enzimas
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EnzimasUniversidade Federal do Maranhão
Introdução
A manutenção da vida celular depende de um complexo conjunto de reações químicas, que:
Devem ocorrer em velocidades adequadas;
Precisam de ser altamente específicas.
A presença de enzimas dirigindo as reações celulares atende a esses quesitos.
Introdução
As enzimas são catalisadores biológicos e como tal aumentam de várias ordens de grandeza a velocidade das reações que catalisam.
Até recentemente admitia-se que todos os catalisadores biológicos fossem proteicos, mas a revelação das ribozimas, constituídas de moléculas específicas de RNA, desfez esse conceito.
Introdução
O aumento na velocidade da reação de 3 fatores principais:
Aumento na concentração de reagentes;
Aumento da temperatura do meio;
Diminuição da energia livre de ativação.
Catalisadores biológicosPodem ser potencialmente
tóxicos às células
Introdução
A eficiência dos catalisadores biológicos de muito deriva de sua especificidade, graças à:
Forma do sítio ativo ou centro ativo;
Cadeia lateral dos aminoácidos desse sítio ativo ou centro ativo.
Introdução
A relação substrato-enzima é explicada por várias teorias:
Teoria de Fischer, que propõe o modelo chave-fechadura, onde enzima e substrato seriam complementares num modelo extático.
Teoria de Koshland, que propõe o modelo de encaixe induzido, onde o substrato se encaixa na enzima durante a catálise num modelo dinâmico.
Introdução
Assim, existem 4 vantagens dos catalisadores biológicos sobre os catalisadores inorgânicos:
Diminuição da energia de ativação e indução de altas velocidades de reação;
Alta especificidade;
Sintetizados pelas próprias células;
Concentração e atividade moduláveis.
Caracterização da Urease
A urease é o catalisador biológico responsável pela conversão da ureia em amônia e dióxido de carbono:
Essa enzima é encontrada em bactérias, fungos e plantas.
Caracterização da UreaseReação de Biureto
A reação de biureto serve para a demonstração da natureza proteica da urease, conforme se espera da maioria dos catalisadores biológicos.
Reagente de biureto: volumes iguais de NaOH a 12M e solução de CuSO4 a 0,5% gota a gota.
❖ Fundamento teórico: quando a urease - que é proteína - é colocada na presença de reagente de biureto, obtém-se um composto de coloração violeta pela interação dos átomos de nitrogênio dos resíduos de aminoácidos da urease com íons Cu2+ disponibilizados pelo CuSO4 do reagente de biureto.
Caracterização da UreaseReação de Heller
A reação de Heller serve para a demonstração da natureza proteica da urease, conforme se espera da maioria dos catalisadores biológicos.
Ácido nítrico
❖ Fundamento teórico: o ácido nítrico é um bom fornecedor de ânions, de forma que suas interações com a urease, que é uma proteína, a provocam a formação de um sal onde a urease atua como cátions.
Reação de Biureto
Procedimentos Práticos
2mL de águadestilada
2 gotas desolução de
urease
2mL de reagentede biureto
2mL de águadestilada2mL de reagente
de biureto
Procedimentos PráticosReação de Biureto
❖ No tubo de ensaio com solução de urease espera-se a formação de coloração violeta.
❖ No tubo de ensaio com água destilada espera-se a não mudança de cor.
A reação de biureto deverá ser positiva para a solução de urease, que é uma proteína; em contrapartida, não deve haver reação com água destilada (controle negativo).
Procedimentos PráticosReação de Heller
❖ Ao colocar o acido nítrico, cuidar para que ele escorra lentamente pela parede do tubo.
1mL de ácidonítrico
4 gotas desolução de
urease
2mL de águadestilada
Procedimentos PráticosReação de Heller
❖ Espera-se o surgimento de um anel branco entre a soluão de urease e o ácido nítrico.
A formação nativa de uma proteínas é estável apenas numa faixa estreita de valores de pH, uma vez que em determinados valores de pH onde há excesso de cargas positivas, as repulsões coulombianas correspondentes concorrem para desestabilizar a estrutura compacta da proteína. Assim, na reação de Heller, a partir de tratamento com ácido nítrico, induz-se alteração na carga líquida de proteínas e consequente precipitação, onde o ácido nítrico atua como fornecedor de ânions e as proteínas atuam como fornecedor de cátion.
PolifenoloxidaseA polifenoloxidase ou monofenol monoxigenase é um catalisador biológico pertencente ao grupo das oxirredutases, responsáveis por reações de oxirredução em sistemas biológicos.
A polifenoloxidase é responsável pelo escurecimento enzimá-tico de frutas e demais vegetais quando cortados e expostos.
TEMPO
Cada espécime de plantas, fungos, bactérias e animais pode possuir pequenas variações em suas polifenoloxidases.
A polifenoloxidase é o único catalisador biológico necessário para a conversão do aminoácido tirosina em melanina, susbtância de coloração preta; as demais etapas são espontâ-neas.
Polifenoloxidase
Estrutura 3D dapolifenoloxidaseda batata-doce
Polifenoloxidase
Tirosina
Devagar
Polifenoloxidase
DOPA-quinonaDOPA
Devagar Rápido
Relativamentedevagar
Leuco--composto
DOPAcromo5,6-dihidroxindol
Melanina
Indol-5,6-quinona
Escurecimento Enzimático de Alimentos
O escurecimento enzimático de alimentos serve para a demonstração da ação de polifenoloxidases presentes em diversos frutos, notadamente os de polpa de coloração mais clara.
❖ Fundamento teórico: frutas e vegetais, que contêmm compostos polifenólicos, quando cortados e expostos ao ar atmosférico, sofrem escurecimento, causado pela ação da polifenoloxidase sobre esses compostos polifenólicos, que são então oxidados a ortoquinonas. Por sua vez, essas ortoquinonas polimerizam-se com facilidade, formando compostos escuros, como a melanina.
Procedimentos PráticosCortar em vários pedaços
(longe do miolo)
1 PEDAÇO NO REFRIGERADOR
AOS DEMAIS, 2 GOTAS DE LIMÃO
EM TEMPERATURA AMBIENTE
1 PEDAÇO À TEMPERATURA AMBIENTE
hora
❖ Espera-se que os pedaços de maçã e batata-doce que permaneceram à temperatura ambiente tenham a polpa mais escurecida.
❖ Os pedaços de maçã e batata-doce que permaneceram no refrigerado e à temperatura ambiente com adição de duas gotas de limão devem ter escassa ou nenhuma polpa escurecida, permanecendo aproximadamente como dantes.
Os pedaços de maçã e batata doce que permaneceram à temperatura ambiente tiveram melhor cinética das suas polifenoloxidases, com conversão de tirosina em melanina e consequente aquisição de coloração mais escura em polpa. Já aqueles pedaços encaminhados ao refrigerador e expostos ao limão tiveram cinética comprometida pelo menor temperatura e pelo contato com vitamina C, respectivamente - dois retardadores dos processos de oxidação.
Procedimentos Práticos
Referências
HIRANO, ZMB et al. Bioquímica - Manual Prático. 1 ed. Blumenau: Edifurb, 2008.
DOS SANTOS, APSA et al. Bioquímica Prática. Disponível em: <http://www.repositorio.ufma.br:8080/jspui/handle/1/445>. Acesso em: 3 set 2013.