ergonomia aplicada ao ambiente de trabalho: estudo de caso do 9º batalhão de suprimento -...

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0 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO DO SUL CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS Curso de Especialização em Gestão Pública LEANDRO BOLZAN DE REZENDE HELAINE NANTES DE BRITES ERGONOMIA APLICADA AO AMBIENTE DE TRABALHO: ESTUDO DE CASO DO 9º BATALHÃO DE SUPRIMENTO EXÉRCITO BRASILEIRO Campo Grande MS Abril 2012

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O presente estudo tem como propósito a análise da qualidade de vida no trabalho em uma organização pública federal, com especial atenção para os aspectos relativos à ergonomia.

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Page 1: Ergonomia aplicada ao ambiente de trabalho: estudo de caso do 9º Batalhão de Suprimento - Exército Brasileiro

0

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO DO SUL

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

Curso de Especialização em Gestão Pública

LEANDRO BOLZAN DE REZENDE

HELAINE NANTES DE BRITES

ERGONOMIA APLICADA AO AMBIENTE DE TRABALHO:

ESTUDO DE CASO DO 9º BATALHÃO DE SUPRIMENTO –

EXÉRCITO BRASILEIRO

Campo Grande – MS

Abril – 2012

Page 2: Ergonomia aplicada ao ambiente de trabalho: estudo de caso do 9º Batalhão de Suprimento - Exército Brasileiro

1

LEANDRO BOLZAN DE REZENDE

HELAINE NANTES DE BRITES

ERGONOMIA APLICADA AO AMBIENTE DE TRABALHO:

ESTUDO DE CASO DO 9º BATALHÃO DE SUPRIMENTO –

EXÉRCITO BRASILEIRO

Relatório técnico apresentado a Banca

Examinado da Universidade Federal do

Mato Grosso do Sul como exigência

parcial para a obtenção do grau de

Especialista em Gestão Pública sob

orientação do Prof. MSc Claudia Moreira

Borges.

Campo Grande – MS

Abril – 2012

Page 3: Ergonomia aplicada ao ambiente de trabalho: estudo de caso do 9º Batalhão de Suprimento - Exército Brasileiro

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 3

1.1. Problema .................................................................................................................... 4

1.2. Objetivos .................................................................................................................... 5

1.3. Procedimentos operacionais ........................................................................................ 5

2. DESENVOLVIMENTO ............................................................................................... 7

2.1. Características gerais do órgão em estudo ................................................................... 7

2.1.1. Histórico do órgão ...................................................................................................... 7

2.1.2. Missão do órgão ......................................................................................................... 8

2.1.3. Visão de futuro do órgão ............................................................................................ 8

2.1.4. Produtos e serviços do órgão ...................................................................................... 9

2.1.5. Mercado de atuação do órgão ..................................................................................... 9

2.1.6. Estrutura administrativa da empresa.......................................................................... 10

2.1.7. Dinâmica de funcionamento ..................................................................................... 11

2.2. Diagnóstico do órgão ................................................................................................ 12

2.3. Alternativas para a solução do problema ................................................................... 23

2.3.1. Análise do cenário da solução proposta ..................................................................... 25

2.3.2. Ações necessárias para implementar a solução proposta ........................................... 26

3. CONCLUSÃO ............................................................................................................ 33

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................. 34

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1. INTRODUÇÃO

O presente estudo tem como propósito a análise da qualidade de vida no trabalho em

uma organização pública federal, com especial atenção para os aspectos relativos à

ergonomia. No setor privado a temática qualidade de vida no trabalho encontra-se mais

desenvolvida (FERREIRA, M., 2009) que no setor público, em especial pela necessidade de

adaptação das relações de trabalho após o declínio do modelo de gestão/produção do Estado

de Bem Estar Social.

O início da década de 1970 marcou os estudos sobre qualidade de vida no ambiente de

trabalho, em especial nas grandes corporações (FERREIRA, M., 2009). Nesse processo

começam a surgir os Programas de Qualidade de Vida no Trabalho, caracterizado pelo

conjunto de medidas sistematizadas com o objetivo de promover a qualidade de vida dos

funcionários no ambiente de trabalho.

As mudanças ocorridas nas relações de mercado provocaram influências dentro do setor

público, colocando em pauta os assuntos relacionados à inovações nas relações de trabalho e

qualidade dos serviços e ambientes de trabalho. Ferreira R. et al (2009) constata que na

América Latina os cidadãos-usuários estão cada vez mais exigentes no que tange ao uso dos

serviços prestados pelos governos.

Walter (1973 apud FERREIRA, M., 2009) apresenta um modelo de qualidade de vida

no trabalho que contempla os seguintes aspectos: compensação justa e adequada; condições

de trabalho; uso e desenvolvimento das capacidades; chances de crescimento e segurança;

integração social na empresa; constitucionalismo; trabalho e espaço total de vida e relevância

social do trabalho.

A pesquisa do tema qualidade de vida no ambiente de trabalho é desenvolvida através

de diversos segmentos, conforme elenca Limongi-França (2002): saúde, ecologia, ergonomia,

psicologia, sociologia, economia, administração e engenharia.

Fruto das observações de Limongi-França (2002) e Walter (1973 apud FERREIRA, M.,

2009), verifica-se a compatibilidade entre os conceitos de qualidade de vida no ambiente de

trabalho e ergonomia, no que tange ao estudo das condições de trabalho em que as pessoas

estão inseridas.

Portanto, dentre as diversas vertentes de estudo da qualidade de vida no trabalho

apresentadas por Fleury (2002, p. 296), a que se constitui como base para análise desse

relatório é a ergonomia, que, segundo a autora, “estuda as condições de trabalho ligadas à

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pessoa. Fundamenta-se na medicina, na psicologia, na motricidade e na tecnologia industrial,

visando o conforto e ao desempenho nas diversas posições de trabalho”.

A possibilidade de melhorar o desempenho das organizações públicas através da

melhoria do ambiente de trabalho constitui-se um grande desafio aos gestores públicos. Nesse

sentido, o presente relatório se propõe a contribuir para o crescimento do arcabouço de

conhecimentos na área de qualidade de vida no ambiente de trabalho através de um estudo de

caso que demonstre o processo de análise e proposição de soluções para os problemas de

qualidade de vida nas organizações públicas.

O ambiente de estudo desse relatório é o 9° Batalhão de Suprimento, unidade de

logística do Exército Brasileiro, situado em Campo Grande-MS.

1.1. Problema

Em ambientes de trabalho caracterizados pela alta carga de trabalho burocráticos

imposta pelo formalismo do cargo público, a adequação e organização dos espaços de

trabalho influenciam significativamente a produtividade do servidor público.

A má administração dos fatores higiênicos referentes ao ambiente de trabalho resulta no

decréscimo indesejável no desempenho dos serviços, o que vai de encontro ao princípio da

eficiência a qual todo trabalhador do Estado está vinculado.

Consequência natural da exposição do trabalhador a uma ambiente de trabalho

inadequado do ponto de vista da ergonomia é o aparecimento de sintomas que afetam a saúde

do servidor, o que contribui para redução da produtividade do trabalho.

No sentido de verificar a necessidade de implantação de modificações no ambiente de

trabalho com o objetivo de adequar-se as normas de ergonomia1 foi formulado o seguinte

problema:

Em que medida de conformidade o ambiente de trabalho do 9º Batalhão de Suprimento

encontram-se em relação às normas de ergonomia?

1 NR-17: normal que especifica as condições mínimas de conforto físico e mental;

NBR-10152: nível de ruído para conforto acústico; NR-7: programa de controle médico de saúde ocupacional (PCMSO); NR-24: condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho; Resolução – RE nº 9, 16/jan/2003 – ANVISA: padrões referenciais de qualidade do ar interior em ambientes climatizados artificialmente de uso público e coletivo; NBR-5413: iluminâncias de interiores; dentre outras.

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1.2. Objetivos

Objetivo geral

o Analisar o ambiente do trabalho do 9º Batalhão de Suprimento sob a

perspectiva da ergonomia.

Objetivos específicos

o Identificar os fatores de ergonomia aplicáveis a um ambiente de trabalho

em organizações do setor público;

o Identificar o grau de aderência do 9º Batalhão de Suprimento a normas

de ergonomia;

o Identificar o percentual de problemas de saúde ocupacional relacionadas

ao ambiente de trabalho;

o Analisar as possíveis causas de problemas relacionados a ergonomia do

ambiente de trabalho;

o Propor possíveis oportunidades de melhoria voltadas a tornar o ambiente

de trabalho o mais ergonômico possível.

1.3. Procedimentos operacionais

O presente estudo foi realizado com o objetivo de uma pesquisa teórica e prática, aos

modos de uma pesquisa descritiva e como forma de objeto a pesquisa bibliográfica e pesquisa

de campo.

A parte bibliográfica e teórica alicerçou-se sobre os estudos “Soluções Ergonômicas

para Processos Industriais” de Attwood et al. (tradução nossa) e na “Enciclopédia de Saúde e

Segurança no Trabalho” da Organização Internacional do Trabalho (tradução nossa) no que

diz respeito a como e quais fatores afetam o ser humano na sua percepção, bem como no

“Guia de Segurança e Conforto” da empresa Hewlett-Packard Company, para a determinação

dos padrões ideais de um ambiente de trabalho.

A parte prática e de pesquisa de campo foi realizada através de questionário sobre a

percepção das consequências de um ambiente não ergonômico e da observação in loco de

uma seção de trabalho dentro do aquartelamento estudado.

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Para identificar os possíveis benefícios da implementação de um projeto de ergonomia

no 9° Batalhão de Suprimento somaram-se aos dados provenientes da pesquisa de campo, os

indicadores do estudo “Resultado da Intervenção Ergonômica em Usuários de Computador XI

INIC / VII EPG – UNIVAP 2007” de LOPES et al.

A amostra da pesquisa de campo foi de 45 pessoas, sendo 44 homens e 1 mulher,

variando entre 22 e 52 anos.

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2. DESENVOLVIMENTO

O presente estudo foi dividido em vários tópicos que buscam apresentar separadamente

os componentes que permitirão construir o conhecimento necessário a concluir sobre as

possíveis soluções para o problema levantado. Deste modo, compõe esse trabalho as seguintes

partes:

Características gerais do órgão em estudo;

Diagnóstico do órgão;

Alternativas para a solução do problema.

2.1. Características gerais do órgão em estudo

2.1.1. Histórico do órgão

Sediado na cidade de Campo Grande, o 9º Batalhão de Suprimento - "Batalhão Guia

Lopes" - foi criado em 1989, por intermédio da Portaria Ministerial nº 040 - Res, de 08 de

agosto de 1989, com a aglutinação, a partir de 1º de janeiro de 1990, de 7 (sete) Organizações

Militares, a saber:

Depósito Regional de Subsistência/9;

Depósito Regional de Combustíveis e Lubrificantes/9;

Depósito Regional de Material de Saúde/9;

Depósito Regional de Material de Intendência/9;

Depósito Regional de Armamento/9;

Depósito Regional de Material de Engenharia/9; e

Depósito de Armamento e Munição/9

A Organização atual teve a finalidade de racionalizar estruturas e aperfeiçoar o apoio

das diferentes classes de suprimento e, embora tenha iniciado suas atividades em 1º de janeiro

de 1990, adotou-se o dia 1º de março para celebração de sua criação, homenageando-se, dessa

forma, o Serviço de Subsistência da Circunscrição Militar do Estado de Mato Grosso, raiz

histórica do Depósito Regional de Subsistência da 9ª Região Militar, uma das Organizações

Militares das quais se originou o 9º Batalhão de Suprimento (9º B Sup).

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O 9º B Sup é responsável pela aquisição, recebimento, controle, armazenagem e

distribuição de suprimentos das seguintes classes:

Classe I (gêneros alimentícios);

Classe II (fardamentos);

Classe III (combustíveis e lubrificantes);

Classe V (armamento e munição);

Classe VIII (material de saúde); e

Classe IX (material de motomecanização).

Desta forma, o 9º Batalhão de Suprimento presta apoio logístico ao Comando Militar do

Oeste, grande comando que abrange os Estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e o

Município de Aragarças (Goiás), o que corresponde a uma área de aproximadamente

1.300.000 km² (cerca de 15% do território nacional). Além disso, presta apoio a 38 (trinta e

oito) Organizações Militares, totalizando 15.380 militares e 1.098 viaturas, sendo que para

atingir tais objetivos seus veículos de transporte de cargas deslocam-se pelas estradas da

Região Centro-Oeste, percorrendo, mensalmente, um total de aproximadamente 5.300 km por

veículo.

2.1.2. Missão do órgão

A declaração da missão do 9º Batalhão de Suprimento foi atualizada em 2009 conforme

segue:

“Nós, do 9º Batalhão de Suprimento, temos por missão: adquirir, receber e distribuir

suprimentos militares ao Comando Militar do Oeste, atuando de forma precisa e pontual”.

2.1.3. Visão de futuro do órgão

Quando da formulação do plano estratégico 2009-2013 o comandante da organização

militar estipulou a seguinte visão para o período em questão:

“Ser reconhecida no âmbito do Comando Militar do Oeste como a Organização Militar

de Logística de maior capacidade administrativa e operacional”.

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2.1.4. Produtos e serviços do órgão

O principal produto oferecido pelo 9º Batalhão de Suprimento é o apoio logístico em

suprimentos militares às Organizações Militares apoiadas, assegurando-lhes o cumprimento

de suas missões constitucionais.

Para a sociedade os principais produtos oferecidos são a segurança pública e a formação

do cidadão. A segurança pública é fornecida à sociedade através da missão constitucional de

garantia da lei e da ordem e da soberania nacional. A formação do cidadão se dá através das

atividades de instrução e dos diversos cursos que promovem os atributos das áreas afetivas,

cognitiva e física, além de oportunidades de inserção cívico-social para os jovens que

ingressam no serviço militar obrigatório no 9º Batalhão de Suprimento.

Os processos organizacionais necessários à produção dos serviços foram mapeados e

divididos em finalísticos e de apoio, sendo disponibilizados para todos os profissionais

através da rede interna e site interno do Batalhão.

As instalações do 9º Batalhão de Suprimento estão divididas em dois endereços, a sede,

situada na Av. General Nepomuceno Costa, 219, onde se concentram a administração e os

depósitos de alimentos, fardamentos, combustíveis e lubrificantes, saúde, armamento e

motomecanização, e a 2ª Companhia de Suprimento, situada na Rua Fernando de Noronha,

780, onde se encontram os paióis, local destinado a guarda de munições.

As principais tecnologias e equipamentos necessários para o desempenhos das

atividades compreendem:

Sistemas informatizados para controle dos materiais (SIMATEX);

Sistemas informatizados para comunicação e informação (SPED, Intranet);

Rede de microcomputadores;

Veículos tipo carretas graneleiras (2), baús secos (3), baús frigorificados (5),

veículos administrativos (8), operacionais (4) e empilhadeiras a gás (4);

2.1.5. Mercado de atuação do órgão

O 9º Batalhão de Suprimento atende um total de 38 (trinta e oito) organizações

militares, sendo 31 (trinta e uma) no Estado de Mato Grosso do Sul, 6 (seis) em Mato Grosso

e 1 (uma) em Goiás, conforme pode ser verificado através da figura 1.

O fornecimento do suprimento militar aos clientes é entregue diretamente pelo 9º

Batalhão de Suprimento através da realização de comboios de suprimentos.

PERFIL DA ORGA

NIZAÇÃO

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Figura 1 - Mapa de atuação

Fonte: Autores.

2.1.6. Estrutura administrativa da empresa

Os principais instituidores do 9º Batalhão de Suprimento são as organizações presentes

na hierarquia do governo federal, conforme pode ser verificado através da figura 2:

Figura 2 - Cadeia de comando

Fonte: Autores

O organograma funcional do 9º Batalhão de Suprimento é apresentado na figura 3 a

seguir:

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Figura 3 - Organograma funcional

Fonte: Autores.

2.1.7. Dinâmica de funcionamento

A dinâmica de funcionamento do 9º Batalhão de Suprimento se dá através de 4

macroprocessos organizacionais relacionados a missão da organização, quais sejam: obtenção

de suprimentos; recebimento e análise de artigos; armazenamento; e distribuição

Na obtenção de suprimento a organização conta com a seção de Aquisições, Licitações

e Contratos, a qual tem por responsabilidade realizar a aquisição de artigos de suprimento de

fardamento e afins (em casos específicos – ex.: preparação das forças do CMO para emprego

no Haiti), lubrificantes e correlatos, ração animal, veículos, dentre outros. Os demais artigos

de suprimento são obtidos por intermédio da cadeia de comando, seja pela aquisição ou pelo

remanejamento entre os batalhões e depósitos de suprimento do Exército Brasileiro.

Page 13: Ergonomia aplicada ao ambiente de trabalho: estudo de caso do 9º Batalhão de Suprimento - Exército Brasileiro

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O recebimento de artigos de suprimento da classe I (gêneros alimentícios) ocorre por

intermédio do Laboratório de Inspeção, Análise e Bromatologia (LIAB), seção encarregada de

realizar os testes laboratoriais de modo a verificar a conformidade da entrega com os padrões

solicitados em edital de licitação pública e normas sanitárias vigentes. Os artigos de classe II

(fardamento) são recebidos no 9º Batalhão de Suprimento após análise laboratorial do

Laboratório de Análise de Material de Intendência (LAMI), sediado em São Paulo, SP. Os

artigos da classe III (lubrificantes) são recebidos após análise junto a laboratórios civis

conveniados ao INMETRO. Os demais artigos são recebidos por intermédio de comissões

técnicas internas.

O armazenamento dos artigos ocorre nas instalações do 9º Batalhão de Suprimento,

sendo a 2ª Companhia de Suprimento destacada do endereço da sede e responsável pelo

armazenamento e controle dos artigos de munição. Os demais itens de suprimento ficam

estocados na sede da organização.

A distribuição dos artigos de suprimento é realizada por intermédio de ordem emanada

pela 9ª Região Militar, comando enquadrante da organização em estudo, através dos meios de

transporte orgânico do 9º Batalhão de Suprimento. Em determinadas situações as

organizações apoiadas realizam a retirada do artigo na própria instalação, dispensando o

transporte por parte do 9º B Sup.

2.2. Diagnóstico do órgão

A análise da qualidade de vida no ambiente de trabalho do 9° Batalhão de Suprimento,

com foco na ergonomia, teve por base os critérios elencados pela empresa Hewlett-Packard

Company em seu Guia de Segurança e Conforto. O quadro 1 apresenta a lista de verificação

de segurança e conforto utilizada na pesquisa. Os resultados obtidos foram coletados através

de observação direta do ambiente de trabalho.

QUESITO SIM NÃO

POSIÇÃO DO ASSENTO

Você encontrou opções de postura e de assento nas quais se sente mais

confortável? X

Você costuma mudar de posição dentro da sua “área pessoal de

conforto” ao longo do dia, especialmente à tarde? X

Os pés estão totalmente apoiados no chão? X

Os músculos posteriores das coxas, perto dos joelhos, estão relaxados? X

Os músculos das panturrilhas estão relaxados? X

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QUESITO SIM NÃO

POSIÇÃO DO ASSENTO

Existe espaço suficiente para os joelhos e as pernas embaixo da área de

trabalho? X

A parte inferior das costas está apoiada? X

OMBROS, BRAÇOS, PULSOS E MÃOS

Os ombros estão relaxados? X

As mãos, os pulsos e os antebraços estão em uma posição neutra e

confortável? X

Caso utilize suportes para os braços, esses suportes estão ajustados de

forma que os ombros permaneçam relaxados e os pulsos mantenham-se

em uma posição neutra e confortável?

X

Os cotovelos estão aproximadamente na mesma altura da base do

teclado? X

Você evita apoiar as mãos e os pulsos enquanto digita ou utiliza o

dispositivo apontador? X

Você evita apoiar as mãos e os pulsos em quinas ou outras superfícies

pontiagudas? X

Você evita segurar o telefone entre o ouvido e o ombro? X

Os itens utilizados com mais frequência, como o telefone ou materiais de

referência, estão em um local de fácil acesso? X

OLHOS

Você costuma descansar os olhos com frequência focalizando-os em um

ponto distante? X

Você consulta um oftalmologista regularmente? X

Você pisca os olhos com uma frequência suficiente? X

ESTILO DE DIGITAÇÃO

Você costuma se policiar no sentido de digitar de forma mais suave

quando percebe que está pressionando as teclas com muita força? X

Caso não conheça as técnicas de datilografia, está tentando aprendê-las? X

Você costuma alongar e massagear todos os dedos, inclusive os que não

utiliza para digitar e mover o dispositivo apontador, para relaxá-los

quando estão tensos?

X

Você movimenta todo o braço para alcançar as teclas que estão distantes

da base do teclado? X

TECLADO E DISPOSITIVO APONTADOR

O teclado está posicionado diretamente na sua frente? X

A altura e a inclinação do teclado estão ajustadas de forma que os

ombros permaneçam relaxados e os pulsos mantenham-se em uma

posição neutra e confortável?

X

Se costuma utilizar um mouse ou um TrackBall separado, ele está

colocado logo à direita ou à esquerda do teclado? X

Se costuma utilizar um dispositivo apontador, você está segurando esse

dispositivo suavemente com a mão relaxada? X

Você solta o dispositivo apontador quando não o está utilizando? X

Você costuma clicar suavemente nos botões do dispositivo apontador

(mouse, trackball, touchpad ou bastão apontador)? X

Você costuma limpar o mouse ou o trackball com frequência? X

Page 15: Ergonomia aplicada ao ambiente de trabalho: estudo de caso do 9º Batalhão de Suprimento - Exército Brasileiro

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QUESITO SIM NÃO

MONITOR

O monitor está posicionado na sua frente a uma distância de

visualização confortável de, aproximadamente, um braço? Ou, se você

costuma olhar mais para documentos impressos do que para o monitor,

o suporte para documentos está na sua frente com o monitor

posicionado em um dos lados?

X

Os brilhos e reflexos de luz do monitor foram eliminados sem

comprometer a sua postura? X

Toda a área de visualização do monitor está posicionada logo abaixo da

altura dos olhos? X

O monitor está inclinado paralelamente ao seu rosto? X

Você ajustou os controles de brilho e contraste para melhorar a

qualidade de textos e gráficos? X

O suporte para documentos está posicionado perto e na mesma

distância, altura e ângulo do monitor? X

NOTEBOOK

Você muda de postura com frequência, procurando deixar os ombros

relaxados ao mesmo tempo em que mantém o pescoço em uma postura

confortável?

X

Ao trabalhar durante longos períodos, você já experimentou levantar o

notebook com um suporte ou livro ou já tentou utilizar um teclado e um

dispositivo apontador externos?

X

PRECAUÇÕES GERAIS

Você faz intervalos e caminha um pouco, pelo menos uma vez por hora? X

Você pratica exercícios regularmente? X

Você avalia periodicamente os momentos de estresse pelos quais já

passou e tenta mudar tudo o que estiver no seu alcance? X

Se você apresenta qualquer sintoma que possa estar relacionado ao uso

do computador, seja durante o trabalho ou em outras ocasiões, já

consultou um médico e, se disponível, o departamento de saúde e

segurança da sua empresa?

X

FATORES AMBIENTAIS

O nível de ruído está abaixo de 65 dBA? X

A temperatura ambiente está entre 20 e 23°C? X

A temperatura ambiente está distribuída igualmente? X

A velocidade do vento está abaixo de 0,75m/s? X

A umidade do ar está entre 40 e 70%? X

A iluminação é adequada? X

Quadro 1 - Lista de verificação de segurança e conforto

Fonte: HP – Hewlett-Packard Company. Guia de Segurança e Conforto. São Paulo, 2002. 62

p (adaptado).

A partir da análise do quadro 1, pode-se verificar que a seção de compras do 9°

Batalhão de Suprimento cumpre 40,4% dos quesitos de ergonomia e segurança orientados, o

que mostra que o quadro apresentado naquele aquartelamento é passível de melhoria, fins de

tornar o trabalho seguro e confortável e, portanto, melhorando as condições de qualidade de

vida no ambiente de trabalho daquela organização.

As figuras de 4 a 11 mostram o ambiente de trabalho pesquisado e sob quais ângulos

foram analisados os quesitos elencados no quadro 1.

Page 16: Ergonomia aplicada ao ambiente de trabalho: estudo de caso do 9º Batalhão de Suprimento - Exército Brasileiro

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Figura 4 - Fotografia do ambiente estudado n° 1

Fonte: Autores.

Figura 5 - Fotografia do ambiente estudado n° 2

Fonte: Autores.

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Figura 6 - Fotografia do ambiente estudado n° 3

Fonte: Autores.

Figura 7 - Fotografia do ambiente estudado n° 4

Fonte: Autores.

Page 18: Ergonomia aplicada ao ambiente de trabalho: estudo de caso do 9º Batalhão de Suprimento - Exército Brasileiro

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Figura 8 - Fotografia do ambiente estudado n° 5

Fonte: Autores.

Figura 9 - Fotografia do ambiente estudado n° 6

Fonte: Autores.

Page 19: Ergonomia aplicada ao ambiente de trabalho: estudo de caso do 9º Batalhão de Suprimento - Exército Brasileiro

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Figura 10 - Fotografia do ambiente estudado n° 7

Fonte: Autores.

Figura 11 - Fotografia do ambiente estudado n° 8

Fonte: Autores.

Page 20: Ergonomia aplicada ao ambiente de trabalho: estudo de caso do 9º Batalhão de Suprimento - Exército Brasileiro

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Analisando as figuras de 4 a 11 podem-se apontar os seguintes acertos e erros:

Certo:

A. Luminosidade: a entrada de iluminação que poderia refletir no monitor foi

quebrada através de persiana que permite a entrada mínima de luz;

B. Postura: colaborador trabalha com a coluna ereta;

C. Pausa: apesar de não sistematizado, a seção dispões de espaço para que os

colaboradores façam pausas durante o trabalho para tomar água ou café;

D. Área útil: o telefone, o qual é de uso frequente, foi colocado em local onde

dois colaboradores podem acessá-lo, sem que para tal precisem esticar-se para

fora de sua área útil;

E. Organização: as mesas de apoio ao lado do computador permitem que o

colaborador organize os materiais que mais usa em um espaço de fácil acesso;

F. Teclado/mouse: o teclado e mouse estão posicionados um ao lado do outro,

permitindo ao colaborador acessá-los sem que para tal precise mover

amplamente o braço;

G. Pés: os pés estão completamente apoiados no chão, distribuindo igualmente a

pressão do corpo sobre os pés;

H. Adaptabilidade: a cadeira disponível permite a regulagem de altura,

adequando-se a qualquer colaborador que a use.

Errado:

I. Computador: os gabinetes dos computadores, que são utilizados com pouca

frequência, estão posicionados na mesa, impedindo a utilização adequada do

mouse, bem como ocupando espaço útil que poderia ser destinado a material

amplamente usado;

J. Monitor: os monitores estão posicionados muito abaixo da altura

recomendada, fazendo que os colaboradores tenham que olhar para baixo para

utilizar o equipamento, e, por consequência, forçando a região cervical. A

colocação do monitor sobre um suporte permite, ainda, a liberação do espaço

abaixo do monitor para colocação de materiais que são utilizados com

frequência;

K. Pulsos: os pulsos estão apoiados nas quinas da mesa, saindo da postura correta

(cotovelo-pulso-teclado). Os pulsos devem ser apoiados na mesa ou em apoio

destinado para tal, somente quando em momentos de descanso;

Page 21: Ergonomia aplicada ao ambiente de trabalho: estudo de caso do 9º Batalhão de Suprimento - Exército Brasileiro

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L. Olhar baixo: a inadequação da posição dos monitores obriga o colaborador

olhar para baixo, forçando a região cervical;

M. Velocidade do ar: como o ambiente não possui distribuição homogênea da

temperatura, os colaboradores ligam o ventilador posicionado ao fundo da

seção, aumentado os níveis de ruído e velocidade do ar;

N. Apoio da coluna: as cadeiras disponíveis não permitem o apoio completo da

coluna sobre o mobiliário, impedindo a distribuição do peso do corpo de forma

mais espalhada e confortável;

O. Leitura: a leitura de qualquer documento ou realização de outra atividade deve

ser realizada com a coluna alinhada, a exemplo da execução de trabalhos ao

computador;

P. Apoio para os braços: as cadeiras disponíveis não possuem apoio para os

braços, não permitindo o descanso dos braços ao digitar e provocando o

desalinhamento da postura de digitação (cotovelo-pulso-teclado);

Q. Pés fora do chão: ao se analisar a fotografia 26, observa-se que os rodízios da

cadeira estão sujos em razão da colocação dos pés sobre os mesmos. Ao mudar

a posição dos pés o colaborador tira seu apoio do chão, forçando a região

posterior da coxa próxima ao joelho;

R. Mouse: o mouse está posicionado fora da área útil do colaborador, forçando o

mesmo, ao utilizá-lo, flexionar sua coluna para frente, perdendo assim o apoio

das costas e consequente falta de distribuição do peso e desalinhamento dos

pulsos e coluna para a direita;

S. Temperatura: a temperatura ambiente não é distribuída homogeneamente

pelo ambiente, em razão de existir somente um condicionador de ar

posicionado no canto da sala. Como visto anteriormente, esta falta de

distribuição ocasiona o acionamento do ventilador e consequente aumento da

velocidade do ar e do ruído;

T. Notebook: a utilização direta de notebook impossibilita a adequação do

homem à máquina. Usuários de computadores portáteis devem utilizar suporte

para elevar a posição do monitor, bem como mouse e teclado externos;

U. Apoio para os braços fixos: os apoios para os braços da cadeira da fotografia

28 são fixos, impedindo a adaptação do mobiliário ao usuário. Como

consequência dessa inadequação, o usuário fica com a posição de digitação

Page 22: Ergonomia aplicada ao ambiente de trabalho: estudo de caso do 9º Batalhão de Suprimento - Exército Brasileiro

21

prejudicada, pois fica sem apoio para os cotovelos e acontece o

desalinhamento na posição de digitação;

V. Pés inclinados: apesar dos pés estarem apoiados por completo no chão, ao

inclinar a perna os pés acabam tendo que se dobrar para ficarem complemente

apoiados ao chão. O uso de apoio para os pés se faz necessário para correção

da posição ao sentar, pois as pernas do colaborador estão em posição

adequada, sendo equivocada somente a posição dos pés.

Após a análise das figuras de 4 a 11, deve-se projetar medidas de modo que as estações

de trabalhos fiquem, após a intervenção, minimamente conforme exemplifica a figura 12.

Figura 12 - Condições mínimas de ergonomia

Fonte: SDT1. Conselhos ergonômicos. Disponível em: <http://studium.ppg.br/blog/index.

php?s=posicion%C3%A1>. Acesso em: 12 fev. 2012.

Em Lopes et al. (2007) o percentual de melhora em dois anos de intervenção foi de 26%

pontos percentuais, passando de 81% de colaboradores com reclamações de dores em 2004

para 55% em 2006. A tabela 1 apresenta o resultado da pesquisa realizada no 9° Batalhão de

Suprimento.

Tabela 1 - Localização de dor ou desconforto relatada pelos funcionários

CLASSIFICAÇÃO APONTAMENTOS

Homens 44

Mulheres 1

Cervical 16

Dorsal 8

Joelhos 2

Lombar 18

Mãos 9

Olhos 17

Page 23: Ergonomia aplicada ao ambiente de trabalho: estudo de caso do 9º Batalhão de Suprimento - Exército Brasileiro

22

CLASSIFICAÇÃO APONTAMENTOS

Ombros 12

Pernas 3

Pulsos 10

Sem queixa nenhuma 10

Fonte: Autores.

A tabela 2 apresenta a análise dos dados da tabela 1, de modo a verificar possíveis

causas relacionadas à ergonomia do ambiente de trabalho que possam gerar as dores e

desconfortos apontados.

Tabela 2 - Dores X possíveis causas

INCIDÊNCIA CLASSIFICAÇÃO QTD POSSÍVEL CAUSA

1° Lombar 18 Cadeira sem apoio para a

região lombar;

Postura ao sentar mais

deitada, procurando adequar-se

a posição do monitor e,

consequente, desapoio da região

lombar.

2° Olhos 17 Utilização de computador

por mais 5 horas sem a

realização dos devidos

intervalos;

Resolução da tela do

computador muito alta,

diminuindo o tamanho dos

objetos projetados;

Leitura excessiva de

documentos sem a utilização de

óculos específicos ou de

descanso.

3° Cervical 16 Monitor posicionado abaixo

da altura recomendada,

obrigando o colaborador a

baixar a vista, forçando a

cervical.

4° Ombros 12 Falta de apoio para os

braços, obrigando o colaborador

a manter os braços levantados

por longo período, uma vez que

não se fazem intervalos.

5° Pulsos 10 Apoio dos pulsos nas mesas

ao digitar e/ou movimentar o

mouse;

Dobrar os pulsos ao digitar

e/ou movimentar o mouse.

Page 24: Ergonomia aplicada ao ambiente de trabalho: estudo de caso do 9º Batalhão de Suprimento - Exército Brasileiro

23

INCIDÊNCIA CLASSIFICAÇÃO QTD POSSÍVEL CAUSA

6° Sem queixa nenhuma 10 Grande parte da população

pesquisada tem idade entre 22 e

29 anos e pratica atividade

física regularmente, o que

contribui para a resistência

muscular e, consequente,

aumento da capacidade de

resistir às condições do

ambiente de trabalho.

7° Mãos 9 Apoio dos pulsos para

digitar, o que obriga o

colaborador a flexionar os

dedos para trás para conseguir

digitar, forçando, portanto,

aquela região. O correto é

digitar flexionando os dedos

para frente.

8° Dorsal 8 Falta de apoio completo para

a região das costas, não

permitindo que o peso do corpo

se espelhe de modo homogêneo.

9° Pernas 3 Cadeira desregulada ou sem

recurso de ajuste de posição;

Entrelaçamento dos pés

junto aos pés-da-cadeira,

forçando a região posterior da

coxa próxima aos joelhos.

10° Joelhos 2 Espaço disponível para as

pernas muito pequeno, fazendo

que os joelhos do colaborador

fiquem em contato com a

parede ou a mesa.

Fonte: Autores.

2.3. Alternativas para a solução do problema

Como se pode verificar através da comparação da realidade apresentada e da teoria

sobre o ambiente ideal de trabalho, a situação de ergonomia no 9° Batalhão de Suprimento

possui ponto passíveis de melhoria, fins de proporcionar melhoria nas condições de trabalho e

redução dos índices de reclamações identificados pela tabela 8. Caso seja mantida a proporção

observada em Lopes et al. (2007) o índice de reclamações, que hoje figura na casa de 77,78%,

pode ser reduzido para 52,81%, o que representa 24,97% pontos percentuais de melhoria.

Page 25: Ergonomia aplicada ao ambiente de trabalho: estudo de caso do 9º Batalhão de Suprimento - Exército Brasileiro

24

Apesar da existência de alguns mobiliários ajustáveis, de um modo geral o

conhecimento de como utilizá-los não é difundido, reduzindo a performance possível de ser

alcançada com o material existente.

A análise da seção de compras do 9° Batalhão de Suprimento revelou a existência de

diversos pontos a melhorar, onde se pode citar:

Ambiente:

o Temperatura homogênea: distribuir a temperatura no ambiente através

da instalação de um novo condicionador de ar no lado oposto da seção.

o Velocidade do ar: como o ambiente não tem a temperatura igualmente

distribuída, os colaboradores ligam o ventilador para amenizar a

temperatura, o que acaba aumentado a velocidade do ar dentro do

ambiente de trabalho acima do valor recomendado.

Rotina de trabalho:

o Pausas: instituir pausas durante o trabalho para que se façam os

exercícios recomendados e que os colaboradores conversem, diminuindo

assim o estresse do trabalho. Para lembrar os integrantes da seção do

momento para realizar a pausa, deve-se instalar um software que dê

alerta quando transcorrido o tempo designado.

Capacitação:

o Orientação: orientar os colaboradores dos benefícios a saúde e os

resultados do trabalho em ambientes ergonômicos, contribuindo para que

os próprios funcionários se policiem e busquem sempre estar em

posições adequadas de trabalho.

o Organização: organizar as estações de trabalho para que cumpram os

requisitos mínimos de ergonomia, proporcionando condições adequadas

de conforto e segurança, resultando em melhor performance e saúde dos

colaboradores.

Mobiliário:

o Cadeiras, mesas e apoios: criar políticas de compras de mobiliários

ergonômicos. Dentre os itens a serem contemplados no estudo destacam-

se cadeiras e mesas ajustáveis, apoios para os pés e pulsos (mouse e

teclado), suporte de monitores e documentos, monitores com caixa de

Page 26: Ergonomia aplicada ao ambiente de trabalho: estudo de caso do 9º Batalhão de Suprimento - Exército Brasileiro

25

som integrada (liberar espaço nas mesas), suporte para notebooks, dentre

outros.

Grande parte das intervenções são possíveis de serem realizadas apenas com o

treinamento e orientação dos colaboradores, sendo poucas as medidas que demandam

investimento de recursos financeiros. A alocação de recursos para ergonomia não se configura

como custo, mas sim como investimento. A revista Exame (1995) apresenta que a cada dólar

investido em ergonomia, obtém-se o retorno de 4 dólares em produção. A instituição

analisada tem como ponto forte, que colabora para a redução dos custos de implantação de um

projeto dessa matéria, a existência de uma seção de marcenaria, a qual seria capaz de

confeccionar os apoios para monitor, pés e notebooks (conforme figura 13), o que reduz

drasticamente o número de itens e valor a ser investido.

Apoio para os pé Suporte de monitor Suporte para notebook

Figura 13 - Acessórios para ergonomia

Fonte: GOOGLE. Imagens. Disponível em: <www.google.com.br>. Acesso em: 12 fev. 2012.

2.3.1. Análise do cenário da solução proposta

A análise do cenário da solução proposta para o problema em questão levou em

consideração aspectos da qualidade de vida no ambiente de trabalho relacionados às teorias de

ergonomia, satisfação com o ambiente de trabalho e motivação.

No campo da ergonomia, foram observados os aspectos teóricos relacionados com os

fatores pessoais, assim entendido aqueles relacionados a como o ser humano recebe e

processa informações do ambiente de trabalho, especialmente na questão da visão, audição,

atenção, percepção, memória, decisão, força e resistência muscular, antropometria

(ATTWOOD et al, 2004).

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26

Ainda nas teorias administrativas relacionadas à ergonomia, fatores ambientais

complementaram os fatores pessoais através do estudo dos aspectos relacionados à iluminação

do ambiente de trabalho, à temperatura e ao ruído (ATTWOOD et al, 2004).

Os fatores pessoais e ambientais nos permitem inferir como seria o ambiente de trabalho

ideal. No Brasil, existem normas que regulam os requisitos de um ambiente de trabalho

saudável, onde a mais conhecida e empregada é a NR-17. Além da norma referida, existem

outras regulamentações para partes específicas do conhecimento, como, por exemplo, NBR-

10152 (ruídos), NR-7 (controle médico de saúde ocupacional), NR-24 (água potável),

resolução RE n° 9, de 16/jan/2003 da ANVISA (qualidade do ar), NBR-5413 (norma de

iluminação), dentre outros.

Fatores relacionados ao comportamento organizacional, como, por exemplo, a

satisfação no ambiente de trabalho e as teorias motivacionais foram levados em consideração

para a elaboração da proposta de solução.

A qualidade de vida no ambiente de trabalho está relacionada a satisfação em relação ao

mesmo, porém esse mister só é alcançado através de investimentos voltados a produtividade,

uma vez que a satisfação está diretamente relacionada à produtividade (ROBBINS, 2005).

Condições de trabalho desfavoráveis corroboram para a má qualidade de vida nas

organizações, e ainda são responsáveis pela ocorrência de problemas com saídas de

funcionários, atitudes negativas, falta de lealdade e, por fim, negligência (ROBBINS, 2005).

Os fatores relacionados à motivação, de forma análoga à satisfação, contribuem para a

construção da qualidade de vida no ambiente de trabalho. Desta forma, teorias como a de dois

fatores de Frederick Herzberg auxiliam na construção da qualidade de vida no ambiente de

trabalho das organizações públicas, uma vez que a atuação dos gestores nos fatores

higiênicos, ou seja, aqueles relacionados ao ambiente, podem gerar satisfação nos

colaboradores e contribuir para a melhoria da qualidade de vida no ambiente de trabalho.

2.3.2. Ações necessárias para implementar a solução proposta

O 9º Batalhão de Suprimento adotou desde 2009 a metodologia de projetos do Project

Management Institute (PMI) para todas as propostas de soluções a problemas diagnosticadas

na organização. Deste modo, as ações necessárias foram esquematizadas na forma de projeto

conforme preconiza o escritório de excelência gerencial daquela organização.

Page 28: Ergonomia aplicada ao ambiente de trabalho: estudo de caso do 9º Batalhão de Suprimento - Exército Brasileiro

27

2.3.2.1. Integração

I – Resumo do projeto

O presente projeto tem por finalidade apresentar as oportunidades de melhoria voltadas

à adequação do ambiente de trabalho do 9º Batalhão de Suprimento as normas de ergonomia

estipuladas pelo Ministério do Trabalho e Emprego e demais instituições de notória qualidade

de trabalho relacionada ao ambiente de trabalho.

II - Justificativa

O número de pessoas que apontaram sentir algum tipo de dor relacionada as condições

de trabalho é muito elevado, o que aponta para a necessidade de serem promovidas

modificações na dinâmica e ambiente de trabalho dos funcionários de modo a se promover

uma melhoria na qualidade das condições ambientais. Busca-se, ainda, a melhoria no

desempenho dos funcionários, reduzindo-se assim o tempo de execução dos processos. O

projeto busca interferir no desempenho dos indicadores apresentados na tabela 3 a seguir:

Tabela 3 - Indicadores do projeto ergonomia

Item Indicador de desempenho Antes Depois

1 Percentual de adequação do ambiente de trabalho 40,40% 95,00%

2 Percentual de reclamações de dores associadas ao

ambiente de trabalho 77,77% 95,00%

Fonte: Autores.

III – Gerente do Projeto

GERENTE: S1 (Chefe da Seção de Recursos Humanos)

O Escritório de Excelência Gerencial auxiliará o gerente de projetos na promoção de

ações que permitam a execução das atividades com os meios necessários planejados, atuando

de elo entre o gerente de projetos e sua equipe e o Comando do 9º Batalhão de Suprimento.

Quaisquer problemas que venham a, de algum modo, interferir no cumprimento do

cronograma aprovado devem ser levados a conhecimento do EEG para as medidas de

correção necessárias.

2.3.2.2. Escopo

I – EAP

Page 29: Ergonomia aplicada ao ambiente de trabalho: estudo de caso do 9º Batalhão de Suprimento - Exército Brasileiro

28

Figura 14 - Estrutura Analítica do Projeto Ergonomia

Fonte: Autores

II – Produto

Ao final do projeto o produto que se espera entregar é um ambiente de trabalho mais

próximo do adequado, conforme apresentado na figura 12.

2.3.2.3. Tempo

I – Cronograma

Tabela 4 - Cronograma projeto ergonomia

Item Atividades / Recursos Prazo Início Término Inicia após

1 Projeto Ergonomia 85 dias D0 D115

2 Condições Pessoais 11 dias D0 D14

3 Conscientização 1 dia D0 D0

4 Implantação de pausas 10 dias D1 D14 3

5 Condições do Ambiente 85 dias D0 D115

6 Licitação 30 dias D0 D40

7 Entrega 30 dias D43 D81 6

8 Climatização 10 dias D84 D95 7

9 Organização 5 dias D98 D102 8

10 Cadeiras e mesas 5 dias D105 D108 9

11 Acessórios de ergonomia 5 dias D111 D115 10

Fonte: Autores

II – Gantt

Page 30: Ergonomia aplicada ao ambiente de trabalho: estudo de caso do 9º Batalhão de Suprimento - Exército Brasileiro

29

Figura 15 - Gráfico de Gantt do projeto ergonomia

Fonte: Autores

2.3.2.4. Custos

I – Recursos Necessários

Tabela 5 - Custo de implantação projeto ergonomia

Item Natureza da despesa Custo Total

1 ND 33.90.30 – Material de consumo R$ 2.582,30

2 ND 33.90.39 – Serviços de pessoa jurídica R$ 0,00

3 ND 44.90.52 – Material permanente R$ 58.699,70

Fonte: Autores

2.3.2.5. Qualidade

I – Padrões de Qualidade

Em relação às condições pessoais, as pessoas que passarem pela palestra de

conscientização devem ser capazes de reconhecer em um ambiente de trabalho os erros mais

comum. Para verificar o conhecimento deve ser aplicado ao final da palestra um teste com

uma ilustração de um ambiente de trabalho, onde os funcionários devem relacionar os erros

apresentados às suas respectivas colunas presentes no teste.

No que concerne aos produtos adquiridos para modificar o ambiente de trabalho deve-se

ter especial atenção as características técnicas previstas no edital de licitação, em especial

aquelas relacionadas ao desempenho do item.

Antes e depois de promover as alterações no ambiente de trabalho deve-se aplicar o

questionário previsto no quadro 1 apresentado de modo a permitir inferir sobre a percepção de

melhoria após a realização do trabalho.

Após as seções receberem a intervenção, deve-se aplicar o questionário de perguntas

sobre dores relacionadas ao ambiente de trabalho, de modo a se concluir sobre o grau de

melhoria provocado na condição de saúde dos funcionários.

Page 31: Ergonomia aplicada ao ambiente de trabalho: estudo de caso do 9º Batalhão de Suprimento - Exército Brasileiro

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2.3.2.6. Recursos Humanos

I – Lista de recursos humanos

Tabela 6 - Lista de recursos humanos do projeto ergonomia

RH Nome Seção E-mail Ramal

1 Comandante CMT [email protected] 4928

2 S1 S1 - 4251

3 Ch EEG EEG [email protected] 4291

4 Adj EEG EEG [email protected] 4291

Fonte: Autores.

2.3.2.7. Comunicações

I – Reuniões

Tabela 7 - Reuniões prevista para o projeto ergonomia

Item Evento Data Hora Local Quem?

1 Abertura dos trabalhos D 0 09:30 S1 S1, Ch EEG, Adj

EEG 2 Lições aprendidas D 116 09:30 S1

Fonte: Autores

2.3.2.8. Riscos

I – Identificação e respostas

Tabela 8 - Riscos identificados para o projeto ergonomia

Item Entrega Riscos Prob Impac Respostas

1 Condições pessoais Nenhum risco identificado 0 0 -

2 Condições do ambiente Nenhum risco identificado 0 0 -

Fonte: Autores.

2.3.2.9. Aquisições

I – Necessidades de compra

Tabela 9 - Relação de materiais para o projeto ergonomia

Item Descrição detalhada Qtd Preço

Unt

Preço

Total

1

APOIO ERGONÔMICO PÉS. ESPECIFICAÇÕES

TÉCNICAS: Apoio ergonômico para os pés, tipo regulável,

material alumínio (estrutura) e plástico (base para os pés), cor

preta, dimensões 42,5 x 28 cm. Garantia 12 meses

70 28,90 2.023,00

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Item Descrição detalhada Qtd Preço

Unt

Preço

Total

2

APOIO PUNHO PARA TECLADO. ESPECIFICAÇÕES

TÉCNICAS: Apoio de punhos ergonômico para teclado de

computador, aplicação prevenção de L.E.R., tamanho

440x70mm

70 18,99 1.329,30

3

CONDICIONADO AR SPLIT QUENTE/FRIO 18.000

BTUS. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS: Condicionado de

ar, tipo Split. Tipo de operação: Quente e Frio; Capacidade

térmica (BTUs): 18.000; Compressor: Rotativo; Classificação

de consumo (Selo Procel): A; Dimensões da unidade externa

(LAP) mm: 830x637x285; Peso da unidade externa (kg): 49;

Cor: Branco; Consumo (kWh): 34,5; Tensão/Voltagem:

220V; Garantia: 36 meses; Filtro HEPA (retém 99% das

bactérias); Painel Digital; Função memória: memoriza a

configuração preferida de modo de funcionamento,

temperatura e velocidade; Função timer: programa o tempo

para ligar ou desligar o aparelho; Função turbo: proporciona

um resfriamento rápido do ambiente; Função oscilar: usada

para controlar a movimentação da saída de ar ou para fixá-la

em uma posição preferencial; 3 Velocidades; Temperatura:

18 C ~ 32 C; Controle remoto; Silencioso; Aviso limpa filtro;

1 saída de ar na parte inferior.

15 1.380,00 20.700,00

4

MESA L 160X160X75. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS:

Mesa com tampo em MDP 25mm de espessura, revestimento

melamínico, acabamento frontal e interno com ergosoft

laterais com fita de borda, cantos retos, travessa aço, pé

carambola e estrutura em aço duas colunas com madeira

lateral, pés com espaço para passar fio. Dimensões: 75 x 160

x 160 cm (A x L x C), profundidade 60cm Garantia 12 meses

37 630,00 23.310,00

5

MOUSE PAD ÓPTICO ERGONÔMICO.

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS: Mouse pad desenvolvido

em tecido de lycra, apoio dos pulsos em gel, base borracha

anti-derrapante, dimensões 260x225cm, espessura 4,5mm,

cor preta

70 17,90 1.253,00

6

POLTRONA PRESIDENTE LISA. ESPECIFICAÇÕES

TÉCNICAS: Poltrona presidente, espuma injetada anatômica

de 65mm e densidade mínima de 45kg/m3, base giratória

metálica com capa, regulagem de altura do assento por pistão

a gás, com relax, braço corsa poliuretano e fixação do assento

e encosto por lâmina de aço, revestimento em tecido 100%

polipropileno J. Serrano cor preta. Capacidade 120kg por

lugar. Garantia 12 meses

55 190,00 10.450,00

7

SUPORTE MONITOR. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS:

Suporte para monitor, encaixe modulável, cor preta,

dimensões 35x24x6cm.

70 19,90 1.393,00

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Item Descrição detalhada Qtd Preço

Unt

Preço

Total

8

SUPORTE NOTEBOOK. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS:

Suporte para notebook de até 17´´, 8 níveis de regulagem de

posições, 2 coolers e 4 entradas USB auxiliares

10 82,37 823,70

Fonte: Autores

Page 34: Ergonomia aplicada ao ambiente de trabalho: estudo de caso do 9º Batalhão de Suprimento - Exército Brasileiro

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3. CONCLUSÃO

A implantação de ambientes ergonomicamente corretos é preocupação antiga nas

empresas privadas, porém, mais recentemente, tem ganhado espaço dentro os órgãos públicos.

O Ministério do Trabalho e Emprego edita as normas e fiscaliza se as empresas estão

cumprindo os requisitos de ergonomia previstos na NR-17, na CLT e demais normas. O 9°

Batalhão de Suprimento, apesar de estar vinculado a outras regras empregatícias, que não as

previstas na CLT, possui condições de aplicar os conceitos de ergonomia para melhorar a

saúde e a performance dos colaboradores, contribuindo, assim, para o cumprimento do

princípio constitucional da eficiência.

A quantidade de estudos e obras disponíveis para a elaboração de um Projeto de

Ergonomia são suficientes e elucidadoras, permitindo a qualquer instituição fazê-lo sem

problemas. Existem, ainda, diversos acessórios para adaptação das estações de trabalho, bem

como softwares de apoio que permitem a completa adequação do ambiente de trabalho.

As técnicas de ergonomia já foram satisfatoriamente experimentadas por diversas

empresas e órgãos públicos, onde se mostraram um investimento viável e de mútuo retorno, a

exemplo do que foi demonstrado por Lopes et al. (2007).

Page 35: Ergonomia aplicada ao ambiente de trabalho: estudo de caso do 9º Batalhão de Suprimento - Exército Brasileiro

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