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GLOBAL SOLUTIONS FOR LOCAL CUSTOMERS – EVERYWHERE ESAB apóia o crescimento do agronegócio #8 2007

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Page 1: ESAB apóia o crescimento do agronegócio · 2019-01-25 · co marketing@esab.com.br. Boa leitura. Antonio Plais Gerente de Marketing – ESAB Brasil #8 2007. 4 OUTUBRO Nº 8 2007

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G L O B A L S O L U T I O N S F O R L O C A L C U S T O M E R S – E V E R Y W H E R E

ESAB apóia o crescimento do

agronegócio

#8 2007

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3O U T U B R O N º 8 2 0 0 7

Publicação institucional da ESAB Brasil

Rua Zezé Camargos, 117

Cidade Industrial

CEP. 32210-080 – Contagem – MG

[email protected]

www.esab.com.br

• Diretor Presidente

Dante de Matos

• Diretor de Vendas e Marketing

Newton de Andrade e Silva

• Diretor Financeiro

Luís Fernando Velasco

• Gerente de Marketing

Antonio Plais

• Produção

Prefácio Comunicação

(31) 3372-4027

• Editora

Celuta Utsch – MTr. 4667

• Redação

Alexandre Asquini, Marina Maria e Paulo Cunha

• Coordenação

Débora Santana

• Revisão

Cibele Silva

• Editoração

Tércio Lemos

• Fotografias

Arquivo da ESAB / outros

• Revisão técnica

Antonio Plais

Editorial

Expediente

Ao nos aproximar do final de mais um ano, não podemos dei-

xar de nos rejubilar pelos resultados que o ano de 2007 nos dei-

xará: crescimento do PIB acima dos 4%, manutenção da inflação

em torno dos 3,5% e, apesar de todas as previsões em contrário,

manutenção dos altos volumes de exportação e de entrada de

investimentos estrangeiros, mesmo com considerável apreciação

do real frente ao dólar americano.

Dentre os setores da economia que compõem este cenário de

crescimento devemos destacar o papel do agronegócio, respon-

sável por 33% do PIB brasileiro, e que vem apresentando taxas

de crescimento duas vezes maiores que a média da economia.

Recuperando-se da crise enfrentada em 2005-06, o segmento

apresenta sinais de forte crescimento, principalmente nos setores

ligados à produção de bioenergia.

A ESAB, atenta às necessidades dos seus diversos clientes,

está presente e pronta para apoiá-los nesta retomada, como

mostramos na série de artigos desta edição da Revista Solução.

Registramos aqui, também, o sucesso da nossa participa-

ção na Feimafe 2007, realizada em maio, em São Paulo. Com

um estande voltado para a automatização da soldagem, e com o

lançamento de uma série de novos modelos (veja os detalhes na

nossa edição de maio/07), pudemos mostrar aos nossos clientes

soluções capazes de agregar valor aos seus negócios, foco prin-

cipal da nossa filosofia empresarial.

O sucesso de uma empresa se mede, também, pela sua con-

tribuição para o crescimento da sociedade em que se insere. Nes-

te sentido, a ESAB se orgulha de ter participado, desde seu início,

da criação do Projeto Cidades da Solda. Destinado à inserção so-

cial de jovens oriundos de comunidades carentes, o projeto con-

tinua crescendo e frutificando, atraindo cada vez mais a atenção

de entidades da sociedade civil e contribuindo para a redução das

desigualdades sociais no nosso país. A ESAB continuará apoian-

do este projeto, ajudando na estruturação de novas unidades e na

manutenção das unidades atualmente em funcionamento.

Esperamos que mais esta edição da Revista Solução seja um

instrumento útil de atualização tecnológica e de conhecimento.

Participe. Mande suas opiniões, críticas e dúvidas, bem como su-

gestões para temas a serem abordados para o endereço eletrôni-

co [email protected].

Boa leitura.

Antonio Plais

Gerente de Marketing – ESAB Brasil

#8 2007

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índice

página 8

Feimafe 2007Em tempos de retomada dosinvestimentos industriais, ESABenfatiza a automatização e osprocessos de corte

página 10

página 18

Navalshore 2007

O agronegócio no Brasil

página 11

Tecnologia da ESAB participadecisivamente da arrancadado agronegócio

página 23

Tecnomaq investe em equipamentos ESAB na fabricação de torresde energia eólica

página 26

A diluição e o seu controle emsoldas de revestimento

página 27

Parceria entre Techint e ESABBrasil na montagem da jaquetada plataforma PRA-1

página 30

Smashweld nova geração:série 0 produzida com sucesso

página 32

Cidades da Solda é oprincipal projeto social apoiadopela empresa

página 8

página 11

página 27

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AQUI TEM

ESAB

Plataforma P-51, em construção no Campo Petrolífero de Marlim Sul, no Rio de Janeiro. Primeira plataforma do tipo semi-submersível (que funciona como um sistema de flutuação) construída no Brasil, ela terá capacidade de 180 mil barris de petróleo diários e de seis milhões de metros cúbicos de gás natural por dia.

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Feimafe 2007Em tempos de retomada dosinvestimentos industriais, ESAB enfatiza aautomatização e os processos de corte

“Neste momento em que a in-dústria brasileira vem crescen-do consideravelmente e precisa melhorar muito a automatiza-

ção de seus processos de soldagem, para ampliar a produtividade e adquirir maior competitividade, estrategicamen-te, decidimos que seria importante en-fatizar nossos equipamentos e nossa tecnologia nesse campo, e realçar tam-bém todo o segmento de corte, incluin-do os processos a plasma, a laser e o oxicorte”. A análise é do diretor de Ven-das e Marketing, Newton de Andrade e Silva, e se refere à presença da ESAB na 11ª Feira de Máquinas-Ferramenta e Sistemas Integrados de Manufatura (Feimafe), realizada de 21 a 26 de maio de 2007, no Parque de Exposições do Anhembi, em São Paulo. A empresa apresentou no evento diversos lança-mentos, incluindo consumíveis para manutenção ferroviária, equipamentos

nas linhas de transformadores, retifica-dores, conjuntos de soldagem MIG e TIG, colunas e viradores.

A Alcântara Machado, promotora e organizadora da Feimafe, informa que 65 mil visitantes e compradores parti-ciparam desta edição da feira, e avalia que o evento, com 1.250 expositores, foi marcado pela retomada de investi-mentos da indústria nacional. Newton Andrade e Silva ressalta a importância da Feimafe, considerada a maior feira de máquinas-ferramenta da América Latina. “É uma feira bienal, tradicional e muito importante para diferentes segmen-tos industriais, razão pela qual a ESAB tem estado presente em suas edições.” Quanto à realização de negócios, o dire-tor informou que o resultado foi positivo, sem falar em valores. Ele assinala ser uma característica de feiras como esta permitir a abertura de negociações que serão concluídas muito tempo depois.

Ao lado do cliente

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O peso dainformação

Segundo o gerente geral da Filial São Paulo, Pedro Rossetti Neto, um aspecto chamou a atenção nesta edi-ção da Feimafe: em comparação com edições anteriores, havia um número menor de visitantes, porém era possível perceber uma quantidade proporcio-nalmente maior de diretores e execu-tivos com poder de decisão. Uma das explicações possíveis passa pelo bom momento da economia. Com muitas encomendas em carteira, as indústrias precisam reforçar seu parque produtivo, mandando seus dirigentes às compras e, ao mesmo tempo, não podem libe-rar encarregados e operadores diretos. “Em outros anos, ao contrário do que vimos neste, era possível reconhecer uma presença muito maior de profis-sionais como soldadores, montadores entre outros”, assinalou o gerente.

Pedro Rossetti acentua que a ESAB atribui muita importância às feiras téc-nicas de que participa. Um aspecto relevante desse entendimento é a pre-servação da familiaridade na relação com os clientes. “Desenvolvemos uma sistemática própria de participação em feiras: trazemos profissionais de todas as filiais para receber nossos clientes de forma customizada e regionalizada”, diz. Ele explica que, antes de participar de uma exposição, é realizado um es-tudo a respeito de tudo o que a ESAB tem a oferecer naquele momento, con-siderando o público que participará do evento. A idéia é sempre expor equipa-mentos, produtos e serviços de uma tal maneira que as informações cheguem de forma clara e efetiva para os clien-tes, pois elas são fundamentais para os negócios. “Nossa experiência mostra que, muita vezes, a informação preci-sa, exata, é capaz de gerar um novo negócio. A edição 2007 da Feimafe foi um exemplo muito claro disso: fecha-mos diversos negócios significativos na área de automatização de processos de soldagem devido à qualidade das informações apresentadas aos poten-ciais clientes durante o evento.”

Ao lado do cliente

O estande da ESAB na Feimafe 2007, com design arrojado e demonstrações ao vivo, atraiu a atenção dos visitantes

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A indústria naval no Brasil pas-sou por uma forte crise nos anos 90, com falta de investimentos e perda de mercado internacional. A retomada aconteceu no início desta década, especialmente depois da decisão da Petrobras de abrir lici-

tação para embarcações de apoio marítimo construídos em estaleiros nacionais.

A ESAB participou dessa mu-dança, fornecendo seus produtos de alta qualidade para as indústrias de construção naval e offshore. A

demanda por equipamentos e con-sumíveis de soldagem com altos ín-dices de produção aumentou, abrin-do espaço para que a empresa se consolidasse como a maior fornece-dora desses itens para os estaleiros brasileiros.

Guinada no setor

ESAB se destaca naNavalshore 2007

Para promover o intercâm-bio entre fornecedores e compradores de produtos e serviços da indústria na-

val, aconteceu entre os dias 29 e 31 de agosto, no Rio de Janeiro, a Navalshore 2007. O evento contou com a partici-pação de grandes empresas do merca-do offshore e naval, com destaque para a ESAB, que é a maior fornecedora de máquinas e consumíveis de soldagem e corte para o segmento.

Neste ano, 120 estandes foram montados em mais de 6 mil m2 de área de exposição. Participante do evento há vários anos, a ESAB marcou pre-sença novamente na feira, e aprovei-tou a oportunidade para lançar seu novo catálogo específico para o setor de construção naval, além da logomar-ca que representará a nova identidade visual do Segmento Naval & Offshore. Para Cláudio Turani, consultor técnico da ESAB, a Navalshore foi uma opor-tunidade de consolidar o trabalho da empresa no setor. “Queremos mostrar aos nossos clientes que possuímos uma linha completa e diversificada de

produtos, que atendem a todas as suas necessidades”, explica.

Cláudio afirma que a Navalshore está crescendo a cada ano, e a mu-dança da localização da feira é um dos sinais da expansão. Realizado em 2006 no Armazém 6 do Porto, o evento este ano aconteceu no Rio Cidade Nova Convention Center, um novo centro de convenções da cidade. “Sem dúvida, a estrutura de 2007 foi bem melhor. Tam-bém dá para perceber que a caracterís-tica regional do evento está desapare-cendo, com o aumento da participação de expositores do Brasil e do mundo”, comenta.

O estande da ESAB, que teve des-taque no espaço da exposição, expôs os produtos de acordo com as linhas, para mostrar a variedade de oferta de máquinas e consumíveis da empresa. Cláudio explica que a feira atualmente tem um caráter mais institucional, com o objetivo de fazer contatos e divulgar marcas, mas que isso está mudando. “Acredito que a tendência é que a Na-valshore se torne mesmo uma feira de negócios”, afirma.

Ao lado do cliente

O estande da ESAB, que teve desta-que no espaço da exposição, expôs os produtos de acordo com as linhas, para mostrar a variedade de oferta de máquinas e consumíveis da empresa

Esta logomarca foi criada pela ESAB especialmente para o segmento

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Tecnologia da ESAB participadecisivamente da arrancada

em segmentos dinâmicosdo agronegócio

Os sinais de crescimento do setor sucroalcooleiro vêm de algum tempo. No primeiro semestre de 2006, em en-

trevista para esta revista Solução, o vice-presidente da Dedini Indústria de Base S/A, José Luiz Olivério, avaliava que, em razão do crescimento da demanda, seria preciso implantar 70 novas usinas até a safra 2010/2011, significando ampliação de 20% no parque instalado, com vistas a produzir, para o mercado interno e para exportação, 31,7 milhões de toneladas de açúcar (contra 26,5 milhões de tone-ladas na safra 2004/2005) e 27,3 bilhões de litros de álcool (contra 17,4 bilhões de litros do combustível, igualmente na safra 2004/2005).

Aquela análise mostra-se coerente com a previsão recentemente divulgada pela Agência Internacional de Energia (AIE): se-gundo este organismo, a produção diária de biocombustíveis no Brasil deverá cres-cer de 293 mil barris em 2006 para 421 mil barris em 2009 e 528 mil barris em 2012.

Mirian Rumenos Piedade Bacchi, pro-fessora do Departamento de Economia,

Administração e Sociologia, da Escola Superior de Agronomia Luiz de Queiroz, da USP – tradicional centro de ensino e pesquisa localizada em Piracicaba-SP – considera lógicas essas duas interpre-tações e analisa uma perspectiva aberta para esse setor nos últimos meses, em razão da disseminação do uso do etanol. Ela diz que o setor centrará esforços na consolidação do mercado internacional desse insumo. “O presidente da União da Agroindústria Canavieira de São Paulo, a Única, Marcos Jank, anunciou em recente entrevista coletiva a intenção de montar escritórios de representação do setor su-croalcooleiro brasileiro nos Estados Uni-dos, Europa e Ásia, visando apressar esse processo.”

A professora acrescenta que, atual-mente, se reconhece que o uso de bio-combustíveis pode mitigar o aquecimento global – fenômeno tornado incontestável pelos relatórios da ONU sobre o tema, di-vulgados no primeiro semestre de 2007. “Sendo assim, as perspectivas de aumen-to das exportações do etanol brasileiro são bastante boas. O custo de produção

Agronegócio

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Reportagem e redaçãoAlexandre Asquini

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do etanol produzido aqui, o mais baixo do mundo, vai permitir que o Brasil seja um importante participante desse merca-do. Contudo, para que o mercado inter-nacional de etanol se consolide, há a ne-cessidade de que outros países também passem a participar desse mercado.”

Além do setor sucroalcooleiro, tam-bém o setor de grãos dá sinais de firmeza. Informe divulgado pelo IBGE na primeira quinzena de julho mostrava que a produ-ção de grãos no país deverá alcançar este ano 133,4 milhões de toneladas, um volu-me 14% superior ao registrado em 2006. Com uma outra metodologia de pesquisa, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), de acordo com informações pu-blicadas em agosto no site do Ministério da Agricultura, assinalou que as culturas de algodão, milho e soja impulsionam a pro-dução brasileira de grãos no sentido de al-cançar 131,15 milhões de toneladas no pe-ríodo 2006/07, um aumento de 7% sobre a do ciclo anterior – 2005/06 –, que foi de 122,53 milhões de toneladas. Este número representa ainda um crescimento de 0,5% sobre a estimativa divulgada em julho, que era de 130,51 milhões de toneladas.

Não é de hoje que a ESAB tem acom-panhado o que acontece no campo no Brasil e, por essa razão, tem participado

efetivamente da recente arrancada em-preendida por esses setores dinâmicos dos agronegócios. Conforme observou o diretor de Vendas e Marketing da ESAB, Newton de Andrade e Silva, “a ESAB procura estar em todos os mercados que são intensivos em solda, ou seja, naque-les segmentos em que os processos de soldagem sejam fundamentais na cons-trução dos equipamentos destinados à produção, transporte e armazenamento”. Ele acrescenta que alguns do segmen-tos do agronegócio, incluindo o setor de açúcar e álcool, e os que se dedicam à produção de grãos, seguramente estão entre aqueles cujos elos da cadeia produ-tiva dependem da eficiência e qualidade dos processos de soldagem.

Efeitos docrescimento agrícola

Confirmadas aquelas previsões de crescimento, segmentos como o de má-quinas e implementos agrícolas e de veí-culos de transportes dedicados ao setor receberão influência direta e certamente serão beneficiados, conforme avalia a professora Mirian Bacchi. Ela sustenta que, quando há investimentos em qual-

Mirian Rumenos Piedade Bacchi, professora do Departamento de Economia, Administração e Sociologia da Esalq

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Agronegócio

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quer setor da economia, aparecem os efeitos positivos não somente sobre os segmentos mais diretamente ligados à área que realizou os investimentos, mas também sobre muitos outros. “Na verda-de, os efeitos se disseminam sobre toda a economia. O maior emprego gera renda e renda gera consumo ou outros investi-mentos, que beneficiam outros segmen-tos econômicos também.”

Apresentando dados do seu setor, o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Rogelio Golfarb, exemplifica o que disse a professora. Recentemen-te, ao comentar no site de sua organiza-ção a vertiginosa ascensão no mercado dos automóveis tipo “flex”, que alternam o uso de gasolina e álcool – as vendas acumuladas evoluíram de 48,2 mil uni-dades em 2003 para 376,6 mil em 2004 e para 1,2 milhão em 2005, chegando, agora, a 2 milhões de veículos –, esse dirigente assinalou que tal desempenho favorece uma extensa cadeia econômica, que inclui a base agrícola de produção de cana-de-açúcar, a produção de álco-ol combustível, o setor de equipamentos para usinas e chega aos revendores de veículos, sem que se possa esquecer os ganhos ambientais.

Já a Associação Brasileira da In-dústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), reportando-se a um balanço divulgado pela Anfavea, deu destaque ao crescimento de 11% no número de emprego no setor automotivo em julho de 2007 em comparação com o mesmo mês de 2006, atribuindo esse resultado à crescente demanda por máquinas agrí-colas para os setores de cana-de-açúcar, café e fruticultura, e à volta da compra de colheitadeiras pelos produtores de grãos. De acordo com o balanço da Anfavea, entre janeiro e julho de 2007, em compa-ração com igual período do ano passa-do, a produção de máquinas aumentou 26,8%, alcançando 35.210 unidades; a produção de tratores cresceu 32,2%, ati-gindo 27.732 unidades, e o número de colheitadeiras registrou incremento de 59,5%, para 2.492 unidades.

Newton de Andrade e Silva assina-la que, como resultado de uma postura

estratégica, a ESAB pôde antever essas situações altamente positivas e está pre-parada para o crescimento anunciado. “A ESAB investiu muito em suas fábricas, lo-calizadas em Contagem-MG. A fábrica de eletrodos já tinha a capacidade suficente para responder ao aumento da demanda que observamos agora, e estamos con-cluindo, neste mês de agosto de 2007, a ampliação da fábrica de arames tubu-lares”, disse.

O diretor da ESAB acrescenta que a aplicação de arames tubulares no setor sucroalcooleiro cresce consideravelmen-te porque as indústrias necessitam de processos automatizados, mas efetivos e mais rápidos. “Hoje as paradas de ma-nutenção precisam ser cada vez meno-res; existe a tendência de eles pararem cada vez menos a produção nas fábricas. Essa velocidade é muito importante. Os arames tubulares ajudam muito nisso, e os equipamentos também”, diz, acres-centando que a maior fábrica de arame tubular da América Latina é a da ESAB e está implantada no Brasil. “Aqui se pro-duz todo tipo de arame, dos mais finos aos mais grossos; tanto arames comuns como especiais, para união e para reves-timento.”

Percepção e movimentodas empresas

Atuam diretamente ou contribuem com o segmento de agronegócios mui-tas empresas com as quais a ESAB man-tém sólidas parcerias. Fundada no início de 1959 para fabricar componentes hi-dráulicos, a Motocana S/A, localizada em Piracicaba-SP, está acostumada a perceber oportunidades no setor su-croalcooleiro. Já nos primeiros tempos, projetou e fabricou a primeira carrega-dora de cana-de-açúcar do país. A partir do sucesso desse equipamento pionei-ro, foi desenvolvendo tecnologias e no-vos produtos para o setor e, atualmente, produz soluções para movimentação e transporte de cargas para os segmen-tos canavieiro, florestal, industrial e ro-doviário, comercializadas no mercado interno e exportadas para outros países

Segmento sucroalcooleiro élocomotiva do agronegócio

brasileiro nos últimos tempos

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da América do Sul, da América Central e África.

Vera Ramos Gonçalves, da área de Marketing da Motocana, assinala que os aumentos e flutuações no preço do pe-tróleo, a demanda ambiental por com-bustíveis limpos, a busca por alternativas de combustíveis por parte dos países dependentes do petróleo e o aumento da produção dos carros “flex” de fato têm alavancado o crescimento do setor sucroalcooleiro brasileiros e represen-tam garantias de que esse segmento vai continuar crescendo pelos próximos anos. “A Motocana, que está neste setor há quase 50 anos, vem acompanhando este crescimento e visualizando um futu-ro promissor, tanto no mercado interno como no externo”. Ela assegura que a empresa vem investindo em projetos para lançamento de novos produtos e para a ampliação da fábrica, com vistas a gerar maior produtividade, competitividade e aumento de empregos.

Aumento nas vendas – O diretor de Relações Externas da Case New Holland (CNH), Milton Rego, explica que, quanto aos grãos, o mercado agrícola vem de dois anos de depressão, mas se recupera. “A crise foi causada pela rápida valoriza-ção do real frente ao dólar, o que fez com que os preços das principais commodities – soja e milho – caíssem. Hoje, o merca-do está em fase de recuperação.” A Case New Holland nasceu em 1999, da fusão entre as empresas Case e New Holland. Sua área de atuação é a de máquinas agrícolas e de máquinas e equipamentos para a construção.

As fábricas estão localizadas em Curitiba-PR, Contagem-MG e Piracica-ba-SP, havendo ainda uma unidade de distribuição em Itu-SP. As máquinas são distribuídas por meio dos cerca de 301 concessionários espalhados pela Améri-ca Latina. A linha de máquinas agríco-las fabricada no Brasil é composta por tratores, colheitadeiras de grãos, colhe-doras de cana-de-açúcar, colhedoras de café, pulverizadores auto-propelidos. Calculando um aumento de 28,5% no volume de vendas neste ano em rela-ção a 2006, a companhia preparou, para 2007, o lançamento de produtos na área

agrícola, tanto em tratores quanto em colheitadeiras.

Otimismo – Na avaliação Emerson Zei-zer, gerente industrial da Intecnial S/A, o setor agrícola passou por uma grande crise nos últimos anos, inclusive com o fechamento de diversas empresas. Mas há otimismo: a companhia acredita que a agricultura possa contribuir para o cres-cimento da economia, desde que haja investimentos em infra-estrutura no setor, incluindo unidades de processamento do produto, sistemas de escoamento da produção, sistemas de transporte e mo-dernização de portos.

A Intecnial iniciou suas atividades em 1968, em Erechim-RS, onde ainda tem sua sede, prestando serviços técnicos a terceiros, nos setores de eletricidade, mecânica e hidráulica.

Cinco anos mais tarde, passou a fabricar também equipamentos e a re-alizar a montagem de instalações in-dustriais e, com o passar do tempo, foi se especializando nesse campo. Atual-mente, trabalha com inovação, tecno-logia, gestão e soluções de engenharia para o mercado.

Hoje, a empresa utiliza tecnologia própria e de terceiros para fornecer so-luções compatíveis às necessidades de cada cliente, tendo forte atuação no mercado de óleos vegetais e derivados, subprodutos de abatedouros, fábricas de ração/moagem, indústria fumageira, in-dústrias química e petroquímica, produ-tos especiais, tanques de armazenagem, terminais portuários, navegação, instala-ções elétricas, quadros elétricos, monta-gens industriais e suas respectivas peças de reposição e outros projetos especiais sob encomenda.

Além da sede em Erechim, a Intecnial possui uma filial em Itajaí-SC, estabele-cida em 2006, com foco na produção naval, e escritórios de apoio comercial e logístico em São Paulo-SP, Curitiba-PR e Porto Alegre-RS. O otimismo da Intec-nial é traduzido em ações práticas, com investimentos na ampliação da sua área fabril. Esses investimentos estão voltados para aumentar a capacidade produtiva, qualificar profissionais e para novas tec-nologias de produção e montagem.

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Compreender o queacontece no mercado e

conhecer as necessidades dos clientes tem sido um

diferencial da ESAB

Neste momento de expansão vivido pela cadeia produtiva de diferentes segmentos do setor agrícola, a ESAB tem feito valer dois aspectos essenciais de sua estratégia de atuação: compreender o que acontece no mercado e estar sempre muito próximo dos clientes, a ponto de conhecer com detalhes as suas necessidades.

Pedro Rossetti Neto, gerente geral da unidade da ESAB em São Paulo, explica como isso aconteceu na prática no que diz respeito ao setor sucroalcooleiro. “Há alguns anos – entre 2002 e 2003 –, começamos a perceber sinais de que o segmento de açú-car e álcool, que andava em banho-maria, tendia a ter um crescimento significativo. Por se tratar de uma área muito importante no Brasil, sugerimos à direção que o inserisse como parte dos planos globais da compa-nhia e que nos autorizasse a desenvolver um trabalho específico para conhecê-lo melhor. E tivemos autorização para isso.”

Profissional de significativa vivência e

experiência no segmento sucroalcooleiro, Jair Silva foi designado para coordenar esse estudo. Foi um trabalho exaustivo e meticu-loso: “Primeiramente, fizemos uma ampla radiografia de todo o setor e estruturamos o fluxograma de sua cadeia produtiva, identifi-cando as necessidades em cada elo dessa corrente: as usinas, as empresas que mon-tam as usinas, os fornecedores de máquinas e equipamentos e assim por diante”, expli-cou.

Com isso, a ESAB passou a atender não somente a parte de consumíveis, mas tam-bém a parte de equipamentos onde foram desenvolvidos produtos para a execução de revestimentos com controle CNC. Por outro lado, fez-se um levantamento de tudo o que a ESAB – considerando as fábricas brasilei-ras e as unidades instaladas em outros paí-ses – poderia oferecer ao setor. “Por causa desse levantamento, acabamos trazendo determinados equipamentos produzidos em outros países para podermos atender nos-sos clientes no Brasil”, contou Jair Silva.

Pedro Rossetti sublinha ser muito im-portante para a ESAB dispor de uma equi-pe preparada para atender o segmento de açúcar e álcool e compreender extamente o que cada um dos representantes dos clien-

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Agronegócio

SIA

MIG

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tes está falando. “A equipe de vendas vive intensamente as necessidades do cliente e principalmente o que pode acontecer no mercado de açúcar e álcool. Não é só a venda atual, mas o que mais nós podemos oferecer ao mercado no futuro.” Ele acres-centa que a equipe conhece muito bem o que a ESAB possui e o que é capaz de res-ponder melhor e mais rapidamente ao que os clientes expressam como suas necessi-dades.

O diretor de Vendas e Marketing da ESAB, Newton de Andrade, acrescenta: “Muitas vezes, é o contrário disso, também. Entendendo melhor o cliente, o segmento em que opera e tudo o que necessita, nós preparamos alguns equipamentos, direcio-namos os produtos”.

Um outro aspecto a ser valorizado nesse processo, segundo Pedro Rossetti, é a rede de revendedores. “A ESAB é a maior empre-sa no Brasil no ramo de solda e nós temos uma cadeia de revendedores em condição de atender rapidamente todos os nossos clientes”, diz, acrescentando que esse é um diferencial importante para quem não tem tempo a perder. O gerente destaca o trabalho de Jair Silva e sua equipe na cons-cientização dos revendedores sobre o papel que podem e devem exercer em termos de abastecimento dos clientes, garantindo o prazo e as quantidades necessárias.

Pedro sublinha que, com esse esforço, toda a rede de revendedores passou a ter mais informação sobre o desenvolvimento do mercado e a entender a necessária divi-são entre venda direta e abastecimento por meio de revenda e, sobretudo, a compreen-der que o mercado é suficientemente gran-de para todos. E deve crescer ainda mais.

Para clientes, estratégiade atendimento é

muito eficiente

“O atendimento da ESAB é excelente, devido ao comprometimento das pessoas que nos dão suporte, facilitando o desen-volvimento de novos produtos, como recen-temente aconteceu no desenvolvimento de um arame MC 110, que alcançou a resistên-cia de solda que atendia às especificações dos nossos produtos”, diz Sérgio Soares, diretor Industrial da CNH. Ele acrescen-ta a CNH recebe, dos técnicos da ESAB, um acompanhamento que qualifica como “ótimo”. “Eles nos prestam assistência de primeira linha em relação aos consumíveis e máquinas de solda MIG, também auxilian-do na parte de desenvolvimento de novos equipamentos com a avançada tecnologia existente no mercado. Isso facilita a especi-ficação de compra de um equipamento de

Agronegócio

1 6 O U T U B R O N º 8 2 0 0 7 CN

H

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solda, tornando excelente a parceria entre CNH e ESAB.”

Conforme explicou o diretor, o processo de fabricação dos equipamentos agrícolas CNH utiliza grande quantidade de equipa-mentos de corte e soldagem para sua produ-ção. Toda a parte estrutural das colheitadeiras de grãos e cana, além de todo o acabamento e fechamento destes equipamentos e tam-bém dos tratores é feito em chaparia traba-lhada por corte a laser, plasma e solda nos processos MIG e, principalmente, utilizando equipamentos de última geração para a ob-tenção dos parâmetros de qualidade, entrega e custos exigidos pelos clientes.

Atualmente, a CNH conta internamente com oito máquinas de corte a laser e uma má-quina de corte plasma para corte de chapas de várias espessuras e tamanhos de blank. E dispõe de aproximadamente 145 máquinas de solda MIG e 35 máquinas de solda ponto, com um quadro de 85 soldadores em dois turnos de trabalho. Em termos de participa-ção, a ESAB hoje é responsável por 65% do parque de máquinas de solda e 100% dos consumíveis utilizados pela empresa.

Participação no desenvolvimento – A ESAB tem participação no desenvolvimento de algumas soluções técnicas no âmbito da soldagem implementadas pela Intecnial nos seus processos de fabricação. O gerente In-dustrial Emerson Zeizer explica que a ESAB procura disponibilizar sua estrutura em Porto Alegre para atender a Intecnial, principal-mente para capacitação de profissionais da soldagem, bem como atendimento rápido, reposição de materiais, apoio técnico dos equipamentos e processos de soldagem.

Ele acrescenta que a relação entre a In-tecnial e a ESAB caminha para uma parceria cada vez mais consolidada: “O ‘ganha-ga-nha’ é o desejo de todas as empresas. Es-tamos muito fortalecidos nesse processo e a ampliação desta parceria faz com que nossas empresas possam estar em crescimento con-tinuado. A ESAB é uma empresa que oferece, por meio de seus equipamentos, materiais e profissionais, um atendimento que possibilita à Intecnial continuar a busca pela excelência da satisfação de nosso cliente”, afirma Zeizer.

O processo produtivo da Intecnial está voltado para a transformação de chapas de aço em equipamentos para os clientes. Os produtos são bens de capitais voltados aos

mais diferentes segmentos, como foi mencio-nado anteriormente. Toda a matéria-prima, de aço inox ou carbono, utilizada na empresa, passa pelo processo de corte a plasma (maior percentual), oxiacetilênico e/ou GLP, havendo ainda o processo de corte mecânico, com guilhotinas, serras e prensas. Quanto à solda-gem – um processo crítico, validado somen-te após ensaios não-destrutivos –, integram o conhecimento da empresa procedimentos em arco submerso, arame tubular, MIG MAG, TIG e eletrodo revestido.

Presteza – “Temos na ESAB um parceiro sempre presente e pronto para nos auxiliar em nossas necessidades. Seus representantes nos fazem visitas freqüentes e, o mais impor-tante: essas visitas não se limitam ao nosso Departamento de Suprimentos, estendendo-se a todos os setores onde se aplicam produ-tos ESAB. Eles conversam com soldadores, operadores de máquina, programadores e engenheiros de processo”, assinala Ruben Fanjul, diretor Industrial da Motocana.

Ele acrescenta que a empresa vem há al-guns anos padronizando todo o equipamen-to de corte e solda e optando pela marca ESAB, pela qualidade, robustez e tecnologia aplicada. “Tanto em equipamentos quanto em consumíveis, a qualidade está sempre presente. Desde o início da idéia de adquisi-ção de um produto ESAB, temos o acompa-nhamento e o assessoramento técnico em todas as etapas. Eles nos indicam que pro-duto se adapta mais à nossa aplicação, dão apoio com treinamentos, pós-venda e uma eficiente assitência técnica”.

Fanjul explica que, como em toda em-presa metalúrgica, as primeiras operações têm vital importância no desevolvimento da fabricação. “Um equipamento de corte que nos forneça qualidade e confiabilidade é fun-damental.”

Quanto à solda, considera que é um dos processos mais técnicos e de maior respon-sabilidade da área. Se há um componente montado em forma deficiente, uma simples inspeção visual ou dimensional pode denun-ciar falha. No caso da solda, as falhas podem ficar ocultas e somente ser detectadas com inspeções mais rigorosas, a serem feitas em todo o processo, o que seria impraticável. “Por esse motivo, tanto o treinamento do soldador como a precisão da máquina são fundamentais”, conclui.

653 CVCC

OrigoArc 150

AristoMig 500

Consumíveis ESAB

Agronegócio

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O agronegócio no Brasil

Agronegócio

Moderno, eficiente e com-petitivo, o agronegócio brasileiro é uma ativida-de próspera, segura e

rentável. Com um clima diversificado, chuvas regulares, energia solar abun-dante e quase 13% de toda a água doce disponível no planeta, o Brasil tem 388 milhões de hectares de terras agri-cultáveis férteis e de alta produtividade, dos quais 90 milhões foram explorados. Esses fatores fazem do país um lugar de vocação natural para a agropecuária e todos os negócios relacionados a suas cadeias produtivas. O país é um dos poucos do mundo onde é possível plan-tar e criar animais em áreas temperadas e tropicais. Favorecida pela natureza, a agricultura brasileira pode obter até duas safras anuais de grãos, enquanto a pe-cuária se estende dos campos do Sul ao Pantanal de Mato Grosso – a maior planície inundável do planeta.

Outro ponto que tem de ser conside-rado é que o Brasil investiu pesado em pesquisa e tecnologia nas duas últimas décadas e agora está colhendo os fru-tos. O desenvolvimento científico-tecno-lógico e a modernização da atividade ru-ral, obtidos por intermédio de pesquisas e da expansão da indústria de máquinas e implementos, contribuíram igualmente para transformar o país numa das mais respeitáveis plataformas mundiais do

agronegócio. A adoção de programas de sanidade animal e vegetal, garantin-do a produção de alimentos saudáveis, também ajudou o país a alcançar essa condição. O retorno vem em números, por exemplo: com a modernização da agricultura, foi possível, com uma pe-quena expansão da área agrícola – de 37,9 milhões de hectares em 1990 para 45,6 milhões em 2007 –, passar de uma produção de cerca de 58 milhões de toneladas para 127,6 milhões, a sa-fra recorde que o Brasil irá colher este ano. Esse quadro de conquistas levou o país a ser considerado o detentor da agricultura mais moderna e produtiva do mundo. Tais indicadores mostram que é apenas uma questão de tempo, orga-nização e estratégia de mercado para que o Brasil se torne celeiro do mundo – mundo esse que, cada vez mais, vai precisar de comida para alimentar seus habitantes. Em 2030, estima-se que a população mundial seja de 8,5 bilhões de pessoas. Países populosos como a China e a Índia, mesmo sendo grandes produtores agrícolas, terão dificuldades de atender às demandas, devido ao esgotamento de áreas agricultáveis. Ao lado, temos um gráfico que aponta os principais países com áreas agricultá-veis, relacionando as áreas disponíveis e as ocupadas (em 1000 ha).

Entre 2002 e 2006, as vendas ex-

Júlio César RauppConsultor Técnico ESAB Brasil

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ternas do agronegócio brasileiro cresceram 99%. Subiram de US$ 24,8 bilhões para US$ 49,4 bilhões, segundo dados do Ministério da Agricultura. A escalada de crescimento con-tinua em 2007. Só nos primeiros quatro me-ses, as vendas externas do setor somaram US$ 16,5 bilhões – o valor é 24,7% maior do que o exportado no mesmo período do ano passado.

O agronegócio é hoje a principal locomo-tiva da economia brasileira e responde por um em cada três reais gerados no país. É respon-sável por 33% do Produto Interno Bruto (PIB) e por 37% dos empregos brasileiros. No período de 2000-2005, a taxa anual de crescimento da agricultura foi de 5,99%, mais que o dobro do crescimento do PIB.

E, se tudo isso não bastasse, a virada do século trouxe consigo uma nova visão sobre a atividade agrícola mundial, que começou a mi-grar de uma agricultura extrativa para uma agri-cultura energética. Só para termos idéia desta pressão mundial pelo uso de fontes renováveis de energia, podemos destacar que, em 2020, 20% da matriz americana será de energia reno-vável. Já de olho neste mercado, a previsão da área plantada de cana de açúcar no Brasil para 2016 é 110% maior que a de 2005.

Quanto ao biodiesel brasileiro, políticas governamentais obrigam a sua utilização na composição do diesel. A partir de 2008, 2% do consumo de diesel será de biodisel e, a partir de 2013, serão 5%. Em 2006, o país foi apenas o 14º produtor de biodiesel, mas poderá ser o 2º ou 3º ainda em 2007, e talvez o 1º a partir de 2010.

Pegando carona neste desenvolvimento do agronegócio e até mesmo na onda do petró-leo verde, os desdobramentos de atividades e o número de setores envolvidos chegam a ser espantosos. Com o aumento da produção de grãos a cada ano no Brasil, a capacidade de

armazenagem no país irá atender a este cres-cimento e, mais ainda, com a qualidade que o mercado exige. Os equipamentos de arma-zenagem inseridos na unidade armazenado-ra de grãos são um dos itens essenciais para a garantia da qualidade demandada para sua comercialização. Com uma previsão de safra recorde, o IBGE alerta para a necessidade de investimentos em infra-estrutura para armaze-namento. A produção armazenada brasileira média é de apenas 10%, um valor considera-do baixo diante dos países desenvolvidos. Na mesma linha seguirão os investimentos em equipamentos agrícolas, máquinas agrícolas, setores voltados também para uma agricultu-ra de precisão, contendo toda uma necessária eletrônica embarcada. São os novos tempos do agronegócio. Depois, para escoar toda essa safra, temos os implementos rodoviários e os produtos ferroviários em que a participação das ferroviárias na matriz de transporte nacional já migrou dos 20% em 1996 para 26% em 2006, podendo chegar a 30% em 2009. Isso sem falar nos fabricantes das usinas de álcool e de biodiesel, cujos investimentos não param de ser contabilizados.

Mas o Brasil é um país de contrastes, o que reforça as necessidades de investimentos de que esse mercado necessita. Para que pos-samos melhor entender o potencial do nosso mercado, seguem mais alguns números: se compararmos a área arável por trator ou a área a ser colhida por colheitadeira entre diversos países, veremos que a agricultura brasileira é muito menos mecanizada que a dos de países europeus e da América do Norte. Com relação à área colhida por colheitadeira, o país está em situação inferior à da Argentina, por exemplo. Assim, o crescimento sustentado, buscando crescentes ganhos de produtividade e crédito suficiente a taxas razoáveis, é o caminho ao pleno desenvolvimento.

Mundo/World

Continente/Continent África/Africa América do Norte e Central/ North and Central America América do Sul/South America Ásia/Asia Europa/Europe Oceania/Oceania

UNIDADESUNITS

TRATORES DE RODASWHEEL TRACTORS

COLHEITADEIRASCOMBINES

ÁREA CULTIVADACULTIVATED AREA

1.000 ha

Ha COLHIDO/COLHEITADEIRA

AREA HARVESTEDPER COMBINE (ha)

Ha ARÁVEL/TRATORARABLE AREA

PER TRACTOR (ha)

País/Country BRASIL/BRAZIL Argentina/Argentina Canadá/Canada Estados Unidos/United States França/France Reino Unido/United Kingdom

27.625.095

537.9285.942.513

1.318.5028.591.512

10.833.905400.735

4.253.163

36.449814.613

126.2412.229.878

985.88460.098

1.402.317

199.405255.177

107.105506.858284.095

49.677

50,8

370,742,9

81,259,026,2

124,0

329,7

5.470,8313,2

848,4227,3288,2826,6

336.589299.620732.600

4.760.0001.264.000

500.000

Fontes/Souites: FAO (ONU), IBGE.Os dados do Brasil referem-se a 2006 e, para as frotas, são estimados. / The data for Brazil refer to 2006, and for fleets the figures are estimates.

43.42550.000

115.800662.000

91.00047.000

57.44527.90045.660

173.45018.451

5.660

170,793,162,336,414,611,3

1.322,9558,0394,3262,0202,8120,4

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Tecnologia a serviçodo agronegócio

A ESAB está preparada para esses novos tempos e seus novos desafios. Trabalhando estrategicamente há alguns anos, hoje a ESAB coloca no mercado uma série de equipamentos com suas tecnologias a serviço desse setor.

Nos últimos anos, a procura por robotiza-ção e mecanização vem crescendo exponen-cialmente, bem como o uso de equipamentos de solda com maior tecnologia embarcada. Essa nova tendência é resultado de um mer-cado globalizado, onde as empresas, para se tornarem competitivas, precisam explorar detalhes de seus projetos. Com isso, novas técnicas de produção, aliadas a novos mate-riais e menores espessuras, requerem máqui-nas que permitam um melhor controle sobre a soldagem. Toda essa tecnologia é utilizada para tirar a subjetividade da soldagem e esta-belecer a repetibilidade como uma nova for-ma de condução dos trabalhos.

Com o futuro já presente no nosso dia-a-dia, a ESAB apresenta as mais diversas solu-ções em solda e em corte, que vêm colaborar com esse novo posicionamento do mercado.

Consumíveis. Atualmente, a ESAB está in-troduzindo no mercado o OK AristoRodTM, arame sólido com propriedades superiores em soldagem automatizada e com robô, que é fabricado pela ESAB com tecnologia ASC

(Advanced Surface Characteristics – Caracte-rística Avançada de Superfície).

Abaixo, a ilustração mostra a estabilidade do ASC ao longo do contato deslizante do bico de contato e o arame.

• A tecnologia ASC melhora a resistência à corrosão.• A resistência à corrosão é igual ou melhor do que os arames cobreados.

Esta tecnologia vai permitir que as automa-tizações tenham menores tempos de parada.

Possuímos também a linha mais comple-ta de consumíveis para a soldagem dos aços de alta resistência, que são uma realidade na indústria de guindastes e que começam a tomar forma na indústria de equipamentos agrícolas e implementos rodoviários. Eles au-mentam a capacidade de carga em função da redução do peso do equipamento ou im-plemento construído.

Equipamentos de solda e corte standard. A ESAB, líder no mercado nacional de equi-pamentos, vem ampliando constantemente a sua linha de produtos, seja desenvolvendo produtos nacionais com tecnologias já do-minadas localmente, como a convencional, que pode ser traduzida por robustez e con-fiabilidade, ou a tiristorizada, sinônimo de robustez, parâmetros de solda constantes mesmo com as oscilações da rede elétrica, bem como maior número de parâmetros possíveis e controles a distância. Estas tec-nologias já estão disponíveis na construção de máquinas semi-automáticas e automá-ticas. Agora, a ESAB se prepara para dar mais um passo inédito na indústria nacio-nal: a empresa está trabalhando no primeiro inversor para fontes de energia a ser em-pregada nos processos semi-automáticos.

Nova máquina de corte: LPH 37

AristoPower 460 /AristoFeed 30-4W MA6

• Arco estável em altas correntes de soldagem.• Pouco respingo.• Excelente abertura de arco.• Boa performance na alimentação de arames em altas velocidades e pistolas com conduits mais extensos.• Reduzido consumo de bicos de contato.

• Melhor proteção contra a oxidação do arame.• Baixos níveis de emissão de fumos. • Mesma performance, ou melhor, se comparada a arames cobreados.• Baixa queda de voltagem entre o bico de contato e o arame.• Melhor estabilidade na corrente de transferência.

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Completando a linha de inversores, visto que, desde 2002, já tínhamos esta tecno-logia disponível para as máquinas manuais, esta tecnologia apresenta de forma ainda mais apurada as vantagens das máquinas tiristorizadas, acompanhada de redução de consumo de energia elétrica e peso. E se o critério for robustez, podemos aliar as van-tagens dos inversores à força dos tiristores: são as máquinas chooper.

Não podemos dizer que qualquer uma das tecnologias vá ser eliminada em fun-ção de uma outra. Podemos observar as vantagens de cada uma delas e definir pela escolha da mais apropriada para uma de-terminada necessidade. A substituição de uma tecnologia por outra de maior desenvol-vimento sempre deverá ser precedida pela seguinte análise:• Necessidade técnica / processo.• Prioridade dos investimentos.• Análise da necessidade de melhorias em outros setores da empresa, que funcionariam como pré-requisito para uma boa soldagem, como corte e dobra. • Atualização da capacidade técnica do de-partamento de manutenção.• Investimento em recursos humanos.

Sendo assim, podemos concluir: não existe uma pré-definição do que deve ser feito em termos de tecnologia numa empre-sa, e sim um caminho a ser seguido, em que um posicionamento estratégico e um estudo detalhado apontarão a decisão mais correta.

Ainda pensando na otimização dos pro-cessos de soldagem, a ESAB apresenta, de forma complementar ao Sistema Aristo - uma fonte multiprocesso, pulsada, inver-sora, com linhas de sinergismo entre outros recursos, perfazendo um equipamento de altíssima tecnologia voltada a aplicações específicas e/ou operação com células de robô - sua nova tecnologia de controle dos parâmetros de soldagem, o sistema QSet.

QSet. O QSet é um sistema revolucionário, exclusivo da ESAB, para a soldagem em curto-circuito e especialmente desenvolvido para trabalhos em chapas finas. O sistema opera com excelente performance com CO2,, um diferencial importante face à instabilidade que o mercado de gases de proteção está passando, pela dificuldade no fornecimento do gás argônio.

QSet

O Sistema QSet, de última geração,é constituído por:• Soldagem MIG-MAG curto-circuito com um único botão de ajuste.• Ajuste simples da velocidade do arame. O sistema reconhece automaticamente o material e diâmetro do arame e o tipo de gás de proteção.• Não precisa de linhas de sinergismo.• Altura de arco constante.• Arco estável, sem respingos.• Cofiguração automática dos parâme-tros ótimos de soldagem em apenas 6 segundos.

Quando se inicia a soldagem com um tipo de arame e gás, o QSet define e armazena automaticamente todos os parâmetros ótimos. A tensão segue as alterações na velocidade de alimentação do arame, tão fácil quanto 1.2.3:

1. Definido o tipo de gás e arame a ser utilizado, faz-se uma solda durante 6 se-gundos para que o equipamento encontre os parâmetros ideais de soldagem.

2. Ajusta-se a velocidade do arame em função do tipo da junta, espessura do material a ser soldado e posição de soldagem.

3. Diferentes programas ou altera-ções de velocidade de arame ou stick-out durante a soldagem são assimilados em tempo real pelo equipamento. Automação e CNC: São máquinas pla-nejadas e desenvolvidas tendo em men-te as necessidades do cliente, buscando facilidades de operação e manutenção. Como são totalmente desenvolvidas pela ESAB, garantimos a melhor e a mais abrangente solução para nossos clientes, com equipamentos fabricados no Brasil ou nas diversas unidades da ESAB no mundo. Assistência técnica: Buscamos a atualização de nossa rede de Serviço Autorizado ESAB (SAE), como também disponibilizamos uma política de peças de reposição originais, acessível a todos os nossos clientes.Meio ambiente: A ESAB, com suas soluções ambientais, juntamente com a Nederman, está pronta a atender as exi-gências da ISO 14000 e TS 16949, que tratam do meio ambiente.

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Energia Eólica

Tecnomaq investe em equipamentos ESAB na fabricação de torres

de energia eólica

Acrise mundial na produção de energia elétrica é fruto de um acelerado processo de globaliza-ção da economia, aliado a fato-

res como a escassez de água em diversas regiões do planeta, aquecimento global e a necessidade da redução da emissão de ga-ses na atmosfera. Estes temas estão entre os maiores desafios de governos em todo o mundo neste novo milênio. Buscar alternati-vas para reverter esse cenário, a curto e longo prazos, coloca em evidência a necessidade da implantação de fontes de energia alterna-tivas que sejam, acima de tudo, limpas, re-nováveis e disponíveis em diversos lugares. Neste contexto, a geração de energia elétrica através do vento – energia eólica –, é uma das alternativas viáveis para atender a diferentes níveis de demanda. Além de ser abundante e não poluente, a energia eólica poderá garantir 12% das necessidades mundiais de eletrici-

dade até 2020, criar 1,7 milhão de novos em-pregos e reduzir significativamente a emissão global de dióxido de carbono na atmosfera nos próximos 30 anos.

Um levantamento do Word Energy Coun-cil (WEC) aponta que, em 2007, cerca de 1% da energia elétrica produzida no mundo será proveniente de fonte eólica. Atualmente, a potência mundial instalada de energia eóli-ca é de 75 mil MW, sendo que, no Brasil, os números ainda são muito pequenos em relação a outros países, chegando a apenas 237 MW. Hoje, a potência instalada de ener-gia eólica no Brasil representa apenas 0,23% da matriz energética brasileira. O país ocupa a vigésima posição no ranking de maiores produtores deste tipo de energia no mundo; contudo, tem um grande potencial de cres-cimento e, cada vez mais, estão sendo fei-tos investimentos para a geração de energia através da fonte eólica.

Linha de produção da fabricação de pontes rolantes da Tecnomaq

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Reportagem e redação Paulo Cunha

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Fabricação de torreseólicas no Brasil

Acompanhando a tendência mundial na busca de alternativas para o incremento de geração de energia elétrica limpa e renovável, a Tecnomaq, empresa com mais de 15 anos no mercado metal-mecânico, sediada em Fortaleza - CE e especializada na fabricação e montagem de equipamentos e sistemas de transporte, pórticos e pontes rolantes, nos úl-timos três anos passou também a investir na área de energia, principalmente em energia de fonte alternativa limpa. Enxergando que o investimento em energia eólica no Nordeste brasileiro, especialmente no litoral do Ceará e do Rio Grande do Norte, tem potencial de instalação do equivalente a mais de três usi-nas de Itaipu, a empresa realizou um gran-de investimento para a construção de uma planta industrial, exclusivamente voltada para a fabricação de torres eólicas tubulares em aço, a primeira do Brasil.

A nova planta da Tecnomaq está em rit-mo acelerado de construção, com as áreas de corte e calandragem em fase adiantada de instalação, podendo operar com chapas de aço de até 3 metros de largura e 53 mm de espessura. Segundo o diretor-gerente da Tecnomaq, Antônio Balhmann, a empresa in-vestiu aproximadamente R$ 30 milhões nes-sa fábrica, que terá capacidade de produzir, nesta primeira fase, 100 torres de 85 m de altura por ano. Já na segunda fase, a partir de abril de 2008, a Tecnomaq terá condições de construir 200 torres de até 100 m de altu-ra por ano. De acordo com Balhmann, para 2009 a empresa já projeta atingir uma média de uma torre por dia.

Localizada estrategicamente no km 23 da BR 116, próximo a Fortaleza, no Com-plexo Industrial Portuário do Pecém, a fá-brica se beneficia da excelente localização, que favorece tanto a logística para a impor-tação de componentes como do transporte das enormes e pesadas peças para a mon-tagem das torres eólicas.

Expansão e equipamentos ESAB

A construção de uma planta industrial para fabricar torres de geradores eólicos de grande porte exigiu que a Tecnomaq investisse na automatização de sua linha de produção, associada às rígidas espe-cificações de solda, pintura, preparação de chapas e outros processos. Para se equiparar às melhores e mais produtivas indústrias do mundo, a Tecnomaq utilizará o conjunto de máquinas de alta tecnologia ESAB, inclusive máquinas de solda auto-máticas.

A Tecnomaq, que já dispõe de máqui-nas de solda ESAB para a fábrica de pon-tes rolantes e gruas, adquiriu para a planta de torres eólicas uma linha completa de viradores e colunas manipuladoras de sol-da para a fabricação de torres tubulares de aço com diâmetro de até 5200 mm. Uma outra linha de equipamentos ESAB já tem sua compra planejada para dupli-car a produção, a partir de junho de 2008. O início da utilização da primeira linha de máquinas de solda deverá ocorrer no mês de novembro de 2007.

• Coluna CaB65, série 300, com 6 m de altura e lança de 5 m de compri-mento e coluna CaB55, série 300, com 5 m de coluna e 5 m de lança, instala-dos sobre trilhos para maior flexibilida-de para soldagem externa das virolas. • Cabeças de soldagem Tandem com dois arames (CC/CA) arco sub-

merso, permitindo ao sistema eleva-das taxas de deposição. • Controladores micro-processados ESAB PEH, que permitem melhor controle e registro dos parâmetros de soldagem utilizados. • Trator de soldagem A2T Multitrac para o processo arco submerso,

para a soldagem circunferencial in-terna.• Em conjunto com os equipamen-tos de soldagem, serão instalados viradores auto-alinháveis da Série ZT. Nos modelos ZT 20, ZT 40 e ZT 80, para giro de 20, 40 e 80 ton, res-pectivamente.

Equipamentos ESAB utilizados pela Tecnomaq

Energia Eólica

Linha de produção da fabricação de pontes rolantes da Tecnomaq

Calandra, equipamento utilizado paraa confecção de filmes planos,

chapas e laminados

Ponte rolante de 75 ton

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O mercado mundial de energia eó-lica cresce rapidamente nos países de-senvolvidos. Nos últimos 30 anos, pa-íses como Estados Unidos, Alemanha, Espanha e Dinamarca têm realizado im-portantes investimentos no desenvolvi-mento de tecnologia e equipamentos para a geração eólica. A crise do petró-leo na década de 70 e a necessidade de diminuir a dependência do petróleo e carvão na produção de eletricidade colaboraram diretamente para o cres-cimento da indústria de construção de torres e geradores eólicos.

Hoje, no mundo, existem mais de 30 mil torres eólicas de gran-

de porte que geram 50 mil MW de energia. De acordo com o Conselho Global de Energia do Vento (Global Wind Energy Council), entidade que reúne associações do setor de vá-rios países, em 2020 a capacidade de geração de energia eólica chega-rá a 1.245.030 MW, ou seja, 12% de toda a energia elétrica do mundo.

Os países com o maior número de instalações de energia eólica (tabela abaixo), são os seguintes: Alema-nha (20.622 MW), Espanha (11.615 MW), Estados Unidos (11.603 MW), Dinamarca (3.136 MW) e Índia (6.270 MW). Alguns países, como Itália, Ho-

landa, Japão e Reino Unido, estão acima ou próximos da marca dos 1.000 MW.

Na dinamarca, por exemplo, atu-almente a fonte eólica contribui com 12% do total de energia elétrica pro-duzida no país. Na Alemanha, esse número já atinge 16%. O país é dis-parado, o maior produtor e consu-midor de eólica em todo mundo. Já nos Estados Unidos, país que não é signatário do Protocolo de Kioto, muitos estados norte-americanos já fizeram suas escolhas em adotar a estratégia de substituição da sua matriz energética.

Mercado mundial

Energia Eólica

Country

GermanySpainUSAIndia

DenmarkChinaItaly

United KingdomPortugalFrance

NetherlandsCanadaJapanAustria

AustraliaGreeceIreland

SwedenNorwayBrazilRest

Rankingtotal 2006

1234567891011121314151617181920

TOTAL

Additionalcapacity 2006

[MW]2194158724541840

811454056106288103367683541462381831475455

208730

14.900

Growth rate 2006

%11,915,826,841,50,390,923,645,161,4106,927,5112,434,017,841,131,929,610,620,4729,648,425,3

Total capacity end 2006

[MW]20622116151160362703136240521231963165015671560145113949658177566435643252372238

73.904

Total capacity end 2005

[MW]184281002891494430312812601718135310227571224683104081957957349651027029

150859.004

Ranking total 2005

1234586711139141012151618171934

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A diluição e o seu controle emsoldas de revestimento

Diluição é o nome dado à mis-tura do metal de base com o metal de adição durante a sol-dagem. Quando o objetivo é

realizar revestimentos para a obtenção de propriedades específicas, como resistên-cia a determinados mecanismos de des-gaste, é interessante reduzir ao máximo a

diluição. A composição química do metal de base sobre o qual está sendo aplicado o revestimento certamente influencia a di-luição. Além deste fator, a mistura também será influenciada pelo processo e procedi-mento de soldagem empregados, confor-me podemos ver na tabela abaixo.

Cláudio Turani VazConsultor Técnico ESAB Brasil

Correio Técnico I

Fatores que influenciam a diluição:

(*)Não é valido para soldagem TIG

Comprimento energizado (arames)

Metal de solda empregado

Número de camadas

Posição de soldagem

Técnica de soldagem

Aporte de calor

Tipo de corrente e polaridade*

Velocidade de soldagem Baixa velocidade = alta diluiçãoAlta velocidade = baixa diluição

CC- = baixa diluiçãoCA = diluição intermediáriaCC+ = alta diluição

Baixo = baixa diluiçãoAlto = alta diluição

Cordões estreitos = baixa diluiçãoCordões largos = alta diluição

Vertical ascendente = alta diluiçãoHorizontal, plana e vertical descendente= baixa diluição

Maior número de camadas = menor diluição

Materiais mais ligados = menorsensibilidade a diluição

Maior comprimento energizado/ menor diluição

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Parceria entre Techint e ESABBrasil na montagem da jaqueta

da plataforma PRA-1

A PRA-1 é uma plataforma fixa de re-bombeamento autônoma que faz parte do PDET (Plano Diretor de Escoamento e Tratamento de Óleo

da Bacia de Campos), criada como alternativa para escoamento do petróleo das plataformas para o continente. Sua jaqueta foi montada pela Techint S.A. no canteiro de Pontal do Paraná/PR. Os requisitos técnicos e aspectos operacionais influenciaram de maneira signifi-cativa a escolha dos consumíveis de soldagem para esse projeto. A parceria técnica entre Te-chint e ESAB foi de fundamental importância para o sucesso desse projeto.

DescriçãoA PRA-1, Plataforma de Rebombeio Au-

tônomo-1, é uma plataforma fixa instalada a cerca de 100 Km da costa no Campo de Mar-lim Sul/Bacia de Campos planejada para es-coar, em período de pico, aproximadamente 630 mil barris de petróleo por dia, produzidos pelas plataformas P-40, P-51, P-52, P-53, P-55 e RO-Módulo 4 nos Campos de Ronca-dor, Marlim Sul e Marlim Leste. Sua jaqueta, uma estrutura em aço API 2W-50 com peso total de 7.500 ton, construída pela Techint em seu canteiro localizado no município de Pon-tal do Paraná-PR, sob encomenda da Petro-bras, foi lançada ao mar em 31 de dezembro de 2006. Suporte técnico e consumíveis de soldagem fornecidos pela ESAB permitiram a Techint sucesso nas operações de soldagem executadas durante este projeto.

Características técnicasPlanejada sob um novo conceito que con-

templou, como característica fundamental, a otimização no emprego de materiais através da redução de peso, a jaqueta da PRA-1 tem como característica própria uma estrutura as-

Cláudio Turani Vaz - Consultor Técnico ESAB BrasilSérgio Munhós - Engenheiro de Soldagem Techint S.A.José Roberto Domingues - Gerente Técnico ESAB Brasil

Figura 1: Vista aérea do canteiro de obras da Techint em Pontal do Paraná / Paraná

Figura 2: Vista geral da jaqueta em sua fase final de montagem

Lâmina d’águaCapacidade de bombeamentoConvésNúmero de módulosAcomodaçõesInvestimentoJaquetaAçoPeso totalAlturaBaseTopo

106 metros750 mil bpd67 metros x 53 metros x 41 metros590 pessoasUS$2.7 bilhõesJaquetaAPI 2W-507.500 toneladas (aproximado)116 metros56 metros x 56 metros36 metros x 49 metros

Tabela 1: Características técnicas da PRA-1

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simétrica. Esse aspecto representou enorme desafio aos construtores durante os 24 me-ses necessários à sua montagem.

Nós e tubos empregados na jaqueta fo-ram fabricados previamente e enviados ao canteiro de obras de Pontal do Paraná por via terrestre. No canteiro de obras, frente à complexidade estrutural, foi elaborado um detalhado plano de construção, constituído pela montagem das faces ao nível do solo, “roll up”, estaiamento e consolidação final pelo travamento dos elementos tubulares. A seqüência dessa montagem foi estabelecida após análise estrutural das faces e níveis da jaqueta. Dentro desse planejamento, as sol-dagens, quase na totalidade constituídas por juntas circunferenciais, foram executadas se-guindo critérios de qualidade e produtividade. União de elementos tubulares, quando pos-sível, foi executada em “pipe shop” pelo pro-cesso de soldagem ao arco submerso (SAW). As demais soldas foram executadas em área aberta, com passes de raiz, utilizando solda-gem TIG (GTAW) e enchimento e acabamento com arames tubulares de núcleo não metálico (FCAW) ou eletrodos revestidos (SMAW).

A fabricação da jaqueta seguiu os cri-térios construtivos da Norma Petrobras N-1852 (Estruturas Oceânicas – Fabricação e Montagem de Unidades Fixas). Segundo essa norma, os aços empregados devem ser classificados segundo a Norma Petrobras N-1678 (Estruturas oceânicas – Aço) e os consumíveis de soldagem devem ser forneci-dos de acordo com as condições definidas pela Norma Petrobras N-1859 (Consumível de Soldagem com Qualidade Assegurada). A temperatura mínima de projeto para esta jaqueta foi de 10°C. O aço API 2W-50, em-pregado na fabricação da jaqueta, foi reclas-sificado de acordo com a Norma N-1678.

Consumíveis de soldagemOs consumíveis de soldagem utiliza-

dos na construção da jaqueta desta plata-forma foram fornecidos de acordo com as condições definidas na Norma Petrobras N-1859. Para atender às exigências dessa norma, foram executados, além dos ensaios necessários à classificação dos consumíveis, ensaios de tração, impacto (Charpy - entalhe V) e CTOD em corpos de prova do metal de solda nas condições como soldado “AW” e após tratamento térmico “PWHT”. O trata-mento consistiu na manutenção de uma

Classificação AWSComposição Química (Valores Típicos)

CSiMnNiPropriedades Mecânicas (Chapa de teste AWS)Limite de escoamentoLimite de resistênciaAlongamentoImpacto (Charpy – V) Propriedades Mecânicas (Chapa de teste N-1859)Limite de escoamento – média Limite de resistência – mediaAlongamento – médiaImpacto - face (Charpy – V) (-30J)Impacto - raiz (Charpy – V) (-30J)CTOD – média

E7018-GComposição Química (Valores Típicos)

0,05%0,37%1,25%0,90%

555MPa630MPa28%153J

545MPa (como soldado) 560MPa (T.T.)633MPa (como soldado) 645MPa (T.T.)30% (como soldado) 27% (T.T.)85J (como soldado) 79J (T.T.)109J (como soldado) 146J (T.T.)0,86mm (como soldado) 1,50mm (T.T.)

Figura 3: Geometria do chanfro

Figura 4: Dimensões da chapa de teste e localização dos corpos de prova

Tabela 2: Características técnicas OK 48.08

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temperatura entre 600 e 650°C por, aproxi-madamente, duas horas. As faixas de aque-cimento e resfriamento máximas foram de 110 e 130°C/hora, respectivamente.

Para a retirada dos corpos de prova, a Norma N-1859 recomenda a soldagem de uma chapa de teste com espessura mínima de 50mm, confeccionada no mesmo aço a ser empregado no projeto. A figura 3 mostra a geometria do chanfro, e a figura 4, as dimen-sões e localização de onde devem ser retira-dos os corpos de prova da chapa de teste.

Para o ensaio de impacto (Charpy – entalhe V) foram confeccionados dois conjuntos de seis corpos de prova. Cada conjunto é constituído de três corpos de prova retirados da raiz da solda e de três retirados a 2mm da superfície no centro da solda. Para a realização do ensaio de tração, foram confeccionados dois conjuntos de dois corpos de prova. Desses conjuntos, um corpo de prova foi retirado do lado A e outro do lado B da junta. Finalmente, para realização do ensaio de CTOD, foram confeccionados dois conjuntos de três corpos de prova. Os ensaios de CTOD foram realizados à temperatura de mínima de projeto (Tp), ou seja, 10°C, e os ensaios de te-nacidade ao impacto (Charpy – entalhe V) à Tp – 40°C, ou seja, -30°C.

Além da soldagem desta chapa de teste, é exigida, pela Norma N-1859, a sol-dagem de chapas de teste para realização dos ensaios mecânicos necessários à clas-sificação do consumível pela especificação AWS correspondente.

Neste projeto, foram empregados: o eletro-do revestido OK 48.08, fluxo aglomerado OK Flux 10.71 e arame tubular Filarc PZ 6138SR. As características técnicas e resultados obtidos nos ensaios propostos pela N-1859 são rela-cionados nas tabelas 2, 3 e 4.

Em complemento às aprovações iniciais dos consumíveis, todos os lotes de con-sumíveis utilizados na fabricação da jaqueta foram fornecidos com valores de ensaios mecânicos reais.

Suporte técnicoAlém da aprovação dos consumíveis de

soldagem pela Norma N-1859, todo o proces-so de qualificação dos procedimentos de sol-dagem e treinamento dos soldadores visando à qualificação foi efetuado em conjunto pela ESAB e Techint. Essa parceria técnica foi de fundamental importância para o sucesso do empreendimento.

ArameClassificação AWSComposição Química (Valores Típicos)

CSiMnPropriedades MecânicasLimite de escoamento*Limite de resistência*Alongamento*Impacto (Charpy – V)* Limite de escoamento – média** Limite de resistência – média**Alongamento – média**Impacto face (Charpy – V)** (-30J)Impacto raiz (Charpy – V)** (-30J)CTOD – média**

EM13KF7A4-EM13KComposição Química (Valores Típicos)

0,05%0,50%1,40%

542MPa644MPa30%76J498MPa (como soldado) 510MPa (T.T.)626MPa (como soldado) 620MPa (T.T.)26% (como soldado) 25% (T.T.)59J (como soldado) 91J (T.T.)115J (como soldado) 147J (T.T.)0,81mm (como soldado) 0,94mm (T.T.)

Tabela 3: Características técnicas OK Flux 10.71

(*) Chapa de teste AWS(**) Chapa de teste N-1859

Classificação AWSComposição Química (Valores Típicos)

CSiMnNiPropriedades MecânicasLimite de escoamento*Limite de resistência*Alongamento*Impacto (Charpy – V)* Limite de escoamento – média** Limite de resistência – média**Alongamento – média**Impacto face (Charpy – V)** (-30J)Impacto raiz (Charpy – V)** (-30J)CTOD – média**

E81T1-Ni1MJComposição Química (Valores Típicos)

0,05%0,37%1,24%0,84%

530MPa580MPa31%144J445MPa (como soldado) 490MPa (T.T.) 625MPa (como soldado) 600MPa (T.T.)23% (como soldado) 24% (T.T.)124J (como soldado) 78J (T.T.)130J (como soldado) 58J (T.T.)0,66mm (como soldado) 1,13mm (T.T.)

Tabela 4: Características técnicas Filarc PZ 6138SR

(*) Chapa de teste AWS(**) Chapa de teste N-1859

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Procedimentode soldagem

A figura 5 apresenta o chanfro e seqüência de passes de um dos pro-cedimentos de soldagem qualificados neste projeto onde foi utilizado, para soldagem do passe de raiz, o eletrodo revestido OK 48.08 e, para enchimento e acabamento, o arame tubular Filarc

PZ6138SR. Na qualificação do procedi-mento foram soldadas chapas de teste na posição vertical ascendente (3G – as-cendente).

Características do procedimento de soldagem qualificado estão listadas na tabela 5 e os resultados dos ensaios destrutivos obtidos durante a qualifica-ção são listados na tabela 6.

Posição de soldagem qualificadasPré-aquecimentoTemperatura entrepassesOBS: Goivagem da raiz antes da soldagem do lado BRaizConsumível ClassificaçãoDiâmetroTipo de Corrente/PolaridadeCorrenteTensãoHeat InputEnchimentoConsumível ClassificaçãoDiâmetroGás de proteçãoTipo de Corrente/PolaridadeCorrenteTensãoHeat Input

todas≥15°C≤250°C

OK 48.08E7018-G3,25mmCC+95 – 127A19 – 25V≤3,7KJ/mm

Filarc PZ6138SRE81T1-Ni1MJ1,20mm75%Ar + 25%CO2 (15l/min)CC+152 – 222A23 – 28V≤2,4KJ/mm

Tabela 5: Procedimento de soldagem qualificado

Tração 545MPa, fora da solda545MPa, fora da soldaDobramento lateral 0,8mm0,8mmImpacto (Charpy –V) -30°CCentro da soldaZTALinha de fusão – 2mmLinha de fusão – 5mmDureza (HV)Dentro dos valores especificados

Livre de descontinuidadesLivre de descontinuidades

65J / 103J / 78J (média 82J)254 / 60 / 140 (média 185J) 279J / 246J / 284J (média 270J)250J / 232J / 242J (média 241J)

Tabela 6: Resultados dos ensaiosexecutados para qualificação do procedimento

Figura 5: Chanfro e seqüência de passes

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Smashweld nova geração:série 0 produzida com sucesso

A nova linha de máquinas para sol-dagem Smashweld, também cha-mada de SW, está cada vez mais próxima de seu lançamento no

mercado. No dia 4 de setembro, foi iniciada a montagem do primeiro lote dos equipamentos, que terá no total 30 unidades. A fabricação da série zero corresponde à fase 4 do Puma, me-todologia de desenvolvimento de projetos usa-da pela ESAB e que possui seis etapas.

Para o engenheiro Flávio dos Santos, a uti-lização dessa metodologia é o fator de sucesso da nova geração Smashweld, e o que torna a linha tão importante para a ESAB. “Esse é um dos principais projetos desenvolvidos dentro do Puma, e que passou por todas as suas fases. Isso permitiu que a Engenharia tivesse um maior controle das ações, e promoveu um amadurecimento contínuo dos processos e da equipe, resultando num trabalho de maior qua-lidade”, comenta.

Outro ponto de destaque é o desenho das máquinas. Ele segue uma determinação da ESAB que pretende unificar o design dos produtos de todas as unidades no mundo, fortalecendo a identidade visual. É importante salientar também que os equipamentos SW foram desenvolvidos dentro das normas inter-nacionais de segurança e confiabilidade.

Thiago Martins, da Engenharia de Pro-cessos, explica que essas características do projeto provam que ele já está adaptado aos padrões mundiais da ESAB. “As linhas estão passando por um momento de reestruturação, para melhorar itens como custo, funcionalida-de e produção. A última geração Smashweld já traz todos esses benefícios”, explica.

Superando expectativasNa Fábrica de Máquinas, a montagem do

lote zero movimentou os colaboradores. De-pois de um período de adaptação, a equipe se empenhou na montagem dos equipamentos. Thiago explica que a linha foi desenvolvida com uma preocupação ergonômica, e por isso vai melhorar as condições de trabalho, além de tornar os processos mais rápidos e seguros.

Outra boa notícia é a melhora na produti-vidade, que já foi comprovada na fabricação da primeira série. De acordo com Thiago, a expectativa era que as 30 máquinas fossem montadas em três dias, mas no segundo dia de trabalho todas as unidades já estavam prontas. “Não esperávamos essa capacidade de produção tão alta. É um ótimo resultado.”

A nova linha SW já tinha sido apresentada à equipe da fábrica, durante uma reunião da célula de comunicação do setor, em junho. O objetivo era adiantar algumas informações so-bre as especificidades do projeto. Isaac Assis, líder do setor, foi um dos colaboradores que participou da reunião de apresentação do equi-pamento. Meses depois do primeiro contato, disse estar animado com as máquinas novas. “Dá pra ver que a produção vai melhorar, o pro-cesso está otimizado, a qualidade do trabalho aumentou”, afirma.

Anderson Soares, montador da Fábrica, também teve uma boa impressão do produto. “A montagem está mais ergonômica e rápida. Isso vai melhorar os processos e beneficiar o cliente, nosso foco principal.”

Próximos passosO Projeto Smashweld foi iniciado no final de

2006 pelo setor de Engenharia de Desenvolvi-mento de Máquinas. Mas, desde o lançamento da primeira máquina, a linha vem passando por alterações, completando quatro gerações: 250, 250E, 252 e 257. Nos próximos meses, o lote zero será avaliado nas filiais da ESAB no Bra-sil e no exterior, além de passar por testes em laboratórios externos e testes de campo com alguns dos clientes. Este momento de provas e verificações corresponde à etapa 5 do PUMA.

Depois de avaliadas, serão feitas as revi-sões necessárias nas máquinas, e começa a preparação para o lançamento dos produtos. Esta é a última fase do desenvolvimento do projeto, e consiste na produção e acompa-nhamento dos equipamentos. De acordo com Flávio dos Santos, a previsão é que, no início de 2008, a linha SW já esteja sendo fabricada para o mercado.

Puma

Processo otimizado melhorará a produçãoe a qualidade do trabalho

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3 2 O U T U B R O N º 8 2 0 0 7

ESAB comprometida com ações sociaisCidades da Solda é o principal projetoapoiado pela empresa

Há dois anos, a ESAB, jun-

tamente a outras empre-

sas sediadas em Conta-

gem – MG, a prefeitura do

município, a Federação das Indústrias

do Estado de Minas Gerais (Fiemg), o

Senai e Sebrae-Minas, com apoio do

Prominp, iniciaram o projeto Cidades

da Solda, no Bairro Funcionários, um

dos mais carentes do município. Inau-

gurado em julho de 2005, o Cidades da

Solda, em Contagem, está sediado no

Cacad Lucas Braga (Centro de Atenção

à Criança e ao Adolescente), instituição

de ensino da prefeitura.

Com o objetivo de capacitar jovens

para trabalhar como soldadores e ma-

çariqueiros, colaborando diretamen-

te para sua inserção no mercado de

trabalho, o projeto Cidades da Solda

disponibiliza para esses jovens uma

oficina didática de soldagem onde são

realizados os cursos e treinamentos.

A ESAB, que participa do projeto fa-

zendo a doação de vários equipamen-

tos de solda utilizados na montagem

das oficinas, oferece todo o suporte

técnico aos profissionais responsáveis

por ministrar os cursos, e também co-

labora absorvendo parte da mão-de-

Responsabilidade Social

Reportagem e redação Paulo Cunha

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3 3O U T U B R O N º 8 2 0 0 7

obra formada na oficina, proporcionan-

do a muitos jovens a oportunidade do

primeiro emprego.

Todas as empresas que participam

do Cidades da Solda assumem os

custos com a infra-estrutura das ins-

talações, uniformes, materiais, entre

outras coisas. O curso tem duração de

três meses e os alunos aprendem os

processos de soldagem, recebem co-

nhecimentos teóricos de matemática,

qualidade, segurança, meio ambiente e

relações interpessoais. Um dos objeti-

vos do projeto é não só formar o aluno

para desempenhar uma função especí-

fica, mas também que ele adquira co-

nhecimento suficiente para solucionar

problemas no dia-a-dia da profissão.

Podem se inscrever no curso jovens

entre 18 e 24 anos, que tenham cursa-

do pelo menos até a 6ª série do ensino

fundamental, que estejam desempre-

gados e em situação de risco social.

Formando novosprofissionais e cidadãos

O sucesso da implantação de um

projeto como o Cidades da Solda de-

pende tanto do investimento das em-

presas e entidades participantes como

também da instituição que abriga e

mantém o dia-a-dia do projeto em

cada localidade. O Cacad (Centro de

Atenção à Criança e ao Adolescente)

Lucas Braga, que recebe o projeto em

Contagem, é um exemplo de sucesso

na condução do projeto. Acompanhar

a rotina dos alunos, cobrar a presença

e incentivá-los ao estudo são algumas

das tarefas fundamentais nesse pro-

cesso de profissionalização.

Para a coordenadora do Cacad Lu-

cas Braga, Irmã Rita Silva, “a oportu-

nidade para esses jovens participarem

do projeto é essencial para ajudá-los a

abrir portas no mercado de trabalho”.

Até julho de 2007, o projeto formou

duas turmas, totalizando 35 alunos,

sendo que 85% deles conseguiram o

primeiro emprego logo após o encer-

ramento do curso. Em agosto, teve iní-

cio a terceira turma, composta por 32

alunos, que passam a ter um incentivo

especial. “As empresas conveniadas ao

Senai estão oferecendo aos estudantes

o pagamento de uma bolsa de estudos

de meio salário mínimo e vale-transpor-

te. O Cacad entra com o espaço para

o projeto e a alimentação”, explica Irmã

Rita.

Aluna da terceira turma, Cristiane

Barbosa Siqueira, 19 anos, que conhe-

ceu o Cidades da Solda através do seu

irmão, que se formou como soldador

no projeto, está animada com a oportu-

nidade de aprender uma profissão. “Os

professores são ótimos e esta é uma

oportunidade importante para eu con-

seguir conquistar os objetivos que de-

terminei para minha vida”, conta. Sobre

a bolsa de estudos, Cristiane diz que é

um grande incentivo. “Fazendo o cur-

so, sei que seria beneficiada no futuro,

mas com a bolsa, já tenho o beneficio

desde agora e isso é muito bom.”

Outro participante do curso, Anilton

Oliveira, 20 anos, que foi aluno do Ca-

cad na infância, aguardou ansiosamen-

te a oportunidade de entrar no projeto.

“Só estava fazendo bicos e o curso

chegou na hora certa. Agora terei uma

profissão. O que eu gosto aqui é que,

além de aprender sobre soldagem, o

curso também ensina como devemos

nos comportar nas empresas, nas en-

trevistas de trabalho, como fazer um

currículo e nos relacionar com as pes-

soas”. Anilton destaca que vários de

seus amigos de bairro estão interessa-

dos em participar do Cidades da Solda

e também vislumbram uma oportunida-

de de ter uma profissão.

Outras iniciativasO projeto Cidades da Solda tem

despertado o interesse de outros mu-

nicípios de Minas Gerais e de outros

Responsabilidade Social

Cristiane Barbosa e Anilton Oliveira fazem parte da terceira turma do Cidades da Solda

Oficina didática de soldagem comequipamento da ESAB

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3 4 O U T U B R O N º 8 2 0 0 7

Responsabilidade Social

Estados do país, como Pernambuco,

Rio Grande do Norte, Paraná, São

Paulo. Em Minas Gerais, a ESAB tem

participação no projeto em outras duas

localidades: Betim, na região metropo-

litana de Belo Horizonte, e Coronel Fa-

briciano, no Vale do Aço. Existe ainda

o interesse de replicação deste mode-

lo em outras cidades de Minas Gerais,

como Ibirité, atualmente em processo

de assinatura dos convênios, Vespa-

siano, Belo Horizonte e outra unidade

em Contagem.

Em Betim, o projeto inaugurado em

18 de setembro, com a presença do

presidente da ESAB, Dante de Matos,

segue os mesmos moldes do que foi

implantado em Contagem. Neste caso,

a entidade que irá abrigar o Cidades

da Solda é a Missão Ramacrisna, uma

organização não-governamental com

quase 50 anos de história e reconheci-

da internacionalmente pelos trabalhos

que desenvolve no terceiro setor. As

aulas do curso já tiveram início.

Novamente, a participação de uma

instituição forte é o ponto-chave para

o sucesso do projeto em Betim. A Mis-

são Ramacrisna atua com crianças a

partir de 6 anos de idade e atende, por

ano, cerca de três mil pessoas. Para

os 486 alunos do ensino fundamental

de cinco escolas públicas da região

rural de Betim, a Missão Ramacrisna

oferece ação complementar com auxí-

lio pedagógico, além de cursos profis-

sionalizantes para jovens em situação

de risco social, moradores de todos os

bairros de Betim. A chegada do proje-

to Cidades da Solda em Betim, certa-

mente, repetirá o sucesso já visto em

Contagem.

Já na cidade de Coronel Fabricia-

no, foi assinado no segundo semestre

de 2006 o protocolo de intenções para

a instalação do projeto que será con-

duzido pela Associação Solidariedade

Brasil-Togo (ASBT). De acordo com

este protocolo, a prefeitura da cidade

será responsável pela remuneração

do profissional, pelo fornecimento do

material didático e pelo pagamento de

água e luz do imóvel. O Senai-MG esta-

belecerá as diretrizes pedagógicas e a

ASBT vai fazer a seleção dos estudan-

tes, além de disponibilizar o espaço. A

data para o início dos cursos nesta lo-

calidade ainda não está definida.

O projeto Cidades da Solda re-cebeu da Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil, seção Rio de Janeiro (ADVB-RJ), o prêmio Top Social ADVB-RJ 2007, numa cerimônia realizada no Clube Monte Líbano, no Rio de Janeiro, no último dia 21 de agosto. O projeto foi um dos 22 vencedores desta pre-miação concedida a empresas que

se destacam pela prática de ações socialmente responsáveis.

Concebido no âmbito do Fórum Regional do Prominp em Minas Ge-rais, o projeto tem o objetivo de for-mar soldadores e maçariqueiros em comunidades carentes, próximas às unidades industriais fornecedoras de bens e serviços, para atender à demanda dos grandes investimentos

planejados para os próximos anos nos setores de petróleo e gás, side-rurgia, mineração, papel e celulose.

Esta é a segunda premiação con-quistada pelo projeto. Em 2006, com este mesmo tema, Cidades da Solda – Um projeto de Responsabilidade So-cial, o projeto ficou com o primeiro lugar em Responsabilidade Social do Prêmio Apoena do Abastecimento Sede.

Prêmio Top Social ADVB 2007

O presidente da ESAB, Dante de Matos, em cerimônia de inauguração de mais um Cidades da Solda, em Betim-MG.

Acima, Dante ao lado do representante da ONG Missão Ramacrisna, Américo

Amarante, e do prefeito de Betim,Carlaile Pedrosa.

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