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VITÓRIA, ES | TERÇA-FEIRA, 22 DE OUTUBRO DE 2013 ESPECIAL Suplemento especial Planejamento e gestão sustentável Seminário realizado pela Rede Tribuna contou com palestra do governador do estado de Pernambuco, Eduardo Campos, que relatou a importância de ações planejadas na gestão pública. País precisa de uma nova agenda para crescer > 3 Indústria investe em ecoeficiência e resultado > 6 Projetos que promovem educação e cidadania < 7 FOTOS: CACÁ LIMA

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Page 1: ES P EC I A L - ijsn.es.gov.br · cer nos meses de junho, julho, agosto e setembro de 2014, sempre abordando temas atuais e relevan-tes para a sociedade. ... contou com a apresentação

V I T Ó R I A , E S | T E R Ç A - F E I R A , 2 2 D E O U T U B R O D E 2 0 1 3

ES P EC I A LSuplemento especial

Planejamento egestão sustentável

Seminário realizado pela R edeTr i b u n a contou com palestra dogovernador do estado dePernambuco, Eduardo Campos,que relatou a importância de açõesplanejadas na gestão pública.

País precisade uma novaagenda paracrescer > 3

Indústriainveste emecoeficiênciae resultado > 6

Projetos quep ro m ove meducação ecidadania < 7

FOTOS: CACÁ LIMA

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2 ATRIBUNA VITÓRIA, ES, TERÇA-FEIRA, 22 DE OUTUBRO DE 2013

Es p e c i a l

Resultados com gestão planejadaSeminário contou comum público de 1.700participantes que tevea oportunidade deconhecer ações dasáreas pública e privada

Em sua décima edição, o Se -minário Tribuna de Plane-jamento e Gestão Susten-

t ável teve como convidado para apalestra de abertura o governadorde Pernambuco, Eduardo Campos(PSB). Como governador melhoravaliado do Brasil e reeleito com83% dos votos válidos, o pré-can-didato a presidente da Repúblicapôde apresentar sua experiênciade sete anos no governo pernam-bucano e a importância que tem oplanejamento na gestão pública.

Um dos exemplos citados foi oprograma Pacto pela Vida, estru-turado para o enfrentamento dosaltos índices de violência naqueleestado, que apresentava um índicede 75 homicídios a cada 100 milh a b i t a n t e s.

“Antes de eu ser candidato, fize-mos um estudo mundo afora e pu-demos oferecer um programa degoverno que foi debatido e cons-truído com a sociedade. Coloca-mos de pé um programa que apos-ta na prevenção e foca nas áreasmais duras”, disse Campos.

O Pacto pela Vida escolheu 78áreas de atuação e houve um re-

forço na educação, com escolasatendendo em horário integral eampliando a oferta de atividadesde cultura, esporte e lazer.

“Na área policial, trocamos a for-ça pela inteligência. Passamos atrabalhar com metas e protocolode atuação”, relatou o governador.

Nestes sete anos de programa,houve redução anual no númerode homicídios. Segundo Campos,em dezembro, Recife deve chegarabaixo da meta brasileira.

FOTOS: CACÁ LIMA

NA ABERTURA DO EVENTO, o prefeito de Vitória, Luciano Rezende, João Carlos Pedrosa e os governadores Renato Casagrande e Eduardo Campos

Eventos confirmados para 2014A programação dos eventos pro-

movidos pela Rede Tribuna já es-tá confirmada para 2014. O pri-meiro seminário a ser realizado noano que vem será o de Educação.

Segundo o diretor de Marketingda Rede Tribuna, Geraldo Schul-ler, o público já pode marcar naagenda. Será no dia 9 de junho, noItamaraty Hall, e terá como pales-trante de abertura o educador e fi-lósofo Mário Sérgio Cortella.

Os almoços do projeto Em Pra-tos Limpos também vão aconte-cer nos meses de junho, julho,agosto e setembro de 2014, sempre

abordando temas atuais e relevan-tes para a sociedade.

Fechando a programação dopróximo ano, será a vez do Semi-nário de Planejamento e GestãoSustentável, com data prevista pa-ra 6 de outubro.

Na avaliação de Schuller, este anoconsolidou uma década de Semi -nários Tribuna, sempre com au-ditório lotado e retorno positivodos participantes. “Este ano, fecha-mos com chave de ouro, com 1.700participantes presentes na aberturado Seminário Tribuna de Plane-jamento e Gestão Sustentável.” SCHULLER: evento em junho

O QUE ACONTECEU

Programação completa> 9H30: abertura com João Carlos Pe-

drosa, superintendente da Rede Tri-buna de Comunicação

> 9H40: pronunciamento do governa-dor Renato Casagrande

> 10H: palestra com o governador dePernambuco, Eduardo Campos

> 13H30: Trio de Cordas Camerata doSe s i

> 14H: palestra Sustentabilidade na In-dústria do Aço, com Maria CristinaYuan, diretora de Assuntos Institu-cionais e Sustentabilidade do Insti-tuto Aço Brasil

> 15H15: mesa-redonda com o tema“Gestão de Negócios Sustentáveis”

PROJETO “TRILHAS DASMONTANHAS – SIMBORA PROPA R Q U E ”Marcelo Renan de Deus Santos, presi-dente do Instituto Marcos Daniel

PROJETO “E STAÇÃOC O N H EC I M E N TO ”Ana Angélica C.V. Motta, coordenado-ra executiva Estação Conhecimento

“MOVIMENTO LIMPA BRASIL –LET ’S DO IT!”Tião Santos, Coordenador Nacional deLogística do Movimento Limpa BrasilMODERADOR : João Bosco Reis da Sil-va, especialista em Gestão Ambientalda ArcelorMittal Tubarão

D i f e re n ç a“Essa iniciati-

va da Rede Tri-bu na de Comu-nicaçã o faz to-da a diferença.N o s s o Pa í s éenorme e a sus-t e n ta b i l i d a d ecarece de uma boa gestão nosetor público e também no setorprivado. Nosso maior desafio étornar o setor público eficien-te.”

Fernando Camargo,presidente do Grupo

Incospal

Mensagem“Pelo que ouvi-

mos, parece quemuita coisa foi fei-ta, inclusive emtermos de educa-ção e saúde, carac-terísticas de umgoverno proativo.O Eduardo Camposdeixou claro que isso pode ser conver-tido em âmbito de nação. Dizemos queo Brasil tirou muita gente da linha depobreza e inseriu na condição de con-sumo, mas não podemos criar uma so-ciedade dependente do Bolsa Família.Isso ele abordou de forma concreta.”

Sérgio Tristão,presidente da Real Café

Opor tunidade“O evento for-

taleceu a discus-são sobre gestãosustentável noEspírito Santo. Éde suma impor-tância avaliar asnovas oportuni-dades de investimentos, bus-cando o equilíbrio de resulta-dos econômicos, aliado ao res-peito ao meio ambiente e à pro-moção do desenvolvimento so-cial.”

José Lino Sepulcri,presidente da Fecomércio-ES

R elevância“Este encontro

foi uma excelenteoportunidade parareunir empresários,executivos e for-madores de opiniãoem torno da discus-são sobre um temade extrema relevância, que é a susten-tabilidade nos negócios. Afinal, cadavez mais, consumidores e sociedadevão demandar por empresas que, alémde lucros, receitas e empregos, geremvalores através de práticas de respon-sabilidade social e ambiental.”

Liberato Milo,diretor-geral da Chocolates Garoto

Mudanças“O momento é

oportuno paraque se apliquempráticas susten-táveis, tanto nossetores públi-cos, como nosprivados. A polí-tica nacional está um pouco semrumo. Por isso, setores como oindustrial passam por proble-mas. Os debates devem ser emtorno de mudanças para umagestão bem planejada.”

Marcos Guerra,presidente da Findes

O QUE ELES DIZEM

“Planejamento, disciplina, meri-tocracia, foco, resultado e prêmiopara quem trabalha de forma de-cente são fundamentais. Se tiverisso num sistema nacional de se-gurança pública envolvendo osmunicípios, a gente vence a vio-lência”, afirmou.

A abertura do Seminário Tri-b u na foi prestigiada por muitospolíticos, autoridades e liderançasempresariais e da sociedade civilo rg a n i z a d a .

Em sua fala de boas-vindas, o su-perintendente da Rede Tribuna,João Carlos Pedrosa, agradeceuaos 1.700 participantes e ressaltoua importância do evento, que já fazparte do calendário do EspíritoSa n t o.

Na parte da tarde, o Semináriocontou com a apresentação deuma palestra sobre sustentabilida-

de na indústria do aço e uma me-sa-redonda abordando experiên-cias bem-sucedidas em gestão sus-t e n t áve l .

O Seminário foi realizado no úl-timo dia 14, no Centro de Conven-ções de Vitória, e contou com pa-trocínio da Vale, Samarco, UnimedVitória, Sesi e Bandes/Governo doEstado do Espírito Santo.

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VITÓRIA, ES, TERÇA-FEIRA, 22 DE OUTUBRO DE 2013 ATRIBUNA 3

Es p e c i a l

País precisade agendapara crescerDurante palestra,o governador dePernambuco alertoupara a necessidade demudanças para que oBrasil volte a crescer

O governador de Pernambu-co, Eduardo Campos, co-meçou a sua palestra no Se-

minário recordando a relação deproximidade que os dois estados –Espírito Santo e Pernambuco –têm, por conta do Grupo João San-tos, do qual a Rede Tribuna deComunicação faz parte e que temsuas raízes naquele estado.

Campos fez uma análise das úl-timas décadas no País, lembrandomomentos importantes que foramalcançados com a participação po-pular, como as eleições diretas.

“Nas últimas três décadas, tive-mos uma construção no Brasil queprecisa ser preservada e que sirvapara um novo salto na vida brasi-

l e i ra ”, disse o governador.Ele frisou que não se faz mais

política como se fazia no séculoXX. “Essa mudança exige um lar-go debate sobre qualidade de vidae produtividade no Brasil. É preci-so preservar as conquistas que ti-vemos no passado, como demo-cracia, estabilidade e inclusão so-cial, mas sem deixarmos as insti-tuições envelhecerem.”

Campos também disse que a po-lítica é o principal dos serviços pú-blicos, “porque dá a dimensão daqualidade dos serviços prestados”.

“Se nós não melhorarmos a polí-tica no Brasil, não vamos melhorar

FOTOS: CACÁ LIMA

EDUARDO CAMPOS fez palestra para uma atenta plateia e falou sobre a ações realizadas em Pernambuco

ACESSO a bens de consumo

TRECHOS DA PALESTRAConstituição

“A Constituição de 1988 foi um mar-co da volta da normalidade democráti-ca no País. E a democracia nos permitiuvencer dificuldades que se apresenta-ram diante do cotidiano brasileiro.

E, logo na sequência, o Brasil pôdeescolher pela primeira vez o seu pre-sidente da República e, em seguida,lutar pelo afastamento do presidenteeleito.”

Inclusão“A democracia permitiu termos um

pacto social e político que produziusustentação para um ciclo de estabi-lização econômica, que abriu as pos-sibilidades para que o Brasil vivesse

na última década um ciclo de inclusãosocial, de combate à desigualdade, demelhoria da qualidade de vida.

Esse ciclo foi tocado pela melhoriado poder de compra do salário mínimo,pelo mercado de trabalho, pelas polí-ticas públicas e pela ampliação do cré-dito, que permitiu a brasileiros o aces-so a bens de consumo básicos.”

Ec o n o m i a“Nos anos 1990, construímos a es-

tabilidade econômica, quando se ba-niu da vida brasileira o processo infla-cionário. Também tivemos neste ciclo,debatido e consolidado na vida públi-ca brasileira, o conceito da responsa-bilidade fiscal como algo fundamental

Desafio“ P a r a n ó s ,

gestores muni-cipais, é desafiogarantir eficiên-cia na alocaçãode recursos pú-blicos em proje-tos para melho-rar a realidade das pessoas.

O sucesso é possível com ela-boração de planejamento estra-tégico, a partir de programassustentáveis, com transparên-cia e fiscalização social.”

Audifax Barcelos, prefeito daSe r ra

Fu n d a m e n ta l“Um bom pla-

n e j a m e n t o éf u n d a m e n ta lpara a melhoriada qualidade devida da popula-ção.

Iniciativas co-mo essa da Rede Tribuna, de fa-zer seminários e de trazer pales-trantes como o Eduardo Cam-pos, são importantes, pois pro-movem encontros que nos agre-gam muitas informações.”

Rodney Miranda, prefeito deVila Velha

E x p e c ta t i va“Para nós que

estamos na ex-p e c ta t i va d euma mudançano Brasil, pas-sando por umm o m e n t o e mque a economiaestá um pouco recessiva, ouviruma pessoa que tem experiên-cia em gestão, nos traz uma re-flexão apropriada do que quere-mos para o Estado e o Brasil.”

Dalton Perim, prefeito deVenda Nova do Imigrante e

presidente da Amunes

C o m p ro m i ss o“Fui o único can-

didato a assinar otermo com o Cida-des Sustentáveis,do Instituto Ethos.

Uma possibilida-de de f irmar umcompromisso, por-que não há maisdesenvolvimento com qualidade de vi-da sem o aspecto da sustentabilidade.

Os recursos naturais foram exauri-dos, não há mais como se desenvolversem respeitar a natureza. Então, de-bater o tema e apresentar propostas éfundamental para qualquer cidade,estado, país e para o mundo.”

Luciano Rezende, prefeito de Vitória

R ealidade“O tema susten-

tabilidade está emvoga no mundo.

Cariacica é a ci-dade da região me-tropolitana commaior capacidadede crescimento,em termos de es-paço territorial, e com políticas que aolongo da história foram desafios e, ho-je, são mais visíveis e palpáveis.

Nada melhor do que fazer com que ocrescimento aconteça de forma sus-tentável. Essa é uma oportunidade quemuitas outras cidades não tiveram,mas que Cariacica vai aproveitar.”

Juninho, prefeito de Cariacica

Par tido“Esse debate

fortalece o nos-so partido, quelevanta a ban-deira da susten-tabilidade. Dis-cutir esse temaé impor tantepara os municípios e Itapemirimtem avançado nesse sentido.Vamos lançar um projeto de usi-na solar, a primeira do Estado.”

Luciano Paiva, prefeito deI tapemirim

E xe m p l o“O exemplo de

Pernambuco seaplica a vários mu-nicípios, em espe-cial o de Pedro Ca-nário. O que foiapresentado aqui éum avanço em ter-mos de planejamento e organização.Irei a Pernambuco conhecer os proje-tos, principalmente de agricultura,porque temos muitas semelhanças.”

Antônio Fiorot, prefeitode Pedro Canário

O QUE ELES DIZEM

O QUE ELES DIZEM

para um ciclo de crescimento que sesustente no Brasil.

Inauguramos um conceito impor-

o Brasil. Precisamos sair dessacompreensão conservadora deque só se governa o País com o pre-sidencialismo de coalizão”, disse.

Ele ainda afirmou que o Brasilprecisa usar as ferramentas de co-municação e tecnologia da infor-mação disponíveis para que a so-ciedade seja proativa em relação aopoder público, renove as práticasno serviço público e deixe a cida-dania ajudar.

O governador citou a necessida-de de reformas institucionais quedeveriam ter sido feitas, como a

tributária e a política, e defendeuuma nova agenda para que o Paísvolte a crescer. “Uma agenda quesupere os limites dos mandatospolíticos”, defendeu Campos.

“Precisamos de investimentosem pesquisa e inovação para todosos setores. Todas as nações domundo pensam além de décadas enós precisamos pensar a caminha-da brasileira, porque o mais sim-ples foi sendo construído e agora épreciso fazer o mais complexo. Es-sas mudanças precisam ser senti-das na vida das pessoas.”

tante para agregar valor na visão domundo sobre o Brasil, que foi a saídado período de moratória. O País foiatraindo investimentos diretos.”

C re s c i m e n t o“Se olharmos para o período de

2010 a 2013, veremos que o Brasil co-meça a enfrentar outra realidade quepõe o crescimento nacional próximo àmetade do crescimento da AméricaLatina e do crescimento global.

É importante lembrar que, em 2010,houve uma disputa de projeto no Bra-sil e essa disputa não passou por umdebate que aprofundasse os desafiose a visão estratégica e que pensasse oBrasil para a década seguinte.”

“O mais simples foisendo construído

e agora é preciso fazero mais complexo. Essasmudanças precisamser sentidas”Eduardo Campos, palestrante

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4 ATRIBUNA VITÓRIA, ES, TERÇA-FEIRA, 22 DE OUTUBRO DE 2013

Es p e c i a l

Segundo Campos,a primeira batalha aser vencida para aeconomia crescer éreverter expectativassobre o futuro do Brasil

Após sua palestra no Seminá -rio Tribuna de Planeja-mento e Gestão Sustentá-

ve l , o governador de Pernambuco,Eduardo Campos, respondeu per-guntas encaminhadas pelos parti-cipantes. Dentre as mais de 150questões entregues à organização,ele respondeu a algumas que abor-daram segurança, logística, saúdee educação.

O governador de pernambucanotambém falou sobre desigualdadessociais e sustentabilidade.

A TRIBUNA - Qual é o caminhopara a economia brasileira vol-tar a crescer?

EDUARDO CAMPOS – P r i m e i ro,a gente precisa ter uma reversãodas expectativas. A economia é umjogo de expectativas. Quando elassão positivas, o futuro alavanca op re s e n t e.

Quando essas expectativas so-bre o futuro começam a ficar com-plicadas, a gerar incerteza, aconte-ce exatamente o contrário. Essasexpectativas sobre o futuro afun-dam o presente.

Nós estamos vivendo no Brasiluma crise de expectativas. E preci-samos reverter essas expectativassobre o futuro do Brasil, mas nãose faz isso por decreto. Isso se fazconstruindo um diálogo que apre-sente uma visão estratégica paraque os agentes da sociedade sai-bam para onde estamos indo.

Eu dou um exemplo conhecidoe recente. Quando o presidente

Lula disputava as eleições em2002, em determinado momento,viu-se que ele era o candidato queia vencer as eleições. Começouuma crise terrível de expectativa eo dólar chegou a R$ 4.

Naquele instante, antes mesmode assumir, o presidente Lulaconstruiu uma carta chamadaCarta aos Brasileiros, onde diziaqual seria a visão dele na econo-mia. Aquela carta valeu para que-brar a espiral crescente da expec-tativa negativa.

Ao tomar posse, de janeiro a ju-nho, o governo tomou uma série deatitudes coerentes com a carta e, apartir de junho, o Brasil cresceu 60meses ininterruptos. Ou seja, haviauma clareza de para aonde estáva-mos indo e quais as condições dosvalores macroeconômicos.

Há problemas na economia, namacroeconomia brasileira, comona balança comercial, balança depagamentos, fiscais, mas os pro-blemas que o Brasil tem hoje, seja-mos francos, já foram mais gravesno passado. A primeira batalha éda reversão das expectativas.

Como vamos fazer isso agoraque estamos a um ano da eleição?Só num processo de legitimaçãodo debate político.

Depois disso, é fundamental queo Brasil tenha capacidade de in-vestir. O consumo seguirá tendoimportância sim, mas não será re-levante na proporção que foi no ci-clo passado. Nós temos de alavan-car os investimentos privados que

FOTOS: CACÁ LIMA

EDUARDO CAMPOS: “Os problemas que o Brasil tem hoje, sejamos francos, já foram mais graves”

So c i e d a d e“Parabenizo a

Rede Tribuna pord e b a t e r ta n ta squestões impor-tantes para a so-ciedade capixabae, em especial hoje,a sustentabilidade.

Também querodestacar que esse tema alia vários fa-tores, como desenvolvimento econô-mico, gerando riquezas que podem sertransformadas em ganho social. Ouvi-mos as experiências do Eduardo Cam-pos em Pernambuco, para que possa-mos analisar até novidades que pode-mos utilizar no Espírito Santo.”

Paulo Foleto, deputado federal

têm tudo a ver com expectativas,com regras, com confiança e cominvestimentos públicos.

Durante muitos anos, foram asprefeituras que mais investiram noBrasil. Porque a pressão popularfaz o prefeito arrumar um jeito deabrir uma rua, fazer uma escola.Nós precisamos descentralizar osrecursos de investimentos no Bra-sil. Desburocratizar esse trâmite.

> O atual modelo de concessãopara infraestrutura é sustentá-ve l ?

O Brasil tem grande desafio nalogística. Somos um país continen-tal. Lá atrás, fizemos uma opçãopelo transporte rodoviário, aban-donamos nossos portos e ferroviase, agora, estamos tendo de correratrás do prejuízo. Precisamos fa-zer sem preconceito e sem inviabi-lizar a logística, que é fator impor-tante na formação dos preços nanossa economia.

Temos de ter espaço fiscal para aUnião investir, para formar parce-rias público-privadas (PPPs) e pa-ra fazer concessões. Não adiantabrigar com os números.

Quem tem recursos para entrarnuma PPP ou numa concessão nãoquer fazer filantropia, quer ganhardinheiro. Se a União não tem con-dição de tirar do orçamento fiscaltodo o recurso para fazer ela mes-ma, precisa convocar a iniciativap r i va d a .

> Qual é a sua visão sobre o se-

tor de serviços no País?Esse é um setor estratégico para

os demais. Ele não tem o peso po-lítico na interlocução com o gover-no que os demais têm. E é precisoreconhecer e aproximar os gover-nos desse setor que é estratégicopara a geração de emprego, masque enfrenta problemas de ordemlegal, excesso de burocracia, de

carga de tributária que precisamfazer parte da agenda.

Nenhuma economia madura eforte se sustenta só com um setor.É muito importante que o Brasiltenha uma política industrial. Háduas décadas, a indústria está per-dendo expressão na nossa econo-mia. Precisamos focar áreas emque temos expertise e condiçõesde concorrer com outros países.

> Qual é sua proposta políticapara o combate às desigualda-des sociais?

Venho de uma região marcadapelo desequilíbrio social. O Nor-deste brasileiro tem 28% da popu-lação, participa com 13,5% do PIB

(Produto Interno Bruto) e 50% dospobres do Brasil. Conheço de pertoessa realidade. Temos de enfrentarisso sem preconceito, com políticasde proteção social, mas precisamosentender que não é do nosso dese-jo, nem das famílias beneficiadascom programas sociais, que os fi-lhos delas continuem dependentesdesses programas.

Nós precisamos dos programassociais. Mas, além deles, que pos-samos ter programas de educaçãoque evitem a seguinte situação queestamos convivendo. São as filhasdo Bolsa Família de ontem, sendoas mães do Bolsa Família de hoje.

Para vencer isso, é preciso pri-meiro reconhecer a importânciado Bolsa Família, que é uma gran-de denúncia social de como o Bra-sil, nos últimos anos, foi tocado decostas para os mais pobres. E a im-portância que tem a inclusão socialpara as empresas no Brasil, pois sedá a condição de cidadão consu-midor a milhões de brasileiros.

Daqui para frente, precisamosgarantir políticas sociais 2.0, quepossam quebrar o ciclo da depen-dência das políticas compensató-rias. Isso não se resolve no hori-zonte de um governo, mas nós pre-cisamos ter a coragem de fazer oque vai além do horizonte de umgoverno. Como disse antes, o maiscomplexo, o mais sofisticado, o quedemora mais, ficou por ser feito. Épreciso ter coragem para começar.

Demandas“A Rede Tribu-

n a está sempreum passo à fren-te nas deman-das do Estado.

A presença dogovernador dePer na mb uc o,que é um economista renomadoe tem demonstrado que suasações refletem em melhorias pa-ra o seu estado, é uma grandeoportunidade e uma vitória parao povo capixaba.”

Marcelo Santos, deputadoe s ta d u a l

G ove r n a d o r“Quero, mais

uma vez, para-benizar a R edeTribuna de Co-mu nic aç ão p ormais um eventode sucesso, aotrazer o gover-nador Eduardo Campos.

Sabemos que ele é hoje o go-vernador melhor avaliado doPaís. De modo que, mais umavez, a Rede Tribuna sai na frentee é nota 10”

Luzia Toledo, deputadae s ta d u a l

L i d e ra n ç a“A Rede Tri-

bunaestá dandou m a g r a n d ec on t r ib u i çã opara o EspíritoSanto ao trazeruma das maio-res liderançaspolíticas do País, que tem umaexperiência de relacionamentojunto às diversas legendas parti-dárias, trazendo conhecimento.

Essa é uma oportunidade paratrocarmos informações.”

Josias da Vitória, deputadoe s ta d u a l

S u s t e n ta b i l i d a d e“A sustentabili-

dade é agenda queveio para ficar e de-ve ser pensada emseus vários ângu-los, não só ambien-tal, mas nos aspec-tos econômico, so-cial e das cidades.

Será que os municípios, hoje, sãoautossustentáveis? Será que não é omomento de se falar não na criação denovos, mas na fusão dos atuais, paraque se possa prestar um melhor servi-ço para a população? Esse evento per-mite isso.”

Carlos Ranna, presidente do Tribunalde Contas do Espírito Santo

O QUE ELES DIZEM

“P re c i sa m o sreverter essas

expectativas sobre ofuturo do Brasil. E não sefaz isso por decreto”

“Há duas décadas,a indústria está

perdendo expressão nanossa economia.Precisamos focar áreasem que temos expertise”

EDUARDO CAMPOS GOVERNADOR DE PERNAMBUCO

“V i ve m o suma crise deex p e c tat i va ”

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VITÓRIA, ES, TERÇA-FEIRA, 22 DE OUTUBRO DE 2013 ATRIBUNA 5

Es p e c i a l

Sustentável só com planejamentoConsolidado na gestãoprivada, o conceitode sustentabilidadeconquista cadavez mais espaçona gestão pública

“O tema Planejamento eGestão Sustentável écada vez mais atual.

Não tem gestão sustentável semplanejamento. O passo inicial éplanejar ”, disse o governador doEstado, Renato Casagrande, emsua fala na abertura do Se m i n á r i oTr i b u n a .

Segundo Casagrande, o conceitode sustentabilidade não pode serdifuso, é preciso ter fatos concretosque mostrem isso na iniciativa pri-vada e na gestão pública.

Na iniciativa privada, o conceitode sustentabilidade está relaciona-do com eficiência, logística, resul-tado econômico, papel social, pre-

servação e tecnologia.“O conceito de sustentabilidade

na gestão privada já é muito amploe esse conceito na gestão pública éainda mais amplo, porque além detodas essas variáveis, a gestão pú-blica tem de se sustentar nas rela-ções institucionais, no equilíbriopolítico, na transparência e noatendimento das expectativas dapopulação”, falou o governador.

Casagrande ainda informou quea administração estadual contacom um modelo de gestão chama-do Realiza Mais, que permite quese acompanhe projetos e progra-mas do governo, semanalmente,nas reuniões dos comitês.

“Focamos em resultados e emduas prioridades: o atendimentoàs áreas de maior vulnerabilidadesocial e o desenvolvimento regio-nalmente equilibrado”, disse.

E completou: “Adotamos mode-lo de gestão que tem um acompa-nhamento do governador de todosos principais programas e proje-tos. Isso nos tem levado a fazer in-vestimentos históricos na área dasaúde, educação, segurança, es-porte, agricultura. Num ambienteque mostra nossa capacidade deformar parcerias e enfrentar as ad-ve r s i d a d e s ”, disse Casagrande.

“Isso exige de nós que possamosestar cada vez mais em sintoniacom a sociedade, buscando a sus-tentabilidade de uma gestão. A so-ciedade não quer desculpa. A so-

FOTOS: CACÁ LIMA

RENATO CASAGRANDE: “O conceito de sustentabilidade não pode ser difuso, é preciso ter fatos concretos ”

ALMOÇO reuniu liderançasESCULTURA foi feita por Ana Paula Castro com madeira de reflorestamento

Intérprete de librasComo nas edições anteriores,

o Seminário Tribuna de Planeja-mento e Gestão Sustentávelcontou com uma equipe de doistradutores da Língua Brasileirade Sinais (Libras) que cobriramo evento. Segundo o tradutorCésar Cunha, essa iniciativapossibilita que os surdos-mudostenham acesso à informação.

Quem aproveitou a oportuni-dade foi o estudante de Adminis-tração, Wagner Felipe de Araujo(foto), que trabalha na Secreta-ria de Estado de Saúde. “Foi mui-to bom. Gostei de todos os temasabordados ”, contou.

R esponsabilidade“Quando se fala

em sustentabilida-de, envolve todosos segmentos dasociedade. É umprojeto que deveser tratado commuita responsabi-lidade, porque nãotem mais volta.

Ouvimos o Eduardo Campos, quetem muitas experiências a frente dogoverno de Pernambuco. Sabemosque mudanças não acontecem de umahora para outra. Por isso, é importanteplanejar e definir ações e estratégias.”

Hélio Schneider,superintendente da Acaps

Debate“Elogio a iniciati-

va da Rede Tribunade levantar o deba-te sobre a susten-tabilidade, trazen-do o governadorEduardo Campos.

Também queroparabenizar o Espí-rito Santo, que em linha internacionaltem lidado com as questões ambien-tais com muita responsabilidade. E asempresas, da mesma forma, melho-rando suas tecnologias, investindo emsuas linhas de produção, respeitandoa qualidade de vida.”

Eugênio Fonseca, gerente deRelações Institucionais da Vale

Homenagem ecologicamente corretaApós a palestra de abertura feita

no Seminário Tribuna de Plane-jamento e Gestão Sustentável,realizada no Centro de Conven-ções de Vitória, o governador dePernambuco, Eduardo Campos,foi recebido em um almoço ofere-cido pela Rede Tribuna.

Na ocasião, foi homenageadopelo superintendente da Re d ede Tribuna, João Carlos Pedro-sa, com uma escultura persona-lizada criada pela artista plásticaAna Paula Castro, que privile-giou o uso de madeira de reflo-re st a m e n t o.

A escultura mostra ícones dePernambuco, como o maracatu,

Igreja Matriz de Caruaru, marco-zero, casarão de Olinda, sanfonei-ro, frevo e Fernando de Noronha,em conjunto com o mapa do Brasile a assinatura do governador per-n a m b u c a n o.

G e s tã o“Um bom pla-

nejamento fazparte de umagestão segura.

O poder públi-co e os setoresprivados devempensar em pro-postas sustentáveis para o de-senvolvimento da sociedade.

O seminário promovido pelaRede Tribuna contribui para areflexão e para integrar a gestãopública.”

Aristóteles Passos Costa Neto,presidente do Sinduscon-ES

O QUE ELES DIZEM

ciedade tem paciência, mas querver resultado. E o resultado sóacontece com planejamento e ges-tão eficaz. Sem isso, a administra-ção pública não tem nenhumachance de ter sucesso. Sustentabi-lidade é estar aberto permanente-mente para o novo”, declarou.

Na ocasião, Casagrande disseque o governador de Pernambuco,Eduardo Campos, está caminhan-do para fechar sete anos de umagestão onde apresenta eficiência,êxito e reconhecimento que se en-caixa de forma perfeita no tema dos e m i n á r i o.

“A sociedade tempaciência, mas

quer ver resultado. E oresultado só acontececom planejamento egestão eficaz ”Renato Casagrande, governador

A p re n d i z a d o“O planejamen-

to sempre deveser feito pensan-do em uma boagestão. Um pla-nejamento de boaqualidade, segu-ro, é o caminhopara ter sucesso.Esse evento da Rede Tribuna éuma oportunidade ímpar de ou-virmos e aprendermos mais compessoas que têm conhecimentoem âmbito nacional.”

José Eugênio Vieira, diretor-superintendente do Sebrae-ES

Pr i o r i d a d e“ To d a b o a

gestão passapelo p laneja-mento. Sendoque, atualmen-te, a questão das us t en ta bi l id a-de passa a terum enfoque prioritário não só noâmbito privado, como tambémno público.”

Leonardo Oggioni Miranda,presidente da Associação dos

Defensores Públicos doEstado do Espírito Santo

( Ad e p e s )

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6 ATRIBUNA VITÓRIA, ES, TERÇA-FEIRA, 22 DE OUTUBRO DE 2013

Es p e c i a l

Indústrias buscam ecoeficiênciaPalestra realizada noSeminário Tribunaabordou a gestãosustentável naindústria, destacandoo setor siderúrgico

CACÁ LIMA

INSTITUTO AÇO BRASIL

RESÍDUOS são reaproveitados

Aço é um produto 100% reciclávelA indústria do aço tem grande

potencial poluidor, mas no Brasilforam implantadas medidas parareduzir esse impacto.

Para cada mil quilos de aço pro-duzidos, são gerados 600 quilos deresíduos que são reaproveitadosem sua maioria, como o elevadoíndice de autogeração de energia ereuso de 96% da água. Além disso,todos os produtos feitos em açosão totalmente recicláveis.

De acordo com a diretora de As-suntos Institucionais e Sustentabi-lidade do Instituto Aço Brasil, Ma-ria Cristina Yuan, a construção ci-

vil, os setores automotivo, de má-quinas e equipamentos (bens decapital) e de linha branca repre-

TRECHOS DA PALESTRA

Consumo caiu no Brasil> FATOR MULTIPLICADOR: Estudo da

Fundação Getúlio Vargas mostra quepara emprego do setor aço há um fa-tor multiplicador de 23,7, ou seja, acada contratação, quase 24 outrosempregos são gerados.

> O SETOR ESTÁ NUM ÍNDICE de capa-Parque produtor de aço: 29 usinas, administradas por

11 grupos empresariaisCapacidade instalada: 48,4 milhões de t/ano de aço brutoProdução aço bruto: 34,5 milhões de toneladasProdutos siderúrgicos: 33,2 milhões de toneladasConsumo aparente: 25,2 milhões de toneladasNúmero de colaboradores: 1 3 2.470Saldo comercial: US$ 2,5 bilhões – 12,8% do saldo

comercial do País

13ºEX P O RTA D O RMUNDIAL DE AÇO( E X P O RTAÇ Õ ESD I R E TAS )

7ºMAIOREXPORTADOR LÍQUIDODE AÇO (EXP - IMP): 6MILHÕES DETONEL ADAS

2, 8 MILHÕES DETONELADAS EXPORTAÇÕESINDIRETAS (AÇO CONTIDOEM BENS): 2,8 MILHÕES DETONEL ADAS

CONSUMO PER CAPITA DE AÇO NO BRASIL: 142 quilos de aço bruto/habitante

PRINCIPAIS SETORES CONSUMIDORES DE AÇO: construção civil, automotivo,bens de capital, máquinas e equipamentos (incluindo agrícolas), utilidades do-mésticas e comerciais.

Indústria do aço no BrasilRaio X mostra os números e abrangência do setor

Fonte: Instituto Aço Brasil.

PARA SER SUSTENTÁVEL, a indústria precisa equilibrar vários aspectos, disse a palestrante Cristina Yuan

O Instituto Aço Brasil temrealizado um trabalho quemostra que, além da busca

permanente de práticas mais sus-tentáveis nos processos produti-vos para se tornar ecoeficiente, éfundamental ampliar o conheci-mento da sociedade sobre uma ca-racterística importante: a recicla-gem do aço.

Para abordar não só esse aspecto,mas a sustentabilidade numa visãomais ampla, a diretora de AssuntosInstitucionais e Sustentabilidadedo Instituto Aço Brasil, Maria Cris-tina Yuan, foi uma das palestrantesdo Seminário Tribuna, realizadono último dia 14, em Vitória.

Em sua palestra, ela voltou umpouco ao passado e recordou que apartir do século XVIII, com a Re-volução Industrial, é que teve iní-cio a produção em grande escala.

Após a Revolução Industrial, os

cidade baixa. Desde a eclosão da cri-se econômica mundial, em 2008, onível de utilização da capacidadeinstalada baixou ao patamar de70%.

> “QUEREMOS QUE O PAÍS possa redu-zir sua carga tributária, que realmen-

te onera os custos de produção dosprodutos brasileiros”, disse.

> O CONSUMO PER CAPITA DE AÇO NOBRASIL equivalia, em 2000, a 70%do consumo per capita da médiamundial. Em 2012, esta relação foireduzida para 59%.

processos de produção e os pa-drões de consumo foram aumen-tando, como se os recursos natu-rais e a capacidade de suporte doplaneta fossem infinitos.

A população aumentou. O con-sumo acompanhou esse cresci-mento e o meio ambiente sentiu osimpactos da poluição do ar, do soloe da água. E, no final do século XX,ante a ameaça de escassez dos re-cursos naturais, a sociedade per-cebe a necessidade de conciliar oprogresso com a natureza prove-dora, surgindo aí o conceito de de-senvolvimento sustentável.

Voltando o olhar para o setor in-dustrial, Cristina lembrou que, pa-ra ser sustentável, a indústria pre-cisa conseguir o equilíbrio entrerentabilidade, lucratividade, res-ponsabilidade social, geração deemprego e renda e ter ecoeficiên-cia nos processos e produtos.

A ecoeficiência na indústria, se-gundo Cristina, pode ser entendi-da como “a produção de bens eserviços a preços competitivos vi-sando satisfazer às necessidadesdo mercado e, ao mesmo tempo,contribuir para melhorar a quali-dade de vida das populações, re-duzindo os impactos ambientais ea demanda por recursos naturais.”

Opor tunidade“Gostar ia de

parabenizar a Re -de Tribuna p el oevento, que traz aoportunidade deconhecer coisasn o va s

O seminário é uma possibili-dade de ouvir ideias novas emprol do desenvolvimento do Es-tado e do País.”

Fabio Littig, diretorda Littig

Mudanças“Esse evento

da Rede Tribunaé marcante, jus-t a m e n t e p o rpossibi l i tar odebate sobre asmudanças nocampo econô-mico, social e institucional deque o Brasil precisa para conti-nuar avançando.”

Guilherme Dias,presidente do Banestes

Opção“O Espírito San-

to e nós todos te-mos muito o queaprender com agestão implemen-tada pelo gover-nador EduardoCampos. O que fica para mim éque, a partir de hoje, eu vou po-der optar por um projeto.”

Henrique Casamata, secretáriode Planejamento e Desen.

Econômico de Viana

Pro p o s ta s“A vontade políti-

ca é um dos fatoresmais importantespara que se tenhabom planejamentoem uma gestão.

Os governantesprecisam ter von-tade política parafazer as coisas acontecerem. O pales-trante Eduardo Campos trouxe ótimosexemplos para nos inspirarmos.”

Max da Mata, secretário deTransportes, Trânsito e

Infraestrutura Urbana de Vitória

R ealidade“A questão do

planejamento e dasustentabilidade écomum a todos oslugares. O debate ébom para aprimo-rarmos a maneirade entender as rea-lidades e criar me-canismos para torná-la mais viável.

Esse seminário contribuiu muito pa-ra a sociedade capixaba conhecer ou-tra região, analisar e discutir essas in-formações.”

Luiz Fernando Schettino, professor

O QUE ELES DIZEM

sentam mais de 80% do consumode aço no Brasil.

Ela comentou que dois aspectosque interferem diretamente nasustentabilidade são a competiti-vidade e a inovação. “Preci sam osde pesquisa e de desenvolvimentotecnológico”, disse Maria Cristina.

Na indústria do aço, o Brasil temum diferencial em relação a outrospaíses, que é o uso do carvão vege-tal, um biorredutor e um recursonatural renovável. “Mas a cargatributária e a logística elevam opreço final do produto, que perdem e rc a d o ”, observou.

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VITÓRIA, ES, TERÇA-FEIRA, 22 DE OUTUBRO DE 2013 ATRIBUNA 7

Es p e c i a l

Gestão denegócioss u s t e n táve i sHá bons exemplosde gestão sustentávelbem-sucedida noBrasil. No Se m i n á r i oTribuna, f o ra mapresentados três

Apresentar experiênciasbem-sucedidas na área desustentabilidade, seja am-

biental ou social, faz parte da pro-gramação dos Seminários Tribu-n a. Esta edição contou com umamesa-redonda mediada pelo espe-cialista em Gestão Ambiental daArcelorMittal Tubarão, João Bos-co da Silva, onde foram apresenta-dos os projetos “Trilhas das Mon-tanhas – Simbora pro Parque”,“Estação Conhecimento” e “Lim -pa Brasil Let´s Do It!”.

Na avaliação do mediador, nãoexiste uma fórmula certa para oitem sustentabilidade. “Esse temaprecisa estar na pauta da adminis-

tração pública e ser traduzido defato em melhorias para a socieda-de”, disse João Bosco.

“Esses eventos promovidos pelaRede Tribuna trazem a reflexão

FOTOS: CACÁ LIMA

A MESA-REDONDA serviu para exposição de três projetos bem-sucedidos, dois no Estado e um no Rio de Janeiro

BRASIL perde por não reciclar lixo TIÃO SANTOS: o rga n i z a ç ã o

TRECHOS DA PALESTRA

Catadores de materiais recicláveisM ov i m e n t o

“O Movimento Nacional dos Catado-res de Materiais Recicláveis (MNCR) éum movimento social que, há cerca de10 anos, vem organizando catadoresde materiais recicláveis pelo Brasilafora. Buscamos a valorização de nos-sa categoria de catador, que é um tra-balhador e tem sua importância.

Nosso objetivo é garantir o protago-nismo popular de nossa classe, que éoprimida pelas estruturas do sistemasocial. Temos por princípio garantir aindependência de classe, que dispen-sa a fala de partidos políticos, gover-nos e empresários em nosso nome.

Acreditamos na prática da ação di-reta popular, que é a participação efe-tiva do trabalhador em tudo que envol-ve sua vida, algo que rompe com a in-diferença do povo e abre caminho pa-

ra a transformação da sociedade.”

C a ta d o re s“Não somos catadores de lixo. So-

mos catadores de materiais reciclá-veis. Cinco mil pessoas têm atividadesligadas ao trabalho de reciclagem no

Te m a“O p lane ja-

mento e a ges-tão sustentávelsão duas ferra-mentas funda-mentais para omundo de hoje,para que nóspossamos garantir uma nova so-ciedade, com eficiência, quali-dade de vida e um futuro ade-quado para os nossos filhos e osnossos netos.”

José Eduardo Azevedo,secretário de Estado de

Projetos Especiais

I n t e rc â m b i o“Esse é um inter-

câmbio importan-te. É sabido quenós temos o pro-grama Estado Pre-sente que, dentreas suas fontes deinspiração e ben-chmarking, tem oPrograma Pacto pela Vida, do governode Pernambuco.

Um estado do qual sou originário eaprendi bastante na minha passagempela administração pública por lá. Ésempre bom aprender um pouco maiscom experiências exitosas.”

André Garcia, secretário de Estadoda Segurança

I n ova ç ã o“Tanto as entida-

des públicas comoas privadas preci-sam adotar aspec-tos de sustentabili-dade para que te-nham uma gestãomais segura e pla-nejada.

E a questão sustentável é algo mo-derno, atual, que traz uma inovaçãosobre o olhar da sociedade em umagestão. Não basta apenas criar argu-mentos para crescer, deve-se buscarum cenário de harmonia.”

Tyago Hoffmann,secretário de Estado

da Casa Civil

Fo c o“O s e g r e d o

para uma boagestão é o pla-nejamento. É terfoco, saber ondese quer chegar.

É manter ump l a n e ja m e n t ofiel ao que foi traçado para se teruma gestão segura. A palestrado Eduardo Campos realizadano seminário foi excelente, comum posicionamento brilhante.”

Angela Silvares, secretária deEstado de Controle e

Tra n s p a rê n c i a

G e s t o re s“A formação

de gestores pa-ra atuar em pro-jetos de susten-tabilidade fazparte do plane-jamento do Es-ta d o .

A Sedu tem trabalhado emconjunto com a Seama, Iema ecom o Ministério Público para aimplantação do Plano Estadualde Educação Ambiental na vira-da deste ano.”

Klinger Barbosa. secretário deEstado da Educação

O QUE ELES DIZEM

SAIBA MAIS

bairro de Jardim Gramacho. São 1.700c ata d o r e s .

O aterro ocupa uma área de aproxi-madamente 1,3 milhão de metros qua-drados. O volume de resíduos reciclá-veis coletados pelos catadores de Jar-dim Gramacho é de 200 toneladas pordia, o equivalente a uma cidade de400 mil habitantes.”

Pa ra d oxo“No Brasil, 98 % das latinhas de alu-

mínio produzidas têm como destino fi-nal a reciclagem. E 56 % das garrafasPET também. Segundo o Ipea, o Brasiljoga no lixo cerca de R$ 8 bilhões porano por não reciclar devidamente seusresíduos recicláveis. Noventa por cen-to dos materiais recicláveis que che-gam às indústrias foram coletados pornós, catadores.”

Campanha Limpa Brasil> ENTRE 2011 E 2012, foi feita uma cam-

panha chamada “Eu sou catador”,que veio para valorizar e reconhecer otrabalho dos catadores e chamou apopulação para ser catador por umdia, como forma de entender e valori-zar a importância de se separar o lixo.A campanha teve 180 mil voluntários.

> PARA 2013 E 2014, a campanha é “Eureciclo. E você?”, que será iniciadano próximo dia 26, em Brasília, e vaipercorrer as 12 cidades-sede da Co-pa do Mundo.

> 40% DO LIXO PRODUZIDO por dia noBrasil podem ser reciclados. Por não

reciclar devidamente seus resíduos,o País perde, por ano, cerca de R$ 8bilhões.

da necessidade de mudança. Hoje,nossa sociedade vive uma inversãode valores e é preciso resgatar isso.Não dá para ser sustentável semvalores como honestidade, ética,transparência e compaixão”, con-cluiu João Bosco.

E X E M P LOPresidente da Associação de Ca-

tadores de Material Reciclado deJardim Gramacho, em Duque deCaxias, no Rio de Janeiro, e funda-dor do movimento Limpa Brasil,Tião Santos foi um dos participan-tes da mesa-redonda e falou compropriedade sobre a importânciada sustentabilidade.

Ele defende que a mudança cul-tural de um país acontece por

meio da educação. “Não existeprosperidade em lugar sujo”, disseo catador, que passou a vida numl i xã o.

Na visão dele, o pouco fôlego dareciclagem no Brasil se deve à faltade consciência ambiental, pois areciclagem surgiu no País paracombater o desemprego, a pobre-za e a exclusão.

“Não dá para sers u ste n t á ve l

sem valores comohonestidade, ética,transparência eco m p a i x ã o”João Bosco da Silva, mediador

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8 ATRIBUNA VITÓRIA, ES, TERÇA-FEIRA, 22 DE OUTUBRO DE 2013

Es p e c i a l

Ecoturismo educativo no EstadoInstituto capixabadesenvolve projetosque incentivam aeducação ambientale estudos sobreanimais em extinção

Os participantes do Seminá -rio Tribuna tiveram opor-tunidade de conhecer um

trabalho de educação ambientaldesenvolvido no Espírito Santopelo Instituto Marcos Daniel

(IMD), uma Organização da So-ciedade Civil de Interesse Público(Oscip) que promove a conserva-ção de biodiversidade através deprojetos de preservação, capacita-ção de pessoas e educação am-biental.

Um dos projetos apresentados éo Trilha das Montanhas, lançadoem julho deste ano, que divulga osatrativos ecológicos e culturais doentorno dos parques estaduais Pe-dra Azul e Forno Grande, localiza-dos na região serrana do Estado.

Durante os passeios, são obser-vadas a fauna, flora e cultura doslocais, com paradas em pontos es-tratégicos nas propriedades do en-torno dos parques.

O presidente do Instituto, Mar-celo Renan de Deus Santos, con-tou que, durante a fase de identifi-cação de atrativos ecoturísticos ede sensibilização e inclusão da co-munidade local, o projeto Trilhadas Montanhas foi acolhido comentusiasmo pela Associação Turís-tica de Pedra Azul, pelos empreen-dedores da região e pelos produto-res rurais do entorno do parque.

“Toda a comunidade viu no pro-jeto boas perspectivas de acordocom o interesse de cada setor. Oshotéis e restaurantes enxergamum meio de retenção turística naregião e os produtores se sentiramvalorizados e despertados para a

INSTITUTO MARCOS DANIEL

PEDRA AZUL: Trilha das Montanhas leva o visitante para conhecer propriedades rurais no entorno dos parques

Expedição estuda onçana Reserva de Sooretama

Uma boa oportunidade paraquem quer vivenciar a rotina deuma expedição científica. De 14 a26 de julho do próximo ano, o Ins-tituto Marcos Daniel, em parceriacom o Projeto Puma, vai promoveruma expedição para o estudo deonças na Reserva Biológica de So-oretama, no Norte do Estado.

Não se trata de um programa tu-rístico, mas de participar da rotinade pesquisadores que se dedicam aestudar a vida selvagem no melhorestilo “National Geographic”.

O objetivo da expedição é con-tribuir para a conservação da on-ça-pintada na Floresta Atlânticabrasileira, gerando informações

importantes sobre a vida dos ani-mais. Além das onças, também se-rão registrados jaguatiricas, antas,veados e outras espécies.

Os participantes ficarão acam-pados na reserva e participarãodos trabalhos de rastreamento deonças-pintadas e pumas, em buscade pegadas e outros vestígios dapresença dos animais.

As onças-pintadas são as maisameaçadas de extinção. No Espíri-to Santo o grau de ameaça é altíssi-mo, pois as onças perderam amaior parte do seu habitat.

Essa expedição é a continuaçãode um projeto iniciado em 2006,voltado à conservação da onça-pin-

FELINO habita a região estudada

OUTROS PROJETOS

Visitas e estudosSimbora Pro Parque> REALIZA visitas às unidades de con-

servação do Estado, como o Parquede Itaúnas, em Conceição da Barra,focadas na educação ambiental.

> JÁ FORAM realizadas 20 ediçõescom mais de 460 participantes, en-tre professores, coordenadores ealunos de ensino médio e superior daGrande Vitória e interior do Estado,além de pessoas que se identificamcom as atividades do projeto.

> EM 2010, o projeto passou a atuartambém na promoção do uso peda-gógico das unidades de conserva-ção, através da capacitação doseducadores para utilizarem essasáreas como meio didático para de-senvolverem planos de educaçãoambiental em suas instituições.

> AS ATIVIDADES desenvolvidas abor-dam sempre uma perspectiva teóri-co-prática, levando em conta a cons-trução do conhecimento de forma vi-vencial e interpretativa.

> I N FO R M AÇ Õ ES : w w w. i m d . o rg . b r.

Conservação de antas> O PROJETO PRÓ-TAPIR é uma inicia-

tiva do Instituto Marcos Daniel e fi-nanciado pela Fibria Celulose S.A. Éo primeiro programa de conservaçãode antas do Espírito Santo e contacom uma equipe formada por pes-quisadores da Ufes e da UVV.

> O PROJETO INICIAL é de três anos epretende gerar informações essen-ciais para a conservação desta espé-cie ameaçada de extinção que é omaior mamífero terrestre do Brasil.

Circuito tartarugas> O CHELONIA MYDAS estuda o impac-

to de poluentes sobre as tartarugas-marinhas brasileiras e, como isso, in-fluencia na incidência de doenças.

> O PROJETO é do programa de pós-graduação da UVV e tem a parceriado IMD. As expedições científicassão realizadas em Vitória, no ParqueNacional Marinho dos Abrolhos, naBahia, e na Reserva Biológica do Atoldas Rocas, no Rio Grande do Norte.

Planejamento“O planejamento

é fundamental pa-ra o desenvolvi-mento sustentável,até porque nós te-mos um grande de-safio de compatibi-lizar o retorno eco-nômico com o so-cial e ambiental.

Hoje, nós que somos empreendedo-res ou gestores públicos e privados,precisamos elaborar nossos projetos,ter lucratividade e, ao mesmo tempo,preservar as nossas belezas e recursosnaturais, além de promover a inclusãosocial das comunidades envolvidas.”

Lucas Izoton, empresário

R iquezas“Todos debatem

políticas voltadaspara a sustentabili-dade. O Brasil tinhauma enorme áreade Mata Atlânticaque foi muito redu-zida, mas ainda te-mos muitas rique-zas naturais.

A sociedade já tem um grau de cons-ciência significativa que tem de partirpara a prática e gastar menos água,preservar as nascentes, as estradasvicinais cujos sedimentos acabam in-do para os mananciais e outros pro-blemas como a destinação do lixo.”

Anselmo Tozi, diretor da Cesan

Tu r i s m o“Para ter tu-

rismo de quali-dade, a susten-tabilidade é fun-damental. Quemestá na área, de-fende e promovea preservação.

A sustentabilidade não envol-ve apenas o meio ambiente, mastambém questões econômicas,sociais, culturais e outros fato-res importantes para o turismo.O Espírito Santo tem um empe-nho forte nesse sentido.”

Marco Azevedo, empresário

Se g u ra n ç a“ M u i t a

c o i s a d oexemplo dePe rn am bu cop o d e s e rapl icada àrealidade ca-pixaba, nãosó em sustentabilidade, comotambém em termos de seguran-ça pública, que o Eduardo Cam-pos também mencionou na pa-lestra. Podemos aproveitar comessa troca de experiências.”

Vandinho Leite, secretário deEstado de Esportes

M ov i m e n t o“Esse movi-

mento promovi-do pe la R e d eTr ibu na é im-portante peloconhecimento einformação queproporciona.

A participação do governadorde Pernambuco nos traz a pers-pectiva de conhecer um novocaminho. É uma oportunidadepara nós ouvirmos e refletir-mos.”

Maely Coelho,e m p re s á r i o

O QUE ELES DIZEM

tada na Floresta Atlântica costeira.A pesquisa já resultou em relató-rios, apresentações em conferên-cias internacionais e duas publica-ções em periódicos científicos.

A área de estudo do projetoabrange, além da Reserva de Soo-retama, a Serra do Mar, no Paraná.Este programa é o único a tratarquestão específica da sobrevivên-cia da onça-pintada.

“Desafio agora édar visibilidade ao

trabalho para atrair osecoturistas e promover aviabilidade econômicado projeto”Marcelo Renan, presidente do IMD

possibilidade do ecoturismo comofonte de renda”, disse.

Segundo ele, o desafio agora édar visibilidade ao trabalho paraatrair os ecoturistas e promover aviabilidade econômica do projeto.

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VITÓRIA, ES, TERÇA-FEIRA, 22 DE OUTUBRO DE 2013 ATRIBUNA 9

Es p e c i a l

Estação ondese valorizaa cidadaniaProjeto desenvolvidono município da Serracolabora para aformação do cidadão,através do esporte eda profissionalização

Com o sugestivo nome Esta-ção Conhecimento, esseprojeto que une esporte,

educação e cidadania foi apresen-tado na mesa-redonda Gestão deNegócios Sustentáveis, realizadano Seminário Tribuna de Plane-jamento e Gestão Sustentável.

A coordenadora executiva doprojeto, Ana Angélica Motta, disseque a Estação Conhecimento cola-bora na formação integral decrianças, jovens e adultos por meiodo esporte, do convívio social, dacultura e da profissionalização.

Fundada no final de 2010, nobairro Cidade Continental, na Ser-ra, a Estação Conhecimento é umdos projetos estruturantes desen-volvidos pela Fundação Vale. NoEspírito Santo, o projeto é desen-volvido em parceira com a Vale e aPrefeitura Municipal da Serra, ci-dade onde está instalada.

Na Estação Conhecimento Serra

VA L E

NA ESTAÇÃO CONHECIMENTO há uma biblioteca onde os alunos podem fazer pesquisas escolares

Local poderá receberequipes olímpicas

A Estação Conhecimento Serrafoi selecionada pelo Comitê Orga-nizador Rio 2016 e o Comitê Olím-pico Internacional como local ap-to para sediar treinamentos de de-legações nos pré-jogos das Olim-píadas de 2016.

O local possui campo de futeboloficial, pista de atletismo oficialsintética e piscina semiolímpica.

Os atletas da Estação já conquis-taram 229 medalhas no atletismo e100 na natação, sendo que a tercei-ra colocada no ranking estadual éatleta da Estação.

A Estação Conhecimento tam-bém tem parceria com a UCL eLego Education para a realizaçãoda Oficina de Robótica. Outrasparcerias são feitas com o Sesi, pa-ra as aulas de inglês e com a JuniorAchievement para desenvolver oprojeto Miniempresa.

Com o Senac, a Estação mantémuma parceria para a realização doscursos de qualificação profissio-nal. Recentemente, assinou convê-nio com a Universidade Federal doEspírito Santo (Ufes) para a áreade pesquisa e estágio.

VA L E

PISCINAsemiolímpicafaz parte doc o m p l exoespor tivodisponibilizadona EstaçãoCo n h e c i m e n t o ,na Serra

SAIBA MAIS

Robótica e judô são novidades> A ESTAÇÃO CONHECIMENTO é uma

Organização da Sociedade Civil deInteresse Público (Oscip), criada poriniciativa da Fundação Vale e tem co-mo parceiros a Vale e a Prefeitura daSe r ra .

> O PÚBLICO PRIORITÁRIO são crian-ças e adolescentes, na faixa etária de6 a 18 anos, residentes em Serra.

> PARA QUEM TEM acima de 18 anos epelo menos o ensino fundamentalcompleto, a Estação Conhecimentotambém oferece cursos de qualifica-ção profissional para atividades que

estão em alta no mercado de traba-lho, como porteiro vigilante com in-formática, auxiliar administrativo,massagista e cuidador de idosos.

> ESTE ANO FOI, oferecida a Oficina deRobótica para 120 alunos e será ini-ciada a modalidade esportiva judôpara 150 novos alunos.

> O PROCESSO de aprendizagem daEstação Conhecimento é baseadonos quatro pilares da educação de-fendidos pela Organização das Na-ções Unidas para a Educação(Unesco): conhecer, fazer, ser e con-

Mobilização“Quando fize-

mos a primeiram o b i l i z a çã o ,não tínhamosatletas suficien-tes para a mo-dalidade Atletis-mo. Então, foifeita uma articulação com as es-colas, realizados seminários deminiatletismo para educadores.Estas ações, somadas aos resul-tados alcançados pelos nossosadolescentes, já promoveramuma mudança enorme. Hoje, éuma das modalidades mais pro-c u ra d a s . ”

Ana Angélica, coordenadora

são oferecidas modalidades espor-tivas variadas, como natação, atle-tismo e futebol, dentro do progra-ma Brasil Vale Ouro, que fomentaa inclusão social e a cidadaniaatravés do esporte.

Para isso, além dos equipamen-tos esportivos (pista de atletismocom oito raias, campo de futebol,

piscinas semiolímpica e de aqueci-mento), a área de 40 mil metrosquadrados também conta com umedifício educacional e outro pro-fissionalizante. Os participantes,de 6 a 18 anos, são acompanhadosde perto pelos educadores.

Além das aulas teóricas e práti-cas nas modalidades esportivasem que estão matriculados, os alu-nos da Estação ConhecimentoSerra participam do programaConvivência e Cidadania, queaborda questões como comporta-mento, drogas e cidadania.

O programa inclui também in-clusão digital, incentivo à leitura,inglês, orientação nutricional,apoio pedagógico e arte-educação,com disponibilidade de uma bi-

Trio de cordas emociona públicoA harmonia entre dois violi-

nos e a viola do Trio de Cordasdeu o tom da programação daparte da tarde do Semi nár ioTribuna de Planejamento eGestão Sustentável. Os músi-cos Deise Marilyn, MarcelioMartins e Rafael Radke execu-taram músicas conhecidas co-mo “Hey Jude”, dos Beatles e“Asa Branca”, de Luiz Gonzaga.

O Trio de Cordas faz parte daOrquestra Camerata Sesi, quefoi criada em 2008 e viabilizada

pelo Sistema Findes, através doSesi-ES. No início, todos os músi-cos eram contratados como esta-giários, pois eram estudantes.

“Com o passar dos anos, os esta-giários foram sendo efetivados,criando um mercado de significa-tiva expressão no meio musical doEspírito Santo, gerando admiraçãoe respeito pela sociedade civil”, co-menta o maestro Leonardo David.

Dentre os diversos concertosmarcantes nesses cinco anos, omaestro regente da Camerata Sesi

ANA LUÍZA BRANDÃO

O TRIO TOCOUmúsicasconhecidas,como “AsaB ra n c a ” e“Hey Jude”

viver. A estratégia é ampliada peloprojeto Empreendedores do Futuro,que oferece aulas sobre empreende-dorismo a adolescentes com idadeentre 14 e 18 anos.

> ESTE ANO, estão sendo atendidas1.300 pessoas. Além de quase 800alunos que participam do programaBrasil Vale Ouro, a Estação atendetambém 320 jovens em aulas de em-preendedorismo, 130 em oficinas dearte e 100 adultos em cursos de qua-lificação profissional, oferecidos emparceria com Senac, por exemplo.

destaca alguns.“Um deles foi o concerto na

Praia de Camburi ocorrido em2009, sob a regência do maestroIsaac Karabtchevsky, onde a Ca-merata Sesi e a Ofes se uniram pa-ra esta apresentação, que contoucom a presença de 13 mil pessoas.”

Uma característica da OrquestraCamerata Sesi é abrir-se também àmistura do erudito com o popular.“A música de orquestra sempre es-teve presente na mistura de sons,das mais diversas formas”.

D E P O I M E N TO

blioteca para pesquisas escolares.Na avaliação da coordenadora, o

maior desafio tem sido a grandedemanda de procura por vagas. “Émuito complexo dizer ‘não’ aquem precisamos dizer ‘sim’. A ca-

da aluno que entra, quatro perma-necem na fila de espera. Lidar comesta questão diariamente, conhe-cendo o risco social de crianças eadolescentes na nossa sociedade, ésempre complexo.”

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10 ATRIBUNA VITÓRIA, ES, TERÇA-FEIRA, 22 DE OUTUBRO DE 2013

Es p e c i a l

Foco na transformação socialEducação foi escolhidacomo principal áreade projeto que visapreparar o cidadão dofuturo. Ações contamcom voluntários

Ciente de seu papel de agentetransformador, a Samarcoapoia iniciativas que am-

pliam seu relacionamento com ascomunidades próximas às suasoperações, tanto no Espírito Santo,como em Minas Gerais.

Hoje, a empresa atua em 29 mu-nicípios por onde passam seus mi-nerodutos e onde se situam suasplantas industriais, tendo comobase o estímulo à participação so-cial e cidadã, fundamentada emsua estratégia de transformaçãosocial.

Bons exemplos dessa forma deatuação vêm do projeto Cidadãodo Futuro, que fomenta a autono-mia e a cidadania por meio da va-lorização da cultura local e deações com foco em educação.

Elaborado em 2009 pela Samar-co, em parceria com o MinistérioPublico do Espírito Santo (MP-ES), a Prefeitura de Anchieta e as-sociações de moradores, o Cida-dão do Futuro atende alunos deescolas públicas, de 8 a 16 anos.Durante o ano passado, cerca de300 estudantes foram beneficia-dos no Estado.

Atualmente, o programa oferece

oficinas múltiplas, contemplandoconteúdos de Matemática e Portu-guês, além de atividades circenses,dança, capacitação de professorese fórum para envolvimento dosp a i s.

O objetivo do programa, segun-do a Samarco, é melhorar o de-sempenho escolar e os resultadosdas comunidades atendidas no Ín-dice de Desenvolvimento da Edu-cação Básica (Ideb). O programa érealizado em Condados, em Gua-rapari, e em Mãe-Bá e Ubu, emAnchieta.

VO LU N TA R I A D OPara a Samarco, acreditar no vo-

luntariado é reforçar a atuaçãosustentável, interagindo com ascomunidades e construindo rela-cionamentos de confiança. Por is-so, a empresa também incentivaseus empregados e parceiros aatuar em frentes de trabalho co-munitário, como o Dia V.

Todos os anos, voluntários seunem às comunidades para tornarreais atividades como reformas emelhorias feitas em mutirão emescolas e associações, além de ofi-cinas de artes e tardes recreativas.

A força de cada um se revelounas conquistas alcançadas no DiaV deste ano, com a colaboração detodos os 1.400 voluntários nos gru-pos de trabalho organizados paraatuar nas instituições capixabas.

Ao todo, foram beneficiadasmais de 13 mil pessoas, em 64ações realizadas em seis municí-pios do Espírito Santo.

JEFFERSON ROCIO/SAMARCO

RECREAÇÃO com crianças e entrega de mudas de árvores fazem parte das atividades do Cidadão do Futuro

Inovação para apoiara sustentabilidade

Sustentabilidade e inovação sãotemas ligados pela essência, já quenão é possível falar em novas prá-ticas e gestão inovadora se nãohouver uma atitude sustentávelcapaz de mudar a realidade das or-g a n i z a ç õ e s.

O Bandes acredita na perspecti-va de alinhamento desses concei-tos e, dentro da estratégia de de-senvolver novas formas de atuação,participa ativamente de duas estra-tégias para incentivar a inovação.

O Fundo de Desenvolvimentodas Atividades Produtivas Inova-doras (FDI), a ser operacionaliza-do pelo banco, é peça fundamentalda Lei de Inovação – aprovada em2012 –, e dará suporte financeiropara empresas de base tecnológica,inovadores e empreendedores noE st a d o.

A outra estratégia, em conjuntocom a Agência Nacional de Inova-ção, é o Inovacred, que terá R$ 30milhões para incentivar empresasinovadoras. O programa colocará àdisposição dos capixabas maisuma ferramenta de crédito, voltadaexclusivamente para a inovação.

Essas ações são convergentes

ANTONIO MOREIRA - 02/12/05

O BANCOconta com umFundo quedará suportef i n a n c e i ropara empresasde basetecnológica,inovadores ee m p re e n d e d o re sno Estado

SAIBA MAIS

Gestão sustentável> A SAMARCO atua tendo como guia

seu Modelo de Sustentabilidade,consolidado em 2012, que reflete osesforços da companhia para dese-nhar um sistema que reflita suaspreocupações e prioridades nos ei-

xos social, ambiental e econômico.> ATÉ 2022, a Samarco pretende do-

brar seu valor e ser reconhecida comoa melhor do setor de mineração porempregados, clientes e sociedade.

> A EMPRESA acredita que essa visão

será alcançada à medida que cum-pre seu papel de indutor de desen-volvimento nas comunidades nasquais está inserida, concentrandoesforços para a geração de resulta-dos sustentáveis.

com o Programa de Desenvolvi-mento Sustentável do Espírito San-to (Proedes), lançado em agosto de2012. Entre os seus eixos estratégi-cos, contempla a competitividadeeconômica por meio da inovação.

Um dos pilares do programa é ofortalecimento do Bandes. Com is-so, novos desafios são impostoscom a necessidade do banco de sereinventar, mantendo a atuaçãobem-sucedida no microcrédito eno crédito rural e criando novasescalas de atuação.

Seu leque de atuação cresce para

agir de forma multiescalar, comsoluções e metodologias adequa-das para empreendimentos de na-tureza e portes diferenciados.

Para o diretor-presidente doBandes, Guilherme Henrique Pe-reira, essa junção entre sustentabi-lidade e inovação está alinhadacom o novo posicionamento dobanco para fomentar novos negó-cios no Estado, inclusive finan-ciando empreendimentos em fasede implantação e contribuindo pa-ra geração de empregos e rendanos municípios capixabas.

“Ao incentivar a inovação, es-timulamos também as boas prá-ticas e gestão sustentável. Issofaz o Espírito Santo se desen-volver de forma regionalmenteequilibrada, tornando-se maiscompetitivo e eficiente.”

Essas novidades são umaamostra de que o Bandes sem-pre buscou desenvolver novasformas de atuação, colocando àdisposição das empresas capi-xabas novos produtos. Sobretu-do, inovar é uma tradição dob a n c o.

“S u ste n t a b i l i d a d ee inovação estão

alinhadas com o novoposicionamento dobanco para fomentarnovos negócios”Guilherme Pereira,diretor-presidente do Bandes

Expediente P R O D U ÇÃO : Dinâmica de Comunicação C O N TATO S : 3331-9114 [email protected] JORNALISTA RESPONSÁVEL: Fabiana Pizzani REPORTAGEM E EDIÇÃO: Kikina SessaR E V I SÃO : Flávia Martins e Loreta Fagionato COLABORAÇÃO: Ana Paula Herzog e Cristiane de Souza D I AG R A M AÇÃO : Amauri Ploteixa TRATAMENTO DE IMAGENS: Leyson Mattos e Renan Martinelli

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VITÓRIA, ES, TERÇA-FEIRA, 22 DE OUTUBRO DE 2013 ATRIBUNA 11

Es p e c i a l

A legislação brasileirapermite que tantoempresas como pessoafísica destinem partedo imposto de rendaa projetos sociais

Muita gente não sabe, mas6% do Imposto de Rendade cada brasileiro é utili-

zado pelo governo para ações dediversos fins, sem que você sejanotificado de onde estes recursosestão sendo empregados.

Mas quem faz a declaração com-pleta do IR pode fazer a destinaçãodeste recurso diretamente para al-gum projeto e, com isso, acompa-nhar os resultados. Esse é um di-reito de todos, garantido por lei.

A Unimed Vitória, por meio doInstituto Unimed, já realiza estetrabalho. No ano passado, 161 coo-perados e três funcionários, alémda própria Unimed, fizeram a des-tinação do IR e aproximadamenteR$ 400 mil foram direcionadospara sete projetos que se destacampelo objetivo social e cultural naGrande Vitória. Essas contribui-ções impactaram a vida de cercade 10 mil pessoas.

Por meio da destinação do Im-posto de Renda, é possível ter a ga-rantia de que estes recursos são uti-lizados em ações que propiciam odesenvolvimento real das pessoas

envolvidas nos projetos apoiados.“Esta é uma forma consciente de

destinar o seu Imposto de Renda.Por meio do apoio a projetos fi-nanciados por recursos incentiva-

UNIMED

O PROJETOMÃECA N G U R U, quepromove ahumanizaçãoda assistênciaao recém-nascido debaixo peso, éum dosbeneficiadoscom recursosdo InstitutoUnimed

Nova espécie é descobertaUma descoberta recente feita

por pesquisadores da Universida-de de São Paulo (USP) permitiu oregistro, por parte da Ciência, denova espécie botânica para a MataAtlântica brasileira. A descobertafoi feita na Reserva Natural Vale,área conservada de Mata Atlânti-ca que a Vale mantém em Linha-res, no Norte do Espírito Santo.

O artigo que descreve a novaplanta foi publicado em julhodeste ano na revista científicaBrittonia.

Batizada como Ep he dran th usdimerus, a nova árvore recebeu onome vulgar de pindaíba-preta e éa única do gênero E ph e dran t hu sjá registrada para esse bioma.

Outro fato marcante em relaçãoà descoberta é que trata-se da pri-meira do gênero Ephed ranthusque apresenta as chamadas flores

dímeras, ou seja, com duas péta-las, característica que lhe conce-deu o epíteto dimerus.

A partir de análise feita tantoem uma exsicata da espécie – ouseja, em uma amostra seca daplanta, que compõe o acervo doherbário da Reserva –, quanto emmaterial “fres co” coletado emcampo, também na Reserva, che-gou-se à conclusão de que se tra-tava de uma nova espécie.

De acordo com os pesquisado-res responsáveis pela descoberta,a Ephedranthus dimerus é endê-mica do Brasil e ocorre na MataAtlântica de Minas Gerais, do Es-pírito Santo, do sul da Bahia e emuma localidade no norte dessemesmo estado. Seu período defloração acontece entre setembroe novembro, e a frutificação entreos meses de janeiro e julho.

SAIBA MAIS

Leis de incentivo fiscal> EMPRESAS e pessoas podem desti-

nar partes diferentes do Imposto deRenda para projetos sociais por meiodas Leis de Incentivo Fiscais Fede-ra i s .

PESSOA FÍSICA> 6% - FUNDO DA INFÂNCIA e Adoles-

cência (FIA), Lei Rouanet, Incentivoao Esporte e Audiovisual.

PESSOA JURÍDICA> 4% - FUNDO DA INFÂNCIA e Adoles-

cência (FIA) e Lei Rouanet> 1% - INCENTIVO ao Esporte> 3% - AUDIOVISUAL

OUTROS PROJETOS

Incentivo ao empreendedorismo> EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA: De -

senvolvido pela Associação JuniorAchievement, o projeto visa a desen-volver o espírito empreendedor paraalunos de Ensino Médico de escolaspúblicas de Vitória, por meio de pro-gramas ministrados por orientado-res da instituição. O objetivo é tornaresses jovens mais preparados para omercado de trabalho e capazes de

transformar a sua realidade.> MÃES JOVENS: Desenvolvido pelo

Serviço de Engajamento Comunitá-rio (Secri) em regiões carentes deVitória, o projeto promove oficinaseducativas e reflexivas para 30 mãesadolescentes e jovens juntamentecom seus filhos, contribuindo para aconstrução de projetos de vida e odesenvolvimento dessas mulheres.

dos, você pode abater parte do va-lor destinado em sua declaração,reduzindo o valor do imposto derenda a pagar ou aumentando ovalor a ser restituído”, completaMárcio Almeida.

Um dos projetos apoiados pelaUnimed é o Mãe Canguru, desen-volvido pela Fundação de Apoio aoHospital Cassiano Antônio de Mo-raes (Fahucam), que consiste naaplicação do método “Mãe Cangu-r u” no Hospital Universitário co-mo uma alternativa ao cuidadoneonatal convencional na Unida-de de Terapia Intensiva Infantil.

O objetivo é promover a huma-nização da assistência ao recém-nascido de baixo peso.

A Unimed também apoia o pro-jeto Pequenos Talentos – O balé aoalcance de todos. Conduzido pela

Ação Comunitária do EspíritoSanto (Aces), o projeto tem maisde 15 anos e coleciona premiaçõesem festivais de dança, revelação detalentos e apresentações de espe-t á c u l o s.

A proposta é promover ensino

gratuito de balé na periferia daGrande Vitória para atrair crian-ças e adolescentes em situação derisco social, estimulando-as a es-tudar com acompanhamento es-colar, apoio psicossocial e integra-ção familiar.

P ES Q U I SASA Reserva Natural Vale é abrigo

de diferentes espécies de fauna eflora da Mata Atlântica. Para seter uma ideia, nos últimos cincoanos, 23 novas espécies botânicasforam oficialmente reconhecidaspela Ciência a partir de materialcoletado na reserva. Desse total,duas descobertas foram efetua-das neste ano.

Somente no ano passado, cercade 72% de todas as pesquisas rea-lizadas na Reserva foram relacio-nadas à flora, incluindo ecologiavegetal, restauração florestal e sil-vicultura. Juntamente com a Re-serva Biológica de Sooretama, aReserva Natural Vale forma omaior remanescente florestal doEspírito Santo e consiste em umdos mais representativos do bio-ma Mata Atlântica no País.

Imposto pode beneficiar projetos

A PINDAÍBA-P R E TA foie n c o n t ra d ana ReservaNatural Vale,no municípiode Linhares,Norte do Estado

VA L E

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12 ATRIBUNA VITÓRIA, ES, TERÇA-FEIRA, 22 DE OUTUBRO DE 2013

Es p e c i a l

Falta de dinheiro afeta o trabalhoPrograma criadopelo Sesi auxiliao trabalhador daindústria a administraro dinheiro deforma consciente

A má gestão financeira acar-reta inúmeros problemaspara os trabalhadores e tam-

bém para as empresas que os con-tratam. Com o objetivo de reduziras consequências provocadas pelodesequilíbrio nas contas, o ServiçoSocial da Indústria (Sesi) desen-volveu o Programa Administre seuDinheiro de Forma Consciente.

O objetivo é auxiliar o trabalha-dor da indústria e seus dependen-tes a alcançar o equilíbrio finan-ceiro por meio do uso conscientedo dinheiro, incentivando o hábitode poupar e, assim, contribuir paraa melhoria da qualidade de vida.

“O programa foi criado com basena percepção das empresas indus-triais que recebiam cobradoresnos seus portões e também levan-do em conta que muitos trabalha-dores faltavam para resolver pro-

blemas desta natureza, surgindodaí a necessidade de tratar o te-ma”, explica o gerente da Divisãode Responsabilidade Social Em-presarial do Sesi-ES, Samuel Si-mam.

Segundo ele, a má gestão finan-ceira acarreta diversos problemas,que afetam tanto o trabalhadorquanto a empresa que o contrata.

“Entre as consequências que oSesi detectou, constam: reduçãoda produtividade, conflitos no am-biente de trabalho, desavenças fa-miliares, diminuição da autoesti-ma e aumento do consumo de ál-cool e drogas”, destaca Simam.

O programa existe há mais de 10anos e, desde então, vem sendoaplicado nas indústrias capixabasatravés de palestras e cursos.

“O Sesi-ES foi o pioneiro desteprograma, que atualmente é muitoprocurado pelas indústrias, consi-derando que as facilidades domercado para compras a prazoacabam descontrolando as finan-ças dos trabalhadores”, acrescentao gerente.

Nos últimos três anos, o progra-ma é aplicado por todas as unida-des do Sesi nos estados brasileiros.

AT E N D I M E N TOO programa é solicitado pela

empresa, que recebe a equipe doSesi em suas dependências.

O atendimento é presencial efunciona em duas modalidades.Na palestra, o assunto é trabalhadode forma interativa com duraçãode uma hora.

Na modalidade curso (com du-ração de quatro horas), o trabalha-dor se aprofunda mais no conteú-do e aprende também como orga-nizar suas finanças, calcular jurose planejar os gastos, por meio deplanilhas e conteúdos programáti-cos adequados aos diferentes ní-veis hierárquicos da empresa.

FÁBIO MARTINS/FINDES

SAMUEL: programa é demandado

JOVANDRO DERIZ CHAGAS

VOLUNTÁRIOS se revezavam no ecoposto para a troca das embalagens

O DESEQUILÍBRIO nas contas pessoais pode causar conflitos no ambiente familiar e também no tra b a l h o

SAIBA MAIS

Consequências que podem ser evitadasCONSEQUÊNCIAS DODESEQUILÍBRIO NAS CONTASDO TRABALHADOR> REDUÇÃO da produtividade> CONFLITOS no ambiente de trabalho> DESAVENÇAS familiares> DIMINUIÇÃO da autoestima> AUMENTO do consumo de álcool e

d r o ga s

SINAIS DENTRO DA EMPRESA DEQUE ALGO ESTÁ ERRADO COM ASCONTAS DE SEUS FUNCIONÁRIOS> AUMENTO nas solicitações de em-

préstimos consignados

> SOLICITAÇÕES frequentes de adian-tamentos e rescisões de contrato detrabalho para liberação de valores(FGTS, férias etc.)

> SOLICITAÇÕES de fornecimento deinformações sobre funcionários, porinstituições bancárias ou do comér-cio local, para liberação de crédito

> PRESENÇA de agiotas no ambientede trabalho ou contatando a empre-sa na tentativa de receber valores ouameaçando funcionários

COMO O PROGRAMA ADMINISTREO SEU DINHEIRO DE FORMA

Ecoposto e bazar ajudamcatadores, idosos e crianças

CONSCIENTE – SESI-ES PODE SERUTILIZADO PELA EMPRESA> SÃO REALIZADAS palestras de uma

hora de duração ou cursos de quatroh o ra s

> PODE ser dentro da empresa solici-ta n t e

> PÚBLICO-ALVO é composto por fun-cionários das indústrias e familiares

> QUEM realiza é a Divisão de Respon-sabilidade Social Empresarial do Se-si-ES

> OS CONTATOS podem ser feitos pormeio dos telefones: (27) 3334-5705, 3334-5712 e 3334-5786

CARTAZ utilizado na divulgação

A conscientização da impor-tância da coleta seletiva do lixoestá mobilizando os mais de 650colaboradores da Rede Tribuna.Prova disso foi o sucesso do “DiaD da Coleta” que este ano arreca-dou 7.500 embalagens de produ-tos consumidos no ambiente detrabalho e que foram doadas àempresa de reciclagem de Wan-derley Rabbi, na Ilha de SantaMaria, bairro onde a empresa es-tá localizada.

A grande novidade da campa-nha realizada neste ano foi a trocado “l ixo ” por moeda verde, quepôde ser utilizada para as com-pras no Bazar Solidário, realizadode 23 a 27 de setembro, com doa-ções dos próprios colaboradores.

Com a renda obtida no bazarforam adquiridas 5.344 fraldasgeriátricas, 6.100 máscaras, 4.400luvas de procedimento médico e65 vidros de sabonete líquido,

que foram doados para os idososem condição de risco social doAsilo Aliança Cristo Vive, em Ca-riacica, e crianças com hidrocefa-lia e neuropatia da Casa Maria

Zerbato, em Vila Velha.“A ideia é trabalharmos os 'Rs'

da sustentabilidade, que são: ree-ducar, reutilizar, reciclar e redu-zir o desperdício de materiais”,informa o presidente da Comis-são Interna de Prevenção de Aci-dentes (Cipa), Jovandro DerizC h a g a s.

Para a troca das embalagenspela moeda verde, batizada deTribu, foi montado um ecopostona empresa.

Segundo a diretora de RecursosHumanos da Rede Tribuna, An-gela Soares Carvalho, há dois anosestá sendo desenvolvido um tra-balho interno de conscientizaçãodos colaboradores para que cadaum possa fazer sua parte e contri-buir na separação adequada do li-xo seco, lixo úmido e contamina-dos, como pilhas e baterias, nasdependências da empresa.

“O resultado que obtivemos

com essa ação mostra que esta-mos colhendo os frutos de umtrabalho iniciado na Rede Tribu-na em 2011. É uma história de su-cesso que está em construção econta com a participação de todosos colaboradores”, disse Angela.

O Bazar Solidário recebeu doa-

ções de roupas, sapatos, materialescolar, utensílios domésticos,objetos de decoração e até umamáquina de lavar roupas. Tam-bém recebeu doação de roupasnovas de empresas parceiras. Noecoposto, 10 voluntários se reve-zavam para receber os materiais.