDH = 16.231Med/Hab + 0.7432R2 = 0.4207

0.5

0.60.7

0.80.9

1

0.000 0.002 0.004 0.006 0.008 0.010 0.012 0.014

Niterói

Varre-Sai

Médicos x IDH

Fonte: CPS/IBRE/FGV processando os microdados do Censo Demográfico / IBGE

Page 34: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

33

Ranking municipais trabalhistas dos médicos por estado . http://www3.fgv.br/ibrecps/medicos/rankings/ocupados.htm http://www3.fgv.br/ibrecps/medicos/rankings/salhora.htm http://www3.fgv.br/ibrecps/medicos/rankings/salario.htm http://www3.fgv.br/ibrecps/medicos/rankings/hora.htm Quando ampliamos a amostra e analisamos municípios com mais de 100 mil habitantes, o topo do ranking se mantém, mas na cauda despontam municípios em áreas mais distantes como Colombo (18535 médicos por habitantes). Médicos Sem Fronteiras A crônica falta de médicos em determinadas localidades ocorre apesar do fato desses profissionais possuírem altas taxas de deslocamento para outros estados e municípios. Os gráficos a seguir mostram que os médicos são os que mais migram para outras localidades, apenas 73,62% deles são nativos dos Estados que residem atualmente. Quando olhamos em nível municipal esse percentual e ainda menor (apenas 43,63%).

Panorama – Nativo do Estado (%)

73.62

77.66

80.99

79.94

76.41

79.96

Medicina EngenhariaCivil

Direito Administração CiênciasEconômicas

ComunicaçãoSocial

Fonte: CPS/IBRE/FGV processando os microdados do Censo Demográfico / IBGE www.fgv.br/cps

Page 35: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

34

Panorama – Nativo do Município (%)

As tabelas a seguir ilustram que o grande estado fornecedor de nativos para exercerem o ofício médico em outros estados é Minas Gerais e o maior estágio anterior de migração dos médicos é São Paulo. RETRATO DE MIGRAÇÃO DOS MÉDICOS

Por Origem de Nascimento População Amostra População % Salário Horas

semanais

total 263831 26915 100.00 5655.1 50.06 UF de nascimento NATIVO

192472 19600 72.95 5524.8 49.88

MINAS GERAIS 10287 1037 3.90 6234.4 51.50 SÃO PAULO 8531 896 3.23 6152.1 51.20 RIO DE JANEIRO 7160 734 2.71 6128.9 48.88 RIO GRANDE DO SUL 4611 495 1.75 5744.4 51.14 PARANÁ 3650 375 1.38 6441.0 53.10 PERNAMBUCO 3151 317 1.19 6072.0 47.64 PARAÍBA 2859 287 1.08 8207.1 50.25 BAHIA 2713 276 1.03 5369.0 48.93 PARÁ 2329 225 0.88 5712.4 50.94 GOIÁS 2215 225 0.84 6206.5 51.52 CEARÁ 2153 214 0.82 8565.2 50.20 SANTA CATARINA 1920 202 0.73 6113.1 48.73

43.63

49.0251.47 53.21

48.41

56.54

Medicina EngenhariaCivil

Direito Administração CiênciasEconômicas

ComunicaçãoSocial

Fonte: CPS/IBRE/FGV processando os microdados do Censo Demográfico / IBGE www.fgv.br/cps

Page 36: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

35

ESPÍRITO SANTO 1694 172 0.64 5865.8 52.33

ALAGOAS 1448 150 0.55 6060.0 49.77

MARANHÃO 1358 138 0.51 5265.0 49.94 PIAUÍ 1191 118 0.45 5816.0 48.38 BOLÍVIA 1178 129 0.45 4550.5 53.54 RIO GRANDE DO NORTE 1065 107 0.40 5106.0 50.37 PORTUGAL 903 93 0.34 5394.0 52.27 SERGIPE 883 82 0.33 6207.4 52.11 MATO GROSSO DO SUL 748 77 0.28 5621.7 51.52 ARGENTINA 675 70 0.26 4828.5 48.19 AMAZONAS 651 69 0.25 4915.0 46.46 PERU 613 62 0.23 4256.6 50.04 COLOMBIA 511 51 0.19 4625.0 49.92 ITÁLIA 507 54 0.19 7827.2 47.13 MATO GROSSO 473 49 0.18 5813.4 48.41 DISTRITO FEDERAL 410 42 0.16 3809.1 52.33 JAPÃO 343 35 0.13 3792.1 54.33 ALEMANHA 310 32 0.12 4449.7 52.41 ESPANHA 305 33 0.12 6861.2 47.06 CHILE 301 28 0.11 2816.7 49.02 URUGUAI 280 31 0.11 5489.9 48.23 CUBA 249 33 0.09 2926.5 41.88 PARAGUAI 233 22 0.09 4800.0 49.49 CHINA 214 22 0.08 4411.5 55.30 ACRE 200 20 0.08 4631.7 47.87

Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados do Censo Demográfico/IBGE

Page 37: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

36

RETRATO DE MIGRAÇÃO DOS MÉDICOS

Por Residência Anterior

População Amostra População % Salário Horas semanais

Total 263831 26915 100.00 5655.1 50.06 NATIVO 231535 23584 87.76 5757.0 49.79 SÃO PAULO 5314 545 2.01 5680.5 50.89

RIO DE JANEIRO 3980 413 1.51 5298.6 52.56

MINAS GERAIS 2842 290 1.08 5063.5 53.26

Ignorado 2173 229 0.82 5002.9 51.55 RIO GRANDE DO SUL 1663 176 0.63 4638.1 55.18

PARANÁ 1430 150 0.54 4856.0 54.10

PARÁ 1107 109 0.42 4788.9 56.97

GOIÁS 1083 110 0.41 4777.5 50.29

BAHIA 1077 107 0.41 4898.9 50.65 DISTRITO FEDERAL 974 98 0.37 4852.1 53.53

PERNAMBUCO 880 91 0.33 5098.9 46.90

ESPÍRITO SANTO 755 77 0.29 4650.7 56.28

SANTA CATARINA 674 71 0.26 3707.4 52.03

PARAÍBA 656 68 0.25 4237.3 48.27

CEARÁ 604 61 0.23 3072.3 47.77

ESTADOS UNIDOS 595 58 0.23 6833.2 50.33

ALAGOAS 552 61 0.21 3921.5 48.82

PIAUÍ 427 43 0.16 5049.9 53.01

AMAZONAS 416 42 0.16 5020.4 51.53

MARANHÃO 393 38 0.15 4336.3 52.05

MATO GROSSO 378 45 0.14 5365.6 53.14 MATO GROSSO DO SUL 354 38 0.13 5359.3 51.95

COLOMBIA 334 32 0.13 3973.3 45.98 RIO GRANDE DO NORTE 311 31 0.12 3779.9 55.80

ARGENTINA 297 32 0.11 3703.5 47.56

SERGIPE 270 25 0.10 5152.5 56.00

RONDÔNIA 269 28 0.10 3242.7 46.67

BOLÍVIA 229 25 0.09 2563.3 53.10

GRÃ-BRETANHA 180 17 0.07 6391.0 43.53

ALEMANHA 175 18 0.07 4775.0 54.71 CUBA 174 24 0.07 2883.6 41.09 FRANÇA 173 17 0.07 4655.9 58.67

Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados do Censo Demográfico/IBGE

Page 38: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

37

Médicos em Atividade Em seção posterior analisamos através do Censo 2000 os egressos da carreira universitária de medicina o que nos propiciará enfocar a taxe de ocupação e atividade além de uma maior abertura espacial dos dados. Trabalhamos agora com a última PNAD disponível enfocando a profissão ativa de médico no mercado de trabalho de 2006. Senão vejamos: Rankings de Escassez Trabalhista (Comparativos com Outras Ocupações) No ranking de todas as profissões com alguma densidade amostral (aqui arbitradas como populações acima de 75 mil indivíduos ativos, os médicos figuram como a quarta ocupação em carga de trabalho semanal: 50,32 horas sendo apenas superado por dirigentes de empresas maiores e condutores de veículos particular e de transporte de mercadorias. Estes com 51,5 horas semanais. No extremo oposto do ranking encontramos músicos e cantores populares e vendedores a domicílios com menos de 24 horas semanais cada.

Ranking de Horas Semanais de todos os trabalhos - População por Ocupação

Horas Semanais de todos

os trabalhos

Total Ranking 40.31 Ocupações 7825 Condutores de veículos sobre rodas (distribuidor de mercadorias) 1 51,52 1219 Dirigentes de empresas - empregadores com mais de 5 empregados 2 50,83 7823 Condutores de veículos sobre rodas (transporte particular) 3 50,32 2231 Médicos 4 50,14 9921 Trabalhadores elementares de serviços de manutenção 5 49,58 1310 Gerentes de produção e operações 6 49,54 6410 Trabalhadores da mecanização agropecuária 7 48,37 8485 Magarefes e afins 8 48,18 7824 Condutores de veículos sobre rodas (transporte coletivo) 9 47,74 5221 Repositores e remarca dores do comércio 10 47,74 5174 Guardas e vigias 11 47,15 0413 Cabos e soldados da polícia militar 12 47,11 7151 Trabalhadores de terraplenagem e fundações 13 47,02 5112 Fiscais e cobradores dos transportes públicos 14 46,85 9531 Eletricistas-eletrônicos de manutenção veicular (aérea, terrestre e naval) 15 46,83 7820 Condutores e operadores polivalentes 16 46,62 5173 Vigilantes e guardas de segurança 17 46,43 2235 Enfermeiros de nível superior e afins 18 46,20 5133 Camareiros, roupeiros e afins 19 46,17 9913 Mantenedores de carroçarias de veículos 20 46,16 7741 Montadores de móveis e artefatos de madeira 21 45,92 5134 Garçons, barmen e copeiros 22 45,78 4211 Caixas e bilheteiros (exceto caixas de banco) 23 45,77 7731 Operadores de máquinas de desdobramento de madeiras 24 45,65 9144 Mecânicos de manutenção de veículos automotores 25 45,59 7822 Operadores de equipamentos de movimentação de cargas 26 45,51 7102 Supervisores da construção civil 27 45,15 7165 Aplicadores de revestimentos cerâmicos, pastilhas, pedras e madeiras 28 45,02 1320 Gerentes de áreas de apoio 29 45,01 7711 Marceneiros e afins 30 44,80 7152 Trabalhadores de estruturas de alvenaria 31 44,73 8281 Trabalhadores artesanais de materiais de construção 32 44,56 8117 Operadores de instalações e máquinas de produtos plásticos, de borracha e parafinas 33 44,48

Page 39: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

38

7321 Instaladores-reparadores de linhas e cabos elétricos, telefônicos e de comunicação de dados 34 44,48 8491 Trabalhadores de fabricação e conservação de alimentos (inclusive artesanais) 35 44,48 7244 Trabalhadores de caldeiraria e serralheria 36 44,40 4141 Almoxarifes e armazenistas 37 44,37 5191 Entregadores externos (exceto carteiros) 38 44,29 7212 Preparadores e operadores de máquinas - ferramenta convencional 39 44,20 0200 Militares do exército 40 44,19 4142 Escriturários de apoio à produção 41 44,15 7243 Trabalhadores de soldagem e corte de metais e de compósitos 42 44,13 7213 Operadores de usinagem convencional (produção em série) 43 44,08 7155 Trabalhadores de montagem de estruturas de madeira, metal e compósitos (obras civis e afins) 44 44,02 5172 Policiais e guardas de trânsito 45 44,02 3912 Técnicos de controle de produção 46 44,00 7641 Trabalhadores da preparação da confecção de calçados 47 43,90 6129 Produtores agrícolas 48 43,89 3131 Técnicos em eletricidade e eletrotécnicos 49 43,87 5211 Vendedores e demonstradores em lojas ou mercados 50 43,86 1230 Diretores de áreas de apoio 51 43,60 7233 Trabalhadores de pintura de equipamentos, veículos, estruturas metálicas e de compósitos 52 43,59 3222 Técnicos e auxiliares de enfermagem 53 43,57 2142 Engenheiros civis e afins 54 43,57 7311 Montadores de equipamentos eletroeletrônicos 55 43,56 7652 Trabalhadores da fabricação de artefatos de tecidos e couros 56 43,56 9113 Mecânicos de manutenção de máquinas industriais 57 43,44 3546 Corretores de imóveis 58 43,42 7166 Pintores de obras e revestidores de interiores (revestimentos flexíveis) 59 43,34 4102 Supervisores de serviços contábeis, financeiros e de controle 60 43,26 7832 Trabalhadores de cargas e descargas de mercadorias 61 42,95 7841 Trabalhadores de embalagem e de etiquetagem 62 42,84 7662 Trabalhadores da impressão gráfica 63 42,65 2124 Analistas de sistemas 64 42,63 7170 Ajudantes de obras civis 65 42,51 1220 Diretores de áreas de produção e operações 66 42,51 3511 Técnicos em contabilidade 67 42,51 3134 Técnicos em eletrônica 68 42,44 7156 Trabalhadores de instalações elétricas 69 42,43 6139 Produtores na pecuária 70 42,37 3541 Representantes comerciais e técnicos de vendas 71 42,34 7241 Encanadores e instaladores de tubulações 72 42,20 4132 Escriturários de finanças 73 42,01 2522 Contadores e auditores 74 41,94 4101 Supervisores de serviços administrativos (exceto contabilidade e controle) 75 41,83 9511 Eletricistas-eletrônicos de manutenção industrial 76 41,83 5151 Atendentes de enfermagem, parteiras práticas e afins 77 41,62 2232 Cirurgiões-dentistas 78 41,50 4214 Cobradores e afins (exceto nos transportes públicos) 79 41,46 7630 Trabalhadores polivalentes das indústrias da confecção de roupas 80 41,26 3189 Desenhistas técnicos e modelistas 81 41,08 5132 Cozinheiros 82 41,07 5141 Trabalhadores nos serviços de administração de edifícios 83 41,01 8493 Padeiros, confeiteiros e afins e operadores na fabricação de pães, massas e doces 84 40,88 2531 Profissionais de marketing, publicidade e comercialização 85 40,73 2521 Administradores 86 40,72 4221 Recepcionistas 87 40,71 4123 Contínuos 88 40,61 5162 Atendentes de creche e acompanhantes de idosos 89 40,53 4131 Escriturários de contabilidade 90 40,38

Page 40: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

39

5142 Trabalhadores nos serviços de manutenção e conservação de edifícios e logradouros 91 40,36 3171 Técnicos em programação 92 40,19 1123 Dirigentes das áreas de apoio da administração pública 93 40,06 3522 Agentes da saúde e do meio ambiente 94 40,02 2410 Advogados 95 39,70 4110 Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos 96 39,68 2523 Secretárias executivas e bilingües 97 39,65 7632 Operadores de máquinas de costura de roupas 98 39,58 5199 Outros trabalhadores dos serviços 99 39,31 4121 Secretários de expediente e estenógrafos 100 39,20 3513 Técnicos em administração 101 38,84 4122 Operadores de máquinas de escritório 102 38,51 6329 Extrativistas florestais 103 38,50 5242 Vendedores em quiosques e barracas 104 38,48 2631 Ministros de cultos religisos, missionários e afins 105 38,47 4223 Operadores de telemarketing 106 38,43 2141 Arquitetos 107 38,39 2394 Programadores, avaliadores e orientadores de ensino 108 38,22 3514 Serventuários da justiça e afins 109 37,95 7613 Operadores de tear e máquinas similares 110 37,89 6319 Pescadores e caçadores 111 37,62 4222 Telefonistas 112 37,61 2340 Professores do ensino superior 113 37,54 4151 Escriturários de serviços de biblioteca e documentação 114 37,34 5192 Catadores de sucata 115 37,26 4212 Caixas de banco e operadores de câmbio 116 37,08 2321 Professores (com formação de nível superior) de disciplinas da educação geral do ensino médio 117 36,86 3341 Inspetores de alunos e afins 118 36,85 5161 Trabalhadores nos serviços de higiene e embelezamento 119 36,79 5121 Trabalhadores dos serviços domésticos em geral 120 36,68 2312 Professores (com formação de nível superior) de disciplinas da educação geral de 1a à 4a séries do ensino fundamental

121 35,63

2516 Assistentes sociais e economistas domésticos 122 35,54 3771 Técnicos esportivos 123 35,18 2313 Professores (com formação de nível superior) de disciplinas da educação geral de 5a à 8a séries do ensino fundamental

124 35,13

8411 Moleiros 125 34,78 2236 Fisioterapeutas e afins 126 33,82 5243 Vendedores ambulantes 127 33,74 7633 Operadores de máquinas de costuras - acabamento de roupas 128 33,37 2625 Desenhistas industriais (designer), escultores, pintores e afins 129 32,79 2515 Psicólogos e psicanalistas 130 32,77 6210 Trabalhadores na agropecuária em geral 131 32,56 3311 Professores (com formação de nível médio) na educação infantil 132 31,98 6229 Trabalhadores agrícolas 133 31,13 3312 Professores (com formação de nível médio) no ensino fundamental 134 30,45 5169 Tintureiros, lavadeiros e afins, à máquina e à mão 135 29,36 3321 Professores leigos na educação infantil e no ensino fundamental 136 28,11 3331 Instrutores e professores de escolas livres 137 27,15 6239 Trabalhadores na pecuária 138 26,64 7681 Trabalhadores artesanais da tecelagem 139 24,99 3762 Músicos e cantores populares 140 23,17 5241 Vendedores a domicílio 141 22,90

Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE 2006.

Os médicos são conhecidos por possuírem mais de um emprego o que pode implicar em perdas adicionais no transporte de ida e de volta ao trabalho. De fato, os médicos ocupam

Page 41: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

40

com uma boa folga o topo do ranking daqueles com mais de um emprego: 47,91% deles possuem mais de um emprego contra 25,08% do professores de disciplinas no ensino médio. Nas oito primeira posições do ranking de múltipla inserção trabalhista figuram profissionais das áreas médica e de ensino.

% Mais de 1 Emprego - População por Ocupação Mais de 1 Emprego

Total Ranking 4,99%

Médicos 1 47,91% 2321 Professores (com formação de nível superior) de ensino médio 2 25,08% 2232 Cirurgiões-dentistas 3 25,07% 2340 Professores do ensino superior 4 24,57% 2313 Professores (com formação de nível superior) de 5a à 8a séries do ensino fundamental 5 23,17% 2312 Professores (com formação de nível superior) de 1a à 4a séries do ensino fundamental 6 22,84% 2235 Enfermeiros de nível superior e afins 7 22,30% 2236 Fisioterapeutas e afins 8 20,13% 1220 Diretores de áreas de produção e operações 9 20,07% 3771 Técnicos esportivos 10 18,93% 8411 Moleiros 11 17,44% 2394 Programadores, avaliadores e orientadores de ensino 12 17,32% 2515 Psicólogos e psicanalistas 13 15,97% 3762 Músicos e cantores populares 14 14,80% 3222 Técnicos e auxiliares de enfermagem 15 13,41% 6129 Produtores agrícolas 16 13,15% 3312 Professores (com formação de nível médio) no ensino fundamental 17 12,18% 3331 Instrutores e professores de escolas livres 18 12,02% 1123 Dirigentes das áreas de apoio da administração pública 19 11,88% 3311 Professores (com formação de nível médio) na educação infantil 20 11,47% 6139 Produtores na pecuária 21 10,95% 0413 Cabos e soldados da polícia militar 22 10,40% 3321 Professores leigos na educação infantil e no ensino fundamental 23 9,82% 7681 Trabalhadores artesanais da tecelagem 24 9,80% 2410 Advogados 25 9,72% 2516 Assistentes sociais e economistas domésticos 26 9,31% 5172 Policiais e guardas de trânsito 27 8,85% 5151 Atendentes de enfermagem, parteiras práticas e afins 28 8,67% 5241 Vendedores a domicílio 29 8,17% 2142 Engenheiros civis e afins 30 8,13% 3522 Agentes da saúde e do meio ambiente 31 7,60% 2141 Arquitetos 32 7,46% 6319 Pescadores e caçadores 33 7,40% 2631 Ministros de cultos religiosos, missionários e afins 34 7,24% 5174 Guardas e vigias 35 7,07% 7630 Trabalhadores polivalentes das indústrias da confecção de roupas 36 6,97% 2124 Analistas de sistemas 37 6,86% 3341 Inspetores de alunos e afins 38 6,86% 2531 Profissionais de marketing, publicidade e comercialização 39 6,83% 1219 Dirigentes de empresas - empregadores com mais de 5 empregados 40 6,64% 6329 Extrativistas florestais 41 6,60% 1230 Diretores de áreas de apoio 42 6,34% 7652 Trabalhadores da fabricação de artefatos de tecidos e couros 43 6,24% 2522 Contadores e auditores 44 6,15% 1310 Gerentes de produção e operações 45 6,14% 5141 Trabalhadores nos serviços de administração de edifícios 46 6,12%

Page 42: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

41

5161 Trabalhadores nos serviços de higiene e embelezamento 47 6,09% 5173 Vigilantes e guardas de segurança 48 5,82% 4214 Cobradores e afins (exceto nos transportes públicos) 49 5,77% 2625 Desenhistas industriais (designer), escultores, pintores e afins 50 5,72% 3511 Técnicos em contabilidade 51 5,64% 3546 Corretores de imóveis 52 5,62% 3134 Técnicos em eletrônica 53 5,59% 4122 Operadores de máquinas de escritório 54 5,48% 1320 Gerentes de áreas de apoio 55 5,39% 4123 Contínuos 56 5,34% 7633 Operadores de máquinas de costuras - acabamento de roupas 57 5,10% 5243 Vendedores ambulantes 58 4,92% 5242 Vendedores em quiosques e barracas 59 4,78% 9921 Trabalhadores elementares de serviços de manutenção 60 4,45% 7823 Condutores de veículos sobre rodas (transporte particular) 61 4,37% 4222 Telefonistas 62 4,28% 7824 Condutores de veículos sobre rodas (transporte coletivo) 63 4,20% 4121 Secretários de expediente e estenógrafos 64 4,07% 7166 Pintores de obras e revestidores de interiores (revestimentos flexíveis) 65 4,06% 5134 Garçons, barmen e copeiros 66 3,93% 4110 Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos 67 3,90% 5142 Trabalhadores nos serviços de manutenção e conservação de edifícios e logradouros 68 3,89% 7311 Montadores de equipamentos eletroeletrônicos 69 3,85% 5169 Tintureiros, lavadeiros e afins, à máquina e à mão 70 3,80% 5192 Catadores de sucata 71 3,70% 6210 Trabalhadores na agropecuária em geral 72 3,69% 3541 Representantes comerciais e técnicos de vendas 73 3,64% 8485 Magarefes e afins 74 3,64% 4212 Caixas de banco e operadores de câmbio 75 3,64% 9113 Mecânicos de manutenção de máquinas industriais 76 3,63% 4101 Supervisores de serviços administrativos (exceto contabilidade e controle) 77 3,51% 5132 Cozinheiros 78 3,48% 2521 Administradores 79 3,48% 8493 Padeiros, confeiteiros e afins e operadores na fabricação de pães, massas e doces 80 3,38% 3513 Técnicos em administração 81 3,37% 3171 Técnicos em programação 82 3,34% 7632 Operadores de máquinas de costura de roupas 83 3,31% 7321 Instaladores-reparadores de linhas e cabos elétricos, telefônicos e de comunicação de dados 84 3,28% 3189 Desenhistas técnicos e modelistas 85 3,23% 9531 Eletricistas-eletrônicos de manutenção veicular (aérea, terrestre e naval) 86 3,22% 4151 Escriturários de serviços de biblioteca e documentação 87 3,21% 4221 Recepcionistas 88 3,18% 7711 Marceneiros e afins 89 3,15% 5211 Vendedores e demonstradores em lojas ou mercados 90 3,05% 5162 Atendentes de creche e acompanhantes de idosos 91 3,02% 7741 Montadores de móveis e artefatos de madeira 92 3,00% 7820 Condutores e operadores polivalentes 93 2,97% 3514 Serventuários da justiça e afins 94 2,95% 6410 Trabalhadores da mecanização agropecuária 95 2,90% 9913 Mantenedores de carroçarias de veículos 96 2,88% 8281 Trabalhadores artesanais de materiais de construção 97 2,82% 7155 Trabalhadores de montagem de estruturas de madeira, metal e compósitos (obras civis e afins) 98 2,76% 7156 Trabalhadores de instalações elétricas 99 2,70% 5199 Outros trabalhadores dos serviços 100 2,69% 0200 Militares do exército 101 2,61% 2523 Secretárias executivas e bilingües 102 2,56% 4131 Escriturários de contabilidade 103 2,54%

Page 43: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

42

7241 Encanadores e instaladores de tubulações 104 2,52% 7152 Trabalhadores de estruturas de alvenaria 105 2,48% 7165 Aplicadores de revestimentos cerâmicos, pastilhas, pedras e madeiras 106 2,45% 9511 Eletricistas-eletrônicos de manutenção industrial 107 2,40% 7244 Trabalhadores de caldeiraria e serralheria 108 2,37% 5121 Trabalhadores dos serviços domésticos em geral 109 2,35% 6229 Trabalhadores agrícolas 110 2,34% 5191 Entregadores externos (exceto carteiros) 111 2,23% 4102 Supervisores de serviços contábeis, financeiros e de controle 112 2,20% 3912 Técnicos de controle de produção 113 2,18% 9144 Mecânicos de manutenção de veículos automotores 114 2,15% 7641 Trabalhadores da preparação da confecção de calçados 115 2,09% 7243 Trabalhadores de soldagem e corte de metais e de compósitos 116 2,07% 7825 Condutores de veículos sobre rodas (distribuidor de mercadorias) 117 2,05% 4141 Almoxarifes e armazenistas 118 2,03% 4223 Operadores de telemarketing 119 1,87% 7102 Supervisores da construção civil 120 1,84% 3131 Técnicos em eletricidade e eletrotécnicos 121 1,79% 5112 Fiscais e cobradores dos transportes públicos 122 1,77% 4211 Caixas e bilheteiros (exceto caixas de banco) 123 1,74% 8491 Trabalhadores de fabricação e conservação de alimentos (inclusive artesanais) 124 1,74% 5133 Camareiros, roupeiros e afins 125 1,72% 7832 Trabalhadores de cargas e descargas de mercadorias 126 1,72% 4132 Escriturários de finanças 127 1,69% 7233 Trabalhadores de pintura de equipamentos, veículos, estruturas metálicas e de compósitos 128 1,65% 6239 Trabalhadores na pecuária 129 1,57% 7731 Operadores de máquinas de desdobramento de madeiras 130 1,55% 7213 Operadores de usinagem convencional (produção em série) 131 1,51% 7170 Ajudantes de obras civis 132 1,38% 7841 Trabalhadores de embalagem e de etiquetagem 133 1,14% 4142 Escriturários de apoio à produção 134 1,13% 7613 Operadores de tear e máquinas similares 135 1,08% 7212 Preparadores e operadores de máquinas - ferramenta convencional 136 1,01% 5221 Repositores e remarcadores do comércio 137 0,89% 7151 Trabalhadores de terraplenagem e fundações 138 0,60% 7662 Trabalhadores da impressão gráfica 139 0,50% 7822 Operadores de equipamentos de movimentação de cargas 140 0,40% 8117 Operadores de instalações e máquinas de produtos plásticos, de borracha e parafinas 141 0,11% Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE 2006

Finalmente, o último indicador de escassez econômica é o maior salário médio percebido no mercado resultado da labuta em todos os trabalhos. Mais uma vez os médicos ocupam a liderança do ranking com um rendimento total do trabalho da ordem de R$ 6.192 o que guarda um diferencial de mais de 50% em relação ao segundo colocado os dirigentes de áreas de apoio (R$ 3980) das maiores empresas (R$ 3962). Ao contrário dos outros indicadores as posições mais altas de remuneração são acompanhadas de outras profissões associadas a posse de diploma universitário como engenheiros civis, dentistas, professores de nível superior, contadores e advogados. Na cauda inferior da distribuição de salários se situam trabalhadores agrícolas com salários de R$ 113 ao mês seguidos de trabalhadores artesanais e da agropecuária..

Page 44: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

43

População por Ocupação

Renda Média de Todos os Trabalhos

Total Ranking 777.06 Ocupações 2231 Médicos 1 6191,50 1230 Diretores de áreas de apoio 2 4103,10 1219 Dirigentes de empresas - + de 5 empregados 3 3980,60 2142 Engenheiros civis e afins 4 3862,30 2232 Cirurgiões-dentistas 5 3681,90 2340 Professores do ensino superior 6 3476,00 2522 Contadores e auditores 7 3207,50 2410 Advogados 8 2864,60 2124 Analistas de sistemas 9 2857,80 3514 Serventuários da justiça e afins 10 2726,60 2521 Administradores 11 2719,00 1320 Gerentes de áreas de apoio 12 2324,10 1123 Dirigentes das áreas de apoio da administração pública 13 2277,30 1220 Diretores de áreas de produção e operações 14 2176,10 1310 Gerentes de produção e operações 15 2076,10 2515 Psicólogos e psicanalistas 16 2050,50 2235 Enfermeiros de nível superior e afins 17 2020,70 2141 Arquitetos 18 1993,40 4212 Caixas de banco e operadores de câmbio 19 1690,20 3511 Técnicos em contabilidade 20 1681,40 5172 Policiais e guardas de trânsito 21 1657,30 3546 Corretores de imóveis 22 1651,60 2321 Professores (com formação de nível superior) de disciplinas da educação geral do ensino médio 23 1613,90 2236 Fisioterapeutas e afins 24 1579,10 2531 Profissionais de marketing, publicidade e comercialização 25 1552,10 3541 Representantes comerciais e técnicos de vendas 26 1532,00 2394 Programadores, avaliadores e orientadores de ensino 27 1509,80 0413 Cabos e soldados da polícia militar 28 1484,60 3171 Técnicos em programação 29 1446,00 4101 Supervisores de serviços administrativos (exceto contabilidade e controle) 30 1385,00 4102 Supervisores de serviços contábeis, financeiros e de controle 31 1374,40 2516 Assistentes sociais e economistas domésticos 32 1253,60 2313 Professores (com formação de nível superior) de disciplinas da educação geral de 5a à 8a séries do ensino fundamental

33 1248,60

0200 Militares do exército 34 1232,50 2312 Professores (com formação de nível superior) de disciplinas da educação geral de 1a à 4a séries do ensino fundamental

35 1144,00

3912 Técnicos de controle de produção 36 1140,40 3189 Desenhistas técnicos e modelistas 37 1110,10 7825 Condutores de veículos sobre rodas (distribuidor de mercadorias) 38 1072,40 3131 Técnicos em eletricidade e eletrotécnicos 39 1058,90 7212 Preparadores e operadores de máquinas - ferramenta convencional 40 1054,30 9113 Mecânicos de manutenção de máquinas industriais 41 1047,50 3771 Técnicos esportivos 42 1035,50 6139 Produtores na pecuária 43 981,70 3134 Técnicos em eletrônica 44 978,44 7824 Condutores de veículos sobre rodas (transporte coletivo) 45 943,90 2523 Secretárias executivas e bilingües 46 940,89 3222 Técnicos e auxiliares de enfermagem 47 934,89 7820 Condutores e operadores polivalentes 48 930,60 4132 Escriturários de finanças 49 929,79

Page 45: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

44

3513 Técnicos em administração 50 927,28 3762 Músicos e cantores populares 51 923,16 9511 Eletricistas-eletrônicos de manutenção industrial 52 915,14 4131 Escriturários de contabilidade 53 914,34 7213 Operadores de usinagem convencional (produção em série) 54 874,15 4110 Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos 55 835,71 2631 Ministros de cultos religiosos, missionários e afins 56 835,26 7823 Condutores de veículos sobre rodas (transporte particular) 57 818,82 9531 Eletricistas-eletrônicos de manutenção veicular (aérea, terrestre e naval) 58 815,09 7321 Instaladores-reparadores de linhas e cabos elétricos, telefônicos e de comunicação de dados 59 808,70 7156 Trabalhadores de instalações elétricas 60 808,69 7243 Trabalhadores de soldagem e corte de metais e de compósitos 61 801,30 7241 Encanadores e instaladores de tubulações 62 793,32 5151 Atendentes de enfermagem, parteiras práticas e afins 63 792,65 5173 Vigilantes e guardas de segurança 64 759,65 7311 Montadores de equipamentos eletroeletrônicos 65 748,76 7151 Trabalhadores de terraplenagem e fundações 66 744,86 7102 Supervisores da construção civil 67 737,13 7822 Operadores de equipamentos de movimentação de cargas 68 728,52 3312 Professores (com formação de nível médio) no ensino fundamental 69 720,61 7233 Trabalhadores de pintura de equipamentos, veículos, estruturas metálicas e de compósitos 70 712,17 9913 Mantenedores de carroçarias de veículos 71 708,07 8117 Operadores de instalações e máquinas de produtos plásticos, de borracha e parafinas 72 706,12 7244 Trabalhadores de caldeiraria e serralheria 73 696,11 4141 Almoxarifes e armazenistas 74 695,33 4121 Secretários de expediente e estenógrafos 75 690,41 9144 Mecânicos de manutenção de veículos automotores 76 686,57 7711 Marceneiros e afins 77 673,16 4122 Operadores de máquinas de escritório 78 659,25 3341 Inspetores de alunos e afins 79 657,11 7662 Trabalhadores da impressão gráfica 80 649,27 4142 Escriturários de apoio à produção 81 642,44 7165 Aplicadores de revestimentos cerâmicos, pastilhas, pedras e madeiras 82 632,40 3331 Instrutores e professores de escolas livres 83 632,25 4151 Escriturários de serviços de biblioteca e documentação 84 620,64 3522 Agentes da saúde e do meio ambiente 85 605,33 3311 Professores (com formação de nível médio) na educação infantil 86 601,23 5174 Guardas e vigias 87 600,16 7630 Trabalhadores polivalentes das indústrias da confecção de roupas 88 595,93 5211 Vendedores e demonstradores em lojas ou mercados 89 595,34 7152 Trabalhadores de estruturas de alvenaria 90 591,67 4222 Telefonistas 91 589,36 7652 Trabalhadores da fabricação de artefatos de tecidos e couros 92 586,47 4223 Operadores de telemarketing 93 583,03 5112 Fiscais e cobradores dos transportes públicos 94 576,22 7741 Montadores de móveis e artefatos de madeira 95 571,71 7166 Pintores de obras e revestidores de interiores (revestimentos flexíveis) 96 570,85 3321 Professores leigos na educação infantil e no ensino fundamental 97 566,46 4214 Cobradores e afins (exceto nos transportes públicos) 98 564,73 6410 Trabalhadores da mecanização agropecuária 99 564,52 5161 Trabalhadores nos serviços de higiene e embelezamento 100 562,14 7155 Trabalhadores de montagem de estruturas de madeira, metal e compósitos (obras civis e afins) 101 558,56 4221 Recepcionistas 102 555,59 7731 Operadores de máquinas de desdobramento de madeiras 103 544,92 8485 Magarefes e afins 104 538,94 9921 Trabalhadores elementares de serviços de manutenção 105 529,00 6129 Produtores agrícolas 106 526,28

Page 46: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

45

5133 Camareiros, roupeiros e afins 107 526,00 5141 Trabalhadores nos serviços de administração de edifícios 108 507,39 8491 Trabalhadores de fabricação e conservação de alimentos (inclusive artesanais) 109 491,56 4123 Contínuos 110 479,97 5242 Vendedores em quiosques e barracas 111 479,31 4211 Caixas e bilheteiros (exceto caixas de banco) 112 476,95 5134 Garçons, barmen e copeiros 113 468,27 8493 Padeiros, confeiteiros e afins e operadores na fabricação de pães, massas e doces 114 466,74 7641 Trabalhadores da preparação da confecção de calçados 115 463,86 7841 Trabalhadores de embalagem e de etiquetagem 116 463,08 2625 Desenhistas industriais (designer), escultores, pintores e afins 117 461,36 5221 Repositores e remarcadores do comércio 118 444,77 5191 Entregadores externos (exceto carteiros) 119 441,85 5132 Cozinheiros 120 439,37 7832 Trabalhadores de cargas e descargas de mercadorias 121 437,84 7613 Operadores de tear e máquinas similares 122 430,93 5142 Trabalhadores nos serviços de manutenção e conservação de edifícios e logradouros 123 419,01 7632 Operadores de máquinas de costura de roupas 124 407,79 5243 Vendedores ambulantes 125 392,36 8281 Trabalhadores artesanais de materiais de construção 126 384,28 5199 Outros trabalhadores dos serviços 127 355,66 7170 Ajudantes de obras civis 128 329,41 6329 Extrativistas florestais 129 324,29 7633 Operadores de máquinas de costuras - acabamento de roupas 130 321,40 5241 Vendedores a domicílio 131 315,14 5121 Trabalhadores dos serviços domésticos em geral 132 300,94 5169 Tintureiros, lavadeiros e afins, à máquina e à mão 133 298,66 5162 Atendentes de creche e acompanhantes de idosos 134 274,68 5192 Catadores de sucata 135 248,58 6319 Pescadores e caçadores 136 232,36 8411 Moleiros 137 186,67 6239 Trabalhadores na pecuária 138 128,18 6210 Trabalhadores na agropecuária em geral 139 119,14 7681 Trabalhadores artesanais da tecelagem 140 117,59 6229 Trabalhadores agrícolas 141 113,14

Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE 2006 Análise Controlada da Escassez Trabalhista Realizamos uma análise de regressão dos três indicadores trabalhistas dos médicos ordenados acima, de forma a isolar os efeitos de ocupação de médicos e suas tendências ao longo do tempo de outras características geográficas - como migração, estado e tamanho de cidade de residência - e individuais - como gênero, idade, raça. Usamos uma metodologia de diferenças em diferenças a fim de contrastar as tendências dos médicos com a do o resto da população ocupada com pelo menos nível superior incompleto. Euristicamente, reproduzimos o mesmo tipo de abordagem comum na medicina de comparar, A regressão abaixo evidencia queda de salários no mercado de trabalho para os ocupados com 12 anos ou mais de estudo. Entre 2002 e a recessão de 2003, queda da ordem de 10% que persiste até 2005, seguida de recuperação de metade das perdas em 2006. A mesma regressão indica que tomando o período como um todo, os médicos mantém um salário cerca 102% superior àqueles com pelo menos o nível superior incompleto. Por último e mais importante, o estimador da interação das duas variáveis supracitadas que capta as diferenças em diferenças, mostra uma pressão crescente sobre os salários relativo dos médicos ao longo

Page 47: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

46

do tempo. Os salários no período 2002 a 2006 dos médicos cresceram 14% a mais do que as demais ocupações consideradas. Boa parte deste crescimento ocorreu entre 2002 e 2003.

Equação de Salários Retorno T-Estatit P-valor ANO 2 0.0492735 5.83 <.0001

ANO 3 -0.0596326 -7.22 <.0001

ANO 4 -0.0683813 -8.54 <.0001

ANO 5 -0.0501904 -6.36 <.0001

ANO 6 0.0000000 . .

MEDICO Sim 10.189.303 28.52 <.0001

MEDICO ZNão 0.0000000 . .

ANO*MEDICO 2 Sim -0.1405222 -2.77 0.0056

ANO*MEDICO 2 ZNão 0.0000000 . .

ANO*MEDICO 3 Sim -0.1160714 -2.31 0.0211

ANO*MEDICO 3 ZNão 0.0000000 . .

ANO*MEDICO 4 Sim 0.0119126 0.24 0.8128

ANO*MEDICO 4 ZNão 0.0000000 . .

ANO*MEDICO 5 Sim -0.0195792 -0.40 0.6925

ANO*MEDICO 5 ZNão 0.0000000 . .

ANO*MEDICO 6 Sim 0.0000000 . .

ANO*MEDICO 6 ZNão 0.0000000 . .

Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE 2006

Em seguida analisamos o que aconteceu com a jornada de trabalho. Conforme podemos ver no modelo abaixo, não houve mudança significativa nas horas trabalhadas entre 2002 e 2004 quando comparadas ao último ano. Apenas em 2005, a jornada é inferior a 2006, a um nível de significância de 90%. Analisando os médicos especificamente, estes apresentam jornada superior aos demais em 19%. Quando interagimos os dois termos, o único resultado significativo é a menor jornada dos médicos em 2002 em relação a 2006, neste período houve um acréscimo de cerca de 8% na jornada de trabalho, indicando maior escassez relativa de médicos.

Equação de Horas Trabalhadas Parameter Retorno T-Esta P-valor ANO 2 0.0042010 0.96 0.3391

ANO 3 0.0070503 1.59 0.1108 ANO 4 0.0056925 1.37 0.1693

ANO 5 -0.0073311 -1.74 0.0820

ANO 6 0.0000000 . .

MEDICO Sim 0.1961550 8.91 <.0001 MEDICO ZNão 0.0000000 . .

ANO*MEDICO 2 Sim -0.0786423 -2.44 0.0146

ANO*MEDICO 2 ZNão 0.0000000 . .

ANO*MEDICO 3 Sim -0.0459903 -1.59 0.1107 ANO*MEDICO 3 ZNão 0.0000000 . .

ANO*MEDICO 4 Sim -0.0132639 -0.46 0.6453

ANO*MEDICO 4 ZNão 0.0000000 . .

ANO*MEDICO 5 Sim 0.0054289 0.19 0.8520 ANO*MEDICO 5 ZNão 0.0000000 . .

ANO*MEDICO 6 Sim 0.0000000 . .

ANO*MEDICO 6 ZNão 0.0000000 . .

Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE 2006

Page 48: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

47

Por fim, encontramos maiores chances dos ocupados com 12 anos ou mais de estudo em geral ter um segundo trabalho em 2002, quando comparada a 2006. Nos demais anos, essa relação cai fruto do desaquecimento de 2003 em diante, mas se aquece depois. Entre os médicos, a chance de um segundo trabalho é 8,2 vezes maior que os demais profissionais. A interação ocupação x ano, mostra redução relativa de jornada dos médicos em relação às outras atividades quando comparamos 2006 aos anos 2004 e 2005, mas um aumento quando se compara com 2002.

Parâmetro Estimativa Erro Padrão sig Razão condicional Intercept -5,4085 0,0086 ** ,

ANO 2 0,0423 0,0015 ** 1,04317

ANO 3 -0,0051 0,0014 ** 0,99489

ANO 4 -0,0587 0,0014 ** 0,94303

ANO 5 -0,0585 0,0014 ** 0,94321

ANO 6 0 0 1

MEDICO SIM 2,1091 0,0045 ** 8,24077

MEDICO NÂO 0 0 1

ANO2*MEDICO -0,0531 0,0062 ** 0,94828

ANO*MEDICO 0 0 1

ANO3*MEDICO 0,0057 0,0062 1,00576

ANO*MEDICO 0 0 1

ANO4*MEDICO 0,1752 0,0063 ** 1,19154

ANO*MEDICO 0 0 1

ANO5*MEDICO 0,1976 0,0061 ** 1,21846

ANO*MEDICO 0 0 1

ANO6*MEDICO 0 0 1

ANO*MEDICO 0 0 1

Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE 2006

Tem Mais de um Trabalho?

Regressão Logística sobre os Ocupados

Page 49: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

48

Simulador da Escassez de Médicos (link )

Ferramenta utilizada para simular indicadores ligados ao mercado de trabalho. É possível estimar salário, jornada e probabilidade de ter um segundo trabalho. através da combinação de características. Para isso, é preciso selecionar as informações de acordo com seus atributos e localidade (assim como de ocupação – médico ou não). Depois de preencher o formulário, clique em Simular.

Os gráficos apresentados permitem obter comparações em dois cenários, conforme as especificações da tabela ao lado do gráfico. No exemplo abaixo, mudamos, por exemplo, o Estado: São Paulo (atual) e Rio de Janeiro (anterior).

Page 50: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

49

Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE

No anexo encontramos os modelos que estão sendo utilizados

Retratos dos Médicos em Atividade Traçamos aqui um panorama dos médicos em atividade hoje no país, através dos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). Com intuito de atingir maior precisão das estimativas, empilhamos os dados em dois períodos distintos (1995 a 1999 e 2001 a 2006). Privilegiamos o uso dos dados da PNAD por serem mais atuais, e por contemplar maior variedade de informações. Lançamos mão do Censo quando tratamos de atributos espaciais.

O Panorama construído permite explorar as principais características dos médicos em atividade hoje no Brasil. Optamos por realizar uma análise bivariada (i.e., tabulações simples) que foi dividida de acordo com os seguintes atributos sócio-demográficos: i) características demográficas como sexo, idade, anos de estudo, raça, a posição na família; ii) características sócio-econômicas como maternidade, posição na ocupação iii) espacial como local de moradia, área (metropolitana, urbana não metropolitana e rural), estados:

Page 51: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

50

Panorama (link)

Com informações em dois períodos, segue maior detalhamento do conteúdo disponível para análise. Vejamos por exemplo, o que é possível investigar sobre os médicos brasileiros:

Vertical – É a participação de cada grupo sócio-econômico no universo total de médicos. Permite, por exemplo, obter a proporção de homens e mulheres nesse grupo. População – Número total de pessoas em cada grupo sócio-econômico. Amostra – Número total de entrevistados em cada grupo sócio-econômico. Renda do Trabalho Principal – Média de rendimentos auferidos no trabalho principal. Renda de Todos os Trabalhos – Soma de rendimentos referentes em todos os trabalhos. Jornada do Trabalho Principal – Total de horas semanais exercidas no trabalho principal. Jornada de Todos os Trabalhos – Soma de horas trabalhadas durante a semana em todos os trabalhos. Renda do Trabalho Principal – Média de rendimentos provenientes de qualquer fonte. % que tem outro trabalho – Proporção de médicos com mais de 1 trabalho. Apresentamos um perfil dos médicos em atividade no país com informações extraídas do panorama.

Migração – Mais da metade dos médicos em atividade são migrantes de outros municípios. A proporção de nativos entre os médicos sofre queda de 4,6 pontos de percentagem na comparação entre períodos em questão, enquanto todos os outros status migratórios crescem. Á exceção daqueles que migraram a menos tempo, a renda média dos médicos que se deslocam de suas terras nativas, é maior, chega a R$ 7192 para aqueles com mais de 10 anos de migração (R$ 5576 para os nativos).

Page 52: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

51

PNAD Médicos - População População Total

Categoria 1995 a 1999 2001 a 2006 2001 a 2006 2001 a 2006 Nasceu neste Município 47,03% 42,42% 5575,97 47,77Migrou UF - Menos de 4 anos 6,94% 7,19% 5024,98 48,21Migrou UF - De 5 a 9 anos 4,52% 4,53% 6408,29 51,7Migrou UF - Mais de 10 anos 22,42% 23,82% 7192,46 49,4Migrou Municipio ou Ignorado 19,09% 22,04% 6589,57 48,65

População Renda Total Jornada

Fonte: CPS/FGV processando os microdados do PNAD/IBGE.

Sexo - Como segunda clivagem analisada, observamos no período entre 2001 e 2006 que a proporção de médicos, supera a de médicas (respectivamente, 54,62% e 45,38%). Analisando diferenças de rendas, observamos que a média de renda dos homens (R$ 7521) é muito mais elevada a das mulheres (R$ 4572), assim como a jornada de trabalho (média de 52,12 horas de trabalho semanais para eles contra 44,28 para elas).

PNAD Médicos - População População Total

Categoria 1995 a 1999 2001 a 2006 2001 a 2006 2001 a 2006 Homem 53,88% 54,62% 7520,97 52,12Mulher 46,12% 45,38% 4571,69 44,28

JornadaPopulação Renda Total

Fonte: CPS/FGV processando os microdados do PNAD/IBGE.

Raça - Quanto à raça, temos que a larga maioria, 86,47% é branca. Os amarelos, que representam 2,33% dos médicos em atividade, são os possuem as maiores renda (R$ 6889) e jornada de trabalho (54,5 horas).

PNAD Médicos - População População Total

Categoria 1995 a 1999 2001 a 2006 2001 a 2006 2001 a 2006 Indígena 0,14% 0,07% 3820,01 30,52Branca 87,52% 86,47% 6245,66 48,7Amarela 1,64% 2,33% 6888,59 54,5Preta 0,83% 1,58% 5175,12 41,79Parda 9,88% 9,55% 5621,74 47,08

JornadaPopulação Renda Total

Fonte: CPS/FGV processando os microdados do PNAD/IBGE.

Idade – A remuneração média dos médicos brasileiros possui trajetória crescente de acordo com a idade, atingindo R$ 8338 para aqueles entre 55 e 59 anos, que apesar dos altos salários não são os que mais trabalham. O pico de jornada é de 51,9 horas exercido por aqueles entre 36 e 39 anos, 13,48% dos médicos em atividade.

Page 53: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

52

PNAD Médicos - População População Total

Categoria 1995 a 1999 2001 a 2006 2001 a 2006 2001 a 2006 20 a 24 2,21% 2,10% 1534,13 40,6325 a 29 13,71% 14,21% 3044,48 48,7430 a 35 21,42% 17,69% 5318,58 48,0136 a 39 13,48% 10,98% 6382,69 51,8640 a 44 16,86% 13,80% 6615,29 49,4445 a 49 14,28% 12,24% 7218,88 49,1550 a 54 8,37% 13,02% 7431,71 49,4755 a 59 3,89% 8,48% 8338,25 48,6560 ou Mais 5,71% 7,45% 8127,75 42,73

JornadaPopulação Renda Total

Fonte: CPS/FGV processando os microdados do PNAD/IBGE.

Posição na Família - Quanto à posição dentro da família, os dados nos dizem que 58,75% são chefes da família, que trabalham em média 51,4 horas e ganham R$ R$ 7579.

PNAD Médicos - População População Total

Categoria 1995 a 1999 2001 a 2006 2001 a 2006 2001 a 2006 Chefe 57,05% 58,75% 7578,85 51,38Cônjuge 25,14% 25,99% 5129,14 44,6Filho(a) 14,65% 13,29% 2516,9 43,93Outro parente 2,11% 1,17% 3853,4 43,68Agregado 0,70% 0,38% 1453,35 55,27Pensionista 0,36% 0,42% 2817,84 53,02

JornadaPopulação Renda Total

Fonte: CPS/FGV processando os microdados do PNAD/IBGE. Posição na Ocupação – A proporção de médicos funcionários públicos cresceu ao longo do tempo (passou de 41,87% para 44,78% no período). Por outro lado, os médicos conta-próprias, segundo grupo mais representativo, sofreu queda de participação, cai quase 5 pontos de percentagem entre os dois períodos (de 22,23% para 17,32%). Já os empregadores, com aumentos de participação, apresentam maiores renda (R$ 9813) e jornada (50,4 horas).

PNAD Médicos - População População Total

Categoria 1995 a 1999 2001 a 2006 2001 a 2006 2001 a 2006 Empregado Agrícola 0,05% 0,00% 0 0Empregado com carteira 14,66% 11,46% 5741,3 47,28Empregado sem carteira 6,92% 9,47% 5483,74 49,44Conta-própria 22,23% 17,32% 6158,83 43,54Empregador 13,63% 16,06% 9812,84 50,36Funcionário público 41,87% 44,78% 5261,56 50,12Não-remunerado 0,61% 0,91% 729,06 42,75

JornadaPopulação Renda Total

Fonte: CPS/FGV processando os microdados do PNAD/IBGE.

Contribuição Previdenciária – Dada alta taxa de conta-próprias e empregadores no universo de médicos, faz-se importante analisar a proporção de contribuintes para

Page 54: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

53

previdência privada. Com crescimento significativo no período (de 18,59% para 29,22%), os contribuintes possuem os maiores salários (R$ 7826) e jornada (52,6 horas).

PNAD Médicos - População População Total

Categoria 1995 a 1999 2001 a 2006 2001 a 2006 2001 a 2006 Sim 18,59% 29,22% 7826,49 52,58Não 81,41% 70,78% 5503,72 46,9

JornadaPopulação Renda Total

Fonte: CPS/FGV processando os microdados do PNAD/IBGE. Tamanho de Cidade – Como já era esperado, é nítida a escassez de médicos em áreas rurais. Com apenas 0,32% dos médicos brasileiros, é bastante inferior às demais (56,7% nas áreas metropolitanas e 49,08% nas urbanas). Por outro lado, quando olhamos em termos de renda, são os médicos metropolitanos os que ganham (R$ 5507) e trabalham menos (46,5 horas).

PNAD Médicos - População População Total

Categoria 1995 a 1999 2001 a 2006 2001 a 2006 2001 a 2006 Metrópole 56,70% 50,60% 5507,17 46,5Urbana 42,32% 49,08% 6868,29 50,68Rural 0,98% 0,32% 7795,68 49,59

JornadaPopulação Renda Total

Fonte: CPS/FGV processando os microdados do PNAD/IBGE.

Regiões – Assim como na análise por tamanho de cidade, os dados regionais brasileiros corroboram o princípio de escassez relativa. Na região Norte, onde a proporção de médicos é de apenas 2,81%, encontramos os maiores salários (R$ 7054), apesar da jornada ser a menor (46,7 horas).

PNAD Médicos - População População Total

Categoria 1995 a 1999 2001 a 2006 2001 a 2006 2001 a 2006 Norte 2,77% 2,81% 7053,67 46,74Nordeste 17,00% 15,69% 5959,02 48,32Sudeste 60,90% 58,77% 5910,5 48,54Sul 13,35% 16,04% 6865,41 49,15Centro 5,97% 6,69% 7094,09 48,69

JornadaPopulação Renda Total

Fonte: CPS/FGV processando os microdados do PNAD/IBGE. Regiões Metropolitanas - Analisando apenas áreas metropolitanas, as maiores médias de renda são encontrados em Porto Alegre (5212), no Distrito Federal (R$ 6513) e Fortaleza (R$ 6375). No extremo oposto, Rio de Janeiro (R$ 4484) e Recife (R$ 4821) são as metrópoles onde os médicos ganham menos. Em termos de horas trabalhadas, a menor jornada é encontrada no Ro de Janeiro (43,6 horas) e a maior em Fortaleza (49,3 horas). Importante ressaltar que a jornada de trabalho dos médicos é menor em todas as Regiões Metropolitanas, quando comparadas ao total.

Page 55: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

54

PNAD Médicos - População População Total

Categoria 1995 a 1999 2001 a 2006 2001 a 2006 2001 a 2006 Pará 1,01% 1,09% 5286,2 46,24Ceará 1,56% 2,01% 6374,83 49,27Pernambuco 3,00% 3,08% 4820,54 47,21Bahia 3,28% 2,64% 6148,81 46,39Minas Gerais 4,63% 3,92% 5754,01 46,76Rio de Janeiro 14,18% 13,44% 4484,1 43,56São Paulo 20,63% 15,27% 5747,61 48,53Paraná 2,09% 2,47% 5567,38 48,75Rio Grande do Sul 4,20% 4,56% 6768,29 45,96Distrito Federal 2,13% 2,12% 6513,26 45,27

JornadaPopulação Renda Total

Fonte: CPS/FGV processando os microdados do PNAD/IBGE. Serviços de Saúde Percebidos Problemas e Conceitos Uma das complicações de avaliar o estado de saúde advém do fato de que o entendimento da própria pessoa sobre sua saúde pode diferir profundamente da opinião dos especialistas médicos. Segundo Sen (2002), há um contraste conceitual entre visões “internas” de saúde – aquelas baseadas nas percepções do próprio paciente – e visões “externas” – baseadas nas observações dos médicos. Ambos têm suas vantagens e desvantagens. Geralmente, a crítica contra a visão externa envolve uma visão mais distanciada e menos sensível da doença e da saúde. Por exemplo, é claro que, para uma avaliação sensorial, a prioridade deve ser dada para a visão interna – por exemplo, a dor é obviamente um assunto de auto-percepção. Por outro lado, limitações severas da perspective interna também precisam ser consideradas. Uma dificuldade sobre fiar-se na visão do próprio paciente sobre essas questões, que não são inteiramente sensoriais, reside no fato de que a avaliação interna do paciente pode estar seriamente afetada por sua experiência social. Uma pessoa criada numa comunidade com muitas doenças e poucos recursos médicos, por exemplo, pode considerar certos sintomas como “normais”, ao passo que clinicamente eles não são considerados assim. Esses problemas sobre as diferenças entre grupos sócio-econômicos referentes à percepção de saúde podem ser bem ilustrados pelo fato de que níveis mais altos de PIB per capita estão correlacionados com níveis médios de saúde mais baixos. Esta correlação negativa encontrada em tantos estudos, que mostra que países, regiões e grupos sócio-demográficos que são mais prósperos e gastam mais recursos com saúde, também relatam níveis piores de saúde (Kroeger et al. 1988; Waidmann et al 1995; Murray 1996). Chen e Murray (1992) descobriram que o estado indiano com níveis mais altos de longevidade tem, por uma grande margem, a maior taxa de morbidade relatada entre todos os estados indianos; enquanto que, no outro extreme, estado com baixa longevidade, com instalações médicas e educacionais precárias, têm as menores taxas de morbidade relatada no país. Há outra evidência de que pessoas nos estados que oferecem mais educação e melhor saúde e serviços de saúde estão em melhor posição para diagnosticar e perceber suas próprias

Page 56: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

55

doenças, do que aquelas pessoas em estados menos privilegiados, onde há menos consciência a respeito de problemas tratáveis. Portanto, ter uma baixa percepção de doença não é indicação de que há pouca doença a se perceber. Monitorando percepções de saúde no Brasil O objetivo final ao usar o suplemento de saúde da PNAD de 1998 e 2003 (que também irá a campo em 2008) é construir um sistema de monitoramento de percepções relacionadas à saúde. Este exercício pode dar uma idéia sobre como componentes diferentes dos chamados impactos de saúde no bem-estar social percebido nas diferentes fases do ciclo de vida. A estratégia é analisar os três tipos diferentes de impactos que melhores estados de saúde e ativos de saúde, mencionados acima, podem ter no bem-estar social. Da mesma maneira, o índice proposto tem um grupo de componentes, a saber: i) estado de saúde auto-relatado (SRHS) e presença de varias doenças e deficiências; ii) dinâmicas da saúde; iii) índices de acesso e qualidade percebidas de uso do plano de saúde e do acesso efetivo e qualidade ex-post dos serviços médicos (tanto em casos extremos, como hospitalização ou somente acesso a serviços médicos).

(i) Estados de Saúde auto-relatados

Estados de Saúde globais auto-relatados (SRHS) (bom, muito bom, regular, ruim e muito ruim) (ii) Dinâmicas relacionadas à saúde

Esteve de cama nas duas últimas semanas, (iii) Habilidade para absorver choques de saúde e suas conseqüências

iii1.) Ex-ante (posse de ativos relacionados à saúde) – acesso a plano de saúde e qualidade percebida (bom, muito bom, regular, ruim e muito ruim) taxa de adesão, plano de assistência médica servidores públicos, plano de tratamento dentário;

iii2) uso de serviços de saúde – procurou por serviços médicos nas ultimas duas semanas? Foi bem-sucedido? Razões por não ter sido bem-sucedido, qualidade percebida do serviço (bom, muito bom, regular, ruim e muito ruim). Todas as perguntas foram respondidas em relação a serviços médicos e internações hospitalares.

iii.3) Impacto financeiro da saúde – a idéia deste indicador é medir a extensão e natureza que o impacto de choques de saúde tem sobre a situação financeira dos domicílios usando despesas de saúde relacionadas a bem e serviços, renda e gastos totais particularmente nesses dois níveis3.

3 We will use the Brazilian National Consume Expenditure survey POF 2003. Coincidently POF and PNAD health supplement will go to the field also in 2008.

Page 57: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

56

Apresentamos abaixo um panorama dos diferentes grupos de indicadores propostos:

Tipos de efei tos da saúde e indicadores qualitativos de saúde us ados

PERCEPÇÃO DA SAUDE DINAMICAS DE SAÚDE

Auto - Percepção (SRHS)

Períodos de doenças, na cama

PERCEPÇÕES SOBRE SERVIÇOS SAÚDE CUSTOS PRIVADOS DE SAÚDE Serviços e Planos médicos

Despesas com saúde: individual e familiar hospitalização Serviços medicos e remédios % orçamento

Auto-análise do estado de saúde Recentemente, muito uso se faz do estado de saúde auto-relatado (SRHS). Estes dados tipicamente tomam a forma de respostas categóricas (ordinais) ordenadas, como por exemplo, excelente//muito bom/ bom/ pobre/ ruim ou nenhum/ moderado/severo/ extremo. Entrevistados são convidados a classificar o seu estado de saúde numa escala de cinco pontos (geralmente) conhecida como escala Likert.

Uma das vantagens é o baixo custo de incluir este tipo de pergunta numa pesquisa, e a facilidade e velocidade com que os entrevistados estão aptos a respondê-la. O uso desta medida também tem sido difundido por estudos que mostram sua habilidade em prever a mortalidade por diversos anos após o relatório, até mesmo quando se depende de direto exame por um médico. Talvez a maior dificuldade em avaliar a validade do estado de saúde auto-relatado (SRHS) é a falta de um padrão-ouro para comparação. De acordo com Deaton (2002), a única maneira através da qual se pode mensurar a qualidade do SRHS como uma boa medida da condição de saúde é verificando como é seu comportamento na prática. A partir de diversos trabalhos da literatura que forneceram evidências importantes confirmando sua virtude, ele conclui que “aqueles interessados em pesquisas de bem-estar devem buscar agressivamente colecionar informação de saúde auto-relatada, onde as pessoas relatam sua saúde numa escala ordinal”. Sadana et alli (2002) analisam o assunto-chave referente ao fato de que essas respostas ordinais auto-relatadas não são necessariamente comparáveis entre ou mesmo dentro das populações, devido a mudanças no patamar (cut-point) de categoria de resposta. Pontos de corte são patamares das variáveis latentes não-observadas, que podem ser o nível de um aspecto da saúde, como mobilidade ou dor, que caracteriza a transição de uma resposta categórica observada para a próxima. Esses cut-points podem diferir sistematicamente entre as populações, grupos sócio-econômicos dentro das populações, entre níveis de plano de saúde ou outros benefícios e ao longo do tempo, devido a diferenças culturais ou de expectativa de cada aspecto da saúde. Quando eles diferem consideravelmente, eles mal podem ser comparáveis, pois eles não vão implicar em um mesmo nível da variável latente subjacente que estamos tentando medir. De acordo com os autores, essas mudanças

Page 58: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

57

hipotéticas nos cut-points podem ser testadas com métodos apropriados, e eles sugerem a utilização de modelo probit ordenado hierárquico (HOPIT) para lidar com tais problemas, que permite entre outras coisas, aos pontos de corte serem funções das variáveis explicativas, e o uso de vignettes para estimar os cut-points entre diferentes populações. Para mais detalhes a esse respeito, veja Tandon et al. (2001). Outros assuntos referentes a essas medidas são as diferenças na linguagem ou no erro de mensuração que também podem contribuir para a diferença entre o que é observado e o que é relatado na entrevista, abordado em outro lugar (Murray et al. 2001). Por um lado, segundo Sen, “há uma necessidade forte de fazer um escrutínio nas estatísticas de auto-percepções de doenças num contexto social através da atenção dada a níveis de educação, disponibilidade de infra-estrutura médica e informação pública sobre doenças e remédios. A visão interna sobre a saúde merece atenção, mas depender dela para avaliar os serviços de saúde ou para avaliar a estratégia médica pode ser altamente ilusório”. Por outro lado, segundo Deaton, um uso recente do SRHS entre “tais dificuldades não são severas o suficiente para prevenir sua consideração séria no contexto da mensuração do bem-estar”. Os mesmos tipos de considerações acima se aplicam a outra categoria de qualidade percebida dos serviços de saúde Doenças reportadas por período Outra maneira de mensurar as condições de saúde é perguntando às pessoas se elas estiveram doentes por algum período, por exemplo, nos últimos 30 dias, frequentemente com alguma medida crônica ou severa4 - por exemplo, se eles foram forçados a ficar de cama, faltar ao trabalho. Mais uma vez, a principal dificuldade com esta medida (se as pessoas percebem-se como doentes) é provavelmente que irá variar sistematicamente de acordo com as circunstâncias. Um problema relevante é a adaptação, segundo a qual depois de um tempo as pessoas se acostumam a qualquer estado de saúde em que se encontram, de modo que a severidade percebida de uma doença vai diminuir de acordo com o crescente tempo durante o qual a doença existe. Isto pode levar a um efeito paradoxal de que pessoas que estão cronicamente doentes podem informar que estão em melhor condição de saúde do que aqueles que sofrem da mesma doença, só que de maneira menos freqüente. Para uma análise mais profunda do tema da adaptação, veja Groot (2000). Impacto financeiro privado dos choques na saúde

Este elemento representa o gasto efetivo com serviços privados de saúde, não só excluindo a provisão pública de saúde, mas ainda não refletindo a demanda por saúde privada, uma vez que há fatores que restringem o acesso (distância, tempo de espera, tempo, custo privado do tratamento que pode ser monitorado com pesquisas sobre auto-percepção individual). O consumo efetivo (uso dos serviços) também não necessariamente equivale às necessidades dos serviços de saúde, pois com ou sem necessidade uma pessoa pode

4 House et al. (1990) verified that some chronic-degenerative diseases develop approximately 30 years in advance in individuals at the basis of the social pyramid.

Page 59: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

58

consumir serviços de saúde. Ter ativos de saúde (planos de saúde) pode levar a um uso desnecessário dos serviços de saúde (exames, procedimentos médicos, consultas, internações).

A estratégia aqui é usar a última pesquisa de gastos por consumo disponível para o Brasil (POF 2003). Infelizmente, o suplemento especial da PNAD 2003 perdeu a informação detalhada sobre despesas médicas, que as versões de 1981 e 1998 apresentavam. Uma possibilidade alternativa aqui é usara última pesquisa de gastos por consumo disponível para o Brasil (POF). A idéia é construir indicadores descritivos agregados que mensurem a extensão e natureza que o impacto dos choques de saúde tem sobre a situação financeira do domicílio de grupos sócio-econômicos diferentes. POF 2003 apresentar maiores níveis de detalhes do orçamento dos indivíduos e domicílios. A idéia é mensurar os diferentes níveis de agregação do consumo de diferentes itens de saúde e identificar seu impacto nas finanças dos consumidores. Isto inclui uma lista de gastos individuais relacionados aos serviços de saúde e aos gastos com remédio no nível do domicílio. A natureza dos gastos, por exemplo com remédios, fornece informações sobre a origem do impacto financeiro relacionado à saúde sobre indivíduos e domicílios. No entanto, nós acreditamos que vale a pena olhar de perto a relação entre o fornecimento privado e público de saúde, aproveitando os detalhes oferecidos pela POF 20035. Dados de Percepções Latino-Americanas Dados processados do Gallup World Pool de 2007 reportados em Neri, Reis e Carvalhaes (2008) mostram clara relação entre a idade e as percepções subjetivas internas de saúde, como resposta positiva à seguinte pergunta “você está ou não satisfeito com sua própria saúde?”. Esta pergunta pode ser usada para enfatizar o estágio em que se encontra o indivíduo no seu ciclo de vida, como mostra o gráfico 1. O gráfico 2 mostra a relação positiva entre renda per capita do domicílio e indicadores internos de percepção individual de saúde. Um coeficiente de regressão parcial confirma esta impressão de que renda do domicílio e percepções de saúde interna têm uma associação positiva (um coeficiente de renda significativo de 0.0008). Este exercício é controlado por idade e idade ao quadrado, entre outras variáveis (veja as regressões no apêndice). Uma segunda regressão mostra um resultado similar quando se leva em consideração o estágio no ciclo de vida (um coeficiente de renda significativo de 0.007). Uma regressão final sugere um canal intuito de renda e percepções de saúde, possivelmente, pela cobertura de despesas associadas com choques na saúde (um coeficiente de renda significativo de 0.007). Serviços de Saúde vistos pelas Pessoas e pelos Pacientes Dados nacionais mostram que aqueles que estiveram doentes, são os que possuem o pior acesso a serviços de prevenção. Cerca de 22,3% dos que estiveram acamados possuem plano de saúde contra 24,86% da população como um todo. A qualidade percebida de todos serviços médicos como plano de saúde, hospitalização e serviços de saúde rotineiros é pior

5 We will use the Brazilian National Consume Expenditure survey POF 2003. Coincidently POF and PNAD health supplement will go to the field also in 2008.

Page 60: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

59

para quem esteve mais exposto as doenças (aproximado pela pergunta de quem ficou acamado nos últimos 15 dias).

População

Estado de Saúde -

Média

Dificuldade de Andar 100m - Média

Esteve acamado

Tem Plano

Plano - Média

Esteve Hospitaliz

ado

Hospitalizado - Média

Procurou Serviço

de Saúde

Serviço de Saúde -

Média

Total 100 3,99 4,93 4,08 24,86 4,05 7,03 4,13 14,78 4,06Esteve acamado 100 3,16 4,69 100 22,37 3,98 29,25 4,07 65,86 3,95

População Total

Categoria

Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados do Suplemento de Saúde da PNAD. Sem prevenção Analisando o acesso e a qualidade dos serviços de saúde, todos os indicadores indicam menor acesso e qualidade de acesso dos mais pobres. A pesquisa revela que a medicina voltada para os grupos de menor educação é menos preventiva e mais curativa. Os universitários são os que possuem maior acesso a serviços de prevenção, 56,08% possuem plano de saúde, enquanto nos analfabetos o percentual é de 11,53%. Apesar do baixo acesso a plano de saúde observado entre os analfabetos: estes são os que procuram mais atendimento em casos de emergência, 7,27% estiveram hospitalizados nos últimos 12 meses contra 6,77% dos universitários, o que gera gargalos no sistema público de saúde. Não prevenir fica mais caro para todos: governo inclusive.

População

Estado de Saúde -

Média

Dificuldade de Andar 100m - Média

Esteve acamado

Tem Plano

Plano - Média

Esteve Hospitaliz

ado

Hospitalizado - Média

Procurou Serviço

de Saúde

Serviço de Saúde -

Média

Sem instrução ou menos de 1 ano 100 3,92 4,92 4,39 11,53 3,96 7,27 4,05 13,06 3,991 a 3 anos 100 3,94 4,92 4,12 16,04 4,01 7,36 4,09 13,85 4,024 a 7 anos 100 3,97 4,93 4,12 21,89 4,02 7,01 4,13 14,94 4,048 a 11 anos 100 4,04 4,94 4,01 31,56 4,05 6,77 4,16 15,35 4,0812 anos ou mais 100 4,18 4,95 3,44 56,08 4,12 6,77 4,3 17,6 4,23

Categoria

Anos de Estudo

Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados do Suplemento de Saúde da PNAD. O objetivo deste estudo é ajudar o esforço de levar a medicina aonde ela é mais necessária através da análise do mercado de trabalho dos médicos. A análise é empreendida em dois níveis, a saber: i) comparando a escassez de médicos com a de outras carreiras universitárias. ii) mergulhando na distribuição espacial das características dos médicos Saúde financeira A pesquisa ainda analisa o impacto das doenças sobre a saúde financeira das famílias. No caso dos analfabetos 47,96% deles tiveram despesas privadas de saúde que consumiram 20,4% do salário dos doentes pobres em remédios e serviços médicos. No caso das pessoas com o nível universitário 34,6% incorreram em despesas de saúde o que equivale a 9,4% dos seus orçamentos. Paradoxalmente quem pode menos, paga relativamente mais do seu próprio bolso.

Page 61: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

60

Plano da Pesquisa Os médicos ocupam a liderança da escassez em todos os indicadores de trabalhistas, como taxa de ocupação, salário e jornada. Apresentamos informações sobre a evolução recente da disponibilidade e do desempenho trabalhista dos médicos brasileiros, além de rankings da quantidade de médicos por habitantes entre paises, assim como para estados e municípios brasileiros. A pesquisa demonstra que a assimétrica distribuição espacial de médicos, não se dá apenas entre estados, mas no interior dos mesmos. Estados como o do Rio de Janeiro e do Espírito Santo se destacam por abrigarem cidades com os maiores assim como os menores número de médicos por habitantes. O estudo analisa movimentos pendulares dos médicos que moram em um município e trabalham em outro, assim como a migração destes profissionais entre estados e municípios, inclusive aqueles que migraram depois de estudar, procurando subsidiar o debate em torno da iniciativa federal de ampliar o quadro permanente de médicos em cada região com base em incentivos concedidos a recém-formandos em Universidades Federais. A pesquisa aborda também o lado dos pacientes enfocando o movimento de pacientes que migram de um município a outro em busca de atendimento médico. A pesquisa dá uma especial atenção ao impacto da incidência de doenças sobre o bem estar subjetivo e material dos doentes. É feita uma análise do acesso e da qualidade percebidos do atendimento de saúde. Os resultados demonstram que a população mais pobre não é só quem fica mais doente, mas aquela que lida pior com a doença por terem menos acesso a políticas preventivas, e acabam se hospitalizando com mais freqüência. Pesquisas de orçamentos permitem medir os impactos dos choques de saúde sobre a saúde financeira das famílias. Além da análise e interpretação próprias, a pesquisa disponibiliza sistemas de provisão de informação interativos e amigáveis voltados aos cidadãos comuns, com informações inéditas e com produtos em linguagem acessível tais como panoramas geradores de tabulações ao gosto do usuário e simuladores de probabilidades desenvolvidos a partir de modelos estatísticos estimados, além de mapas e rankings para municípios brasileiros. Toda informação é sobre o trabalho dos médicos e em relação ao serviço prestado à população geral é apresentada para o Brasil e para o Estado do Rio de Janeiro, como forma de auxiliar ações relativas a epidemia de dengue em curso. O sítio da pesquisa permite a cada um traçar o panorama da extensão, causas e conseqüências da falta de serviços de saúde e de médicos na sua localidade, respondendo questões básicas do tipo: "Quem são?", "Onde vivem?", "Onde trabalham?", "Quanto ganham" "Quanto trabalham", entre outras.

Page 62: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

61

Ranking Controlado Resumido (Principais Níveis Educacionais) Espelho Educacional

RETORNOS DA EDUCAÇÃO Diferenciais de Salários

Chance de Ocupação

Ranking Geral

Ranking

ControladoRanking

Controlado

Medicina - Mestrado ou Doutorado 1 2 1503% 1 17,9978Medicina - Graduação 2 6 1175% 5 13,2253Administração - Mestrado ou Doutorado 3 1 1524% 15 9,4077Econômicas e Contábeis - Mestrado ou Doutorado 4 3 1367% 21 8,1718Engenharia - Mestrado ou Doutorado 5 4 1365% 20 8,3505Direito - Mestrado ou Doutorado 6 5 1347% 27 7,7442Propaganda e Marketing - Graduação 7 14 974% 24 7,9711Ciências da Computação - Graduação 8 27 783% 12 10,1658Arquitetura e Urbanismo - Graduação 9 24 847% 19 8,4678Frequenta - mestrado ou doutorado 10 21 864% 40 5,8538Engenharia - Graduação 11 11 1070% 53 4,5965Direito - Graduação 12 20 896% 44 5,5184Comunicação Social - Graduação 13 30 755% 35 6,2015Psicologia - Graduação 14 36 676% 31 7,0719Administração - Graduação 15 34 728% 43 5,6609Letras - Graduação 16 51 476% 28 7,6919Ciências Econômicas - Graduação 17 25 815% 55 4,3521História - Graduação 18 57 400% 23 8,0116Pedagogia - Graduação 19 52 453% 32 6,7977Teologia - Graduação 20 61 286% 56 4,1267Frequenta - graduação 21 60 327% 61 3,0158Ensino médio ou 2º grau 22 65 218% 60 3,5259Não concluiu - 2º grau 23 67 163% 63 2,3705Frequenta - supletivo (2º grau) 24 68 146% 62 2,6123Ensino fundamental ou 1º grau 25 70 135% 64 2,1958Frequenta - pré-vestibular 26 64 221% 77 1,4344Frequenta - supletivo(1º grau) 27 75 85% 68 1,7203Não concluiu - 1º grau 28 77 72% 70 1,6694Antigo primário 29 78 71% 74 1,6367Alfabetização de adultos 30 82 10% 72 1,6561Frequenta - ensino fundamental 31 76 74% 79 1,1422Já frequentou e não concluiu - antigo primário 32 80 28% 76 1,4711Frequenta - alfabetização de adultos 33 81 10% 75 1,557Nunca Frequentou 34 83 0% 80 1

Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos Microdados do Cens o 2000 do IBGE

Page 63: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

62

RETORNOS DA EDUCAÇÃO Diferenciais de Salários

Chance de Ocupação

Ranking ControladoRanki

ng Geral

Ranking

ControladoRanking

Controlado

. .Medicina - Mestrado ou Doutorado 1 2 1503% 1 18,00 . .Medicina - Graduação 2 6 1175% 5 13,23 . .Outros de Ciências Biológicas e da Saúde - Mestrado ou Doutorado 3 10 1073% 4 13,50 . .Administração - Mestrado ou Doutorado 4 1 1524% 15 9,41 . .Outros Ciências Exatas e Tecnológicas. Excl. Eng. - Mestrado ou doutorado 5 8 1132% 11 10,36 . .Ciências Agrárias - Mestrado ou Doutorado 6 9 1079% 14 9,53 . .Ciências Econômicas e Contábeis - Mestrado ou Doutorado 7 3 1367% 21 8,17 . .Engenharia - Mestrado ou Doutorado 8 4 1365% 20 8,35 . .Odontologia - Graduação 9 19 905% 6 12,12 . .Outros de Ciências Humanas e Sociais - Mestrado ou Doutorado 10 16 961% 10 10,61 . .Outros cursos de Mestrado ou Doutorado 11 12 1044% 18 8,48 . .Outros de Letras e Artes - Graduação 12 29 761% 2 14,96 . .Direito - Mestrado ou Doutorado 13 5 1347% 27 7,74 . .Letras e Artes - Mestrado ou Doutorado 14 23 859% 9 10,96 . .Enfermagem - Graduação 15 28 772% 7 11,21 . .Farmácia - Graduação 16 32 749% 3 13,72 . .Propaganda e Marketing - Graduação 17 14 974% 24 7,97 . .Ciências da Computação - Graduação 18 27 783% 12 10,17 . .Pedagogia - Mestrado ou Doutorado 19 31 755% 8 11,10 . .Arquitetura e Urbanismo - Graduação 20 24 847% 19 8,47 . .Engenharia Química e Industrial - Graduação 21 13 979% 39 5,87 . .Outros de Ciências Biológicas e da Saúde - Graduação 22 39 640% 16 9,10 . .Engenharia Civil - Graduação 23 18 951% 42 5,85Frequenta - mestrado ou doutorado 24 21 864% 40 5,85 . .Matemática - Graduação 25 48 523% 13 9,91 . .Outros cursos de Engenharia - Graduação 26 11 1070% 53 4,60 . .Direito - Graduação 27 20 896% 44 5,52 . .Medicina Veterinária - Graduação 28 35 705% 29 7,40 . .Comunicação Social - Graduação 29 30 755% 35 6,20 . .Outros de Ciências Humanas e Sociais - Graduação 30 33 744% 33 6,57 . .Engenharia Mecânica - Graduação 31 15 965% 52 4,87 . .Engenharia Elétrica e Eletrônica - Graduação 32 17 958% 50 5,26 . .Geologia - Graduação 33 22 862% 45 5,43 . .Psicologia - Graduação 34 36 676% 31 7,07 . .Química - Graduação 35 40 635% 30 7,08 . .Militar 36 7 1153% 65 1,76 . .Biologia - Graduação 37 50 499% 25 7,88 . .Ciências - Graduação 38 59 383% 17 8,52 . .Estatística - Graduação 39 26 814% 51 5,16 . .Administração - Graduação 40 34 728% 43 5,66 . .Serviço Social - Graduação 41 44 601% 34 6,39 . .Física - Graduação 42 42 622% 37 6,01 . .Letras - Graduação 43 51 476% 28 7,69 . .Ciências Econômicas - Graduação 44 25 815% 55 4,35 . .Educação Física - Graduação 45 54 440% 26 7,84 . .História - Graduação 46 57 400% 23 8,01 . .Geografia - Graduação 47 58 394% 22 8,03 . .Formação Professores Disciplinas Especiais - Graduação 48 46 555% 36 6,07 . .Outros cursos de Graduação 49 45 577% 38 5,90 . .Biblioteconomia - Graduação 50 38 658% 46 5,42 . .Pedagogia - Graduação 51 52 453% 32 6,80 . .Agronomia - Graduação 52 37 675% 48 5,39 . .Artes - Graduação 53 47 528% 41 5,85 . .Ciências Contábeis e Atuariais - Graduação 54 43 607% 49 5,28 . .Outros de Ciências Exatas e Tecnológicas. exclusive Engenharia - Graduação 55 41 631% 58 3,65 . .Ciências e Estudos Sociais - Graduação 56 53 444% 47 5,40 . .Outros de Ciências Agrárias - Graduação 57 49 516% 54 4,60 . .Filosofia - Graduação 58 56 411% 57 3,83Já frequentou e não concluiu - superior – graduação 59 55 417% 59 3,53 . .Teologia - Graduação 60 61 286% 56 4,13Frequenta - superior – graduação 61 60 327% 61 3,022º grau completo - já saiu da escola 62 63 222% 60 3,422º grau incompleto - já saiu da escola 63 65 163% 63 2,33Frequenta - supletivo (ensino médio ou 2º grau) 64 66 146% 62 2,611º grau completo - já saiu da escola 65 67 137% 64 2,11Frequenta - pré-vestibular 66 64 221% 69 1,43Frequenta - supletivo(ensino fundamental ou 1º grau) 67 69 85% 66 1,72Frequenta - pré-escolar 68 62 245% 74 0,46Frequenta - 2º grau 69 68 103% 70 1,311º grau incompleto - já saiu da escola 70 71 62% 68 1,61 - alfabetização de adultos 71 73 10% 67 1,66Alfabetização de adultos 72 70 78% 73 0,84Frequenta - ensino fundamental ou 1º grau 73 72 41% 72 0,85

Nunca Frequentou 74 74 0% 71 1,00

Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos Microdados do Cens o 2000 do IBGE

Page 64: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

63

Rankings Não Controlados das Carreiras Apresentamos abaixo a ordenação simples (isto é sem controles) das carreiras por quesitos como probabilidade de ocupação, rendimento mensal do trabalho, jornada semanal de trabalho e salário-hora.

População em Idade Ativa - PIABrasil

Educação - Ranking Taxa de Ocupação

% Ocupados

na PIARanking

1 Já frequentou e concluiu. .Medicina - Mestrado ou Doutorado 95.592 Já frequentou e concluiu. .Medicina - Graduação 93.823 Já frequentou e concluiu. .Outros de Letras e Artes - Graduação 93.694 Já frequentou e concluiu. .Engenharia - Mestrado ou Doutorado 92.195 Já frequentou e concluiu. .Odontologia - Graduação 91.726 Já frequentou e concluiu. .Ciências Agrárias - Mestrado ou Doutorado 91.147 Já frequentou e concluiu. .Outros de Ciências Exatas e Tecnológicas, exclusive Engenharia - Mestrado ou doutorado91.078 Já frequentou e concluiu. .Outros de Ciências Biológicas e da Saúde - Mestrado ou Doutorado 91.069 Já frequentou e concluiu. .Farmácia - Graduação 90.73

10 Já frequentou e concluiu. .Administração - Mestrado ou Doutorado 90.5711 Já frequentou e concluiu. .Ciências da Computação - Graduação 90.5712 Já frequentou e concluiu. .Engenharia Mecânica - Graduação 90.0713 Já frequentou e concluiu. .Engenharia Civil - Graduação 90.0614 Já frequentou e concluiu. .Engenharia Elétrica e Eletrônica - Graduação 89.8315 Já frequentou e concluiu. .Agronomia - Graduação 89.7016 Já frequentou e concluiu. .Ciências Econômicas e Contábeis - Mestrado ou Doutorado 89.6717 Já frequentou e concluiu. .Medicina Veterinária - Graduação 89.4918 Já frequentou e concluiu. .Outros cursos de Engenharia - Graduação 88.7119 Já frequentou e concluiu. .Outros cursos de Mestrado ou Doutorado 88.4620 Já frequentou e concluiu. .Direito - Mestrado ou Doutorado 87.4921 Já frequentou e concluiu. .Engenharia Química e Industrial - Graduação 87.2222 Já frequentou e concluiu. .Propaganda e Marketing - Graduação 87.0523 Já frequentou e concluiu. .Geologia - Graduação 87.0024 Já frequentou e concluiu. .Química - Graduação 86.9425 Já frequentou e concluiu. .Arquitetura e Urbanismo - Graduação 86.9026 Já frequentou e concluiu. .Matemática - Graduação 86.7427 Já frequentou e concluiu. .Física - Graduação 86.4528 Já frequentou e concluiu. .Outros de Ciências Humanas e Sociais - Mestrado ou Doutorado 86.2729 Já frequentou e concluiu. .Formação Professores Disciplinas Especiais - Graduação 86.0830 Já frequentou e concluiu. .Educação Física - Graduação 85.7231 Já frequentou e concluiu. .Outros de Ciências Agrárias - Graduação 85.1432 Já frequentou e concluiu. .Letras e Artes - Mestrado ou Doutorado 84.5733 Já frequentou e concluiu. .Enfermagem - Graduação 84.5134 Já frequentou e concluiu. .Administração - Graduação 83.9635 Já frequentou e concluiu. .Ciências Contábeis e Atuariais - Graduação 83.7436 Já frequentou e concluiu. .Pedagogia - Mestrado ou Doutorado 83.3037 Já frequentou e concluiu. .Ciências - Graduação 82.8738 Já frequentou e concluiu. .Outros de Ciências Exatas e Tecnológicas, exclusive Engenharia - Graduação 82.6839 Já frequentou e concluiu. .Outros cursos de Graduação 82.5140 Já frequentou e concluiu. .Direito - Graduação 82.2541 Já frequentou e concluiu. .Estatística - Graduação 82.1342 Já frequentou e concluiu. .Outros de Ciências Biológicas e da Saúde - Graduação 82.03

Page 65: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

64

Taxa de Ocupação (%) - cont

População em Idade Ativa - PIABrasil

Educação - Ranking Taxa de Ocupação

% Ocupados

na PIARanking

43 Já frequentou e concluiu. .Ciências Econômicas - Graduação 81.9044 Frequenta - superior – mestrado ou doutorado 81.7845 Já frequentou e concluiu. .Biologia - Graduação 81.7146 Já frequentou e concluiu. .Geografia - Graduação 81.6047 Já frequentou e concluiu. .História - Graduação 80.9348 Já frequentou e concluiu. .Outros de Ciências Humanas e Sociais - Graduação 80.7849 Já frequentou e concluiu. .Comunicação Social - Graduação 80.5450 Já frequentou e concluiu. .Teologia - Graduação 79.8351 Já frequentou e concluiu. .Militar 78.6552 Já frequentou e concluiu. .Letras - Graduação 78.5153 Já frequentou e concluiu. .Psicologia - Graduação 78.0554 Já frequentou e concluiu. .Artes - Graduação 76.4255 Já frequentou e concluiu. .Pedagogia - Graduação 74.5256 Já frequentou e não concluiu - superior – graduação 74.3457 Já frequentou e concluiu. .Serviço Social - Graduação 74.2758 Já frequentou e concluiu. .Ciências e Estudos Sociais - Graduação 72.8959 Já frequentou e concluiu. .Biblioteconomia - Graduação 71.9060 Já frequentou e concluiu. .Filosofia - Graduação 70.3261 Já frequentou e concluiu - ensino médio ou 2º grau 68.9462 Frequenta - superior – graduação 62.8263 Já frequentou e não concluiu - ensino médio ou 2º grau 60.8964 Frequenta - supletivo (ensino médio ou 2º grau) 59.2365 Já frequentou e concluiu - ensino fundamental ou 1º grau 59.1366 Já frequentou e não concluiu - antigo clássico, científico, etc 53.4767 Já frequentou e concluiu - alfabetização de adultos 52.8368 Já frequentou e concluiu - antigo clássico, científico, etc 52.6669 Já frequentou e não concluiu - antigo ginásio 52.0370 Já frequentou e não concluiu - ensino fundamental ou 1º grau 51.9971 Já frequentou e concluiu - antigo ginásio 51.7472 Já frequentou e não concluiu - nenhum 50.7573 Já frequentou e concluiu - antigo primário 49.6874 Já frequentou e não concluiu - antigo primário 48.0175 Frequenta - alfabetização de adultos 47.4176 Frequenta - ensino médio ou 2º grau – regular não-seriado 44.3177 Frequenta - supletivo(ensino fundamental ou 1º grau) 44.2978 Nunca Frequentou 41.8279 Frequenta - pré-vestibular 39.6680 Frequenta - ensino fundamental ou 1º grau – regular não-seriado 37.4481 Frequenta - ensino médio ou 2º grau – regular seriado 31.4382 Frequenta - ensino fundamental ou 1º grau – regular seriado 26.91

Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados Censo Demográfico de 2000/IBGE.

Page 66: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

65

Renda de Todos os Trabalhos

BrasilPopulação em Idade Ativa - PIA

RankingEducação - Ranking da Renda de todos os Trabalhos

Salário Médio

1 Já frequentou e concluiu. .Medicina - Mestrado ou Doutorado 8966.072 Já frequentou e concluiu. .Administração - Mestrado ou Doutorado 8012.103 Já frequentou e concluiu. .Direito - Mestrado ou Doutorado 7540.794 Já frequentou e concluiu. .Ciências Econômicas e Contábeis - Mestrado ou Doutorado 7085.245 Já frequentou e concluiu. .Engenharia - Mestrado ou Doutorado 6938.396 Já frequentou e concluiu. .Medicina - Graduação 6705.827 Já frequentou e concluiu. .Outros cursos de Engenharia - Graduação 6141.058 Já frequentou e concluiu. .Engenharia Mecânica - Graduação 5576.499 Já frequentou e concluiu. .Engenharia Civil - Graduação 5476.85

10 Já frequentou e concluiu. .Outros cursos de Mestrado ou Doutorado 5439.3211 Já frequentou e concluiu. .Outros de Ciências Exatas e Tecnológicas, exclusive Engenharia - Mestrado ou doutorado5349.9612 Já frequentou e concluiu. .Geologia - Graduação 5285.7713 Já frequentou e concluiu. .Engenharia Elétrica e Eletrônica - Graduação 5231.0714 Já frequentou e concluiu. .Militar 5039.1415 Já frequentou e concluiu. .Ciências Agrárias - Mestrado ou Doutorado 5028.3716 Já frequentou e concluiu. .Outros de Ciências Biológicas e da Saúde - Mestrado ou Doutorado 4947.4417 Já frequentou e concluiu. .Engenharia Química e Industrial - Graduação 4844.9218 Já frequentou e concluiu. .Outros de Ciências Humanas e Sociais - Mestrado ou Doutorado 4677.1419 Já frequentou e concluiu. .Direito - Graduação 4649.6320 Já frequentou e concluiu. .Ciências Econômicas - Graduação 4644.6721 Já frequentou e concluiu. .Agronomia - Graduação 4356.5622 Já frequentou e concluiu. .Propaganda e Marketing - Graduação 4199.0523 Já frequentou e concluiu. .Odontologia - Graduação 4075.6324 Já frequentou e concluiu. .Administração - Graduação 4006.6125 Já frequentou e concluiu. .Outros de Ciências Exatas e Tecnológicas, exclusive Engenharia - Graduação 3949.8626 Frequenta - superior – mestrado ou doutorado 3928.0727 Já frequentou e concluiu. .Letras e Artes - Mestrado ou Doutorado 3864.8228 Já frequentou e concluiu. .Estatística - Graduação 3846.2129 Já frequentou e concluiu. .Arquitetura e Urbanismo - Graduação 3835.0830 Já frequentou e concluiu. .Medicina Veterinária - Graduação 3758.9431 Já frequentou e concluiu. .Física - Graduação 3516.5232 Já frequentou e concluiu. .Química - Graduação 3474.3833 Já frequentou e concluiu. .Comunicação Social - Graduação 3435.0934 Já frequentou e concluiu. .Formação Professores Disciplinas Especiais - Graduação 3408.6035 Já frequentou e concluiu. .Farmácia - Graduação 3381.9836 Já frequentou e concluiu. .Ciências da Computação - Graduação 3325.4037 Já frequentou e concluiu. .Outros de Ciências Agrárias - Graduação 3278.0438 Já frequentou e concluiu. .Pedagogia - Mestrado ou Doutorado 3219.1439 Já frequentou e concluiu. .Ciências Contábeis e Atuariais - Graduação 3105.6040 Já frequentou e concluiu. .Outros de Ciências Humanas e Sociais - Graduação 3099.1041 Já frequentou e concluiu. .Outros cursos de Graduação 2849.4642 Já frequentou e concluiu. .Outros de Letras e Artes - Graduação 2839.52

Page 67: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

66

Renda de Todos os Trabalhos – cont.

BrasilPopulação em Idade Ativa - PIA

RankingEducação - Ranking da Renda de todos os Trabalhos

Salário Médio

43 Já frequentou e concluiu. .Psicologia - Graduação 2695.8644 Já frequentou e concluiu. .Enfermagem - Graduação 2543.8045 Já frequentou e concluiu. .Matemática - Graduação 2497.3746 Já frequentou e não concluiu - superior – graduação 2408.7847 Já frequentou e concluiu. .Filosofia - Graduação 2377.1548 Já frequentou e concluiu. .Biblioteconomia - Graduação 2373.1549 Já frequentou e concluiu. .Outros de Ciências Biológicas e da Saúde - Graduação 2369.9250 Já frequentou e concluiu. .Artes - Graduação 2365.2951 Já frequentou e concluiu. .Biologia - Graduação 2235.9952 Já frequentou e concluiu. .Educação Física - Graduação 2172.2653 Já frequentou e concluiu. .Ciências e Estudos Sociais - Graduação 2132.1154 Já frequentou e concluiu - antigo clássico, científico, etc 2107.8155 Já frequentou e concluiu. .Serviço Social - Graduação 2076.5356 Já frequentou e concluiu. .Letras - Graduação 1931.4557 Já frequentou e concluiu. .História - Graduação 1832.1158 Já frequentou e concluiu. .Geografia - Graduação 1805.2959 Já frequentou e concluiu. .Pedagogia - Graduação 1793.6660 Já frequentou e concluiu. .Teologia - Graduação 1778.8961 Já frequentou e concluiu. .Ciências - Graduação 1719.1262 Já frequentou e não concluiu - antigo clássico, científico, etc 1569.1563 Frequenta - superior – graduação 1337.0464 Já frequentou e concluiu - antigo ginásio 1307.4365 Já frequentou e concluiu - ensino médio ou 2º grau 1147.4366 Já frequentou e não concluiu - antigo ginásio 950.5867 Já frequentou e não concluiu - ensino médio ou 2º grau 944.3868 Já frequentou e concluiu - antigo primário 837.3369 Já frequentou e concluiu - ensino fundamental ou 1º grau 826.9670 Frequenta - pré-vestibular 736.1671 Frequenta - supletivo (ensino médio ou 2º grau) 732.3372 Frequenta - ensino médio ou 2º grau – regular não-seriado 616.0373 Já frequentou e não concluiu - antigo primário 581.0874 Já frequentou e não concluiu - ensino fundamental ou 1º grau 533.0475 Frequenta - supletivo(ensino fundamental ou 1º grau) 507.8376 Frequenta - ensino fundamental ou 1º grau – regular não-seriado 483.7877 Já frequentou e concluiu - alfabetização de adultos 440.1078 Frequenta - ensino médio ou 2º grau – regular seriado 410.0579 Frequenta - alfabetização de adultos 355.8380 Nunca Frequentou 352.0281 Já frequentou e não concluiu - nenhum 318.7582 Frequenta - ensino fundamental ou 1º grau – regular seriado 312.59

Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados Censo Demográfico de 2000/IBGE.

Page 68: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

67

Horas de Todos os Trabalhos

BrasilPopulação em Idade Ativa - PIA

RankingHoras

Trabalhadas

Educação - Ranking de Horas de todos os Trabalhos1 Já frequentou e concluiu. .Medicina - Mestrado ou Doutorado 52.022 Já frequentou e concluiu. .Medicina - Graduação 50.383 Já frequentou e concluiu. .Teologia - Graduação 49.034 Já frequentou e concluiu. .Administração - Mestrado ou Doutorado 46.635 Já frequentou e concluiu - ensino fundamental ou 1º grau 46.516 Já frequentou e não concluiu - antigo ginásio 46.387 Já frequentou e concluiu. .Engenharia Mecânica - Graduação 46.328 Já frequentou e não concluiu - ensino médio ou 2º grau 46.329 Já frequentou e concluiu - antigo primário 46.25

10 Já frequentou e concluiu. .Agronomia - Graduação 46.2511 Já frequentou e concluiu. .Engenharia Civil - Graduação 46.2012 Já frequentou e concluiu - antigo ginásio 46.0713 Já frequentou e não concluiu - ensino fundamental ou 1º grau 46.0714 Já frequentou e concluiu. .Outros cursos de Engenharia - Graduação 46.0015 Já frequentou e não concluiu - antigo clássico, científico, etc 45.9516 Já frequentou e concluiu. .Outros de Ciências Agrárias - Graduação 45.9317 Já frequentou e concluiu. .Direito - Mestrado ou Doutorado 45.7718 Já frequentou e concluiu. .Engenharia Elétrica e Eletrônica - Graduação 45.7019 Já frequentou e concluiu. .Ciências Econômicas e Contábeis - Mestrado ou Doutorado 45.5320 Já frequentou e concluiu. .Medicina Veterinária - Graduação 45.4521 Já frequentou e concluiu. .Engenharia - Mestrado ou Doutorado 45.3222 Já frequentou e não concluiu - antigo primário 45.1723 Já frequentou e concluiu. .Farmácia - Graduação 45.1324 Já frequentou e concluiu. .Outros de Ciências Exatas e Tecnológicas, exclusive Engenharia - Graduação 45.0625 Já frequentou e concluiu. .Geologia - Graduação 44.9926 Já frequentou e concluiu. .Propaganda e Marketing - Graduação 44.8927 Já frequentou e concluiu. .Outros de Letras e Artes - Graduação 44.8528 Já frequentou e concluiu. .Enfermagem - Graduação 44.6429 Já frequentou e concluiu. .Engenharia Química e Industrial - Graduação 44.6430 Já frequentou e concluiu. .Outros cursos de Mestrado ou Doutorado 44.5831 Já frequentou e não concluiu - superior – graduação 44.5332 Já frequentou e concluiu. .Administração - Graduação 44.5033 Já frequentou e concluiu. .Militar 44.5034 Já frequentou e concluiu - ensino médio ou 2º grau 44.2135 Já frequentou e concluiu. .Ciências Contábeis e Atuariais - Graduação 44.0436 Já frequentou e concluiu. .Ciências Econômicas - Graduação 43.9737 Nunca Frequentou 43.8438 Já frequentou e concluiu. .Outros de Ciências Exatas e Tecnológicas, exclusive Engenharia - Mestrado ou doutorado43.7839 Já frequentou e concluiu - antigo clássico, científico, etc 43.6640 Já frequentou e concluiu. .Formação Professores Disciplinas Especiais - Graduação 43.6341 Já frequentou e concluiu. .Ciências da Computação - Graduação 43.5742 Já frequentou e concluiu. .Ciências Agrárias - Mestrado ou Doutorado 43.51

Page 69: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

68

Horas de Todos os Trabalhos – cont.

BrasilPopulação em Idade Ativa - PIA

RankingHoras

Trabalhadas

Educação - Ranking de Horas de todos os Trabalhos43 Já frequentou e concluiu. .Outros de Ciências Humanas e Sociais - Graduação 43.4244 Já frequentou e concluiu. .Química - Graduação 43.4045 Já frequentou e concluiu. .Arquitetura e Urbanismo - Graduação 43.3546 Já frequentou e concluiu - alfabetização de adultos 43.3447 Frequenta - supletivo(ensino fundamental ou 1º grau) 43.1348 Já frequentou e não concluiu - nenhum 43.0849 Já frequentou e concluiu. .Física - Graduação 42.9750 Já frequentou e concluiu. .Outros de Ciências Biológicas e da Saúde - Mestrado ou Doutorado 42.9051 Já frequentou e concluiu. .Comunicação Social - Graduação 42.8752 Frequenta - supletivo (ensino médio ou 2º grau) 42.8353 Já frequentou e concluiu. .Estatística - Graduação 42.4454 Já frequentou e concluiu. .Direito - Graduação 42.4055 Já frequentou e concluiu. .Outros cursos de Graduação 42.0256 Frequenta - superior – mestrado ou doutorado 41.9257 Já frequentou e concluiu. .Outros de Ciências Humanas e Sociais - Mestrado ou Doutorado 41.8558 Já frequentou e concluiu. .Matemática - Graduação 41.6459 Já frequentou e concluiu. .Odontologia - Graduação 41.5260 Frequenta - ensino fundamental ou 1º grau – regular não-seriado 41.5061 Frequenta - alfabetização de adultos 41.0862 Frequenta - ensino médio ou 2º grau – regular não-seriado 41.0163 Já frequentou e concluiu. .Educação Física - Graduação 40.8264 Já frequentou e concluiu. .Pedagogia - Mestrado ou Doutorado 40.7165 Já frequentou e concluiu. .Filosofia - Graduação 40.5866 Já frequentou e concluiu. .Biologia - Graduação 40.5267 Frequenta - ensino médio ou 2º grau – regular seriado 40.2868 Frequenta - ensino fundamental ou 1º grau – regular seriado 39.9269 Já frequentou e concluiu. .Geografia - Graduação 39.9270 Já frequentou e concluiu. .Letras e Artes - Mestrado ou Doutorado 39.9171 Frequenta - pré-vestibular 39.7872 Já frequentou e concluiu. .Ciências - Graduação 39.6073 Já frequentou e concluiu. .Ciências e Estudos Sociais - Graduação 39.3674 Já frequentou e concluiu. .História - Graduação 39.2175 Já frequentou e concluiu. .Artes - Graduação 38.8976 Já frequentou e concluiu. .Biblioteconomia - Graduação 38.8877 Já frequentou e concluiu. .Letras - Graduação 38.7378 Já frequentou e concluiu. .Outros de Ciências Biológicas e da Saúde - Graduação 38.5379 Já frequentou e concluiu. .Serviço Social - Graduação 38.3780 Já frequentou e concluiu. .Pedagogia - Graduação 38.1581 Já frequentou e concluiu. .Psicologia - Graduação 37.6882 Frequenta - superior – graduação 37.38

Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados Censo Demográfico de 2000/IBGE.

Page 70: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

69

Salário-Hora

População em Idade Ativa - PIABrasil

Educação- Ranking Salário-Hora (todos os trabalhos)Salário-Hora

Ranking1 Já frequentou e concluiu. .Medicina - Mestrado ou Doutorado 41.732 Já frequentou e concluiu. .Ciências Econômicas e Contábeis - Mestrado ou Doutorado 40.243 Já frequentou e concluiu. .Administração - Mestrado ou Doutorado 40.114 Já frequentou e concluiu. .Direito - Mestrado ou Doutorado 39.855 Já frequentou e concluiu. .Engenharia - Mestrado ou Doutorado 35.896 Já frequentou e concluiu. .Medicina - Graduação 32.287 Já frequentou e concluiu. .Outros cursos de Engenharia - Graduação 31.898 Já frequentou e concluiu. .Outros de Ciências Exatas e Tecnológicas, exclusive Engenharia - Mestrado ou doutorado28.759 Já frequentou e concluiu. .Outros cursos de Mestrado ou Doutorado 28.58

10 Já frequentou e concluiu. .Militar 28.3911 Já frequentou e concluiu. .Engenharia Mecânica - Graduação 28.2412 Já frequentou e concluiu. .Engenharia Civil - Graduação 27.7213 Já frequentou e concluiu. .Outros de Ciências Humanas e Sociais - Mestrado ou Doutorado 27.5414 Já frequentou e concluiu. .Ciências Agrárias - Mestrado ou Doutorado 27.2215 Já frequentou e concluiu. .Outros de Ciências Biológicas e da Saúde - Mestrado ou Doutorado 27.1516 Já frequentou e concluiu. .Engenharia Elétrica e Eletrônica - Graduação 26.6517 Já frequentou e concluiu. .Direito - Graduação 26.2018 Já frequentou e concluiu. .Geologia - Graduação 26.1719 Já frequentou e concluiu. .Ciências Econômicas - Graduação 25.3020 Já frequentou e concluiu. .Engenharia Química e Industrial - Graduação 25.1621 Já frequentou e concluiu. .Odontologia - Graduação 23.3822 Já frequentou e concluiu. .Letras e Artes - Mestrado ou Doutorado 23.2023 Já frequentou e concluiu. .Propaganda e Marketing - Graduação 22.0824 Frequenta - superior – mestrado ou doutorado 21.9925 Já frequentou e concluiu. .Agronomia - Graduação 21.6626 Já frequentou e concluiu. .Administração - Graduação 21.2527 Já frequentou e concluiu. .Arquitetura e Urbanismo - Graduação 21.2428 Já frequentou e concluiu. .Outros de Ciências Exatas e Tecnológicas, exclusive Engenharia - Graduação 20.7729 Já frequentou e concluiu. .Estatística - Graduação 20.6930 Já frequentou e concluiu. .Física - Graduação 19.9931 Já frequentou e concluiu. .Química - Graduação 19.3632 Já frequentou e concluiu. .Medicina Veterinária - Graduação 19.2333 Já frequentou e concluiu. .Comunicação Social - Graduação 19.1934 Já frequentou e concluiu. .Formação Professores Disciplinas Especiais - Graduação 18.8835 Já frequentou e concluiu. .Pedagogia - Mestrado ou Doutorado 18.8436 Já frequentou e concluiu. .Psicologia - Graduação 17.8837 Já frequentou e concluiu. .Ciências da Computação - Graduação 17.7238 Já frequentou e concluiu. .Outros de Ciências Agrárias - Graduação 17.4839 Já frequentou e concluiu. .Farmácia - Graduação 17.2740 Já frequentou e concluiu. .Outros de Ciências Humanas e Sociais - Graduação 17.1341 Já frequentou e concluiu. .Ciências Contábeis e Atuariais - Graduação 16.5942 Já frequentou e concluiu. .Outros cursos de Graduação 16.48

Page 71: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

70

Salário–Hora – cont.

População em Idade Ativa - PIABrasil

Educação- Ranking Salário-Hora (todos os trabalhos)Salário-Hora

Ranking43 Já frequentou e concluiu. .Artes - Graduação 15.1344 Já frequentou e concluiu. .Outros de Ciências Biológicas e da Saúde - Graduação 15.1145 Já frequentou e concluiu. .Filosofia - Graduação 14.9046 Já frequentou e concluiu. .Biblioteconomia - Graduação 14.5847 Já frequentou e concluiu. .Outros de Letras e Artes - Graduação 14.4048 Já frequentou e concluiu. .Matemática - Graduação 14.1849 Já frequentou e concluiu. .Enfermagem - Graduação 13.6550 Já frequentou e concluiu. .Ciências e Estudos Sociais - Graduação 13.0451 Já frequentou e concluiu. .Educação Física - Graduação 13.0152 Já frequentou e não concluiu - superior – graduação 12.9453 Já frequentou e concluiu. .Serviço Social - Graduação 12.9254 Já frequentou e concluiu. .Biologia - Graduação 12.8955 Já frequentou e concluiu. .Letras - Graduação 12.2856 Já frequentou e concluiu - antigo clássico, científico, etc 11.6657 Já frequentou e concluiu. .Pedagogia - Graduação 11.3558 Já frequentou e concluiu. .História - Graduação 11.3359 Já frequentou e concluiu. .Geografia - Graduação 10.9160 Já frequentou e concluiu. .Ciências - Graduação 10.2861 Já frequentou e concluiu. .Teologia - Graduação 9.9462 Frequenta - superior – graduação 8.2963 Já frequentou e não concluiu - antigo clássico, científico, etc 8.2264 Já frequentou e concluiu - antigo ginásio 6.9765 Já frequentou e concluiu - ensino médio ou 2º grau 6.2066 Já frequentou e não concluiu - ensino médio ou 2º grau 4.9967 Já frequentou e não concluiu - antigo ginásio 4.9868 Frequenta - pré-vestibular 4.5169 Já frequentou e concluiu - antigo primário 4.3270 Já frequentou e concluiu - ensino fundamental ou 1º grau 4.2871 Frequenta - supletivo (ensino médio ou 2º grau) 4.1872 Frequenta - ensino médio ou 2º grau – regular não-seriado 3.7273 Já frequentou e não concluiu - antigo primário 3.0674 Frequenta - supletivo(ensino fundamental ou 1º grau) 2.8975 Frequenta - ensino fundamental ou 1º grau – regular não-seriado 2.8076 Já frequentou e não concluiu - ensino fundamental ou 1º grau 2.7777 Frequenta - ensino médio ou 2º grau – regular seriado 2.4978 Já frequentou e concluiu - alfabetização de adultos 2.3979 Frequenta - alfabetização de adultos 2.1080 Nunca Frequentou 1.9681 Frequenta - ensino fundamental ou 1º grau – regular seriado 1.8782 Já frequentou e não concluiu - nenhum 1.76

Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados Censo Demográfico de 2000/IBGE.

Page 72: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

71

Ilustração Carioca A pesquisa apresenta Rankings das Carreiras nacional e detalhados para as 27 Unidades da Federação e 200 maiores municípios do país, respondendo a questões diversas, tais como: Em que carreira se ganha mais? Que profissão apresenta a maior chance de se conseguir emprego? Qual a profissão que apresenta a maior jornada de trabalho? E o salário-hora?. Exemplificamos o uso destes dados para o município do Rio de Janeiro. O maior salário na Cidade Maravilhosa é dos pós-graduados em Direito (R$ 6.050 ), Administração (R$ 5.431), Economia (R$ 5.426) e Medicina (R$ 5.258 ), está em quinto lugar, sendo superada também pelos graduados em Geologia (R$ 5296)6, todos com salários superiores a 5.300 reais mensais. Observamos também que a maior jornada de trabalho entre todas as profissões é a dos médicos pós-graduado (50 horas) e Graduados (49 horas) seguido pelo extremo oposto do espectro educacional, que são aqueles que completaram a alfabetização de adultos (47 horas). O resultado da nem sempre harmoniosa determinante dos vetores salário e jornada, o salário auferido por hora trabalhada, é liderado pelos mestres e doutores em Economia e áreas afins (40 reais por hora trabalhada), seguido por Direito (31 reais/hora) e Administração (28 reais/hora). Estas informações, abertas para unidades da federação e para os 200 maiores municípios brasileiros, estarão disponíveis em extenso banco de dados disponibilizado junto com a pesquisa, que oferece além das informações os dispositivos supra-citados. Apresentamos ainda para as principais profissões Rankings Espaciais. Podemos ver, por exemplo, em que estado (ou capital) determinada profissão apresenta os maiores salários. Para isso serão disponibilizados rankings, de forma a cada pessoa ver a posição relativa de sua carreira num espectro com mais de 80 níveis educacionais e carreiras universitárias. Este tipo de informação pode ajudar as pessoas na decisão de migrar para outras áreas onde o seu ofício é mais valorizado. Por exemplo: Os médicos, em geral, que como vimos no território nacional são os mais workaholics, trabalhando em média 52 horas por semana. Entre as capitais, Palmas e Porto Velho são lugares onde os médicos trabalham mais e Rio Branco e Brasília onde ganham mais. Também são os líderes em salário-hora seguido de perto pelos advogados que ganham 2895, mas trabalham 42 horas em média. Teologia é a carreira universitária com menores salários, 1183 reais, mas também são os segundos que trabalham mais. Retratos das Carreiras A fim de entender dos diferentes retornos no mercado de trabalho apresentamos um perfil comparativo dos graduados (mas não pós-graduados) em carreiras universitárias selecionadas, a saber: Medicina, Engenharia, Direito, Administração, Economia e Comunicação Social. Nos perguntamos questões básicas do tipo “Quem são?”, “O que fazem?”, “Como vivem?”, “Onde Vivem?” os médicos, entre outras. Utilizamos para isto a ferramenta

6 Estes salários regionalizados estão a preços de 2000 para trazer a valor atual (tal como no caso dos nacionais) é só multiplica-los pelo fator acumulado de inflação (IPCA) de 1,55 ocorrido entre a data do Censo e a atual.

Page 73: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

72

desenvolvida para este projeto, chamada Panorama dos Resultados Trabalhistas. Mais a frente, voltaremos a usar esta ferramenta para captar as correlações entre carreiras profissionais e distribuição de posições na ocupação e na desocupação mediadas por estas variáveis. Comparação de Percepções de Saneamento E Outros Serviços Públicos – Município do Rio Apresentamos abaixo um zoom das percepções da qualidade de acesso a serviços de saúde no município do Rio de Janeiro e suas áreas de Planejamento (APs) feitas em março de 2008 pela Rio, Como Vamos, movimento que acaba de nascer dedicado a causa. Serviços de saúde e segurança constituem os objetos das piores percepções dos usuários sendo superadas de longe pelas qualidades percebidas dos demais serviços públicos aí incluindo Esgoto, Lixo, Luz, Água, Telefonia e Educação. Por exemplo, 32% dos usuários percebem como muito ruim os serviços de saúde e de segurança contra menos de 10% nos outros sete serviços considerados. A distribuição geográfica no interior do município do Rio das maiores taxas de incidência de percepções muito ruins de saúde indicam em ordem decrescente: Norte (49%), Sul (41%), Oeste / Barra-Jacaré (39%) e Centro (31%).

Município do Rio Avaliação dos serviços pelos usuários

ServiçoMuito ruim

Ruim Regular BomMuito bom

Coleta de lixo 2% 2% 8% 26% 62%Energia elétrica 4% 4% 14% 33% 45%Água 5% 4% 16% 30% 45%Telefone fixo 6% 5% 16% 33% 40%Esgoto 9% 5% 18% 29% 38%Educação 7% 6% 20% 28% 38%Transporte 9% 7% 24% 37% 22%Saúde 32% 11% 23% 15% 19%Segurança 32% 12% 24% 18% 12% Fonte: Rio Como Vamos - Março de 2008

Município do Rio Avaliação dos serviços por Área de Planejamento

Muito ruim e Ruim

RegularBom e Muito bom

Muito ruim e Ruim

RegularBom e Muito bom

Muito ruim e Ruim

RegularBom e Muito bom

Muito ruim e Ruim

RegularBom e Muito bom

Muito ruim e Ruim

RegularBom e Muito bom

Água 9% 11% 79% 6% 19% 75% 12% 13% 75% 6% 19% 75% 8% 15% 76%Coleta de lixo 5% 10% 84% 5% 8% 86% 5% 7% 88% 3% 17% 80% 2% 6% 92%Educação 7% 17% 74% 10% 16% 74% 14% 23% 62% 8% 18% 73% 16% 20% 63%Energia elétrica 5% 11% 83% 5% 12% 83% 6% 13% 80% 10% 21% 68% 9% 16% 74%Esgoto 22% 16% 62% 11% 19% 69% 12% 19% 67% 13% 20% 66% 16% 17% 66%Saúde 31% 23% 45% 41% 19% 40% 49% 24% 27% 39% 29% 32% 39% 23% 37%Segurança 46% 27% 26% 35% 28% 37% 57% 21% 18% 27% 30% 42% 35% 24% 40%Telefone fixo 12% 12% 76% 9% 19% 71% 15% 14% 71% 6% 19% 75% 7% 16% 76%Transporte 14% 22% 64% 9% 21% 69% 17% 24% 57% 12% 21% 65% 20% 27% 52%

BARRA/ JACARE- OESTE

Serviço

CENTRO SUL NORTE

Fonte: Rio Como Vamos - Março de 2008

Page 74: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

73

Complementarmente, a evolução nos últimos 12 meses tem mostrado piora diferenciada dos serviços de saúde em relação a todas os demais: 41% disseram que pioraram nos últimos 12 meses. O fato de o período cobrir já a epidemia de dengue atual e a crescente pressão de demanda sobre os serviços, provavelmente os de saúde, explica parcela desta deterioração

Município do Rio Percepção de melhoria dos serviços nos últimos 12 meses pelos usuários

Serviço MelhorouPermanece

igualPiorou

Educação 43% 40% 14%Coleta de lixo 41% 55% 4%Água encanada 34% 57% 9%Telefone fixo 32% 53% 14%Esgoto 25% 60% 13%Saúde 19% 38% 41% Fonte: Rio Como Vamos 2008

Page 75: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

74

Conclusões A pesquisa traça um panorama da situação dos médicos no país, demonstrando que eles ocupam a liderança da escassez em todos os principais indicadores trabalhistas, como taxa de ocupação, salário, jornada de trabalho e múltiplas inserções. Regressões evidenciam que tomando o período como um todo os médicos mantém um salário cerca 102% superior daqueles com pelo menos o nível superior incompleto. O estimador de diferenças em diferenças, mostra uma pressão crescente sobre os salários relativo dos médicos ao longo do tempo. Os salários no período 2002 a 2006 dos médicos cresceram 14% mais do que as demais ocupações consideradas. Boa parte deste crescimento relativo ocorreu entre 2002 e 2003. Os dados trabalhistas mostram uma escassez mais alta e crescente dos médicos apesar da notável queda do número de habitantes por médico de 900 para 600 entre 1990 e 2005. A pesquisa apresenta informações sobre a evolução recente da disponibilidade e do desempenho trabalhista dos médicos brasileiros, além de rankings da quantidade de médicos por habitantes entre países, assim como para estados e municípios brasileiros. A pesquisa demonstra assimétrica distribuição espacial de médicos não se dá apenas entre estados, mas no interior dos mesmos. As regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e de Vitória se destacam por abrigarem cidades ao mesmo tempo com as maiores e com as menores razões de médicos por habitantes. A análise dos movimentos pendulares dos médicos, que moram em um município e trabalham em outro, assim como a migração destes profissionais entre estados e municípios, inclusive aqueles que migraram depois de estudar, procura subsidiar o debate em torno da iniciativa federal de ampliar o quadro permanente de médicos em cada região com base em incentivos concedidos a recém-formandos em Universidades Federais. Niterói apresenta a maior presença de médicos entre todos os municípios brasileiros, superando inclusive os números de Cuba (com 169 habitantes por médico) que é o maior do mundo segundo dados da ONU, inclusive quando se leva em conta a perda de 38% médicos lá residentes que trabalham em outros municípios (neste caso a taxa sobe de 93 para 129 habitantes pó médico) . Belfort Roxo ocupa a posição inferior desse ranking de cidades com mais de 250 mil habitantes e a segunda maior incidência de casos fatais de dengue na epidemia em curso. Em Niterói não tinha havido nenhum caso fatal registrado até dia 15 de abril. A pesquisa abordou ainda a perspectiva do lado dos pacientes, acerca dos serviços prestados pelos médicos. Os resultados demonstram que a população mais pobre não é apenas a que fica mais doente, como também aquela que lida pior com a doença, uma vez que tem menos acesso tanto a políticas preventivas e se hospitalizam mais. Além disso o estudo buscou, através de pesquisas de orçamentos familiares, evidenciou a pior qualidade percebida dos serviços médicos e maiores impactos relativos dos choques de doenças nas despesas médicas associadas sobre a saúde financeira das famílias entre os mais pobres7

7 A pesquisa e uma série de bancos de dados associados encontra-se disponível na

íntegra através do site: www.fgv.br/cps/medicos

Page 76: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

75

Referencias Bibliográficas FILHO, Antenor Amâncio; STIEBLER, Ana Luiza Vieira; GARCIA, Ana Claudia Pinheiro. Oferta das graduações em medicina e em enfermagem no Brasil. Revista Brasileira de Educação Médica. Vol. 30, Nº 3. P.161-170, set.-dez. 2006 BECKER, Gary S.; PHILIPSON, Tomas J. and SOARES, Rodrigo R.. (2005). “The Quantity and Quality of Life and the Evolution of World Inequality”. NBER Working Papers 9765, National Bureau of Economic Research, Inc, revised The American Economic Review. Vol. 95, Nº. 1, P. 277-291. March CAMARANO, Ana Amélia e PASINATO, Maria Tereza.. Envelhecimento, Pobreza e Proteção Social na América Latina. Texto para discussão nº 1292. Ed. IPEA, Rio de Janeiro. jul.-2007. CASE, Anne C. (2002). “Health, income, and economic development”, Annual World Bank Conference on Development Economics 2001/2002, Washington, DC. The World Bank, 221-41. CASE, Anne and DEATON, Angus. (2002). “Consumption, health, gender and poverty”. Reseach Program in Development Studies. Princeton University. First version: May, 2002. Revised June and July 2002. ______. (2006). “Health and Well-being in Udaipur and South Africa”. Reseach Program in Development Studies and Center for Health and Weelbeing. Princeton University. Princeton NJ 08544. CECCIM, Ricardo Burg. Educação permanente em saúde: descentralização e disseminação de capacidade pedagógica na saúde. Ciênc. Saúde coletiva vol.10, Nº.4. Rio de Janeiro, Oct./Dec. 2005 ______. Invenção da saúde coletiva e do controle social em saúde no Brasil: nova educação na saúde e novos contornos e potencialidades à cidadania. Revista de Estudos Universitárias (Sorocaba), v. 1, p. 29-48, 2007. CECCIM, Ricardo Burg e FEUERWERKER, Laura C. Macruz. Mudança na graduação das profissões de saúde sob o eixo da integralidade. Caderno Saúde Pública. Vol.20, nº.5. Rio de Janeiro, set./out. 2004 CECCIM, Ricardo Burg e CAPOZZOLO, Ângela Aparecida. Educação dos profissionais de saúde e afirmação da vida: a prática clínica como resistência e criação. In: Marins JJN, Rego S, Lampert JB, Araújo JGC orgs. Educação médica em transformação: instrumentos para a construção de novas realidades. São Paulo: Hucitec; 2004. p. 346-90.

Page 77: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

76

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA (CFM). Base de Dados por Município. Brasília, Brasil, outubro de 2007. FAE. (1989). Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 1º de outubro de 1988. Rio de Janeiro. HOUSE, James S., KESSELER, Ronald C. and REGULA, Herzog A., et. Al. (1990). Age, Socioeconomic status and Health. The Milbank Quartely. Vol. 68, Nº. 3: 383 – 411. LIMA-COSTA, Maria Fernanda, BARRETO, Sandhi; GIATTI, Luana e UCHOA, Elizabeth. Desigualdade social e saúde entre idosos brasileiros: um estudo baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Cad. Saúde Pública. Vol.19, Nº.3 Rio de Janeiro, June 2003. MARINS, João José Neves; PINTO, Luiz Felipe; PONTES, Ana Lúcia de Moura; GONÇALVES, LANDSKRON, Rozane; SORANZ, Daniel Ricardo; MALAFAIA, Magno de Freitas. Formação de médicos no Brasil: estudo de egressos no período de 1982 a 2003. Rio de Janeiro; Associação Brasileira de Educação Médica; 2005. 85 p. MASSON, Andrew D.; MONTENEGRO, Claudia E. and. KHANDKLE, Shahidur R. (1999). “Can we say anything more about gender and poverty using household comsumption data” , Poverty Reduction and Economic Management Network, The World Bank, processed. (July). MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Educação Superior: cursos e instituições. [online]. Brasília, Brasil. Disponível em: <http://www.educacaosuperior.inep.gov.br/funcional/ busca_curso.stm> NERI, Marcelo Cortes. Cobertura Previdenciária: Diagnóstico e Propostas. (Social Security Coverage: Diagnosis and Proposals). Ministério da Previdência e Assistência Social, Coleção Previdência Social, Série Estudos, Vol. 18, Brasília, 330 p. Rio de Janeiro, 2003. NERI, Marcelo Cortes; PINTO, Alexandre; SOARES, Wagner e Costilla, Hessia. Retratos da Deficiência no Brasil, (Portrait of the Disabled in Brazil). FGV, Vol. 1. 200p. Rio de Janeiro, 2003 PINTO, Luis Felipe. Estratégias de integração e utilização de bancos de dados nacionais para avaliação de políticas de saúde no Brasil. Rio de Janeiro; 2006. Doutorado [Tese] – Escola Nacional de Saúde Pública. TRAVASSOS, Cláudia; VIACAVA, Francisco; FERNANDES, Cristiano; ALMEIDA, Célia Maria. “Desigualdades geográficas e sociais na utilização de serviços de saúde no Brasil” . Ciênc. Saúde coletiva vol.5 Nº.1 Rio de Janeiro 2000.

Page 78: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

77

ANEXO: Tabelas bivariadas: Médicos x Outras Carreiras

37.92

16.50

42.2839.96

33.02

64.70

Medicina EngenhariaCivil

Direito Administração CiênciasEconômicas

ComunicaçãoSocial

Panorama – Mulheres (%)

Fonte: CPS/IBRE/FGV processando os microdados do Censo Demográfico / IBGE www.fgv.br/cps

Panorama – Posição na Família (%)

Fonte: CPS/IBRE/FGV processando os microdados do Censo Demográfico / IBGE

63.99

72.45

58.15 56.8063.96

40.34

12.23 14.0518.55 19.09

13.89

27.39

Medicina EngenhariaCivil

Direito Administração CiênciasEconômicas

ComunicaçãoSocial

Chefe Filhos

www.fgv.br/cps

Page 79: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

78

8.569.06

9.94

8.39

9.50

8.04

Medicina EngenhariaCivil

Direito Administração CiênciasEconômicas

ComunicaçãoSocial

Panorama – Pessoa Portadora de Deficiência (%)

Fonte: CPS/IBRE/FGV processando os microdados do Censo Demográfico / IBGE www.fgv.br/cps

4.42

3.41

7.80

2.96

5.66

2.02

Medicina EngenhariaCivil

Direito Administração CiênciasEconômicas

ComunicaçãoSocial

Panorama – 60 a 65 anos(%)

Fonte: CPS/IBRE/FGV processando os microdados do Censo Demográfico / IBGE www.fgv.br/cps

Page 80: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

79

95.61

92.06 91.69

86.67

89.49 89.46

Medicina EngenhariaCivil

Direito Administração CiênciasEconômicas

ComunicaçãoSocial

Panorama – 5º Quintil de Renda (%)

Fonte: CPS/IBRE/FGV processando os microdados do Censo Demográfico / IBGE www.fgv.br/cps

90.14

85.72

77.59

86.85 86.43

80.80

Medicina EngenhariaCivil

Direito Administração CiênciasEconômicas

ComunicaçãoSocial

Panorama – Contribui para Previdência (%)

Fonte: CPS/IBRE/FGV processando os microdados do Censo Demográfico / IBGE www.fgv.br/cps

Page 81: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

80

69.0674.07

62.8265.57

70.72

49.10

Medicina EngenhariaCivil

Direito Administração CiênciasEconômicas

ComunicaçãoSocial

Panorama – Acompanhados (%)

Fonte: CPS/IBRE/FGV processando os microdados do Censo Demográfico / IBGE www.fgv.br/cps

8.788.25

9.15 8.69 8.70

11.52

Medicina EngenhariaCivil

Direito Administração CiênciasEconômicas

ComunicaçãoSocial

Panorama – União Consensual (%)

Fonte: CPS/IBRE/FGV processando os microdados do Censo Demográfico / IBGE www.fgv.br/cps

Page 82: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

81

58.13 56.6354.48 52.94

58.31

47.63

Medicina EngenhariaCivil

Direito Administração CiênciasEconômicas

ComunicaçãoSocial

Panorama – Mulheres Mães (%)

Fonte: CPS/IBRE/FGV processando os microdados do Censo Demográfico / IBGE www.fgv.br/cps

50.61 51.0647.56 49.07

53.32

63.38

Medicina EngenhariaCivil

Direito Administração CiênciasEconômicas

ComunicaçãoSocial

Panorama – Capital (%)

Fonte: CPS/IBRE/FGV processando os microdados do Censo Demográfico / IBGE www.fgv.br/cps

Page 83: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

82

Perfil da População

Graduados em: MedicinaEngenharia

CivilDireito Administração

Ciências Econômicas

Comunicação Social

Tamanho de CidadeCapital - Região Metropolitana 50,61 51,06 47,56 49,07 53,32 63,38

Periferia - Região Metropolitana 14,28 14,45 16,32 19,14 15,15 17,61

Urbano Grande 20,14 21,70 21,02 17,30 18,44 12,18

Urbano Médio 10,85 8,89 10,81 10,27 9,55 4,80Urbano Pequeno 3,58 2,90 3,45 3,12 2,59 1,49

Rural 0,54 1,00 0,84 1,10 0,97 0,54 Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados do Censo Demográfico/IBGE

MedicinaEngenharia

Civil Direito AdministraçãoCiências

EconômicasComunicação

SocialEstadoRondônia 0.29 0.27 0.39 0.23 0.22 0.12Acre 0.11 0.28 0.12 0.03 0.21 0.03Amazonas 0.95 0.79 0.46 0.72 0.76 0.58Roraima 0.13 0.17 0.06 0.08 0.11 0.07Pará 1.99 1.91 1.22 1.16 2.27 0.79Amapá 0.14 0.18 0.14 0.08 0.10 0.02Tocantins 0.23 0.40 0.29 0.17 0.12 0.13Maranhão 0.98 1.32 0.66 0.45 1.00 0.67Piauí 0.71 0.86 0.48 0.29 0.65 0.20Ceará 2.18 3.04 1.95 1.47 2.37 0.86Rio Grande do Norte 1.24 1.14 0.63 0.92 1.77 0.84Paraíba 1.57 1.53 1.52 1.07 1.35 1.17Pernambuco 3.55 4.04 2.93 3.07 2.55 4.47Alagoas 1.44 0.83 0.90 0.53 0.58 0.55Sergipe 0.67 0.82 0.48 0.38 0.58 0.58Bahia 4.32 4.71 2.31 2.69 4.24 2.03Minas Gerais 10.76 14.47 10.14 7.72 6.72 8.18Espírito Santo 1.77 1.97 1.73 1.82 1.33 1.14Rio de Janeiro 15.22 9.71 17.15 12.38 14.67 17.64São Paulo 28.96 29.40 33.45 43.76 33.30 42.59Paraná 4.72 6.28 4.71 6.28 7.74 3.17Santa Catarina 2.55 2.99 2.51 3.23 3.14 1.50Rio Grande do Sul 8.53 5.54 7.33 5.24 5.42 7.29Mato Grosso do Sul 0.95 1.41 1.35 1.06 1.08 0.55Mato Grosso 0.86 1.27 0.92 0.82 1.22 0.55Goiás 2.55 2.64 3.30 1.60 2.22 1.11Distrito Federal 2.62 2.05 2.86 2.73 4.25 3.19

Panorama – Estados (%)

Fonte: CPS/IBRE/FGV processando os microdados do Censo Demográfico / IBGE www.fgv.br/cps

Page 84: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

83

Bases de dados do DATASUS O centro de informação do Serviço Único de Saúde (SUS) compilar diferentes bases de dados sobre saúde, como o Anuário Brasileiro de Estatística da Saúde para 2001, o Livro de Informações da Saúde para julho de 2007 e o IDB, o mais importante. Indicadores e Bases de Dados (IDB) compreende muitos indicadores de saúde como mortalidade, fatores de riscos, serviços de saúde e cobertura médica, além de indicadores demográficos e sócio-econômicos. A Interagency Net coleta dados anualmente para Informação sobre a Saúde (RIPSA) criada em conjunto pelo Ministério da Saúde e OPAS, IBGE, IPEA e o Ministério da Previdência Social.

Categorias Ocupacionais Médicas PNADs 2002 a 2006 2231 Chefe de clínica médica, obstetriz, plantonista de ambulatório 2231 Clinico: geral, patologista, psicólogo 2231 Médico de: família, medicina esportiva, perícias médicas, saúde pública 2231 Médico do trabalho 2231 Médico: acupunturista, alergista, alergologista, alienista, alopata, anatomopatologista 2231 Médico: anestesista, anestesiologista, angiologista, cancerologista, cardiologista, clinico 2231 Médico: cirurgião, dermatologista, embriologista, endocrinologista, endoscopista 2231 Médico: epidemiologista, facultativo, fisiatra, fisiologista, foniatra, gastroenterologista 2231 Médico: geneticista, geriatra, gerontologista, ginecologista, hansenólogo, hematologista 2231 Médico: hemoterapeuta, higienista, histologista, homeopata, Interno de hospital 2231 Médico: laboratorista, laringologista, legista, litotomista, metabolista, metabologista 2231 Médico: militar, nefrologista, neuroanatomista, neurocirurgião, neurologista, neuropediatra 2231 Médico: neuropsiquiatra, obstetra, oculista, oftalmologista, oftalmotorrinolaringologista 2231 Médico: oncologista, ortopedista, otorrino, otorrinolaringologista, parteiro, patologista 2231 Médico: pediatra, pneumologista, pneumotisiologista, proctologista, psiquiatra, radiologista 2231 Médico: radioterapeuta, reumatologista, roentgenologista, sanitarista, sexologista 2231 Médico: tisiologista, traumatologista, traumato-ortopedista, urologista, visitador Categorias Ocupacionais Médicas PNADs 1992 a 2001 151 - alienista 151 - alopata 151 - anestesiologista 151 - cardiologista 151 - chefe de clinica medica 151 - cirurgião - medico 151 - cirurgião plastico 151 - clinico 151 - clinico geral 151 - clinico patologista 151 - clinico psicologo 151 - dermatologista 151 - facultativo - medico 151 - fisiologista - medico

Page 85: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

84

151 - higienista 151 - interno de hospital - medico 151 - laringologista 151 - litotomista 151 - medico - alergista, anestesista, angiologista, cancerologista 151 - medico - cardiologista, clinico, dermatologista, de saude publica 151 - medico - do trabalho, endocrinologista, endoscopista 151 - medico - epidemiologista, fisiatra, foniatra, gastroenterologista 151 - medico - geneticista, geriatra, gerontologista, ginecologista 151 - medico - hematologista, histologista, homeopata, legista 151 - medico - higienista, laringologista, otorrino, oculista, otico 151 - medico - leprologista, militar, nefrologista, neurocirurgião 151 - medico - neurologista, nutrologista, obstetra, oftalmologista 151 - medico - oncologista, ortopedista, otorrinolaringologista 151 - medico - parteiro, patologista, pediatra, psiquiatra Total de Médicos por Unidades da Federação 1990 2005 Total 161.880 310.138 Rondônia 383 1.223 Acre 105 535 Amazonas 963 2.977 Roraima 44 414 Pará 2.429 5.190 Amapá 73 485 Tocantins 424 1.266 Maranhão 1.678 3.389 Piauí 1.159 2.351 Ceará 3.823 7.310 Rio Grande do Norte 1.761 3.554 Paraíba 2.428 4.104 Pernambuco 6.010 10.924 Alagoas 1.984 3.444 Sergipe 1.009 2.227 Bahia 7.472 13.452 Minas Gerais 15.340 31.376 Espírito Santo 2.959 5.940 Rio de Janeiro 32.530 51.518 São Paulo 46.413 90.042 Paraná 7.705 15.702 Santa Catarina 3.465 8.988 Rio Grande do Sul 12.623 21.908 Mato Grosso do Sul 1.399 3.029 Mato Grosso 1.054 3.007 Goiás 3.337 7.809 Distrito Federal 3.310 7.974 Fonte: Ministério da Saúde - CGRH-SUS/SIRH

Page 86: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

85

Ranking – Municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes Ranking municipios brasileiros com mais médicos/ populacao total habitantes/ de 100 mil hab habitantes do municipio médico

1 RJ Niterói 0,010690 462884 94 2 ES Vitória 0,007515 272126 133 3 RS Porto Alegre 0,007461 1321886 134 4 SC Florianópolis 0,006408 285281 156 5 SP Ribeirão Preto 0,005363 478637 186 6 MG Belo Horizonte 0,004972 2154161 201 7 SP Botucatu 0,004863 109800 206 8 SP Santos 0,004793 407647 209 9 RJ Rio de Janeiro 0,004600 5613897 217

10 SP Campinas 0,004567 962996 219 11 PE Recife 0,004395 1388193 228 12 SP São José do Rio Preto 0,003971 360860 252 13 GO Goiânia 0,003898 1073490 257 14 SP São Caetano do Sul 0,003877 131273 258 15 SP Jundiaí 0,003855 296994 259 16 SP Taubaté 0,003811 231933 262 17 PB João Pessoa 0,003667 594968 273 18 AL Maceió 0,003533 806167 283 19 PR Curitiba 0,003451 1618279 290 20 RS Santa Maria 0,003280 242352 305 21 SE Aracaju 0,003253 451027 307 22 SP São Paulo 0,003229 10009231 310 23 RS Passo Fundo 0,003198 169471 313 24 DF Brasília 0,003151 2016497 317 25 RS Pelotas 0,003061 318895 327 26 SP São José dos Campos 0,003007 524806 333 27 PA Belém 0,002983 1.200.355 335 28 RS Caxias do Sul 0,002974 357044 336 29 BA Salvador 0,002970 2331612 337 30 MG Uberaba 0,002962 254520 338 31 RN Natal 0,002943 699339 340 32 MG Juiz de Fora 0,002818 458417 355 33 MG Barbacena 0,002763 114738 362 34 MG Varginha 0,002751 110879 364 35 RJ Teresópolis 0,002744 129010 364 36 ES Vila Velha 0,002701 325482 370 37 SP Sorocaba 0,002685 477927 373 38 MG Poços de Caldas 0,002671 132156 374 39 RS Rio Grande 0,002633 183461 380 40 MG Pouso Alegre 0,002613 102189 383 41 SP Presidente Prudente 0,002566 187851 390 42 RJ Petrópolis 0,002513 282182 398 43 PR Londrina 0,002439 438704 410 44 SP Rio Claro 0,002327 166751 430

Page 87: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

86

45 MT Cuiabá 0,002316 460263 432 46 PB Campina Grande 0,002310 356337 433 47 SP Catanduva 0,002238 109908 447 48 SP Araçatuba 0,002211 171420 452 49 MG Uberlândia 0,002201 502416 454 50 RJ Resende 0,002200 102729 455 51 SP Americana 0,002179 180389 459 52 SP Marília 0,002175 192174 460 53 SP Santo André 0,002151 631727 465 54 RJ Cabo Frio 0,002140 125208 467 55 RS Santa Cruz do Sul 0,002107 108703 475 56 PI Teresina 0,002072 703796 483 57 SP Barretos 0,002062 105262 485 58 SP Bragança Paulista 0,002049 119085 488 59 RJ Volta Redonda 0,002042 242845 490 60 MS Campo Grande 0,002038 665206 491 61 CE Fortaleza 0,002007 2139372 498 62 SP Moji das Cruzes 0,001965 347542 509 63 PR Maringá 0,001940 292299 516 64 SP São Bernardo do Campo 0,001934 742887 517 65 RJ Nova Friburgo 0,001934 171154 517 66 SP Jacareí 0,001910 171176 523 67 MG Ipatinga 0,001884 209660 531 68 SP Piracicaba 0,001832 324211 546 69 SC Lages 0,001811 139137 552 70 SP Araraquara 0,001804 176298 554 71 SP Itu 0,001795 135950 557 72 RJ Macaé 0,001775 129576 563 73 MG Passos 0,001768 100700 566 74 RJ Campos dos Goytacazes 0,001762 401214 567 75 SC Joinville 0,001760 437487 568 76 MG Montes Claros 0,001710 290609 585 77 SP Pindamonhangaba 0,001704 124413 587 78 RS São Leopoldo 0,001683 191958 594 79 MA São Luís 0,001669 855442 599 80 TO Palmas 0,001644 133199 608 81 SC Blumenau 0,001626 248470 615 82 MG Governador Valadares 0,001617 231875 618 83 SP Jaú 0,001617 111969 619 84 AM Manaus 0,001611 1.285.841 621 85 SP Bauru 0,001602 320316 624 86 RR Boa Vista 0,001564 171.361 639 87 SP Itapetininga 0,001562 121611 640 88 SP Indaiatuba 0,001553 140396 644 89 MG Patos de Minas 0,001550 121325 645 90 ES Colatina 0,001506 108240 664 91 SP Guaratinguetá 0,001485 105060 673 92 PR Cascavel 0,001481 243139 675 93 SP São Carlos 0,001478 190776 677 94 MG Divinópolis 0,001469 189294 681 95 RJ Barra Mansa 0,001444 169648 692

Page 88: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

87

96 RO Porto Velho 0,001393 314.525 718 97 SP Araras 0,001384 102636 723 98 SP Sertãozinho 0,001374 101162 728 99 BA Lauro de Freitas 0,001371 113023 729

100 SC Criciúma 0,001321 170360 757 101 RN Mossoró 0,001281 217763 781 102 SC Jaraguá do Sul 0,001269 105575 788 103 BA Vitória da Conquista 0,001229 257190 814 104 SP Barueri 0,001219 218242 820 105 MG Sete Lagoas 0,001203 187911 831 106 PE Olinda 0,001201 356418 833 107 SC Chapecó 0,001167 148301 857 108 SP Franca 0,001150 297352 869 109 SC Itajaí 0,001132 148430 884 110 ES Cachoeiro de Itapemirim 0,001093 156495 915 111 RS Novo Hamburgo 0,001085 244274 922 112 RJ Nova Iguaçu 0,001084 873583 922 113 SP Atibaia 0,001079 101935 927 114 AP Macapá 0,001078 267140 928 115 MS Dourados 0,001057 168349 946 116 PE Jaboatão dos Guararapes 0,001052 567728 951 117 MG Teófilo Otoni 0,001044 123541 958 118 BA Teixeira de Freitas 0,001025 112201 976 119 BA Alagoinhas 0,001023 128075 978 120 SP Guarujá 0,001022 240620 978 121 RS Bagé 0,001021 122397 979 122 PR Apucarana 0,001015 106385 985 123 SP Limeira 0,001011 250267 989 124 SC São José 0,001010 157484 990 125 BA Itabuna 0,001001 181752 999 126 GO Anápolis 0,001001 287611 999 127 PR Foz do Iguaçu 0,000981 268188 1020 128 ES Linhares 0,000979 107254 1021 129 SP Ribeirão Pires 0,000960 111450 1042 130 BA Feira de Santana 0,000946 489291 1057 131 MA Imperatriz 0,000941 224148 1062 132 RS Canoas 0,000928 297270 1077 133 AL Arapiraca 0,000907 180766 1102 134 MT Rondonópolis 0,000905 159083 1105 135 BA Ilhéus 0,000900 258917 1111 136 SP Mogi Guaçu 0,000892 126691 1121 137 SP Cotia 0,000867 144162 1153 138 CE Crato 0,000860 100049 1163 139 PE Caruaru 0,000858 248110 1165 140 MG Itabira 0,000852 104426 1173 141 PE Garanhuns 0,000845 116027 1184 142 CE Sobral 0,000843 148346 1187 143 SP Suzano 0,000815 200062 1227 144 RS Uruguaiana 0,000814 127838 1229 145 GO Rio Verde 0,000809 110009 1236 146 PR Ponta Grossa 0,000803 272668 1245

Page 89: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

88

147 AC Rio Branco 0,000754 269.180 1326 148 PR Toledo 0,000753 102215 1327 149 SP Santa Bárbara d'Oeste 0,000749 174994 1336 150 SP Osasco 0,000743 671159 1345 151 SP Guarulhos 0,000740 1134819 1351 152 PI Parnaíba 0,000738 131386 1354 153 PE Paulista 0,000727 253149 1376 154 PE Petrolina 0,000720 216622 1389 155 PR Guarapuava 0,000715 163555 1398 156 PR São José dos Pinhais 0,000690 205663 1448 157 PA Ananindeua 0,000669 419.754 1494 158 SP Praia Grande 0,000666 174116 1501 159 RJ São Gonçalo 0,000664 880561 1505 160 CE Juazeiro do Norte 0,000660 202932 1514 161 PE Camaragibe 0,000659 121441 1518 162 BA Barreiras 0,000650 132247 1538 163 MG Contagem 0,000615 529805 1625 164 TO Araguaína 0,000610 118079 1640 165 RJ Itaboraí 0,000551 178002 1816 166 PR Paranaguá 0,000541 129440 1849 167 PA Marabá 0,000513 173.375 1948 168 SP Diadema 0,000493 338845 2029 169 SP Cubatão 0,000490 103983 2039 170 MA Timon 0,000484 128135 2067 171 GO Luziânia 0,000479 131539 2088 172 MG Betim 0,000471 318694 2125 173 RJ Nilópolis 0,000465 152787 2152 174 SP Itapecerica da Serra 0,000463 131860 2162 175 MA Caxias 0,000463 134042 2162 176 PB Santa Rita 0,000459 115502 2179 177 MA Codó 0,000447 102818 2235 178 RJ Magé 0,000424 200255 2356 179 SP Hortolândia 0,000422 142064 2368 180 SP Taboão da Serra 0,000415 202287 2408 181 RJ Duque de Caxias 0,000403 756738 2481 182 MG Santa Luzia 0,000399 168103 2509 183 SP Mauá 0,000389 385178 2568 184 PA Santarém 0,000389 241461 2569 185 SP São Vicente 0,000377 289153 2653 186 RJ São João de Meriti 0,000353 441858 2832 187 ES Cariacica 0,000336 324660 2979 188 RJ Queimados 0,000333 117068 3002 189 BA Jequié 0,000332 183472 3008 190 SP Sumaré 0,000318 191920 3146 191 RS Viamão 0,000318 210953 3149 192 SP Carapicuíba 0,000311 366895 3218 193 RS Sapucaia do Sul 0,000303 122156 3302 194 SP Itaquaquecetuba 0,000299 284266 3344 195 RS Gravataí 0,000293 228319 3408 196 PA Castanhal 0,000275 130.866 3635 197 MG Sabará 0,000273 110063 3669

Page 90: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

89

198 GO Aparecida de Goiânia 0,000265 343145 3771 199 ES Serra 0,000259 312846 3862 200 SP Franco da Rocha 0,000231 112318 4320 201 PE Vitória de Santo Antão 0,000227 114449 4402 202 SP Itapevi 0,000205 156061 4877 203 PA Itaituba 0,000205 102.483 4880 204 BA Juazeiro 0,000200 210215 5005 205 PE Cabo de Santo Agostinho 0,000196 152863 5095 206 MA São José de Ribamar 0,000188 100999 5316 207 PA Abaetetuba 0,000169 112.683 5931 208 SP Embu 0,000165 230598 6068 209 RS Cachoeirinha 0,000152 105428 6589 210 RJ Belford Roxo 0,000145 433348 6879 211 MT Várzea Grande 0,000145 221073 6909 212 BA Camaçari 0,000143 153635 6983 213 SP Ferraz de Vasconcelos 0,000124 144735 8041 214 CE Caucaia 0,000109 248049 9187 215 SP Francisco Morato 0,000095 125915 10493 216 PR Pinhais 0,000089 100991 11221 217 MG Ibirité 0,000083 132030 12003 218 RS Alvorada 0,000078 179814 12844 219 MG Ribeirão das Neves 0,000074 243917 13551 220 SE Nossa Senhora do Socorro 0,000057 139415 17427 221 PR Colombo 0,000054 185350 18535

Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados do Censo Demografico/IBGE

Page 91: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

90

Ranking – Subdistritos do Rio de Janeiro Municípios Subdistrito Médicos Habitantes /

médico Salário Horas

semanais Belford Roxo Areia Branca 1973 2081.0 41.49 Belford Roxo Jardim Redentor - Belford Roxo Lote XV - Belford Roxo Nova Aurora - Belford Roxo Parque São José 9734 3991.4 48.00 Japeri Engenheiro Pedreira 2244 1774.3 37.76 Japeri Japeri - Nova Iguaçu U.R.G. de Tinguá,Adrianópolis,Rio

D'Ouro e Jaceruba-URG XII 1666 1995.7 44.00

Nova Iguaçu Unidade Regional de Governo Centro - URG I 247

3275.3 51.93

Nova Iguaçu Unidade Regional de Governo da Chatuba - URG VI -

Nova Iguaçu Unidade Regional de Governo da Posse - URG II 8417

1225.5 31.53

Nova Iguaçu Unidade Regional de Governo de Austim - URG IX 2536

385.03 26.77

Nova Iguaçu Unidade Regional de Governo de Banco de Areia - URG V 1814

4490.3 21.50

Nova Iguaçu Unidade Regional de Governo de Cabuçu - URG VII -

Nova Iguaçu Unidade Regional de Governo de Comendador Soares - URG III 6777

1322.8 45.21

Nova Iguaçu Unidade Regional de Governo de Km 32 - URG VIII 3380

1444.6 77.69

Nova Iguaçu Unidade Regional de Governo de Mesquita - URG IV 976

2223.3 54.72

Nova Iguaçu Unidade Regional de Governo de Miguel Couto - URG XI 2677

1760.3 51.60

Nova Iguaçu Unidade Regional de Governo de Vila de Cava - URG X -

Queimados Centro 1117 1783.6 38.78 Queimados Nordeste - Queimados Oeste - Rio de Janeiro Anchieta 2118 2867.9 47.20 Rio de Janeiro Bangu 2748 1919.5 46.73 Rio de Janeiro Barra da Tijuca 58 5166.5 51.08 Rio de Janeiro Botafogo 57 4015.4 46.47 Rio de Janeiro Campo Grande 1285 2812.9 50.02 Rio de Janeiro Centro 248 2164.0 41.43 Rio de Janeiro Cidade de Deus 3456 399.14 45.00 Rio de Janeiro Complexo do Alemão - Rio de Janeiro Copacabana 64 3568.7 45.61 Rio de Janeiro Guaratiba 4819 1563.7 33.14 Rio de Janeiro Ilha de Paquetá - Rio de Janeiro Ilha do Governador 210 3306.6 51.07

Page 92: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

91

Municípios Subdistrito Médicos Habitantes /

médico Salário Horas

semanais Rio de Janeiro Inhaúma 570 2556.8 47.96 Rio de Janeiro Irajá 585 2901.9 48.54 Rio de Janeiro Jacarepaguá 325 3311.1 51.01 Rio de Janeiro Jacarezinho - Rio de Janeiro Lagoa 49 5232.9 47.42 Rio de Janeiro Madureira 940 2166.5 47.67 Rio de Janeiro Maré - Rio de Janeiro Méier 222 2997.8 47.73 Rio de Janeiro Pavuna 4927 1345.6 52.84 Rio de Janeiro Penha 1098 2285.4 43.14 Rio de Janeiro Portuária 1599 1694.0 31.12 Rio de Janeiro Ramos 1184 2872.1 48.77 Rio de Janeiro Realengo 1504 2517.6 50.36 Rio de Janeiro Rio Comprido 341 2749.6 42.91 Rio de Janeiro Rocinha - Rio de Janeiro Santa Cruz 4511 2522.8 53.80 Rio de Janeiro Santa Teresa 175 3324.2 42.40 Rio de Janeiro São Cristovão 1810 2084.4 46.29 Rio de Janeiro Tijuca 71 3520.9 48.69 Rio de Janeiro Vila Isabel 83 3620.5 49.36 Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados do Censo Demografico/IBGE Distritos do Rio de Janeiro Municípios Distritos Médicos Habitantes

/ médico Salário Horas

semanais Angra dos Reis Angra dos Reis 497 5968.3 58.24 Angra dos Reis Cunhambebe 6693 1236.4 59.00 Angra dos Reis Jacuecanga - Aperibé Aperibé - Araruama Araruama 819 3358.2 54.13 Areal Areal 1980 775.54 30.00 Armação dos Búzios Armação dos Búzios 298 4018.8 53.36 Arraial do Cabo Arraial do Cabo 1492 2583.2 44.21 Barra do Piraí Barra do Piraí 647 4747.8 46.96 Barra Mansa Barra Mansa 714 5509.8 50.66 Belford Roxo Belford Roxo - Bom Jardim Bom Jardim - Bom Jesus do Itabapoan Bom Jesus do Itabapo

-

Cabo Frio Cabo Frio 373 3273.3 50.74 Cabo Frio Tamoios - Cachoeiras de Macacu Cachoeiras de Macacu 2740 552.66 20.00 Cachoeiras de Macacu Japuíba - Cambuci Cambuci 1620 4495.9 20.00

Page 93: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

92

Municípios Distritos Médicos Habitantes

/ médico Salário Horas

semanais Campos dos Goytacazes Campos dos Goytacazes

455 3880.8 55.56

Campos dos Goytacazes São Sebastião de Camp -

Campos dos Goytacazes Travessão - Cordeiro Cordeiro 809 10444,00 42.06 Duque de Caxias Campos Elyseos 4878 1957.3 35.64 Duque de Caxias Duque de Caxias 1763 2176.7 45.09 Duque de Caxias Imbariê 4232 2162.7 59.05 Duque de Caxias Xerém 4447 1297.2 63.00 Guapimirim Guapimirim 3795 848.17 25.00 Iguaba Grande Iguaba Grande 686 1851.7 50.50 Itaboraí Itaboraí 1445 4635.5 66.68 Itaboraí Itambi 7150 798.27 70.00 Italva Italva 1052 3017.0 50.19 Itaocara Itaocara - Itaperuna Itaperuna 541 4217.5 57.55 Itatiaia Itatiaia 381 3055.0 51.71 Japeri Japeri - Laje do Muriaé Laje do Muriaé 1318 339.44 28.00 Macaé Macaé 593 5614.7 49.07 Macuco Macuco 698 1124.0 44.00 Magé Guia de Pacobaíba - Magé Inhomirim 5643 4666.9 36.46 Magé Magé 1219 3526.7 44.02 Magé Suruí - Maricá Inoã 951 2954.9 66.06 Maricá Maricá 668 2318.5 47.37 Mendes Mendes 1729 6743.8 60.00 Miguel Pereira Miguel Pereira 403 2783.4 38.61 Miracema Miracema 1337 5702.6 36.20 Natividade Natividade 531 6585.0 70.55 Nilópolis Nilópolis 2849 2882.2 67.95 Nilópolis Olinda 2077 6098.0 47.16 Niterói Itaipu 86 4762.2 51.79 Niterói Niterói 96 3498.6 49.26 Nova Friburgo Conselheiro Paulino - Nova Friburgo Nova Friburgo 340 4309.9 52.87 Nova Iguaçu Nova Iguaçu - Paracambi Paracambi 2530 4278.2 91.35 Paraíba do Sul Paraíba do Sul 805 6624.4 72.43 Parati Parati 1932 2809.9 60.00 Petrópolis Cascatinha 1588 10218,00 51.07 Petrópolis Itaipava 898 9704.3 64.55 Petrópolis Pedro do Rio - Petrópolis Petrópolis 279 4377.6 48.32 Petrópolis Posse -

Page 94: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

93

Municípios Distritos Médicos Habitantes

/ médico Salário Horas

semanais Pinheiral Pinheiral 3247 3371.9 50.00 Piraí Piraí 644 3228.9 65.76 Porto Real Porto Real - Quatis Quatis - Queimados Queimados - Quissamã Quissamã - Resende Agulhas Negras 286 3381.8 47.74 Resende Resende 479 5449.1 52.97 Rio das Ostras Rio das Ostras 499 3609.9 39.39 Rio de Janeiro Rio de Janeiro - Santo Antônio de Pádua Santo Antônio de Pádu

333 5309.0 53.52

São Fidélis São Fidélis 3046 3371.9 24.00 São Francisco de Itabapoana

Barra Seca -

São Francisco de Itabapoana

São Francisco de Itab -

São Gonçalo Ipiiba 1776 2130.2 41.78 São Gonçalo Monjolo 4310 2362.6 39.94 São Gonçalo Neves 1059 1736.9 39.20 São Gonçalo São Gonçalo 1596 2754.6 50.70 São Gonçalo Sete Pontes 1927 2010.9 58.67 São João da Barra São João da Barra 3391 2247.9 59.00 São João de Meriti Coelho da Rocha 2108 1141.7 57.23 São João de Meriti São João de Meriti 3777 1293.9 47.40 São João de Meriti São Mateus 3338 529.66 50.24 São José de Ubá São José de Ubá - São José do Vale do Rio Preto

São José do Vale do R 1483 1236.4 60.00

São Pedro da Aldeia São Pedro da Aldeia 3719 3220.8 77.34 Saquarema Bacaxá 897 3933.9 60.00 Saquarema Saquarema 910 3536.7 33.21 Seropédica Seropédica 1305 1707.8 28.31 Silva Jardim Silva Jardim - Sumidouro Sumidouro - Tanguá Tanguá 1861 798.27 24.00 Teresópolis Teresópolis 340 3898.2 49.91 Teresópolis Vale de Bonsucesso - Valença Valença 425 2627.8 46.72 Varre-Sai Varre-Sai 982 9073.4 82.32 Vassouras Vassouras 507 2410.3 35.26 Volta Redonda Volta Redonda 476 4317.5 52.49 Fonte: CPS/IBRE/FGV a partir dos microdados do Censo Demografico/IBGE

Page 95: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

94

Ranking de Médicos por Habitante entre Paises

País HDI Expectativa

de Vida Médico por Habitantes

1 Cuba 0,838 77,7 169 2 Saint Lucia 0,795 73,1 193 3 Belarus 0,804 68,7 220 4 Belgium 0,946 78,8 223 5 Estonia 0,86 71,2 223 6 Greece 0,926 78,9 228 7 Russian Federation 0,802 65 235 8 Italy 0,941 80,3 238 9 Turkmenistan 0,713 62,6 239

10 Georgia 0,754 70,7 244 11 Lithuania 0,862 72,5 252 12 Israel 0,932 80,3 262 13 Uruguay 0,852 75,9 274 14 Iceland 0,968 81,5 276 15 Switzerland 0,955 81,3 277 16 Armenia 0,775 71,7 279 17 Bulgaria 0,824 72,7 281 18 Azerbaijan 0,746 67,1 282 19 Kazakhstan 0,794 65,9 282 20 Czech Republic 0,891 75,9 285 21 Portugal 0,897 77,7 292 22 Austria 0,948 79,4 296 23 France 0,952 80,2 297 24 Germany 0,935 79,1 297 25 Hungary 0,874 72,9 300 26 Spain 0,949 80,5 303 27 Sweden 0,956 80,5 305 28 Lebanon 0,772 71,5 308 29 Malta 0,878 79,1 314 30 Slovakia 0,863 74,2 314 31 Finland 0,952 78,9 316 32 Netherlands 0,953 79,2 317 33 Norway 0,968 79,8 319 34 Argentina 0,869 74,8 332 35 Latvia 0,855 72 332 36 Ukraine 0,788 67,7 339 37 Denmark 0,949 77,9 341 38 Ireland 0,959 78,4 358 39 Uzbekistan 0,702 66,8 365 40 Luxembourg 0,944 78,4 376 41 Moldova 0,708 68,4 379 42 Mongolia 0,7 65,9 380 43 United States 0,951 77,9 391 44 Kyrgyzstan 0,696 65,6 398 45 Australia 0,962 80,9 405 46 Poland 0,87 75,2 405

Page 96: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

95

País HDI

Expectativa de Vida

Médico por Habitantes

47 Croatia 0,85 75,3 410 48 New Zealand 0,943 79,8 422 49 Cyprus 0,903 79 427 50 United Kingdom 0,946 79 435 51 Slovenia 0,917 77,4 444 52 Qatar 0,875 75 450 53 Macedonia (TFYR) 0,801 73,8 457 54 Canada 0,961 80,3 467 55 Jordan 0,773 71,9 493 56 Tajikistan 0,673 66,3 493 57 United Arab Emirates 0,868 78,3 495 58 Japan 0,953 82,3 505 59 Mexico 0,829 75,6 505 60 Venezuela (Bolivarian Republic of) 0,792 73,2 515 61 Romania 0,813 71,9 526 62 Dominican Republic 0,779 71,5 532 63 Korea (Republic of) 0,921 77,9 637 64 Kuwait 0,891 77,3 654 65 Seychelles 0,843 72,7 662 66 Panama 0,812 75,1 667 67 Ecuador 0,772 74,7 676 68 Singapore 0,922 79,4 714 69 Syrian Arab Republic 0,724 73,6 714 70 Saudi Arabia 0,812 72,2 730 71 Colombia 0,791 72,3 741 72 Turkey 0,775 71,4 741 73 Bosnia and Herzegovina 0,803 74,5 746 74 Tunisia 0,766 73,5 746 75 Costa Rica 0,846 78,5 758 76 Oman 0,814 75 758 77 Albania 0,801 76,2 763 78 Libyan Arab Jamahiriya 0,818 73,4 775 79 El Salvador 0,735 71,3 806 80 Bolivia 0,695 64,7 820 81 Barbados 0,892 76,6 826 82 Saint Kitts and Nevis 0,821 70 840 83 Peru 0,773 70,7 855 84 Brazil 0,8 71,7 870 85 Algeria 0,733 71,7 885 86 Paraguay 0,755 71,3 901 87 Bahrain 0,866 75,2 917 88 Chile 0,867 78,3 917 89 China 0,777 72,5 943 90 Mauritius 0,804 72,4 943 91 Bahamas 0,845 72,3 952 92 Belize 0,778 75,9 952 93 Brunei Darussalam 0,894 76,7 990 94 Maldives 0,741 67 1087

Page 97: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

96

País HDI

Expectativa de Vida

Médico por Habitantes

95 Guatemala 0,689 69,7 1111 96 Iran (Islamic Republic of) 0,759 70,2 1149 97 Saint Vincent and the Grenadines 0,761 71,1 1149 98 Jamaica 0,736 72,2 1176 99 Trinidad and Tobago 0,814 69,2 1266

100 South Africa 0,674 50,8 1299 101 Pakistan 0,551 64,6 1351 102 Malaysia 0,811 73,7 1429 103 Samoa 0,785 70,8 1429 104 India 0,619 63,7 1667 105 Philippines 0,771 71 1724 106 Honduras 0,7 69,4 1754 107 Sri Lanka 0,743 71,6 1818 108 Egypt 0,708 70,7 1852 109 Viet Nam 0,733 73,7 1887 110 Morocco 0,646 70,4 1961 111 Dominica 0,798 75,6 2000 112 Grenada 0,777 68,2 2000 113 Cape Verde 0,736 71 2041 114 Sao Tome and Principe 0,654 64,9 2041 115 Guyana 0,75 65,2 2083 116 Suriname 0,774 69,6 2222 117 Botswana 0,654 48,1 2500 118 Nicaragua 0,71 71,9 2703 119 Thailand 0,781 69,6 2703 120 Myanmar 0,583 60,8 2778 121 Fiji 0,762 68,3 2941 122 Tonga 0,819 72,8 2941 123 Yemen 0,508 61,5 3030 124 Equatorial Guinea 0,642 50,4 3333 125 Namibia 0,65 51,6 3333 126 Gabon 0,677 56,2 3448 127 Madagascar 0,533 58,4 3448 128 Nigeria 0,47 46,5 3571 129 Bangladesh 0,547 63,1 3846 130 Haiti 0,529 59,5 4000 131 Sudan 0,526 57,4 4545 132 Nepal 0,534 62,6 4762 133 Congo 0,548 54 5000 134 Cameroon 0,532 49,8 5263 135 Djibouti 0,516 53,9 5556 136 Antigua and Barbuda 0,815 73,9 5882 137 Cambodia 0,598 58 6250 138 Swaziland 0,547 40,9 6250 139 Zimbabwe 0,513 40,9 6250 140 Comoros 0,561 64,1 6667 141 Ghana 0,553 59,1 6667 142 Kenya 0,521 52,1 7143

Page 98: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

97

Ranking de Médicos por Habitante entre Paises

País HDI Expectativa

de Vida Médico por Habitantes

143 Indonesia 0,728 69,7 7692 144 Solomon Islands 0,602 63 7692 145 Côte d'Ivoire 0,432 47,4 8333 146 Guinea-Bissau 0,374 45,8 8333 147 Zambia 0,434 40,5 8333 148 Congo (Democratic Republic of the) 0,411 45,8 9091 149 Gambia 0,502 58,8 9091 150 Guinea 0,456 54,8 9091 151 Mauritania 0,55 63,2 9091 152 Vanuatu 0,674 69,3 9091 153 Timor-Leste 0,514 59,7 10000 154 Angola 0,446 41,7 12500 155 Central African Republic 0,384 43,7 12500 156 Mali 0,38 53,1 12500 157 Uganda 0,505 49,7 12500 158 Senegal 0,499 62,3 16667 159 Bhutan 0,579 64,7 20000 160 Burkina Faso 0,37 51,4 20000 161 Eritrea 0,483 56,6 20000 162 Lesotho 0,549 42,6 20000 163 Papua New Guinea 0,53 56,9 20000 164 Rwanda 0,452 45,2 20000 165 Benin 0,437 55,4 25000 166 Chad 0,388 50,4 25000 167 Togo 0,512 57,8 25000 168 Burundi 0,413 48,5 33333 169 Ethiopia 0,406 51,8 33333 170 Mozambique 0,384 42,8 33333 171 Sierra Leone 0,336 41,8 33333 172 Malawi 0,437 46,3 50000 173 Niger 0,374 55,8 50000 174 Tanzania (United Republic of) 0,467 51 50000

Fonte: Human Development Report

Page 99: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

98

Exercícios Multivariados

Equação do salario Ocupados - 15 a 65 anos e mais de 12 anos de estudo

The SURVEYREG Procedure

Regression Analysis for Dependent Variable LNsal

Data Summary

Number of Observations 105441Sum of Weights 48579790Weighted Mean of LNsal 7.28140Weighted Sum of LNsal 353728815

Fit Statistics R-square 0.3402Root MSE 0.7567Denominator DF 105440

ANOVA for Dependent Variable LNsal

Source DFSum of Squares

Mean Square F Value Pr > F

Model 49 14337406 292600.1 1109.07 <.0001Error 105391 27804830 263.8Corrected Total 105440 42142236

Tests of Model Effects Effect Num DF F Value Pr > FModel 49 1061.45 <.0001Intercept 1 14381.7 <.0001SEXO 1 7006.77 <.0001cor 5 303.03 <.0001IDADE 1 7387.17 <.0001idade2 1 4461.84 <.0001migra 4 133.73 <.0001NEW 2 835.88 <.0001chavuf 26 131.57 <.0001ANO 4 6.42 <.0001MEDICO 1 3635.47 <.0001ANO*MEDICO

4 3.88 0.0037

The denominator degrees of freedom for the F tests is 105440.

Estimated Regression Coefficients Parameter Estimate Standard Error t Value Pr > |t|Intercept 3.4538111 0.04052344 85.23 <.0001SEXO Homens 0.4437495 0.00530126 83.71 <.0001SEXO Mulheres 0.0000000 0.00000000 . .cor Amarela 0.3610382 0.02784360 12.97 <.0001cor Branca 0.3008604 0.01431917 21.01 <.0001

Page 100: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

99

Estimated Regression Coefficients Parameter Estimate Standard Error t Value Pr > |t|cor Ignorado -0.1943120 0.05539430 -3.51 0.0005cor Indígena 0.1056242 0.06825315 1.55 0.1217cor Parda 0.0698401 0.01493928 4.67 <.0001cor Preta 0.0000000 0.00000000 . .IDADE 0.1481775 0.00172402 85.95 <.0001idade2 -0.0015264 0.00002285 -66.80 <.0001migra 5 a 9 Anos 0.2168542 0.01501104 14.45 <.0001migra Ignorado 0.0373701 0.00665166 5.62 <.0001migra Mais de 10 Anos 0.0908422 0.00808739 11.23 <.0001migra Menos de 4 Anos 0.2534599 0.01408761 17.99 <.0001migra Não imigrou 0.0000000 0.00000000 . .NEW Metropolitana 0.2421020 0.00645090 37.53 <.0001NEW Rural -0.2594849 0.02094279 -12.39 <.0001NEW Urbana 0.0000000 0.00000000 . .chavuf AC 0.2722789 0.03495385 7.79 <.0001chavuf AL -0.0354708 0.03590095 -0.99 0.3231chavuf AM 0.1717133 0.02829137 6.07 <.0001chavuf AP 0.2432216 0.03776948 6.44 <.0001chavuf BA -0.0299174 0.02523491 -1.19 0.2358chavuf CE -0.2803499 0.02570225 -10.91 <.0001chavuf DF 0.3703656 0.02489643 14.88 <.0001chavuf ES 0.0620968 0.02799381 2.22 0.0265chavuf GO 0.0498442 0.02504321 1.99 0.0466chavuf MA -0.0276517 0.03841755 -0.72 0.4717chavuf MG -0.0748863 0.02375652 -3.15 0.0016chavuf MS 0.0359917 0.02722065 1.32 0.1861chavuf MT 0.1281926 0.02659387 4.82 <.0001chavuf PA -0.1034054 0.02649825 -3.90 <.0001chavuf PB -0.1326306 0.03149678 -4.21 <.0001chavuf PE -0.2485886 0.02533341 -9.81 <.0001chavuf PI -0.0941670 0.03650827 -2.58 0.0099chavuf PR -0.0307005 0.02420580 -1.27 0.2047chavuf RJ -0.0160390 0.02420108 -0.66 0.5075chavuf RN -0.0279307 0.03273354 -0.85 0.3935chavuf RO 0.1706772 0.03105346 5.50 <.0001chavuf RR 0.2046885 0.04346344 4.71 <.0001chavuf RS -0.0728031 0.02405101 -3.03 0.0025chavuf SC 0.0561949 0.02515111 2.23 0.0255chavuf SE -0.0124296 0.03160204 -0.39 0.6941chavuf SP 0.1274406 0.02321213 5.49 <.0001chavuf TO 0.0000000 0.00000000 . .ANO 2 0.0492735 0.00845545 5.83 <.0001ANO 3 -0.0596326 0.00825720 -7.22 <.0001ANO 4 -0.0683813 0.00800325 -8.54 <.0001ANO 5 -0.0501904 0.00789597 -6.36 <.0001ANO 6 0.0000000 0.00000000 . .MEDICO Sim 1.0189303 0.03572642 28.52 <.0001MEDICO ZNão 0.0000000 0.00000000 . .ANO*MEDICO 2 Sim -0.1405222 0.05072527 -2.77 0.0056ANO*MEDICO 2 ZNão 0.0000000 0.00000000 . .ANO*MEDICO 3 Sim -0.1160714 0.05032437 -2.31 0.0211ANO*MEDICO 3 ZNão 0.0000000 0.00000000 . .ANO*MEDICO 4 Sim 0.0119126 0.05030304 0.24 0.8128ANO*MEDICO 4 ZNão 0.0000000 0.00000000 . .ANO*MEDICO 5 Sim -0.0195792 0.04951434 -0.40 0.6925ANO*MEDICO 5 ZNão 0.0000000 0.00000000 . .

Page 101: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

100

Estimated Regression Coefficients Parameter Estimate Standard Error t Value Pr > |t|ANO*MEDICO 6 Sim 0.0000000 0.00000000 . .ANO*MEDICO 6 ZNão 0.0000000 0.00000000 . .

Fonte: CPS/FGV através do processamento dos microdados da PNAD IBGE

Equação do salario Ocupados - 15 a 65 anos e mais de 12 anos de estudo

The SURVEYREG Procedure

Regression Analysis for Dependent Variable LNhora

Data Summary

Number of Observations 110128Sum of Weights 50949436Weighted Mean of LNhora 3.64228Weighted Sum of LNhora 185572137

Fit Statistics R-square 0.06233Root MSE 0.4068Denominator DF 110127

ANOVA for Dependent Variable LNhora

Source DFSum of Squares

Mean Square F Value Pr > F

Model 49 560274 11434.17 149.34 <.0001Error 110078 8428276 76.57Corrected Total 110127 8988550

Tests of Model Effects Effect Num DF F Value Pr > FModel 49 118.50 <.0001Intercept 1 17851.4 <.0001SEXO 1 2749.60 <.0001cor 5 5.92 <.0001IDADE 1 1528.60 <.0001idade2 1 1376.34 <.0001migra 4 3.38 0.0089NEW 2 14.03 <.0001chavuf 26 16.42 <.0001ANO 4 1.76 0.1337MEDICO 1 337.97 <.0001ANO*MEDICO

4 2.67 0.0305

Page 102: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

101

The denominator degrees of freedom for the F tests is 110127.

Estimated Regression Coefficients Parameter Estimate Standard Error t Value Pr > |t|Intercept 2.8457316 0.02275987 125.03 <.0001SEXO Homens 0.1453302 0.00277154 52.44 <.0001SEXO Mulheres 0.0000000 0.00000000 . .cor Amarela 0.0431311 0.01362013 3.17 0.0015cor Branca 0.0171499 0.00832666 2.06 0.0394cor Ignorado -0.1475087 0.04354984 -3.39 0.0007cor Indígena -0.0382605 0.04502112 -0.85 0.3954cor Parda 0.0095121 0.00865579 1.10 0.2718cor Preta 0.0000000 0.00000000 . .IDADE 0.0388281 0.00099311 39.10 <.0001idade2 -0.0004837 0.00001304 -37.10 <.0001migra 5 a 9 Anos 0.0067643 0.00779554 0.87 0.3856migra Ignorado 0.0056137 0.00346153 1.62 0.1049migra Mais de 10 Anos 0.0138023 0.00418167 3.30 0.0010migra Menos de 4 Anos -0.0061610 0.00784373 -0.79 0.4322migra Não imigrou 0.0000000 0.00000000 . .NEW Metropolitana 0.0062823 0.00338307 1.86 0.0633NEW Rural -0.0610396 0.01279367 -4.77 <.0001NEW Urbana 0.0000000 0.00000000 . .chavuf AC -0.0520228 0.01776581 -2.93 0.0034chavuf AL -0.0808487 0.01802223 -4.49 <.0001chavuf AM -0.0586404 0.01454446 -4.03 <.0001chavuf AP -0.0035766 0.01719173 -0.21 0.8352chavuf BA -0.0410050 0.01252129 -3.27 0.0011chavuf CE -0.0428649 0.01284813 -3.34 0.0008chavuf DF -0.0402000 0.01197858 -3.36 0.0008chavuf ES -0.0446851 0.01475558 -3.03 0.0025chavuf GO 0.0139155 0.01237844 1.12 0.2609chavuf MA -0.0761969 0.01996436 -3.82 0.0001chavuf MG -0.0457472 0.01184760 -3.86 0.0001chavuf MS -0.0055292 0.01367617 -0.40 0.6860chavuf MT -0.0028727 0.01342420 -0.21 0.8306chavuf PA -0.0291963 0.01326292 -2.20 0.0277chavuf PB -0.0581923 0.01488697 -3.91 <.0001chavuf PE -0.0392445 0.01265343 -3.10 0.0019chavuf PI -0.0308523 0.01878275 -1.64 0.1005chavuf PR 0.0000584 0.01201367 0.00 0.9961chavuf RJ -0.0419209 0.01197259 -3.50 0.0005chavuf RN -0.0227423 0.01655865 -1.37 0.1696chavuf RO 0.0149448 0.01490678 1.00 0.3161chavuf RR -0.1105598 0.02408739 -4.59 <.0001chavuf RS -0.0142189 0.01202294 -1.18 0.2370chavuf SC 0.0010012 0.01257861 0.08 0.9366chavuf SE -0.0590401 0.01565573 -3.77 0.0002chavuf SP 0.0168683 0.01137639 1.48 0.1381chavuf TO 0.0000000 0.00000000 . .ANO 2 0.0042010 0.00439418 0.96 0.3391ANO 3 0.0070503 0.00442168 1.59 0.1108ANO 4 0.0056925 0.00414133 1.37 0.1693ANO 5 -0.0073311 0.00421484 -1.74 0.0820ANO 6 0.0000000 0.00000000 . .MEDICO Sim 0.1961550 0.02201551 8.91 <.0001MEDICO ZNão 0.0000000 0.00000000 . .ANO*MEDICO 2 Sim -0.0786423 0.03220647 -2.44 0.0146

Page 103: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

102

Estimated Regression Coefficients Parameter Estimate Standard Error t Value Pr > |t|ANO*MEDICO 2 ZNão 0.0000000 0.00000000 . .ANO*MEDICO 3 Sim -0.0459903 0.02883666 -1.59 0.1107ANO*MEDICO 3 ZNão 0.0000000 0.00000000 . .ANO*MEDICO 4 Sim -0.0132639 0.02881396 -0.46 0.6453ANO*MEDICO 4 ZNão 0.0000000 0.00000000 . .ANO*MEDICO 5 Sim 0.0054289 0.02910278 0.19 0.8520ANO*MEDICO 5 ZNão 0.0000000 0.00000000 . .ANO*MEDICO 6 Sim 0.0000000 0.00000000 . .ANO*MEDICO 6 ZNão 0.0000000 0.00000000 . .

Fonte: CPS/FGV através do processamento dos microdados da PNAD IBGE

Regressão Logistica - Ocupados - 15 a 65 anos e mais de 12 anos de estudo

Mais de um trabalho

Parâmetro Categoria Estimativa Erro Padrão Qui-Quadrado sig Razão

condicional Intercept -5,4085 0,0086 397119** ,SEXO Homens -0,0770 0,0009 7002,30** 0,92585SEXO Mulheres 0,0000 0,0000 , 1,00000cor Amarela -0,2339 0,0046 2603,88** 0,79144cor Branca -0,1901 0,0025 5941,10** 0,82690cor Ignorado -15,5566 186,1825 0,01 0,00000cor Indígena 0,2244 0,0117 368,77** 1,25155cor Parda -0,1367 0,0026 2746,09** 0,87227cor Preta 0,0000 0,0000 , 1,00000IDADE 0,1952 0,0003 367568** 1,21557idade2 -0,0023 0,0000 312296** 0,99774migra 5 a 9 Anos -0,0016 0,0025 0,38 0,99843migra Ignorado 0,0111 0,0011 96,99** 1,01120migra Mais de 10

Anos 0,0645 0,0013 2431,92** 1,06665

migra Menos de 4 Anos

-0,3424 0,0026 17257,9** 0,71005

migra Não imigrou 0,0000 0,0000 , 1,00000NEW Metropolitana -0,4664 0,0011 179119** 0,62725NEW Rural 0,1831 0,0030 3725,34** 1,20095NEW Urbana 0,0000 0,0000 , 1,00000chavuf AC -0,0697 0,0099 49,11** 0,93268chavuf AL -0,3132 0,0075 1763,60** 0,73111chavuf AM -0,7988 0,0077 10683,6** 0,44987chavuf AP -0,9037 0,0133 4633,81** 0,40506chavuf BA 0,1154 0,0059 377,10** 1,12236chavuf CE 0,1779 0,0061 860,58** 1,19467chavuf DF -0,7078 0,0067 11031,7** 0,49271chavuf ES -0,1523 0,0063 591,90** 0,85869chavuf GO -0,2399 0,0060 1572,13** 0,78673chavuf MA 0,3347 0,0063 2822,61** 1,39754chavuf MG 0,1634 0,0056 844,03** 1,17753chavuf MS -0,4037 0,0067 3664,29** 0,66786chavuf MT -0,8008 0,0070 13013,9** 0,44899chavuf PA 0,2505 0,0063 1562,66** 1,28461chavuf PB 0,3419 0,0062 3009,31** 1,40759chavuf PE 0,1200 0,0060 399,65** 1,12745

Page 104: Escassez de Médicos - cps.fgv.br · Escassez de Médicos 1 Centro de Políticas Sociais Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas Coordenação: Marcelo Cortes Neri

103

Parâmetro Categoria Estimativa Erro Padrão Qui-Quadrado sig Razão

condicional chavuf PI 0,6516 0,0064 10263,2** 1,91869chavuf PR -0,1217 0,0057 450,08** 0,88545chavuf RJ -0,2526 0,0057 1946,93** 0,77677chavuf RN 0,3186 0,0064 2444,66** 1,37522chavuf RO -0,5967 0,0088 4602,80** 0,55064chavuf RR -1,2531 0,0211 3513,98** 0,28562chavuf RS 0,0760 0,0057 176,61** 1,07900chavuf SC -0,4872 0,0060 6648,94** 0,61436chavuf SE -0,0436 0,0071 37,59** 0,95735chavuf SP -0,5309 0,0056 9046,17** 0,58808chavuf TO 0,0000 0,0000 , 1,00000ANO 2 0,0423 0,0015 834,77** 1,04317ANO 3 -0,0051 0,0014 12,50** 0,99489ANO 4 -0,0587 0,0014 1695,65** 0,94303ANO 5 -0,0585 0,0014 1737,21** 0,94321ANO 6 0,0000 0,0000 , 1,00000MEDICO Sim 2,1091 0,0045 223348** 8,24077MEDICO ZNão 0,0000 0,0000 , 1,00000ANO*MEDICO 2 -0,0531 0,0062 72,99** 0,94828ANO*MEDICO 2 0,0000 0,0000 , 1,00000ANO*MEDICO 3 0,0057 0,0062 0,87 1,00576ANO*MEDICO 3 0,0000 0,0000 , 1,00000ANO*MEDICO 4 0,1752 0,0063 782,63** 1,19154ANO*MEDICO 4 0,0000 0,0000 , 1,00000ANO*MEDICO 5 0,1976 0,0061 1040,31** 1,21846ANO*MEDICO 5 0,0000 0,0000 , 1,00000ANO*MEDICO 6 0,0000 0,0000 , 1,00000ANO*MEDICO 6 0,0000 0,0000 , 1,00000

Fonte: CPS/FGV através do processamento dos microdados da PNAD IBGE