episodio 2 uma questão de identidade

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Page 1: Episodio 2  uma questão de identidade
Page 2: Episodio 2  uma questão de identidade

ANTERIORMENTENo início, Seth nunca entendera muito bem o porquê da existência do Dia da Criação. Um dia explicaram–lhe que

a população mundial aumentou e os recursos ficaram escassos, então houve necessidade do mundo controlar a sua população. Como tal, algumas pessoas foram escolhidas e agrupadas em pequenas vilas, divididas por sexo: homens por um lado e mulheres para o outro. Ambos os géneros não se podem misturar, à exceção de um dia especial. Esse acontecimento surge uma vez por ano e tem como objetivo selecionar duas pessoas especiais a reproduzirem–se, para a espécie humana não terminar de vez. Com o controlo da natalidade, há um controlo dos recursos existentes no planeta.[…]

– Meus caros… Parece que iremos nomear um novo homem para cumprir o seu dever. Theo Beans recusou-se e nós nunca queremos obrigar ninguém a nada. – riu-se.– O próximo, e esperemos que o último, eleito é… – continuou o General.

Seth olhou para Jack para tentar saber o que se estava a passar. O colega encolheu os ombros, com incerteza. […]

A rapariga assustou-se e fugiu para o canto do ecrã.– Estamos à sua espera! – afirmou o médico.Eu não posso. Ela é igual a mim. Ela tem os mesmo olhos verdes que eu. O mesmo formato do rosto. A mesma

cor de cabelos. Ela sou eu. Ela… Ela é minha irmã gémea.– Eu não vou fazer nada! – gritou para uma das câmaras. Ao mesmo tempo que disse estas palavras,

arrependera-se de imediato. […] Não! Eu tenho mesmo! Se não o fizer, ele morre. Despiu-a totalmente e baixou as suas calças. Ela é só uma estranha que tem o meu sangue. Ela não é minha irmã. Eu não a escolhi como família. Ficou duro, cuspiu para o pénis e tomou-a.

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Ofegante, Seth afastou-se da estonteante rapariga que permanecia desmaiada, totalmente nua, naquela sala fria e implacável. Sentia-se bastante fraco e cansado, embora esse cansaço não decorresse do que acabara de acontecer, que tinha sido tudo menos prazeroso. De cada vez que olhava para a rapariga sentia-se tonto e enojado perante a possibilidade de ela ser mesmo a sua irmã gémea.

- Que bela foda!- gritou subitamente o médico, coçando a sua careca luzidia com um sorriso amarelo que exibia os seus dentes mal cuidados.- A moça é que poderia ter sido um bocadinho mais animada, mas vocês não se portaram nada mal. Nada mal mesmo.

E logo de seguida, virou-se para três homens fardados que pertenciam ao grupo dos polícias e disse-lhes que podiam levar Seth. O rapaz ficou a olhar para eles, desorientado, à medida que eles avançavam para ele, e soltou um grunhido que foi rapidamente abafado pela seringa que lhe espetaram no braço e que apenas lhe permitiu ouvir o mantra que repetiam de forma obcecada: “Criação é controlo. Regulação é prosperidade infinita.”

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* Já haviam passado três dias desde o Dia da Criação e Seth Beans continuava a

tentar compreender tudo o que se havia passado. Parte do que acontecera era apenas um borrão, mas lembrava-se perfeitamente da forma suspeita como fora escolhido para procriar após Theo ter recusado fazer aquilo que ele fora forçado a fazer..

Subitamente, engoliu em seco. Saltou do seu beliche num instante e pegou no copo de água que se encontrava na mesa central. A mera lembrança de Theo sobressaltava-o. Na verdade, Seth não dormia desde que os Polícias haviam ido ao seu quarto para recolher todos os pertences do seu melhor amigo, havia já três dias. Na altura, perguntara o que havia acontecido, exigira respostas, mas o silêncio dos homens respondera por eles. Theo estava morto. Theo já não estava ali com ele, não porque tivesse saído da vila mas sim porque já não se encontrava em lado algum. Ou será que se encontrava? Nunca pensara muito na morte, a não ser quando se recordava do seu pai que nunca conhecera e que, segundo se sabia, estava também morto. Mas ser apanhado de surpresa com a morte de uma pessoa que nos pertence e de repente nos é roubada por alguém que não podemos combater, deixara Seth num estado depressivo, do qual vários dos seus colegas de trabalho o haviam tentado recuperar. E o pior era que não restara nada de Theo no acampamento, nem fotografias, nem as suas roupas, nem mesmo os lençóis e cobertores em que se costumava deitar no beliche de baixo e que estavam sempre amarrotados. Era como se ele nunca tivesse existido.

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Mas ele não era o único de luto na vila 21. Um dos membros do Conselho Regional havia morrido. Chamavam-lhe o Ancião e não era difícil depreender o porquê da alcunha.

Anthony, esse tal membro do conselho, era o mais velho dos que integravam o órgão que regulava a vila, o que não era propriamente um elogio, já que ninguém no Conselho 21 era mais novo que setenta anos de idade. O que surpreendeu a comunidade perante a morte de um destes conselheiros tem que ver com o facto de que já há muito tempo

não morria ninguém que o integrava O Conselho Regional 21 era um órgão de sub-governação, tendo surgido após o

Império se ter expandido de tal forma que foi necessário distribuir o Conselho Superior por vários Conselhos Regionais. E são os membros destes 50 Conselhos Regionais espalhados pelo Império que governam cada uma das vilas.

Na verdade, ninguém sabia o apelido do falecido, uma vez que quando se era nomeado Conselheiro perdia-se qualquer vestígio do apelido que anteriormente o integrava numa das várias fações que permitiam que a vila funcionasse com tranquilidade. Dada a sua antiguidade, ninguém se recordava do nome completo de Anthony.

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Após se vestir, lavar os dentes e pentear o cabelo revolto que lhe era característico e que habitualmente lhe tomava metade do tempo que tinha para se arranjar, dirigiu-se para a porta do quarto. Enquanto o fazia, observou as câmaras rodarem de forma a poderem acompanhar todos os seus movimentos. Desde o incidente no Dia da Criação que haviam sido instaladas mais três câmaras, de forma a que a Polícia pudesse espiar todos os cantos do quarto, já que apenas uma câmara parecia não dar conta do recado.

Atravessou a porta e qual não foi o seu espanto ao ver Richard deslizar de forma ágil para a sua frente. Richard era da sua idade, um rapaz de aspeto excêntrico e com um corpo musculoso. Os óculos de aspeto intelectual que lhe assentavam sobre o nariz formavam uma estranha combinação com os seus músculos portentosos. Era bastante conhecido pelo seu feitio difícil, recorrendo bastante à ironia e ao sarcasmo. Há muito tempo que eram amigos, embora essa amizade se tivesse intensificado quando ele e Theo tinham consumado o namoro, após Seth praticamente ter obrigado o seu amigo a “sair do armário”. Encontrava-se um bocado desleixado e tinha olheiras bastante salientes que lhe davam uma aparência frágil, dando-lhe um aspeto desmazelado. Tudo isto era compreensíveil dados os acontecimentos dos últimos dias.

Além do mais, Richard era um Prizorgi, o que explicava o facto de ao lado dele se encontrar um jovem rapaz, talvez com 11 anos de idade, que seria provavelmente um recém-chegado à vila. Estranho, já que não era comum pessoas com esta idade virem para a vila. Estranho…

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Ainda assim, ignorando o mistério que pairava sobre o rapaz, já que estava bastante apressado, Seth fitou Richard.

- Então, como estás?- perguntou, arrependendo-se logo de seguida, ao ver a expressão com que ele o encarava.- Hum, desculpa.- pigarreou, lamentando ter aberto a boca para perguntar algo tão óbvio e simultaneamente doloroso.- Precisas de alguma coisa?

- Este é o Ronald, mas podes trata-lo por Ron. Como podes ver, ele é um recém-chegado e após um difícil e longo processo de Seleção, já lhe foi atribuída uma profissão.

Seth ficou a olhar para ele, assentindo com a cabeça mas sem perceber porque é que ele lhe estava a apresentar o rapazinho.

- Que bom.- afirmou, irónico.- Prazer em conhecer-te, meu, mas estou atrasado para o trabalho e se não chegar a tempo não vai haver pequeno-almoço para ninguém.

Richard olhou para ele, com um olhar que o repreendia.- Seth, talvez tenha que dizer mais algumas coisas para facilitar o trabalho da tua já

lenta compreensão. Este é o Ron Beans, o teu novo companheiro de quarto.Seth tossiu, esbugalhando os olhos. O que é que ele acabara de dizer? Ele devia

ter-se enganado, com toda a certeza. Como é que um rapazinho de 11 anos de idade iria viver com ele? Aquilo era mesmo muito estranho.

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- Bem, Ronald…- Ron- interrompeu o rapaz.- Como queiras- continuou Richard, claramente sem paciência.- Agora vou ter que te deixar á

responsabilidade do Seth. Ele agora fará parte da tua família e deves recorrer a ele sempre que precisares. Ele orientar-te-á em tudo aquilo que precisares, ensinar-te-á a tua profissão e irá integrar-te na vida comunitária.

- Como é?- resmungou Seth, preocupado.- Eu não tenho tempo para isso agora, Richard. Tu mais do que ninguém devias compreender.

Richard revirou os olhos e disparou, cortante:- A vida continua, Seth. Não podes ficar parado, tens que continuar a fazer as tuas tarefas, é a

única maneira da vila ir para a frente, de tudo se encaixar. E não é só porque o… porque aconteceu algum imprevisto que podemos ficar parados.

Olhou-o, chateado. Imprevisto? Era isto que ele chamava à morte de Theo? Seth conseguia perceber que ele estava em evidente negação e que se calhar era ele que tinha que aprender a “continuar”.

Seth estava preparado para responder, para perguntar, para exigir respostas acerca daquele misterioso rapaz quando um som estridente percorreu a vila. Era a buzina irritante que costumava soar quando algo importante acontecera e, portanto, a população era chamada a reunir-se junto ao Casarão.

Olhou para Richard, curioso.- O que será que aconteceu?

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Richard olhou para ele com reprovação, como fazia com todos aqueles que não demonstravam ser dotados da inteligência e conhecimento com que era agraciado. Theo talvez fosse a única pessoa com que ele não reclamava quando ele não se mostrava à altura da sua perspicácia.

- Duh, um dos conselheiros morreu, não te lembras?E dizendo isto, apressou-se até ao casarão, de mão dada com Ron. Seth seguiu-o,

ainda confuso. O funeral de Anthony já havia ocorrido, portanto, o que é que teriam ainda a tratar com a população da vila?

Quando os três jovens habitantes chegaram perto do Casarão, já lá estava uma multidão de pessoas, aguardando ansiosamente por algo que Seth desconhecia. Rapidamente percebeu pelo que ia ouvindo das pessoas que o rodeavam que em breve chegaria pela terceira vez à vila 21 o Presidente do Império para fazer um anúncio importante, algo que acontecia apenas quando um membro do Conselho morria.

O barulho era ensurdecedor, e Seth mal conseguia respirar, tendo que fazer bastante esforço para os seus pulmões sugarem o ar pesado e abafado que abundava naquele espaço, apesar de já ser Inverno. O sol cegava-lhe os olhos e o suor começou a humedecer-lhe a pele gretada.

- Richard, mas afinal para quê isto tudo? O homem já não morreu?

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Richard olhou-o, com um sorriso de troça no rosto e gritou por cima do barulho da multidão, para que ele o pudesse ouvir:

- Não percebes? Vão começar os Jogos do Império.

*

Seth ficou a olhar embasbacado para Richard, sem compreender o real significado das palavras que o seu amigo proferira.

- Os Jogos do Império.- repetiu ele, com o ar de sabichão que tanto o irritara quando ele lhe tentara ensinar latim, havia já dois anos.- Os Jogos do Império são uma competição oficial destinada a encontrar um novo membro para o Conselho Regional do Império, quando um dos conselheiros morre. É constituído por três provas: uma prova física, outra de conhecimentos e uma prova emocional, a mais complicada de todas, que serve para testar a honestidade, o espírito de sacrifício, a pureza.

Seth arregalou os olhos, perante aquelas informações que lhe pareciam tão absurdas quanto fascinantes.

- E como é que eu não sabia nada disso?- Não sabias porque és um cozinheiro preguiçoso que só se preocupa com farinha e ovos.- Ao

dizer isto, Richard sorriu, um dos primeiros sorrisos que Seth o vira esboçar desde a morte de Theo.- Além do mais, é normal que a maior parte das pessoas não tenha conhecimento desta tradição. Há muito tempo que um ancião não morria, e como tal, há muito tempo que estes jogos não se realizavam.

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- Obstáculos? O que é essa merda?- Seth já não percebia nada daquilo.- Depois ficas a saber.- disse ela, fugindo ao seu olhar.- A única coisa que tens que

saber é que as próximas três semanas serão dedicadas a isso. Uma por cada prova. Têm que participar uma pessoa de cada ofício, para que possa haver possibilidade de representatividade de todas as classes no Conselho. E apenas um pode vencer.

- E o que é que acontece aos que são derrotados? São castigados?- Não, Seth. Morrem, como é óbvio.Seth gostaria de ter tido tempo de processar as palavras que Richard lhe dirigira,

mas no preciso momento em que ia expressar a sua indignação, um homem esguio e de longos cabelos alvos passou pela porta do Casarão. Seth avistou a sua silhueta e deduziu quem ele seria. Era o Presidente, aquele que assumia o controlo de todo o Império, o chefe do Conselho Superior. Era conhecido pela sua personalidade detestável, por ser impiedoso e absolutamente cruel. Seth não precisou de muito tempo para o passar a odiar, apesar dos seus gestos elegantes que o faziam parecer incrivelmente nobre. Os seus dentes perfeitamente alinhados foram mostrados num sorriso sinistro que destacou os seus olhos penetrantes antes de ele se pronunciar:

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- Boa tarde! Como sabem, o Império está de luto! Há três dias, o Grande Conselheiro Anthony faleceu devido a complicações respiratórias e deixou o seu lugar à espera de novo ocupante. Como já passaram os três dias de luto impostos pelo próprio Conselho de forma a honrar o falecido, é tempo de saber quem será a pessoa que terá a honra de se juntar ao órgão que luta pelos nossos direitos e pela nossa sobrevivência enquanto cidadãos, o Conselho do Império.

“ Como os mais antigos devem saber, para se proceder à seleção da pessoa suficientemente boa para exercer tal poder e responsabilidade, procede-se aos Jogos do Império, um campeonato antigo e tradicional. É composto por três etapas, cada uma…”

E foi explicando tudo o que Richard já dissera, o que permitiu que Seth desviasse o seu olhar por meros minutos. No entanto, Seth voltou a prestar atenção quando um certo burburinho se instalou na multidão, fazendo-o ouvir atentamente as palavras do mesquinho líder, conhecido por ser impiedoso e corrupto.

- Sim, foi isso que ouviram. Vai participar uma pessoa de cada ofício, tendo sido escolhida por meio de uma avaliação rigorosa das capacidades, disciplina e feitos de cada um..- sorriu de forma cínica.- Estou aqui, portanto, para anunciar os nomes daqueles que no entender dos restantes membros do conselho se destacaram das mais diversas formas.

Agitou os braços, impingindo um dramatismo forçado que não se sentia e disse:- Richard Prizorgi!

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Seth olhou para Richard, chocado e apreensivo ao mesmo tempo. Não duvidava de que o amigo poderia sair-se bastante bem em qualquer tipo de prova, mas era demasiado arriscado. Ele poderia morrer!

No entanto, Richard ficara radiante com a possibilidade de se tornar membro do Conselho, de se mostrar valioso.. Enquanto Seth sempre fora um bocado cético no que ao Regime dizia respeito, Richard era um dos seus apoiantes mais entusiásticos. Seth não duvidava de que ele preferiria morrer a ser um comum Prizorgi para toda a vida. Além do mais, Seth estava disposto a fazer tudo para o proteger e ajudar no decorrer dos Jogos.

- Josh Wood!Um grupo de pessoas aplaudiu a nomeação do rapaz franzino que havia sido nomeado e o

Presidente prosseguiu, com nomes e mais nomes, a seguir aos quais existia sempre uma manifestação, quer de alegria efusiva ou de medo absoluto.

Seth estava prestes a abandonar aquele recinto, quando se ouve:- Seth Beans!Ao ouvir aquele nome, o seu olhar voou até encontrar os olhos frios do Presidente. Ele

retribuiu-lhe o olhar, e havia algo naquele olhar que o incomodava. Uma firmeza gélida, uma austeridade sufocante.

Em seguida, Richard fitou Seth de forma triste. . Seth assentiu com a cabeça, percebendo o que ele lhe estava a transmitir. Daqui a três semanas, um deles (ou até mesmo os dois) estaria morto.

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*

Seth saiu daquele local, cansado de estar preso àquela comunidade, àquelas regras em que não acreditava e que o obrigavam a despir-se da sua dignidade, que o fazia enjoar-se de si próprio. Pensava em desistir, em fugir, embora lhe faltasse alguma coragem. Já havia testemunhado a crueldade dos responsáveis pelo Império. Seth suspirava, à medida que se deslocava para a a grande floresta que rodeava a vila e que servia de local para a construção dos santuários em que os Faith, o ofício com menor número de integrantes, viviam.

À medida que deixava os seus pés afundarem-se na vegetação selvagem que por lá abundava e que o obrigava a balouçar-se desconfortavelmente de um lado para o outro, Seth começou a ouvir duas vozes que se aproximavam a passos largos conversando entre si. Uma das vozes, a menos intensa e que parecia que se curvava perante a do outro sujeito, parecia-lhe estranhamente familiar.

O seu coração batia de forma angustiante, magoando-lhe o peito ofegante, à medida que ouvia tudo, escondido atrás de uma árvore:

- … e como é óbvio, ambos sabemos que o Seth nunca conseguiria ser escolhido para a Seleção por mérito próprio. Acha mesmo que valeu a pena manipular o Conselho? Acha mesmo que valeu a pena assassinar o Conselheiro Anthony?

Seth arregalou os olhos ao perceber que se referiam a ele.- É claro que valeu a pena, senhor Theo Beans. O Seth deve ter lugar no Conselho, é

imperativo. Não se esqueça que ele é meu filho.

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Seth susteve a respiração e, ao espreitar pela árvore, vislumbrou o seu melhor amigo Theo Beans acompanhado do Presidente do Império.

Seth deixou-se cair por entre a vegetação, silenciosamente, e antes de apagar só teve tempo de ouvir uma voz a decretar algo que mudaria a sua vida não apenas por três semanas, mas pela vida inteira:

- Que comecem os Jogos do Império!

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CONTINUA