episodio 4 palavras por dizer

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Entertainment & Humor


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ANTERIORMENTENo início, Seth nunca entendera muito bem o porquê da existência do Dia da Criação. Um dia explicaram–lhe que

a população mundial aumentou e os recursos ficaram escassos, então houve necessidade do mundo controlar a sua população. Como tal, algumas pessoas foram escolhidas e agrupadas em pequenas vilas, divididas por sexo: homens por um lado e mulheres para o outro. Ambos os géneros não se podem misturar, à exceção de um dia especial. Esse acontecimento surge uma vez por ano e tem como objetivo selecionar duas pessoas especiais a reproduzirem–se, para a espécie humana não terminar de vez. Com o controlo da natalidade, há um controlo dos recursos existentes no planeta.[…]

– Meus caros… Parece que iremos nomear um novo homem para cumprir o seu dever. Theo Beans recusou-se e nós nunca queremos obrigar ninguém a nada. – riu-se.– O próximo, e esperemos que o último, eleito é… – continuou o General.

Seth olhou para Jack para tentar saber o que se estava a passar. O colega encolheu os ombros, com incerteza. […]

A rapariga assustou-se e fugiu para o canto do ecrã.– Estamos à sua espera! – afirmou o médico.Eu não posso. Ela é igual a mim. Ela tem os mesmo olhos verdes que eu. O mesmo formato do rosto. A mesma

cor de cabelos. Ela sou eu. Ela… Ela é minha irmã gémea.– Eu não vou fazer nada! – gritou para uma das câmaras. Ao mesmo tempo que disse estas palavras,

arrependera-se de imediato. […] Não! Eu tenho mesmo! Se não o fizer, ele morre. Despiu-a totalmente e baixou as suas calças. Ela é só uma estranha que tem o meu sangue. Ela não é minha irmã. Eu não a escolhi como família. Ficou duro, cuspiu para o pénis e tomou-a.

ANTERIORMENTEUm dos membros do Conselho Regional havia morrido. Chamavam-lhe o Ancião e não era difícil depreender o

porquê da alcunha. Anthony, esse tal membro do conselho, era o mais velho dos que integravam o órgão que regulava a vila, o que não era propriamente um elogio, já que ninguém no Conselho 21 era mais novo que setenta anos de idade.[…]

- Este é o Ronald, mas podes trata-lo por Ron. Como podes ver, ele é um recém-chegado e após um difícil e longo processo de Seleção, já lhe foi atribuída uma profissão.[…]Este é (…) o teu novo companheiro de quarto.

Seth tossiu, esbugalhando os olhos. O que é que ele acabara de dizer? Ele devia ter-se enganado, com toda a certeza. Como é que um rapazinho de 11 anos de idade iria viver com ele? Aquilo era mesmo muito estranho. […]

Como já passaram os três dias de luto impostos pelo próprio Conselho de forma a honrar o falecido, é tempo de saber quem será a pessoa que terá a honra de se juntar ao órgão que luta pelos nossos direitos e pela nossa sobrevivência enquanto cidadãos, o Conselho do Império.

“ Como os mais antigos devem saber, para se proceder à seleção da pessoa suficientemente boa para exercer tal poder e responsabilidade, procede-se aos Jogos do Império, um campeonato antigo e tradicional. É composto por três etapas, cada uma…” […]

- Richard Prizorgi! - Seth Beans!Em seguida, Richard fitou Seth de forma triste. . Seth assentiu com a cabeça, percebendo o que ele lhe estava a

transmitir. Daqui a três semanas, um deles (ou até mesmo os dois) estaria morto.[...]Seth começou a ouvir duas vozes que se aproximavam a passos largos conversando entre si. Uma das vozes, a

menos intensa e que parecia que se curvava perante a do outro sujeito, parecia-lhe estranhamente familiar. […]-… e como é óbvio, ambos sabemos que o Seth nunca conseguiria ser escolhido para a Seleção por mérito

próprio. Acha mesmo que valeu a pena manipular o Conselho? Acha mesmo que valeu a pena assassinar o Conselheiro Anthony?

-- É claro que valeu a pena, senhor Theo Beans. O Seth deve ter lugar no Conselho, é imperativo. Não se esqueça que ele é meu filho. [...]

- Que comecem os Jogos do Império!

ANTERIORMENTE- Aproximem-se as três. Eu sou o novo secretário do Casarão e responsabilizar-me-ei de vos guiar durante

algumas semanas aqui dentro. Até porque vão ter uma importante tarefa em breve. - Um homem? Da vila? – pergunta Edna saindo do seu canto e caminhando lentamente ao encontro de

Theo Beans e olhando-o com desdém de alto a baixo. Já Ivy observa-o com a cabeça ligeiramente inclinada e a cara tensa e misteriosa como uma gata curiosa que tenta perceber a índole do visitante. [...]

- Senhor Beans, se for capaz traga a sua conquista para fora da redoma, através da saída superior que se vai abrir agora. – é a voz do Barriston.

Nem é preciso dar qualquer ordem. O cavalo cumpre o seu dever e pousa no palco da cerimónia onde é entregue aos polícias. Seth abraça-se ao animal com toda a sua força. O Presidente alcança o primeiro vencedor e coloca-lhe uma pulseira da vitória em bronze.

- É o teu passaporte para o próximo sucesso. Não foi o tipo de domínio que estávamos à espera mas foi… interessante. Aguardemos pelos próximos vitoriosos. – diz sorrindo, sorriso esse que não é minimamente correspondido pelo seu vassalo. [...]

-Não tenho calma nenhuma. Eu não estou a entender nada do que tu estás para aí a dizer, mas eu sei que isso só pode ser alguma artimanha para nos foder a vida.

- É verdade! Ele é teu pai! – Seth está prestes a perder completamente a cabeça – Mas não é o verdadeiro Presidente do Império. Esse é agora prisioneiro dos Rebeldes. E o teu pai é um deles. Há 25 anos que eles manipulam os conselhos a nomear rebeldes e já várias vilas têm um conselheiro da organização. Tu és o próximo… e o último. Eles aproveitaram que a nossa é a vila mais remota e como o presidente mais recente nunca cá veio, o teu pai é o impostor. Mas a mentira está a tornar-se insustentável e assim que tu venceres os Jogos e fores para o Casarão a revolução vai finalmente estalar.

Theo aproxima-se entrega-lhe a pulseira agarrando a sua mão com força, até que ouve uma voz vinda da copa dirigindo-se para cozinha e diz apressadamente Lembra-te, em breve a vida será o que tu quiseres. Dito isto, corre para fora dali.

A vida será o que eu quiser? Rebeldes? Revolução? Pai?

Para triunfar é sempre preciso fazer coisas das quais nos arrependemos. Tal como eu tive que manipular e enganar Seth para que ele tirasse a nossa população das mãos do Império. Mas sempre que olho para mim, orgulho-me do que fiz. Posso ter perdido um amigo mas livrei o povo do regime controlador do Império. Mas de outra maneira, poderia ter mantido o meu amigo mas o povo continuava nas mãos de um governo imperialista que nos continuaria a tratar como animais inúteis que seguem um caminho que foi traçado numa reunião qualquer. Chega! Durante anos, eu ouvia vários ideais desses pela boca dos meus colegas e amigos mas sem nunca entender. Até conhecer Winston, o líder da rebelião. Durante estes anos, Wiston e os rebeldes tentaram criar um clone do presidente. Ao fim de vários anos de tentativas falhadas, os rebeldes, a margem da lei do Império, conseguiram finalmente criar um clone igual ao presidente ao qual chamam Robert. Nos primeiros meses de vida, ensinam Robert a agir como o presidente do Império, cruel, imponente e sem deixar marcas. Quando a equipa de Winston achou que o clone estava suficientemente bem preparado, raptaram o presidente e colocaram o clone no governo. Os primeiros anos foram bons para a rebelião, membros dos rebeldes infiltraram-se nos Conselho e ganham uma maior influência e um grito de mudança ecoa dentro dos membros do Conselho. Mas a situação está a ficar insustentável, sendo que o clone está subcarregado e a revolução tem que estalar em breve.

Para tal, os rebeldes teriam que escolher um jovem que tinha nascido em condições misteriosas. Poucas pessoas sabiam mas um em cada três bebés que nascem, resultante do Dia da Criação, é introduzida uma seringa com um líquido especial. Esse líquido foi produzido pelo laboratório que está unido com os rebeldes. O objetivo desse líquido é desenvolver capacidades biónicas e altamente improváveis em seres comuns, esse bebé será o escolhido. Nos últimos vinte anos, o meu amigo Seth foi o único injetado com esse líquido que era vermelho vivo. Nesse momento, Seth sentiu-se agonizado e a sensação de que tinha que salvar alguém. Esse alguém era o povo da vila que precisava de salvamento. Desde que os rebeldes introduziram esse sistema há quase vinte e cinco anos que a injeção foi dada a dois bebés, o primeiro foi morto e o segundo é o Seth. Como grande amigo dele, sabia que a sua maior fraqueza era o pai e foi isso que usamos para manipula-lo e faze-lo vencer os Jogos. Para chegar até aí, foi preciso muita mentira, algumas mortes.

Durante esse tempo, nunca me passou pela cabeça que o que estivesse a fazer tivesse o seu quê de errado… mas tinha. Só me apercebi de isso, ao ver os resultados do grande percurso que nos rebeldes tínhamos tomado. Tínhamos sido iguais ou até piores que os membros do Conselho, aqueles que acusávamos de serem imperialistas, cruéis e desumanos. Mas com as nossas atitudes, fizemos tudo isso e mais alguma coisa. Sempre ouvi dizer que o homem é um animal cego que leva tudo a frente para não perder os valores daquilo que acredita. Mas tudo o que nos conseguimos fazer, não foi benéfico para a população, nem para nós. Além de que a criação de um clone devastou toda uma vila inocente que não fazia ideia de que um bando de iluminados andava a preparar. Como foi possível, nem sequer nos termos apercebido do perigo em que iriamos por a população ao criar um clone? Não é novidade que os clones são um perigo para a saúde e que libertam gases poluentes. Tudo isso afetou a vila que conhecíamos antes e o facto de homens e mulheres estarem separados e escravizados, deixou de ser o maior dos problemas

***Nunca percebi a intenção do Império com o Dia da Criação. Os homens até podiam queixar-

se do facto de serem obrigados a penetrar o seu pénis na vagina de uma desconhecida mas claro que lhes dá um certo prazer. A maioria das pessoas não sabe o quanto é prejudicial para uma mulher, todo o procedimento que os imperialistas inventaram. Eu, também não o sabia. Até ter sido escolhida para dar a luz a um descendente. Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, as jovens raparigas escolhidas são selecionadas meses antes do derradeiro dia. Pois, é nos introduzido um ship qualquer que faz modificações no nosso corpo, acelerando o período fértil. Também o período de gestação é acelerado com esse ship e outros dispositivos que vão sendo inseridos no meu corpo e das outras mulheres que sofreram o mesmo que eu. Também nunca consegui perceber como é que Magenta, conselheira do Império, aguentava que mulheres passassem por aquilo. Um dia ganhei coragem e perguntei-lhe. Magenta mostrava ser sempre uma mulher calma, ponderada, sem emoções e obediente mas quando ouviu aquelas palavras, parece que ganhou outra cor, outra personalidade. Ganhando coragem para falar, Magenta, abanou a cabeça e começou a andar as voltas no imponente Casarão. Parecia que me queria dizer alguma coisa mas não tinha coragem para tal. Conhecendo bem Magenta, sabia que ela nunca iria dizer mal do Conselho. Nunca questionou nenhuma ordem deles, mesmo quando não concordava.

Tinha uma personalidade submissa. Ao fim de vários minutos mergulhado num silêncio incomodativo, Magenta ganhou coragem e confessou:

-Menina Silkworm, já tem idade suficiente para que eu lhe revele um segredo que já me consome há muitos anos. A verdade é que eu não sou assim, a conselheira obediente Magenta é uma personagem que foi estudada pelos Rebeldes para entrar no Conselho. Todas nós sabemos que o que estes imperialistas querem: é gente sem pensamento e que faça apenas o que lhes mandem, sem questionar, sem contrariar. Eu sempre fui uma mulher como tu, Lorena. Era esperta e descobri uma falha no sistema de segurança entre a vila dos homens e das mulheres. Eu e muitas mulheres ansiávamos uma grande mudança que tardava acontecer. Também eu fui alvo desse processo nojento. Foi então que consegui violar o sistema de segurança e entrar nas imediações onde os rebeldes se encontravam. O Winston, líder dos rebeldes, tinha sido o meu parceiro, o homem que me engravidou, e percebeu que era de mim que eles precisavam infiltrada no Conselho. A minha personalidade foi estudada e preparada ao limite para agradar aos restantes membros e conquistar um lugar no Conselho.

Eu nem queria acreditar no que ouvia, sempre se ouvira falar de ideias rebeldes, de reuniões secretas e tudo mais mas nunca pensei que se tratasse de uma verdade, de uma realidade. Magenta continuou a revelar-me diversos planos que ela e os rebeldes traçavam e de como isso iria revolucionar a realidade que conhecemos.

***Eu tinha razão quando disse que os Jogos do Império iriam mudar a minha vida. Assim que

entrei naquele perigoso jogo, tudo mudou. Ganhei a primeira prova, atuando de uma forma improvável, pensando com a cabeça. Uma coisa que esta gente do Império acha que não serve para nada. Depois seguiram-se a segunda e a terceira que ganhei também. Theo tinha razão, estava tudo feito para eu ganhar. As últimas revelações tinham -me deixado em choque. O meu pai vivo e presidente do Império, o meu melhor amigo vivo e a trabalhar em conjunto com o meu pai, uma irmã gémea… e quando pensei que nada mais me iria surpreender, afinal, enganei-me. Como o meu pai (custa-me tanto chamar-lhe assim) e o Theo previam, eu ganhei o jogo. Entrei para o Conselho, sendo o membro mais novo de sempre. Comecei a agir sob as ordens dos rebeldes e descobri que grande parte dos membros do Conselho eram também rebeldes. Se até o presidente era… Mas havia muito mais por contar. A revolução estalou, meses depois. Finalmente vivíamos numa sociedade independente, sem regras. Mas deitava e levantava-me a pensar se seria este o melhor caminho.

Sempre achei que uma sociedade precisa de regras mas não de regras tão rígidas mas todo o mundo precisa de regras. Mas a ideia dos rebeldes era que cada um desenhasse a sua lei. Mas isso até podia ser um argumento bonito para um filme com o Dwayne Johnson mas não era um bom ideal de vida, definitivamente. Mas nem Theo, nem Robert, nem Winston compreendiam isso. Numa reunião que tivemos há umas horas, tentei explicar que agora que tínhamos conseguido tomar o poder, devíamos instaurar regras menos rígidas e não deixar as regras nas mãos de cada pessoa. Os três olharam para mim e trataram-me como se fosse um lunático. Apenas Magenta, a velha conselheira, estava comigo e defendia que era preciso haver regras para uma sociedade resultar. Winston tomou a palavra, revoltado, e afirmou:

- Meus caros. Agora que conseguimos livrar o nosso povo do sistema imperialista, da escravidão, da descriminação. Parece-vos sensato, impor regras? Regras? Isso vai contra todos os ideais de rebelião. Quem está comigo?

Os outros rebeldes que se encontravam na sala, levantaram o braço e apenas eu e Magenta mantemos a nossa opinião. Eu sabia que algo iria acontecer, se o sistema assim continuar.

Já passava das onze da noite quando Theo entrou, apreensivo e preocupado:- Precisamos de ter uma conversa, Seth. Eu não compreendia o que poderia fazer Theo deslocar-se até minha casa, tão tarde. Mas iria

descobrir. Pedi-lhe que fizesse pouco barulho pois Ron, o pupilo que Richard me trouxera antes dos Jogos começarem, estava a dormir.

- É o Robert… Ele não é… Não é… teu pai.- perante a minha expressão de choque, Theo esperou e recomeçou- Ele foi um clone criado para substituir o presidente do Império que foi sequestrado e que agora morreu. A verdade é que tu és escolhido, aquele que nos iria salvar da escravidão e para te convencer a ajudar, só o teu ponto fraco te iria mover, o teu pai. Desculpa.

Theo nem esperou pela minha resposta e abandonou logo a minha casa. Essa revelação deixara-me desconcentrado e decidi dirigir-me a casa onde estava hospedado Robert. Entrei, silenciosamente, e vi com os meus próprios olhos, mais dez Roberts. O clone criara mais clones. Todos eles estavam a proferir ideias de guerra e com armas na mão. Eu sabia bem, dos filmes de ficção científica, o que os clones faziam mas sempre pensei que se tratasse de uma invenção dos argumentistas mas agora sabia que era bem real. Tinha que avisar alguém e de pressa. Mas podia ser tarde demais.

Saí, certificando-me de que ele não dera pela minha presença, e comecei a correr esbaforido. Tinha que correr para avisar Winston, Magenta e… Theo. De repente, olhei para trás, seria tarde demais? Conseguiria correr até as casas deles que ficavam do outro lado? Talvez… não. Mas tinha mesmo que o fazer. Toda a sociedade corria perigo, era isto que eu temia que acontecesse mas agora estava nas minhas mãos.

Já passava das onze da noite quando Theo entrou, apreensivo e preocupado:- Precisamos de ter uma conversa, Seth. Eu não compreendia o que poderia fazer Theo deslocar-se até minha casa, tão tarde. Mas iria

descobrir. Pedi-lhe que fizesse pouco barulho pois Ron, o pupilo que Richard me trouxera antes dos Jogos começarem, estava a dormir.

- É o Robert… Ele não é… Não é… teu pai.- perante a minha expressão de choque, Theo esperou e recomeçou- Ele foi um clone criado para substituir o presidente do Império que foi sequestrado e que agora morreu. A verdade é que tu és escolhido, aquele que nos iria salvar da escravidão e para te convencer a ajudar, só o teu ponto fraco te iria mover, o teu pai. Desculpa.

Theo nem esperou pela minha resposta e abandonou logo a minha casa. Essa revelação deixara-me desconcentrado e decidi dirigir-me a casa onde estava hospedado Robert. Entrei, silenciosamente, e vi com os meus próprios olhos, mais dez Roberts. O clone criara mais clones. Todos eles estavam a proferir ideias de guerra e com armas na mão. Eu sabia bem, dos filmes de ficção científica, o que os clones faziam mas sempre pensei que se tratasse de uma invenção dos argumentistas mas agora sabia que era bem real. Tinha que avisar alguém e de pressa. Mas podia ser tarde demais.

Saí, certificando-me de que ele não dera pela minha presença, e comecei a correr esbaforido. Tinha que correr para avisar Winston, Magenta e… Theo. De repente, olhei para trás, seria tarde demais? Conseguiria correr até as casas deles que ficavam do outro lado? Talvez… não. Mas tinha mesmo que o fazer. Toda a sociedade corria perigo, era isto que eu temia que acontecesse mas agora estava nas minhas mãos.

***- Cidadãos, o Império nunca mais será o mesmo. Tudo o que conhecem acabou- afirmava

uma voz forte e estridente vinda de um grande megafone - Está na altura de nós clones tratarmos-vos como vocês nos tratavam.

Magenta, Theo, Winston, Seth, Lorena e os outros rebeldes assistiam a esse espetáculo através da janela das masmorras e culpavam-se por terem provocado tudo isto.

CONTINUA