entrevista dr. ibaneis - revista foco

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126 IBANEIS Cidadão brasiliense, advogado apaixonado Quando o amor à profissão e a vontade de retribuir o que ela proporcionou se unem, o resultado é uma avalanche de ações renovadas e promissoras. Chegou a hora de a OAB DF mostrar sua força G ratidão. Esse é o sentimento de Ibaneis Rocha pela advocacia. “É chegada a hora de retribuir tudo o que a profissão me deu”, declara. A história deste ho- mem apaixonado por Brasília, cidade onde nasceu, cresceu, estudou, se profissionalizou e hoje colhe os frutos de uma brilhante trajetória, funde-se à vontade de lutar pelos di- reitos dos advogados brasilienses e oferecer a eles a real valori- zação que merecem. Nascido na década de 70, filho de pais piauienses, Ibaneis sente muito orgulho ao dizer que acompanhou o crescimento e o desenvolvimento da Capital Federal. “Crescer com a cida- de e vê-la florescer é um grande privilégio”, entusiasma-se. O pai, professor universitário, e a mãe, auxiliar de enfermagem, passaram ao filho valores e princípios importantes, tais como a garra pelos estudos e pelo trabalho. Brasiliense típico, percorreu as escolas mais tradicionais de Bra- sília, ingressou na universidade, e como não poderia ser diferen- te, encontrou seu grande amor: a hoje esposa Luzineide Barros.

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Entrevista Dr. Ibaneis - Revista Foco

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Cidadão brasiliense, advogado apaixonadoQuando o amor à profissão e a vontade de retribuir o que ela proporcionou

se unem, o resultado é uma avalanche de ações renovadas e promissoras. Chegou a hora de a OAB DF mostrar sua força

Gratidão. Esse é o sentimento de Ibaneis Rocha pela advocacia. “É chegada a hora de retribuir tudo o que a profissão me deu”, declara. A história deste ho-mem apaixonado por Brasília, cidade onde nasceu,

cresceu, estudou, se profissionalizou e hoje colhe os frutos de uma brilhante trajetória, funde-se à vontade de lutar pelos di-reitos dos advogados brasilienses e oferecer a eles a real valori-zação que merecem.

Nascido na década de 70, filho de pais piauienses, Ibaneis

sente muito orgulho ao dizer que acompanhou o crescimento e o desenvolvimento da Capital Federal. “Crescer com a cida-de e vê-la florescer é um grande privilégio”, entusiasma-se. O pai, professor universitário, e a mãe, auxiliar de enfermagem, passaram ao filho valores e princípios importantes, tais como a garra pelos estudos e pelo trabalho.

Brasiliense típico, percorreu as escolas mais tradicionais de Bra-sília, ingressou na universidade, e como não poderia ser diferen-te, encontrou seu grande amor: a hoje esposa Luzineide Barros.

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Casados há 16 anos, ela foi sua inspiração e seu braço direito para construir uma vida próspera e feliz. Os dois filhos são outra grande alegria do advogado. “Família é o bem mais precioso que qualquer ser hu-mano pode possuir”, diz, animado.

A advocacia, no entanto, é o capítulo mais interessante da história de Ibaneis. Desde cedo, ele pensava em escolher uma profissão que unisse realização pessoal e serviço em prol da sociedade. Sempre pensou na coletividade. Seu faro para as questões sociais é aguçado. Resolveu, en-tão, estudar Direito e lutar pelos direitos e deveres dos cidadãos. Em sua opinião, foi a melhor escolha de sua vida. Hoje, tem certeza que seguiu o caminho cer-to e que ainda tem uma grande missão a cumprir na profissão. “Sempre vi no Direito a oportunidade de abrir debates importantes e cuidar dos problemas das pessoas”, afirma.

Como é de praxe, todo início de car-reira é difícil e exige muitos sacrifícios. Não foi diferente para Ibaneis. “Meu primeiro escritório foi no Setor de In-dústria e Abastecimento (SIA) . Era uma sala de 30 metros quadrados. Trabalhá-vamos juntos, eu e minha noiva (atual esposa). Ela na verdade tinha se forma-do em contabilidade, mas nós dois bata-lhamos como parceiros. Eu atuava nas áreas trabalhista e de licitação e ela me ajudava em tudo. Crescemos bastante como pessoas e como profissionais. Foi uma experiência muito importante. Garantiu nosso sucesso na vida como seres humanos e profissionais”, revela.

Para saber um pouco mais sobre a his-tória de vida deste tão conhecido advoga-do, hoje candidato à presidência da OAB, a revista Foco foi atrás e conseguiu uma entrevista exclusiva. Confira:

Sabemos que o senhor é apaixonado pela advocacia. Como teve início essa paixão?

Tudo começou nos bancos universitá-rios e continua até hoje. Sempre gostei de estudar as matérias de Direito e me empolgava com a facilidade em resolver os problemas das pessoas, das entidades, das associações. O mundo jurídico abre muitas possibilidades. Hoje sinto uma enorme vontade de ajudar a classe, de

lutar por melhorias em nossa profissão, de facilitar a vida do jovem advogado que ingressa na carreira. Não só o recém-for-mado, mas também aqueles que optaram por seguir a advocacia depois de terem ingressado em outras áreas. Eu tenho um grande sentimento de gratidão pela advocacia, devo muito a ela, pois conse-gui tudo o que tenho graças a ela. Hoje, com a experiência, o amadurecimento e todas as conquistas obtidas com anos de militância, meu papel como candidato à presidência da OAB é, também, promo-ver amplos debates de interesse social, inserir a Ordem na agenda global, le-vantar bandeiras de interesse coletivo e incentivar a reflexão sobre o mundo em que vivemos e o mundo que queremos. Isso é paixão, compreende? Trabalhar

por uma OAB mais evoluída, mais par-ticipativa, mais sustentável, mais demo-crática, melhor em todos os sentidos.

Conte um pouco para nós como foi o início da carreira.

Como já mencionei, sempre tive um grande entusiasmo pela advocacia. Tan-to é que nunca pensei em fazer concur-so público. Entrei na faculdade para ser advogado. Isso eu sempre tive certeza. Comecei a advogar para servidores pú-blicos, até que fui convidado por uma pe-quena associação de servidores públicos. Meus serviços advocatícios satisfaziam aos clientes, e assim fui ficando conhe-cido. Certa vez, ganhei uma liminar que ficou famosa. Todo mundo queria ver, tirar cópia, fazer parecida. Essa liminar

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foi um marco em minha carreira e atraiu muitos clientes. A veia empreendedora de minha esposa também me ajudou muito na captação de clientes. Muitos sindica-tos e associações de servidores públicos, principalmente do Poder Judiciário, pas-saram a me contratar como advogado. Sempre atuei e até hoje atuo nas áreas de Direito Administrativo e Trabalhista.

O senhor já foi candidato à presidência da OAB e quase ganhou. O senhor acha que agora chegou a sua vez?

Tudo na vida tem a hora certa e o mo-mento oportuno. Creio que chegou a hora de eu poder contribuir para levan-tar a OAB, dar mais destaque ao profis-sional advogado, pois sei das dificulda-des pelas quais passam. Sempre quis e quero ajudar os advogados antigos e a nova geração que vem com força total. A Ordem é uma instituição forte, por isso precisa de muitas melhorias. Fui candi-dato uma vez e não desisti. Estou aqui novamente e quero oferecer meu traba-lho e todo o meu esforço para promover coisas boas na OAB.

Já quase ganhei uma eleição. No dia 26 de novembro, se eu for o escolhido, terei a oportunidade de iniciar uma gestão realmente focada nos advogados e nos cidadãos como um todo, sem com-prometimentos políticos.

Um ponto que gosto de dar destaque é a independência em relação aos Poderes Constituintes. A OAB sempre esteve na vanguarda das principais lutas e deba-tes. Hoje a vinculação política da atual direção não permite isso. Tantos temas importantes a serem debatidos e expos-tos, como a insegurança que vivemos com a violência de Brasília, a cracolândia nas ruas, entre tantos outros problemas que são abafados. Nós, advogados, preci-samos participar desses debates, propor soluções, mostrar nossa força

Quais são suas críticas em relação à OAB hoje?

O que posso dizer é que a atual di-retoria pecou muito. Foi uma gestão equivocada, que olhou para trás e não para frente. Promoveram o maior rea-juste da anuidade da OAB. Além disso, são extremamente políticos e se esque-cem das reais necessidades dos advoga-dos e da sociedade.

Não gosto de falar dos erros passados, mas é impossível não mencioná-los. Fazer propaganda é muito fácil, mas cumprir o que realmente precisa ser feito exige garra e determinação.

Olha só como são contraditórios. Pro-meteram a não reeleição e olha só o que está acontecendo hoje. E os estaciona-mentos? Não foram construídos. É só ver

na prática o que tem ocorrido para se ter certeza do quanto estão equivocados na gerência da OAB.

Nos últimos três anos, a OAB deixou de ser independente e tem sido guiada por interesses pessoais, políticos e partidá-rios. Tornou-se uma entidade distante dos advogados e de suas lutas. Quero re-verter esse quadro.

Quais são suas principais propostas?

A principal é valorizar o advogado. A categoria precisa ficar unida e ser tra-tada como uma verdadeira corporação na defesa de seus interesses. Chegou a hora de profissionalizar a Ordem em vá-rias frentes de trabalho.

Prezo pela constante campanha de valorização dos honorários de sucum-bência; pela redução das anuidades, sem reajustes durante minha gestão. Quero criar a Biblioteca do Advogado, reestru-turar a Caixa de Assistência, entre tantas outras prioridades.

Para mim, é importante reacender a chama da classe, defender o livre e correto exercício profissional e zelar pela qualidade dos serviços prestados à sociedade. Trabalharemos dia e noi-te, incansavelmente, pela defesa das prerrogativas da profissão, com minha atuação direta.